Destacamento em São José dos Campos (SP) completa cinquentenário
A unidade local de proteção ao voo em São José dos Campos (SP) completa hoje, 23 de fevereiro de 2022, cinquenta anos de atividades. O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA – SJ) faz parte da estrutura do CRCEA-SE (Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste) e está instalado no aeroporto de São José dos Campos, com apoio do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). O DTCEA-SJ mantém uma Torre de Controle, uma Sala de Informações Aeronáuticas e uma Estação de Meteorologia, para atender ao movimento aéreo no aeroporto local. Sua equipe de técnicos guarnece uma seção de manutenção de sistemas de comunicação, de meteorologia, de informática, e de auxílio à navegação, aproximação e pouso. Além das funcionalidades locais, o DTCEA-SJ mantém uma antena de radar, provendo sinais de movimentos de aviões na região, para apresentação em centros de serviços de controle e de defesa aérea em São Paulo e Brasília.
História
Os serviços de apoio ao tráfego aéreo, no aeroporto de São José dos Campos, começaram com o então NPV – Núcleo de Proteção ao Voo, em 23 de fevereiro de 1972. Ao longo dos anos sua denominação passou para DPV (Destacamento de Proteção ao Voo) e, finalmente, como DTCEA (Destacamento de Controle do Espaço Aéreo), quando a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV) passou a ser o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O Núcleo operador de uma Estação Rádio cresceria em relevância no dia 3 de setembro de 1973, com a ativação de uma Torre de Controle, apoiadora de um evento de grande envergadura, o Salão Internacional Aeroespacial, realizado de 14 a 23 de setembro de 1973.
Continuando suas atividades, ao longo dos anos, o Destacamento agregou tecnologias, como estação de meteorologia, Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS) e equipamentos de navegação. E deu suporte à evolução da indústria aeronáutica, incluindo a fase em que a Embraer fabricava aviões Piper e lotava o gramado ao redor da Torre com os aparelhos recém-montados. E em função da atividade fabril no aeródromo, as equipes de controladores de tráfego aéreo, com suporte técnico dos outros setores do DPV, assimilaram um serviço peculiar não existente em outros aeroportos: os voos de ensaio. Assim operadores, além de proverem a vigilância e suporte aos voos, assessoravam as criações e modificações dos procedimentos e estabelecimentos das áreas para ensaio em voo. O mesmo acontecendo na ativação das primeiras áreas para a Aviação do Exército, no início dos anos 1990, já que o DPV-SJ, por meio do seu Controle de Aproximação, estabelecido em 1985, prestava os serviços de informação e alerta nos espaços aéreos condicionados no Vale do Paraíba, entre São José dos Campos e Lorena e sobre a Serra da Mantiqueira, até as imediações de Itajubá (MG).
O então DPV apoiou a evolução do tráfego aéreo, com a definição do aeroporto de São José dos Campos como alternativa de voos internacionais e na fase na qual, nos anos 1990, tornou-se um importante ponto difusor da malha aérea da companhia aérea TAM, com saídas para várias localidades brasileiras, com os jatos Fokker 100. Tudo isto, enquanto proporcionava serviços para os cursos de Piloto de Provas e de Pilotos de Inspeção em Voo, os testes e produção dos aviões da Embraer, o transporte de passageiros, além da instrução e aerodesporto de aeroclubes e escolas de aviação.
O DTCEA, em 2002, passou a abrigar uma antena de radar, aumentando sua participação no SISCEAB – Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. Em 2011, com uma reestruturação e evolução da prestação dos serviços de controle no eixo São Paulo-Rio, o Controle de Aproximação São José (APP) foi desativado e o sequenciamento de fluxo para pouso em São José passou a ser feito pelo APP-São Paulo, por meio de uma frequência com a posição “Final São José”. Assim, os aviões em movimento nas imediações da localidade ficam em comunicação com operadores em São Paulo, até um ponto no qual passam a ser controlados pelos operadores da Torre local.
Desta forma, o DTCEA-SJ chega aos 50 anos de operações, adaptado aos atuais procedimentos de controle do espaço aéreo e às tecnologias e evoluções da indústria aeronáutica.
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