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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Tecnologia

Airbus testa uso de combustível sustentável em helicópteros
Um Airbus H225 realizou o primeiro voo de helicóptero com combustível de aviação 100% sustentável (SAF) alimentando os dois motores Makila 2 da Safran. A operação faz parte da campanha de voos destinada a entender o impacto do uso de SAF nos sistemas do helicóptero. Espera-se que os testes continuem em outros tipos de helicópteros com diferentes arquiteturas de combustível e motor com o objetivo de certificar o uso de 100% SAF. “Este voo com SAF alimentando os motores duplos do H225 é um marco importante para a indústria de helicópteros. Isso marca uma nova etapa em nossa jornada para certificar o uso de 100% SAF em nossos helicópteros, fato que significaria uma redução de até 90% apenas nas emissões de CO2", disse Stefan Thome, vice-presidente executivo de engenharia e chefe técnico Oficial, Airbus Helicopters. O uso do SAF é uma das alavancas da Airbus Helicopters para atingir sua ambição de reduzir as emissões de CO².

Fonte: Helibras, em 22/06/2022

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico

Portugueses visitam o CGNA, em agenda dos 100 anos do 1° voo Lisboa - Rio
O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e sediada no Rio de Janeiro (RJ), recebeu, no dia 23 de junho de 2022, a visita da Comissão Aeronaval ao Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro.
A comitiva de militares portugueses, que estava acompanhada pelo Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, foi recebida pelo Chefe do Subdepartamento de Administração do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, e pelo Chefe do CGNA, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Franklin Rodrigues.

Sacadura Cabral e Gago Coutinho
A Comissão Aeronaval Portuguesa reúne militares da Marinha e da Força Aérea Portuguesa e foi especialmente criada para a celebração do centenário do que foi a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, empreendida, entre 30 de março e 17 de junho de 1922, pelos comandantes portugueses Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho.

Visita
Na primeira parte da visita, o Tenente-Coronel Franklin fez uma apresentação na qual destacou o histórico do CGNA, sua evolução e missão: “permitir, a partir das intenções de voo, a harmonização do gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea”. Outra ação apresentada pelo comandante do CGNA foi o “plano de retomada covid-19”, que contou com a criação de 44 rotas diretas entre pares de cidades para conectar o último procedimento de saída (SID) do aeroporto de origem ao primeiro ponto do procedimento de chegada (STAR) do aeroporto de destino.

Gerenciamento do tráfego aéreo
Após a exposição, a comitiva visitou as instalações do CGNA e o salão operacional. O Comandante da Esquadrilha de Helicópteros portuguesa, Capitão de Fragata Hugo Miguel Batista Cabral, percebeu uma grande preocupação do Brasil em ter um bom gerenciamento do tráfego aéreo, com potencial de expansão para se constituir como um órgão de gestão na América do Sul. “Fiquei impressionado com a forma como tratam os dados, as pessoas envolvidas e o resultado do trabalho, que permite a otimização de todo o tráfego aéreo no Brasil. Após a pandemia, o CGNA está a aumentar o transporte aéreo, que é muito mais eficiente do que o transporte terrestre, em um país com a dimensão continental do Brasil, a atividade é essencial para impulsionar e dinamizar a economia do país”, opinou. O Vice-Almirante Antônio Manuel de Carvalho Coelho Cândido, Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, disse que apesar do tema ser mais do interesse da Força Aérea, não deixa de ser também para a Marinha. “A forma como está organizado o centro de gerenciamento, como olham para o universo estratégico, o nível operacional e as questões táticas e a pós-análise através de Business Intelligence mostram que o Brasil está na linha da frente nestas matérias”, pontuou o Vice-Almirante português. O Presidente da Comissão Histórico Cultural da Força Aérea, Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, destacou a satisfação do grupo, que veio para o Brasil com a missão de divulgar e partilhar com a Marinha do Brasil e com a Força Aérea Brasileira as comemorações do Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico. O oficial falou ainda sobre o orgulho dos portugueses em perceber que o Brasil se preocupa sistematicamente com a melhoria dos processos e que, mesmo diante de desafios extraordinários, consegue superar com segurança e empenho o trabalho que é realizado.

Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico
A comemoração refere-se à primeira travessia aérea no Atlântico Sul, em uma viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro, realizada por dois oficiais da Marinha portuguesa, os comandantes Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho. A bordo do hidroavião “Lusitânia”, o deslocamento aconteceu entre os dias 30 de março e 17 de junho de 1922.
Para o percurso foram utilizadas três aeronaves e percorridas 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos sobre o Oceano Atlântico. O feito aeronáutico é visto pelos portugueses como uma importante colaboração de Portugal para o desenvolvimento da segurança na navegação aérea em todo o mundo.

Fonte: DECEA

Mais sobre a Travessia: Blog do NINJA de 19/06/2022. (Clique aqui

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terça-feira, 28 de junho de 2022

Vagas de nível superior

FAB seleciona bacharéis e licenciados para serem oficiais temporários

Inscrições até 08/07/22

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, dia 27 de junho de 2022, os Avisos de Convocação que visam selecionar profissionais de nível superior para prestação do serviço militar voluntário, de caráter temporário, para o ano de 2022. O edital contempla vagas para diversas áreas de atuação: Técnico, Magistério, Segurança e Defesa, Medicina, Farmácia, Odontologia e Medicina Veterinária.

Seleção por currículo
A seleção envolve avaliação curricular, inspeção de saúde, avaliação psicológica, teste de condicionamento físico, entre outras etapas. Os requisitos específicos e as condições para a participação no processo seletivo constam no Aviso de Convocação. Os selecionados serão voluntários à prestação do serviço militar, em caráter temporário, para Quadros de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados para Profissionais de Nível Superior, na área Grupamento Técnico (QOCon Tec 1-2022/2023), Magistério (QOCon Tec MAG 1-2022/2023), Segurança e Defesa (QOCon Tec SED 1-2022), bem como no Grupamento de Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (QOCon MFDV 1-2022/2023). As inscrições eletrônicas ocorrerão até 23h59 do dia 08/07/2022, por meio do endereço http://www.convocacaotemporarios.fab.mil.br

Requisitos Obrigatórios e Recomendações
Os voluntários devem ficar atentos aos documentos obrigatórios e aos parâmetros de qualificação, de forma a realizar a correta comprovação das exigências na validação documental e na avaliação curricular, confirmando a pontuação na seleção. Cabe alertar, ainda, sobre a necessidade de apresentação de exames médicos, que constam no Aviso de Convocação. Os organizadores do processo seletivo recomendam aos candidatos que se antecipem para a realização dos exames, avaliações, atestados e laudos médicos a serem apresentados na Concentração Inicial, conforme previsto no Aviso de Convocação.

Inscrições e Informações: Clique aqui 

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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Datas Especiais

Comemorou-se ontem, 26/6, o Dia da Aviação de Busca e Salvamento
O Dia da Aviação de Busca e Salvamento foi comemorado ontem, 26 de junho. A data faz referência ao resgate, em 26 de junho de 1967, de ocupantes de um C-47 que caiu na selva amazônica. Saber que tem com quem contar em momentos difíceis, em que sua vida está em risco, é o que dá esperança. E foi esse sentimento que fez a diferença na vida de cinco militares. “Eu sabia que vocês viriam!”. Essa foi a frase que marcou o dia 26 de junho de 1967, quando esses militares foram resgatados, após onze dias do desaparecimento da aeronave C-47 FAB 2468, na selva amazônica. A operação marcou tanto que, por isso, o dia 26 de junho foi a data escolhida para celebrar o dia da Aviação de Busca e Salvamento. É ela que está sempre pronta para salvar vidas.

Localizados
Nos últimos dez anos (2012 a 2021), por meio de operações de Busca e Salvamento (SAR, do inglês, Search And Rescue), a Força Aérea Brasileira (FAB) localizou 312 pessoas vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos. Somente entre 2020 e 2021 as operações resultaram na localização de 35 pessoas com vida e outras 95 receberam algum tipo de assistência do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SISSAR).

Atuação
A atuação dos militares consiste no emprego de Meios de Força Aérea e se inicia com o acionamento do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que tem o propósito de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo. Esse sistema tem um órgão central, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que normatiza, coordena e controla as ações de Busca e Salvamento.

Esquadrões de busca
Quando não for possível confirmar as condições de segurança da aeronave e não houver comunicação entre o órgão de controle e o piloto, a missão de busca é acionada. Fundamentais nessas operações, os Observadores SAR são militares treinados para localizar pessoas desaparecidas. Eles ficam posicionados de cada lado da aeronave, observando o terreno por meio de janelas. Periodicamente, os observadores se revezam, para que todos se mantenham sempre atentos e descansados. Atualmente, a FAB conta com dez Esquadrões que podem atuar em missões de Busca e Salvamento, localizados em Campo Grande (MS), Parnamirim (RN), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria (RS), Manaus (AM), Canoas (RS) e Belém (PA), todos prontos, 24 horas por dia, para cumprir a missão numa área de cobertura de 22 milhões de quilômetros quadrados.

Fonte: FAB

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domingo, 26 de junho de 2022

Especial de Domingo

Saiba mais sobre o evento de ontem, 25/6/2022, no Centro de Voo a Vela Ipuã.
Boa leitura.
Bom domingo!

Astronauta Marcos Pontes contou sua trajetória em evento com pilotos e entusiastas de aviação em escola de voo em planadores
A escola de pilotagem de planadores Centro de Voo a Vela Ipuã, em Caçapava (SP), recebeu ontem, 25 de junho de 2022, mais de duas dezenas de aeronaves, que se somaram à frota de aviões baseados no local e colocados em Exposição.
Cerca de 500 pessoas visitaram o evento e puderam ver de perto os aparelhos, além de assistirem a uma palestra do astronauta Marcos Pontes, num dos hangares adaptado como auditório.
Entre as máquinas voadoras expostas era possível ver, por exemplo, o clássico Paulistinha e exemplares de Ercoupe, Stinson, girocóptero, anfíbios Petrel, trikes e um Aeroboero 115 do Aeroclube de Pindamonhangaba, aviões experimentais diversos, entre outros.
Um grupo se apresentou com fantasias relacionadas à série de filmes Star Wars.

Desde a locomotiva até a estação espacial
O astronauta Marcos Pontes proferiu uma palestra para um público formado por pilotos, homens e mulheres entusiastas de aviação, jovens e crianças. O tema foi sua trajetória desde quando ainda garoto sonhava em voar, enquanto trabalhava como técnico de manutenção de locomotivas em Bauru (SP), até se tornar o primeiro astronauta profissional brasileiro e do hemisfério Sul e participar da Missão Centenário, quando ficou em órbita da Terra por dez dias, a bordo da Estação Espacial Internacional. A fala de Marcos Pontes serviu como incentivo para que as pessoas, especialmente os jovens e crianças presentes, não desistam de seus sonhos. Contou ter nascido em uma família sem muitos recursos, pois seu pai era faxineiro e sua mãe escrevente. Estudante de escola pública, usou o dinheiro ganho no trabalho como aprendiz eletricista na manutenção de trens, para pagar os estudos de um curso técnico noturno de eletrônica. Ao mesmo tempo, nos horários possíveis, estudava, por conta própria, as disciplinas do vestibular para a Academia da Força Aérea (AFA), em busca do sonho de voar. Foi aprovado no concurso para a AFA e, depois de formado, fez o curso de piloto de caça. Mais tarde, matriculou-se no curso de piloto de ensaio em voo e cursou Engenharia Aeronáutica no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Buscou aprimorar-se em programas de Mestrado e foi selecionado no concurso para ser o primeiro astronauta brasileiro. Na NASA recebeu a formação para desempenhar a função de Especialista de Missão na Estação Espacial Internacional (ISS). Com a interrupção dos voos dos ônibus espaciais americanos, foi escalado para compor a tripulação de uma nave russa com destino à ISS. Para tanto, teve que, em apenas cinco meses, aprender o idioma russo e efetuar um treinamento para a missão. Assim, em 29 de março de 2006, Marcos Pontes foi para o espaço, levando a Bandeira do Brasil, para a qual, no momento do lançamento do foguete Soyuz, apontou no seu macacão com dois dedos unidos e indicou o alto, simbolizando dizer aos brasileiros que “estávamos indo juntos ao espaço”.
O astronauta salientou aos jovens que busquem sempre o estudo e o aprimoramento e lembrou uma orientação de sua mãe: “sempre façam mais do que esperam de vocês”. Na parte final da palestra, Marcos Pontes, que foi ministro de Ciência e Tecnologia por mais de três anos, até março de 2022, falou das capacidades adquiridas pelo Brasil recentemente, como o domínio do desenvolvimento e produção de vacinas e os avanços na atividade aeroespacial, como a inserção do Brasil no projeto Artemis, o qual levará seres humanos de volta à Lua.

Saiba mais: Blog do NINJA de 09/01/2022 . (Clique aqui)  ; de 28/06/2011 (Acesse aqui

Outras matérias sobre o astronauta: Insira "Marcos Pontes" na janela "Pesquisar" do blog do NINJA

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sábado, 25 de junho de 2022

Indústria Aeronáutica

Embraer recebe pedido para converter 10 jatos em cargueiros
A Embraer assinou um pedido firme para conversão até de 10 E-Jets em aeronaves cargueiras (P2F, passenger to freight, em inglês) com um cliente “não-divulgado”. As aeronaves virão da atual frota de E-Jets deste cliente, com entregas a partir de 2024. Este é o primeiro contrato firme para a conversão de E-Jets, sendo o segundo acordo para esse tipo de operação. Em maio, a Embraer e a Nordic Aviation Capital (NAC) anunciaram um acordo para ter até 10 posições de conversão para os jatos E190F/E195F. As conversões para cargueiros dos E-Jets da Embraer oferecem desempenho e economia superiores no segmento – os E-Jets cargueiros terão mais de 50% de capacidade de volume, três vezes mais alcance que grandes turboélices de carga e custos operacionais até 30% menores do que aeronaves narrowbodies. 

Conversões no Brasil
Com mais de 1.600 E-Jets entregues pela Embraer em todo o mundo, os clientes P2F se beneficiarão de uma rede global de serviços madura e bem estabelecida, além de contar com um amplo portfólio de produtos já disponíveis para apoiar suas operações desde o primeiro dia. As conversões para cargueiro serão realizadas nas instalações da Embraer no Brasil e incluem: porta de carga dianteira principal; sistema de movimentação de carga; reforço do piso; barreira de carga rígida (RCB, na sigla em inglês) – barreira 9G com porta de acesso; sistema de detecção de fumaça de carga (compartimento de carga do convés principal classe E); alterações no Sistema de Gestão do Ar (arrefecimento, pressurização, etc); remoção de interior e provisões para transporte de materiais perigosos.

Fonte: Embraer, em 24/06/2022

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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Datas Especiais

Vídeo da FAB homenageia o Dia da Aviação de Reconhecimento em 24 de junho
Na Força Aérea Brasileira (FAB), as missões de reconhecimento nasceram em 24 de junho de 1947. Há 75 anos, militares atuam na análise e coleta de dados de inteligência e no monitoramento de áreas de interesse.

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Aviação do Exército

155 anos do primeiro emprego militar de meio aéreo na América Latina
O início da atividade aeronáutica no Exército Brasileiro tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, durante a Guerra da Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai). Neste 24 de junho de 2022, faz 155 anos do primeiro emprego militar de balão na América Latina. Coube ao então Marquês de Caxias, Patrono da Força Terrestre, o pioneirismo de empregar militarmente balões cativos de observação na América do Sul. Tal atividade já havia se mostrado vantajosa durante a Guerra Civil Norte-americana (1861 – 1865). O Patrono do Exército, como grande estrategista que era e com uma atuação projetiva, ao ser nomeado Comandante-Chefe dos aliados, antecipou sua análise do campo de batalha. Constatou que a topografia do terreno onde o conflito se delineava era plano e que os toscos “mangrulhos” construídos não ultrapassavam 15 metros de altura. Assim, solicitou a aquisição de balões, antes mesmo de sair do Rio de Janeiro com destino ao Teatro de Guerra. Após acordos entre o governo brasileiro e dos EUA, em 31 de maio de 1867, chegaram à região do conflito dois aeronautas americanos acompanhados de dois balões e seus respectivos equipamentos. O menor dos aparelhos tinha 8,5 metros de diâmetro e 17.000 pés cúbicos de gás; o maior possuía 12,19 metros de diâmetro e 37.000 pés cúbicos de gás. A capacidade dos balões variava de 2 a 8 pessoas. Eles eram confeccionados com tecido de algodão e, depois de prontos, recebiam várias camadas de verniz para proteger a tela e para diminuir o escape do gás.
Os suprimentos indispensáveis para a fabricação de hidrogênio, utilizado no enchimento dos balões, eram o ácido sulfúrico e a limalha de ferro. Alcançavam a altura de, aproximadamente, 300 metros. A comunicação, entre os aeronautas (ou observadores aéreos) a bordo do balão com o pessoal em terra, era feita por meio de mensagens lastradas, de sinais de semáfora com bandeirolas ou outros sinais visuais e, ainda, por meio de telegrafia com fio.

O primeiro uso da aeroestação, em guerra, por brasileiros
Em 24 de junho de 1867, deu-se o primeiro emprego militar de balão na América Latina, com sua ascensão a 330 metros. O primeiro brasileiro a fazer uso da terceira dimensão, em campanha, foi o Capitão Francisco Cesar da Silva Amaral, que subiu com o balão no dia 12 de julho de 1867. Contabilizaram-se, ao todo, vinte ascensões, de junho a setembro de 1867. As informações sobre a disposição do inimigo no terreno, colhidas por meio da observação aérea, foram fundamentais para o Marquês de Caxias. Com o conhecimento obtido, foi escrito o primeiro capítulo da história da Aeronáutica Militar Brasileira.

Texto: Espaço Cultural da Aviação do Exército (Taubaté, SP)

Imagens: Equipamento de produção de hidrogênio (Arquivo) e Ascensão do balão (óleo sobre tela, por Francischetti)

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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Aviação Agrícola

Aviões agrícolas poderão ser usados em combate a incêndios
Aviões de uso agrícola poderão ser utilizados no combate a incêndios florestais. O texto, de autoria do senador Carlos Fávaro, altera o Código Florestal e o Decreto-Lei 917/69, que trata do emprego deste tipo de aeronave no país. A proposta havia sido aprovada no Senado e, no dia 22 de junho de 2022, recebeu o aval dos deputados. “A medida é uma necessidade do país”, afirmou o deputado José Medeiros (PL-MT), relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em Mato Grosso, no ano passado, a associação dos aviadores se dispôs a fazer o trabalho, mas houve uma série de empecilhos burocráticos”, disse.

Planos
Pelo texto, que segue para a sanção presidencial, os planos de contingência para combater incêndios florestais , elaborados por órgãos ambientais, devem traçar as diretrizes para uso da frota aeroagrícola. As aeronaves devem atender normas técnicas definidas pelo poder público e ser pilotadas por profissionais qualificados para a atividade. Além disso, a política de emprego da aviação agrícola na atividade de combate a incêndio em todos os tipos de vegetação deve ser proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o texto, a atividade poderá ser incentivada pelo poder público e constar de políticas, programas e planos governamentais de prevenção e combate aos incêndios florestais, passando inclusive pela formação e treinamento de pilotos.

Fonte: Gazeta Brasil, em 22/06/2022

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Carreiras na Aviação

FAB forma mais 389 sargentos Especialistas de Aeronáutica
A Força Aérea Brasileira (FAB), desde segunda-feira, 20 de junho de 2022, conta com 389 novos militares especialistas em suas fileiras. Os Terceiros-Sargentos serão distribuídos pelas Organizações Militares da FAB, a fim de cumprirem suas missões nas mais distintas áreas de atuação, para as quais se formaram pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP), instituição que é o maior complexo de ensino técnico-militar da América do Sul.

Cerimônia
A Cerimônia de conclusão do Curso de Formação de Sargentos (CFS) - Turma Gripen e do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS) - Turma Millennium foi presidida pelo Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e contou com a presença de Oficiais-Generais do Alto-Comando da Aeronáutica, além de demais autoridade civis, militares e familiares dos formandos. A EEAR tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de Graduados da Aeronáutica.

Profissionais
Para o Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues, que foi aluno da Escola de Especialistas, o momento é de alegria e sentimento de missão cumprida a cada turma que se forma na escola. “Realmente é uma honra muito grande participar desse momento da formação desses Sargentos e fazemos de tudo aqui, para entregar os melhores profissionais para a nossa Força”, salientou.

Destaques
O Sargento Especialista em Eletrônica Pedro Mendes da Silva Junior conquistou a primeira colocação no EAGS. O militar disse que esta é a concretização da felicidade por poder servir à Nação. A agora Sargento Especialista em Controle de Tráfego Aéreo, Ingrid Kelle da Silva Vidal, foi a primeira colocada da 254ª turma do CFS. Para ela, ter se tornado militar e Especialista de Aeronáutica é motivo de realização imensurável. “Tive a honra de concluir o curso como primeira colocada, algo que estava além do que eu poderia imaginar. Sou grata a Deus por ter colocado as pessoas certas no meu caminho para chegar até aqui, desde os meus familiares e amigos até os instrutores, sargenteantes e comandante”, disse ela. Pelas conquistas, os militares receberam o Prêmio Força Aérea Brasileira. 

Esquadrilha da Fumaça
Ao final da cerimônia, a Esquadrilha da Fumaça realizou uma apresentação aos formandos e familiares, com manobras especiais, em homenagem a conclusão do curso e estágio. 

Fonte: FAB

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terça-feira, 21 de junho de 2022

Oshkosh 2022

Brasileiros voltam a Oshkosh, depois de dois anos, para o maior evento de aviação
Um grupo com dezenas de brasileiros entusiastas de aviação voará até Oshkosh, no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, para participar, de 24 a 31 de julho, da AirVenture 2022, o maior evento aeronáutico do mundo.
A principal turma de viajantes é organizada pela operadora de turismo Candiota, de Porto Alegre (RS), detentora de 40 anos de experiência em levar brasileiros para a celebração promovida pela EAA – Associação de Aviação Experimental.
A oportunidade da visita surge após dois anos de interrupção. Em 2020, o evento foi cancelado, devido à pandemia Covid-19. No ano passado, ficou inviabilizada a ida aos Estados Unidos, haja vista a necessidade de uma quarentena de 15 dias, ainda em função da pandemia.
Segundo os organizadores da viagem, há poucas vagas remanescentes para 2022.

O evento
A AirVenture tradicionalmente movimenta cerca de 10 mil aeronaves no aeroporto regional Wittman Field e recebe perto de 1 milhão de visitantes. Além do comércio relacionado aos produtos de aviação e itens de caráter geral, há um gigantesco número de aeronaves em exposição, palestras, shows aéreos diurnos e noturnos. Chama a atenção o modo de organização das atividades, marcada por forte participação de voluntários.
Os gramados do aeroporto são divididos por segmentos de atividades, como os aviões da Segunda Guerra Mundial, aeronaves experimentais, raridades, aviões de vários modelos e fabricantes de todas as épocas, ultraleves, helicópteros, aviação militar contemporânea, acampamentos, comércio, atrações culturais e educativas, entre outras.

O programa da Candiota
O entusiasta que viaja com a Candiota dispõe de acompanhamento desde o embarque em Guarulhos, passando pelos aeroportos de Miami e Chicago O´Hare; traslado em ônibus desde Chicago até Oshkosh; hospedagem em apartamentos da Universidade de Wisconsin; ingresso para todos os dias e áreas do evento, incluindo acesso até a beira da pista e ao Museu da EAA; e, assistência local.

Leia aspectos de Oshkosh 2019: Blog do NINJA de 18/08/2019. Clique aqui 

Saiba mais: www.candiota.com.br ; (51) 3326-1234

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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Videoteca Ninja

Esses Homens Maravilhosos e Suas Máquinas Voadoras
O nome completo do filme é: Esses Homens Incríveis e Suas Máquinas Voadoras ou Como Voei de Londres a Paris em 25 horas e 11 minutos. Depois de recuperar o fôlego perdido ao pronunciar toda a frase, vale a pena perdê-lo novamente com as boas gargalhadas provocadas pelo filme. Uma corrida aérea de Londres a Paris é a desculpa para boas piadas, uma excelente fotografia aérea e algumas acrobacias inusitadas. A história se passa em 1910, quando os aviões estavam em seus primórdios e mantê-los em linha reta, ou mesmo nos céus, não era lá muito fácil. Como essa é uma competição internacional, o elenco apresenta diversas nacionalidades: Stuart Whitman faz o papel de um caubói norte-americano interessado na bela Patricia (Sarah Milles, de A Filha de Ryan), que é namorada de um inglês, enquanto os veteranos Alberto Sordi e Gert Fröbe representam a Itália e a Alemanha. Eles se reúnem quando um editor jornalístico pedante, mas muito rico, decide patrocinar uma corrida aérea através do Canal da Mancha, oferecendo o prêmio de 10 mil libras ao vencedor. As proezas das equipes americana, britânica, francesa, alemã, italiana e japonesa dão origem às mais ousadas e hilárias acrobacias aéreas já registradas em filme. Desde os divertidos créditos iniciais, realizados por Gerald Searle, essa comédia de aventuras mostra que veio apenas para divertir. A ótima reconstituição de época chegou ao requinte de construir réplicas perfeitas de aeronaves antigas. A direção de fotografia é de Christopher Callis, que serviu a Força Aérea Britânica como câmera durante a Segunda Guerra. Esse é o tipo de extravagância internacional que Hollywood não se arrisca mais a fazer.

Gênero: Clássico.

Atores: Stuart Whitman, Sarah Miles, James Fox, Alberto Sordi, Robert Morley, Terry-Thomas, Gert Fröbe, Jean-Pierre Cassel, Eric Sykes, Irina Demick, Flora Robson, Red Skelton.

Direção: Ken Annakin.

Ano de produção: 1965

Duração: 137 min.

Distribuição: Fox Home Entertainment

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domingo, 19 de junho de 2022

Especial de Domingo

Saiba mais sobre a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que completa 100 anos.
Boa leitura.
Bom domingo!

História
2022: Centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul
Um marco para a navegação aérea mundial completa 100 anos em 2022. De 30 de março a 17 de junho de 1922, os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral empreenderam a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul. Partindo do Rio Tejo, em Lisboa, a aeronave batizada por Lusitânia, um hidroavião monomotor especialmente concebido para a ocasião, realizou o primeiro voo ligando Portugal ao Brasil, repetindo, assim, pelo ar, a viagem marítima do navegador português Pedro Álvares Cabral, alguns séculos antes.
A missão aérea durou 62 horas e 26 minutos, percorrendo cerca de 8.300 quilômetros, fazendo escalas em Las Palmas, Gando, São Vicente, São Tiago, Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha, Recife, Salvador, Porto Seguro, Vitória e, por fim, Rio de Janeiro, que na época era a capital brasileira.

Sextante
A viagem representou uma inestimável contribuição para a aviação, já que até então viagens de longas distâncias dificultava a manutenção do rumo. Para vencer o obstáculo, a dupla encontrou, com genialidade, uma solução inédita. Após intensos estudos e seus conhecimentos em geografia e cartografia, o Almirante Gago Coutinho aperfeiçoou o sextante náutico, adaptando-o à aviação.
Em parceria com Sacadura Cabral, desenvolveu um equipamento denominado “Corretor de Rumos”, que permitia plotar a deriva do avião e calcular o rumo verdadeiro, com excelente precisão.

Histórico
O início do projeto da Travessia Aérea do Atlântico Sul teve lugar em 1919, por ocasião da visita do Presidente do Brasil a Portugal, quando Sacadura Cabral lançou a ideia de comemorar o primeiro centenário da independência do Brasil. No ano seguinte, em 1920, Sacadura Cabral encontrava-se na Inglaterra, adquirindo material para a Aviação Naval portuguesa e relacionando os tipos de aeronaves consideradas ideais para a realização da travessia do Atlântico. Desta maneira, sua escolha apontou o fabricante inglês Fairey, construtor do avião F III-D.
A empresa Fairey, inclusive, já dispunha do projeto de um hidroavião com características semelhantes a que Sacadura Cabral procurava, ou seja, o F III-D, modificado, adaptado a uma viagem transoceânica, com a envergadura das asas aumentada e depósitos suplementares de combustível nos flutuadores principais. Sacadura Cabral acompanhou a construção e modificação do avião, que, após difíceis experiências e reajustamentos, ficou pronto quase no final do ano de 1921.

Fonte: FAB

Saiba mais: Blog do Ninja de 5/3/2017.

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sábado, 18 de junho de 2022

FAB em Destaque

Notícias da FAB de 10 a 15/6/22
A mais recente edição da revista eletrônica FAB EM DESTAQUE traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 10/06 a 15/06/22. Entre elas, o aniversário de 23 anos do Ministério da Defesa (MD), a comemoração dos 91 anos do Correio Aéreo Nacional (CAN) e do Dia da Aviação de Transporte e a participação de representantes na 62ª Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas. 

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sexta-feira, 17 de junho de 2022

KC-390 Millennium

Holanda também voará com o cargueiro Embraer C-390
O Ministério da Defesa dos Países Baixos (conhecidos informalmente como Holanda) definiu o C-390 Millennium da fabricante brasileira Embraer como sucessor do C-130H Hércules. O objetivo é que a primeira nova aeronave de transporte chegue à Holanda em 2026. Os C-130 holandeses chegaram ao fim de sua vida útil. Inicialmente, a intenção era continuar voando com eles até pelo menos 2031, mas eles são cada vez menos empregados devido a defeitos. Então foi tomada a decisão de substituí-los, o mais rápido possível, por cinco Embraer C-390.

Opção pelo avião brasileiro
O Ministério da Defesa estabeleceu diferentes requisitos para o sucessor do C-130. No estudo, o C-390M saiu melhor que o C-130J da Lockheed Martin, que foi visto como uma alternativa. Como exemplo, a disponibilidade do C-390M é maior e aeronave brasileira pontua melhor em vários requisitos operacionais e técnicos e requer menos manutenção. Além disso, o C-390M já pode atender ao requisito mínimo de 2.400 horas de voo com 4 aeronaves. O C-130J precisa de 5 aeronaves para fazer a mesma coisa. A intenção é que o C-390M também participe do Comando Europeu de Transporte Aéreo. Esta é uma parceria na área do transporte aéreo de sete países. A adição do C-390M beneficiará o agrupamento e o compartilhamento de capacidades em um contexto europeu.

Nota da Embraer sobre a opção da Holanda pelo C-390
A respeito do anúncio dos Países Baixos informando a escolha do cargueiro C-390, para equipar suas forças de defesa, a Embraer emitiu o seguinte comunicado:

"A Embraer está honrada com a decisão do Ministério da Defesa da Holanda de selecionar a aeronave de transporte multimissão C-390 Millennium. Reconhecendo que ainda há muito trabalho a ser feito nos próximos meses, estamos comprometidos com o sucesso desta nova fase de cooperação com o Ministério da Defesa da Holanda. Neste processo, a Embraer tem o compromisso de aprofundar ainda mais a colaboração com a indústria local e os centros de pesquisa."

Fonte: com informações de Defesa Aérea & Naval, em 16/06/2022

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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Tecnologia

Fapesp, Embraer e ITA atuarão em pesquisa de mobilidade aérea
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou, durante a cerimônia de comemoração aos 60 anos de criação, o investimento compartilhado com a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), no valor de R$ 48 milhões, para pesquisas em mobilidade aérea a serem realizadas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos (SP). 

Mobilidade aérea
Com cronograma previsto de cinco anos, com possibilidade de renovação para mais cinco, os recursos serão aplicados em um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) para a mobilidade aérea do futuro, a ser criado no Instituto. Os projetos envolverão formação de recursos humanos de alto nível em temas de interesse da base industrial de defesa e do setor aeroespacial brasileiro. Conforme o Presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, estes trabalhos serão realizados conjuntamente por professores do ITA, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Escola de Engenharia de São Carlos e por engenheiros da EMBRAER, com marcante atuação de bolsistas de diversos níveis, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, que terão a seu dispor infraestrutura, suporte administrativo e mecanismos de governança adequados.

Pesquisa inédita
A pesquisa inédita no Brasil reunirá representantes da comunidade científica e profissionais da indústria aeronáutica em atividades fundamentadas em três pilares: aviação de baixo carbono, sistemas autônomos e manufatura avançada. A iniciativa cria um ambiente favorável para a disseminação do conhecimento, formação de recursos humanos altamente qualificados e a produção de publicações científicas de alto impacto.

Fonte: ITA, em 11/06/2022

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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Transporte de órgãos

FAB viabiliza o transporte de órgãos para transplante no Brasil
Para as pessoas que necessitam de doação de órgãos, o tempo é crucial. Dependendo do tecido a ser transplantado, uma janela de poucas horas pode definir o sucesso de um procedimento delicado. Para isso, o Centro Nacional de Transplantes conta com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar equipes médicas de coleta, as quais conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil. O Comando de Operações Aeroespaciais, localizado em Brasília, é responsável pelo planejamento das missões, como explica o brigadeiro do ar Francisco Bento Antunes Neto, chefe do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA) em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Órgãos
Segundo o oficial, em 2021 foram transportados 278 órgãos. Em 2022, já foram 140 - com cerca de 1,2 mil horas de voo feitas por ano. Com essa média, o total de transportes de órgãos no ano deve ficar em 300. Fígados e corações são as cargas mais comuns do transporte de órgãos realizado pela Força Aérea. Durante o programa, o brigadeiro do ar Francisco Bento Antunes Neto se recordou de uma das centenas de histórias de sucesso possíveis graças ao trabalho do centro. “Passados alguns meses da recuperação de uma paciente, ela recebeu a visita da equipe que fez o transporte. Foi emocionante para os militares verem a recuperação da paciente. Saber que aquele órgão que estava na aeronave com eles estava no corpo da menina, que estava se recuperando e, se Deus quiser, terá uma vida longa”, explicou. 

Fonte: Agência Brasil, em 13/06/2022

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terça-feira, 14 de junho de 2022

Recreio

Procura-se um Aviador
Procura-se um aviador. Nem jovem nem velho, apenas antigo. Que tenha sensibilidade para lidar comigo e compreenda minhas manias, pois já estive à beira do desaparecimento e fui ressuscitado – ou restaurado – como dizem por aí... Cada novo pedaço de tela, cada nervura, representa cicatrizes dos lanhos de uma vida de voos e pousos, mais rangidos, estalidos e tendências deste meu corpo – ou fuselagem... Meu piloto poderá falar quando quiser, mas, sobretudo, terá que saber escutar, ouvir e entender os sons que sou capaz de emitir: como o assobio do vento relativo nos meus montantes e estais; o ronco do meu fiel motor que, às vezes, espouca e tosse, com um bafo de fumaça azulada.
Procura-se um humano que compreenda meus códigos, que talvez sejam mensagens diluídas pelo tempo e remanescentes de aviadores antigos que me conduziram, ou a outros iguais a mim. Procura-se um aviador que não se importe com meu cheiro de dope, graxa e gasolina, também não se melindre quando eu o respingar de óleo. Deverá ainda saber usar a bússola e ler uma carta seccional, reconhecendo referências no terreno, compensando o vento e mantendo a rota, sem precisar de mostradores elétricos. Este piloto decerto apreciará as pistas de grama e cascalho.
O aviador que procuro deverá saber extasiar-se com minhas antiquadas chandelles, turneaux e loopings, apenas alegres e espontâneos bailados, sem pretensão a aplausos ou troféus. Procura-se um aviador que tenha prazer de voar a qualquer hora, mas preferindo decolar ao nascer do sol, ou conduzir-me nas luzes mágicas do sol poente. Meu piloto será um saudosista por certo, sobrevivente do tempo em que um avião era um avião, e não um foguete com asas, recheado de automatismos.
Este piloto será tido como esquisito, pois será reservado e escondido, numa surrada jaqueta manchada de óleo. Será encontrado, junto com poucos iguais a ele, numa boa conversa de hangar. O aviador que vier por este anúncio será aquele que procure poesia na aviação.
Procura-se este aviador raro, que tenha carinho por mim, a despeito de minha idade, e que, principalmente, não permita que lhe arranquem o romantismo. Interessados dirigirem-se ao Hangar da Saudade, no Campo dos Sonhos, procurar pelo velho, porém majestoso, North American Texan T-6, mais conhecido por “Temeia”.

Autor desconhecido.

Pesquise: Blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação – NINJA do dia 27/11/10

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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Pioneiros

ANTÔNIO GUEDES MUNIZ
Nascido em 12 de Junho de 1900 em Maceió, Antônio Guedes Muniz foi um pioneiro da indústria aeronáutica brasileira. Sua primeira grande missão na carreira militar foi em 1922 no levante do Forte de Copacabana como oficial de ligação entre o Campo dos Afonsos, o Forte de Copacabana e a Escola Militar. Durante o período em que trabalhou no Campo dos Afonsos, Guedes Muniz ficou responsável por tarefas relacionadas à manutenção das pistas de pouso e dos aviões da Escola de Aviação do Exército. O interesse crescente no setor fez com que fosse estudar engenharia aeronáutica em Paris. Foi durante seu curso em Paris que Guedes Muniz projetou suas três primeiras aeronaves, mas somente a terceira iria ser construída. Também chegou a atuar nas três principais empresas francesas da época: Caudron, Faerman e Potez. Nesta fase de sua vida obteve recursos com o Governo Federal e a companhia Caudron para construir seu avião Muniz M5. Em 10 de Julho de 1931 a nova aeronave é apresentada para a sociedade, em solenidade no campo dos Afonsos. Em 1936 entrega os primeiros exemplares do Muniz M7, biplano para dois tripulantes destinado para treinamento de pilotos.
Esta foi a primeira aeronave a ser produzida em série no Brasil pela Companhia Nacional de Navegação Aérea.
Primeira série de aviões Muniz M7. Entrega na Ilha do Engenho.

Em 1942, em plena guerra, assina o acordo com a Wright Aeronautic Corporation para a fabricação dos motores Wright com incentivos financeiros e assistência técnica dos EUA. Em 1958 publicou o livro Um mundo mais humano. Faleceu em 28 de junho de 1985. Em 2000, postumamente, é feito Patrono da Indústria Aeronáutica Brasileira. 

Pesquise: Blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação-NINJA de 25/04/10

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