Carreiras na Aviação

Academia da Força Aérea forma 150 novos Oficiais  

Pela primeira vez, um grupo de mulheres que se formou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar concluiu o curso de Aspirante a Oficial na AFA

Em cerimônia de muita honra e emoção, a Força Aérea Brasileira (FAB) declarou 150 cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) a Aspirantes a Oficial, na última sexta-feira (08/12), sendo 91 cadetes Aviadores, 38 Intendentes e 17 de Infantaria, além de militares do Senegal, de Honduras, da Bolívia e da República Dominicana.

O evento contou com a presença do Ministro de Defesa, José Mucio Monteiro Filho, que presidiu a cerimônia; do Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas; do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen; do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno; do Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo; de Oficiais-Generais do Alto Comando da FAB; além de parlamentares e autoridades civis e militares.

"Espelhem-se no legado de Santos Dumont e do Marechal do Ar Eduardo Gomes. Preservem as tradições das Asas que protegem o País. Inspirem-se na coragem e bravura dos pilotos do Senta a Pua. “Que por vencidos jamais os conheçam!", declarou o Ministro da Defesa durante o discurso aos novos Aspirantes. Nesta turma, houve um grupo de mulheres oriundo da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR),que também se formou na AFA, cumprindo sete anos de ensino. Para o Comandante da Aeronáutica esse foi um marco para o Ninho das Águias. “Saibam que vocês deixaram algumas marcas indeléveis na história da AFA: congratulo as primeiras mulheres que estão se formando e começaram suas jornadas pioneiramente, ainda na Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Afinal, sabemos o quanto foi difícil nesses últimos sete longos anos até este grande momento", disse. A Aspirante a Oficial Aviadora Ana Maria Cunha Rodrigues fez parte do grupo que fez história desde a EPCAR e falou sobre o sentimento de compor essa turma. "É de muita honra com a minha pátria, com os meus companheiros, com aqueles que me formaram, com os meus familiares, com todos que acompanharam esse sonho. Agora eu sigo para o curso de aviação de caça em Natal, e espero de mim mesma muita dedicação, vou dar o meu melhor assim como eu fiz durante todos esses anos", expressou.

Esta cerimônia marca o momento em que os cadetes entregam os espadins, símbolo do início da formação, e recebem a espada de Oficial da Força Aérea Brasileira. Em suas palavras, o Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo, declarou aos novos Oficiais que o novo período da carreira exigirá incansável dedicação. "Sigam adiante com determinação, ânimo e comprometimento. Sejam resolutivos e decididos, pois um Oficial não deve hesitar em enfrentar desafios e em trazer inovações, exercendo seu bom julgamento e sua liderança. Enfim, façam a diferença por onde passarem e deixem sua marca profissional. O serviço à pátria exige dedicação e superação constantes", disse.

O primeiro colocado do Curso de Formação de Oficiais de Infantaria, Aspirante a Oficial de Infantaria Lucas Kenji Ando Lacerda, era Sargento Especialista em Material Bélico quando decidiu estudar para a AFA. "Quando eu trabalhava no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo, eu vi a carreira de Oficial, eu achava muito bonito. Esse sentimento de comandar, gerir e administrar pessoas, além do sentimento de ideal e propósito, foi o que me motivou. É um sentimento indescritível estar aqui e de o quanto tenho a agregar com a Força Aérea", afirmou. A solenidade contou, ainda, com passagens das aeronaves T-27M Tucano do primeiro Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA) - Esquadrão Cometa, que fizeram parte da instrução dos cadetes, e do moderno F-39 Gripen. A ocasião foi encerrada com o desfile acrobático das aeronaves do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), a conhecida Esquadrilha da Fumaça, em homenagem aos novos Aspirantes a Oficial.

Turma Orthrus

Na mitologia grega, Orthrus era um cão pastor bicéfalo que tinha a missão de proteger o gado vermelho do gigante Gerião. Este animal era considerado o mais feroz e deu sua vida em combate com Herácles, enquanto protegia o rebanho. Dessa forma, seu espírito guerreiro, feroz, corajoso e protetor se faz representar na bolacha. Suas duas cabeças representam a união em um só corpo dos cadetes oriundos do meio civil e da Escola Preparatória de Cadetes do Ar.

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielle Varela

Edição: Agência Força Aérea

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