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terça-feira, 30 de abril de 2013

Embraer

Embraer anuncia pedido da United para 30 E-Jets
A Embraer anunciou ontem, 29/4/2013, a assinatura de um contrato com a United Airlines para a venda de 30 jatos EMBRAER 175, com opções para mais 40 aeronaves do mesmo modelo, tendo assim um potencial para um total de até 70 aviões. Se todas as opções forem exercidas, a encomenda combinada tem um valor estimado de USD 2,9 bilhões a preços de lista. “Estamos muito satisfeitos com este pedido, pois reforça e amplia a nossa parceria de longa data com a United Airlines, então como Continental Airlines, cliente de lançamento do jato ERJ 145, em 1996”, disse Paulo Cesar Silva, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “Este pedido da United, uma das principais companhias aéreas do mundo, valida a nossa estratégia de investimentos nos E-Jets, oferecendo um produto otimizado com todos os benefícios adicionais de uma plataforma comprovada e madura. O E175 tem provado ser o melhor avião para o mercado regional dos EUA para os próximos anos.” A parceria entre a Embraer e a United, fruto da fusão da United Airlines e Continental Airlines em 2010, começou com a venda do turboélice EMB 120 Brasília à Continental Airlines na década de 1980. Posteriormente, a Continental foi também o cliente de lançamento do jato ERJ 145, adquirindo, ao longo dos anos, um total de 275 aeronaves, a maior frota mundial de ERJ. Atualmente, 38 jatos E170 voam com os parceiros regionais da United com a marca United Express. Os E175 serão operados sob a marca United Express. Os aviões serão configurados com 76 assentos e a primeira entrega está prevista para o primeiro trimestre de 2014. “Na United, estamos focados na modernização da nossa frota e esperamos ansiosamente a introdução do E175 nos serviços da United Express. Comparado aos aviões de 50 lugares que estamos substituindo, estas aeronaves proporcionarão uma experiência superior ao passageiro e mais eficiência no consumo de combustível”, disse Jim Compton, Vice-Presidente e Chief Revenue Officer da United. “Com uma ampla cabine de primeira classe, uma fuselagem mais larga e bagageiros mais espaçosos, esta aeronave promove uma experiência melhor em voos regionais para os nossos clientes.” Como líder no segmento de jatos de 70 a 120 assentos, a Embraer continua investindo na família de E-Jets, atualmente utilizada por mais de 60 companhias aéreas em 40 países. A Empresa começou a implementar uma série de melhorias no E175, incluindo novas pontas de asa (wingtips), otimização de sistemas e refinamentos aerodinâmicos que reduzirão o consumo de combustível em até 5%. Intervalos de manutenção mais longos e melhorias de componentes aumentarão a produtividade da aeronave e diminuirão os custos de manutenção. Todas as aeronaves da United Airlines contarão com estas melhorias. Mais de 150 jatos E175 estão atualmente em serviço com 12 empresas aéreas no mundo. A aeronave oferece alcance de 3.706 km (2 mil milhas náuticas), capacidade de operação em pistas curtas (Short Field Performance) e desempenho superior para operação em altas temperaturas e grandes altitudes. A capacidade do E175, juntamente com as suas características operacionais, o tornam a aeronave ideal para o mercado norte-americano.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Tráfego Aéreo

A preparação da FAB para a Copa das Confederações
O novo Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes afirma que a Força Aérea Brasileira (FAB) está preparada para garantir a segurança necessária das operações aéreas militares e civis, durante os eventos esportivos internacionais que o Brasil vai sediar. “Estamos fazendo a lição de casa, realizando simulações, preparando o nosso pessoal técnico, administrativo e operacional”, explica o oficial general que assumiu no dia 24 de abril de 2013 o segundo cargo mais importante na hierarquia da FAB, responsável pelo planejamento estratégico da instituição. Ex- Diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Tenente Brigadeiro Mendes substitui o Tenente Brigadeiro do Ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, que depois de 46 anos de dedicação à Força Aérea Brasileira vai para a reserva. Os dois são pilotos da aviação de caça e são colegas da turma de 1967, ano em que ingressaram na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, Minas Gerais. 

Fonte: Agência Força Aérea

domingo, 28 de abril de 2013

Especial de Domingo

Hoje, mais um texto selecionado do excelente Sentando a Pua!, que traz a História da Aviação Militar Brasileira na Segunda Guerra Mundial.
Boa leitura.
Bom domingo!

A Festa das Bombas
Vista aérea da Corte Costa Nuova. (Crédito:Dr. Adriano Colorado)

Desde setembro de 1944 os alemães utilizaram a “Corte Costa Nuova”, próximo a Ghisiolo como oficina mecânica e estacionamento para veículos motorizados alemães; eles estacionavam durante o dia em alguns espaços ao redor da Corte já que os deslocamentos diurnos eram demasiados perigosos devido a intensa atividade aérea aliada que atacava tudo que via ao longo das ruas e estradas, por isso os deslocamentos eram realizados durante a noite, com ajuda da névoa. A regra era esta: de noite chegavam rebocados os veículos danificados para serem consertados e ao mesmo tempo partiam os já reparados, enquanto de dia eram feitos os reparos. A oficina estava instalada num barracão de madeira localizado próximo à entrada da Corte e os alemães o encheram de pneus e peças de reposição; ali eram realizados reparos em caminhões, meias-lagartas e sidecars e era proibido aos civis italianos se aproximar. Os veículos militares ficavam agrupados nos três lados do perímetro externo da Corte e ao longo de um caminho arborizado que saía do lado nordeste da fazenda e que oportunamente foram revestidos por panos miméticos para oculta-los da visão aérea. O destacamento de militares alemães era composto inicialmente por uns 30 a 35 homens no primeiro grupo, e utilizaram como dormitório a capela que ficava no lado leste do prédio principal da Corte, de onde retiram seus bancos. O segundo grupo de militares, que chegou para substituir o primeiro depois de uns três meses, era composto por uns 20 militares e estes, ao invés de usar a capela como dormitório, foram “hospedados” pelas numerosas famílias (24 ao todo) de camponeses que viviam na Corte. A relação entre os militares e os camponeses era cordial e de confiança mútua, não houve nenhum episódio de tensão entre eles, cada um fez o seu trabalho; os alemães cuidavam de seus veículos militares, os camponeses trabalhavam nos campos, tudo de modo tranqüilo e sob alguns aspectos, natural. A Sra. Ida Rossetti lembra: eu e minha família vivíamos próximos à Capela e durante o período de permanência dos militares nós hospedamos um sargento alemão chamado Fritz. Recordo um episódio curioso: o suboficial alemão, um homem de cabelos vermelhos que por esta particularidade nós o chamávamos de “suboficial vermelho”, na noite de Natal de 1944 visitou todas as famílias para desejar Bom Natal. A coisa mais incrível é que ele estava vestido de Papai Noel igual àqueles que vemos nos filmes ou nos anúncios, talvez nunca saibamos onde ele encontrou aquela vestimenta. Ainda nesta ocasião o suboficial estava fumando seu cachimbo e quando foi entrar em nossa casa para nos desejar Feliz Natal ele bateu involuntariamente com o cachimbo contra a porta, engolindo metade do cachimbo; nós rimos muito da cena ridícula e o fizemos porque tínhamos certa confiança no suboficial, ele por sua vez ficou muito bravo e xingou em alemão porque havia machucado a garganta. 

QUEM BOMBARDEOU A "COSTA NUOVA"
Em primeiro plano, o P-47D-30-RE (s/n 44-20850) do Cap. Lagares. Este é o segundo avião usado por Lagares pois o P-47D-25-RE (s/n 42-26764) que participou da missão 214 foi perdido durante acidente na decolagem, sob o comando do Cap. Pessoa Ramos. 
(Crédito:Acervo Sentando a Pua!)

Embora muito se saiba do bombardeio, pelo testemunho de várias pessoas que habitavam a “Costa”, nada se sabia sobre quem realizou o bombardeio; qual foi a esquadrilha, qual sua nacionalidade, que tipo de aviões, etc., perguntas estas que agora são possíveis de responder. Em fevereiro de 1945 no aeroporto de Pisa estava o 350th Fighter Group da USAAF composto por três esquadrões e o 1º Grupo de Caça brasileiro com quatro esquadrilhas, identificados pelas letras A, B, C e D e equipadas com 68 aviões Republic P-47 Thunderbolt. Na manhã de 10 de fevereiro de 1945 foram preparados quatro aviões do 1º Grupo de Caça brasileiro, a missão, a de nº 213 previa a decolagem de quatro aviões P-47 da esquadrilha azul carregados com duas bombas de 500 libras (227 kg) cada um, bombardear o objetivo que era uma ponte ferroviária a nordeste de Treviso, depois voltar na direção de Mantova buscando pelo caminhos alvos de oportunidade e finalmente retornar a Pisa. Os quatro aviões brasileiros decolaram de Pisa às 09:00 e chegaram sobre o objetivo às 10:00, depois de bombardear a ponte ferroviária se dirigiram para Treviso e realizaram um sobrevôo de reconhecimento sobre a malha ferroviária e sobre o aeroporto, depois rumaram na direção de Mantova. Ao se aproximarem de Mantova, por volta das 10:30, os quatro aviões sobrevoaram a “Corte Costa Nuova” os pilotos perceberam que havia algo de estranho em terra, então eles fizeram uma volta e retornaram para avaliar melhor. Sobrevoando a baixa altitude sobre a Corte se deram conta da concentração de veículos militares cobertos por camuflagem, fizeram algumas passagens atirando com as metralhadoras, e destruíram três veículos militares e danificaram seis, em seguida voaram na direção de Mantova em busca de novos alvos e finalmente retornaram para Pisa. No trajeto de volta os aviões comunicaram à base que haviam visto uma grande concentração de veículos militares alemães e informaram as coordenadas do novo objetivo a atacar; enquanto isso eram preparados em Pisa oito aviões do 1º Grupo de Caça brasileiro para a nova missão, que será a de nº 214 . A esquadrilha que retornava pousou às 11:45 e os pilotos, tão logo saltaram de seus aviões, conversaram com os aviadores que dali há pouco estariam decolando para bombardear a “Costa Nuova”, explicando a eles o que haviam visto em terra e indicando pontos de referência que poderiam lhes ser úteis no bombardeio. Às 12:05 os oito aviões da missão 214 decolaram de Pisa; quatro da esquadrilha vermelha: Kopp, Eustórgio, Keller e Meneses e quatro da esquadrilha verde: Lagares, Tormin, Torres e Canário. Os aviões levavam duas bombas cada, sendo que quatro deles com bombas de 500 libras tipo GP (explosivo convencional) e quatro com bombas do tipo FTI (Napalm). Depois de 40 minutos de vôo, às 12:45 os aviões chegaram na “Costa” e, depois de sobrevoa-la para avaliar que alvos seriam atacados os quatro aviões carregando as bombas GP se separaram do restante da formação e baixaram a altitude para poder bombardea-la: os aviões chegaram pela rota sudoeste/nordeste e passando em diagonal sobre o curral maior liberaram as bombas: seis atingiram o estábulo, a oficina alemã, o laticínio, as moradias do administrador e do carreteiro, enquanto outras duas foram liberadas na direção do moinho, mas que não foi atingido, e as bombas acabaram por cair no canal Alegrezza; as bombas ao explodir romperam os diques e o canal transbordou, inundando boa parte da área ao redor. Os outros quatro aviões lançaram as bombas de Napalm sobre os veículos alemães. Os oito aviões, em intervalos, logo começaram um longo, interminável ataque com metralhadoras aos veículos militares alemães, que eram cerca de oitenta, e após várias passagens o parque de veículos motorizados ficou quase que totalmente destruído ou danificado. Durante o ataque com metralhadoras o suboficial alemão, sem se preocupar com os aviões que passavam rasante sobre sua cabeça, estando ele no meio do curral disparou com um fuzil-metralhadora contra os aviões brasileiros. O bombardeio e o ataque com metralhadoras duraram 25 minutos e além das oito bombas de 500 libras foram disparados 7.486 tiros de .50mm, e ao final os oito aviões se reuniram na formação para fazer seu retorno para a base. O Daily Operations Report mostra que durante o trajeto de volta, próximo ao objetivo, a formação brasileira metralhou e destruiu uma camionete militar, depois rumaram na direção de Pisa, onde pousaram às 13:50. Os habitantes da “Costa Nuova”, aturdidos ainda pelo susto compreensível saíram de seus esconderijos improvisados e entre a poeira dos edifícios derrubados e a fumaça acre dos pneus que queimavam entre as ruínas da oficina trataram de verificar se alguém havia morrido no ataque; felizmente ninguém entre civis e militares perdeu a vida, somente uma jovem que se encontrava próxima ao moinho, foi lançada contra o solo em virtude do deslocamento de ar provocado pela explosão das bombas e quebrou duas costelas. Por outro lado os danos materiais foram enormes, o estábulo foi completamente destruído, e no desmoronamento dele morreram 40 vacas e 4 éguas, outros edifícios também foram gravemente danificados, e da forma que ficaram tiveram que ser demolidos posteriormente. 

A “COSTA NUOVA” NO PÓS-GUERRA
Vista aérea da Corte Costa Nuova. No local embaixo à direita, onde existe um vazio em frente à capela, havia o estábulo que foi destruído pelo bombardeio. 
(Crédito:Dr. Adriano Colorado)

Como recordação ao bombardeio aéreo da esquadrilha brasileira, de 1946 até o início dos anos 60 na “Costa Nuova” todos os anos em 10 de fevereiro era celebrada pelas famílias que ali residiam uma festa singular, chamada “FESTA DAS BOMBAS”, um tipo de festa de agradecimento por te-los salvo do perigo. A festa inicialmente era um grande almoço, que se dançava, ceava e voltava-se a dançar, com gente que chegava das cidades vizinhas, portanto era uma festa muito conhecida e de grande participação popular. Mas nos anos 50 a mecanização agrícola provocou uma drástica redução de pessoal, além disso o aumento de renda provocado pela explosão econômica fez com que muitos construíssem sua própria casa, portanto a “Corte Casa Nuova” veio progressivamente sendo abandonada e a “FESTA DAS BOMBAS” não foi mais celebrada, mas ficou guardada na memória e nos corações de quem viveu aqueles momentos autênticos, espontâneos e simples de se viver. Outro acontecimento importante na história da “Costa” foi o filme “Sensualità”, que foi rodado na Corte em 1951. O filme foi interpretado por atores do calibre de Amadeo Nazzari, Marcello Mastroianni e Eleonora Rossi Drago, com direção de Clemente Fracassi e durante a filmagem, que durou um mês, muitas pessoas que viviam na “Costa” foram contratadas como figurantes. 

Sobre o Autor: Claudio Mischi, nasceu em 1961 na cidade de Mantua e desde pequeno demonstrava interesse por história militar, por aviação e modelos em miniatura. Em 1994 passa a trabalhar com dioramas militares e colabora com uma revista de modelismo. A partir de 2000 resolve trabalhar com pesquisas históricas e começa a pesquisar quedas de aviões e bombardeios na região de Mantua. Em 2004 escreve um artigo de história militar para a "Gazeta de Mantua" e no mesmo ano trabalha em conjunto com o prefeito de Redondesco para erigir um monumento a quatro aviadores do 319º Bomb Group, e com a prefeitura de Viadana para descobrir a identidade de um piloto cujo avião caiu na região. Em 2005, Claudio descobriu a identidade deste piloto e com isso, o monumento a ele erigido recebeu finalmente o nome e uma foto. Em 2006 ele recuperou, em conjunto com o Sentando a Pua! a história do bombardeio da Corte "Costa Nuova", descobrindo após 61 anos qual unidade fez a missão, este trabalho foi publicado no jornal de San Giorgio em junho de 2006.

sábado, 27 de abril de 2013

Carreiras na Aviação

Aeronáutica prorroga até 07/05/13 inscrições para dentistas, farmacêuticos e engenheiros
As inscrições para os exames de admissão aos Cursos de Adaptação para Dentistas e Farmacêuticos (CADAR/CAFAR) e Engenheiros (EAOEAR) foram prorrogadas para 7 de maio de 2013. A taxa de inscrição pode ser paga até o dia 9 de maio. São 40 vagas destinadas a profissionais da área de saúde, sendo 23 para dentistas e 17 para farmacêuticos, com especialização em diversas áreas. Para os engenheiros, são destinadas 40 vagas, distribuídas nas especialidades: engenharia civil (15), engenharia eletrônica (4), engenharia elétrica (7), engenharia cartográfica (2), engenharia da computação (5), engenharia metalúrgica (1), engenharia química (1) e engenharia mecânica (5). A seleção do concurso é composta por provas de português, redação, conhecimentos especializados, exames de saúde, avaliação psicológica e condicionamento físico, além de prova prático-oral para dentistas e farmacêuticos. As provas escritas serão realizadas no dia 16 de junho de 2013 em 13 capitais do país. Inscrição Para se inscrever, o candidato não poderá ter completado 36 anos até 31 de dezembro de 2014 e deve preencher outros pré-requisitos disponíveis no edital. O candidato das áreas de saúde deve possuir título de especialista na área em que pretende concorrer. O edital e o formulário para inscrição encontram-se disponíveis no site do CIAAR.A taxa é de R$ 120,00. Curso de formação e carreira Em caso de aprovação no processo-seletivo, o candidato fará o Curso de Adaptação Militar no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte, com início previsto para 3 de fevereiro de 2014 e duração de 17 semanas. Concluindo o curso, com aproveitamento, o candidato será nomeado Primeiro-Tenente e incluso no respectivo Quadro, sendo designado para servir em Organização Militar da localidade escolhida no ato da inscrição, respeitando a sua classificação no concurso. Durante a carreira na Aeronáutica, os profissionais dentistas e farmacêuticos podem alcançar o posto de Coronel e os engenheiros podem chegar ao posto de Major-Brigadeiro. 

Fonte: CIAAR 

Saiba mais: http://www.ciaar.com.br/concursos.html ou telefones: (31) 4009-5014 ou 4009-5066.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

VANT

Nauru 500 fiscalizará parque baiano
O Parque Nacional do Pau-Brasil, em Porto Seguro (BA), ganhou um reforço para monitorar a sua área: o VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) Nauru 500. Para operar o equipamento, servidores do parque receberão treinamento em São Paulo. Com o monitoramento aéreo, as ações de fiscalização vão se tornar muito mais ágeis e eficientes. O VANT é equipado com câmera que grava imagens em tempo real e as remete para uma estação de controle em terra, por meio de telemetria. Na estação, servidores do parque poderão acompanhar tudo pela tela do computador. A qualquer flagrante de crime ambiental, fiscais se deslocarão para o local. O Nauru 500 é uma aeronave remotamente pilotada de fabricação nacional. Tem 2,32 m de largura entre as asas e 1,83 m de comprimento. Similar aos protótipos de aeromodelismo, é normalmente utilizado na agricultura e no monitoramento ambiental e de obras. Seu uso requer apenas um operador para manuseio e trabalho em campo, podendo também fazer voos automáticos a partir de programações prévias. É movido a querosene de avião. Como tem autonomia de voo de até cinco horas e meia, poderá sobrevoar toda a área do parque, que é de 18,9 mil hectares, em apenas uma manhã ou uma tarde, tempo suficiente para fazer uma varredura total. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Aeronaves

Cessna cria o jato civil mais rápido do mundo
A Cessna Aircraft anunciou, no dia 23 de abril de 2013, a produção da primeira unidade do New Citation X, avião civil mais rápido do mundo, em sua fábrica em Wichita, nos Estados Unidos. O modelo tem velocidade máxima de cruzeiro de 1.115 km/h. O New Citation X é capaz de fazer voos de Nova York para Londres sem escalas. O modelo é equipado com três telas de LCD de 14 polegadas, quatro painéis de controle touch-screen, além de controles integrados. A altitude máxima é de 51 mil pés (15.554 m), permitindo que a aeronave voe acima do tráfego comercial. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Heróis Brasileiros

Aviação de Caça relembra ação brasileira na II Guerra Mundial
A trajetória dos pilotos da Aviação de Caça brasileira na Segunda Guerra Mundial foi mais uma vez lembrada no dia 22 de abril de 2013, na solenidade do Dia da Aviação de Caça, na Base Aérea de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O dia 22 de abril é celebrado como o Dia da Aviação de Caça porque a data marcou o maior número de missões realizadas em solo italiano por pilotos brasileiros no conflito: foram 11 ataques aos alemães em um só dia. Este ano, gerações de pilotos de caça sentiram a falta do veterano aviador do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), Major-Brigadeiro do Ar José Rebello Meira, que faleceu no final de março. Ele foi lembrado durante a cerimônia realizada em frente ao monumento P-47, que homenageia os heróis de guerra da Força Aérea Brasileira (FAB). O tradicional hasteamento da flâmula do Primeiro Grupo de Aviação de Caça coube ao Major Especialista João Rodrigues Filho, mecânico que esteve nos campos de Tarquínia, na Itália. “Nunca pensei que pudesse participar deste momento. Revivi todas as dificuldades pelas quais passei durante a guerra e lembrei do meu companheiro, o Tenente Eustórgio, que dizia sempre que todas as vitórias em cada decolagem eram minhas e dele. Éramos grandes amigos”, lembra. Outros veteranos do 1º GAVCA participaram da cerimônia. Entre eles, o Tenente Heronildes Cruz, um dos especialistas em armamento. O militar recorda que a equipe era formada por duas pessoas, que faziam com rapidez todo o trabalho de deixar as bombas das aeronaves P-47 em condições para os ataques. “A guerra foi muito difícil para todos os brasileiros que estavam na Itália. A equipe era pequena e as aeronaves chegavam e partiam muito rápido. Mas demos conta da missão”, declarou o veterano.

Fonte: Agência Força Aérea

terça-feira, 23 de abril de 2013

Carreiras na Aviação

Curso de Sargentos da FAB: Inscrições até 09/05/2013
A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu inscrições para o concurso ao Curso de Formação de Sargentos (CFS-B 2014 – turmas 1 e 2). São 542 vagas distribuídas entre 16 especialidades. As inscrições devem ser feitas por meio da internet no endereço www.eear.aer.mil.br até às 15h do dia 09 de maio de 2013. A taxa é de R$ 60,00. Para concorrer a uma vaga no Curso de Formação de Sargentos (CFS-B) o candidato deve ter ensino médio completo. O concurso inclui prova de LÍngua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física), além de Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Psicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico. O curso tem duração de dois anos e é ministrado pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá-SP. Prova: 07 de julho de 2013. 

ESPECIALIDADES 
Sexo Masculino: BMA - Mecânica de Aeronaves; BMB - Material Bélico; SGS – Guarda e Segurança. 

Ambos os Sexos: BCO – Comunicações; BFT – Foto-Inteligência; BEI – Eletricidade e Instrumentos; BEV – Equipamento de Voo; BMT – Meteorologia; BSP – Suprimento; SAI – Informações Aeronáuticas; SDE – Desenho; BEP – Estrutura e Pintura; SEM – Eletromecânica; SML – Metalúrgica; SBO – Bombeiro; BCT – Controle de Tráfego Aéreo. 

Saiba mais: www.eear.aer.mil.br

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Datas Especiais

22 de Abril - Dia da Aviação de Caça
Foi neste dia, em 1945, que o Primeiro Grupo de Aviação de Caça da FAB realizou o maior número de surtidas durante a Segunda Guerra Mundial. O esforço dos pilotos brasileiros alcançou marcas expressivas de eficiência, sendo reconhecido internacionalmente, marcando o 22 de abril como o Dia da Aviação de Caça brasileira. 

Saiba mais: Blog do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação de 22/4/2012

domingo, 21 de abril de 2013

Especial de Domingo

Reproduzimos fotos do astronauta Douglas Wheelock, compartilhadas via twitter, a partir da Estação Espacial Internacional. Seus pensamentos acompanham as imagens e merecem toda a nossa atenção e reflexão. Clique nas fotos para ampliar. Bom domingo! 

Fotos do Astronauta Douglas Wheelock
"Fascina-me estar aqui, ver o planeta Terra, ser parte de sua história, caminhar por seu solo, fecundá-la e criar raízes, respirar o ar todas as manhãs; é uma vida privilegiada, aproveitemo-nos dela, que não estamos aqui por acidente nem por coincidência,temos um propósito, nós fomos escolhidos."


Encaminhado por José Carlos Oliveira
Edição de Slides: Lutoro

sábado, 20 de abril de 2013

Esquadrilha da Fumaça

Pilotos treinam em simuladores de voo do Super Tucano
A equipe de quinze pilotos do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) participou, durante a semana de 15 a 19/04, de atividades operacionais em simuladores de voo da aeronave A-29 Super Tucano. O treinamento foi realizado em Bases Aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB) que operam o avião, localizadas em Campo Grande (MS), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO). O Capitão Aviador Ubirajara Pereira Costa Júnior, responsável pela doutrina e instrução no EDA, explica que as atividades “têm como objetivo adaptar os novos pilotos aos procedimentos normais e de emergência na aeronave e simular exercícios e manobras que serão feitos na fase de Adaptação Diurna e Instrumento Avançado, a serem realizados em sede, na área de instrução da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP)”. Segundo o Capitão Costa, a fase de simulação é de grande importância para os pilotos. “As emergências simuladas ou treinadas elevam o nível de segurança na operação da aeronave que está sendo implantada no EDA. Tenho a plena certeza que todos agora estão aptos a começarem a nova fase, voando no novo avião”. Em uma próxima etapa, os pilotos darão início à fase de pré-solo, que consiste na parte prática nas aeronaves. A retomada das demonstrações com o novo avião do EDA, o A-29 Super Tucano, ainda não tem data definida. 

Fonte: EDA, BABV e BACG

sexta-feira, 19 de abril de 2013

EMBRAER

Embraer entrega primeiro E190 para a FLYNONSTOP
A FLYNONSTOP, companhia aérea da Noruega com sede em Kristiansand, recebeu esta semana o primeiro jato EMBRAER 190 em cerimônia realizada na sede da Embraer, em São José dos Campos-SP. A aeronave, arrendada de terceiros, será utilizada para lançar rotas sem escalas entre Kristiansand e as principais cidades da Europa Central e do Sul. “O alcance do E190 abre um continente inteiro de oportunidades”, disse Paulo Cesar Silva, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “O E190 é o avião ideal para trazer comodidade em voos sem escalas para os passageiros e abrir novas rotas e frequências com baixo risco e a capacidade correta para uma nova empresa aérea.” O E190 da FLYNONSTOP está configurado com 100 assentos Elite em classe única. A empresa operará o E190 entre Kristiansand e as principais cidades europeias, incluindo o aeroporto London City, em Londres, atendendo à crescente demanda por serviço aéreo regular sem escalas de e para a Noruega. Estamos entusiasmados com o início das operações do E190. O avião nos permitirá programar rotas diretas com uma aeronave eficiente em termos de consumo de combustível, oferecendo um alto grau de conforto aos passageiros”, disse Daniel Lundberg, CEO da FLYNONSTOP. “O E190 também nos auxiliará a desenvolver nossa rede de voos diretos com rotas e frequências otimizadas para atender à demanda crescente e sazonal dos passageiros noruegueses que precisam alcançar importantes cidades da Europa.” Os aviões da Embraer voam em toda a Escandinávia há anos, mas a FLYNONSTOP é o primeiro cliente da Noruega a operar um E-Jet. Com a aquisição do E190 pela FLYNONSTOP, há atualmente 27 clientes de 17 países europeus voando jatos comerciais da Embraer. Vinte e três destes são operadores de E-Jets. Atualmente, mais de 60 companhias aéreas de 40 países estão operando ou tem entregas futuras confirmadas de E-Jets. Desde que colocou esta família no mercado, em 2004, a Embraer ultrapassou 1.100 pedidos firmes e entregou mais de 900 E-Jets em todo o mundo. 

Sobre a FLYNONSTOP 
A FLYNONSTOP é uma companhia aérea da Noruega fundada em 2011 que tem por objetivo atender à demanda no mercado regional do Sul do país. A empresa disponibilizará, a partir de abril de 2013, voos diretos sem escalas a partir de base em Kristiansand para as principais cidades da Europa. Após a entrega do E190, a FLYNONSTOP vai operar a frota mais jovem e moderna da Escandinávia.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Biblioteca Ninja

Moderno Voo de Distância em Planadores
Este livro, com sua didática simples e objetiva, desmistifica o voo de distância em planadores para que qualquer piloto interessado possa fazer uso de seus conceitos e teorias, melhorando a performance em voos de competições, ou apenas para o prazer de percorrer grandes distâncias em planadores. Tanto o autor quanto o seu tradutor para o português têm em seus currículos vários campeonatos internacionais e em seus respectivos países.

Editora ASA

Autor: F.W. Weinholtz

Tradução - João Alexandre Widmer 

144 págs. 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Indústria Aeronáutica

Paradise Aeronáutica pode se instalar em Campina Grande, PB
A Paradise Indústria Aeronáutica estuda a possibilidade de implantar uma linha de montagem em Campina Grande, no agreste paraibano. Uma comitiva de empresários do município de Feira de Santana-BA, onde a Paradise já mantém uma unidade, esteve na cidade para uma reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB), do governo do Estado e da Prefeitura da cidade. O negócio, que terá investimento inicial de R$ 1 milhão, pode gerar cerca de 100 empregos diretos. De acordo com Noé de Oliveira Souza, que é diretor-presidente da Paradise Indústria Aeronáutica, empresa interessada na instalação da fábrica, o principal atrativo de Campina Grande para o grupo é a mão de obra disponível na cidade. Ainda segundo ele, o interesse de abrir uma filial na Paraíba surgiu após uma conversa com representantes da Fiep, que intermediaram a visita do grupo à cidade e o início das negociações com o poder público. Se instalada em Campina Grande, a Paradise Indústria Aeronaútica pretende implantar espaço para produção de peças, fabricação e manutenção dos quatro modelos de aeronaves de pequeno porte fabricados pela empresa. O presidente da companhia, Noé de Oliveira, informou que ainda não há nenhum terreno em vista para a fábrica, mas adiantou que uma das exigências é que este possua espaço para a construção de uma pista onde serão realizados os testes nas aeronaves. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Museus

MUSAL promove concurso de fotografia
O Museu Aeroespacial (MUSAL) está com inscrições abertas até 03 de maio de 2013 para o concurso fotográfico "Acervo e arquitetura do MUSAL". Podem participar fotógrafos amadores ou profissionais, brasileiros ou estrangeiros, de qualquer idade. O concurso tem a finalidade de divulgar a história aeronáutica brasileira. Os três melhores trabalhos serão premiados. O primeiro colocado receberá um Ipad. O segundo lugar um celular “smartphone” e o terceiro colocado receberá um kit do Musal. De acordo com os organizadores do evento, o grupo de trabalho da 11ª Semana Nacional de Museus, é uma oportunidade para que os fotógrafos dedicarem diferentes olhares e percepções para registro do acervo e arquitetura do museu localizado no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. 

Saiba mais: regulamento do concurso em www.musal.aer.mil.br ou telefones 21- 2108- 8955 (ramais 2108 ou 2152).

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tecnologia

Brasil tem VANT parecido com disco voador
Um disco voador no céu brasileiro. Essa é a impressão que se tem ao ver o ORBIS no ar. A aeronave redonda e não tripulada possui um sofisticado sistema ótimo, com câmeras capazes de transmitir imagens ao vivo para uma central de controle, garante a Santos Lab, desenvolvedora do projeto. O ORBIS, como é chamado, é o primeiro VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) no mundo a decolar na vertical e transicionar sem sofrer queda. Ele é feito de fibra de carbono e pesa cerca de 1,5 kg, foi totalmente desenvolvido pelos brasileiros Gilberto Buffara e Gabriel Klabin. A Santos Lab é um tradicional fornecedor de aviões não tripulados, sendo a única empresa nacional a equipar a Marinha brasileira com este tipo de equipamentos. Os Fuzileiros Navais utilizam a Geração II do Carcará, um outro tipo de avião, com asas, mas feito com polipropileno expandido. Ele pode ser utilizado para o monitoramento de segurança de áreas urbanas, com muita utilidade em grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, além de poder servir de apoio para operações policiais e militares em áreas de conflito. Além disso, o ORBIS também pode ser utilizado em monitoramentos noturnos, já que tem a possibilidade de vir equipado com câmera infravermelha. “É uma tecnologia pioneira e brasileira. Nós pesquisamos muito, antes do desenvolvimento, e percebemos que nenhuma das empresas globais que atuam no nosso segmento conseguiu até hoje fazer um vant deste tipo”, contou um dos sócios-diretores da Santos Lab, Gilberto Buffara. De acordo com o outro sócio-diretor da empresa, Gabriel Klabin, que também é responsável pelo desenvolvimento dos vants da Santos Lab, a aeronave tem baixo custo de manutenção, além de utilizar baterias de lítio especiais como fonte de energia. As baterias são produzidas pela própria companhia. É um avião que não faz barulho e é quase imperceptível quando está em operação. 

domingo, 14 de abril de 2013

Especial de Domingo

A busca brasileira pela independência espacial
Construir um veículo lançador de satélites (VLS) nacional é uma ideia nascida em 1985 e, desde então, o Brasil busca sua independência espacial. O desenvolvimento de um foguete de longo alcance permitiria ao País colocar satélites em órbita com seus próprios meios, o que significa não apenas economia, mas também o ingresso em um mercado restrito que movimenta cerca de US$ 170 bilhões por ano. Por isso, o plano brasileiro é promissor: lançar o VLS-1 (V04) em 2015. Caso a data proposta pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) seja confirmada, terão se passado 30 anos desde os primeiros passos em direção à independência espacial. Nessa longa jornada, houve três fracassos até o momento. Nas duas primeiras tentativas, em 1997 e 1999, falhas nos componentes levaram à destruição dos foguetes. O terceiro lançamento, em 2003, nem ocorreu. Três dias antes da data programada, o VLS-1 V03 teve uma ignição prematura. A trágica explosão não apenas adiou o sonho da autonomia espacial, como também matou 21 técnicos que trabalhavam na base de Alcântara, no Maranhão. 

Autonomia 
Em Alcântara, o Brasil já possui um Centro de Lançamento funcional, com posição privilegiada, devido a sua proximidade com a Linha do Equador. O País também domina a construção e montagem de satélites, alguns em parceria com outros países. Mas, a fim de obter avanços e resultados como os dos outros países do Bric (grupo de emergentes que inclui também Rússia, Índia e China), ainda falta desenvolver seus próprios lançadores. O objetivo não é apenas econômico ou científico. O acesso independente ao espaço facilitaria a obtenção de imagens de grandes territórios do País, auxiliando em proteção ambiental, agronegócios, comércio exterior e defesa. “Países do porte do Brasil não podem prescindir de uma capacidade própria de geração de imagens do seu território, ocupado por cidades que crescem continuamente, florestas a serem protegidas e preservadas ou plantações para o agronegócio”, afirma José Raimundo Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). 

Economia
Além disso, com o VLS concluído, o Brasil poderá economizar. Hoje, para lançar um satélite em órbita, é necessária a contratação do serviço de outros países. “A dependência externa representa uma vulnerabilidade indesejável, pois sempre dependeremos da vontade ou decisão de uma nação estrangeira para atingir este objetivo. A capacidade autônoma de lançamento é, portanto, fator de soberania para o Brasil”, argumenta Coelho. Conforme Alberto Walter da Silva Mello Junior, gerente do projeto VLS-1 e chefe da Coordenadoria de Projetos Espaciais do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Comando da Aeronáutica, o País encontra-se, por enquanto, sujeito à disponibilidade, à conveniência e aos custos de fornecedores. O preço de um lançamento depende de vários fatores, incluindo a massa e a órbita que se pretende alcançar. Satélites geoestacionários, que prestam serviços de comunicação no Brasil e podem pesar até sete toneladas, custam entre US$ 15 mil a US$ 30 mil por quilograma. Assim, os valores do lançamento vão de US$ 100 milhões a US$ 220 milhões. Coelho destaca, no entanto, que alguns serviços são compartilhados com países parceiros na área espacial. Portanto os satélites desenvolvidos em parceria com a China, da série CBERS, têm o custo igualmente dividido entre as duas nações (entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões por lançamento, para cada parte). O professor da Universidade Federal de Santa Catarina e doutor em astrofísica pela Universidade do Texas, Antonio Kanaan, também defende o acesso independente ao espaço. “Acho que foguetes são como carros. Devemos, sim, ter nossa própria indústria. É a velha questão da dependência tecnológica: a gente vende matéria-prima e depois pega o dinheiro dessa venda para pagar por serviços complexos e caros”, ressalta. 

Mercado
Só que esse desenvolvimento custa caro. De 1985 até 2010, estima-se que o Brasil tenha gasto cerca de R$ 2 bilhões com a missão de obter sua independência espacial, somando todos os custos. Mas a recompensa pode ser bem maior. De acordo com relatórios da Associação da Indústria de Satélites, de 2011, o mercado do lançamento de satélites movimenta cerca de US$ 170 bilhões por ano. Segundo estimativas, quase 1,2 mil satélites devem ser construídos e lançados ao espaço até 2018. Por enquanto, os lançamentos são dominados por EUA, Rússia e França. Bem atrás, estão três países emergentes: China, Japão e Índia, entre os quais o Brasil procura se imiscuir. “De compradores do serviço de lançamento, nos tornaremos fornecedores”, reforça Kanaan. A importância de um foguete lançador para o futuro do Brasil, no cenário espacial, é inquestionável. Tanto que o País já está há 23 anos desenvolvendo um. Até agora, contudo, diversos contratempos impediram o sucesso da empreitada. “Em desenvolvimento tecnológico, quando se faz algo pela primeira vez, erro é uma das fontes de aprendizado”, afirma o gerente do VLS-1. “Buscamos sempre atingir nossos objetivos da forma mais cautelosa possível. No entanto, não podemos deixar que os percalços nos impeçam de avançar.” Para que o acidente de 2003 não se repita, diversas medidas foram tomadas. Segundo Coelho, o projeto do VLS e da Torre Móvel de Integração (TMI) foram revistos, com base em uma nova filosofia de testes e certificação e revisão de todos os procedimentos. O centro de controle de lançamentos está sendo modernizado, os produtos estão sendo checados e testados com mais rigor, a torre destruída no acidente foi reconstruída e a nova plataforma, além das inovações, conta com itens de segurança e sistemas elétricos. 

Planejamento
Com o objetivo de obter autonomia em lançadores de satélites, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estão trabalhando em conjunto para lançar o VLS-1 já com uma carga útil real, a ser colocada em órbita ainda em 2015. Embora nenhuma outra tentativa de lançamento com o VLS-1 tenha sido festa desde 2003, os dois centro de lançamento nacionais (de Alcântara/MA, e da Barreira do Inferno, em Natal/RN) foram constantemente exercitados com o lançamento de missões suborbitais e foguetes de treinamento. Em 2012, a Operação Salina marcou o reinício das atividades relacionadas ao VLS-1. “O objetivo da operação foi realizar o transporte, a preparação e integração mecânica de um ‘mock-up’ estrutural inerte do VLS-1 – estrutura real do veículo sem combustível a bordo – e ensaios e simulações para verificação da integração física, elétrica e lógica da Torre e dos meios de solo do CLA, servindo para validar uma série de aspectos técnicos e de segurança da nova TMI”, explica Coelho. Missões semelhantes estão programadas antes do lançamento do veículo completo. Conforme o presidente da AEB, a próxima missão será denominada MIR, e fará a verificação elétrica completa do veículo. De acordo o PNAE, está programado para o final de 2013 e o início de 2014 o voo tecnológico do VSISNAV, que está em fase de montagem e vai ser constituído por parte do VLS-1, o primeiro e o segundo estágios ativos. “Servirá para validar o sistema de navegação desenvolvido no Brasil”, explica Coelho. 

Orçamento
Se tudo der certo, o lançamento subsequente deve ser um voo de teste com o veículo completo, denominado XVT-02, em 2015, e por fim, a satelitização em 2016, com o protótipo V04. “A partir daí, o VLS-1 estará qualificado como lançador de satélites de pequeno porte. No entanto, os voos do XVT-02 e V04 dependem de complementação de recursos. O orçamento atualmente previsto no Plano Plurianual do governo federal é suficiente apenas para se cumprir os ensaios do MIR e o voo do VSISNAV”, reforça Junior. Mesmo assim, a AEB e o IAE parecem confiantes nos resultados. “Os sonhos desses homens (que morreram no acidente de 2003) que dedicaram suas vidas ao projeto era o de cumprir a missão de lançar o terceiro protótipo e colocar um satélite em órbita terrestre. Se mantivermos vivos esses sonhos, com certeza daremos ao Brasil a tão almejada autonomia em lançadores de satélites”, garante Junior. 

Astronauta Marcos Pontes: Volta ao espaço
Primeiro brasileiro a ir ao espaço, o astronauta Marcos Pontes planeja nova viagem para além da Terra nos próximos anos. Ainda sem uma definição clara sobre a data de sua próxima missão, Pontes disse esperar voltar ao espaço entre 2015 e 2016. Ele viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) no dia 29 de março de 2006, fazendo história ao ficar dez dias em órbita ao redor da Terra.“2015 ou 2016, essa é minha expectativa. Provavelmente, numa missão com os russos, como da outra vez (a Rússia é um dos parceiros majoritários da ISS). Existe a possibilidade sim, e é o que estou esperando”, afirmou. 

Fonte: http://noticias.terra.com.br 

Saiba mais: www.cta.br e www.iae.cta.br

sábado, 13 de abril de 2013

ICEA

Controladores de tráfego aéreo treinam para a Copa do Mundo
Controladores de Tráfego Aéreo de órgãos de proteção ao voo que estarão mobilizados para atendimento aos voos durante a Copa do Mundo de Futebol 2014 participam de treinamento no Centro de Simulação do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP). Durante 13 semanas, 354 militares da Força Aérea Brasileira, dos efetivos de Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis serão submetidos a uma jornada intensa de exercícios que simula várias situações relacionadas aos grandes eventos esportivos como a Copa das Confederações e a Copa de Mundo, em regime quase contínuo de operação, em três turnos: dia, noite e madrugada. Além das equipes do Sul, operadores de outras localidades do Brasil também treinarão no ICEA. 

Fonte: Agência Força Aérea