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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Ação Cívico-Social

Helicópteros participam de acampamento de ação cívica e serviços comunitários em Paraibuna (SP)
Helicópteros Pantera, da Aviação do Exército, e Esquilo, da Polícia Militar, participarão de uma Ação Cívico-Social nesta sexta-feira, 31 de agosto de 2018, nas imediações da represa, em Paraibuna (SP), que reunirá cerca de 400 estudantes e escoteiros. O evento faz parte de um acampamento de veteranos das forças armadas, de forma a apoiar as crianças para plantio de árvores e soltura de peixes na represa. Amanhã, a ação continua na praça principal de Paraibuna, com prestação de serviços comunitários, pelos veteranos, com apoio das Forças Armadas, por meio de militares dos efetivos do DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do 6º BIL – Batalhão de Infantaria Leve e CAvEx – Comando de Aviação do Exército e unidades da Marinha.

Relíquia da Segunda Guerra
Durante o acampamento haverá um momento solene, durante o qual o veterano Jorge Silva fará a entrega formal, ao Museu da FEB, de uma relíquia da Segunda Guerra Mundial: a flâmula da Segunda Companhia do 6º Regimento de Infantaria em Caçapava, atual 6º BIL. A peça era conduzida pelo seu pai, o soldado João Silva, que, ao voltar da luta na Itália, a ostentava no desfile após o desembarque no Rio de Janeiro, imagem que foi registrada pela revista O Cruzeiro. A flâmula ficou sob a guarda da família e, 73 anos depois do fim da grande guerra contra o nazifascismo, segue para ser eternizada em local de destaque no Museu da Força Expedicionária Brasileira (FEB), mantido no 6º BIL, em Caçapava (SP).

Veteranos
O acampamento, em sua oitava edição, é organizado pela Associação de Veteranos Fuzileiros Navais e tem a participação da Associação de Veteranos do 20º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, Associação de Veteranos do CPOR-Rio, Veteranos da Polícia do Exército, Associação de Veteranos das Força Aérea Brasileira, Grupo Sussuarana de Resgate na Selva e grupos de Escoteiros.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

NINJA

Crianças e adultos vivenciam cultura aeronáutica com avião T-6, no aeroporto de Ubatuba (SP)
Uma experiência de cultura aeronáutica foi vivenciada, ontem, 29 de agosto de 2018, no Aeroporto Gastão Madeira, em Ubatuba (SP), por crianças e adultos. No evento, cerca de 30 alunos do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação revisaram as informações apuradas em pesquisas e em sala de "aula invertida" sobre o lendário avião NA T6 Texan. No aeroporto, tiveram uma experiência sensorial, ao estabelecerem contato com a aeronave e a oportunidade de visualizar sua nacele e vê-la voando. A atividade foi possível com o deslocamento do T-6 operado pelos comandantes Bonatti e Hernani, do Campo dos Amarais, em Campinas, para Ubatuba, com apoio do Hangar Voga Marine, Consórcio Voa-SP e Aeroclube de Ubatuba. Também participaram da atividade alunos do Projeto Namaskar e entusiastas da aviação.

Primeiro voo
Além da vivência em torno do T Meia, alguns alunos tiveram a oportunidade de realizar o primeiro voo de suas vidas, numa aeronave Bonanza, cedida pelo Hangar Voga e pilotada pelo comandante Luiz Bologna. O evento fez parte da ativação do Hangar Voga Marine, para prestação de serviços e facilidades no aeroporto Gastão Madeira. Como resultado da atividade, ficou o conhecimento da experiência didática das crianças e jovens do NINJA, a alegria do contato direto com uma aeronave rara como o T Meia, a emoção do primeiro voo e o entusiasmo de adultos com vontade de compartilhar conhecimento, ao se apresentaram como voluntários do Núcleo Infantojuvenil de Aviação, para palestras e atividades.

T Meia
O projeto do T6 surgiu, para atender uma solicitação da Marinha dos Estados Unidos à North American Aviation, para instrução dos seus pilotos. O protótipo recebeu a designação de fábrica NA-16, posteriormente foi denominado T-6. O North American AT-6 é um monomotor com capacidade para dois tripulantes, trem de pouso convencional, retrátil, com roda de cauda. Voou pela primeira vez em 1935, sendo produzidos mais de 17.000 aparelhos de vários modelos. Foi usado como caça, interceptador, caça-bombardeiro, controle aéreo avançado e antiguerrilha, na Segunda Guerra Mundial e nas Guerras da Coréia e do Vietnã. A Força Aérea Brasileira operou a versão AT-6D entre 1947 e 1976. Foram fabricadas 81 unidades no Brasil, sob licença, entre 1946 e 1951, na fábrica de aviões de Lagoa Santa, Minas Gerais. O T-6 foi o primeiro equipamento da Esquadrilha da Fumaça. Até 1976, com o T-6, quando foi desativado, a Fumaça fez 1272 demonstrações, completou cerca de 35 mil horas de voo, em 24 anos de atividades. O T-6 tem o motor Pratt & Whitney R-1340-AN-1 de 600 Hp, radial de 9 cilindros; Envergadura de 12,80 m; Comprimento de 8,83 m; Altura de 3,56 m; Peso máximo de 2.404 Kg; Velocidade máxima de 337 Km/h; e Teto de 6.553 m. Foi fabricado nos Estados Unidos, Brasil, Canadá, Austrália e Suécia. Atendeu a 14 forças aéreas.

O que é o NINJA?
O Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA) proporciona atividades de cultura aeronáutica para crianças e jovens. É um projeto social para estudantes das redes pública e particular. Não há custo para os alunos, pois todas as ações são desenvolvidas por voluntários que proporcionam: palestras sobre aviação, atividades lúdicas e técnicas, aeromodelismo, visitas, eventos e orientação para carreiras na aviação. Adicionalmente há reforço escolar e prática esportiva, ações também oferecidas gratuitamente. Algumas atividades correlatas podem ser introduzidas na programação. As reuniões regulares sobre aeronáutica ocorrem quinzenalmente, aos sábados, das 9 às 12h, na sede do NINJA, no Colégio Dominique, rua dos Gerânios, 10, Jardim Carolina, Ubatuba (SP).

Contato: ninja.aero@gmail.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Aeroportos

Hangar Voga Marine é inaugurado em Ubatuba com festa e T6 Texan
O Hangar Voga Marine foi inaugurado, ontem, 28 de agosto de 2018, no aeroporto de Ubatuba (SP). A instalação proporcionará serviços de hangaragem com seguro, CFTV 24 h, internet, ar comprimido, água e gelo, tomada de força e sala de descanso.


A ativação do hangar ocorreu com coquetel de recepção a entusiastas da aviação, tendo como ilustração do ambiente uma aeronave Bonanza e um lendário avião NA T6 Texan.

Os presentes ouviram boa música e puderam ver imagens históricas de vários momentos do aeroporto.

T Meia
O T Meia do comandante Bonatti aterrissou em Ubatuba especialmente para a festa de inauguração do hangar, mobilizado pelo Aeroclube de Ubatuba e Núcleo Infantojuvenil de aviação (NINJA), com apoio da Administração do aeroporto local, o Consórcio Voa SP. Na sua chegada, o possante motor radial do T6 Texan, com seu ruído característico, em dois voos no meio da tarde, chamou a atenção dos moradores e alguns foram ao Aeroporto Gastão Madeira para ver a raridade.

Crianças
Na manhã desta quarta, 29, o T Meia fará alguns voos e será auxílio à instrução e experiência sensorial para crianças e jovens do NINJA, os quais farão atividades no aeroporto, dentro da proposta do Núcleo de difundir cultura aeronáutica e estimular vocações para carreiras profissionais no setor aéreo.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Defesa Aérea

Vídeo de interceptação de voo ilícito atinge 1 milhão de visualizações
O vídeo "Helicóptero da FAB intercepta aeronave em Rondônia", que documenta a interceptação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB), atingiu a marca de um milhão de visualizações no YouTube, no dia 27 de agosto de 2018. A reportagem, publicada em 25 de maio de 2013, mostra a ação contra um avião de pequeno porte não identificado pelos radares, a cerca de 200 km da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.

AH-2 Sabre
O helicóptero de ataque AH-2 Sabre do Esquadrão Poti (2º/8º GAV) decolou em menos de 10 minutos da Ala 6, em Porto Velho (RO), após o acionamento. A interceptação e o policiamento do espaço aéreo brasileiro fizeram parte da Operação Ágata 7, do Ministério da Defesa, que teve por objetivo combater o tráfico de ilícitos na região de fronteira.

Fonte: FAB

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Aviação Naval

Porta-Helicópteros “Atlântico” chega ao Rio
Chegou ao Brasil, no dia 25 de agosto de 2018, em desfile naval, o Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) “Atlântico”. Familiares da tripulação aguardaram a chegada do navio no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, onde o navio atracou. O PHM “Atlântico” iniciou sua viagem com destino ao seu porto sede no dia 1º agosto com escala em Lisboa, Portugal, depois de incorporado à MB, no dia 29 de junho, em Plymouth, Reino Unido. O Navio é projetado para as tarefas de Controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar. Por dispor de considerável capacidade de suporte hospitalar, visando a apoiar uma Força Naval em operações de guerra naval, é apropriado, também, para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e operações de manutenção de paz, além de poder ser empregado em missões estratégicas logísticas, transportando militares, munições e equipamentos.

Saiba mais: Blog do NINJA de 12/07/2018

domingo, 26 de agosto de 2018

Especial de Domingo

Neste e nos próximos 3 domingos compartilharemos o texto completo de “A participação da Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial” originalmente publicado pelo INCAER – Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, de autoria do coronel-aviador Manuel Cambeses Júnior.
Boa leitura.
Bom domingo!

A atuação da FAB na II Guerra Mundial (Parte 1)
No terceiro ano do desenrolar da II Guerra Mundial, foram criados o Ministério da Aeronáutica e a Força Aérea Brasileira; fruto de uma ideia em marcha no Brasil, já há vários anos, essa criação foi precipitada pelos acontecimentos da guerra, onde a importância do Poder Aéreo vinha se destacando. Estávamos, então, em janeiro de 1941 e a guerra localizada na Europa, quase que exclusivamente, ainda podia ser considerada longínqua em relação ao Brasil; mas, no mesmo ano, com a entrada dos Estados Unidos na guerra, os acontecimentos começaram a se precipitar avassaladoramente.

Um ano e meio depois que a Aviação Militar e a Aviação Naval se fundiram, para fazer surgir a Força Aérea Brasileira, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália. Para a mais jovem das Forças Armadas do Brasil, recém-criada, o impacto foi terrível. As responsabilidades que lhe foram logo impostas, num gigantesco e duplo esforço de desenvolvimento e de operações de guerra inadiáveis que surgiram ao longo do nosso litoral, obrigaram a Força Aérea Brasileira a uma atividade febril para consolidar a sua organização, para desenvolver a sua infraestrutura, para formar e adestrar o seu pessoal, para receber e operar adequadamente mais de quatro centenas de aviões de toda a espécie, alguns altamente complexos, recebidos durante os três anos que ainda durou a guerra e, finalmente, para enfrentar, numa luta de vida ou de morte, poderosos inimigos já veteranos.

Mas, com a graça de Deus, a Força Aérea Brasileira iria conseguir enfrentar todas as suas tarefas; ia se realizar o vaticínio do General Eurico Dutra que, como Ministro da Guerra da época, dissera na Ordem do Dia que, em nome do Exército, apresentava as despedidas à Aviação Militar a qual, integrada na Força Aérea Brasileira, assumia a sua autonomia:


“No momento em que sois desligados do Exército, em cujas fileiras deixais o traço indelével de brilhante trajetória e onde, em qualquer situação, afirmastes a têmpera e o valor de vossos corações; no momento em que, unidos em espírito e vontade aos camaradas navais e civis, vos congregais num só organismo nacional, para o domínio e a defesa dos céus do Brasil; no momento, enfim, em que, diletos filhos do tronco robusto do Exército – que guardas intactas as gloriosas tradições do nosso comum patrimônio – vos emancipais de sua tutela, para adquirirdes o direito de maioridade e de livre condução de vosso futuro, além do dever e da honra de com ele e a Marinha ombreardes na defesa da terra, dos mares e dos céus brasileiros, quero, como chefe da Força de Terra e quando vos deslocais do seu seio, transmitir-vos, num misto de saudades e esperanças, a emotiva saudação do Exército, plena de fé e de confiança em vosso destino, repleto de orgulho e de entusiasmo pela vossa ascensão balizada pelos efeitos e sacrifícios de vossos camaradas mortos, que tão grande já tornaram a vossa pequena história de menos de cinco lustros.”


Logo que foi organizado em 1941, o Ministério da Aeronáutica se preocupou com a formação intensiva de oficiais aviadores e de sargentos especialistas, elementos chaves para o desenvolvimento da Força Aérea Brasileira. A Escola de Aviação Naval e a Escola de Aviação Militar foram fundidas numa única, a Escola de Aeronáutica, sediada no Campo dos Afonsos. A formação de sargentos especialistas passou a ser concentrada na Ponta do Galeão. Durante os quatro anos de guerra, o Ministério da Aeronáutica formou, no Brasil, 558 oficiais-aviadores e providenciou a formação de mais de 281 oficiais-aviadores da reserva nos Estados Unidos, o que perfaz um total de 839 oficiais aviadores formados durante a guerra, cada um deles representando,em média, mais de 150 horas de voo de instrução, além da instrução teórica, no solo.

Os aviões de instrução existentes, em 1941, nas Aviações Militar e Naval, apesar de terem sido todos reunidos no Campo dos Afonsos, eram em número insuficiente para o programa de expansão da Força Aérea Brasileira. Foram logo feitos os entendimentos com as autoridades norte-americanas para, por intermédio da lei “lend-lease”, serem cedidos ao Brasil aviões de instrução.

Os Estados Unidos da América forneceram ao Brasil, só para a Escola de Aeronáutica, durante os anos de 1942, 1943 e 1944 mais de trezentos aviões de instrução. A navegação marítima regular estava suspensa durante a guerra e, nos poucos navios que circulavam em comboios, fortemente protegidos contra a ação dos submarinos, não havia espaço nem prioridade para trazer os aviões de instrução encaixotados. O Ministro da Aeronáutica tomou a decisão de trazer em voo, dos Estados Unidos para o Brasil, pilotados por oficiais brasileiros, todos os aviões de instrução destinados à Escola de Aeronáutica, mesmo os 103 pequenos aviões de instrução primária, os Fairchild PT-19, com raio de ação limitado, sem rádio e desprovidos de instrumentos e equipamentos adequados para aquela longa viagem de 15.000 quilômetros, que eles cobriam em três semanas, com 44 etapas, totalizando, em média, 110 horas de voo.

Dada a necessidade urgente de colocar os aviões no Brasil, nem se pôde esperar a época menos chuvosa do ano, para trazer os aviões em condições mais favoráveis. À proporção que os aviões iam ficando prontos na fábrica, eram entregues aos pilotos brasileiros e, em esquadrilhas, geralmente de cinco aviões liderados por um oficial mais experimentado, era iniciada a penosa viagem para o Brasil.


Durante os anos de 1942, 1943, 1944 e 1945 esses e outros aviões foram trazidos para o Brasil, com um índice mínimo de acidentes que surpreendeu a todos.

A experiência dos pilotos brasileiros nos voos do Correio Aéreo Militar e Naval, em viagens pelo interior do Brasil, em regiões desprovidas de infraestrutura aeronáutica, com campos de pouso precários e sem rádio-comunicações e a sua experiência de voos na região amazônica renderam maravilhosos juros, quando se teve de trazer em voo, dos Estados Unidos para o Brasil, os aviões destinados ao desenvolvimento e equipamento da Força Aérea Brasileira.

Outra grande preocupação do Ministério da Aeronáutica, desde o início, foi o estabelecimento de uma cadeia de bases aéreas ao longo do litoral brasileiro, principalmente no Nordeste e no Norte do País, visto que as bases aéreas até então desenvolvidas, pelas Aviações Militar e Naval, situavam- se do Rio de Janeiro para o Sul, com exceção de Fortaleza e Belém.

Apesar de os Estados Unidos e o Brasil não terem ainda entrado na guerra, em julho de 1941 foi tomada, com clarividência, a decisão de aparelhar uma rota aérea que, passando pelo Norte e Nordeste do Brasil, permitisse alcançar a África. Por essa rota aérea seriam levados os recursos para as forças aliadas que, desesperadamente, lutavam contra as forças do eixo Roma-Berlim as quais ameaçavam conquistar toda a orla sul do Mediterrâneo, até o Canal de Suez.

Essa rota aérea, com a área do Nordeste brasileiro servindo de trampolim para a África, ficou conhecida mais tarde como o “Corredor da Vitória”, o qual assumiu grande importância estratégica quando, em 1942 e 1943, os aliados tiveram que lutar na África do Norte e desencadear a campanha da Itália; pelo “Corredor da Vitória” foi, então, canalizado um fluxo imenso de aviões, pessoal e material.

Foi assim que surgiram bases aéreas em Amapá, Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Salvador e Caravelas, todas elas da maior importância para as operações aéreas relacionadas com a proteção da navegação marítima e a campanha antissubmarino ao longo do litoral brasileiro.

Foi nesse ambiente de criação recente do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, de construção acelerada de bases aéreas, de transporte de centenas de aviões dos Estados Unidos para o Brasil e de formação intensiva de oficiais aviadores que a Força Aérea Brasileira foi lançada, desde logo, nas operações de patrulhamento aéreo ao longo do litoral brasileiro.

(A saga da FAB na II Grande Guerra continua em próximas postagens de domingo aqui no blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação-NINJA)

Texto: Extraído de “A participação da Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial” publicado pelo INCAER – Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.

Autor: Coronel-Aviador Manuel Cambeses Júnior.

sábado, 25 de agosto de 2018

Transporte Aéreo

Aérea de baixo custo poderia operar no Brasil, com novas regras
A companhia aérea escandinava Norwegian Air Shuttle tem interesse em operar voos dentro do Brasil de baixo custo, afirmou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, citando que a empresa deve começar a operar voos da Europa para o país a partir de março do ano que vem. Segundo o ministro, que conversou com representantes da Norwegian em Estocolmo, Suécia, se a abertura de capital das empresas áreas do Brasil for aprovada, a companhia escandinava poderia constituir uma nova companhia no Brasil. "Nós teremos então uma empresa voando dentro do Brasil, constituindo uma empresa brasileira...a custo que seria a metade do custo de mercado, que é o que eles fazem aqui, as chamadas low cost", afirmou o ministro em depoimento gravado e disponibilizado pelo Ministério do Turismo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o funcionamento da Norwegian Air no Brasil. A terceira maior companhia aérea europeia de baixo custo pediu, por meio de sua subsidiária do Reino Unido, direitos de tráfego no Brasil para possíveis voos de Londres, buscando iniciar operações em 2019. O mercado brasileiro é dominado apenas por quatro grandes grupos de aviação, Latam, Gol, Azul e Avianca.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Intendência

Cerimônia em homenagem ao Dia da Intendência teve a participação do Comandante no RJ
Diretoria de Administração da Aeronáutica realizou cerimônia militar em comemoração à data (23/8)

A Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), localizada no Rio de Janeiro (RJ), realizou ontem, quinta-feira (23/08), uma cerimônia militar em comemoração ao Dia da Intendência da Aeronáutica, com a presença do Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. A formatura teve entrega de moedas comemorativas ao Alto-Comando de ontem e de hoje, outorga da Medalha Eduardo Gomes – Aplicações e Estudo, para os primeiros colocados em cursos de carreira da FAB, e uma homenagem ao Major-Brigadeiro da reserva Eliseo Mendes Barbosa, que prestou importantes contribuições para o desenvolvimento da Intendência. O oficial-general mais antigo do Quadro de Intendência, Major-Brigadeiro Intendente Vilmar Gargalhone Corrêa, que é Diretor de Administração da Aeronáutica, ressaltou que o processo de Reestruturação por que passa a FAB tem trazido novos desafios e mais responsabilidades aos Intendentes.
Major-Brigadeiro Intendente Vilmar em discurso durante a cerimônia
E, para que os profissionais possam estar cada vez mais preparados para a Força Aérea do futuro, o conselho é que os mais jovens se capacitem. “É importante que os Intendentes façam cursos fora da FAB, para acompanhar o que há de mais moderno, não só na área de gestão, mas também em torno da Tecnologia da Informação, que é o que vai nos movimentar no futuro”, avaliou. O Tenente-Brigadeiro Rossato também ressaltou o papel da Intendência na Reestruturação da Força. Ele afirmou que, embora esses profissionais já executem um papel primordial nas atividades, principalmente nas áreas de suprimento e apoio ao homem, a transformação da FAB está valorizando os profissionais Intendentes de forma diferenciada. 
O Serviço de Intendência da Aeronáutica
foi criado em 23 de agosto de 1945
“Esse quartel onde nós estamos hoje é um exemplo de como as mudanças estão acontecendo. A DIRAD concentrou muitas atividades da extinta Diretoria de Intendência. Os profissionais dessa área estão sendo demandados e estão respondendo à altura da nova Força Aérea. Parabéns a todos os Intendentes neste dia”, disse o Comandante. O Dia da Intendência é comemorado em 23 de agosto pois foi nessa data que, há 73 anos, houve a criação do Serviço de Intendência da Aeronáutica. 

Fotos: Sargento Bruno Batista / CECOMSAER

Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Alle

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielli

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Embraer

Embraer faz 49 anos e formará terceira empresa com a Boeing
A Embraer quer alçar o mais alto voo da sua história de 49 anos. Do sonho de alguns pioneiros ao posto de líder mundial na produção de jatos comerciais de até 150 assentos, o caminho da empresa de São José dos Campos (SP) passou por crises, demissões em massa e privatização, em 1994. A fabricante escapou da ineficiência estatal, tornou-se global e compete no tabuleiro de xadrez do comércio internacional de aeronaves, no qual todos os lances têm que ser muito bem planejados. Os aviões feitos em São José dos Campos voam em mais de 60 países do mundo e transportam, anualmente, mais de 145 milhões de passageiros. A cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do planeta.

Terceira empresa
O próximo voo da companhia mira um destino muito mais amplo do que as suas aeronaves atingiram, mas haverá riscos. Boeing e Embraer anunciaram um entendimento para criar uma terceira empresa que comandará todo o segmento de aviação comercial da empresa brasileira, responsável por mais da metade do seu faturamento. Esta nova companhia terá 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. As duas não poderão abrir mão de suas parcelas por 10 anos. O negócio, que passa por avaliações regulatórias, de acionistas e autorização do governo brasileiro, só deve ser finalizado em 2019. A Embraer confia no acordo: "Acredito fortemente que é o início de uma nova era de crescimento e prosperidade para nossa empresa e para todos nós", afirmou Paulo Cesar de Souza e Silva, o presidente e CEO da Embraer, em comunicado aos empregados.

Engenharia brasileira
Analistas olham a negociação entre Embraer e Boeing como um entroncamento de interesses que irá criar a maior fabricante de aviões do mundo, com um portfólio de aeronaves de 70 a 450 assentos. A norte-americana está de olho na competente e relativamente jovem equipe de engenheiros da brasileira. A Embraer conta com a capacidade de vendas mundiais da Boeing para alavancar seus jatos no mercado, especialmente Ásia e Estados Unidos. A expectativa na Embraer é que a parceria gerará um novo ciclo virtuoso para a indústria aeroespacial brasileira.

Texto: Xandu Alves, do jornal O Vale

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

KC-390 e Gripen NG

Anápolis (GO) se prepara para ser o "hangar" do caça Gripen e do cargueiro KC-390
A Ala 2, sediada em Anápolis (GO), a 55 km de Goiânia, passará por adequações para receber novas aeronaves. Elas são o novo caça Gripen e o KC-390, o maior avião cargueiro produzido no Brasil, capaz de transportar até 26 toneladas.

"Estamos nos preparando para receber os dois projetos: a ampliação do pátio, construção de hangar, reforma de instalações e vários outros processos para receber esses novos aviões”, explica o coronel aviador Antônio Marcos Mioni, comandante da unidade. A expectativa é que o supersônico Gripen chegue a partir de 2021. A capacidade de combate dele é considerada quatro vezes maior que a do seu antecessor, o caça F-5. Os cargueiros KC-390 chegarão à Ala 2 em 2019.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Biblioteca NINJA

Livro sobre os primeiros cadetes, na ida da Escola de Aeronáutica do Rio para Pirassununga, como Academia da Força Aérea
Na manhã do dia 25 de fevereiro de 1964, um Fairchild C-82 Packet, matrícula 2200, decolou do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, com destino a Pirassununga, interior de São Paulo. A aeronave levava o primeiro grupo de 67 cadetes para iniciar a instrução de voo no NA T-6 Texan, no Destacamento Precursor da Escola de Aeronáutica. A mudança de sede da instituição era um antigo plano que se arrastava desde 1942. Superados muitos desafios, políticos e institucionais, coube a uma turma de pioneiros operacionalizar a nova sede do "Ninho das Águias". Essa saga dos primeiros militares e o processo de transferência da sede da Escola de Aeronáutica de terras cariocas para o estado paulista traçam o enredo do livro "1964 - Precursores da Academia da Força Aérea - O novo Ninho das Águias", lançado no dia 16 de agosto de 2018, no Clube da Aeronáutica, em Brasília (DF).

Primeira turma da AFA
A obra, de autoria do Coronel Cláudio Passos Calaza e do professor e pesquisador Hermelindo Lopes Filho, é resultado de quatro anos de estudos e, além de um resgate que homenageia os integrantes daquela turma, também sensibiliza as novas gerações sobre as culturas e desafios institucionais de uma época. O Coronel Calaza diz que, acima de tudo, redigir a obra foi um desafio na tentativa de reconstruir a história da Academia da Força Aérea, onde serve atualmente como professor de História. O professor Hermelindo, que é especialista em Defesa e História Militar, afirma que a obra foi construída, principalmente, sob o entusiasmo contido nos depoimentos dos cadetes da época, o que demonstra a união, amizade, e companheirismo existentes na turma de 1964. "Aprendemos muito com esse livro e esperamos ter contribuído para o resgate da memória de uma turma e para a historia da FAB", avalia.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Aviação Executiva

Embraer amplia serviços no aeroporto de Sorocaba
A Embraer anunciou a inauguração da Oficina de Interiores, ampliando o portfólio de serviços oferecidos a clientes da Aviação Executiva no Centro de Serviços de Sorocaba, no interior de São Paulo. A TechCare, plataforma da Embraer que reúne os principais produtos e serviços para aviação global, oferecerá nesta unidade soluções diferenciadas para os interiores dos jatos executivos produzidos pela companhia, fortalecendo a experiência do cliente no pós-venda. Na oficina, os jatos poderão passar por retoques, revitalizações e reformas gerais customizadas. Com mais de 170 aeronaves registradas, o Brasil detém a segunda maior frota de jatos executivos da Embraer, atrás somente dos Estados Unidos.

domingo, 19 de agosto de 2018

Especial de Domingo

Propriedade Intelectual
Novamente, destacamos um antigo texto de Clovis Silveira, da Associação Paulista da Propriedade Intelectual, que alerta sobre a importância deste tema para o avanço de qualquer empreendimento.
Boa leitura.
Bom domingo!


A Cultura Nacional de Patentes e a Síndrome de Santos Dumont
O Brasil foi o quarto país no mundo a ter uma lei de patentes. Isto foi em 1809, com um alvará do príncipe regente, para estimular os inventores da época. Mas nosso grande inventor Santos Dumont, nascido em Minas Gerais em 1873, orgulho nacional, reconhecido como o Pai da Aviação, um humanista, que com seu ostensivo altruísmo distribuía até os prêmios recebidos, não depositou pedidos de patente para suas invenções, desejando que fossem de livre utilização por toda a humanidade. Não visava "monopólio temporário" sobre suas invenções nem o "direito de excluir terceiros" previsto nas leis de patentes, ao contrário dos irmãos Wright, cuja principal prioridade foi patentear o avião, tendo obtido a concessão de sua primeira patente (US821393 - Flying Machine) em maio de 1906, que abrangia o conceito de controle triaxial, crítico para voos motorizados. Esta patente transformou-se numa arma poderosa que os irmãos Wright utilizaram pelos anos seguintes contra qualquer um que tentasse voar num avião.

O Brasil também foi um dos primeiros países a assinar a Convenção da União de Paris, em 1883, que integrou o país no sistema internacional de propriedade industrial, particularmente quanto à proteção das invenções por meio de patentes. Contudo, passados mais de cento e vinte anos, parece que continuamos a sofrer da "síndrome de Santos Dumont", se me permitem - sem qualquer demérito - assim denominar essa espécie de “altruísmo” exagerado, quase patológico, inerente ao sentimento e comportamento de muitos brasileiros, que faz com que não se interessem pela proteção de sua criação intelectual, especialmente de suas invenções por meio do sistema de patentes, seja hoje por puro descaso, por falta de informação ou até mesmo, o que é pior, por descrédito nas instituições que cuidam do assunto, no Brasil o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, dentre outras.

O brilhante Alberto Santos Dumont educou-se na França, dedicou sua vida a experimentos de voar e é detentor de muitos méritos. Em 1897, quando a Europa era cenário de admiráveis realizações no campo da aeronáutica, já havia se elevado em um balão; em 1901, já havia resolvido o problema básico da dirigibilidade dos aeróstatos e, após contornar a Torre Eiffel com um de seus dirigíveis, recebeu o prêmio Deutsch e um prêmio do Governo Brasileiro.


Em 1903 construiu o primeiro hangar, onde guardava e mantinha sua frota de treze dirigíveis. Mas foi com sua invenção mais famosa, seu artefato autodecolante "mais pesado que o ar", o famoso 14Bis, que recebeu, em 23 Outubro de 1906, o prêmio Deutsch-Archdeacon, por ter conseguido realizar o primeiro voo completo, sem auxílio de catapultas, como ocorria com o Flyer, dos irmãos Wright. Na sequência, Santos Dumont projetou e construiu, em 1909, o elegante e rápido monoplano Demoiselle, o antecessor do avião moderno.


Mas como ficou a propriedade intelectual do inventor Santos Dumont? Em domínio público? Não! porque os irmãos Wright depositaram pedidos de patente reivindicando para si inúmeras características técnicas das tais máquinas voadoras. Quanto ao nosso Santos Dumont...parece que não tinha à época consciência de que o sistema de patentes é a mola propulsora do desenvolvimento tecnológico de um país! Nesse aspecto houve prejuízo.

Em 1928 Santos Dumont retornou ao Brasil e, muito deprimido por sua invenção ter sido utilizada como arma de guerra - é o que consta em algumas biografias - veio a falecer em Julho de 1932 (no ano seguinte foi editada no Brasil a primeira Revista da Propriedade Industrial, elaborada pelo conhecido tratadista João da Gama Cerqueira e seu então assistente Sebastião Silveira - veja www.aspi.org.br)

No campo da cultura da propriedade intelectual o Brasil está ainda por fazer decolar seu 14Bis. E precisará fazer voar muito rápido seu Demoiselle, para recuperar o atraso. Como o pai da aviação, embora continue muito criativo, o brasileiro ainda não aprendeu a jogar o jogo, não assimilou bem a cultura, não está preparado para a nova guerra, que não se ganha com aviões, mas com patentes.
Conclamo os pesquisadores, os desenvolvedores de tecnologia, os inventores e os criativos empresários brasileiros a mergulharem na cultura da propriedade intelectual. Procurem informação, associem-se a entidades que têm por missão a difusão dessa cultura, participem mais dos congressos que discutem os desafios modernos e, em profundidade, a propriedade intelectual. Que possam assimilá-la e discutir as questões fundamentais que permitirão que nosso país decole novamente, com inventividade e tecnologia nacionais.

Em recente congresso promovido pela Associação Paulista da Propriedade Intelectual – ASPI, focando A Propriedade Intelectual e os Desafios da Ciência Moderna, que se encerrou em 23 de Outubro de 2005, data do início das comemorações, no Brasil e no Mundo, do centenário da primeira decolagem autônoma de um avião, realizada pelo herói brasileiro, os congressistas tiveram a oportunidade de ouvir Ozires Silva - que projetou a aviação brasileira moderna no mundo - afirmar que está cansado de escutar "quando o Brasil for uma potência..." e enfatizar a falta de credibilidade no sistema de patentes, por parte dos brasileiros.


Foi dito também, pelo Eng. Fernando Perez, outro entusiasta do sistema de patentes - que por 15 anos fomentou o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica como diretor da Fapesp - que é preciso deslocar a pesquisa para a indústria e que, só assim, o país conseguirá integrar-se na cultura e produzir patentes na quantidade e qualidade necessárias à competitividade no mundo globalizado. Quanto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o "motor" de nossa Demoiselle atual, a cultura da proteção da propriedade intelectual, há muito não está dando conta de fazê-la decolar. É preciso que o governo invista neste motor... ou catapulta!

Urge curar o Brasil da síndrome de Santos Dumont!

Autor: Clovis Silveira, Nov/2005

Fonte: Associação Paulista da Propriedade Intelectual

sábado, 18 de agosto de 2018

Aeronaves

Embraer apresenta modificações para o Phenom e Legacy
A Embraer apresentou, na Labace 2018, novidades para a aviação executiva. Os modelos Phenom 100EV, Phenom 300E e o Legacy 650E são versões com atualizações tecnológicas e melhorias de interior. O Phenom 300E, para até seis passageiros, tem como novidade o interior reformulado, com assentos mais largos e novos recursos de entretenimento. O jato Phenom 100EV está configurado para obter melhores performances em aeroportos localizados em regiões quentes e elevadas. Os motores podem gerar mais 15% de empuxo nessas condições, se comparado ao modelo convencional. O Legacy 650E recebeu sistema de visão sintética e acelerador automático (Autothrottle), equipamentos que aumentam o nível de automação do aparelho.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

FAB TV

Surgimento e modernização da indústria aeroespacial
Na edição de agosto de 2018 o programa FAB TV - elaborado pelo CECOMSAER - faz uma viagem de volta ao passado, para descobrir como começou a história da indústria aeronáutica brasileira, desde a conquista do ar, até a modernização da área espacial. Confira quais são os projetos e a previsão de investimentos realizados no Brasil para que o país ocupe posição de destaque no setor aeroespacial.

Ingresso na FAB
No mesmo programa veja também o que fazer para participar dos exames de admissão para ingressar na Força Aérea Brasileira. Mais de 350 vagas são ofertadas em dois processos de seleção que estão com as inscrições abertas.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Embraer / Boeing

Definido executivo para integração Boeing / Embraer
A Boeing nomeou o executivo Christopher Raymond para conduzir o processo de integração com a fabricante brasileira Embraer. As duas companhias irão formar uma joint venture que absorverá todo o segmento de aviação comercial da Embraer. A nova empresa terá 80% de controle da Boeing e 20% da empresa brasileira. Em nota, a Boeing confirmou o anúncio sobre o executivo, no entanto não deu mais detalhes da operação. Christopher Raymond ocupa atualmente o cargo de vice-presidente e General Manager da Divisão de Sistemas Autônomos para a Boeing Defesa, Espaço e Segurança. O setor, de acordo com a Boeing, é responsável por concentrar “tecnologias autônomas, capacidades de inteligência e soluções de rede do solo para o espaço”. O executivo será o líder, por parte da companhia norte-americana, no processo de integração das operações de engenharia com a Embraer, setor considerado o principal trunfo para a Boeing na parceria comercial com a fabricante brasileira. O anúncio foi feito durante uma conferência da Boeing com investidores.

Fonte: Gazeta de Taubaté

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Aviação Experimental

Bonito (MS) terá evento de aviões experimentais de 24 a 26/08/2018
O segmento de aeronaves experimentais se reunirá em Bonito (MS), de 24 a 26 de agosto de 2018, no Bonito Fly-in, com apoio da ABRAEX - Associação Brasileira de Aviação Experimental. Proprietários de mais de 70 aeronaves já confirmaram presença.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Concurso para a FAB

Inscrições para o curso de sargentos da Aeronáutica seguem até 10/09/18
A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu 279 vagas para a segunda turma do Curso de Formação de Sargentos (CFS), para os jovens com nível médio. As inscrições começaram dia 12 e seguem até 10 de setembro de 2018, com uma taxa de inscrição de R$ 60. Os selecionados ingresarão, em julho de 2019, na EEAR - Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada em Guaratinguetá (SP).

Critérios
Os candidatos não deverão ter menos de 17, nem completar 25 anos até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso (2019) e necessitam ter concluído o ensino médio na data da validação dos documentos. Em certas modalidades, há vagas para ambos os sexos. As provas serão escritas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física, no dia 25 de novembro de 2018. Posteriormente haverá inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação de condicionamento físico e validação de documentos. Os aprovados em todas as etapas terão que se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), em 30 de junho de 2019. O curso de formação dura dois anos. Neste período, os alunos receberão auxílio de R$ 1.010, além de ter assistências médica e odontológica, alojamento e alimentação. Na formatura, os concluintes são promovidos a terceiro-sargento e transferidos a serviço da Pátria para unidades da Aeronáutica, em algum ponto do país, de acordo com as necessidades da FAB.

Saiba mais: Blog do NINJA de 26/07/2018

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ARP / Drone

Sanções aos voos irregulares de drones
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio da Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAER), iniciou a aplicação de sanções administrativas para os pilotos que desrespeitam as regras de acesso ao espaço aéreo brasileiro, utilizando Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs), popularmente chamados de drones. As sanções aplicadas têm como objetivo mitigar as iniciativas ilícitas, a fim de manter a segurança aplicada no acesso ao espaço aéreo por aeronaves tripuladas e não tripuladas.

Legislação
As operações não autorizadas, que infringirem os diversos artigos previstos no Código Penal, no Código Civil e na Lei das Contravenções Penais, em suas esferas civis e criminais, são passíveis de multas, variando de R$ 3.200,00 (para pessoas físicas) a R$ 40.000,00 (para pessoas jurídicas), sendo estas responsabilizadas como contratantes dos serviços realizados em desacordo com o previsto nas normas de acesso ao espaço aéreo brasileiro, cumprindo o previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565).

Aeromodelos
O DECEA alerta que as regras previstas para o acesso ao espaço aéreo brasileiro por aeronaves remotamente pilotadas, com uso exclusivamente recreativo – os aeromodelos, podem ser consultadas na AIC N 17/18. Para o uso não recreativo, as regras a serem seguidas encontram-se na ICA 100-40.

Consulte: AIC N 17/18  e  ICA100-40

domingo, 12 de agosto de 2018

Especial de Domingo

Reproduzimos novamente conteúdo que pontua o início da aviação militar no Brasil.
Boa leitura.
Bom domingo!

O início da Aviação Militar no Brasil
Quadro “Além do Horizonte” do Coronel Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia

A origem da Aviação Militar no Exército Brasileiro tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança. Ao Patrono do Exército, Luís Alves de Lima e Silva, na época Marquês de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul. Naquela região, nas cercanias de Humaitá e Curupaiti, o terreno era plano e ausente de pontos elevados que servissem para observação e coleta de informações sobre o inimigo e como base para condução das batalhas. Naquele conflito, os exércitos costumavam construir estruturas de madeira que chegavam a quinze metros de altura, para observar, de maneira precária, as linhas inimigas e obter informações das posições e movimentos da tropa. Para um chefe militar planejar uma ofensiva de grande envergadura naquele terreno, o uso de um balão para observação constituía um valioso trunfo. Com visão inovadora, ao ser destacado para assumir o comando naquele Teatro de Operações, mesmo antes de deixar o Rio de Janeiro, o Marquês de Caxias solicitou a aquisição de um balão. Em janeiro de 1867, o Ministro da Guerra, por meio do consulado brasileiro em Nova Iorque (EUA), encomendou a construção de dois balões e a aquisição de equipamento para produção de hidrogênio. O negócio foi conduzido pelo Professor Thadeus S. Lowe, que tinha sido aeronauta-chefe do Exército do Potomac durante a Guerra de Secessão e que indicou dois aeronautas norte-americanos para atuarem em prol do Exército Brasileiro. Os aeronautas e os balões chegaram a Tuiuti no final de maio e, após a resolução de problemas de suprimento, em 24 de junho de 1867, deu-se o primeiro emprego militar de balão na América Latina, com sua ascensão a 330 metros. O primeiro aeronauta brasileiro em campanha foi o Capitão Francisco Cesar da Silva Amaral, que subiu com o balão no dia 12 de julho de 1867. Além dele, também cumpriram missões aéreas naquele conflito os Capitães Conrado Jacob de Niemeyer e Antonio de Sena Madureira e o Primeiro- Tenente Manuel Peixoto Cursino do Amarante. Àqueles militares coube a honra de escrever o primeiro capítulo da história da Aeronáutica Militar Brasileira.


Ao todo, foram efetuadas vinte ascensões com um único balão, que era o menor dos dois, tendo em vista que as dificuldades de suprimento impediram a produção do hidrogênio necessário ao balão maior, que tinha mais que o dobro de volume. As informações sobre a disposição do inimigo no terreno, colhidas por meio da observação aérea foram fundamentais para o Marquês de Caxias. Após a Guerra, foi criado o Serviço de Aerostação Militar, mas as atividades balonísticas foram incipientes até a virada do século. Nesse período, o único fato considerado digno de nota foi a Revolta da Armada, que teve início em setembro de 1893, liderada por altos oficiais da Marinha de Guerra. O Marechal Floriano Peixoto acolheu com simpatia a proposta do Deputado Augusto Severo de construir um dirigível, entrevendo a possibilidade de emprego do balão na luta contra os revoltosos. Apesar de construído, ele não foi utilizado para aquele fim. No começo do Século XX, as potências militares procuravam desenvolver balões e aviões para emprego em operações militares. O Governo Brasileiro, com o objetivo de manter-se a par da nova fronteira militar, no ano de 1907, enviou à Europa o Tenente Juventino Fernandes da Fonseca com a missão de aprofundar os estudos em balonística, adquirir balões e material para a constituição de núcleo de aerostação. Foram adquiridos quatro balões franceses e, em 20 de maio de 1908, no Realengo/Rio de Janeiro, com a presença do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca, foi realizada a primeira ascensão de um desses balões em céus brasileiros. O evento, que deveria ter sido um momento de glória para o Tenente Juventino, foi marcado pela tragédia, pois uma falha na válvula de controle de gás provocou a queda do balão, ocasionando nosso primeiro acidente aéreo fatal, que vitimou o bravo oficial. O crescente desenvolvimento dos aviões alimentou interesse pelo uso militar do espaço aéreo. Esse interesse persistiu entre as autoridades militares brasileiras, o que suscitou a iniciativa de um grupo de aeronautas estrangeiros, liderados pelo italiano Felice Gino, de propor a criação de uma escola para formação de pilotos militares. O acordo entre o Ministério da Guerra e esse grupo permitiu que, em 1913, fosse criada a Escola Brasileira de Aviação, com a construção de oito hangares no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e aquisição dos primeiros aviões do Exército, fabricados na Itália. No ano seguinte, iníciou suas atividades, com a formação de pilotos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro. Com as dificuldades surgidas na época, e com o início da I Guerra Mundial, a Escola Brasileira de Aviação foi desativada. No alvorecer da aviação, alguns jovens passaram a se entusiasmar pelo voo naquelas precárias aeronaves, entre os quais um jovem tenente do Exército Brasileiro chamado Ricardo Kirk, que, mais tarde, foi o primeiro a obter o brevê internacional, tornando-se fundamental para a Aviação Militar.

Escola de Aviação no Campo dos Afonsos/ Rio de Janeiro

A nova página da história da Aviação no Exército Brasileiro viria a ser escrita somente após o final da I Guerra Mundial, quando reabriu sua Escola de Aviação Militar, no Campo dos Afonsos/Rio de Janeiro, inaugurada em 10 de julho de 1919. A frota da escola era composta por aviões franceses usados na I Guerra Mundial. No ano seguinte, graduou-se a primeira turma de pilotos aviadores militares. Em 1927, a Aviação Militar passou por uma fase de reorganização e desenvolvimento, criando-se a Arma de Aviação do Exército e a Diretoria de Aviação Militar. Com aviões novos e a vinda da Missão Militar Francesa de Aviação, foi dado um grande impulso para a Escola de Aviação Militar e, consequentemente, para a nova Arma. A primeira unidade aérea da Aviação Militar foi criada, em maio de 1931, no Campo dos Afonsos/Rio de Janeiro, e denominada Grupo Misto de Aviação. Essa unidade teve atuação destacada no combate aos revolucionários paulistas, na Revolução de 1932, contribuindo assim para o adestramento e amadurecimento da Aviação. A partir daí, iniciou-se uma nova fase de crescimento: o desdobramento pelo território nacional, com a criação de outras unidades. Após o início da II Guerra Mundial, os ensinamentos colhidos com a derrota da Polônia, em 1939, e da França, em 1940, deixaram evidentes a importância do domínio estratégico do espaço aéreo na estratégia militar e do poder aéreo para a segurança nacional. Por esse motivo, o Governo Brasileiro passou a considerar a aglutinação do poder aéreo do país, na época composto pela Aviação Naval, pertencente à Marinha do Brasil, e pela Aviação Militar, do Exército Brasileiro. A reunião dos meios aéreos, materiais e humanos foi efetivada em 20 de janeiro de 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, atribuindo à Força Aérea Brasileira a exclusividade da realização de estudos, serviços ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional. Foram extintos o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando-se, assim, a fase inicial da Aviação no Exército. 

Fonte: Revista Verde Oliva • Nº 216 • Abr/Maio/Jun 2012

sábado, 11 de agosto de 2018

Pegadas do Pequeno Príncipe

Pegadas do Pequeno Príncipe - Parte 8/8

Em bela homenagem a Saint-Exupéry, a AMAB - Associação Memória da Aéropostale no Brasil - apresenta o último episódio da série "Pegadas do Pequeno Príncipe". Versão em português.

Confira: episódios anteriores

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Espaço

FAB e Embrapa assinam memorando para uso de satélite
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), assinaram Memorando de Entendimento, que visa a implementação e operação de sistemas espaciais de sensoriamento remoto, em consonância com o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).

Satélite Carponis
De acordo com o Presidente da CCISE, Major-Brigadeiro Aguiar, o Projeto do Satélite Carponis-1 viabilizou a assinatura do memorando. Será o primeiro satélite de sensoriamento remoto óptico brasileiro a gerar imagens de alta resolução de todo o território nacional e de áreas de interesse estratégico do país. A cooperação entre os órgãos possibilitará a aplicação dual (civil e militar) desses sistemas, garantindo a soberania nacional, bem como geração de conhecimento nos mais diversos campos de aplicação.Com a previsão do Carponis-1 ser lançado em órbita no ano de 2022, a FAB e o MAPA identificaram possíveis contribuições diretas na produção agropecuária do país.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Tecnologia

FAB amplia uso de dispositivo de visão noturna
Militares da FAB, pertencentes ao Esquadrão Puma (3º/8º GAV), sediado na Ala 12, no Rio de Janeiro (RJ), realizaram, no dia 02 de agosto de 2018, o primeiro voo após a implantação do Night Vision Goggles(NVG), um dispositivo de visão noturna que permite a produção de imagens em níveis de luz que se aproximam da escuridão total. O8s militares receberam formação teórica ministrada por representantes do Esquadrão Falcão (1º/8º GAV) e, em seguida, tiveram a oportunidade de realizar o voo utilizando o equipamento.

Missões
O objetivo da instrução foi transmitir o conhecimento e experiências para que o 3º/8º GAV utilize o NVG e se especialize nessa área. Segundo o Tenente Aviador André Affonso Vidal, instrutor de voo do Esquadrão Puma, o uso do NVG é de vital importância. "No contexto atual de operações especiais no âmbito mundial, praticamente não se planeja missões reais sem a utilização desse equipamento, em virtude do elevado risco das operações noturnas”, destacou. O uso do NVG elevará a capacidade do Esquadrão de realizar missões em ambientes com pouca visibilidade, podendo aumentar em até 10 mil vezes a luminosidade e possibilitando também um melhor desempenho nas missões de busca e salvamento.

Fonte: FAB

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Exposição aeronáutica

São Paulo terá "Domingo Aéreo" em 26/08/2018
A Força Aérea Brasileira, por meio do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo, (PAMA) promoverá, no dia 26 de agosto de 2018, as festividades do tradicional evento “Domingo Aéreo”, alusivo à “Semana da Asa” e que faz parte do “Calendário Aeronáutico” da Cidade de São Paulo. Nesse dia, a organização abre os portões ao público com o propósito de promover e despertar o interesse pela aviação, carreira civil e militar e as instituições que contribuem para o desenvolvimento da Nação. Busca-se oferecer ao público visitante a oportunidade de conhecer de perto diversas aeronaves civis e militares. Em solo, além de exposições de organizações da Força Aérea Brasileira, da Aviação Civil, haverá diversas atrações culturais, tais como equipamentos aeronáuticos, exposições históricas e de instituições civis representadas pelos Aeroclubes e Escolas de Aviação. O Aeroclube de São Paulo exporá suas aeronaves Decathlon – PT-OSP, Christen Eagle – PP-ZSP, Corisco PT-NKH e um modelo das aeronaves Diamond, o Eclipse DA20-C1- PR-SAO.

Calendário de Portões Abertos

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Biblioteca NINJA

Livro traz a contribuição de Georges Corbisier para a aviação em São Paulo
A obra “Georges Corbisier – um homem à frente de seu tempo”, com base em pesquisa documental, traz a história de um franco-brasileiro apaixonado por aviões. Nascido em 1894, Corbisier atuou na construção urbana de São Paulo e marcou presença na aviação e na indústria aeronáutica. Foi amigo de Santos Dumont e um dos fundadores da VASP – Viação Aérea São Paulo e Sociedade Aero Civil de São Paulo. Atuou na definição da localização do aeroporto de Congonhas. Sua história é contada pelo seu filho Mário Augusto de Moraes Bueno Corbisier, que, aos 92 anos, lança a biografia do pai.

Lançamento
A biografia de Corbisier será lançada pela Editora Migalhas, no dia 18 de agosto de 2018, às 16 horas, na Livraria Cultura – Conjunto Nacional, avenida Paulista, 2.073, na capital de São Paulo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Aeroclube de São José dos Campos

Aviões, motos, carros e música no evento em São José dos Campos
O 3º Festival Beneficente Rock n Blues, com exposição estática de aviões, motocicletas e automóveis, além de música com bandas de rock e blues, foi a atração cultural de ontem, 05 de agosto de 2018, no Aeroclube de São José dos Campos (SP). A entidade promoveu o encontro com o objetivo de divulgação das suas atividades, oferecer lazer e proporcionar ajuda a duas entidades de assistência social, com alimentos recebidos como ingresso, que dava direito ao sorteio de um voo panorâmico.

Aeronaves
Entre as atrações estavam carros antigos, especiais e raros, motocicletas e aeronaves, como um Bandeirante da Força Aérea Brasileira e um helicóptero AS50 da Aviação do Exército.

No conjunto de aeronaves civis era possível ver de perto um Embraer Phenom 100 e aviões próprios ou agregados ao Aeroclube, com um Piper PA-38 Tomahawk, Cessnas 150, Aeroboero, Tupi, entre outros.

Houve momento cívico, com canto do Hino Nacional ao som da Banda de Música do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, com a Bandeira Nacional apresentada pelo Grupo Escoteiro do Ar 170–SP Santos Dumont, que também conduziu atividades lúdicas com as crianças, fazendo aviões de papel e foguetes.

Artesanato e gastronomia
Além das atrações técnicas, o hangar do aeroclube cedeu lugar para estandes de artesanato, como um que oferecia, entre produtos próprios para crianças confeccionados em pano, aviões e bonecos relacionados ao livro O Pequeno Príncipe, obra de alcance universal do piloto e escritor Antoine de Saint-Exupéry. Várias barracas e carros de comidas (food trucks) proporcionavam aos visitantes experiências gastronômicas, desde lanches, churrascos, comidas típicas, até cervejas artesanais.

domingo, 5 de agosto de 2018

Especial de Domingo

Nos 50 anos do avião Bandeirante, o NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação seleciona publicações que destacam esta magnífica conquista brasileira.
Boa leitura.
Bom domingo!

Com o Brasil a bordo, Bandeirante decola para o futuro.
O projeto e a visão estratégica de investir na pesquisa, na formação de mão-de-obra e na indústria nacional aeronáutica mostraram os primeiros frutos ao país.


Alguns chamam a década de anos rebeldes. Outros, lembram do tempo em que o Brasil sagrou-se bicampeão mundial no Chile. Há, ainda, quem se lembre de que naquela época a capital do Brasil foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília, que o homem chegou à Lua e que os Beatles lançaram seu primeiro disco – “Please,Please, Me”. De fato, os Anos 60 mostraram que a visão estratégica das gerações que “fundaram” anos antes o Ministério da Aeronáutica no Brasil, realmente, estavam certos. “Em 1968, para o espanto de todos, o primeiro avião brasileiro, o Bandeirante, levantava voo”, lembra Ozires Silva, engenheiro aeronáutico e oficial da Força Aérea que liderou a equipe que projetou e construiu o Bandeirante. Na época, participou da implantação da indústria aeronáutica no país, com a fundação da Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER). Nos anos 90, a empresa foi privatizada pelo governo federal. O Bandeirante é um bimotor de transporte de passageiros e de carga. A primeira aeronave decolou às 7h07 do aeroporto do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA) para um voo de aproximadamente 50 minutos, sob o comando do Major-Aviador José Mariotto Ferreira e do engenheiro de voo Michel Cury. “É como se fosse ontem. Eu estava lá na cabeceira de terra, na pista do CTA, ele se posicionou lá embaixo, um pouco longe da gente, aí quando acelerou levantou aquele poeirão, e veio roncando deixando poeira pra trás. Quando passou por nós já estava naquela altura e ficou todo mundo arrepiado de ver”.

O PROJETO NO DCTA

A aeronave surgiu a partir do projeto IPD-6504, uma referência ao ano (65), número do projeto (04) e ao Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) do CTA, local da origem, desde os primeiros rascunhos, passando pela geração de milhares de desenhos, testes de equipamentos, até a construção do protótipo da aeronave que daria origem ao futuro EMB 110 Bandeirante, revolucionando a indústria aeronáutica brasileira. Para a construção do primeiro protótipo do IPD-6504 foram necessários três anos e quatro meses, num total de 110 mil horas de trabalho, que contou com cerca de 300 pessoas lideradas pelo engenheiro aeronáutico e, à época, Major Ozires Silva. Hoje, o primeiro protótipo está exposto no Museu da Aeronáutica (www.musal.aer.mil.br), no Rio de Janeiro. O projeto se tornou realidade quando a Força Aérea fez uma encomenda de quase 100 aviões. No dia 27 de outubro de 1968, o IPD-6504 decolou novamente, com a mesma tripulação à bordo, para o primeiro voo oficial, com a presença de autoridades e imprensa. Era o início de uma história de sucesso que começou a ser escrita pelo governo brasileiro e que permitiu transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial, hoje reconhecida em todos os continentes nos quais voam os aviões fabricados pela EMBRAER. Em seu livro “A Decolagem de um Sonho: a História da Criação da EMBRAER”, Ozires Silva afirmou: “Parecia uma sina. Os empreendimentos nasciam por força do constante ideal de criar, construir e crescer; viviam em condições difíceis, procurando progredir fabricando produtos sabidamente complexos, sobretudo em países como o Brasil; e acabavam por falhar e morrer antes de conseguir conquistar uma cadência de produção e de vendas que auto-sustentasse os custos ligados à atividade industrial. Em resumo, parecia ser mais fácil conceber um novo avião, fazer voar um protótipo, que lançar uma produção seriada em condições de se manter ao longo do tempo e permanecer ancorada em um mercado de compradores razoavelmente contínuo”. Na transição de um país agrário para uma época de inovações, Ozires lembra que na FAB existia um espírito empreendedor com ideais que iam além do horizonte. Com o surgimento do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), muitas empresas surgiram e a FAB estimulava o desenvolvimento dessas indústrias. Logo quando tinha se formado no ITA, Ozires foi convidado pelo Brigadeiro Casimiro Montenegro Filho para trabalhar no CTA.

POSICIONAMENTO
“Não podíamos fazer aviões como os americanos ou os franceses. Tínhamos que produzir algo que não fosse competir com algum produto já dominado pelo mercado. Tínhamos de inovar. Abrir horizontes”, afirmou. “Aviões grandes estavam ocupando todos os espaços e as pequenas cidades passaram a ficar sem transporte aéreo.” Estava ali a oportunidade que faltava: fabricar aviões para as cidades periféricas. “Nós brincávamos muito dizendo que não conseguiríamos nunca ser cabeça do leão, mas não queríamos também ser o rabo do leão.” Nessa época, três graves acidentes aéreos mobilizaram a opinião pública para a questão do transporte aéreo e, em meio ao debate, descobriu-se que de 1958 a 1965 o número de cidades atendidas pelo transporte aéreo havia caído cerca de 90%. As pequenas e médias cidades não tinham infraestrutura que suportasse o trânsito de aeronaves de grande porte, predominante já na época. Por isso, o nome Bandeirante do novo avião não poderia ser mais apropriado. A ideia de suprir e abrir oportunidades de crescimento interno, mas também da luta pela produção e comercialização internacional marcaram o pioneirismo na indústria aeronáutica brasileira nesse período, além de marcar o início de um desenvolvimento tecnológico promissor. A iniciativa do Bandeirante também contou com a ajuda de um projetista francês, Max Hoste, que havia saído da França e era conhecido por um traço muito simples em seus aviões, notabilizando-se pelo pequeno Broussard. Sua assinatura ficou no protótipo com painéis retos das janelas da cabine de comando e as janelas redondas para os passageiros, dentre outros detalhes. Com todos os retoques que já são conhecidos, surgia, então, o Bandeirante: um bimotor turboélice, de asa baixa e destinado a cumprir na Força Aérea diversas missões, com operacionalidade nas áreas militar e civil.

MERCADO

Uma vez concluídos os protótipos, surgia um novo desafio: a produção seriada e a comercialização. Nessa fase, a figura brilhante de um dos pioneiros diplomados pelo ITA em 1953, o Brigadeiro-do-Ar Paulo Victor da Silva, na época diretor-geral do CTA, conseguiu consolidar as providências para a criação da EMBRAER, que vendeu mais de quinhentos aviões Bandeirantes em todo o mundo, abrindo o mercado norte-americano para os produtos aeronáuticos brasileiros. A fundação da EMBRAER também não podia fugir aos moldes de inovação, pioneirismo e ousadia. O Major Ozires, na época, por acaso, havia sido escolhido para recepcionar o Presidente da República, Costa e Silva, que por motivos meteorológicos, sua rota havia mudado de Guaratinguetá para São José dos Campos. “Foi a minha oportunidade. Falei para o Presidente da minha ideia de criação de uma indústria que produzisse aviões....e ele gostou!”, conta, rindo de sua ousadia histórica. “Acho que Deus pôs um nevoeiro lá pra dar uma mãozinha pra nós. Eu disse meu Deus do céu, manda o homem depressa pra cá. O avião estacionou no nosso hangar, mostramos o protótipo, contamos a história, projetamos uma EMBRAER de hoje fabricando avião pro mundo inteiro, de tudo quanto é tipo... e o presidente foi se entusiasmando. E quando ele foi embora pra Guaratinguetá, ele nos falou: ‘Vamos fazer’”. No dia 19 de agosto de 1969, o então Presidente da República, Arthur da Costa e Silva, assinou o decreto nº 770 que criou a EMBRAER, destinada à fabricação seriada do Bandeirante. No mesmo ano, o Ministério da Aeronáutica firmou contrato com a recém-criada Empresa Brasileira de Aeronáutica para a produção de 80 aviões, com início no ano seguinte. Em 1972, a Embraer realizou o primeiro voo do Bandeirante de série. Nos anos seguintes, a Força Aérea do Uruguai tornou-se o primeiro cliente da aeronave no exterior. Foi o início de uma história de sucesso conhecida até hoje. A EMBRAER fechou diversos contratos de exportação, dentre eles com a francesa Air Littoral. Na década de 70, começaram as primeiras vendas da aeronave para o mercado de transporte comercial de passageiros às empresas aéreas Transbrasil e VASP.

BALANÇO

Após 20 anos de produção seriada ininterrupta e 498 unidades produzidas e entregues, em 16 versões diferentes, a fabricação do Bandeirante foi encerrada. Ainda hoje, estão em operação mais de 300 unidades do primeiro avião brasileiro, desbravador dos céus e que levou o nome da EMBRAER e da Força Aérea às mais remotas regiões. A infraestutura do Bandeirante possibilitou que as regiões Centro-Oeste e Amazônica fossem desbravadas. Esse ambiente de excelência profissional, brotado inicialmente a partir do ITA e do CTA, transformou a cidade de São José dos Campos (SP) e a região do Vale do Paraíba em pólo privilegiado para o florescimento das chamadas tecnologias de ponta. Hoje, inúmeras indústrias estão sediadas nessa localidade, ligadas à aviação. Na trajetória inaugurada pelo Bandeirante seguiram diversos produtos de sucesso, como o Xingu, o AMX (A-1), o BRASÍLIA, o ERJ-145, o A-29 Super Tucano, o Embraer 170/190 e, mais recentemente (texto de 2011), os jatos executivos - Legacy e Phenom. A frota de Bandeirantes da Força Aérea passa hoje por processo de modernização.

Fontes consultadas:
Livro: A Decolagem de um Sonho:a História da Criação da EMBRAER, Ozires Silva
Site Embraer: www.embraer.com

Texto: Adriana Alvares, tenente-jornalista da FAB
Fonte: Revista Aerovisão – edição especial – janeiro de 2011.