A Força Aérea Brasileira divulga vídeo - com imagens a partir da nacele de um caça - desejando que 2019 seja repleto de paz, sucesso e realizações. Nós do blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA - aproveitamos esse voo extraordinário para agradecer a companhia dos leitores e registrar as esperanças de que o novo ano revele as melhores notícias.
NINJA - Saiba mais:
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
Especial de Domingo
Neste 1º de janeiro de 2019, o presidente eleito Jair Bolsonaro tomará posse. Confira as ações da Força Aérea Brasileira para fortalecer a segurança desta importante solenidade de nossa democracia.
Boa leitura.
Bom domingo!
A ação da FAB na segurança da solenidade de posse do presidente da República
A Força Aérea Brasileira (FAB) é um dos órgãos com atuação na Operação Posse 2019. Para garantir a segurança do evento que acontece em Brasília (DF), na tarde da próxima terça-feira, 01 de janeiro de 2019, em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, toma posse, uma série de ações estão sendo tomadas pela instituição. Foram planejadas ações de reforço na defesa aérea e no controle de tráfego aéreo - atividades já realizadas pela Força todos os dias do ano, 24 horas por dia.
O planejamento prevê a criação de áreas de exclusão, com três níveis de restrição, em que só aeronaves autorizadas irão sobrevoar. As áreas vermelha, amarela e branca serão acionadas ao meio-dia do dia 1º. A Alta Autoridade de Defesa Aeroespacial, que analisa os pedidos de sobrevoo e autoriza possíveis empregos da força, será o Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich. Estão a cargo do oficial-general a aplicação das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo e abertura de fogo da artilharia antiaérea. "A motivação da operação é a proteção de todos que estão assistindo, assim como foi feito durante os grandes eventos. Com isso, pretendemos criar uma área de extrema segurança, impedindo a entrada de meios aéreos não autorizados. Para cumprir esse objetivo, a FAB conta com aeronaves preparadas para a pronta-resposta e mísseis antiaéreos", afirmou.
ARP da FAB
Na área vermelha, que compreende um raio de 4 Milhas Náuticas (7,4 km) a partir da Praça dos Três Poderes, o sobrevoo é proibido. As únicas exceções são um helicóptero da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fará coleta de imagens e transmissão ao vivo do evento, e uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), modelo RQ 900, da FAB, que vai prover imagens para estruturas de inteligência e de segurança. "O ARP RQ-900, operado via satélite, atuará fornecendo dados para as forças de segurança e defesa. Haverá também um sistema de interferência em drones que possam sobrevoar o local. Caso alguma aeronave consiga entrar na área vermelha sem autorização, ela será automaticamente identificada como hostil e estará sujeita às medidas que forem necessárias, inclusive a destruição", acrescentou o Major-Brigadeiro Mangrich.
Áreas
Já a área amarela, que cobre um raio de 25 Milhas Náuticas (46,3 km), abrangendo, inclusive, o Aeroporto Internacional de Brasília, é considerada restrita. Para sobrevoar, é preciso coordenar autorizações junto à FAB - independentemente de as aeronaves estarem envolvidas em atividades operacionais relacionadas à posse (como o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em acionamento para resgate, por exemplo) ou sejam pertencentes à aviação geral. As autorizações, que variam segundo o envolvimento ou não com a Operação Posse 2019, precisam ser submetidas até as 12h (horário de Brasília) do dia 31 de dezembro. Para a aviação geral, também há necessidade de solicitação de slots junto ao Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). Informações sobre autorizações na área amarela podem ser obtidas pelo (61) 99994-6140.
Finalmente, a área branca, considerada reservada, abrange um raio de 70 Milhas Náuticas (129, 6 km), a partir da Praça dos Três Poderes. Para sobrevoá-la não é necessário requerer autorização, mas a apresentação do plano de voo é obrigatória.
"É muito importante que os pilotos que pretendem sobrevoar as áreas de exclusão no dia da posse conheçam as instruções específicas da FAB para cada tipo de demanda, assim como os NOTAM vigentes para aquela área, a fim de não cometer alguma irregularidade", alerta o Coronel Aviador Luiz Claudio Macedo Santos, do COMAE.
Defesa Antiaérea
O Major-Brigadeiro Mangrich é quem autoriza a abertura de fogo da defesa antiaérea, em caso de alguma aeronave adentrar a área vermelha, e a aplicação das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo em caso de irregularidades verificadas na área de exclusão. Ele afirma que haverá 12 pontos com artilheiros munidos de mísseis teleguiados, além de caças F-5M e A-29, prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da posse.
"Em 38 anos desde a criação do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, a Praça dos Três Poderes, no dia 1º de janeiro de 2019, será o ponto mais bem protegido", disse o Comandante do COMAE.
Aviação Comercial
Para a aviação comercial, a Operação Posse 2019 não trará impactos; já para a aviação geral (aeronaves de táxi aéreo, instrução, aviação agrícola, entre outras), apenas para aquelas que operarem nas áreas vermelha, amarela e branca já citadas. O Chefe da Divisão de Operações do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), Tenente-Coronel Anderson Jean Oliveira Silva, explica a situação do Aeroporto Internacional de Brasília. "Será um aeroporto coordenado por conta da demanda específica do evento: o CGNA capitaneará a gerência do fluxo, tendo em vista, além das exigências da área de segurança, a capacidade do pátio do aeródromo. O objetivo é que a aviação comercial não sofra impactos e a aviação geral usufrua do essencial para suas atividades", explicou.
Fonte: FAB
Fotos: Sargento Paulo Rezende, Sargento Johnson Barros, Sargento Bruno Batista e Cabo V. Santos/CECOMSAER.
sábado, 29 de dezembro de 2018
Cultura Aeronáutica
DCTA firma convênio para divulgar o uso do Memorial Aeroespacial
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a Associação Classista dos Servidores Civis e Militares do Centro Técnico Aeroespacial (ADCCTA) assinaram termo de parceria para a mútua cooperação na promoção de eventos sociais, desportivos, recreativos e culturais nas dependências do Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), instalado em São José dos Campos (SP).
O Diretor-Geral Interino do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, participou do evento. “A assinatura do convênio é uma oportunidade de promover ações ligadas à cultura aeroespacial voltada aos visitantes do Memorial”, afirmou.
O presidente da associação, Salatiel Alves Ferreira Júnior comemorou a parceria. “Possibilita a oportunidade de prestar apoio ao MAB na divulgação do acervo tecnológico desenvolvido pelo Departamento e ajudar na promoção de eventos sociais e culturais para atrair ainda mais visitantes ao Memorial”, salientou.
Desde que foi criado pelo Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (DEPED), em 2004, o MAB tem incrementado seu acervo histórico e melhorado a gestão e capacitação de recursos humanos voltados para o atendimento ao público visitante. As ações desenvolvidas tiveram como reflexo a outorga, pelo quarto ano consecutivo, do Certificado de Excelência do Portal TripAdvisor, por se destacar no atendimento ao visitante.
Saiba mais: http://www.mab.cta.br
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Aeronaves
FAB escolhe empresa de apoio logístico para frota de AMX
O Comando Geral de Apoio Logístico (COMGAP) da Força Aérea Brasileira (FAB) escolheu novamente a Leonardo para o fornecimento de serviços de apoio logístico de longo prazo para a frota de aeronaves A-1 (AMX) operadas pela FAB.
O acordo faz parte do programa da Força Aérea Brasileira para garantir a plena capacidade operacional da frota de aeronaves AMX nos próximos 5 anos.
O contrato, com validade de 58 meses, prevê a prestação de serviços como reparo e revisão de componentes, atividades de apoio logístico voltadas a garantir o gerenciamento de peças de reposição, o tratamento de obsolescência de aeronaves e suporte técnico, e engenharia na Força Aérea.
Todas as atividades serão coordenadas pelo Centro Logístico (CELOG) da Força Aérea Brasileira em colaboração com a Leonardo.
O AMX é um caça subsônico tático desenvolvido na Itália nos anos 80 pela Aeritalia (46,5%) e pela Aermacchi (23,8%) e no Brasil pela Embraer (29,7%). O AMX entrou em serviço com as forças aéreas italianas e brasileiras no final dos anos 80.
Fonte: FAB
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Mercado de aviões
Embraer entregou jato número 1.500
Neste dezembro de 2018 a Embraer celebrou a entrega do E-Jet número 1.500, um modelo E175, para a Horizon Air, subsidiária integral da Alaska Air
Group, Inc. O E175 da Horizon Air é configurado com 12 assentos na primeira classe, 12 na classe premium e 52 na cabine principal. Até o final do ano, a Horizon terá uma frota de 26 jatos E175 com mais quatro aeronaves programadas para entrega em 2019. “Entregar
nosso E-Jet de número 1.500 não é uma tarefa pequena. Ao longo dos anos, trabalhamos continuamente para nos superarmos, a fim de oferecer aos nossos clientes a melhor solução para seus modelos de negócios, e o sucesso da família de E-Jets no mercado é a prova
desse esforço e da forma de pensar dentro da empresa”, disse John Slattery, Presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial.
Família de E-Jets
A família de E-Jets tem deixado sua marca na história da aviação, uma vez que a Embraer é a única fabricante a desenvolver
um portfólio moderno de quatro aeronaves direcionado especificamente para o segmento de 70 a 130 assentos. A Embraer vendeu mais de 435 jatos do modelo E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, obtendo mais de 80% do total de pedidos
no segmento de jatos de até 76 assentos. Em 2013, a Embraer lançou a segundo geração de E-Jets, os E-Jets E2, composta por três aeronaves – E175-E2, E190-E2, E195-E2. Em abril de 2018, a Embraer entregou o primeiro E190-E2 à norueguesa Widerøe, maior companhia
aérea regional da Escandinávia. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019, com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., e o E175-E2 em 2020.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Mercado de aviões
Azul compra mais 21 jatos E195-E2
A Embraer e a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. assinaram um contrato para um pedido firme de 21 jatos E195-E2 previamente
anunciados. O acordo havia sido revelado inicialmente no Farnborough Airshow, em julho, como uma Carta de Intenção. Este contrato tem valor de USD 1,4 bilhão, a preço de lista, e será incluído na carteira de pedidos firmes (backlog) da Embraer do quarto trimestre
de 2018. Este é um pedido adicional aos 30 jatos E195-E2 encomendados pela companhia aérea em 2015, o que elevará a encomenda firme total da Azul junto à Embraer para 51 aeronaves E2. A Azul é o operador de lançamento do E195-E2 e receberá a primeira aeronave
em 2019.
Fonte: Embraer
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
Aviação Naval
FAB e EB integrarão força com os navais no porta-helicópteros Atlântico
A doutrina preconizada pelo Ministério da Defesa é de compartilhar o porta-helicópteros multipropósito Atlântico com aeronaves do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB). O sistema já é empregado na Inglaterra, onde helicópteros da Royal Navy, do Army Air Corps e da Royal Air Force operam juntos, rotineiramente.
Representantes das três Forças acordaram que essa cooperação terá início pelo embarque no navio (em data ainda não definida) de uma aeronave H-36 Caracal da FAB.
“Há dois motivos para isso”, explicou ao site Poder Naval o comandante do Atlântico, capitão de mar e guerra Giovani Corrêa. “Em primeiro lugar por causa da comunalidade do equipamento. Exército e Marinha também usam essa mesma aeronave e, em segundo lugar, porque a FAB já tem uma boa experiência no serviço SAR [Busca e Salvamento] sobre o mar”.
A 8 de agosto de 2018 o Esquadrão Puma (3º/8º GAV), sediado na Ala 12, do Rio de Janeiro, recebeu o seu mais novo Caracal – FAB 8515 –, montado e testado na fábrica da Helibras em Itajubá (MG).
A aeronave foi entregue com um novo sistema de detecção de fogo nos motores, totalmente pneumático. Além disso, é a primeira da FAB equipada com o Spectrolab Searchlight, um farol de busca de alta capacidade, também compatível com equipamentos de visão noturna.
Fonte: Poder Naval
domingo, 23 de dezembro de 2018
Especial de Domingo
Reproduzimos - mais uma vez - excelente conteúdo do blog Cultura Aeronáutica, de Jonas Liasch.
Boa leitura.
Bom domingo!
O fim da era dos grandes hidroaviões de passageiros
Durante a primeira fase da Aviação Comercial, entre as duas grandes guerras mundiais, a infraestrutura existente para atender os voos era bastante precária. As pistas eram curtas e, geralmente, não pavimentadas, suficientes apenas para atender aeronaves de pequeno porte. Por isso, em muitos casos, era preferível usar hidroaviões, que podiam operar sem maiores problemas em baías, rios, lagos ou represas.
As décadas de 1920 e 1930, então, são consideradas como a Era dos Hidroaviões. Aeronaves como o Dornier Wal, o Savoia-Marchetti S55 e o Martin M-130 foram dignos expoentes da aviação comercial. A maior dificuldade da aviação comercial nessa época era a transposição dos oceanos. Embora já existissem linhas regulares sobre todos os oceanos, ainda não era possível voar comercialmente sem escalas que, em alguns casos, eram feitas em pleno mar, próximo a um navio de apoio. A Pan American, então uma das maiores empresas de voos internacionais do mundo, fez uma requisição à Boeing de uma aeronave de grande alcance e grande capacidade, apta a fazer a travessia do Atlântico Norte com o mínimo de escalas e com grande conforto, para competir com os grandes navios utilizados nessa rota. O avião também deveria substituir os Martin M-130, que faziam as rotas do Pacífico, mas cujo grande número de escalas tornava a viagem extremamente penosa e cansativa. Em resposta a essa requisição, a Boeing desenvolveu um grande hidroavião, na verdade um dos maiores aviões da sua época, o Boeing Model 314. Em 21 de julho de 1936, a Pan Am assinou um contrato de seis desses hidroaviões. O projeto do Boeing 314 não apresentava, na verdade, nenhuma grande inovação. Os engenheiros aproveitaram a massiva asa de 45,5 metros de evergadura do bombardeiro XB-15, que estava sendo oferecido ao US Army Air Corps, e fizeram uma espaçosa fuselagem capaz de transportar 36 passageiros em voos noturnos, em poltronas que podiam ser convertidas em camas, ou até 68 passageiros em voos diurnos. A Boeing instalou quatro motores radiais Wright R-2600 Twin Cyclone, de 14 cilindros e 1500 HP, ao invés dos motores Pratt & Whitney R-1830 Twin-Wasp de 850 HP utilizados no XB-15. Uma cauda com três derivas foi utilizada para dar maior estabilidade direcional e autoridade de comando de leme com esses motores tão poderosos. O primeiro voo do 314 ocorreu em 7 de junho de 1938, utilizando uma empenagem com deriva única.
O avião podia levar 16.100 litros de gasolina, necessários para os longos voos da linha do Pacífico. A capacidade de óleo lubrificante também foi aumentada para 1.135 litros. Isso permitia um alcance de 3.201 Milhas Náuticas (5.896 Km) em velocidade de cruzeiro. A velocidade de cruzeiro, no entanto, era baixa, apenas 163 Knots, e o teto de serviço foi limitado a 11 mil pés, por ser aeronave não pressurizada.
A Boeing aperfeiçoou a aerodinâmica do Model 314 ao máximo possível, utilizando asas em cantilever e flutuadores aperfeiçoados, que se assemelhavam a pequenas asas nas laterais inferiores da fuselagem, mas o que restringia realmente a velocidade eram as asas enormes e o peso, que chegava a 38 toneladas na decolagem.
A Pan Am fez uma encomenda adicional de mais seis aeronaves de um modelo aperfeiçoado, o 314A, que tinha motores mais potentes (1.600 HP) e podia levar até 77 passageiros em voos diurnos. O primeiro voo do 314A ocorreu em 20 de março de 1941. Com voos tão longos, a Pan Am se preocupou em manter o máximo conforto dos passageiros. A passagem custava muito caro, US$ 675,00 de New York a Southampton, ida-e-volta, equivalente a aproximadamente US$ 7.500,00 em 2010. Para compensar o alto preço, o serviço oferecido era equivalente ao de um hotel 4 ou 5 estrelas, e havia uma sala de estar e um restaurante a bordo. Nenhuma aeronave na época tinha serviço sequer parecido.
Um dos problemas encontrados pela Pan Am para operar esses aviões era o nível de proficiência da tripulação. Nada menos que 9 tripulantes técnicos e 2 comissários eram necessários para cada voo, no minimo, e essas tripulações deveriam ter grande experiência em voos de longa duração e navegação de longo curso.
O primeiro Boeing 314, batizado de Honolulu Clipper, entrou em serviço operacional na Pan Am em janeiro de 1939, na linha San Francisco - Hong Kong. A viagem durava 6 longos dias, só na ida. Essa linha durou menos que 3 anos, e foi suspensa quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, em 7 de dezembro de 1941, quando os japoneses atacaram Pearl Harbor.
Em 24 de junho de 1939, o Boeing 314 Yankee Clipper fez o primeiro voo ligando New York a Southampton, com escalas no Canadá e na Irlanda. Essa linha também foi interrompida com o início da Segunda Guerra Mundial.Quando estourou a guerra, o Boeing 314 Pacific Clipper estava em rota para a Nova Zelândia, e a Pan Am resolveu trazê-lo de volta em direção oeste, para Nova York, para evitar ser abatido por caças japoneses próximo ao Hawaí. Essa epopéia começou em 8 de dezembro de 1941 e terminou na manhã de 6 de janeiro de 1942, no terminal de hidroaviões do Aeroporto La Guardia, em New York. O avião percorreu mais de 8.500 milhas através da Ásia e da África, sendo provavelmente o maior voo já efetuado por um avião comercial até então. Três dos seis Boeing 314A encomendados pela Pan Am foram vendidos à companhia britânica BOAC - British Overseas Airways Corporation antes de serem entregues. Quando os Estados Unidos foram forçados a entrar na Segunda Guerra Mundial, o Boeing 314 era o único avião no mundo capaz de voar quase 2.000 milhas náuticas sobre o mar. Isso tornou a aeronave importante do ponto de vista militar, e tanto a Marinha quanto o Exército americano requisitaram os aviões. No US Army Air Corps, o 314 foi denominado C-98. As tripulações da Pan Am foram mantidas pelos militares, no entanto, devido à sua grande experiência em voos de longo curso sobre o mar.
Entre as diversas missões cumpridas pelos 314 durante a Segunda Guerra Mundial, estão os voos de carga e pessoal via Natal e Libéria, para as tropas inglesas no Norte da África. A aeronave também fez voos para abastecer os russos, voando via Teerã. Quando o Presidente Franklin D. Roosevelt foi à Conferência de Casablanca, em 1943, viajou a bordo de um 314 com tripulação da Pan Am. Winston Churchill também foi passageiro do 314 várias vezes durante a guerra. Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, em agosto de 1945, a grande era dos hidroaviões também havia chegado ao fim. Muitos aeroportos foram construídos durante a guerra, e os aviões baseados em terra se desenvolveram, tornando os grandes hidroaviões de apenas seis anos antes tristemente antiquados e obsoletos. Aeronaves como o Douglas DC-4 e o Lockheed Constellation eram muito mais fáceis de operar e mais seguros que os grande aerobotes da década anterior, e as próprias tripulações da Pan Am não viam a hora de se livrar dos complicados 314.
O California Clipper foi último dos Boeing 314 a ser retirado de serviço da Pan Am, em 1946, menos de um ano após ter sido devolvido pelos militares à empresa. Tinha na ocasião mais de um milhão de milhas voadas, na grande maioria em missões militares na guerra. Dos 12 Boeing 314 fabricados, 3 foram perdidos em acidentes, mas em apenas um desses acidentes houve perda de vidas, quando o Yankee Clipper se acidentou no pouso em Lisboa, em 22 de fevereiro de 1943, matando 24 pessoas entre passageiros e tripulantes. Os sete 314 remanescentes da Pan Am foram vendidos para a nova empresa aérea New World Airways, com base em San Diego, Califórnia, mas voaram muito pouco e tiveram carreira curta, sendo vendidos como sucata por volta de 1950. O último da frota, o Anzac Clipper, foi desmontado em Baltimore, Maryland, em 1951.
Os 3 Boeing 314 da BOAC foram retirados de serviço em 1948 e também vendidos à New World Airways, que os repassou à General Phoenix Corporation, em Baltimore, onde foram desmanchados. Infelizmente, nenhum dos doze Boeing 314 fabricados sobreviveu. Apenas um mock-up existe hoje, no Foynes Flying Boat Museum, em Foynes, na Irlanda, uma triste recordação da era na qual os hidroaviões reinaram.
Fonte: Jonas Liasch em www.culturaaeronautica.blogspot.com
sábado, 22 de dezembro de 2018
Tráfego Aéreo
Nova estatal NAV Brasil prestará serviços de apoio à navegação aérea
A presidência da República sancionou, dia 20 de dezembro de 2018, a Medida Provisória número 865, que autoriza o Poder executivo a constituir a empresa pública NAV Brasil - Serviços de Navegação Aérea S/A, vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica (COMAER), dedicada exclusivamente à prestação de Serviços de Navegação Aérea, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento da infraestrutura de navegação aérea em ritmo compatível com as necessidades de crescimento das atividades aeronáuticas no Brasil.
A empresa absorverá toda a infraestrutura e o capital humano da atual Superintendência de Gestão da Navegação Aérea da Infraero, empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, que, a partir de agora, passará a se dedicar exclusivamente à administração da infraestrutura aeroportuária.
Absorção da Infraero
"A NAV Brasil não é, propriamente, uma nova estatal, pois utilizará a infraestrutura já existente na Infraero, assim como os quase 1.800 empregados que lhe serão transferidos por sucessão trabalhista", explicou o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas.
A empresa será totalmente custeada pelos recursos advindos da arrecadação de tarifas de navegação aérea, o que a caracterizará como uma empresa estatal "não dependente" e será, inicialmente, estruturada com os órgãos absorvidos da atual Superintendência de Gestão da Navegação Aérea da Infraero, que inclui, por exemplo, as Torres de Controle de aeroportos, como os de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Santos-Dumont (RJ); e Controles de Aproximação, a exemplo dos de Navegantes (SC), Vitória (ES) e Uberlândia (MG).
Órgãos operacionais
Assim, a NAV Brasil já nascerá em plena atividade, com os profissionais advindos da Infraero, mas se estruturará para receber, gradativamente, alguns órgãos operacionais que se encontram, atualmente, na estrutura do COMAER. Esses órgãos serão transferidos de acordo com o planejamento estabelecido pelo DECEA, órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), e os militares serão, gradualmente, substituídos por novos empregados civis contratados mediante concurso público.
"Tendo em vista a concepção do SISCEAB, que integra o gerenciamento de tráfego aéreo civil e a defesa aeroespacial, a NAV Brasil, no desempenho de suas atribuições finalísticas, desenvolverá atividades relacionadas com aquelas executadas pelo Ministério da Defesa, através do Comando da Aeronáutica, em prol da manutenção da soberania sobre o espaço aéreo brasileiro, sendo, por conseguinte, de interesse estratégico para a Defesa Nacional", ressaltou o Tenente-Brigadeiro Domingues.
Serviços de navegação
A NAV Brasil terá por objetivo social implantar, administrar, operar e explorar, industrial e comercialmente, a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea que lhe forem atribuídos pelo COMAER, sujeitando-se, portanto, enquanto provedora de Serviços de Navegação Aérea, à normatização, supervisão técnica e operacional, bem como à fiscalização do DECEA, que é o órgão regulador da atividade no país.
Fonte: FAB
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Embraer
Empresa do Cazaquistão recebe o primeiro jato E190-E2
A Air Astana, empresa aérea de bandeira do Cazaquistão, apresentou seu primeiro jato E190-E2 em uma cerimônia realizada dia 14 de dezembro de 2018 em Astana. A companhia aérea receberá quatro E190-E2 adicionais no próximo ano, com a última das aeronaves, todas
arrendadas junto à AerCap, sendo entregue no último trimestre de 2019. A companhia aérea do Cazaquistão começará a voar a nova aeronave em rotas domésticas e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) no final deste mês.
Leopardo das neves
O primeiro E190-E2 da Air Astana apresenta a pintura de um “leopardo das neves”, desenhado e pintado à mão pela Embraer no estilo “Profit Hunter”. O leopardo das neves da Air Astana junta-se às já famosas pinturas de nariz dos E2 que são a águia, o tigre
e o tubarão. Para a Air Astana, no entanto, o projeto da pintura foi pensado para chamar a atenção global para a ameaça de extinção enfrentada pelo gato selvagem. O leopardo das neves é um símbolo oficial do Cazaquistão e é nativo das montanhas do sul do país.
E190-E2
A entrega marca o início da renovação da frota da Air Astana. Atualmente, a companhia
aérea opera uma frota de aeronaves E190, a primeira das quais foi entregue em 2011. O E190-E2 é o primeiro de três novos E-Jets E2s que a Embraer desenvolveu para suceder os E-Jets da primeira geração. Comparado com a primeira geração do E190, o E190-E2 oferece
uma redução de 17,3% em termos de consumo de combustível e quase 10% menos que o concorrente direto. Isso a torna a aeronave mais eficiente de corredor único no mercado. O E190-E2 traz mais flexibilidade com alcance máximo de até 5.300 km, ou cerca de 1.000
km a mais do que o E190 de primeira geração. O E190-E2 também oferece economias significativas para as companhias aéreas em termos de custos de manutenção, com uma redução de até 25%. A aeronave possui os maiores intervalos de manutenção, com 10.000 horas
de voo para verificações básicas e sem limite de calendário na utilização típica de E-Jets. Isso significa 15 dias adicionais de utilização de aeronaves em um período de dez anos.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Concurso FAB
Aeronáutica lança instruções de concurso para técnicos
Inscrições de 14/01 a 12/02 de 2019
A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou, dia 14 de dezembro de 2018, as Instruções Específicas para o Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento da Aeronáutica (EAGS) para ingresso em janeiro de 2020. As inscrições começam no dia 14 de janeiro e terminam no dia 12 de fevereiro de 2019. Para se inscrever basta acessar o site ingresso.eear.aer.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 60,00.
As vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos, que atendam às condições e às normas estabelecidas nas Instruções Específicas. O processo seletivo é composto de provas escritas, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prática da especialidade e demais etapas descritas no anexo C das Instruções Específicas.
Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), em janeiro de 2020, para habilitação à matrícula no curso, que terá duração de aproximadamente um ano.
Após a conclusão do estágio com aproveitamento, o formando será designado e classificado para alguma das organizações do Comando da Aeronáutica, localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.
Inscrições: Clique aqui
Instruções Específicas: Clique aqui
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Embraer / Boeing
Embraer e Boeing acertam parceria e esperam aprovação do governo
Embraer e a Boeing aprovaram os termos da parceria estratégica que
irá possibilitar ambas as empresas a acelerar o crescimento em mercados aeroespaciais globais. Os termos aprovados definem que a joint venture contemplando a aviação comercial da Embraer e serviços associados terá participação de 80% da Boeing e 20% da Embraer.
A parceria está sujeita à aprovação do governo brasileiro, após o que as empresas deverão assinar o acordo. A parceria estratégica será, então, submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, bem como a outras condições pertinentes à conclusão
de uma transação deste tipo. De acordo com a parceria proposta, a Boeing deterá 80% de participação na joint venture pelo valor de US$ 4,2 bilhões. A expectativa é que a parceria não terá impacto no lucro por ação da Boeing em 2020, passando a ter impacto
positivo nos anos seguintes. A joint venture deve gerar sinergias anuais de cerca de US$ 150 milhões – antes de impostos – até o terceiro ano de operação.
Gestão
Após concluída a transação, a joint venture da aviação
comercial será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil, incluindo um presidente e CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing. A Embraer terá
poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil. “A Boeing e a Embraer possuem um relacionamento estreito graças a mais de duas décadas de colaboração. O respeito mútuo e o valor que enxergamos nesta parceria só
aumentou desde que iniciamos discussões conjuntas no começo deste ano”, disse Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing. “Estamos confiantes que esta parceria será de grande valor para o Brasil e para a indústria aeroespacial brasileira como
um todo. Esta aliança fortalecerá ambas as empresas no mercado global e está alinhada à nossa estratégia de crescimento sustentável de longo prazo”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer.
Segunda parceria
As empresas também chegaram a um acordo
sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390. De acordo com a parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na joint venture e a Boeing, os 49% restantes. A transação está
sujeita à aprovação do governo brasileiro, ratificação pelo Conselho de Administração da Embraer e autorização deste para assinatura dos documentos definitivos da transação. Após a celebração dos documentos definitivos pelas partes, a parceria estratégica
será submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo. Caso as aprovações ocorram no tempo previsto, a expectativa é que a negociação seja concluída até o final
de 2019.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Reabastecimento em Voo
Brasil faz primeiro reabastecimento em voo de helicóptero
Pela primeira vez, no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) de helicóptero. Desde o dia 10, até 21 de dezembro de 2018, militares da Força Aérea Brasileira (FAB) realizam a primeira fase da Campanha de Ensaio para certificação do sistema de Reabastecimento em Voo (REVO) do helicóptero H-36 Caracal, versão operacional FAB, com a aeronave tanker KC-130H, garantindo ao Brasil ser o primeiro país da América do Sul com a capacidade de reabastecimento em voo com helicóptero.
A operação, na Ala 11 (Galeão), Rio de Janeiro (RJ), tem o objetivo de certificar, tanto em condições diurnas quanto noturnas (assistida com NVG e desassistida). Dessa forma, serão conduzidas avaliações específicas de ambas as aeronaves para determinar um envelope seguro contendo velocidade, altitude e configurações específicas.
Durante esta fase, são executados ensaios em solo com o objetivo de atestar o correto funcionamento do sistema por meio de cheques funcionais e compatibilidade NVG entre as aeronaves por meio de avaliações qualitativas. Os ensaios em voo com conexão a seco tem o objetivo de avaliar a capacidade de reabastecimento em voo por meio das avaliações do grau de turbulência, verificação de possível interferência na leitura do sistema anemométrico devido à perturbação do ar e verificação do funcionamento do sistema mecânico em voo.
Ensaios em voo
A coordenação da campanha é do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), que participa com duas de suas unidades: o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), organização militar que atua na certificação de sistemas de gestão da qualidade e o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), que desde 2014 vêm atuando nas previsões teóricas e preparo desta campanha.
Em agosto deste ano, aproximadamente 10 militares que fazem parte da Operação realizaram um intercâmbio naUnited States Air Force (USAF), em que foi possível se familiarizar com cada uma das etapas do REVO. “Foi uma oportunidade de verificar quais os procedimentos são aplicáveis para nossa aeronave e elevar o nível de segurança dos ensaios”, aponta o Tenente Luís Gustavo Leandro de Paula, engenheiro de ensaio em voo do IPEV.
Mais autonomia
A transferência de combustível em voo possibilita ao H-36 alcançar os extremos dos 22 milhões de km2 do território brasileiro, para cumprir as missões de resgate no mar, ajudas humanitárias, infiltrações de tropas e transporte de militares em locais estratégicos. Para o Major Aviador Bruno Roque Teixeira, piloto de ensaio e responsável pelo planejamento da campanha, os benefícios do REVO são o aumento da autonomia e alcance da aeronave. “Num cenário de paz, será possível chegar mais longe num menor tempo. Este pode ser o diferencial para salvar mais vidas, num resgate em alto mar”, ressalta.
As aeronaves H-36 utilizadas na missão são dos Esquadraões Falcão (1o/8oGAV) e Puma (3o/8o GAV), e o KC-130H é do Esquadrão Gordo (1o/1o GT).
Segunda Fase
Após o término bem-sucedido da primeira etapa, será realizada, em 2019, a Fase II, na qual serão feitas as verificações finais de certificação. Em cumprimento ao contrato do projeto H-XBR, uma equipagem de ensaios da empresa Airbus Helicopters virá ao Brasil para apoiar na conclusão do processo de certificação por meio de ensaio em voo com conexão molhada (transferência de combustível) e para realizar treinamento dos pilotos da FAB, que futuramente irão operar o H-36 Caracal.
Preparação
Pilotos e Engenheiros de provas do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) realizaram, no início de dezembro, voos simulados de Reabastecimento em Voo no Simulador do instituto, como atividade preparatória para os ensaios que acontecem agora.
Durante os voos simulados, foi utilizado modelo dinâmico genérico de um helicóptero de categoria pesada em cenário visual similar ao que é encontrado na campanha. Com isso, a atividade atingiu o objetivo proposto de preparar as equipagens de ensaios em voo em termos de cronologia de eventos, divisão de tarefas, fraseologia e métodos a serem aplicados durante os ensaios.
Fonte: FAB
Fotos: IPEV
Saiba mais: 1976: o primeiro reabastecimento de F5 no Brasil
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Busca e Salvamento
Esquadrão Pelicano faz 61 anos e incorpora helicóptero Black Hawk
O Esquadrão Pelicano, especializado em busca e salvamento, celebrou 61 anos de criação numa cerimônia militar realizada no dia 06 de dezembro de 2018, na Ala 5, em Campo Grande (MS). A solenidade foi presidida pelo Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Tenente-Brigadeiro do Ar William de Oliveira Barros.
“Essa unidade tão comentada que é o Esquadrão Pelicano gera uma responsabilidade muito grande: a de que nós estamos aqui para salvar vidas. E isso nos traz responsabilidade não só para com a Força Aérea, como também para com toda a população brasileira”, comentou o oficial-general.
Durante a cerimônia foram homenageados militares com os títulos de Pelicano Honorário, Menção Homem-SAR, Destaque Operacional, Destaque Segurança de Voo e Graduado e Praça Padrão.
Black Hawk
Ainda, foi realizada a incorporação do helicóptero H-60L Black Hawk ao Esquadrão Pelicano, sendo incluído o emblema do 2°/10° GAV nas portas da aeronave. Esse helicóptero passou a ser utilizado na missão do Esquadrão em substituição ao memorável H-1H.
“Aos 61 anos de existência e algumas trocas de sedes e de aeronaves, percebemos que não é o local onde trabalhamos, nem a aeronave que voamos que nos define, mas sim um sentimento único de união e de determinação na missão de salvar vidas, chamado Espírito SAR”, ressaltou o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Luciano Marchiorato Dobignies.
domingo, 16 de dezembro de 2018
Especial de Domingo
Saiba mais sobre a excelente Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas - EMCA, sediada em Taubaté - SP.
Boa leitura.
Bom domingo!
Escola de Ciências Aeronáuticas de Taubaté forma mais de 50 técnicos
Mais de cinquenta técnicos de manutenção aeronáutica se formaram na última sexta-feira, 14 de dezembro de 2018, pela EMCA – Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas de Taubaté. A solenidade presidida pelo diretor José Fernando de Lacerda Machado marcou a formatura de alunos distribuídos pelas especialidades de Aviônica, Célula e Grupo Motopropulsor.
Boa leitura.
Bom domingo!
Escola de Ciências Aeronáuticas de Taubaté forma mais de 50 técnicos
Mais de cinquenta técnicos de manutenção aeronáutica se formaram na última sexta-feira, 14 de dezembro de 2018, pela EMCA – Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas de Taubaté. A solenidade presidida pelo diretor José Fernando de Lacerda Machado marcou a formatura de alunos distribuídos pelas especialidades de Aviônica, Célula e Grupo Motopropulsor.
Falcon DA-10
O evento foi realizado dentro do próprio hangar da instituição, ao lado de equipamentos de apoio à instrução como um jato Falcon DA-10, cujos comandos e painel foram revitalizados por um grupo de alunos voluntários, a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo dos cursos com duração de dois anos.
Certificados
Em sua fala final, o diretor Lacerda pontuou os nomes de representantes de organizações que proporcionam estágio e apoio aos alunos durante a fase de formação, como é o caso do Comando de Aviação do Exército, Aeroclube Regional de Taubaté, Collins Aeroespace, entre outras. Além dos certificados de conclusão, alunos que se destacaram em atividades voluntárias de apoio à escola receberam diplomas de agradecimento, como é o caso da formanda Krysia Cunha que, graças à sua formação nas três especialidades oferecidas pela EMCA, foi convidada a fazer parte do quadro de instrutores de fundamentos teóricos do Aeroclube Regional de Taubaté, na disciplina de Conhecimentos Técnicos, para os cursos de Piloto Privado e de Comissários de Bordo.
José Fernando de Lacerda Machado Diretor da EMCA |
Segundo o diretor Lacerda, nos 14 anos de existência da EMCA, mais de 80 formados pela escola, mediante concurso, foram incorporados à Aviação do Exército Brasileiro, na graduação de sargentos do quadro de temporários, para atuarem como mecânicos de aeronaves.
EMCA
A Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas "Eng. João Ortiz" é uma escola técnica de aviação civil mantida pela Prefeitura Municipal de Taubaté, SP, que oferece, gratuitamente, o curso técnico de manutenção de aeronaves, com duração de dois anos, nas especialidades de Célula (estruturas, sistemas hidráulicos, pneumáticos), Aviônica (sensores, instrumentos, sistemas elétricos) e Motopropulsor.
Os profissionais formados pela EMCA destacam-se nas avaliações da ANAC, nas quais o índice de aprovação dos alunos da EMCA é 97%. São 27 vagas para cada habilitação.O processo seletivo é anual. O edital é divulgado em agosto e as inscrições ocorrem entre setembro e outubro. A prova é feita em novembro e os resultados são divulgados em dezembro. As matrículas e o início das aulas acontecem no mês seguinte.
Contato: Rua Tomé Portes Del Rei, 507, Vila São José, Taubaté, SP. Telefone (12) 3608-7579.
sábado, 15 de dezembro de 2018
Transporte Aéreo
MP libera até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras
O presidente Michel Temer assinou, dia 13 de dezembro de 2018, uma Medida Provisória que libera até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas que atuam no Brasil.
O limite anterior era de 20%. De acordo com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a decisão não tem relação com as dificuldades financeiras da Avianca, que entrou com um pedido de recuperação judicial nessa semana. " Isso ajuda a resolver um dos principais problemas da aviação que são as fontes de financiamento para as empresas. Essa é a principal vantagem da medida. A empresa tem que ser brasileira, mas a origem do capital poderá ser inteiramente estrangeira. Isso já acontece, por exemplo, no setor de telefonia", afirmou Padilha.
O ministro garantiu que a edição da MP não tem relação com o pedido de recuperação judicial da Avianca, mas admitiu que a companhia será uma das principais beneficiadas com a medida.
De acordo com Padilha, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, foi comunicado sobre a edição da MP e disse estar de acordo com a medida. Padilha disse que Temer também conversou com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a medida. "O Tribunal de Contas da União (TCU) também confirmou ontem (quarta-feira) que o aumento do capital externo nas companhias aéreas era possível e não contraria a Constituição", acrescentou.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Espaço
Visiona e Embrapa fazem acordo para uso de tecnologia espacial
A Embrapa e a Visiona Tecnologia Espacial assinaram um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de sistemas inteligentes
que combinam tecnologia espacial com sistemas informatizados aplicados à agricultura. O acordo abre perspectivas para novos modelos de negócios e apresenta grande potencial de impacto e inovação para a agricultura brasileira. A cerimônia de assinatura aconteceu
no dia 7 de dezembro de 2018, na sede da Embrapa, em Brasília (DF). O objetivo é disponibilizar serviços inteligentes para a agricultura, por meio da identificação de oportunidades e de soluções baseadas em tecnologias espaciais integradas a programas computacionais.
A parceria busca fortalecer e ampliar o desenvolvimento de sistemas que demandem dados e informações fornecidos por satélites.
VCUB
As tecnologias vão permitir avanços no mapeamento e monitoramento de áreas de produção agrícola e pecuária, além de áreas
de conservação e ecossistemas ambientais. A Visiona é uma empresa dos grupos Embraer e Telebras voltada inteiramente à concepção de sistemas espaciais e está desenvolvendo atualmente o projeto VCUB, o primeiro satélite concebido pela indústria nacional. O
VCUB deverá servir para validar tecnologias espaciais e estará equipado com uma câmera de alta resolução e alta qualidade radiométrica voltada primariamente para os mercados agrícolas e de proteção ambiental. Adicionalmente, o satélite também contará com um
sistema de coleta de dados capaz de servir o mercado de Internet das Coisas (IoT) em localidades com pouca infraestrutura.
Fonte: Embraer
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Embraer
E190-E2 "Tubarão" conclui giro internacional
O jato E190-E2, ostentando a pintura de um tubarão na fuselagem, completou a turnê mundial de demonstração de cinco meses.
Iniciada no Farnborough Airshow, no Reino Unido, em julho de 2018, a turnê do jato E190-E2 passou por 39 países, sendo exibido para 120 empresas aéreas em 68 cidades, percorrendo mais de 125 mil milhas náuticas (231 mil quilômetros), ou o equivalente a quase
seis voltas ao redor na Terra, em mais de 350 horas de voos de demonstração. Além de estar presente em Farnborough, o jato esteve na 12ª China International Aviation & Aerospace Exhibition (Exposição Internacional de Aviação & Aeroespacial da China), em Zhuhai,
na China, e no evento ALTA Leaders Forum, no Panamá, além de visitar empresas aéreas nas Américas, Europa, Oriente Médio, África, China e na Ásia-Pacífico.
Desafios
Durante a turnê, o E190-E2 realizou pousos em alguns aeroportos que apresentavam diversos desafios operacionais,
como pistas curtas, a exemplo de London City, em Londres, e em grandes altitudes, como no Tibet e no Nepal. Além disso, a aeronave visitou pontos extremos do planeta, como o Kiribati, na Oceania. “O objetivo principal era demonstrar às companhias aéreas as
características que tornam o E190-E2 um avião único na categoria”, disse Rodrigo Silva e Souza, Diretor de Marketing da Embraer Aviação Comercial. “A turnê permitiu que as empresas aéreas vissem o que o E190-E2 pode oferecer em termos de desempenho operacional,
mantendo o mesmo espaço na cabine de passageiros que consagrou a primeira geração de E-Jets. Importante também dizer que a turnê ocorreu sem interrupções, com uma operação sem falhas e 100% de disponibilidade do E190-E2.”
Menos combustível
O E190-E2 é o primeiro de três novos E-Jets E2s que a Embraer está desenvolvendo para suceder seus
E-Jets da primeira geração. Comparado com a primeira geração do E190, o E190-E2 oferece uma redução de 17,3% em termos de consumo de combustível e quase 10% menos que o concorrente direto. Isso a torna a aeronave mais eficiente de corredor único no mercado.
O E190-E2 traz mais flexibilidade com alcance máximo de até 5.300 km, ou cerca de 1.000 km a mais do que o E190 de primeira geração. O E190-E2 também oferece economias significativas para as companhias aéreas em termos de custos de manutenção, com uma redução
de até 25%. A aeronave possui os maiores intervalos de manutenção, com 10.000 horas de voo para verificações básicas e sem limite de calendário na utilização típica de E-Jets. Isso significa 15 dias adicionais de utilização de aeronaves em um período de dez
anos. Os pilotos da primeira geração de E-Jets precisam de apenas 2,5 dias de treinamento e sem a necessidade de um simulador de voo completo para pilotar o E2.
Fonte: Embraer
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Cultura Aeronáutica
A origem do Hino dos Aviadores
O Hino dos Aviadores ou Hino da Força Aérea Brasileira foi apresentado, pela primeira vez, em 15 de novembro de 1935, no Rio de Janeiro. A música é do Tenente Músico João Nascimento e a letra do Capitão Aviador Armando Serra de Menezes, ambos da Aviação Militar, mais tarde, em janeiro de 1941, aglutinada à Aviação Naval, dando origem à Força Aérea Brasileira, com a criação do Ministério da Aeronáutica, atualmente Comando da Aeronáutica. Os aspectos acerca da origem do hino podem ser conferidos em artigo do professor Hermes de Andrade, publicado originalmente na Revista Aeronáutica, editada pelo Clube da Aeronáutica, em setembro de 2000.
O Campo dos Afonsos e a Música Militar
“Do astro-rei desafiamos nos cimos, Bandeirantes audazes do azul.”
Hermes de Andrade, Professor
Antecedentes
Em novembro de 1933, chegou ao 1º Regimento de Aviação, hoje Base Aérea dos Afonsos, o 2º Ten. Mestre de Música João Nascimento, transferido de São Paulo (4º RI) após envolvimento com a Revolução Constitucionalista de 1932. No ano seguinte, o primeiro mestre da Aeronáutica foi transferido para a Escola de Aviação Militar, onde organizou a banda de música da escola, cuja primeira apresentação pública oficial foi no dia 15 de novembro de 1935, juntamente com a estreia do Hino dos Aviadores, cantado por um coral de 300 pessoas. Este evento ocorreu na Feira Internacional de Amostras daquele ano, no local onde, hoje, está construído o Aeroporto Santos-Dumont.
O Hino dos Aviadores
Embora João Nascimento tenha começado seu curso de Composição, na então Escola Nacional de Música, neste ano de 1935, na verdade ele já era um compositor de marchas militares muito conhecido entre seus pares. Isto, certamente, levou-o a escrever a música do Hino dos Aviadores, após dramático convite feito pelo Cap. Av. Armando Serra de Menezes, uma vez que não menos dramática havia sido a experiência de alguns oficiais da comitiva de Getúlio Vargas, que haviam regressado da Argentina, onde, além de não termos um Hino dos Aviadores, constatara-se ainda não sabermos cantar o Hino Nacional, disse o Cap. Serra de Menezes ao Maestro Nascimento, segundo este último me relatou.
Poema
A partir de então, o belo poema de Serra de Menezes recebeu uma não menos bela e empolgante música, o que é exemplo de excelente criação musical corretamente realizada, pois o músico partiu de um poema, o que não aconteceu com o Hino do Exército e o da Marinha, pois ambos foram objeto de arranjos e não de composição original. Assim, a prosódia do Hino dos Aviadores é impecável: um belo casamento da letra com a música.
Mas não se pense que a música do Hino da FAB fica só nisso. Sua concepção marcial em compasso binário composto (6/8) resulta em pujante marcialidade, no mesmo nível das grandes marchas do repertório internacional. Dificilmente uma tropa não se emociona ao toque do Hino dos Aviadores. Em minha experiência como mestre, sempre que eu constatava alguma fadiga em treinamentos e desfiles, ordenava que a banda tocasse o Hino dos Aviadores e a receita era infalível: um bom desfile.
No ano 2000 nosso Hino completa (completava) 65 anos e a Sinfonieta João Nascimento poderá lhe dar uma maior dimensão da que teve até aqui, ou seja, uma dimensão internacional, com a divulgação da letra em inglês, já que o conteúdo do poema não trata de temas somente brasileiros e o aviador, como sabemos, é um profissional extremamente globalizante e mais, ainda: a invenção do avião é nossa, o que, certamente, levará o Hino da FAB a ser conhecido ampla e merecidamente.
O Hino da FAB
O Hino dos Aviadores teve este nome à época em que a Aviação era uma Arma do Exército, a chamada 5ª Arma, ao lado da Infantaria, da Artilharia, da Cavalaria e da Engenharia. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, e a ampliação do nosso efetivo, foram surgindo outros Hinos (do Especialista, da Intendência, da Infantaria, etc.) e o Hino dos Aviadores foi sendo “contestado” pelos não aviadores, o que hoje, não tem mais sentido, já que por Portaria Ministerial é o Hino da Força Aérea Brasileira. E não se diga que isto foi uma imposição, pois o poema tem substância para atender aos anseios de todas as especialidades, já que o objetivo final delas é o “lancemos o roncar da hélice a girar”, ou seja, sem esse roncar de todas as hélices ou turbinas ou lá o que vier no futuro, não haverá outros hinos que possam ser cantados. E, ao contrário, ao cantarmos o Hino da FAB, estamos assinalando a existência dos outros belos Hinos do Cancioneiro da Aeronáutica. Talvez, devêssemos, agora, abandonar a denominação “Hino dos Aviadores”, já que não somos mais apenas uma Arma do Exército, o que justificava o título. Eis uma questão delicada, mas não menos cheia de significação para a existência de Hino que representa toda uma corporação...
Marchas militares
Nascimento trabalhou no Campo dos Afonsos durante 17 anos, à frente da Banda da Escola de Aeronáutica (1933/1950) e é dessa época a maioria de suas composições. Dentre elas destacam-se: Asas de Prata, Asas de Ouro, FAB em Desfile Terrestre, Capitão Paulielo, Cel. Ivo Borges. Mesmo na reserva Nascimento continuou compondo, sendo sua última composição um Dobrado em Homenagem a seu velho mestre, Jorge Fonseca, da banda da cidade de Cravinhos, onde Nascimento começou a estudar música. Uma bela obra, cuja estreia foi no dia 1º de maio de 1980, em apresentação regida pelo velho mestre, com quem tive a honra de participar, já, então, na direção da Banda Sinfônica da Academia da Força Aérea, “minha banda”, como dizia Nascimento.
É certo que muitos bons músicos e mestres passaram pelo Campo dos Afonsos e deixaram marchas militares e arranjos de alta qualidade. Entretanto, as composições de João Nascimento continuam a pontificar nossos desfiles militares, o que nos leva à conclusão de que sua contribuição à música militar foi da mais alta significação e a Sinfonieta que levará seu nome poderá dar maior amplitude a este trabalho, ainda, por ser impresso e divulgado. Tudo isto constitui um patrimônio da música militar originária do Campo dos Afonsos.
Fonte:
ANDRADE, Hermes de. O Campo dos Afonsos e a Música Militar. In: Revista Aeronáutica. Edição nº 226, Set/Out 2000, pp. 35 e 36. Rio de Janeiro: Clube da Aeronáutica, 2000.
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Ozires Silva
Ozires é declarado "lenda da indústria aeroespacial" por entidade dos EUA
Ozires, primeiro da direita para a esquerda, junto com tripulantes do primeiro protótipo do avião Bandeirante |
O pioneiro da indústria Aeroespacial brasileira, Ozires Silva, foi nomeado como ‘Lenda da Indústria Aeroespacial’ na Caltech, um dos maiores centros de pesquisa aeroespacial da Califórnia.
O brasileiro foi escolhido e homenageado devido às contribuições internacionais para a indústria aeroespacial, além da ampla liderança que ele teve em outras áreas durante toda a sua carreira.
Ozires é a sexta pessoa a receber o título. Um dos construtores do primeiro protótipo do avião Bandeirante, e fundador da Embraer, hoje tem 88 anos e é um dos brasileiros mais conhecido e influentes no mundo.
Fonte: Portal Meon
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
ARP
FAB faz pilotagem remota de aeronave via satélite
A Força Aérea Brasileira realizou, em 5 de dezembrovde 2018, o primeiro voo de uma aeronave pilotada por satélite. Cinco tripulantes e três militares de apoio do Esquadrão Hórus (1o/12o GAV), sediado em Santa Maria (RS), realizaram o voo da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) modelo RQ-900 na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo foi fazer o recebimento do sistema de controle via satélite daquela aeronave.
O novo sistema permite pilotar a aeronave e receber as imagens dos sensores por meio de uma conexão por satélite. Assim, a antena não aponta mais diretamente para a aeronave, mas para o satélite, que faz a ponte com a ARP, conforme explica o Oficial de Comunicação Social do Esquadrão, Capitão Aviador Lucas Gazzi Diaz.
“Até hoje isso era feito somente por meio de uma antena que fica no solo, uma operação que exige linha de visada com a aeronave. Ou seja, trazia algumas limitações de distância para a operação da aeronave, pois à medida que a distância entre a aeronave e a estação de solo aumenta, a aeronave começa a ficar abaixo do horizonte, interrompendo a linha de visada”, detalha.
A estrutura para pilotagem da Aeronave Remotamente Pilotada permanece a mesma, por meio de shelters onde ficam os operadores. “As mudanças são a instalação de uma nova antena na aeronave e outra ligada aos shelters, além de alguns equipamentos de informática, como novos modems. Além disso, dependendo da missão, ainda poderemos operar da maneira anterior”, ressalta o Capitão. “O novo sistema aumenta muito o ganho operacional das capacidades da aviação de Reconhecimento da FAB”, completa o oficial.
Fonte: FAB
domingo, 9 de dezembro de 2018
Especial de Domingo
Confira hoje informações sobre a nova sede do CIAAR - Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica.
Boa leitura.
Bom domingo!
FAB inaugura novas instalações de Centro de Instrução em MG
A Força Aérea Brasileira (FAB) inaugurou, no dia 5 de dezembro de 2018, a nova sede do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), no município de Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A unidade, voltada para a formação e adaptação de oficiais, conta agora com um moderno conjunto de edifícios em uma área de 711 mil metros quadrados.
Dentre as instalações, o CIAAR passa a ter um avançado complexo de esportes, 56 salas de aula, seis alojamentos com capacidade para mais de 400 alunos, auditório com 800 lugares e dois hotéis. A nova escola é resultado do trabalho conjunto entre a Diretoria de Ensino da Aeronáutica (DIRENS) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
Capacitação
O Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, diz que a entrega da nova unidade atende com excelência um dos pilares do processo de Reestruturação pelo qual a Força Aérea passa: a capacitação de recursos humanos. "Certamente, aqui em Lagoa Santa, teremos um centro muito importante para a padronização da formação e doutrinamento do nosso pessoal", ressalta.
Para o Comandante do CIAAR, Brigadeiro do Ar Mário Sérgio Rodrigues da Costa, esta é uma iniciativa que reconhece o valor da educação para o Comando da Aeronáutica. "É uma instituição que enxerga a necessidade de formação de seus homens, que são os maiores valores da Força Aérea. Os alunos terão aqui um estabelecimento de ensino de ponta, com conceitos de sustentabilidade", acrescenta.
Da Pampulha para Lagoa Santa
Para marcar o encerramento das atividades do CIAAR em Belo Horizonte, no aeroporto da Pampulha, e o início dos cursos em Lagoa Santa, foi acesa, na antiga sede, uma chama simbolizando o conhecimento. Ela foi conduzida em uma tocha por militares do efetivo, em corrida de revezamento, até alcançar uma pira nas novas instalações. A solenidade foi encerrada com um concerto da Banda Sinfônica Asas de Minas, formada por militares do CIAAR.
História
Criado em 26 de setembro de 1983, o CIAAR nasceu com os cursos de Capelães e do Quadro Feminino de Oficiais e Sargentos. Ao longo de 35 anos, novos cursos foram incorporados e outros remodelados com a missão de capacitar pessoas para o desempenho da função como Oficial subalterno e intermediário na FAB.
Fotos: Sargento Bruno Batista/CECOMSAER e Cabo André Feitosa/CECOMSAER
Vídeo: Sargento Wanderson Nunes/CECOMSAER
Fonte: FAB