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sábado, 22 de junho de 2024

Aeronaves

O avião que formou gerações de pilotos: o Paulistinha
No dia 2 de abril de 1943, saiu das linhas de montagem da Companhia Aeronáutica Paulista, em Utinga, São Paulo, pertencente ao “Grupo Pignatari”, o primeiro avião “Paulistinha” CAP-4. Entre agosto de 1942 e o encerramento das atividades da Companhia Aeronáutica Paulista, em 1949, 777 aviões “Paulistinha” foram construídos.

Especificações

Comprimento: 6,76 m
Envergadura: 10,76 m
Altura: 2,08 m
Peso vazio: 434 Kg
Velocidade máxima: 220 Km/h
Velocidade de cruzeiro: 137 Km/h
Motorização:
Avco Lycoming O - 235 - N2A,
Continental C90 8F, de 90 hp,
Continental C90 14F, também de 90 hp,
Lycoming O235B, de 100 hp,
Lycoming de 115 hp e
Lycoming O320, de 150 hp.

O avião mais popular do Brasil
CAP-4 Paulistinha fabricado em 1946
O projeto do famoso Paulistinha teve início com a fundação da Empresa Aeronáutica Ypiranga (EAY), criada em 1931 por Fritz Roesler, Orthon W. Hoover e Henrique Santos Dumont, sobrinho de Alberto Santos Dumont. A Ypiranga iniciou suas atividades fabricando os planadores EAY-101, os primeiros projetados no Brasil, e em 1934 iniciou os projetos para a construção do EAY-201 Ypiranga. Inspirado no norte-americano Taylor Cub, o EAY-201 fez seu primeiro voo em 1935, inicialmente com o motor francês Salmson 9 AD radial, de apenas 40 hp e, posteriormente, com o motor Franklin de 65 hp, que giravam uma hélice de madeira. Além dessa mudança, o Ypiranga primitivo recebeu ainda a porção traseira da fuselagem. O último EAY-201 Ypiranga a voar foi o PP-TJR, que foi transladado do Campo de Marte, em São Paulo, para o Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, no dia 10 de dezembro de 1970, pela Comandante Lucy Lúpia Pinel Balthazar, e hoje se encontra exposto no Museu Aeroespacial, da FAB, Força Aérea Brasileira. A Empresa Aeronáutica Ypiranga foi adquirida pela Companhia Aeronáutica Paulista (CAP) em 1942, que passou a fabricar o Paulistinha com a designação CAP-4.


O aparelho teve cerca de 800 unidades produzidas para aeroclubes e forças armadas do Brasil, bem como para exportação para Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Portugal. Em 1956, a Indústria Aeronáutica Neiva (NEIVA) adquiriu os direitos renomeando-o para P-56 Paulistinha. A Neiva, em 2023, pertence à Embraer e ainda detém os direitos sobre o projeto, para eventual retomada da produção.


O acervo do Museu Asas de Um Sonho, que funcionou em São Carlos (SP), atualmente desativado, contava com um EAY-201 Ypiranga que nunca voou e serviu de peça de decoração dos jardins da residência do senhor Francisco “Baby” Pignatari até os anos 1990, quando foi comprada por Odemar Rodriguez, que evitou o sucateamento do avião e o doou à Fundação EducTAM, que o restaurou sem o revestimento, para fins didáticos.

Fonte: www.aviacaopaulista.com/Valdemar Jr.

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