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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Carreiras na Aviação

Comissária e atendente da Latam são promovidos para copiloto
Em mais uma história de esforço na aviação, uma comissária da LATAM recebeu a notícia de que foi promovida para a função de copiloto. Tudo isso em pleno voo. O fato aconteceu num voo da LATAM que a comissária Cristiane tripulava. Em um determinado momento, seus colegas de trabalho começaram a filmá-la, embora ela ainda não estivesse entendendo bem o que estava acontecendo.

Surpresa 
A surpresa foi revelada quando o comandante da aeronave iniciou uma chamada especial no alto-falante do avião. Disse ele: “A LATAM é uma empresa que permite e incentiva muito o crescimento dos seus colaboradores. E queria falar, em primeira mão, que você foi aprovada para ser piloto na maior empresa aérea do Hemisfério Sul. Em nome de toda a tripulação os nossos parabéns, bem-vinda agora ao grupo de cockpit como copiloto” declarou o comandante. A comissária foi saudada com uma salva de palmas dos passageiros e seus colegas de trabalho, ficando emocionada na situação.

Outro funcionário promovido
Na mesma semana, outra pessoa que recebeu notícia semelhante foi o Rafael, que é (era) agente de aeroporto em Campo Grande (MS). Rafael estava acompanhando um voo em operação da empresa que tinha acabado de decolar, quando o comandante do voo chamou o seu nome pelo rádio e, em seguida, deu a notícia. Os seus colegas sabiam da novidade e filmaram a reação de Rafael ao ser informado da promoção.

Primeira turma 2020
Rafael e Cristiane - que, paralelamente ao trabalho na empresa, se brevetaram como pilotos em escola de aviação civil - fazem parte da primeira turma de copilotos da LATAM de 2020. São 11 em treinamento, todos de promoção interna.

Fonte: www.aeroin.net em 26/01/2020

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Concurso de nível superior na FAB

Aeronáutica seleciona bacharéis e licenciados para o quadro de oficiais
Inscrições de 03 a 17 de fevereiro de 2020

A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou quatro Avisos de Convocação que visam selecionar Profissionais de Nível Superior, para prestação do Serviço Militar Voluntário, de caráter temporário, para o ano de 2020. Serão distribuídas vagas para diferentes áreas, em diversas localidades do Território Nacional. As Inscrições Eletrônicas ocorrerão entre 10:00h do dia 03/02/2020 e 23:59h do dia 17/02/2020, por meio da página de convocação.

Oportunidades
Há vagas para profissionais da área de Saúde; Segurança e Defesa; carreira de Magistério; e para formados em diversas especialidades, como: Administração; Administração Pública ou Engenharia de Produção; Análise de Sistemas, Arquitetura; Arquivologia; Biologia ou Ciências Biológicas; Direito; Ciências da Computação ou Sistemas de Informação; Ciências Contábeis; Ciências da Religião ou Ensino Religioso; Estatística; Engenharia Civil; Engenharia de Computação ou Engenharia de Redes; Ciências Econômicas ou Economia; Educação Física; Enfermagem; Engenharia Elétrica, Engenharia Elétrica e Eletrônica ou Engenharia Elétrica Modalidade Eletrotécnica; Engenharia Mecânica; Engenharia de Minas; Engenharia de Telecomunicações; Física; Fisioterapia; Farmácia; Filosofia ou Ciências Humanas (Filosofia); Fonoaudiologia; Geografia; História; Licenciatura Plena em Letras com Habilitação em Língua Inglesa; Letras com Habilitação em Língua Portuguesa; Matemática; Medicina; Musicoterapia; Nutrição; Odontologia; Pedagogia; Psicologia; Química; Relações Internacionais; Relações Públicas; Serviço Social; Sociologia ou Ciências Sociais; Teologia; Terapia Ocupacional; e Veterinária.

A seleção envolve avaliação curricular, inspeção de saúde, avaliação psicológica e teste de condicionamento físico, entre outras etapas. Os selecionados serão voluntários à prestação do Serviço Militar, em caráter temporário, para Quadros de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados para Profissionais de Nível Superior, na área Técnica (QOCon Tec); Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (QOCon MFDV); Profissionais, com diploma de Nível Superior, para a área de Segurança e Defesa (QOCon Tec SED); e profissionais de Nível Superior, na área do Magistério (QOCon Tec MAG).

Requisitos Obrigatórios e Recomendações
Os voluntários devem ficar atentos aos Documentos necessários à comprovação dos Requisitos Obrigatórios e dos Parâmetros de Qualificação, visando à comprovação das exigências e à pontuação a serem confirmadas na Validação Documental e Avaliação Curricular. Cabe alertar, ainda, sobre a necessidade de apresentação de alguns Exames Médicos, conforme previsto no Aviso de Convocação.

Os organizadores do processo seletivo recomendam aos candidatos que se antecipem para a realização dos exames, avaliações, atestados e laudos médicos a serem apresentados na Concentração Inicial, previstos no Aviso de Convocação.

Inscrições e informações: Clique aqui 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

KC-390 Millennium

Indústria portuguesa OGMA inicia fabricação de partes do KC-390
A primeira peça do lote de partes das cinco aeronaves Embraer KC-390 Millennium que equiparão a frota da Força Aérea Portuguesa foi construída em solo português. A OGMA, Indústria Aeronáutica de Portugal, anunciou, dia 23 de janeiro de 2020, que acaba de finalizar a produção do primeiro painel integrará a fuselagem dessa aeronave de transporte multimissão. O componente foi mostrado ao Chefe do Estado Maior da Força Aérea, General Joaquim Borrego, numa recente visita às instalações da empresa, em Alverca do Ribatejo, a poucos quilômetros de Lisboa.

Parceria industrial
No âmbito do programa KC-390, a OGMA tem a seu cargo a fabricação da fuselagem central e montagem dos sponsons direito e esquerdo (conjuntos com cerca de 12 metros de dimensão que compõem a carenagem do compartimento do trem de pouso) bem como dos lemes de profundidade. Estas peças são fabricadas em material compósito e ligas metálicas. Nas instalações da OGMA em Alverca, são produzidos os 10 painéis que constituem a fuselagem central do avião, as carenagens do trem de pouso (sponsons) bem como os painéis em compósito que formam o seu revestimento. O transporte destes componentes exige uma operação de logística e de transporte excepcional, com os componentes estruturais de maior envergadura transportados em caminhões especiais até ao Porto de Lisboa, seguido por via marítima rumo ao Brasil, com destino à fábrica da Embraer, localizada em Gavião Peixoto, no interior do Estado de São Paulo.

Missões
O Embraer KC-390 é uma aeronave de transporte multimissão desenvolvida pela Embraer, preparada para responder às mais variadas missões, como busca e salvamento, transporte e lançamento de cargas e tropas, combate a incêndios, reabastecimento em voo e evacuação médica, com capacidade de operar inclusive em pistas semi-preparadas. Brasil e Portugal Este é um dos projetos mais ambiciosos da Embraer e tem Portugal como maior parceiro internacional. O envolvimento da OGMA no KC-390 iniciou-se ainda na fase de planejamento e concepção da aeronave, numa relação de parceria e de proximidade com a Embraer.


Fotos: NINJA (2019)

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

ITA 70 anos

Livro e exposição marcarão os 70 anos do ITA em 2020
Uma das mais importantes instituições de ensino superior do Brasil, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), de São José dos Campos (SP), fará 70 anos em 2020 e ganhará uma extensa programação comemorativa. As atividades ao longo do ano servirão para compartilhar as memórias e metas do ITA com a sociedade.

Livro e Exposição
O projeto é calcado em dois produtos: livro e exposição, cujas pesquisas começaram em 2018, com a organização e catalogação de parte do acervo de fotografias, documentos, correspondências e objetos históricos do ITA. Ao todo, segundo a Aeita (Associação dos Engenheiros do ITA), que é parceira do ITA no projeto, foram catalogadas cerca de 4.000 fotos, 2.000 plantas de projetos de alunos e professores e 20 mil documentos, entre correspondências, relatórios e informativos para a comunidade iteana. Também foram organizados objetos como placas, medalhas e material escolar (réguas, jogos de testes psicológicos), além de livros e ainda outras publicações. Todo o material será exposto no segundo semestre de 2020, para contar a trajetória do ITA e propor reflexão sobre o futuro da instituição.

"Asas para que te quero"
Batizada de "Asas para que te quero", a exposição será realizada em outubro, com entrada gratuita para a população. Haverá ainda agendamento de visitas guiadas para escolas e grupos interessados. O livro será disponibilizado, também de forma gratuita, para instituições culturais e de ensino, com versão digital que poderá ser acessada no site. O financiamento do projeto é feito de forma colaborativa, contando com apoio da comunidade iteana, de empresas e de pessoas físicas.

Fonte: O Vale, via FAB

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Carreiras na Aviação

Novos alunos começam cursos na AFA e EPCAR
Os 215 jovens recém-chegados à Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), já iniciaram o estágio de adaptação à vida militar. Os futuros cadetes se apresentaram na AFA, entre os dias 9 e 15 de janeiro de 2020, munidos com documentos e malas, prontos para o início do processo de adaptação à nova rotina. No total, são 78 cadetes oriundos do meio civil, 132 egressos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), além de cinco estrangeiros (República Dominicana, El Savador, Senegal, Bolívia e Honduras) que realizam o curso como resultado de um acordo de cooperação entre o governo brasileiro e nações amigas.

Quatro anos
Os cadetes enfrentarão, nos próximos quatro anos, uma rotina intensa de estudos, formação ética e moral e de exercícios físicos, necessária para a formação de um Oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). “A fase de adaptação é muito importante para que eles se integrem à rotina da Academia, por isso nos empenhamos e oferecemos o apoio necessário a todos”, disse o Comandante do Primeiro Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica (CCAER), Capitão de Infantaria Fernando Galante. Entre as 35 cadetes que alcançaram a vaga para ingressar na AFA, estão as primeiras alunas que fizeram parte da primeira turma da EPCAR com mulheres. A Estagiária Laniz França Ferreira é uma delas. “As expectativas para essa nova fase são muito grandes. A fase de adaptação é um período em que passaremos por muitos desafios, mas com determinação e dedicação venceremos esta etapa. Estou muito feliz por ter chegado à Academia depois de passar três anos na EPCAR. Estou realizando meu sonho”, contou.

Novos alunos da EPCAR
A EPCAR, em Barbacena (MG) também recebeu, no dia 18 de janeiro de 2020, os 152 candidatos aprovados para o Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR) e seus familiares, para o início do ano letivo. Os estagiários e seus familiares assistiram às palestras proferidas pelo Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani, sobre a missão da Escola, metodologia de ensino e formação militar. Para o Estagiário Gustavo Pires Lopes Pinto, primeiro colocado no processo seletivo, ingressar na Escola foi a realização de um sonho. “Entrar para a EPCAR foi uma sensação indescritível. Espero realizar o meu sonho de me tornar um piloto de caça”, contou.

Início da carreira
“O coração da família está apertado, em virtude da distância, pois moramos em Boa Vista (RR) mas temos a sensação do dever cumprido”, afirmou, emocionado, o Sargento Músico Claudinei dos Santos, pai do Estagiário Samuel Filipe Santana dos Santos. Já no dia 19 de janeiro de 2020, os estagiários fizeram a tradicional transposição do Portão da Guarda, que simboliza o ingresso na Instituição e o início da carreira militar, e se apresentaram formalmente ao Comandante da EPCAR. Eles iniciaram o Estágio de Adaptação à Atividade Militar que se estende até o dia 7 de fevereiro. O Estágio tem como objetivo adaptá-los aos princípios normativos que regem a rotina estudantil e militar da EPCAR.

domingo, 26 de janeiro de 2020

Especial de Domingo

Hoje, destacamos a homenagem ao Tenente Aviador Aurélio Vieira Sampaio, jovem brasileiro que lutou e perdeu a vida na 2ª Grande Guerra Mundial. Um reconhecimento que precisa ser divulgado, especialmente aos jovens, que colhem os frutos de uma era de paz garantida pela coragem e determinação de nossos antepassados.
Boa leitura.
Bom domingo!

Heróis Brasileiros
Piloto brasileiro morto em combate da Segunda Guerra é homenageado em Museu de Aracaju
Uma homenagem na cidade de Aracaju (SE), realizada no dia 22 de janeiro de 2020, lembrou os 75 anos da morte de um dos heróis brasileiros que combateram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial, o Tenente Aviador Aurélio Vieira Sampaio. Natural daquele estado, o militar recebeu, por meio de iniciativa de entusiastas da história da aviação, sob a chancela da Associação Sergipana de Imprensa e da Academia Sergipana de Letras, um busto permanente no Museu da Gente Sergipana. O Tenente Aurélio foi abatido em combate no dia 22 de janeiro de 1945, pela antiaérea inimiga, no céu de Rodano, cidade a 15 quilômetros de Milão, na Itália.

Busto e diorama

Além do busto produzido pelo artista plástico Elias Santos, o grupo também entregou ao museu um diorama, maquete que apresenta uma cena de forma tridimensional e realista. Segundo o piloto civil André Cabral, um dos responsáveis pela homenagem, o objeto retrata o momento em que o Tenente Aurélio foi abatido pelas forças inimigas, ao atacar locomotivas a bordo de uma aeronave P-47 Thunderbolt. “O diorama tentou ser o mais fiel possível àquele momento, baseado em documentos históricos”, explica.

A irmã do militar, Consuelo Vieira Sampaio Vasconcelos Nascimento, recebeu, ainda, a placa da La Croce Di Rodano, uma cruz medieval encontrada em 1933, na região da cidade italiana. De acordo com André Cabral, a ideia de promover as homenagens surgiu a partir de reportagens publicadas sobre as cerimônias que aconteceram na Itália. “Pouca gente sabe que temos um herói conterrâneo. Desde o ano passado, quando houve alguns eventos na Europa, decidimos também nos mobilizar para homenageá-lo”, conta. O Comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Aracaju, Capitão Engenheiro André Marcelo da Silva, participou da cerimônia e agradeceu a iniciativa do grupo de enaltecer os heróis brasileiros. Estiveram presentes, ainda, representantes de instituições militares e civis de Aracaju, além dos familiares do Tenente Aurélio.

Reconhecimento italiano
No dia 3 de novembro de 2019, a Prefeitura de Rodano, na Itália, realizou cerimônia para relembrar os feitos do Tenente Aurélio. A cerimônia contou com a presença de membros da Adidância de Defesa e Aeronáutica do Brasil na Itália e foi marcada, ainda, por homenagens a outros mortos em combate. Em homenagem ao aviador, foi celebrada uma missa na catedral da cidade e realizado um desfile cívico-militar pelas principais ruas do centro de Rodano. Participaram civis e representantes de associações de ex-combatentes com suas tradicionais bandeiras.

Herói brasileiro

Nascido em 31 de maio de 1923, em Aracaju (SE), o Tenente Aurélio Vieira Sampaio, piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, foi abatido aos 21 anos, na sua 16ª missão de combate sobre a Itália, compondo o 350th Fighter Group. Entre outras condecorações recebidas após sua morte, o militar foi agraciado com as medalhas da Campanha de Itália e a Cruz de Bravura. Seus restos mortais estão sepultados no mausoléu do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Fonte: FAB

Saiba mais: Blog do NINJA de 06/11/2019 Clique aqui  e de 13/01/2016 Clique aqui  

sábado, 25 de janeiro de 2020

Aviação Naval

Marinha do Brasil estuda adquirir caças F/A-18 Hornet
O comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, manifestou, no dia 10 de janeiro de 2020, o interesse de comprar caças multimissão F/A-18 Hornet, para incorporação à Aviação Naval do Brasil. Segundo informações do site Poder Naval, oficiais da Marinha acompanham, há vários anos, o processo de desativação de caças F/A-18, modelos C e D, da força aérea do Kuwait, que serão substituídos nos próximos anos. O interesse da Marinha, portanto, seria adquirir estas aeronaves de segunda mão do país do Oriente Médio. Sob a condição do anonimato, um oficial da Marinha disse que a hipótese mais provável seria a incorporação de um pequeno lote de caças Super Hornet usados dos Estados Unidos. “A alternativa mais barata em termos de aquisição são aeronaves F/A-18E/F Super Hornet que estarão disponíveis na USN (Marinha dos EUA) a partir da segunda metade desta década. Resta saber como estarão estas aeronaves”, explicou o militar. Os atuais caças AF-1 operados pela Marinha do Brasil foram adquiridos do Kuwait, em 1998.

Fonte: www.renovamidia.com.br em 16/01/2020

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Tecnologia

Aviões com novas tecnologias promovem redução de emissão de carbono
A emissão de carbono das aeronaves que fazem o transporte aéreo de passageiros diminuiu pela metade desde 1990. Isso é de acordo com um relatório da International Air Transport Association (IATA), que mostra que as companhias aéreas estão se beneficiando da maior eficiência dos novos aviões. A IATA afirma que grande parte da melhoria se deve na melhoria na eficiência de combustível. Segundo o ICCT, a queima média de combustível de novas aeronaves caiu 45% entre 1968 e 2014. Essa é uma redução anual no consumo de combustível de 1,3%. No entanto, essa melhoria não foi constante. De fato, durante os anos 80 e início dos anos 90, a eficiência de combustível melhorou em média 2,6% a cada ano, enquanto nos anos 70 houve pouca ou nenhuma melhora.

Eficiência
Esse aumento na melhoria de eficiência é atribuído à adoção agressiva de novas tecnologias, juntamente com princípios de design de aeronaves mais eficientes. À medida que o maior progresso foi alcançado na década de 1980, essas novas aeronaves e tecnologias gradualmente se tornaram mais difundidas, lançando as bases para uma grande redução de CO2 na década de 90. Outro marco ocorreu em 2010, quando a eficiência de combustível começou a melhorar mais uma vez. A certificação e entrega à ANA do primeiro 787 Dreamliner do mundo em 2011 marcou uma mudança radical no design das aeronaves. As tecnologias aprimoradas de motores e o uso de materiais compósitos tornaram a aeronave mais eficiente nos céus, um título que manteve até a Airbus lançar o A350-900. No entanto, nenhum desses desenvolvimentos faria diferença se não fossem as companhias aéreas dispostas a investir na renovação da frota. O Relatório Ambiental da Aviação Europeia da Comissão Europeia 2019 mostra que, em geral, as companhias aéreas se esforçam para manter suas frotas com novas aeronaves.Na Europa, a idade média das aeronaves em todos os setores é de 10,8 anos. No setor de baixo custo, tem uma média de apenas 8 anos. A IATA diz que as companhias aéreas investiram mais de US$ 1 trilhão em novas aeronaves desde 2009. Além de pilotar aeronaves mais eficientes, as companhias aéreas também voam com mais eficiência. Enquanto na década de 90 o modelo de transporte aéreo hub e spoke reinava supremo, hoje as redes são muito mais sobre o transporte ponto a ponto. Menos conexões significam menos decolagens e pousos, o que significa menos combustível queimado por viagem. Finalmente, a maneira como essas companhias aéreas acomodam seus passageiros também melhorou, pelo menos da perspectiva do CO2. Os assentos das aeronaves encolheram, o espaço para as pernas diminuiu e as companhias aéreas estão abandonando as amplas suítes de primeira classe em favor de alternativas com eficiência de espaço. Embora isso possa não ser tão popular entre os passageiros, significa que mais pessoas são deslocadas a cada viagem, reduzindo assim o consumo de combustível associado.

Objetivos
Apesar do claro progresso já realizado pelas companhias aéreas, a IATA não está pronta para dizer que é o suficiente. De fato, em 2009, a associação estabeleceu três objetivos distintos para reduzir as emissões de CO2 da aviação. Estes foram:
Melhorar a eficiência de combustível em uma média de 1,5% ao ano de 2009 a 2020;
Limitar as emissões líquidas de CO2 da aviação após 2020 e facilitar o crescimento neutro em carbono;
Atingir uma redução de 50% nas emissões de CO2 da aviação até 2050 em comparação com os níveis de 2005.
O primeiro desses objetivos já foi alcançado. A IATA afirma que, entre 2009 e este ano, a melhoria da eficiência de combustível do setor de aviação chega a uma média de 2,3%, cerca de 0,8% acima da meta. O segundo é um pouco mais difícil de ser feito, mas algo que a IATA e a ICAO já adotaram medidas para alcançar. O CORSIA, um esquema internacional de compensação de carbono para a aviação, iniciou sua lenta implantação e deve ser complementado em um futuro próximo por uma adoção muito maior de combustíveis sustentáveis para a aviação. Reduzir as emissões de CO2 em 50% até 2050 será uma decisão difícil, mas não é impossível. O Diretor Geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac, comentou sobre isso, dizendo: “Reduzir pela metade as emissões por passageiro é uma conquista incrível da experiência técnica e uma inovação na indústria da aviação. Mas temos ambições ainda maiores. A partir de 2020, limitaremos as emissões líquidas. E até 2050, reduziremos as emissões para metade dos níveis de 2005. Atingir essas metas significa investimento contínuo em novas tecnologias, combustíveis sustentáveis e melhorias operacionais.”

Fonte: Aeroflap, via FAB em 20/01/2020

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Aviação do Exército

Centenário da primeira turma de aviadores formada pelo Exército
No dia 22 de janeiro de 1920, seis meses e dez dias depois da inauguração da Escola de Aviação Militar, formou-se a primeira turma de pilotos aviadores militares, constituída pelos seguintes oficiais: Capitão Raul Vieira de Mello, 1º Tenente Anôr Teixeira dos Santos, 1º Tenente Pedro Martins da Rocha, 1º Tenente José Felinto Trajano de Oliveira, 1º Tenente Godofredo Franco de Faria, 2º Tenente Gil Guilherme Christiano, 2º Tenente Henrique Raymundo Dyott Fontenelle, 2º Tenente Raul Luna, 2º Tenente Rosalvo Tanajura Guimarães, 2º Tenente Ângelo Mendes de Moraes, 2º Tenente Salustiano Franklin e 2º Tenente Ivan Carpenter Ferreira. Para selecionar a Primeira Turma, sob coordenação da Missão Militar Francesa, o “Exame de Saúde do Pessoal Aeronavegante” previa entre outras exigências, o peso máximo de 65 quilogramas e não se admitia nenhuma correção visual por vidros. Entre os candidatos seriam selecionados preferencialmente Oficiais e Aspirantes a Oficiais, com menos de 26 anos de idade e metade das vagas deveriam ser preenchidas por Oficiais da Arma de Cavalaria. Após rigorosa seleção, iniciou-se o curso que tinha duração prevista de 23 semanas. Para obter o diploma de Piloto Aviador-Militar, o aluno deveria satisfazer as condições preliminares e as provas. Nas condições preliminares, deveria ser julgado apto pelo seu Instrutor e pelo Diretor-Técnico da Escola, realizar 80 aterragens e voar 25 horas, as provas constavam de uma descida em espiral de 500 metros em voo planado; um voo, durante uma hora, acima de 2.000 metros; um voo em circuito fechado, de 60 quilômetros, devendo aterrar na metade do percurso e uma prova de altitude, com a obrigação de manter-se, durante 15 minutos, acima de 3.000 metros. Para a aquisição dessas habilidades, aviões de instrução utilizados pelos franceses na I Guerra Mundial foram adquiridos. Os franceses, ao terminar a guerra, dispunham de enormes estoques de aviões, motores e peças sobressalentes, ainda sem ser usados.

Os principais aviões de instrução eram o Nieuport e o Spad 84 Herbermont, ambos com motor Gnome Rhône de 80HP. O quarteto de Nieuport era conhecido pelos seus diferentes jogos de asas, que variavam de superfície: 28 m² (Grosse Julie ou Nieuport 82 E2), 23m² (Nieuport 80 e 81), 18m² (Nieuport 83 E2) e 15m² (Nieuport 21 E1, 24 Bis ou Bebê), quanto maior a superfície das asas, maior a sustentação e mais fácil de pilotar era o avião, os alunos travavam seu primeiro contato com a arte de voar no Nieuport 28, passando para os demais, cuja pilotagem era mais difícil e perigosa. Por melhor que fosse a qualidade dos aviões, a tecnologia aeronáutica ainda dava seus primeiros passos, o material era muito frágil, os motores radiais rotativos utilizados em nossas aeronaves não eram muito confiáveis, precisavam de uma revisão geral a cada 50 horas de voo, a canibalização de motores era uma solução constante para as dificuldades orçamentárias vividas naquela época, porém o Exército Brasileiro visualizando o imenso potencial dos aviões como arma de guerra e através da coragem, dedicação e pioneirismo da Primeira Turma de Pilotos Aviadores Militares, rompeu a barreira do entusiasmo com a Aviação Militar, buscando o domínio e autonomia do emprego da nova tecnologia de combate. Hoje, cem anos passados da formatura da primeira turma de Pilotos Aviadores Militares, a Aviação do Exército, altamente profissional, adestrada, e em condições de corresponder as necessidades do Exército Brasileiro, presta a sua homenagem a esses heróis, não deixando cair no esquecimento, seus pioneiros que ajudaram a construir nossa realidade.

Texto: Subtenente Fábio César Santos de Assunção, do Espaço Cultural da Aviação do Exército

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

RPA / Drone

Drone com asas dobráveis simula voo dos pássaros

Uma equipe de pesquisadores do Lentink Lab, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveu um robô voador com desenho de asa similar ao de um pombo. Batizado de PigeonBot, a Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) ou drone é capaz de estender suas asas, dobrá-las e se movimentar de maneira similar a dos pássaros.

Penas reais
O formato menos rígido e mais semelhante ao dos pássaros ajuda o drone a manobrar em espaços menores e lidar com condições meteorológicas mais severas. Os pesquisadores usaram penas de pombo reais para construir o drone, informa o site EngenhariaE. O PigeonBot tem 42 graus de liberdade que controlam a posição de 40 penas conectadas elasticamente através de um conjunto de quatro articulações. Em um estudo sobre o PigeonBot, o grupo da Universidade de Stanford explicou: “Nossos testes de voo demonstram que as asas de penas macias se transformam de maneira rápida e robusta sob carga aerodinâmica. Elas não apenas permitem a transformação da asa, mas também tornam as interações do robô mais seguras, a asa mais robusta ao impacto e a asa reparável por meio de ‘preening’.” E acrescentou: “Nos testes de voo, descobrimos que o movimento assimétrico pode iniciar manobras de curva – evidência de que os pássaros podem usar os dedos para dirigir em voo.”

Fonte: www.renovamidia.com.br em 20/01/2020

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Tecnologia

Airbus testa decolagem autônoma de avião
A Airbus divulgou vídeo da primeira decolagem totalmente autônoma de um avião comercial na história. O vídeo da empresa exibe como os sistemas trabalham em conjunto para que a aeronave possa decolar sem a interferência dos pilotos, os quais apenas monitoram os parâmetros da máquina. A fabricante europeia realizou, no último mês de dezembro, oito voos — cada um com 4 horas e 30 minutos de duração — para testar a nova tecnologia.

Desempenho
O comandante Yann Beaufils, piloto de testes da Airbus, declarou: “A aeronave teve o desempenho esperado durante esses testes. Enquanto completávamos o alinhamento na pista, esperando a liberação do controle de tráfego aéreo, acionamos o piloto automático.” Em um comunicado, a Airbus informou que a nova tecnologia aumentará a segurança das aeronaves comerciais: “A Airbus está aproveitando essas oportunidades para melhorar ainda mais a segurança das aeronaves, garantindo a manutenção dos níveis sem precedentes de hoje.”

Fonte: www.renovamidia.com.br em 20/01/2020

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Datas Especiais

20 de janeiro de 1941:
Criação do Ministério da Aeronáutica

A criação do Ministério da Aeronáutica (MAer) completa, em 20 de janeiro de 2020, 79 anos. O decreto de criação foi assinado em 1941, pelo então Presidente da República Getúlio Vargas, quando transferiu militares, servidores civis, aviões e instalações da Marinha, do Exército e do Ministério da Aviação e Obras Públicas para a Aeronáutica. A partir de então, recebeu, inicialmente, a denominação de Forças Aéreas Nacionais.

Diante da atuação do primeiro Ministro da Aeronáutica, Joaquim Salgado Filho, e sua equipe, com o desafio de desenvolver a aviação civil, a infraestrutura, a indústria nacional do setor, as escolas de formação e o braço armado da Força, tiveram início a edificação do poder aéreo brasileiro e todas as transformações que a aviação proporcionou à Nação. Com este ambiente de crescimento, foi decretada, em 22 de maio de 1941, a nova denominação: Força Aérea Brasileira, com a sigla FAB, dando individualidade à Força pela evidência da sua nacionalidade.

Espaço

SpaceX teve êxito ao simular saída de emergência de foguete por astronautas
A empresa SpaceX conseguiu simular com sucesso, ontem, 19 de janeiro de 2020, a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento. O teste foi o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da NASA à Estação Espacial Internacional (ISS). O lançamento aconteceu a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon. Com o tempo de 84 segundos após a decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Oceano Atlântico, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível. Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Especial de Domingo

Confira conteúdo sobre Objetos Voadores Não Identificados, assunto que sempre desperta curiosidade e dúvidas sobre outras formas de vida no universo.
Boa leitura.
Bom domingo!

EUA mantêm sigilo sobre avistamento de OVNI
A Marinha dos Estados Unidos não deseja a divulgação de documentos e mais imagens de um estranho avistamento de um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) por militares americanos. Em dezembro de 2017, o jornal The New York Times publicou uma reportagem detalhando um incidente acontecido no ano de 2004, quando pilotos da Marinha encontraram uma série de objetos misteriosos em forma de “Tic Tac” que pareciam desafiar as leis da Física. Em resposta a um pedido informações por parte do pesquisador Christian Lambright, um porta-voz do Pentágono disse que “a liberação desses materiais causaria danos excepcionalmente graves à segurança nacional dos Estados Unidos”, informa o site Vice. Já o porta-voz da Marinha se recusou a comentar o conteúdo em questão, que é classificado como “Secreto”. “Como a Marinha e meu escritório declararam anteriormente, enquanto a investigação de avistamentos [de fenômenos aéreos não identificados] estiver em andamento, não discutiremos publicamente relatórios / observações de avistamentos individuais”, disse o porta-voz, segundo o site Futurism.

Fonte: www.renovamidia.com.br em 13/01/2020


1957: Teria um OVNI se acidentado em Ubatuba?
O estranho caso do OVNI [ou meteorito?] que explodiu no céu de Ubatuba-SP, cidade sede do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação.

O dia 7 de setembro de 1957 era um dia como outro qualquer na Praia das Toninhas, em Ubatuba, cidade litorânea a 224 km de São Paulo. Turistas, pescadores e outros habitantes locais estavam na praia quando viram um objeto rasgar o céu em altíssima velocidade. Quando estava prestes a se chocar com a água ele fez uma manobra para cima. Mudou repentinamente de direção e explodiu em vários pedaços. A explosão, o barulho e o brilho, muito intenso e de tonalidade branca assustou aqueles que acompanhavam a cena. Alguns dos fragmentos do objeto foram lançados em terra, mas o objeto mesmo afundou no mar. Depois de refeitos do susto os moradores passaram a recolher os pedaços que caíram na praia. O material, de tão leve, lembrava papel e tinha de aparência metálica.

Objeto
Os pescadores, experientes em seu ofício, foram diversas vezes até o local onde o objeto afundou e passaram a tentar remover com o auxílio de redes. Porém, ao jogar as redes a impressão que se tinha é que esta transpassava o objeto. Ela simplesmente não se prendia no objeto para que fosse puxado. Mas é quando a maré baixava que o estranho objeto podia ser visto quase que totalmente. Os pescadores contam que tratava-se de um objeto comprido e bem grande. Dias depois, numa manhã bem cedo, os pescadores preparavam suas redes para irem ao mar pescar quando avistaram dois navios da Marinha brasileira e outro com uma bandeira desconhecida.

"Nave"
Os tripulantes desceram dos navios em embarcações pequenas, vieram até as casas e disseram que ninguém poderia ir à praia. Quando os agentes se foram, parte dos moradores se reuniu em um morro distante e viu o objeto ser içado das águas. A "nave" [ou um meteorito?] – que lembrava um charuto – era comprido e grande. A peça foi colocada no deck de um dos navios e levado embora. A imprensa de uma maneira geral chegou a noticiar o ocorrido. Em 1960 a "Revista Cruzeiro", uma das mais importantes da época, chegou a retratar com grande destaque a história. Alguns desses fragmentos que caíram na praia foram recolhidos por turistas e enviados ao então colunista do jornal O Globo, Ibrahim Sued.

Magnésio
Sued publicou a história em sua coluna no dia 14 de setembro de 1957 e encaminhou o material para o ufólogo Olavo Teixeira Fontes. Os resquícios do objeto foram analisados no Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura. No dia 24 de setembro de 1957, a responsável técnica Luíza Maria Barbosa apresentou um laudo dizendo que havia nos fragmentos uma alta concentração de magnésio.


Segundo o laudo, a concentração passava de 99%, além da ausência de outros elementos. Fontes enviou também parte do material para ser analisado na Universidade do Arizona, nos Estado Unidos e entrou em contato com a Organização de Pesquisa de Fenômeno Aéreo de Tucson, que fica no mesmo Estado. Ela imediatamente se interessou pelo caso.

Fonte: www.vigilia.com.br em 24/07/2019

sábado, 18 de janeiro de 2020

Espaço

Thales fabricará o satélite Amazonas Nexus para a Hispasat
A Hispasat, operadora espanhola de telecomunicações por satélite, selecionou Thales Alenia Space para a construção do satélite Amazonas Nexus, que substituirá e expandirá as capacidades do satélite Amazonas 2, na órbita a 61° Oeste. O novo Satélite de Alto Rendimento (HTS, por sua sigla em inglês) permitirá à Hispasat acessar novos clientes e mercados, oferecendo serviços de mobilidade de alta capacidade aos setores de transporte aéreo e marítimo, entre outros.

Inovação
O Amazonas Nexus apresenta como principal novidade o processador Digital Transparent Processor (DTP) de nova geração, uma inovação tecnológica essencial para aumentar a flexibilidade geográfica da missão. O novo satélite cobrirá todo o continente americano, o corredor do Atlântico Norte (área de tráfego aéreo e marítimo) e Groenlândia, e permitirá a prestação de serviços de telecomunicações de ponta na banda Ku.

2022
Baseado na plataforma Spacebus NEO da Thales Alenia Space, o satélite contará com propulsão elétrica total, tornando o satélite mais leve e contribuindo para reduzir o custo de lançamento. Com uma vida útil estimada de 15 anos, potência do satélite de 20 kW e uma massa de 4,5 toneladas no lançamento, o Amazonas Nexus será lançado em meados de 2022.

Fonte: Thales

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Aviação Naval

Aviões da Marinha e da FAB fazem abastecimento em voo na Operação Amazônia Azul 
Caças AF-1B/C Falcão, do 1° Esquadrão de Aviões de Intercepção e Ataque (VF-1), realizaram com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), o Reabastecimento em Voo (REVO) no translado entre a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) e a Base Aérea de Natal (BANT), como parte dos exercícios da 3ª Fase da Operação “Amazônia Azul – Mar limpo é vida” – Aspirantex 2020.

Operação Amazônia Azul
A Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida!” entrou na sua 3ª fase e prossegue até o dia 19 de fevereiro de 2020. Acontece na área marítima compreendida entre os estados do Rio de Janeiro e Pará. Durante esse período, a Esquadra Brasileira disponibiliza 9 navios e 11 aeronaves (aviões e helicópteros) para, juntamente com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação – GAA, formado pela Marinha do Brasil, Ibama e ANP, e os coordenadores operacionais regionais, reforçar o monitoramento das áreas afetadas pelo derramamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro, no segundo semestre de 2019.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Espaço

SpaceX fará lançamento de teste da cápsula Crew Dragon
A empresa americana SpaceX planeja executar o último grande teste de sua cápsula Crew Dragon no dia 18 de janeiro de 2020. A ação é parte do plano de levar humanos para o espaço ainda em 2020 e, em breve, para a Lua. O lançamento foi anunciado por meio de um tuíte publicado no perfil da empresa. O teste será uma demonstração com um voo no modo de sistema de fuga. O experimento gerará uma situação de emergência para testar a capacidade de a cápsula manter os astronautas em segurança em um cenário inesperado e perigoso.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Transporte Aéreo

Azul comprará a Two Flex
A Azul Linhas Aéreas anunciou ontem, dia 14 de janeiro de 2020, que adquirirá a regional TwoFlex, operadora de aviões Cessna Caravan. A oferta vinculante para a Azul adquirir a empresa aérea regional TwoFlex é de R$ 123 milhões. A TwoFlex oferece serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, dos quais apenas três cidades regionais são atendidas igualmente pela Azul. A companhia também conta com 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas, o principal terminal doméstico do país. Sua frota é composta por 17 aeronaves Cessna C208 Caravan próprias, turboélice monomotor com capacidade para nove passageiros.

Cidades menores
"Nos últimos dez anos, a Azul liderou o desenvolvimento da aviação regional no Brasil, atendendo a mais de 100 destinos domésticos e trazendo novos serviços para mais de 50. Nosso objetivo é continuar levando serviço aéreo para novas e diversas partes do Brasil. As aeronaves Cessna Caravan serão a maneira mais adequada para alcançar cidades e comunidades menores. A aquisição do TwoFlex ajudará a Azul a aumentar a demanda de clientes, pois poderá levar o serviço aéreo a lugares onde não são servidos hoje, além de conectar cada vez mais pessoas à sua malha de voos e destinos, que é a maior da América Latina. A operação de carga da TwoFlex também será uma adição estratégica à Azul Cargo Express, pois poderá levar carga para cidades hoje não atendidas”, diz John Rodgerson, Ececutivo Chefe da Azul. “Construímos um ótimo negócio na aviação regional nos últimos anos, conectando cidades menores a grandes capitais em todo o país. Estou ansioso para conectar nossa rede regional à rede doméstica e internacional da Azul”, disse Rui Aquino, CEO da TwoFlex. A oferta permanece sujeita a condições, como a conclusão da auditoria, negociação de um contrato de compra e venda, e aprovações regulatórias.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Concurso - FAB

Aeronáutica seleciona técnicos para serem sargentos
Inscrições até 12/2/2020

A Força Aérea Brasileira (FAB) publicou as Instruções Específicas para o Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento da Aeronáutica (EAGS), para ingresso em janeiro de 2021. As inscrições para o processo seletivo já estão abertas desde ontem, 13 de janeiro, indo até 12 de fevereiro de 2020 pela internet. No site também podem ser encontradas todas as informações relativas à seleção. O valor da taxa é R$ 60,00. As 156 vagas são destinadas a cidadãos brasileiros, de ambos os sexos, que atendam aos pré-requisitos, às condições e às normas estabelecidas nas Instruções Específicas, para serem habilitados à matrícula no EAGS /2021.

Especialidades
As vagas serão distribuídas as seguintes especialidades: Eletrônica (BET), Administração (SAD), Enfermagem (SEF), Eletricidade (SEL), Informática (SIN), Laboratório (SLB), Obras (SOB), Pavimentação (SPV), Radiologia (SRD) e Topografia (STP). Das vagas abertas, 20% ficam reservadas para os candidatos negros. Para serem habilitados à matrícula, os candidatos devem ter concluído o Ensino Médio (para todos os candidatos) e Curso Técnico de Nível Médio.

Provas
O processo seletivo é composto por provas escritas de Língua Portuguesa e Conhecimentos Especializados (relativos à especialidade a que concorre o candidato), além de inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, prova prática da especialidade, procedimento de heteroidentificação complementar e validação documental. As provas escritas estão previstas para ocorrer em 26 de abril de 2020. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), em 10 de janeiro de 2021, para habilitação à matrícula no curso. Após a formatura na instituição de ensino, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-Sargento e será classificado em uma das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.

Foto: NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação, 2019.

Instruções: Clique aqui 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Líder Aviação

Táxi-aéreo clandestino: o que é e por que ainda é contratado?
Eduardo Vaz, presidente da Líder Aviação
As notícias são constantes: artista tem avião interditado, pilotos têm carteira suspensa após serviço de táxi-aéreo pirata, acidente com aeronave que transportava passageiros de forma irregular resulta em mortes. Mas, mesmo assim, a incidência de operações dos chamados TACAs (táxi-aéreo clandestino) ainda é uma realidade. Para combater essa prática irregular, que é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica e pode configurar crime, conforme previsto no artigo nº 261 do Código Penal, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) vem realizando uma série de medidas de combate ao TACA. Essas ações, de fato, vêm gerando bons resultados, porém, a instituição precisa de aliados nesse combate e as empresas que atuam no segmento de fretamento de aeronaves são uma importante força, principalmente, quando o assunto é conscientização. Mesmo com tantas ferramentas e materiais sobre os perigos da contratação de um táxi-aéreo clandestino, as pessoas ainda procuram por empresas irregulares que oferecem um preço mais atrativo, chegando a 40% de diferença e, até mesmo, negociando um valor reduzido com um amigo, proprietário de uma aeronave, para realizar um voo. O perigo mora justamente aí. Pois, ao contratar esse tipo de serviço, a pessoa está colocando sua vida em risco. Afinal, não há como saber como está a manutenção da aeronave e se os documentos estão em dia; qual a experiência dos pilotos a bordo; quais certificações de segurança a empresa oferece, entre inúmeros outros detalhes que são obrigatórios para uma empresa de táxi-aéreo, regidos pela regulamentação RBAC 135. Diante disso, reforço a importância de que, ao buscar um serviço de aviação executiva, os usuários tomem conhecimento das informações necessárias para uma contratação segura. No Brasil, para que um avião ou helicóptero opere como táxi-aéreo, é necessário passar por um processo de certificação pela ANAC, que envolve certificações constantes, investimentos altos e várias outras obrigações relevantes. Isso faz com que a operação seja segura e garanta aos usuários todo cuidado e zelo, desde antes do voo até muito depois. E é possível ir além. Na Líder possuímos certificações de qualidade internacional de fretamento executivo, como a IS-BAO Nível 3, sendo a única empresa de aviação executiva no Brasil nesse nível. Essas homologações e certificações não existem por acaso, elas certificam que a empresa está em dia com a manutenção das aeronaves, com os padrões de segurança e se preocupa com o bem-estar do cliente. Garantem maior tranquilidade na contratação do serviço por assegurarem a legitimidade da empresa. Entre as exigências para obter esses selos estão: corpo técnico capacitado e periodicamente treinado, tripulação composta por dois pilotos, ferramentas e equipamentos apropriados, biblioteca técnica, estrutura para prestação das inspeções e manutenções corretivas e preventivas, bem como aeronaves seguradas, além de controle operacional e infraestrutura adequada. Assim sendo, quando falamos de aviação executiva, é de privacidade, praticidade, agilidade e conforto que queremos lembrar! Para tanto, é preciso contar com empresas que se preocupem, antes de tudo, com a segurança de seus passageiros, e não com a economia que um serviço irregular possa trazer.

Crédito foto: Isamu Matsueda

Fonte: Hipertexto

domingo, 12 de janeiro de 2020

Especial de Domingo

No mês de aniversário de Augusto Severo voltamos a publicar conteúdo sobre os seus dirigíveis.
Boa leitura.
Bom domingo!

Os Dirigíveis de Augusto Severo


Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, ou simplesmente Augusto Severo, como ficou conhecido, nasceu a 11 de janeiro de 1864, em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, filho de uma conhecida família potiguar. De seus 12 irmãos, dois chegaram à chefia do governo estadual em 1892. Em 1893, ocupou a vaga deixada no Congresso Nacional por um de seus irmãos que assumia o Governo do Rio Grande do Norte. A partir daí, foi reeleito por sucessivas legislaturas, até sua morte precoce, em 1902, aos 38 anos.

Severo foi durante três anos aluno da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deixando de completar o curso em função de problemas familiares que o levaram de volta ao seu estado natal. Seu interesse pela aeronáutica e pela mecânica era antigo. Realizou experiências com um balão cativo em Recife e, durante o movimento republicano, projetou seu primeiro dirigível, denominado Potiguarania, que nunca chegou a ser construído.

Em fins do século XIX, diversos inventores procuravam aumentar a estabilidade e dirigibilidade dos balões. O desenvolvimento das aeronaves mais leves do que o ar estava limitado pelo problema fundamental dos propulsores. Giffard havia realizado, em 1852, um voo bem sucedido com um dirigível impulsionado por um motor a vapor. A experiência, no entanto, não teve continuidade, pois era evidente que o motor a vapor apresentava um peso excessivo para aplicação aeronáutica. Além disso, o hidrogênio, um gás inflamável, era então empregado como elemento ascensional, o que tornava impraticável a aplicação do motor a vapor em dirigíveis.

Em 1886, dois militares franceses, os capitães Charles Renard e Arthur Krebs, construíram e voaram em um dirigível movido por um motor elétrico. A aeronave denominada La France, fora inteiramente financiada pelo Ministério da Guerra francês. O motor elétrico, no entanto, apresentava o mesmo problema verificado com o motor a vapor para aplicação aeronáutica: peso excessivo em relação ao empuxo possível com a tecnologia disponível na época.

Santos-Dumont retomou as experiências com dirigíveis valendo-se de motores a explosão e, a partir daí, diversos outros inventores seguiram sua trilha, estudando os problemas da dirigibilidade e estabilidade das aeronaves, ainda por resolver nos primeiros anos do século XX. Augusto Severo partilhou desse esforço, oferecendo uma contribuição à resolução do problema da estabilidade dos dirigíveis.

No ano seguinte, a jovem República brasileira irá enfrentar seu primeiro teste de força. À sangrenta Revolução Federalista do Rio Grande do Sul segue-se a Revolta da Armada que teve início em setembro de 1893, liderada por altos oficiais da Marinha de Guerra. Os revoltosos dominaram a maior parte da esquadra e conquistaram o controle da Baía da Guanabara, totalizando 16 navios de guerra e 18 embarcações mercantes. Com essas forças, bombardearam a Capital, exigindo a renúncia de Floriano Peixoto. O momento era de extrema tensão. A República estava ameaçada por um movimento de fundo monárquico. Sob o pretexto de garantir as vidas e o patrimônio das empresas estrangeiras que operavam no Brasil, alguns embaixadores ameaçavam com a invasão do território nacional por tropas de seus países.Momentaneamente sem esquadra para atacar os navios sublevados, Floriano Peixoto acolheu com simpatia a proposta do deputado Augusto Severo, de construir um dirigível "prevendo a possibilidade do emprego do balão na luta contra os revoltosos". Empregar balões em operações militares não era uma ideia estranha às Forças Armadas do Brasil. Durante a Guerra do Paraguai, balões cativos haviam sido utilizados para observação de posições inimigas, e, além disso, era conhecido o interesse das forças armadas de outros países pela aplicação de balões como arma de guerra.

Até 1893, no entanto, apenas balões cativos e balões livres haviam sido usados, os primeiros para observação de movimento de cercos por mensageiros. O dirigível, com suas possibilidades ofensivas, ainda não começara a ser empregado. Dessa forma, Augusto Severo viajou a Paris em 1893 para mandar construir e acompanhar a fabricação do dirigível Bartholomeu de Gusmão, pela conhecida casa Lachambre & Machuron, responsável pela construção de vários dos balões de Santos Dumont

O Bartholomeu de Gusmão tinha 60 metros de comprimento e a barca media 52 metros, o que pressupunha uma carga útil significativa.


A estrutura era de bambu. Severo teria pretendido fazê-la de alumínio, mas o material não era disponível no Ministério da Guerra e Severo não dispunha de recursos para adquiri-lo.

O conde Zepelin concebeu seus aparelhos como um todo rígido, anulando a separação entre a barca e o envelope contendo o gás, e construindo o invólucro de uma malha de liga de metal leve, que também apresentava rigidez. Até Zepelin, todos os projetos de dirigíveis, inclusive os de Severo, haviam usado tecido para cobrir o invólucro com o gás. A concepção da estrutura rígida, devida a Severo, antecedeu em 14 anos ao primeiro voo de Zepelin sobre o Lago Constança.

No dia 14 de fevereiro de 1894, o dirigível realizava sua primeira ascensão. Contudo, durante os testes de estabilidade, partiu-se a barca, danificando a estrutura do aparelho.  (Nota do Editor: saiba mais sobre divergência desta data clicando aqui). Ao mesmo tempo, a guerra civil seguia seu curso. Floriano Peixoto comprava, na Europa, uma nova esquadra, composta de belonaves usadas, de maneira a poder travar combate o mais rapidamente possível. Em março de 1894, a esquadra estava pronta para o confronto e prestes a irromper na Baía de Guanabara. Os revoltosos resolveram, então, evitar travar uma batalha decisiva e tomaram o rumo do alto mar. O perigo iminente estava afastado e tinha início o declínio da revolta. Findo o movimento, o governo se desinteressou pelas experiências de Severo. A aeronave não recebeu os reparos necessários, sendo abandonada.


Este relativo insucesso, não afastou Severo das experiências aeronáuticas. Mas, a partir de então, contou apenas com seus recursos particulares para dar sequência a seus trabalhos. Em 1902, oito anos depois da ascensão do Bartholomeu de Gusmão, Severo estava novamente em Paris para acompanhar a construção e realizar um voo com seu novo dirigível, denominado Pax.

O aparelho tinha 30 metros de comprimento, valia-se de 2.000 metros cúbicos de hidrogênio para elevar-se, além de dois motores de 16 e 24 cavalos para propulsão horizontal. Realizados os ensaios com o aparelho preso ao solo, no parque aerostático de Vauginard, em Paris, Severo, acompanhado de um mecânico, elevou-se aos ares na aurora de 12 de maio. Muitas pessoas acompanhavam a experiência. A imprensa européia noticiara o evento.


O segundo e derradeiro projeto de Severo, o balão Pax, voou em Paris em 1902, quatro anos antes do histórico voo do inventor alemão. Para alguns, Severo apresentara uma ideia nova, e seu aparelho seria o “primeiro sistema aeronáutico rígido que se mostrava”. O fato é que o inventor brasileiro concebeu um aparelho que oferecia respostas tecnicamente consistentes para a questão da estabilidade e dirigibilidade dos balões.

Segundo Domingos de Barros, Severo teria se inspirado nos peixes para imaginar sua aeronave. "Guiando-se, inteligentemente pelo exemplo da Natureza, considerou o aerostato como o equivalente do habitante imerso e livre no seio das águas, isto é, como desempenhando o papel, a função de uma espécie de peixe do ar. E guardadas as proporções, projetou e construiu o seu enorme habitante do ar, tomando por modelo o habitante do mar - o peixe. Assim como as partes sólidas do peixes estão apoiadas e presas a uma espinha central, rígida, servindo de centro firme de resistência, o arquiteto brasileiro de aeronave resolveu consolidar o conjunto aerostático por uma só viga sólida central, para que ela pudesse prender-se, firmemente, em um conjunto robusto e unificado todas as partes diversas do enorme navio do ar".

O PAX

O aparelho representava uma nova concepção de dirigível. Até então, os aparelhos eram compostos de duas partes distintas, unidas por cordas ou fios de arame: o invólucro contendo o gás e a barca contendo o motor, local em que viajava o aeronauta. A separação entre os dois corpos causava um movimento oscilatório durante o voo e provocava considerável perda de velocidade, energia e capacidade de manobra, além de representar um fator permanente de acidentes. Santos-Dumont, por mais de uma vez, sofreu a perda de controle de seu aparelho em função da flacidez do envelope contendo o gás.

Severo concebeu seu aparelho como um todo rígido, fazendo coincidir o eixo de resistência ao avanço com o eixo de propulsão, instalando a hélice propulsora na extremidade posterior do eixo longitudinal que atravessava o envelope contendo o gás, fazendo com que a barca e o invólucro constituíssem um mesmo corpo. A barca e o eixo longitudinal do envelope contendo o gás formavam um trapézio, cuja base inferior era constituída pela primeira e a base superior pelo segundo. Dessa maneira, a oscilação era reduzida, diminuindo as perdas de velocidade, capacidade de manobra e superando uma das causas de frequentes acidentes.


O Pax aprofundava a concepção da aeronave semi-rígida já presente no Bartholomeu de Gusmão. Era uma aeronave menor, melhor concebida e realizava manobras a 400 metros de altura com perfeição. Durante cerca de 10 minutos, o Pax realizou evoluções em todas as direções, suave e silenciosamente.


Mas, subitamente, uma explosão rompeu a placidez da manhã, e o dirigível foi consumido rapidamente por chamas, precipitando-se sobre uma avenida em Paris e causando a morte imediata de Severo e do mecânico Sachê, que o acompanhava.



As razões do acidente provocaram controvérsia. É certo que a barca projetada originalmente de alumínio fora construída de bambu, material menos resistente e mais pesado do que o metal. Em função desse fato, Severo teve necessidade de aumentar a quantidade de hidrogênio, inicialmente prevista para 1900 metros cúbicos, elevando esse número para 2500 metros cúbicos. Para tanto suprimiu os balonetes previstos no projeto e cuja função era exatamente a de evitar contrações e expansões repentinas do hidrogênio que poderiam causar a perda de controle ou explosão da aeronave. Severo largara às cinco horas e 15 minutos da manhã de 12 de maio. O balão havia recebido o hidrogênio no hangar. Durante o voo, o sol nascera, aquecendo o ar e causando expansão do hidrogênio contido no envelope. Uma das válvulas de segurança estava situada próxima ao motor. O hidrogênio comprimido teria se projetado sobre o motor aquecido e causado a explosão.

Segundo o jornalista Georges Caye, testemunha do acidente, Severo havia imaginado utilizar motores elétricos e pilhas muito potentes, mas não podendo demorar-se em Paris (seu mandato de Deputado chamava-o de volta ao país), aconselharam-no a substituir os motores elétricos, cuja construção seria lenta e onerosa, por motores a explosão Buchet. O inventor tinha receio de empregar o motor a petróleo: "Se eu dispusesse ainda de dinheiro e de tempo não hesitaria um só instante em mandar construir meus motores elétricos (...) considero com pavor esse foco de calor em baixo de meu balão".

O acidente com Severo talvez pudesse ter sido evitado mediante a fabricação da barca de alumínio e a manutenção dos balonetes, ou, ainda, através do emprego do motor elétrico no lugar do motor a explosão. Na verdade, a escassez de recursos disponíveis pelo inventor contribuiu significativamente para o acidente. Em carta enviada de Paris a seu cunhado, Pedro Velho, ele afirma que os arranjos finais para o voo do Pax demandavam cinco mil francos e que não sabia como obtê-los, lamentando que até pequenas jóias de família tivessem sido consumidas por seu projeto.

Desde fins do século XIX, toda trajetória dos dirigíveis está marcada por inúmeros acidentes relacionados ao emprego do hidrogênio, um gás inflamável. Depois do conhecido acidente com o dirigível Hindenburgo, esses aparelhos foram abandonados. Apenas a partir da produção econômica de hélio, um gás incombustível, é que os dirigíveis voltaram a ser utilizados.

Em 4 de agosto de 1908, o Zepelin IV, um imenso dirigível de 140 metros de comprimento e 12000 metros cúbicos de hidrogênio, deixou o Lago Constança para uma viagem de onze horas sobre o rio Reno. Sofreu uma primeira avaria e foi reparado. Sofreu uma segunda e incendiou-se consumindo 650 mil francos empregados em sua construção. Uma subscrição popular levantou cerca de seis milhões de marcos na Alemanha para que o inventor pudesse dar sequência a suas experiências aerostáticas, o que aconteceu.

Além de sua concepção de aeronaves semi-rígidas, Severo acreditava que os dirigíveis deveriam voar em grandes altitudes, valendo-se da menor resistência ao avanço e da ausência de turbulência. Severo qualificava os dirigíveis como "navios de alto ar", vislumbrando com clareza uma tendência do desenvolvimento ulterior da aviação. Para Severo, nas baixas camadas do "oceano aéreo", os aparelhos encontrariam um ambiente hostil, maior resistência ao avanço e riscos constantes à navegação, ao passo que, nas altas camadas atmosféricas, as aeronaves fluiriam calma e suavemente para seus destinos.

Outra ideia do inventor era de que as aeronaves constituir-se-iam em terríveis armas de guerra, a tal ponto que inibiriam as conflagrações entre as nações. O dirigível poderia chegar sobre o inimigo "guardado por uma nuvem que lhe serviria de manto, sem ser pressentido, e derramar, com o incêndio, a miséria sobre um país inteiro, e diante de tal expectativa, a sabedoria humana, a garantia de vida, o instinto de conservação do indivíduo e das nações só têm um remédio, uma saída: o acordo fraternal".

Para o inventor brasileiro, o estado poderia financiar pesquisas. Debatendo no Congresso Nacional uma moção de congratulações a Santos Dumont, que havia ganho o prêmio Deutsch em Paris, Severo afirma que o êxito de Dumont "anima e justifica a intervenção do Estado, auxiliando-o. Que construa um balão maior e que o experimente". Nesse sentido, propôs, e obteve do Congresso uma verba de cem contos de réis para fomentar os trabalhos de Dumont.

Fonte: Vencendo o Azul: A história da indústria e tecnologia aeronáuticas

Autor: João Alexandre Viégas