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domingo, 31 de janeiro de 2021

Especial de Domingo

Hoje, com o apoio de imagens especiais, vamos relembrar fatos da história da atividade aérea regular em Ubatuba,  município do litoral norte paulista onde funciona a sede do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, nas instalações do Colégio Dominique.
Boa leitura.
Bom domingo!

Imagens semelhantes mostram dois momentos da aviação comercial em Ubatuba (SP)
A volta das operações de aviação comercial no aeroporto de Ubatuba (SP), realizadas pela Azul Conecta, na temporada de verão entre 18 de dezembro de 2020 e 31 de janeiro de 2021, possibilitou relembrar fatos da história da atividade aérea regular na cidade. Assim, foi possível cotejar, por meio de imagens, dois momentos semelhantes, em épocas distintas. Essa possibilidade partiu do Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA) ao sugerir um desafio, para a voluntária Beatriz Rocha, a fim de obter tomada de imagens no avião Cessna Caravan C-208 da Azul, de tal forma que o enquadramento fosse parecido com o que fora executado em Ubatuba, entre 1967 e 1970, numa aeronave Douglas DC-3 da Vasp, empresa aérea existente no período de 1933 a 2005. Desta forma, no dia 28 de janeiro de 2021, fez-se, com a direção de Beatriz e execução de Hugo Goulart, a fotografia do Caravan da Azul Conecta (ainda com as cores da antiga operadora da aeronave, a Two Flex), com a mesma visada obtida com o DC-3 da Vasp. Para tanto, com a mostra da antiga imagem e mobilização de funcionários do aeroporto e tripulantes foram obtidas as imagens que remetem à história da aviação em Ubatuba (SP), cujo aeroporto administrado pelo consórcio Voa-SP homenageia Gastão Madeira, ubatubense e pioneiro da aviação brasileira.

Imagens confrontadas

A imagem de 1970 com o avião da VASP  (Viação Aérea São Paulo) mostra tripulantes e funcionários do aeroporto Gastão Madeira, animados por Lia de Barros (na foto, de branco) que comandou a área de turismo na cidade, a partir de 1965, a convite de Ciccillo Matarazzo Sobrinho, respeitável industrial, mecenas e político ítalo-brasileiro que foi prefeito de Ubatuba. Lia permaneceu por mais dois mandatos de prefeitos, com presença marcante e saldo expressivo. Ela foi a destacada batalhadora pela viabilização da linha área da VASP entre São Paulo e Ubatuba. A principal imagem de 2021 com a aeronave da Azul Conecta apresenta (da esquerda para a direita) o comandante Tiago Baldasso; a senhora Neusa Sabino, prestadora de serviços no aeroporto; Daiana da Silva, auxiliar de operações aeroportuárias; o comandante Carlos Guedes; Beatriz Rocha, agente de solo da Azul Conecta; e, João Paulo Mendroni, gerente do aeroporto.

Com outras duas fotografias atuais do avião da Azul Conecta, embora em ângulos diferentes, é possível também marcar dois tempos históricos, comparando-as com imagens da época da Vasp operando em Ubatuba.

As operações da Azul Conecta
Como noticiado pelo Blog do NINJA, um grupo de cidades turísticas, incluindo Ubatuba, no litoral de São Paulo, teve - até este domingo, 31 de janeiro de 2021 - voos regulares na temporada de verão 2020-2021. As operações foram realizadas com os aviões Cessna Caravan - de nove assentos - da companhia Azul Conecta, desde 14 de dezembro de 2020. Além de Ubatuba e Itanhaém, no estado de São Paulo, a malha especial abrangeu as cidades de Paraty, Angra dos Reis e Búzios, no estado do Rio; Guarapari, no Espírito Santo; Canela e Torres, no Rio Grande do Sul; e, Jericoacora, no Ceará. Os 38 voos diários da temporada ligaram as cidades turísticas às capitais São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza. Os trechos foram: Congonhas-Ubatuba; Congonhas-Itanhaém; Congonhas-Angra dos Reis; Santos Dumont-Paraty; Santos Dumont-Angra dos Reis; Santos Dumont-Búzios; Belo Horizonte-Guarapari; Belo Horizonte-Búzios; Fortaleza-Jericoacoara; Porto Alegre-Canela; e, Porto Alegre-Torres.

Verão Azul Conecta
Chamado de “Verão Azul Conecta”, o projeto da Azul teve por objetivo incentivar os turistas a utilizarem a via aérea. Conforme declarou o diretor de marketing da Azul, Daniel Bicudo, a iniciativa pioneira e inovadora na aviação brasileira permitiu que muitas pessoas repensassem como otimizar ainda mais suas viagens a lazer para um fim de semana, feriado, férias e também para o travel office, aproveitando o home office em qualquer lugar. O "Verão Azul Conecta" ofereceu voos de curta duração, a partir de aeroportos de grande movimento, abreviando o tempo de viagem, em relação ao período, caso fosse de automóvel. Os voos da Azul Conecta ligando a capital São Paulo (aeroporto de Congonhas) a Ubatuba (aeroporto Gastão Madeira), entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, foram programados para serem diários e duração de aproximadamente 55 minutos. O Caravan partia de São Paulo às 08 horas e decolava do litoral às 09h20.

Momentos da aviação comercial em Ubatuba
Foi a quarta vez que a cidade de Ubatuba (SP) passou a contar com voos regulares. Conforme o livro "Sobre o Mar de Iperoig: a Aviação em Ubatuba", a primeira experiência de voos comerciais entre a cidade e a capital ocorreu com pequenos aviões Stinson 108, para três passageiros, da empresa Valpar, nos anos 1950. Depois, Ubatuba foi servida pelos voos dos DC-3 da Vasp, entre 1967 e 1970. A localidade voltaria a ter voos comerciais com os aviões Bandeirante da Rio-Sul, entre outubro de 1980 e dezembro de 1982.

Fotos: Beatriz Rocha (direção), Hugo Goulart e acervo do NINJA.

Saiba mais: Blog do NINJA de 18/11/2020 (Clique aqui),  de 19/12/2020 (Clique aqui)  e de 20/12/2020 (Clique aqui).

sábado, 30 de janeiro de 2021

Indústria Aeronáutica

Primeiro Embraer E195-E2 a operar na África tem assentos escalonados
A Air Peace, a maior companhia aérea da Nigéria e do Oeste da África, recebeu, dia 27 de janeiro de 2021, a sua primeira aeronave Embraer E195-E2. A Air Peace se torna a primeira cliente na África a iniciar operações com o E2, a mais nova, eficiente e confortável aeronave do segmento, segundo a Embraer. A companhia aérea também é a cliente global lançadora do design inovador premium de assentos escalonados da Embraer. O jato da Air Peace é o primeiro de 13 pedidos firmes do E195-E2, com direito de compra adicional para 17 outras aeronaves. As encomendas foram anunciadas em março de 2019 e atualizadas com a conversão de mais três pedidos firmes, durante o Dubai Air Show, em novembro de 2019.

Classe dupla
As aeronaves estão configuradas em confortável disposição de classe dupla com 124 assentos. “O E195-E2 é perfeito para expandir nossas operações domésticas e regionais. Estamos conscientes do impressionante desempenho econômico da aeronave, assim como da sua configuração única, principais motivos que nos levaram a fazer um pedido desta aeronave. É também um feito histórico, já que a Air Peace será a primeira a operar esse modelo em toda a África”, disse o Presidente e CEO da Air Peace, Allen Onyema. A companhia já opera oito aeronaves ERJ-145 e usará o E195-E2 para aumentar sua conectividade doméstica e regional. Esta rede também ajudará a alimentar e sustentar as operações de longo alcance no centro de Lagos, bem como a rota para os Emirados Árabes Unidos, lançada em 2019, e para a África do Sul, lançada em dezembro de 2020. Atualmente, há 206 aeronaves da Embraer operando na África, em 56 companhias aéreas e 29 países.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Aviação Naval

Helicópteros do Esquadrão HA-1 da Marinha participam da Aspirantex 2021
No período de 14 a 25 de janeiro, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque participou da comissão ASPIRANTEX 2021, realizada na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro-RJ e Itajaí-SC. A aeronave AH-11B WildLynx N-4004, embarcou na Fragata União (F 45) com um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) de 14 militares. Durante a comissão foram realizadas Limpezas de Área diurna e noturna, Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB) e Evacuações Aeromédicas para a Base Naval do Rio de Janeiro e para cidade de Navegantes-SC com militares suspeitos de COVID-19. Ademais, foram realizados voos de familiarização com Aspirantes da Escola Naval, aumentando seus conhecimentos a respeito das capacidades da aeronave e motivando-os quanto às possibilidades da carreira do Oficial Aviador Naval.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Pioneiros

ADA ROGATO
Ada Rogato, Thereza de Marzo e Anésia Pinheiro Machado foram grandes mulheres pioneiras da aviação no Brasil. Personalidade de vulto na aviação brasileira, Ada Rogato nasceu em São Paulo em 22 de dezembro de 1910. O legado que Ada Rogato deixou é de grande relevância no cenário da aviação brasileira diante de seus feitos. Deve ser lembrada e reverenciada pelos adeptos de aviação. Viveu na época de ouro da aviação desportiva. Ada destacou-se como a primeira piloto de planador, primeira dobradora de paraquedas, primeira paraquedista a saltar em São Paulo e na América do Sul. Recebeu o terceiro brevê de piloto civil internacional da FAI, de nº 248, em 1940, e de nº1314, para avião categorias "A" e "B". Seus voos eram sempre realizados em aviões monomotores. Como paraquedista, sagrou-se campeã e executou 105 saltos.
Ada ousava sempre. Sua principal característica era voar sozinha, ainda que a aeronave possuísse recursos limitados. Àquela época, a infraestrutura da aviação era modesta, o que não impediu a arrojada piloto de realizar inúmeros reides. Em 1950, pilotando um Paulistinha CAP-4, o PP-DBL, chamado de “Brasileirinho”, cobriu 11.691 quilômetros, em 116 horas de voo, ocasião em que transpôs, pela primeira vez, a Cordilheira dos Andes. Foi, então, a brasileira que teve a primazia de efetuar essa proeza. Nessa viagem visitou o Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai, numa viagem de 11.200km, em 116 horas. Ada Rogato, em abril de 1951, sozinha, em sua epopEia aérea, no PT-ADV - avião de 90 HP batizado de “Brasil” - percorreu 51.064 quilômetros em 326 horas de voo,visitando 28 países. Decolou da Terra do Fogo, rumo ao Alasca, no mais longo reide efetuado por um aviador solitário, realizando o Circuito das Três Américas. Em 1952, em seu pequeno Cessna 140, partiu do Campo de Marte (SP) para a Bolívia, pousando no mais alto aeroporto do mundo, El Salto, situado a 4.071 metros de altitude. Superou no voo, com sua habilidade, a rarefação do ar, a qual provocava queda na potência do motor.
No ano de 1956, Ada Rogato novamente ousou ao percorrer 25.057 quilômetros, em 163 horas de voo, visitando inúmeras capitais e sobrevoando parte da selva amazônica. Em março de 1960, decolou de Piracicaba (SP) rumo à Ushuaia, o povoado ao extremo sul da Patagônia, nos confins da Terra do Fogo. Foi a primeira mulher aviadora a fazê-lo. Teve que enfrentar, durante várias horas, ventos de través de até 80 Km/h, fazendo correções de 45 graus, para manter a rota. Teve que suportar, inclusive, temperaturas em torno de 3 graus abaixo de zero. Antes de falecer, em 15 de novembro de 1986, foi presidente da Fundação Santos Dumont e diretora do Museu de Aeronáutica e do Espaço.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do original de Lucy Lúpia em www.captain.lucyl.nom.br/adarogato/index.htm 


BIBLIOTECA NINJA
Ada - Mulher, Pioneira, Aviadora
A mulher é a rainha, mas o homem, profissionalmente, é mais capaz. Era o que Lucita Briza ouvia seu pai dizer em jantares em casa, quando se discutia o papel da mulher na sociedade. "E minha mãe respondia: mas a Ada é melhor que a maioria dos pilotos." Lucita se fez jornalista, construindo sua carreira em suplementos femininos e em política internacional, em veículos como Jornal da Tarde, O Estado de S.Paulo, Agência Estado e em produtos da Editora Abril. Mas não poderia imaginar que, tantos anos após ouvir a defesa de sua mãe - que também se chamava Ada - às mulheres, investigaria a fundo a vida da aviadora Ada Rogato, que morreu em 1986, aos 76 anos. "Ada - Mulher, Pioneira, Aviadora" foi lançado em 30 de abril de 2011, na Livraria Cultura, em São Paulo. Ada não foi a primeira a obter um brevê, que conquistou em 1936, mas foi a primeira a pilotar um planador na América Latina. Na década de 50, foi o primeiro piloto (homem ou mulher) brasileiro a sobrevoar os Andes com um avião de baixa potência (65 cavalos), fez a primeira experiência de pulverização de lavoura de café usando um avião, foi a primeira paraquedista mulher e a pioneira ao voar, sozinha, mais de 51 mil km pelas três Américas, até o Alasca. Detalhe: sem rádio, com um avião de 90 cavalos, seu segundo aparelho, hoje doado à Aeronáutica. Em abril, a viagem pelas três Américas comemorou seu cinquentenário. Quando Lucita fortaleceu a ideia de escrever um livro, começou a pensar num tema e se lembrou de ambas as Adas, a mãe e a aviadora. Começou a pesquisar na web e se assustou ao perceber que as informações sobre essa extraordinária figura eram desencontradas. "Como que uma mulher, que morre assim, na ativa - na época ela era presidente da Fundação Santos Dumont, responsável por orientar e encaminhar aviação civil, não administrativamente, mas como entidade - e ninguém mais fala nada? Não havia informações consistentes sobre essa história." O trabalho de reportagem começou em 2005, com grande esforço para encontrar pessoas ligadas à aviadora, que nunca se casou, não teve filhos e rompera os laços familiares quando jovem. Seu pai, Guglielmo Rogato, imigrante italiano que se fez homem importante em Alagoas e tem até duas ruas com seu nome, quis impedir a carreira da moça. Fora as fontes oficiais de informação, a jornalista só conseguiu se aproximar mais da vida da aviadora ao encontrar Neide Bibiano, em São Paulo. Amiga de Ada, amparando-a até a morte, foi ela que saiu em busca dos parentes da aviadora antes que ela morresse, de câncer no útero. "O contato com a Neide fez com que as coisas começassem a tomar vulto na minha cabeça. Essa mulher foi meu guia para conseguir mais informações." Lucita também viajou para o Uruguai, Argentina e Chile para entrevistar pessoas que tiveram contato com a aviadora em suas viagens. "Depois da morte dela, esse esquecimento brutal. E eu não me conformava. Ela tinha muitas boas relações, com homens e mulheres, menos com a Anésia", lembra, citando Anésia Pinheiro Machado, a segunda mulher que conseguira um brevê. A primeira foi Thereza de Marzo, em 1922. "Eu sempre quis escrever um livro sobre uma mulher a frente do seu tempo." Lucita corrigiu essa lacuna, num livro de 300 páginas, publicado pela C&R Editorial.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Operação Covid-19

FAB voa mais de 600 horas em apoio ao Amazonas na Operação Covid-19
As missões nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para salvar vidas no estado do Amazonas alcançaram 633 horas de voo. Desde o início da operação até domingo, 24 de janeiro de 2021, a FAB transportou tanques de oxigênio líquido, cilindros de oxigênio e equipamentos, totalizando 760 toneladas. Na noite de domingo, 24, um KC-390 Millennium da FAB decolou às 20h02 de Brasília (DF) transportando nove tanques de oxigênio líquido para Manaus (AM). Um C-130 Hércules saiu às 18h15 do mesmo dia, da capital federal, transportando mais oito tanques de oxigênio líquido. Ainda no domingo, outro C-130 Hércules decolou às 1h40 de Brasília transportando oito tanques de oxigênio líquido para a capital amazonense, onde pousou às 04h50.

Diuturnamente
Esta tem sido a rotina de militares da Força Aérea Brasileira que estão atuando, diuturnamente, no transporte de pacientes, tanques de oxigênio líquido, respiradores, medicamentos, cilindros e usinas de oxigênio para o combate ao novo Coronavírus. O Sargento Keizzi de Castro de Lucena Fernandes, mecânico de voo do C-105 do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15°GAV) – Esquadrão Onça, participa da Operação COVID-19 transportando oxigênio para Manaus e cidades da região, removendo enfermos e dando esperança aos cidadãos brasileiros. “Todos os dias nós decolamos independente da hora ou do destino. Aqui o nosso objetivo principal é salvar vidas”, contou. No sábado (23), entre outras missões, o Esquadrão Onça transportou 54 cilindros de oxigênio.

Ações
Durante dez dias de ações realizadas pelas aeronaves da FAB com o objetivo de minimizar os impactos no sistema de saúde no estado do Amazonas, foram realizados 17 voos de transporte de pacientes. Essa ação, que iniciou no dia 15 de janeiro, já removeu 248 pacientes para as cidades de Teresina (PI), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Natal (RN), Goiânia (GO), Brasília (DF), Belém (PA), Vitória (ES), Maceió (AL), Recife (PE) e Uberaba (MG). Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense. O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde.

Operação COVID-19
O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

Fonte: FAB

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Gripen F-39

Pilotos brasileiros iniciam curso do caça supersônico Gripen
Quatro pilotos do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) - Esquadrão Jaguar iniciaram, no dia 18 de janeiro de 2021, a formação operacional da aeronave Gripen, em Såtenäs, na Suécia, onde está situada a F7 Wing, base da Força Aérea Sueca. No local, ocorre a formação de pilotos na aeronave JAS-39 Gripen C/D. Ao todo, dez pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) realizarão a formação operacional ao longo de 2021. Os futuros pilotos do F-39E Gripen realizarão o Convertion Training (Treinamento de Conversão) e o Combat Readiness Training (Treinamento de Prontidão para Combate) nas aeronaves JAS-39 C/D da Força Aérea Sueca. Após a capacitação, retornarão para o 1° GDA, situado na Ala 2, em Anápolis (GO), para dar continuidade à implantação operacional do F-39 Gripen, que tem data de recebimento prevista para outubro de 2021.

Formação operacional
O Comandante do 1° GDA, Tenente-Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, destaca que o início da formação operacional de pilotos de F-39 Gripen é um marco importante e decisivo no processo de implantação dessa aeronave na FAB. "Esses pilotos de caça foram previamente selecionados e preparados para este momento. Estão prontos para iniciarem o curso e, certamente, irão representar bem o nosso País e a Força Aérea Brasileira nesta nobre missão", disse. Futuro piloto do F-39E Gripen e integrante da primeira turma da capacitação, o Major Aviador Vítor Cabral Bombonato, sintetizou o momento. “O início do curso significa mais um passo importante no processo de implantação. A aeronave está cada vez mais próxima da atividade-fim da Força: o emprego operacional. Para nós, esse momento é motivo de muito orgulho”, afirmou. O Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, complementou. “Esse momento é de suma importância não apenas para nossos quatro Oficiais Aviadores, mas para toda uma equipe que trabalhou e ainda trabalha na capacitação de nossos profissionais e na implementação da infraestrutura necessária para o recebimento dos novos aviões F-39E Gripen”, concluiu.

Fotos: Major Bombonato / 1º GDA

Fonte: FAB

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Carreiras na Aviação

Alunos da EEAR iniciam ano letivo
A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), sediada em Guaratinguetá (SP), deu início, nos dias 16 e 17 de janeiro de 2021, ao período letivo do primeiro semestre, com o regresso dos alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS), que cumpriram o recesso escolar. A Escola, responsável pela formação de mais de 60% de todo efetivo da Força Aérea Brasileira (FAB), segue em sua missão de formar e aperfeiçoar os graduados do Comando da Aeronáutica (COMAER).

Berço dos Especialistas
Regressaram ao “Berço dos Especialistas”, um total de 744 alunos, integrantes dos Esquadrões Verde, Amarelo e Branco, a fim de cumprirem mais uma etapa do objetivo de formar Terceiro-Sargento da Força Aérea Brasileira. Em virtude das medidas protetivas para o enfrentamento da emergência de saúde pública, decorrente do novo Coronavírus, a EEAR desenvolveu uma estrutura voltada para a recepção segura dos alunos, empregando todos os cuidados necessários, conforme Diretrizes do Ministério da Saúde e da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), inclusive com a realização de testagem para a COVID-19, higienização das malas, aferição de temperatura corporal e distanciamento social.

Missão de formar
“Estamos felizes com o retorno dos nossos alunos. Neste sentido, a Escola seguiu todos os protocolos de saúde e higiene, em face da pandemia da COVID-19, para recebê-los com total segurança. Assim, seguimos adiante, firmes e fortes, na missão de formar novos Sargentos para a FAB”, destacou o Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues. Fotos: Suboficial Jefferson e Soldado Rabelo /EEAR

Fonte: FAB

domingo, 24 de janeiro de 2021

Especial de Domingo

Em janeiro de 1927 o Syndikat Condor inaugurou a sua primeira linha aérea regular no Brasil (Rio de Janeiro-Porto Alegre-Rio de Janeiro), com escalas em Santos, Paranaguá/PR, São Francisco/SC e Florianópolis/SC. No conteúdo a seguir - que voltamos a publicar - saiba mais sobre esta grande conquista.
Boa leitura.
Bom domingo!

NAS ASAS DO CONDOR
A primeira empresa aérea de origem alemã a operar no Brasil foi o Sindikat Condor, - nacionalizado em 1/12/1927 sob o nome Syndicato Condor Ltda., trocado em 19/8/1941 para Serviços Aéreos Condor Ltda. e em 16/1/1943 para Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda. -, cujo voo experimental foi em novembro de 1926, com um hidroavião alemão Dornier Wal, ligando Buenos Aires ao Rio de Janeiro. Em janeiro de 1927 foi inaugurada a sua primeira linha regular (Rio de Janeiro-Porto Alegre-Rio de Janeiro), com escalas em Santos, Paranaguá/PR, São Francisco/SC e Florianópolis/SC. Dois anos depois, em 11/1/1929, o terceiro hidroavião da linha, o Bartholomeu de Gusmão (do tipo Dornier Wal, com prefixo P-BADA, que havia chegado ao Brasil em 1927), acidentou-se em Santos, sendo destruído por um incêndio. 
Içamento do Taifun a bordo do navio Westfalen, na costa da África Foto: Lufthansa

A rota bissemanal Rio de Janeiro/Porto Alegre já utilizava o hidroavião trimotor Junkers G-24. Durante a II Guerra Mundial, em 16/1/1943, a empresa (ligada à alemã Lufthansa) foi nacionalizada e passou a se chamar Cruzeiro do Sul, sendo mais tarde incorporada pela Varig. 

Alemanha/Argentina, via Santos
Em 3/2/1934, começou em Stuttgart, na Alemanha um memorável voo que em 66h12 cobriria a rota atlântica até Buenos Aires (13.283 km), passando por Barcelona e Sevilha (Espanha), Vila Cisneros (Sahara Ocidental) e Bathurst (Gâmbia Inglesa), Natal, Recife, Salvador, Caravelas, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis, Porto Alegre, Rio Grande, e ainda por Montevidéu e Buenos Aires.
A bordo do Westfalen, oficial controla a catapulta que lançará o Taifun Foto: Lufthansa

O primeiro voo transoceânico do mundo, em vez de ligar Europa e América do Norte como muitos poderiam supor, foi portanto o T.O.1 da atual Lufthansa (T.O. significando transoceânico). Esse voo foi também a primeira linha aérea postal da História da Aviação. O voo T.O.1/Sul decolou na madrugada de 3/3/1934, com 37,53 kg de correspondência, do aeroporto de Stuttgart. Um avião monomotor (de 600 HP) Henkel HE-70 Blitz, a mais veloz aeronave da época (370 Km/h), tendo como tripulantes o comandante Robert Untucht e o rádio-operador Karl Kirchhoff, dirigiu-se à cidade de Sevilha fazendo escala em Barcelona.
O Taifun, logo após ser catapultado do navio Westphalen em Bathurst,  na costa africana, em direção ao Brasil Foto: Lufthansa

Iniciando o revezamento de aviões, em Sevilha a mala postal foi transferida para o trimotor Junkers JU-52 Zephyr prefixo D-2526, que decolou imediatamente, foi reabastecido em Las Palmas, e seguiu para a Gâmbia Britânica, descendo em Bathurst, no estuário do rio Gâmbia, porto da então colônia britânica. Já estava ancorado ali o navio-catapulta alemão Westfalen, com dois hidroaviões bimotores Dornier Wal DO-18: o Passat (prefixo D-2068) e o Taifun (prefixo D-2399 - D-AKER). Um mensageiro levou a mala postal do aeródromo ao porto, onde foi colocada no porão do Taifun. O navio levantou âncora, rumando para uma posição denominada "Meio do Oceano", no Atlântico Sul. Ao raiar do dia 7 (eram 4 horas da manhã, pelo tempo médio de Greenwich - GMT), o Taifun foi lançado pela catapulta do Westfalen, tendo nos controles o comandante Joaquim Blankenburg, o co-piloto Walter Blume, o mecânico de voo Otto Gruschwitz e o rádio-operador Guenther Fechner.
Vista interna da cabine de comando do Taifun Foto: Lufthansa

O aparelho tinha 23,2 m de envergadura das asas, 18,2 m de comprimento e raio de alcance de 2 mil km, voando a 225 km/hora. Contou o precursor Rudolf Cramer von Clausbruch que na decolagem catapultada, o avião era colocado nos trilhos, a bordo do navio: "Ele era impulsionado por pressão produzida pelas máquinas do navio. A tripulação nos seus lugares dava partida nos motores, verificava as pressões, rotações e temperaturas. Se tudo estava bem, os motores eram atacados até o máximo da potência. Assim eles ficavam quase um minuto. Então o piloto apertava um botão, interruptor elétrico, que disparava o avião no ar. A pressão nas costas era tremenda. O assento tinha umas almofadas grossas para proteger as costas. Assim mesmo eu sofri danos na coluna e fui parar no hospital. Em pouco mais de um segundo a velocidade ia de zero a 150 km/h, pois quando os trilhos acabavam já precisava ter velocidade de voo." Na época, não havia dispositivos automáticos para manter o curso ou altitude de uma aeronave. Mesmo o voo noturno ou voo cego (hoje chamado de voo por instrumentos) estava nos primeiros rudimentos. Toda a tecnologia, aliás, era muito precária, sendo comuns as panes seguidas.
O Taifun, sobre o Oceano Atlântico, recorrendo ao efeito solo Foto: Lufthansa

Os voos eram então realizados manualmente, exigindo horas e horas de extrema concentração e resistência física, principalmente pelo fato de que tais voos transoceânicos se realizavam a poucos metros sobre as ondas (nessas viagens, lançava-se mão de um procedimento, fruto de descoberta do comandante von Clausbruch durante a fase de experiência que antecedeu esse voo inaugural: o efeito solo, hoje conhecido pelo mais inexperiente dos pilotos: o adensamento do ar sob as asas quando uma aeronave voa a baixa altura (uns 10 metros) sobre o mar: com o aumento da densidade do ar, aumenta também a sustentação da aeronave, o que se traduz em ganho de velocidade, maior economia de combustível e, portanto, maior raio de alcance). O voo transcorreu sem incidentes. Otto Gruschwitz subia seguidamente à gôndola que abrigava os dois motores BMW VI-U de 680 HP para conferir seu desempenho. Enquanto isso, Guenther Fechner se mantinha contato, via rádios, com o Westfalen, obtendo pontos fixos de referência com seu radiogoniômetro, através de emissões de navios em qualquer parte do Atlântico, para verificar seguidamente a posição exata do Taifun. Instante de grande emoção foi quando Guenther percebeu, em seus fones, os primeiros sinais, quase inaudíveis, de uma estação de terra ainda muito longínqua, do Syndicato Condor. Eram cerca de 15 horas GMT quando, após 11 horas de voo, o Dedo de Deus - um pico de basalto que é o marco da Ilha Fernando de Noronha - foi avistado. Enquanto o comandante Blankenburg fazia uma curva sobre a ilha, um segundo hidroavião Wal deslizava numa baía protegida das ondas oceânicas: o Monsun, prefixo D-2069, comandado por Rudolf Cramer von Clausbruch que, partindo de Natal, vinha ao encontro do primeiro avião que cruzava o Atlântico Sul, com o intuito de acompanhá-o em seus últimos 400 km de voo até o continente brasileiro. Após 14h10 de voo sobre o mar, o Taifun pousou às 17h05 GMT nas águas calmas do Rio Potengi, em Natal, e 20 minutos depois a viagem prosseguiu rumo ao Sul no PP-CAN Tietê, um pequeno avião Junkers W-34 monomotor de 630 HP, que viajava a 175 Km/h em velocidade de cruzeiro e transportava nos tanques 700 litros de gasolina, suficientes para 5h50 de voo.
O Taifun permaneceu a serviço na Lufthansa de 1931 a 1935 Foto: Lufthansa

Mais 15 latas de 18 litros de gasolina cada uma foram transportadas na cabine de passageiros e o mecânico alemão Hermann Altralth fez um ajuste que permitia à tripulação reabastecer o avião com essas latas em pleno voo, aumentando assim a autonomia do aparelho. Esse detalhe do combustível extra foi responsável por um susto no pessoal de terra do Rio de Janeiro: por desconhecer esse arranjo, e sabendo que o Tietê já tinha ultrapassado bastante sua autonomia máxima de 5h50 e não tinha feito escala para reabastecimento em Vitória/ES, os cariocas imaginavam que o aparelho tivesse feito pouso forçado por pane ou falta de combustível. Porém, 7h45 após a decolagem de Salvador, o aparelho pousou suavemente nas águas próximas ao Caju, na Baía de Guanabara. Conta o piloto catarinense Auderico Silvério dos Santos que o hidroavião partiu em direção ao Recife, tripulado por ele, pelo mecânico Altralth e por Guilherme Mertens (comandante do voo), voando baixo por não dispor de instrumentos e para evitar ventos contrários fortes. Após a entrega da mala postal pernambucana, rumou para Salvador, enfrentando a falta de visibilidade causada pela chuva e pela chegada da noite, passou sobre Maceió e chegou a Salvador às 2h00 GMT, onde pousou numa raia de 600 metros em Itapagipe, iluminada com tochas sobrepostas em pedaços de madeira com cortiça, intercaladas de 50 em 50 metros. Feito o reabastecimento total na capital baiana, o Tietê rumou direto para o Rio de Janeiro, de onde - após o novo reabastecimento - prosseguiu viagem para Santos, onde pousou em 8/2 (às 19h30 GMT) para deixar o correio europeu. Quinze minutos depois, já com a noite chegando, o hidroavião decolou das águas defronte à praia José Menino, em direção à então chuvosa Florianópolis, via Paranaguá, chegando quase seis horas depois à capital catarinense. A viagem prosseguiu para Porto Alegre, Rio Grande, Montevidéu e Buenos Aires, aonde chegou na noite de 9/2/1934, completando em 26h51 sua participação de 4.650 km nesse histórico voo transatlântico. Curiosamente, embora bastante citado na imprensa sulamericana e européia, sendo destacado nas primeiras páginas dos principais jornais argentinos, esse feito não teve qualquer divulgação no Brasil e nem sequer está registrado nos arquivos do Ministério da Aeronáutica.
O Junkers W34/See, PP-CAN Tietê, do Syndicato Condor, e sua tripulação

A viagem T.O.1/Norte começou em território brasileiro com o W-34 Tibagy PP-CAO, tripulado pelo comandante Erler, o mecânico de voo Kleinat e o rádio-operador Pascini. De Natal, o Taifun partiu em 9/2 para o encontro do navio Westfalen na posição Meio do Atlântico, sendo levado para bordo, inspecionado e reabastecido. Partiu catapultado do navio em direção a Bathurst, onde sua mala postal foi transferida para o trimotor JU-52 Zephyr, que em Larache (após escala em Las Palmas) repassou o correio para o Blitz completar a viagem inaugural até Stuttgart, onde aterrissou no dia 12/2, às 14h16 pelo horário GMT. Comentário da Lufthansa: "Completava-se, assim, o voo T.O.1 de ida e volta sem qualquer incidente. E rigorosamente no horário". A partir de então, começaram os voos regulares entre a Alemanha e a América do Sul: a viagem 2/Sul começou em Stuttgart a 17/2, a terceira a 4/3/1934. Entre 30/5 e 6/7, os serviços com aviões foram interrompidos para melhoramentos no aparelho de catapultagem do Westfalen, sendo em parte substituídos pelo dirigível Graf Zeppelin. Naquele ano, a empresa completaria 23 voos semanais. Com bastante lucro (uns 35 mil marcos por voo), apesar dos custos elevados: em 1934, uma carta com até 5 gramas, da Alemanha para a América do Sul, custava 1,75 marco. Cada voo transportava em média 100 kg de cartas (nos anos seguintes, tornaram-se rotina 400 a 500 kg por voo).
Anúncio da Condor-Lufthansa em Santos , em 1938 Imagem: reprodução do jornal santista A Tribuna, edição de 6 de abril de 1938, pág. 16

Cooperação Brasil-Alemanha data de 1808
A cooperação Alemanha-Brasil já era proposta por D. João VI, que em 1820 exortava "aos diversos povos da Alemanha e de outros países" a emigrar para sua colônia predileta. E os alemães começaram a emigrar. Já estavam no Brasil quando da Abertura dos Portos de 1808 e desde então, até 1850, fundaram, além da colônia de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A partir de 1850, foram se instalando em Santa Catarina. Em 1853, a criação da província do Paraná provocou a entrada de novos imigrantes. Ao todo, de 1884 a 1933, foi registrada a imigração de 154.402 alemães que, com as famílias que aqui constituíram e com os filhos que aqui tiveram, chegaram mesmo a dar, a grandes extensões do país, um perfil turístico e humano bem característico. Desde o início dessa imigração, começou a produção de mercadorias de todos os tipos, principalmente para atender aos colonos (notadamente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul): fábricas de tijolos, serrarias, cervejarias, engenhos de açúcar etc. Tratava-se, em geral, de empresas de pequeno porte, com até 5 empregados. A falta de infraestrutura não permitiu a ampliação de tais iniciativas, nem sequer o envio de seus produtos para outros Estados. As principais tentativas, ainda sob o reinado de D. João VI - e com o auxílio de técnicos alemães como Varhagen, von Eschwege e Schuech -, de implantar uma indústria siderúrgica nos estados de São Paulo e Minas Gerais, fracassaram devido à debilidade, na época, do mercado consumidor. A industrialização brasileira começou no ramo têxtil. Iniciou-se a plantação de algodão, e uma indústria têxtil nacional, à base de produção mecanizada, principalmente com tecnologia alemã, passou a desenvolver-se continuamente na segunda metade do século XIX. Enquanto em 1850 existiam apenas cerca de 50 empreendimentos industriais em todo o Brasil, em 1890 já havia 640 fábricas com 35 mil operários, a grande maria localizadas no Sul. No final do século XIX, o comércio teve, até o início da Primeira Guerra Mundial, expansão nunca antes experimentada. Surgiram grandes casas comerciais, em quase todas as capitais, indicando sua origem alemã. Ao mesmo tempo, ocorreu o boom do café, base financeira para o grande surto de industrialização. O "rei do café" era, até o início da Primeira Guerra, Francisco Schmidt que, começando como simples operário, tornou-se proprietário de 30 fazendas, com 8 milhões de pés de café. O maior exportador de café em Santos, e o segundo no Rio de Janeiro, era a firma Theodor Wille. A partir de 1906, vigorava o Convênio de Taubaté, pelo qual o Governo brasileiro interviria no mercado para comprar os excedentes de forma a manter o equilíbrio entre a oferta e a procura do café. O financiamento destas compras seria feito com empréstimos estrangeiros e a Theodor Wille foi incumbida da realização técnica desse projeto. Contou ela, para isso, com um consórcio de bancos, entre eles o Deutsche Bank. Em 3 de março de 1916, na então capital (o Rio de Janeiro), foi fundada a União de Firmas Comerciais Teuto-Brasileiras, antecessora da atual Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. No ano seguinte, já contava com 140 membros. Entre as duas Guerras Mundiais, e muito especialmente após 1930, deflagrou-se no Brasil o primeiro grande período de progresso industrial. Número considerável de imigrantes italianos e alemães fundavam empresas pequenas que se desenvolviam constantemente através do reinvestimento constante dos lucros, chegando a se tornar grandes grupos empresariais. Exemplo disso ocorreu especificamente na indústria têxtil: um centro de indústria têxtil surgiu em Santa Catarina, fundada e dirigida por imigrantes alemães, que, com dedicação e persistência, conseguiram figurar entre as mais importantes do Brasil. É exatamente nesse panorama histórico de desenvolvimento e integração entre brasileiros e alemães que chega ao Brasil, em 1934, a aeronave Taifun, em seu histórico voo transatlântico. A partir de 1950, o país recebeu novo impulso, através de programas governamentais voltados para a dinamização de diversos ramos da indústria: automobilística, naval, mecânica pesada, eletrônica etc., com a expressiva presença da indústria alemã, tanto através de iniciativas próprias como na forma de participações técnicas e financeiras em empresas já existentes, em indústrias de base e de bens de consumo. No final do século XX, a Alemanha figurava como o segundo parceiro mais importante do Brasil.
O hidroavião Atlântico, que passou por Santos em 1927,  a caminho de Porto Alegre, onde daria início à Varig  Foto: Lufthansa

Condor e Varig
O Condor Syndikat, nacionalizado em 1/12/1927 sob o nome Syndicato Condor Ltda., além de abrir caminho para as atividades da Lufthansa na América do Sul, também teve papel decisivo na fundação da companhia aérea brasileira S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), em 7/5/1927 - de cujo capital participou com 21%, o valor do avião Dornier Wal Atlântico (prefixo P-BAAA).
Hidroavião Dornier Wal P-BADA Bartholomeu de Gusmão, do Syndicato Condor, incendiou-se em Santos em 11/1/1929

O hidroavião monomotor Dornier Merkur Gaúcho (P-BAAB) foi transferido à Varig em 6/2/1928, e em 10/5 desse ano o Condor propõe sua fusão com a empresa gaúcha, assumindo assim a Varig. Em meados de 1930, retirou-se da sociedade. Mais tarde, já com o nome de Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, teve seu controle assumido pela Fundação Rubem Berta em 22/5/1975. Aliás, tal fundação, controladora da Varig, tem seu nome em homenagem a Ruben Martin Berta, primeiro auxiliar do alemão Otto Ernst Meyer-Labastille (o idealizador e fundador da Varig). Ruben foi empregado no mesmo dia 2/2/1927 do primeiro voo experimental da Varig com o avião Atlântico - que tinha chegado a Porto Alegre dias antes, procedente do Rio de Janeiro (com escalas em Santos, São Francisco do Sul e Florianópolis).

Fonte: www.dornier-wal.com

sábado, 23 de janeiro de 2021

Transporte Aéreo

Avião da Emirates traz vacinas da Índia para o Brasil
Dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida em parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford chegaram ao Brasil, vindas da Índia, na tarde de ontem, sexta-feira, 22 de janeiro de 2021. Os imunizantes foram enviados por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates. A carga chegou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e, após os trâmites alfandegários, a carga seguiu num jato Airbus A330Neo da Azul Linhas Aéreas para o Aeroporto Internacional do Galeão, a fim de ser recebida e preparada para distribuição pela Fiocruz. As vacinas foram fabricadas pelo laboratório indiano Serum.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Operação Culminating

Tropa brasileira está habilitada para saltos com paraquedas T-11 nos EUA
A tropa brasileira está pronta para o salto no Exercício Culminating, exercício combinado entre Brasil e Estados Unidos em Fort Polk, Lousiana, em solo americano. No dia 19 de janeiro de 2021, os 172 militares da subunidade Culminating, formada pela Companhia de Fuzileiros Paraquedistas do Exército Brasileiro, realizaram atividades de adaptação ao equipamento de salto americano, o paraquedas T-11, e obtiveram habilitação para saltar de aeronaves do Exército dos EUA. A adaptação consistiu de oficinas que compreenderam a apresentação do equipamento, o briefing de orientação por mestres de salto e o treinamento, ainda em solo, de técnicas de saída da aeronave.

Fort Polk
Os saltos reais serão realizados na Zona de Lançamento de Avelino, localizada no interior do campo de instrução do Joint Readness Training Center (JRTC), em Fort Polk, Louisiana. A subunidade Culminating chegou em Fort Polk no dia 4 de janeiro. Em seguida, a tropa cumpriu período de quarentena exigido pelas autoridades sanitárias americanas em prevenção à Covid-19, até o dia 17. O período também serviu como aclimatação da tropa ao inverno americano, que tem atingido temperaturas diárias em torno de 0° C. Na sequência, os militares brasileiros iniciaram as atividades de preparação técnica para o exercício propriamente dito.

Exercício Combinado
O Exercício Culminating é a última fase de um intercâmbio realizado entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos, conduzido ao longo de cinco anos. Nessa etapa, militares da Brigada Paraquedista brasileira enquadram-se em um batalhão de uma brigada da 82ª Airborne Division, nos EUA. O exercício será concluído hoje, 22 de fevereiro de 2021.

Fonte: Exército Brasileiro

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

FAB

Comando da Aeronáutica completa 80 anos
A História registra que em 20 de janeiro de 1941, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto 2961, criando o Ministério da Aeronáutica e estabelecendo a fusão das forças aéreas do Exército e da Marinha numa só corporação, denominada Forças Aéreas Nacionais. Pouco depois, em 22 de maio de 1941, um novo decreto mudou o nome da recém-nascida força aérea para Força Aérea Brasileira (FAB), nome que permanece até os dias de hoje. Em 10 de junho de 1999 o Ministério da Aeronáutica passou à denominação de Comando da Aeronáutica. Em 2021, comemora-se os seus 80 anos de criação.

Segunda Guerra
Exatamente um ano depois da nova denominação, em 22 de maio de 1942, a FAB, o braço armado do Comando da Aeronáutica, tinha o seu batismo de fogo: um avião B-25 da FAB atacou o submarino Barbarigo, da marinha italiana. Era a Segunda Guerra Mundial e naquela época o litoral brasileiro sofria com as ameaças de embarcações inimigas. Em 18 de dezembro de 1943, seria criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, unidade de combate enviada para a Itália, conquistando expressivas vitórias contra o nazismo e o facismo, juntamente com a FEB - Força Expedicionária Brasileira.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Mercado de Aviões

Congo Airways compra mais dois jatos E2 da Embraer
Seis meses após a encomenda de aeronaves Embraer E2, a Congo Airways firmou, dia 13 de janeiro de 2021, um novo pedido para mais dois jatos E195-E2, que se soma à primeira encomenda de dois jatos E190-E2. O contrato das quatro aeronaves tem um valor total de US$ 272 milhões, de acordo com o preço de lista atual. Essa nova encomenda será incluída na carteira de pedidos firmes da Embraer do quarto trimestre de 2020. Desire Bantu, executivo-chefe da Congo Airways, disse: “Enxergamos uma oportunidade em nosso mercado para que a Congo Airways saia mais forte da crise que todos nós estamos enfrentamos – razão pela qual decidimos confirmar esse novo pedido. Esses novos jatos permitirão estender nossas operações de passageiros e carga regionalmente a destinos de alta demanda como Cidade do Cabo, Joanesburgo e Abidjan".

120 assentos
O jato Embraer E195-E2 será configurado com um leiaute de duas classes e 120 assentos, sendo 12 na executiva e 108 na econômica: capacidade adicional de 25% quando comparada à configuração de 96 assentos escolhida pela Congo Airways para seus E190-E2s. As entregas dos E2 deverão começar em 2022. Embraer e Congo Airways poderão considerar potenciais antecipações do início das entregas. Existem atualmente 206 aeronaves Embraer operando na África, com 56 companhias aéreas em 29 países.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Concurso para técnicos na FAB

Força Aérea abre 231 vagas para técnicos serem sargentos
Inscrições até 10 de fevereiro de 2021

A Força Aérea Brasileira (FAB) publicou Instruções Específicas para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento da Aeronáutica do ano de 2022 (IE/EA EAGS 2022). As inscrições para o processo seletivo seguem até às 15 horas do dia 10 de fevereiro de 2021, no horário de Brasília, no endereço ingresso.eear.aer.mil.br/. O valor da taxa é de R$ 60,00. São 231 vagas destinadas à cidadãos brasileiros, de ambos os sexos, que atendam aos pré-requisitos, às condições e às normas estabelecidas nas Instruções. Para serem habilitados à matrícula no Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento da Aeronáutica (EAGS), não podem ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade, até 31 de dezembro do ano da matrícula no EAGS, 2022, além de terem concluído, na data da Concentração Final do certame, o Ensino Médio (para todos os candidatos) e o Curso Técnico de Nível Médio.

Vagas
Há vagas para as seguintes especialidades: Eletrônica (BET); Administração (SAD); Enfermagem (SEF); Eletricidade (SEL); Informática (SIN); Laboratório (SLB); Obras (SOB); Pavimentação (SPV); Radiologia (SRD); e Topografia (STP). O processo seletivo é composto de Provas Escritas; Inspeção de Saúde (INSPSAU); Exame de Aptidão Psicológica (EAP); Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF); Prova Prática da Especialidade (PPE); Procedimento de Heteroidentificação Complementar (PHC); e Validação Documental. As provas escritas ocorrerão no dia 25/04/2021. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), no dia 16 de janeiro de 2022, para habilitação à matrícula no curso que terá duração de um ano. Após a conclusão do estágio com aproveitamento, o aluno será promovido à graduação de Terceiro-Sargento e será distribuído e classificado em alguma das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.

Inscrições: Clique aqui 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Operação Covid-19

FAB distribui no território nacional vacinas contra a Covid-19
Com a aprovação do uso emergencial, no Brasil, das vacinas para o combate à COVID-19, a Força Aérea Brasileira (FAB) empregará diversas aeronaves para a distribuição dos imunizantes, a partir desta segunda-feira,18 de janeiro de 2021. O primeiro dia de distribuição contará com, pelo menos, nove voos para cidades diferentes. As aeronaves C-130 Hércules, operadas pelo Esquadrão Gordo (1°/1° GT), realizarão os voos para Brasília (DF), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Os aviões C-105 Amazonas, operados pelo Esquadrão Onça (1°/15° GAV), realizarão o transporte das vacinas para Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS). Já os aviões KC-390 Millennium, operados pelo Esquadrão Zeus (1° GTT), realizarão transporte dos imunizantes para as cidades de Goiânia (GO), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). Por fim, duas aeronaves C-97 Brasília, operadas pelos Esquadrões Tracajá (1º ETA) e Cobra (7º ETA), realizarão voos para Macapá (AP) e Tabatinga (AM), respectivamente.

Transporte aéreo
O Transporte Aéreo Logístico continuará no dia seguinte, terça-feira (19). Somente neste início da operação, a FAB deve transportar 44 toneladas de vacinas. De acordo com o Comandante do Esquadrão Onça, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Alexandre Browne Issa, responsável por uma das Unidades Aéreas envolvidas na missão, este é um momento gratificante. "Esta é a primeira decolagem de muitas que a FAB realizará para o transporte das vacinas. A importância é imensurável, pois estamos somando esforços e fazendo o nosso melhor para atender aos anseios de todos os brasileiros", disse. Conforme o Ministério da Saúde, as vacinas serão usadas, preferencialmente, para uso em programas de saúde pública e, inicialmente, destinadas para imunização de pessoas de grupos de risco como indígenas, idosos e profissionais de saúde.

Forças Armadas
As Forças Armadas estão, desde o início da Operação Covid-19, dedicando todos os seus esforços no apoio à população brasileira, no enfrentamento à pandemia da COVID-19 e, a partir deste momento, estão concentrando seus esforços no apoio à vacinação.

Operação COVID-19
O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves 24 horas por dia e sete dias por semana em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

Fonte: FAB

domingo, 17 de janeiro de 2021

Especial de Domingo

Saiba mais sobre as recentes ações da Força Aérea Brasileira na Operação Covid-19.
Boa leitura.
Bom domingo!

Operação Covid-19
FAB transporta insumos e oxigênio para Manaus


Na sexta-feira, 15 de janeiro de 2021, duas aeronaves KC-390 Millennium, operadas pelo Esquadrão Zeus (1° GTT), realizaram missões de apoio à Operação COVID-19. A primeira decolou de Recife (PE) para Manaus (AM), transportando 8,5 toneladas de material hospitalar, camas, tendas, geradores e barracas. A segunda decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com 11 toneladas de insumos hospitalares e um gerador.

Após o carregamento, seguiu para Manaus (AM), onde pousou durante a tarde de hoje. Ainda na noite do dia 15, o KC 390 seguiu de Manaus para Guarulhos (SP), realizando o carregamento de mais tanques de oxigênio líquido.

Tanques de oxigênio líquido
Também no dia 15, uma aeronave C-130 Hércules, operada pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), decolou da Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos (SP), também com destino a Manaus, com seis tanques de oxigênio líquido. As aeronaves da FAB estão em contínuo apoio à sociedade brasileira com transporte aéreo logístico, estando à disposição do Ministério da Defesa, e intensificaram as missões relacionadas à crise de saúde encontrada na capital amazonense em função da pandemia de COVID-19. O Comandante da aeronave KC-390 Millennium, Capitão Aviador Douglas Leonardo Marciano, falou do objetivo da missão. “Estamos transportando insumos diversos que darão suporte na estrutura do Hospital de Campanha em Manaus e atenderá a pacientes com a COVID-19”, disse. Também tripulante do avião KC-390, o Sargento Luiz Cláudio Lima Correa é mecânico da aeronave e destacou o envolvimento de tantos militares na missão. “A Força Aérea foi requisitada para dar apoio à sociedade e nós estamos aqui cumprindo a missão. Seria injusto dizer que apenas os militares presentes hoje estão envolvidos nesta tarefa, pois todo o Esquadrão está disponível, como as equipes de manutenção, administração e logística. Estamos sempre prontos para servir”, disse.

Trabalho de 24 horas por dia
O Capitão Aviador Arthur Souza Rodrigues da Costa, Comandante da Aeronave C-130 Hércules, falou da missão. “Nós da Força Aérea, tripulantes, equipes de solo e manutenção, estamos trabalhando 24 horas por dia, oferecendo o nosso máximo para aliviar a crise que vivemos hoje. Voamos e trabalhamos na certeza que cada minuto do nosso esforço significará a redução do sofrimento de alguém”, disse. O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves 24 horas por dia e 7 dias por semana em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19. A FAB tem atuado na Operação COVID-19, realizando missões de transporte em todo o território nacional, as quais foram intensificadas recentemente para a cidade de Manaus. O transporte aéreo exige uma logística complexa e que, durante o período de pandemia, envolve o trabalho coordenado de diversos órgãos.

Missões anteriores

Nos dias 8 e 10 de janeiro de 2021, a FAB transportou mais de 24 toneladas de cilindros de oxigênio para Manaus (AM), por meio do C-130 Hércules. No dia 13, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de oito toneladas de equipamentos para Manaus; e no dia 14, duas aeronaves C-130 Hércules transportaram mais de 18 toneladas de cilindros de oxigênio líquido, sendo que cada aeronave transportou seis tanques. A soma das missões de transporte de tanques de oxigênio, nos dias 14 e 15 de janeiro, totaliza 18 tanques, o que significa, aproximadamente, 1.400 cilindros de oxigênio (7m3). Todos os equipamentos e insumos se destinam a hospitais para o combate ao novo Coronavírus em Manaus.

Transporte de pacientes
No dia 15 de janeiro de 2021, a FAB iniciou o transporte de pacientes, acompanhados de equipes de saúde, de Manaus (AM) para outros estados do País . Duas aeronaves C-99 do Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) – Esquadrão Condor, foram acionadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e cumprem as missões que têm como objetivo minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense. No dia 15, foram transferidos nove pacientes para Teresina (PI) e 12 para São Luís (MA). Neste sábado ocorreu novo voo de Manaus para São Luís, com 11 pacientes e seis profissionais de saúde. A aeronave decolou às 13h18 e pousou às 15h50 (horário de Brasília).

110 toneladas em nove dias
Em continuidade ao emprego de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) na Operação COVID-19, intensificada na capital amazonense, dois aviões C-130 Hércules realizaram missões na madrugada do sábado, 16 de janeiro de 2021. Operados pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), os aviões decolaram da Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos (SP), com destino a Manaus (AM). Com estas missões, a FAB atinge a marca de 114 horas voadas e cerca de 110 toneladas transportadas em nove dias de intensa atividade no Amazonas.

Operação COVID-19
Proteger os cidadãos é uma das funções precípuas das Forças Armadas. Nesse intuito, o Ministério da Defesa, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira enfrentam, juntos, a pandemia de COVID-19 no País. A Operação ocorre em um espaço territorial de grandes proporções, nas 27 unidades federativas, com características e necessidades diferentes e com uma população de cerca de 210 milhões de pessoas. As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, higienização de lugares públicos, dentre outras. Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em dez Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças, que desenvolvem esforços no cumprimento das missões.

Fonte: FAB

sábado, 16 de janeiro de 2021

Transporte Aéreo

Avião da Azul que iria buscar vacinas na Índia teve viagem adiada
O avião Airbus A330NEO da Azul Linhas Aéreas que decolaria no dia 15 de janeiro de 2021 para destino a Índia, a fim de trazer vacinas contra a Covid-19, como noticiou o blog do NINJA, teve sua viagem adiada. A Azul aguarda uma nova data para ir para a Ásia, haja vista que a missão foi reprogramada devido questões diplomáticas entre Brasil e Índia. Enquanto isso a aeronave matrícula PR-ANX está cumprindo outras etapas, como um voo de Campinas até Manaus.

NINJA

Núcleo cultural de aviação para crianças recebe projeto de aeronave experimental
O Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, sediado em Ubatuba (SP), recebeu, como presente de apoio às suas atividades, o projeto de um avião experimental. O material contém as primeiras peças de uma aeronave KR2S. A sequência dos trabalhos com as partes, dependendo dos apoios e engajamentos, pode ter dois caminhos: conclusão do aparelho para voo ou ser um objeto de auxílio à instrução em solo para as ações com as crianças e jovens do NINJA. A doação foi da técnica em manutenção aeronáutica Krysia Cunha. Segundo ela, o material poderá ser útil para os frequentadores do NINJA, ensejando oportunidades de manuseio de peças aeronáuticas, despertando curiosidades acerca do conhecimento, que poderá ser aplicado em vários segmentos.
Krysia Cunha
Krysia formou-se pela EMCA - Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas de Taubaté e detém as habilitações em motores, aviônica e célula. Atualmente, está incorporada à Aviação do Exército, onde trabalha com manutenção de helicópteros. Ela decidiu presentear o NINJA com as estruturas iniciais da aeronave, após constatar que não teria tempo suficiente para findar o projeto, que lhe fora doado por dois amigos que realizaram a produção inicial das peças.

O KR2S
O KR2S é uma aeronave experimental com facilidade de obtenção dos materiais para sua construção. A estrutura é em madeira, como o Freijó, e o revestimento é de fibra de vidro nas asas e empenagem. O tempo estimado de construção é de 800 horas-homem, podendo chegar a 1500. O comprimento da aeronave é de 4,88 m e a envergadura de 7.


A planta foi concebida por Ken Rand, dos Estados Unidos. O KRS2 é a terceira estrutura doada ao NINJA. O acervo do Núcleo conta com um Teenie Two pintado no padrão das cores da Esquadrilha da Fumaça, na época dos T-6, e com uma cabine de Piper Apache, a ser configurada como peça de entretenimento para crianças.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Transporte Aéreo

Avião da Azul buscará na Índia 2 milhões de vacinas contra a Covid-19
Uma aeronave Airbus A330NEO da Azul Linhas Aéreas tem previsão - ainda não confirmada - de decolar no final da tarde desta sexta-feira, 15 de janeiro de 2021, do aeroporto de Recife para uma viagem de 15 horas com destino a Mumbai, na Índia. A confirmação do voo depende, ainda, do "sinal verde" das autoridades governamentais da Índia, que ajustam questões internas para a liberação da carga. O avião de matrícula PR-ANX partiu, ontem, do aeroporto de Viracopos/Campinas para Recife.

Uma só Nação
Na fuselagem, próxima do cone de cauda, um adesivo destaca: "Vacinação. Brasil Imunizado. Somos uma só Nação". Na parte inferior da fuselagem da aeronave, no segmento entre as duas asas, está pintada uma Bandeira do Brasil. O interior está configurado para receber contêineres com a carga de imunizantes. Sua missão é trazer para o Brasil 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a indústria farmacêutica AstraZeneca.

Eficácia de 70 por cento
O lote a ser distribuído no Brasil pelo Ministério da Saúde foi fabricado pelo laboratório indiano Serum. Segundo o estudo clínico para certificação, a vacina tem a eficácia de 70 por cento e a documentação para autorização de uso emergencial está em análise pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Se essa vacina for aprovada pela agência, a carga que virá da Índia será usada no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. O plano terá sequência com a mesma vacina produzida em solo brasileiro pela Fiocruz ( Fundação Osvaldo Cruz, sediada no Rio de Janeiro) e outros imunizantes que venham a ser aprovados pela Anvisa.

Logística de distribuição
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina será distribuída aos estados em até cinco dias após a liberação da Anvisa, para, assim, dar início à imunização em todo o território nacional, de forma simultânea e gratuita. Além do apoio da Azul, a vacinação contra a a Covid-19 contará com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias Gol, Latam e Voepass para a logística de transporte gratuito da vacina para covid-19. A segurança no transporte das doses pelo Brasil será feita pelas Forças Armadas, em ação conjunta com o Ministério da Defesa.