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sábado, 30 de setembro de 2023

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 22 a 28/09
O FAB EM DESTAQUE desta semana traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 22 a 28 de setembro. Entre elas, a sexta edição do Exercício COMAEX e o quinto Encontro de Gestores do Comando-Geral do Pessoal. Essa edição destaca, ainda, o trabalho da FAB no transporte de órgãos, em menção ao Dia Nacional da Doação de Órgãos. A revista também mostra ações de suporte ao Hospital de Campanha do Exército Brasileiro no atendimento às vítimas das enchentes que assolam as regiões do Rio do Grande Sul. E, ainda, as apresentações da Orquestra Sinfônica da FAB nas regiões norte e nordeste do Brasil.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Doação de órgãos

Assista ao FABCAST sobre a doação de órgãos no Brasil
Na última quarta-feira, 27 de setembro, foi celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, criado pela Lei 11.584/2007 com o objetivo de conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância da doação de órgãos e de tecidos. Por isso, a Rádio Força Aérea FM preparou um programa especial. Em entrevista ao Fabcast, a Diretora da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Gabriella Christmann, falou sobre o papel da Central de Transplantes, a atuação da FAB e, principalmente, sobre o ato de doar órgãos.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Sentando a Pua!

The Giant Void
A História de Danilo Moura contada em Rock
Na segunda-feira, 25 de setembro, foi dia de Rock no canal do Sentando a Pua! A conversa contou com Hugo Rafael e Felipe Colenci, da banda The Giant Void, sobre a música criada por eles para homenagear a saga do Tenente Danilo Moura, pai da convidada Regina Moura. Confira em mais um vídeo do Sentando a Pua, site que desde 2000 vem difundindo na internet a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial. 


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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Hércules de Gelo

Esquadrão Gordo celebra 40 anos do primeiro pouso do C-130 Hércules na Antártica
O Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo celebrou, no dia 14/09, o 40º aniversário do primeiro pouso da aeronave C-130 Hércules no continente Antártico. A cerimônia ocorreu na Base Aérea do Galeão (BAGL) e contou com a presença do Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), Major-Brigadeiro do Ar José Madureira Júnior, representantes da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e da Estação de Apoio Antártico no Rio de Janeiro (ESANTAR-RJ), entre outras autoridades. A cerimônia teve início com o discurso do Comandante do Esquadrão Gordo, Tenente-Coronel Aviador Umile Coelho Rende, que ressaltou a importância histórica da missão Antártica. “Um valoroso legado deixado por todos os nossos ex-integrantes de senso de dever, de cumprimento da missão, independente da complexidade da Operação”, declarou o Oficial. Na sequência, foram prestadas homenagens à SECIRM, ao PROANTAR e à ESANTAR-RJ, pela contribuição brasileira na Antártica. O Suboficial Aureliano de Araujo Barcellar Neto, pioneiro do primeiro pouso, representou a tripulação e foi especialmente reconhecido. Outros seis ex-tripulantes antárticos também receberam homenagens por sua dedicação e comprometimento com a missão. Após a entrega das condecorações, foi realizada a exibição do documentário “Hércules de Gelo”, retratando os 40 anos do primeiro pouso da aeronave C-130 na Antártica por meio de relatos dos pioneiros da Marinha e da Aeronáutica, bem como depoimentos de autoridades e tripulantes. O documentário pode ser acessado no Canal do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no YouTube.

Saiba mais
Durante as últimas quatro décadas, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1°GT) – Esquadrão Gordo, tem desempenhado um papel vital no apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), uma missão que une ciência, exploração e compromisso nacional. Em um marco histórico, no dia 23 de agosto, o Esquadrão Gordo completou 40 anos de operações em apoio ao PROANTAR, um compromisso que evidencia a dedicação do país à pesquisa científica e à preservação do continente antártico.

Fonte: FAB

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

EMCA

EMCA abre inscrição para processo seletivo
A Escola Municipal de Ciências Aeronáuticas (EMCA) João Ortiz abre inscrição de processo seletivo para preenchimento de 48 vagas gratuitas, para início em 2024. Todas as etapas serão executadas de forma presencial, com inscrição e prova de seleção na unidade. As vagas são destinadas para o Curso Técnico de Manutenção de Aeronaves (módulo básico e módulo de habilitação) ofertado pela escola que é homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Os pré-requisitos para a inscrição são: ter idade mínima de 17 anos ou completar até 31 de dezembro de 2023; possuir ensino médio completo ou estar cursando o 3º ano, de forma que ele esteja completo no ato da matrícula em janeiro de 2024, em caso de aprovação. As inscrições vão até 30 de outubro e devem ser realizadas presencialmente na EMCA, que fica na rua Tomé Portes Del Rei, 507, na Vila São José, das 15h às 20h, em dias úteis. É preciso preencher um formulário no ato da inscrição com os números de RG e CPF. É necessário ter em mãos um documento de identificação original com foto e certificado de conclusão do ensino médio ou declaração de matrícula, caso ainda esteja cursando. A prova será realizada dia 19 de novembro, às 14h, na escola SEDES. Mais informações disponíveis no edital, que pode ser acessado pelo link: taubate.sp.gov.br/novo/emca
 
Fonte: Prefeitura de Taubaté-SP
 
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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

EEAR

Guaratinguetá - SP 


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domingo, 24 de setembro de 2023

Especial de Domingo

Novamente, uma postagem selecionada de A Maravilhosa Vida de Santos Dumont, de Luiz Pagano. 
Boa leitura.
Bom domingo!

A ciência por trás dos invólucros e válvulas dos dirigíveis de Santos=Dumont


Santos=Dumont usou a força ascensional de hidrogênio em quase todos os seus dirigíveis. Ao contrário de balões modernos que fazem uso de ar quente, os invólucros de hidrogênio eram selados e à pressão interna era controlada através de válvulas.


A tecnologia de balões de gás é bastante antiga, esta ilustração do final do século 19 mostra Jacques Charles realizando uma experiência com o primeiro balão de gás hidrogênio, em agosto, 27 de 1783, no Champ de Mars, em Paris.


O sistema para obter hidrogênio foi inventado pelo balonista e fabricante francês Gabriel Yon (1835-1894). Consistia em colocar um pouco de limalha de ferro em ácido sulfúrico diluído em duas cubas de grandes dimensões. Bolhas de hidrogênio eram formadas e bombeadas por tubos através da água para limpá-las de impurezas. E por fim eram armazenados em tanques de aço sob pressão.


A associação de invólucro de hidrogênio e motores a explosão de gasolina era muito perigosa, dezenas de dirigíveis explodiram ou foram queimados nos anos que seguiram, o mais famoso deles foi o desastre do Hindenburgque que ocorreu no dia 6 de maio de 1937, com o dirigível alemão de passageiros LZ 129 Hindenburg, pegou fogo e foi destruído durante a sua tentativa de aterrar na Estação Aero-Naval Lakehurst matando 35 pessoas.

Esta videografia de alta velocidade em mil quadros por segundo torna possível observar em detalhe a seqüência de eventos após um balão ter sido queimado com um fósforo.

Santos=Dumont fez uso da tecnologia disponível na época para criar dirigíveis muito seguros em relação ao anti-inflamabilidade e o invólucro mais perfeito foi usado em seu Dirigível Número 6.


Como observado em vários acidentes que aconteceram antes da conquista do prêmio Deutsch, Dumont sabia que o invólucro não poderia ser muito longo, pois corria o risco de dobrar-se ao meio, como aconteceu com seus dirigíveis numero 1 e 2. Ele também sabia que deveria tomar um cuidado muito especial com a expansão e contração do hidrogênio em diferentes altitudes, como aconteceu com Augusto Severo.


Augusto Severo era um parlamentar brasileiro que dedicou sua vida a dirigíveis, ele morreu tragicamente em 12 de maio de 1902, quando fazia manobras com seu dirigível chamado Pax, em Paris. Quinze minutos após sua decolagem do Parque Vaugirand o invólucro rígido rompeu-se devido à expansão de hidrogênio em meio a atmosfera rarefeita liberando hidrogênio diretamente sobre o motor de combustão interna e causou uma enorme explosão, destroços em chamas caíram sobre a Avenue du Maine, causando alvoroço na da cidade.

No quadro acima a Figura 1 mostra uma fuga súbita de hidrogênio e na figura 2, o ventilador é usado para insuflar o balonete interno e evitar a dobra invólucro ao meio.

No gráfico acima, podemos ver na Figura 1, o Dirigível Santos=Dumont Número 6 subiu muito, a atmosfera rarefeita fez a pressão no interior do invólucro aumentar. Na figura 2 a válvula de segurança abre automaticamente para impedir o colapso do invólucro.

No gráfico acima, vemos na Figura 1 Santos=Dumont decide voluntariamente esvaziar o invólucro. na Figura 2, ele liga a ventoinha para inflar o balonete para evitar a dobra invólucro ao meio.

Santos=Dumont sabia como compensar as variações de pressão por meio de válvulas de segurança que funcionavam automaticamente, deixando escapar o gás quando a pressão aumentava significativamente e fechava automaticamente quando a pressão voltava ao normal. Válvulas manuais e um balonete interno inflável era inflado com uma ventoinha e esvaziado diretamente de sua nascele.  


Ele também tinha um grande cuidado com o seu invólucro, exigia que fosse sempre bem costurado e envernizado para evitar vazamentos, acima vemos Santos Dumont na sede das oficinas de Lachambre & Machuron supervisionando a confecção de seu envelope. Ele também fazia questão de manter o balão longe o suficiente do tubo de escape do motor, que poderia queimar o delicado invólucro feito de seda japonesa.


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sábado, 23 de setembro de 2023

Meteorologia

CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS
Apesar de os astrônomos antigos terem atribuído nomes às maiores constelações há cerca de 2000 anos, as nuvens não foram devidamente identificadas e classificadas até o início do século XIX. O naturalista francês Lamarck (1744-1829) propôs o primeiro sistema de classificação de nuvens em 1802. Um ano mais tarde, o inglês Luke Howard apresentou um novo sistema, que foi aceito pela comunidade científica. Em 1887, Abercromby e Hildebrandsson generalizaram o sistema de Howard, sendo este o utilizado atualmente.
Apesar dos muitos tipos, basta notar que resultam da combinação de algumas características básicas:

As nuvens altas são sempre antecedidas do prefixo cirro porque apresentam sempre um aspecto tênue e fibroso;

As nuvens médias apresentam o prefixo alto;

A designação estrato entra nas nuvens de maior extensão horizontal, enquanto a designação cumulo entra nas de maior desenvolvimento vertical;

As nuvens capazes de produzir precipitação identificam-se com o termo nimbo.

Fonte: geofísica.fc.ul.pt

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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 15 a 21/09
O FAB EM DESTAQUE desta sexta-feira (22/09) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 15 a 21 de setembro. Entre elas, a 14ª ESAER, competição esportiva entre as Escolas de Formação de Sargentos do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira; o Voo da Vida que transportou dois corações; a conquista do Sargento Marcus D’Almeida como primeiro colocado no mundial de Tiro com Arco; a edição do Domingo Aéreo da Academia da Força Aérea (AFA) e a Solenidade em comemoração ao aniversário de 127 anos de Nascimento do Marechal do Ar Eduardo Gomes.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Recreio

O fantástico mundo da aviação

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Datas Especiais

20 de setembro
Nascimento do Marechal-do-Ar Eduardo Gomes
Patrono da Força Aérea Brasileira
Filho de Luiz Gomes Pereira e de Jenny de Oliveira Gomes, nasceu em Petrópolis-RJ no dia 20 de setembro de 1896. Sentou praça na Escola Militar de Realengo em 31 de abril de 1916, sendo declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Artilharia em 17 de dezembro de 1918. Foi servir em Curitiba, no 9o Regimento de Artilharia, onde permaneceu até 1922. Interessado pela Aviação, fez o primeiro Curso de Observador Aéreo, em 1921. A 4 de julho de 1922, apresentou-se no Forte Copacabana, aderindo ao movimento conhecido como Revolução dos Tenentes. No dia seguinte, 5 de julho, participou juntamente com dois outros oficiais, 14 praças e civis, do episódio que passou à História como os "18 do Forte", quando foi gravemente ferido. No julgamento que se seguiu, foi condenado e desterrado para a Ilha de Trindade. Em 1927, quando da criação da Arma de Aviação, compôs a Primeira turma de oficiais transferidos para a nova Arma. Foi o primeiro Comandante do Grupo Misto de Aviação, criado no Campo dos Afonsos, em maio de 1931. Desse grupo partiu, em 12 de junho de 1931, o avião que realizou a primeira linha do Correio Aéreo Militar, dando origem ao atual CAN. No Comando do 1o Regimento de Aviação, que assumiu em 15 de maio de 1935, enfrentou a Intentona Comunista a 27 de novembro, quando foi ferido mais uma vez. Com a criação do Ministério do Aeronáutica, foi transferido para a Força Aérea Brasileira e, a 12 de dezembro de 1941, assumiu o Comando da 2ª Zona Aérea, acumulando, ainda, por 45 dias, o da 1ª Zona Aérea. Permaneceu à frente da 2ª Zona Aérea até janeiro de 1945, tendo participado da organização e construção das Bases Aéreas que iriam desempenhar importante papel na 2ª Guerra Mundial. Pelos seus serviços à causa aliada, recebeu honrosa citação do governo americano que, em agosto de 1943, outorgou-lhe a Comenda da Legião do Mérito. Terminada a Guerra o Brigadeiro Eduardo Gomes lançou-se à luta pela redemocratização do País, tendo disputado duas vezes a Presidência da República. Ocupou duas vezes a Pasta da Aeronáutica: no Governo Café Filho (24 ago. 1954 - 11 nov. 1955), e no Governo Castelo Branco (11 jan. 1965 - 15 mar. 1967). Permaneceu de 1946 a 1951 à frente da Diretoria de Rotas Aéreas, tendo marcado sua administração por notáveis realizações especialmente no que se refere à expressão do Correio Aéreo Nacional. Foi presidente da Comissão Militar Mista Brasil-Estados Unidos. Transferido para a reserva em 13 de setembro de 1960. Promovido ao Posto de Marechal-do-Ar em 22 de setembro de 1960. Faleceu no dia 13 de junho de 1981. Proclamado Patrono da Força Aérea Brasileira, de acordo com a Lei no 7.243, de 6 de novembro de 1984.

Condecorações Nacionais:
Cruz de Aviação Fita "B", Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aeronáutico, Grã-Cruz da Ordem do Mérito Naval, Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar, Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário Militar, Medalha Militar de Platina, Medalha da Campanha no Atlântico Sul, Medalha de Guerra, Medalha Mérito Santos-Dumont, Medalha do Pacificador, Medalha Marechal Hermes e Grande Medalha da Inconfidência.

Condecorações Estrangeiras:
Command Pilot "Air Corps" - EEUU, Comendador da Legião do Mérito - EEUU, Medalha do Mérito Militar da Grã-Cruz da República Portuguesa, Condecoração "Abdon Calderon" do Equador, Comendador Oficial Nacional do Mérito da República do Paraguai, Comendador Honorário da Divisão Militar da Ordem do Império Britânico, Comendador da Legião da República Francesa, Comendador da Ordem de São Silvestre - Vaticano.

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Embraer

Embraer e FlightSafety anunciam novos simuladores de voo do Praetor na Europa e nos EUA
A Embraer e a FlightSafety International anunciaram hoje a inauguração de um novo simulador de voo do Praetor em Orlando, na Flórida. O simulador já está aprovado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A capacitação inicial estará disponível para os clientes neste mês e o treinamento recorrente está programado para começar em outubro. As companhias também anunciaram o lançamento do quarto simulador para o Praetor, que terá como base a Europa, em localização a ser definida. O início da operação está previsto para o final de 2024. “Oferecer mais capacidade de treinamento é importante para apoiar nossos clientes. Estes dois novos simuladores de voo nos aproximam ainda mais de pilotos e operadores do Praetor nos Estados Unidos e na Europa. Com os novos simuladores, temos a oportunidade de compartilhar os últimos updates tecnológicos e um suporte de excelência aos nossos clientes”, afirma Carlos Naufel, Presidente & CEO da Embraer Serviços & Suporte. “A FlightSafety está comprometida em atender à crescente demanda por treinamento do Embraer Praetor", afirma Nate Speiser, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da FlightSafety. "Como parceiro de treinamento da Embraer, estamos satisfeitos em anunciar simuladores em duas regiões, para apoiar a demanda mundial de treinamento para esta frota em rápido crescimento”

Sobre os Jatos Praetor
O Praetor 500 e o Praetor 600, ambos tendo sido homologados pela FAA, EASA e ANAC menos de um ano depois de terem sido anunciados na NBAA-BACE 2018, são os jatos executivos tecnologicamente mais avançados de suas categorias. O Praetor 500 ultrapassou as metas de certificação, obtendo um alcance intercontinental de 3.340 milhas náuticas (6.186 km) com quatro passageiros e reservas NBAA IFR. O Praetor 500 é o jato médio de maior alcance – e mais veloz, capaz de voos sem paradas entre o extremo sudeste e extremo noroeste da América do Norte, a exemplo de Miami a Seattle ou de Los Angeles a Nova York. Seu irmão, o Praetor 600, é o jato supermédio de maior alcance do mundo, capaz de voos sem paradas entre Paris e Nova York ou de São Paulo a Miami. Com quatro passageiros a bordo e reservas NBAA IFR, o Praetor 600 tem alcance intercontinental de 4.018 milhas náuticas (7.441 km). O Embraer DNA Design eloquentemente explora cada dimensão da cabine de passageiros dos jatos Praetor, que têm altura de 1,83m, piso plano, granito e manutenção do lavabo a vácuo, na mesma aeronave. Os recursos exclusivos, como a tecnologia de redução de turbulência e a mais baixa altitude de cabine com 5.800 pés (1.768 m), numa cabine muito silenciosa, têm elevado os padrões de experiência do cliente em ambas as categorias de jatos médios e supermédios. O maior compartimento de bagagem nas duas categorias é complementado por um generoso armário dentro de um lavabo traseiro privativo completo. A tecnologia avançada na cabine de passageiros é outra característica do Embraer DNA Design, começando pelo Upper Tech Panel, um painel que exibe informações de voo e oferece recursos de gerenciamento de cabine também disponíveis em dispositivos pessoais por meio da tecnologia Honeywell Ovation Select. Conectividade de alta capacidade e de alta velocidade para todos a bordo estão disponíveis por meio de banda Ka da Viasat, com velocidades de até 20 Mbps e capacidade para streaming de vídeo, outro recurso exclusivo em jatos médios na indústria.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Conhecimentos Técnicos

Tipos de aviões conforme a asa
Fonte: Profº Gustavo Montoro

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domingo, 17 de setembro de 2023

Especial de Domingo

Mais uma publicação selecionada de "Vencendo o Azul", obra de João Alexandre Viégas.
Boa leitura.
Bom domingo!

A fantasia no lugar da ciência

Muitos projetos de aeronaves careciam de mínima base científica e, não obstante, seus autores envidavam esforços obstinados para demonstrar sua viabilidade e obter recursos para sua construção. Alguns conseguiram alguma repercussão na imprensa e a apreciação de seus trabalhos por comissões governamentais, criadas para julgar seus pedidos de financiamento. Em 1888, João Autto de Magalhães Castro concebeu um estranho engenho, cuja forma assemelhava-se a uma combinação de pássaro e peixe, denominado Sistema ornycthoide.

Relatório e desenho do aerostato denominado 21 de abril, datado de 15 de fevereiro de 1890.
Fonte: Arquivo nacional

Em 1890, o mineiro Leopoldo Silva solicitou patente do Aerostato 21 de abril. Nascido em 1849, agricultor da cidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro, Silva apresentou um modelo de linhas singelas. Na verdade, seu maior interesse residia na possibilidade de exploração comercial da navegação aérea. Silva foi o primeiro brasileiro a pensar na organização de uma companhia de transporte aéreo. Para construir a “Sociedade Particular de Navegação Aérea”, ele tencionava emitir ações ao portador no valor de 100 mil réis cada, prometendo aumentar seu valor, caso fossem bem sucedidas as experiências que teria iniciado com o balão dirigível Cruzeiro do Sul, outra denominação para o mesmo aparelho objeto do pedido da patente de 1890. No ano seguinte, Silva solicitou e obteve patente de seu engenho na Alemanha, seguindo o costume, corrente entre os inventores brasileiros da época, de pedir privilégio de invenção em países estrangeiros. Mas tudo era imaginação. Em 1892, acometido de uma doença fulminante, Leopoldo Silva falecia.

Em 1890, Leopoldo Silva emitiu ações ao portador para captar recursos para a construção de seu dirigível Cruzeiro do Sul. Fonte: Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro.

Nesse mesmo ano Miguel Velez apresenta outro projeto fantástico: o aerostato dirigível Trem Velez, que combinaria as características de um balão e de um trem. O engenho seria suspenso no ar por gás, contido em um envelope, como num balão, mas seria dirigido por trilhos suspensos no ar, como um trem.

Memorial descritivo de um sistema de navegação aérea de 20 de setembro de 1890.
Fonte: Arquivo Nacional

Em 1901, o alferes de infantaria do Exército, Paulino Júlio de Almeida Nuro, solicitou patente de um bizarro engenho denominado Volátil Bartholomeu de Gusmão, uma fantástica máquina em forma de pássaro.

Pedido de patente do bizarro engenho denominado Volátil Bartholomeu de Gusmão, uma combinação de dirigível com ornitópteros. Fonte: Arquivo Nacional – documento n.º 3.500.

Na passagem do século, continuavam a surgir projetos de dirigíveis. Em 1901, Carlos Rostaing Lisboa apresentou o projeto de um dirigível denominado Brasil. Nascido em 1880, Lisboa contava com apenas 21 anos quando depositou seu pedido de patente. Seguindo o exemplo de diversos inventores, solicitou e obteve patente em diversos países como a Alemanha e a Rússia.

Desenho explicativo do pedido de patente da aeronave Brasil, projetada por Carlos Lisboa, datado de 1902.
Fonte: Arquivo Nacional – documento n.º 3.252

Seguindo a praxe dos inventores, Carlos Lisboa patenteou seu projeto em diversos países. Esta é a patente russa do engenho denominado Brasil. Fonte: Museu Aeroespacial

Outro militar que concebeu aeronaves fantásticas foi o Tenente Sayão Lobato. Em fins de 1903, ele solicitou o privilégio de um estranho engenho: um dirigível cujo invólucro tinha a forma de um peixe, e a barca a de uma embarcação sobre rodas dotadas de complexas engrenagens.

Pedido de patente de 1903. Esse bizarro engenho foi imaginado pelo tenente Sayão Lobato. Fonte: Arquivo Nacional – documento n.º 5.830

Gastão Madeira foi um dos primeiros brasileiros a projetar aeronaves. Já em 1888, aos 19 anos de idade, iniciava seus estudos e observações sobre voo das aves. Madeira combatia a opção pelos aparelhos mais leves do que o ar, julgando que a solução da navegação aérea residiria em engenhos mais pesados do que o ar, a exemplo dos pássaros. Para ele a dedução das leis básicas da aerodinâmica só poderia ocorrer a partir da observação do voo dos pássaros, devendo-se fazer convergir os esforços para esse fim. Os aparelhos mais leves do que o ar estariam em desacordo com a natureza.

O dirigível concebido por Gastão Madeira em 1890.
Fonte: Arquivo Nacional

Por outro lado, o Capitão José da Luz, veterano da guerra do Paraguai, voou num balão esférico livre em 1906, em Recife.

Fonte: Vencendo o Azul

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sábado, 16 de setembro de 2023

Embraer

Overland Airways recebe seu primeiro Embraer E175
A Overland Airways recebeu o primeiro de três novos E-Jets E175. A entrega da aeronave ocorreu na semana passada. A companhia da Nigéria também mantém opção de compra para três jatos adicionais. A Overland Airways tem 20 anos de operação e é afiliada à Landover Aviation Services Company. A empresa planeja operar os jatos E175 em voos regulares e fretados. As aeronaves têm configuração de 88 assentos divididos em duas classes, contribuindo para o aumento da capacidade em rotas domésticas e a expansão da malha em centros regionais. Além disso, a nova aeronave complementará a atual frota de turboélices da companhia aérea nigeriana. “Com a Embraer, agora temos opções mais flexíveis para aumentar nossa frota. Iremos expandir nosso alcance e malha aérea, contando com uma frota capaz de atender a toda a demanda futura”, afirma o Capitão Edward Boyo, Diretor Administrativo da Overland Airways. “A entrega do primeiro E175 marca o início de uma parceria promissora entre Overland e Embraer. A Nigéria é um dos mercados de aviação que mais crescem no mundo e ambas as companhias estão comprometidas em ser bem-sucedidas na ampliação da conectividade em toda a África Ocidental”, disse Stephan Hannemann, Head de Aviação Comercial da Embraer na África e no Oriente Médio. Simultaneamente à chegada dos novos jatos E175, a Overland está expandindo a sua presença na Nigéria, com a construção de um novo escritório corporativo e mais hangares em Lagos. A companhia aérea é uma Organização de Manutenção Aprovada sob a certificação da Autoridade de Aviação Civil da Nigéria. Parceira da Overland, a Landover Aviation Services dirige uma das 10 principais instituições de formação em aviação ligadas à Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) na África, a Landover Aviation Business School, especializada em treinamento técnico e operacional para companhias aéreas, além de gestão da aviação e turismo.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 08 a 14/09
O FAB EM DESTAQUE desta sexta-feira (15/09) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 08 a 14 de setembro. Entre elas, o apoio prestado pela FAB aos atingidos pela enchente no RS; a edição do Jornal Notaer do mês de setembro que destaca o Dia da Independência do Brasil; o aniversário de 51 anos de criação do Hospital Central da Aeronáutica (HCA) e o FABCAST, Podcast da Rádio Força Aérea FM, que entrevistou o Comandante do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia, Tenente-Coronel Michelson Abrahão Assis, sobre sua vida profissional, os desafios e alegrias da profissão de piloto e também sobre as funcionalidades do helicóptero H-60 Black Hawk, uma das aeronaves mais versáteis da Força Aérea Brasileira (FAB).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

101 anos

14 de setembro de 1922
1º pouso de aeronave em Ubatuba (SP)
Em 1922, quando o Brasil celebrava o centenário de sua independência, um piloto chileno voou para celebrar a festa nacional. O capitão Diego Aracena Aguilar, fez o reide Santiago – Rio de Janeiro, escalando em cidades do Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Naquela travessia protagonizou o que foi a primeira aterrissagem de uma aeronave na cidade de Ubatuba (SP), no dia 14 de setembro de 1922, usando, como pista de pouso, uma faixa de vegetação rasteira na orla da praia do Itaguá. Ele pilotava o biplano DH-9 número 92, batizado de El Ferroviario, em referência à doação, pelos trabalhadores ferroviários, do aparelho para o Exército do Chile.
Após efetuado o toque no solo, quando estava prestes a parar, o sistema de pouso bateu em uma fenda no gramado, provocando avarias nas rodas e asas. Em consequência, sem condições de reparos em Ubatuba, por meio telegráfico o comandante comunicou o fato às autoridades e ao embaixador chileno e deixou a cidade com destino ao Rio de Janeiro, a bordo do navio contratorpedeiro “Amazonas” (CT-1) da Armada.

Finalização da travessia Chile-Brasil
No dia 25 de setembro de 1922 - após ter realizado o que foi, no dia 14, o primeiro pouso de uma aeronave em Ubatuba (SP) - o capitão chileno, Diego Aracena (12/11/1891 – 02/05/1972) foi conduzido até a vertical da cidade - onde seu avião De Havilland Airco DH-9 ficou indisponível, devido avarias sofridas na aterrissagem. Nesse ponto, assumiu o comando do hidroavião Curtiss HS2L número 11 da Aviação Naval do Brasil, para terminar o reide aéreo Santiago – Rio de Janeiro. A operação foi uma gentileza da Marinha do Brasil para que o piloto chileno concluísse de avião o que foi a primeira travessia aérea desde a capital do seu país até a então capital do Brasil. Sua missão era trazer uma carta do presidente Arturo Alessandri ao presidente brasileiro, Epitácio Pessoa, saudando a Nação, em comemoração ao centenário da independência.

Livro conta a pioneira viagem aérea do Chile ao Brasil e o primeiro pouso em Ubatuba 
Os fatos ligados ao pioneiro reide aéreo ligando Santiago do Chile ao Rio de Janeiro, em 1922, são abordados no livro “A Jornada Aérea: dos Andes ao Atlântico”. A motivação da compilação foi, além de descrever a jornada, efetuar o registro referente ao primeiro pouso de um avião em Ubatuba (SP), evento derivado da aventura e da rota traçada pelo piloto de um biplano DH-9 Airco, o capitão do Exército chileno Diego Aracena Aguilar. Naqueles dias, o Brasil comemorava o centenário de sua independência e várias atividades aéreas fizeram parte da agenda de celebração.

Carta diplomática
O governo do Chile, para homenagear os 100 anos do Brasil como Pátria, enviou dois aviões com a missão de entregar uma carta diplomática de felicitações ao presidente Epitácio Pessoa. No entanto, apenas um aparelho conseguiu terminar a travessia desde a cordilheira dos Andes até o Oceano Atlântico. A aeronave de Diego Aracena, após passar por localidades do Chile, Argentina e Uruguai, ingressou no Brasil e escalou em Pelotas, Porto Alegre, Torres, Florianópolis e Santos. Após sair desta última cidade para o destino final do reide, Rio de Janeiro, foi compelido, devido condições meteorológicas, a fazer um pouso alternativo em Ubatuba (SP). Era o dia 14 de setembro de 1922. Foi a primeira vez que um avião aterrissou na localidade. Todavia, danos causados na aeronave determinaram que o final do reide, na etapa Ubatuba – Rio de Janeiro, fosse cumprido com um hidroavião da Marinha do Brasil.

A jornada aérea
O livro foi produzido por voluntários no âmbito do Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA), em face de várias abordagens para registrar e celebrar o primeiro pouso de um avião na cidade. O compêndio com 70 páginas mostra o passo a passo da grande viagem aérea, um registro para as próximas gerações alcançarem o conhecimento histórico. O relato do episódio na história da aviação, basicamente, é reconstituído com pesquisa bibliográfica, leitura de jornais da época, coleta de imagens relacionadas e consulta em escritos postados em mídia eletrônica.

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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Videoteca Ninja

CREPÚSCULO DAS ÁGUIAS
Bruno Stachel (Peppard), um camponês promovido à elite da força aérea alemã, se vê batalhando contra o inimigo nos céus, mas também contra o preconceito de seus colegas da aviação nascidos em outra classe social. Para superar seu estigma, Stachel prova que não medirá esforços - honrados ou desonrados - para ganhar a medalha mais cobiçada na aviação do seu país - a 'Blue Max'. Mas ele logo descobre o preço que precisa pagar para ser chamado de herói. 

Ano de produção: 1966
País de Produção: Estados Unidos
Título Original: The Blue Max
Título Brasil: Crepúsculo das Águias
Gênero: GUERRA
Duração: 156 minutos
Faixa Etária: 14 anos
Diretor: JOHN GUILLERMIN
Elenco: JAMES MASON, URSULA ANDRESS,GEORGE PEPPARD

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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Conhecimentos Técnicos

HÉLICES


Estima-se que a origem da hélice remonte aos tempos do Antigo Egito mas sabe-se que na Antiga China as hélices já eram usadas para propulsionar embarcações.

No século III a.C. o filósofo grego Arquimedes desenvolveu o Parafuso de Arquimedes com o objetivo de transportar água até à superfície; por volta de 1090 Cruzados Europeus encontraram moinhos de vento no médio oriente.

Leonardo da Vinci desenhou planos para um helicóptero primitivo que fazia uso de uma hélice sólida, sem pás.

Hélice de Leonardo Da Vinci

A primeira hélice montada num motor, foi instalada pelo engenheiro escocês James Watt em Birmingham na Inglaterra, que a usou no seu motor a vapor.

A primeira hélice movida por um motor de combustão interna, foi instalada num pequeno barco por Frederick William Lanchester também em Birmingham e foi testada em Oxford. No entanto a hélice só se tornou popular quando Isambard Kingdom Brunel decidiu aplicá-la, em vez de uma roda de água (paddle wheel em inglês), para mover o navio SS Great Britain.

A forma de aerofólio torcido nas hélices dos aviões modernos foi introduzida pelos irmãos Wright quando descobriram que o conhecimento que havia de hélices (sobretudo naval) era obtido por tentativa e erro e que ninguém sabia ao certo como funcionavam. Eles descobriram que uma hélice funciona como uma asa e usaram dados conseguidos nas suas experiências com asas no túnel de vento. Também descobriram que o ângulo de ataque em relação ao movimento variava de ponto para ponto nas pás e portanto seria necessário introduzir nas pás da hélice uma curvatura, ou torção, ao longo da envergadura de cada pá. As suas pás de hélice originais são apenas menos 5% eficientes que as suas equivalentes atuais - cerca de um século depois.

Alberto Santos Dumont foi outro pioneiro, tendo projetado hélices antes dos irmãos Wright apesar de não serem tão eficientes. Ele aplicou o conhecimento adquirido de experiências com aeronaves para fazer uma hélice com veio de aço e pás de alumínio no seu biplanador 14 bis. Alguns dos seus projetos usam uma folha de alumínio dobrado como pás, criando um aerofólio. Estas tinham pouca curvatura e não tinham qualquer torção ao longo da envergadura, o que fez com que fossem menos eficientes. Esta foi a primeira vez que o alumínio foi usado na construção de hélices.

Hélices do Demoiselle II: seda em armação de alumínio

Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Biblioteca Ninja

Asas da Loucura
"Santos-Dumont era um homem como poucos. O inesquecível livro de Hoffman conta, com compaixão e empatia, o lado humano de sua história." – The New York Times

"Hoffman cria o retrato arrebatador de um homem que representa tanto o início quanto o fim de uma era de otimismo em relação ao potencial da tecnologia." – Book Magazine

"Um modelo de narrativa inteligente e viva. A pesquisa de Hoffman é impressionante e a sua abordagem tem estilo e ritmo." – Los Angeles Times

"O autor apresenta um relato forte e tocante sobre um homem apaixonado pela ideia de que nós, algum dia, poderíamos usufruir regularmente da liberdade de voar." – Christian Science Mirror

Em Asas da Loucura o premiado jornalista americano Paul Hoffman narra a extraordinária história da vida do aviador brasileiro Alberto Santos-Dumont e dos primórdios da aviação. Fruto de minuciosa e abrangente pesquisa, Asas da Loucura explora, sem mitificação, os aspectos pessoais da vida do aviador e os detalhes de sua personalidade controversa. De suas páginas emerge o retrato sincero de um homem que contribuiu de forma única para a conquista dos céus pelo homem. A infância em Minas Gerais, cercado pelas obras de Júlio Verne e pelas narrativas históricas dos primeiros voos em balões. A chegada em Paris e as experiências inéditas com o balonismo e os dirigíveis. A inventividade e a ousadia nos costumes que fizeram do reservado brasileiro a coqueluche da capital francesa. A ousada circunavegação da Torre Eiffel, em 1901, diante de uma platéia embevecida. A tão sonhada fama e o carisma que o tornaram, durante um determinado período, o homem mais célebre do mundo. Os distúrbios psicológicos e a morte precoce cujas circunstâncias são reveladas integralmente. Todos esses elementos participam da construção de uma personalidade contraditória e singular. Desde pequeno, na imensa e remota fazenda de café do pai em Minas Gerais, o futuro aeronauta já demonstrava grande fascínio pelo funcionamento das imponentes máquinas moedoras de café e por motores de toda espécie. Tinha duas obsessões em mente: a primeira era voar; a segunda, alcançar a fama. Na virada do século, o jovem Alberto se muda para Paris. Em pouco tempo, o extravagante e impecavelmente bem-vestido aviador já passeia pelos bares e restaurantes da cidade a bordo de um dirigível de sua invenção. Depois de vencer a competição internacional de construção do primeiro avião de verdade, Santos-Dumont é consagrado pela imprensa como o conquistador dos ares - na época, a notícia dos primeiros voos dos irmãos Wright, grandes rivais do brasileiro ao título de pais da aviação, ainda não chegara à Europa. Os anos de glória, porém, seriam breves. Humanitário pacifista, Santos-Dumont testemunhou com grande desgosto a capacidade de destruição dos aviões durante a Primeira Guerra Mundial. A consagração dos irmãos Wright foi outro motivo de contrariedade. Cada vez mais recluso e irascível, o brasileiro seria diagnosticado com esclerose múltipla com apenas 36 anos. O homem que conheceu cedo a glória terminaria seus dias mergulhado na loucura e no desespero. Numa narrativa arrebatadora, Hoffman conta a história de um homem atormentado, que contribuiu de forma decisiva para a modernidade e simbolizou o espírito torturado do século XX. 

Paul Hoffman, autor do sucesso internacional O Homem que Só Gostava de Números; correspondente especial dos programas Good Morning America e The NewsHour with Jim Lehrer. Foi diretor-presidente da Enciclopédia Britânica e editor-chefe da revista científica Discover. Premiado jornalista, foi também apresentador da série didática Great Minds of Science.

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domingo, 10 de setembro de 2023

Especial de Domingo

Do Ideias em Destaque, nº 47, periódico do INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, selecionamos, novamente, o texto Pensamento brasileiro e a importância da cultura aeronáutica, de Araken Hipólito da Costa.
Boa leitura.
Bom domingo!

Pensamento brasileiro e a importância da cultura aeronáutica

Texto de Araken Hipólito da Costa

A grande questão do pensamento brasileiro é querer saber quem é o “Ser Nacional” e que “Nação” é esta. Os estudos para responder a estas perguntas evidenciam a importância da cultura como sustentáculo da formação do homem brasileiro, bem como da identidade nacional, tendo em vista que a cultura representa criação espiritual de um povo, entendida como as ideias e os pensamentos filosóficos, religiosos, científicos e artísticos que geram os valores nacionais e indicam um caminho para a Nação. O termo civilização, por sua vez, traduz os bens materiais que permitem o bem-estar da sociedade. Sem sombra de dúvida, é possível dizer que o pensamento brasileiro nasceu, propriamente, no século XVIII, com as ideias de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o Marquês de Pombal, que pretendeu efetivar uma ruptura radical com a tradição da cultura portuguesa. 
Marques de Pombal
Ele procurava transformar o chamado “Saber da Salvação”, no ensino da Universidade de Coimbra, em um saber, de fato, científico. Estes primeiros parâmetros, somados à intenção de formar um Império além-mar, com a língua portuguesa e instituições jurídicas, acabaram por orientar o desenvolvimento das instruções estratégicas do “Novo Mundo”. Outro aspecto relevante a ser destacado foi o encontro das culturas em novo território. Chegando a estas terras, o conquistador português já encontrou os indígenas, tendo incorporado ao território, logo depois, o trabalho escravo do negro africano. As peculiaridades de cada uma dessas etnias, somadas, gerou uma verdadeira “miscigenação cultural”, que hoje perfaz concretamente a nossa cultura.
Além dessa experiência singular e bela da miscigenação, dois fatores muito importantes alicerçaram as bases da nascente civilização: primeiramente foi a determinação de se manter um território indiviso e, depois, foi a necessidade de se preservar a unidade da língua trazida pelo colonizador. Quanto à formação do homem brasileiro, constatamos que os homens portugueses chegaram ao Brasil praticamente desacompanhados, enquanto que os escravos chegavam, em média, à proporção de três homens para uma mulher. A miscigenação dessas raças com as mulheres indígenas resultou em um povo com sistema imunológico mais resistente. Assim, o nosso país teve um significativo aumento demográfico, sendo o “útero indígena” a grande mãe da nação brasileira. Embora exista considerável volume de obras sobre o processo de formação histórica da nacionalidade brasileira, esses estudos não nos esclarecem totalmente. Indicam que a consciência clara do “Ser Brasileiro” surgiu na terceira geração aqui nascida. A formação do Brasil e, consequentemente, a do brasileiro sofreu influências do autoritarismo político e intelectual português, notadamente na criação do Estado, aliás, como demonstrou o fato histórico da Independência, quando nos tornamos Império antes de nos tornarmos nação.
Este autoritarismo criou o Estado Forte, que permanece até os dias atuais, oscilando entre governos condutores e governos populistas e mantendo-se no poder uns, pela força e outros, por políticas questionáveis. Esta situação é agravada por não existir uma Filosofia Política Nacional, a fim de ordenar o Estado. O Estado interfere como indutor da economia como modelo corporativista – nem liberal nem coletivista – dificultando a força empresarial desde os primórdios, como o ocorrido com o Visconde de Mauá.
Visconde de Mauá
O processo de formação do Estado Moderno foi caracterizado pela unidade territorial, unidade das Forças Armadas, unidade de soberania e unidade de governo. Paralelamente, aconteceu a adoção das línguas nacionais na produção nacional. O Estado Português se organizou ao longo do processo de expulsão dos mouros e de afirmação da independência em relação a Castela, processo iniciado por D. Afonso Henriques em 1128, e que ficou virtualmente concluído com a ascensão ao trono da Casa de Avis, em 1385. Outro aspecto fundamental na formação do Estado Moderno foi o nascimento das filosofias nacionais, não em oposição à universal, mas como reflexões e investigações suscitadas por problemas filosóficos que marcaram as distintas traduções nacionais. Podemos demonstrar, como exemplos: a racionalidade de René Descartes (1596–1650) o qual colocou a razão humana como a instância legítima da verdade. Sua filosofia lançou as bases para a construção da nação francesa. Por outro lado, o empirismo de John Locke (1632–1704), além de realçar a importância da experiência na elaboração do conhecimento humano, alicerçou o liberalismo e a construção cultural da nação inglesa. O Criticismo de Kant (1724–1804) representou um esforço em avaliar os alcances da razão humana, propondo que o problema central de toda crítica é o juízo. A revolução copernicana de Kant trouxe os arcabouços para a formação política da Alemanha. Já o pragmatismo de William James (1842–1919) conferiu um papel determinante à ação e à prática na definição da verdade, que é a expressão fiel do modo de pensar e agir do povo americano.No Brasil, a partir da Escola de Recife (Séc. XIX), em Pernambuco, iniciou-se, com Tobias Barreto, uma corrente filosófica nitidamente brasileira, o “culturalismo”.
Tobias Barreto
Tobias Barreto afirmou que é pela cultura que o homem vai se diferenciar dos demais entes naturais. Destacou-se, portanto, da natureza com esta faculdade que lhe é própria e, a partir daí, observou o mundo e procurou dar-lhe sentido, desenvolvendo sempre as formas do conhecimento que brotam e evoluem ao longo da história. Esta corrente sugeriu que o homem, através das potencialidades da cultura, viabilizasse a necessária integração com o mundo científico. Tal pensamento permeou a construção do pensamento brasileiro, unindo matrizes do positivismo, do liberalismo e do idealismo Kantiano ao âmbito da moralidade, alicerçada, por sua vez, a partir de fundamentos oriundos do cristianismo. Dessa inter-relação de correntes, nasceu o Pensamento Filosófico Brasileiro. A formação do Estado Moderno exigiu a unidade das Forças Armadas. No Brasil, a Marinha nasceu com a chegada da corte de D. João VI, em 1808. Com a criação da Real Academia Militar, em 1810, nasceu o Exército. O currículo de modelo pombalino é meramente profissional, de cunho científico, não contemplando nenhuma abertura para temas filosóficos ou ético-políticos, destinando-se à formação de engenheiros e de oficiais do Exército. Após a Guerra do Paraguai (1865–1870) surgiu um novo Exército e uma nova Marinha, que, somados ao positivismo inoculado na Escola Militar da Praia Vermelha, pelas mãos de Benjamim Constant, compõem o pensamento militar brasileiro. 
Benjamin Constant
Augusto Comte (1798–1857), embriagado com o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da indústria daquela época, desenvolveu o positivismo, primado na ciência e no entusiasmo de que a ordem na sociedade promoveria o progresso. No positivismo de Comte, a filosofia é uma espécie de guardiã das ciências, tirando o seu aspecto crítico e metafísico. Desta forma, o Pensamento Militar Brasileiro, apoiado no positivismo, idealizou a doutrina da Escola Superior de Guerra (ESG) e planejou o desenvolvimento, a segurança e a integração do território brasileiro e, ao mesmo tempo, as condições do desenvolvimento tecnológico brasileiro. Dentro deste contexto, a cultura aeronáutica faz parte da cultura nacional, mormente pela sua força na formação da integração e da identidade nacional. A exemplo da sua importância, destacamos alguns momentos históricos:

• A participação da Força Aérea Brasileira, com o 1° Grupo de Aviação de Caça e a 2ª Elo durante a 2ª Guerra Mundial, nos céus da Itália, onde combateu bravamente os regimes totalitários.

• O CAN (Correio Aéreo Nacional) que permitiu integrar núcleos de populações indígenas e caboclas perdidas na vastidão do território nacional.

• O ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), modelar complexo científico-tecnológico, permitindo a criação e o desenvolvimento da indústria aeronáutica.

• A COMARA (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica) implantando cerca de 150 aeródromos pavimentados, numa extensão de terras correspondente a 60% do território nacional.

• O INCAER (Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica) é a instituição central do sistema da cultura da Aeronáutica, que tem a finalidade de pesquisar, desenvolver, divulgar, preservar, controlar e estimular as atividades referentes à memória e à cultura da aeronáutica brasileira.

• O DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), configurando o controle e a vigilância do espaço aéreo.

• A UNIFA (Universidade da Força Aérea), com a criação do mestrado em Ciências Aeronáuticas, em 2004, permitiu que o pensamento aeronáutico intercambiasse com o mundo acadêmico.

Outro segmento vital para se entender o Pensamento Brasileiro é encontrado nas artes, que são uma manifestação do espírito, em que se insere a cultura popular brasileira, a qual traduz a sensibilidade da alma nacional. A cultura popular é aquela que sofre menos a influência do mundo globalizado, por isto, a sua valorização é um poderoso instrumento de afirmação da identidade nacional. A nossa cultura popular, fortemente inspirada no folclore, é de base essencialmente lusitana, embora o indígena e o negro, evidentemente, tenham dosado essa formação, contribuindo com seus rituais, seus cantos, suas músicas e suas danças. A cara do Brasil de hoje é dotada de múltiplas facetas culturais, entre outras, da alegria negra do samba, do sentimento de liberdade e de vida comunitária dos ritmos e danças indígenas, além da nostalgia portuguesa do fado. A literatura brasileira é um manancial de informações sobre o “Ser Nacional”, da formação da sociedade, das suas manifestações culturais, da manutenção e divulgação da língua pátria e partícipe da identidade nacional. Destacamos: José de Alencar (1829–1877), sobre o índio; Euclides de Cunha (1866–1909), a psicologia do sertanejo e dos costumes; Câmara Cascudo (1898–1986), folclore e etnografia; Gilberto Freyre (1900–1987), formação do brasileiro e Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, dentre outros, com suas visões de Brasil. Ponto marcante para a nossa literatura foi a criação da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1896, e a figura ímpar de Machado de Assis (1839–1908), com um extraordinário legado à nossa brasilidade.
Machado de Assis
Um exemplar desta intenção é seu artigo “Instinto de Nacionalidade”. Desdobramentos da nossa literatura são encontrados na Semana de Arte Moderna, idealizada pela elite intelectual e artística paulista, em 1922, 100 anos depois da Independência. Questionava a identidade nacional do ser brasileiro e, também, procurava desligar-se das influências artísticas europeias, especialmente a francesa, na tentativa de encontrar as raízes nacionais. No pensamento antropofágico de Oswald de Andrade, brinca-se que todos aqueles que desembarcassem no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, necessitariam da vacina antropofágica, transformando-se e adotando os sentimentos da brasilidade. Embora a pintura portuguesa não representasse uma tradição pictórica em termos absolutos, como a espanhola e a francesa, na Semana de Arte Moderna, surgiu a obra Abaporu, de Tarsila do Amaral.
Abaporu
Posteriormente à construção do MASP, em 1947, as bienais, a partir de 1950, a explosão dos modernistas a Hélio Oiticica, propiciaram, hoje, o reconhecimento internacional da estética brasileira. No mundo das imagens, como as artes plásticas, o cinema nacional iniciou com a fundação, no Rio de Janeiro, em 1941, da Atlântida Filmes, apresentando as chanchadas, de gosto popular e com o cunho nitidamente brasileiro. Em São Paulo, no ano de 1950, surgiu a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, na qual foi produzido o filme O Cangaceiro, em 1953, com diálogos de Rachel de Queiroz, premiado no Festival Internacional de Cannes. Em 1969, Joaquim Pedro de Andrade levou para a tela o personagem Macunaíma, de Mário de Andrade. E, logo a seguir, apareceu o Cinema Novo em que Glauber Rocha despontou. A arquitetura anterior das casas portuguesas, aquedutos, passando pelas esplendorosas igrejas barrocas, chegou à modernidade brasileira, com a construção de Brasília. Nessa mesma Semana de Arte Moderna, a música de Carlos Gomes e Villa-Lobos encarnou o espírito brasileiro e se projetou no campo internacional.
Heitor Villa-Lobos
A riqueza musical transpirou das alegrias e tristezas do nosso povo, por meio de representantes de uma legião de compositores, tais como: Noel Rosa, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Ernesto Nazaré, Tom Jobim e tantos outros, manifestando-se no choro, no frevo, no forró, no samba, na bossa nova e no tropicalismo. O terceiro segmento formador do pensamento brasileiro foi o religioso. A nossa catequese foi com os jesuítas.
José de Anchieta
O catolicismo firmou-se e tornou o Brasil o maior país católico do mundo. Temos uma característica devocional da nossa fé que produz multidões nas peregrinações a Aparecida, em São Paulo; a Juazeiro, no Ceará, para visitar o monumento ao Padre Cícero, e ao Círio de Nazaré, em Belém do Pará. A filosofia social no Brasil norteia-se pela busca do bem comum dos cidadãos, alicerçados pela orientação da filosofia tomista. Os valores nacionais fundamentam-se na ética cristã e nos valores absolutos do cristianismo como: verdade, bondade, justiça, sabedoria e amor, os quais estão na base da ação prática de nosso povo e do desejo que temos de uma nação mais justa e plenamente cristã. Tais valores repudiam, em sua essência, todas as formas de materialismo e totalitarismo, típicas de regimes fascistas e comunistas. Como anjos anunciadores, a Comunicação Nacional consolidou a língua portuguesa, moldou a unidade nacional e, sobretudo, tornou pública a alma nacional.
Hipólito da Costa
O primeiro jornal brasileiro, criado em 1808, foi o Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, editado em Londres, sendo o Jornal do Commércio, de 1827, o mais antigo em circulação. Embora Roquete Pinto seja o pioneiro da radiodifusão, em 1936, foi a Rádio Nacional que se firmou como o maior veículo de comunicação até os anos 1960. Em 1950, Chateaubriand criou a TV Tupi. Mas, a partir de 1965, a TV Globo, de Roberto Marinho, aproveitou a linguagem estética das artes plásticas, do cinema e da ópera brasileira. O carnaval e as danças do nosso folclore, somados ao conteúdo do rádio, transformaram-na em um veículo nacional, impondo uma forma de pensar, através de suas novelas, jornalismo etc. Recentemente, a TV Globo ampliou sua área de atuação, levando a língua portuguesa a mais de 280 milhões de pessoas. Nas análises realizadas pelo Grupo de Estudos, observamos que o homem é um Ser Cultural na visão ética; vimos que é livre na visão ontológica e que é espírito e a imagem de Deus. Analisando a trajetória do Ser Brasileiro, mostrou-se a superação dos conflitos nos momentos cruciais da nossa história. Essa superação delineou, também, a formação do espírito do brasileiro tão bem sintetizado por Ribeiro Couto (1898–1963), membro da Academia Brasileira de Letras, como sendo “homem cordial”.
Ribeiro Couto
Do homem cordial, há uma projeção para o círculo familiar e o Estado. O pensamento nacional é, em suma, erigido pelo seu valor universal. Nisto reside sua força e presença junto aos outros povos. Assim sendo, a alma cordial de nosso povo tem sido, no transcurso do tempo, um exemplo de diplomacia, tolerância e entendimento para todas as culturas, os credos e os povos. O Brasil nasceu de um projeto português de universalidade de viver em paz com todos os povos. Um padrão de instituição brasileira capaz de mostrar a maneira de ser de um povo cordial foi o Itamaraty. Barão do Rio Branco (1845–1912), exemplo da nossa diplomacia, com seu profissionalismo apolítico e convivência pacífica entre nações, deixou um legado como ensinamento, conceitos, exemplos, princípios e valores.
Barão do Rio Branco
Assim, estudar o pensamento brasileiro nos permite tomar consciência, gradativamente, do que é, de fato, “ser brasileiro”, além de nos estimular a preservar a cultura e os valores nacionais, partes singulares da nossa brasilidade, daquilo que nos constitui como nação e, sobretudo, a necessidade de elaborar o entendimento de que a nação deve prevalecer sobre o Estado. Mas ainda há muitos mistérios a serem desvendados no carimbó, no bumba meu boi e no samba deste povo que dança e é feliz na Terra de Santa Cruz.

Autor: Araken Hipólito da Costa. Coronel-Aviador Reformado, graduado em Arquitetura e Urbanismo, Diretor do Departamento Cultural do Clube de Aeronáutica e Conselheiro do INCAER.

Imagens: Google

Fonte: INCAER  

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