Visualizações:

Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 1 de agosto de 2015

Educação e Segurança

Quanto custa a cabeça de uma pessoa?

Texto: Lito          Fonte: Aviões e Músicas

O post não é para reclamar sobre as novas velocidades máximas nas vias marginais da cidade de São Paulo, cuja desculpa para ser adotada foi diminuir o número de mortes de motociclistas e pedestres – embora saibamos que o problema é muito mais embaixo do que simplesmente andar como tartaruga pelas vias, pois gente continuará morrendo e a causa raiz é relacionada à falta de atuação eficiente de educação e fiscalização.

Semana passada estava voltando de Santos pela rodovia Imigrantes, para quem não conhece é uma estrada de primeiro, nada deixa a desejar para estradas no exterior – exceto pelos “motoristas”. Quando cheguei ao planalto, comecei a ouvir umas batidas no teto do carro e um pedaço de linha de pipa apareceu na janela. Pensei que a pandorga tivesse ficado presa na antena, mas na verdade o que aconteceu foi isso aqui:
Antena decepada por linha de pipa com cerol
Eu perdi uma antena que custa R$ 64,00. Quanto custaria a cabeça de um motociclista? E da família dele? E quanto o Estado gasta ou deixa de arrecadar com uma morte precoce? E por que não se resolve? Porque vivemos em um país sem educação aliado à banalização da vida. O seu pescoço vale o mesmo que R$ 64,00. Já morreram policiais militares fazendo treinamento nos helicópteros do grupamento Águia porque tiveram suas cordas de rapel cortadas por linha de pipa. Policiais que treinavam para salvar vidas.

Morreram Policiais.
Cortados por linha de pipa.
E nada foi feito.

Quer dizer, uma lei Estadual foi criada em 1998 proibindo o uso de cerol.
Tivemos, por exemplo, o caso dos policiais militares Magdiel Pedroso de Lima – rioclarense – e Domingos Cortez, mortos em Indaiatuba, quando a corda que os prendia a um helicóptero foi cortada por uma linha untada com cerol”, recorda o deputado. Demarchi acredita, porém, que, para a lei ser eficaz, é fundamental a participação da comunidade na fiscalização e denúncia de quem tenta ganhar dinheiro colocando em risco a segurança de ciclistas, motociclistas e tantas outras pessoas. “Só assim, poderemos coibir uma prática criminosa, que transforma uma brincadeira aparentemente inocente em arma capaz de morte”, concluiu o parlamentar.

Onde entra a aviação nisso?
Nesta selva em que vivemos, os aviões compartilham o espaço aéreo nas proximidades dos aeroportos com as pipas, com os balões, com os drones , com os lasers e ainda está vencendo a batalha e felizmente não por sorte. Percebam que não coloquei pássaros aí, e acho que não precisa explicar o porquê não é? A foto abaixo é do site Piloto Policial.
Linha de pipa enrolada em um rotor de cauda de helicóptero.
Quando é que o proibido vai deixar de ser feito no Brasil? Não adianta só proibir e criar leis, é preciso uma dose de educação cavalar para curar este país, para que as vidas de Magdiel e Domingos não tenham sido em vão.

Se tivesse havido educação lá atrás, não estaríamos sendo forçados a andar a 50km/h em uma via expressa.

Se tiver educação agora, talvez não tenhamos que lamentar mais um acidente aéreo.

Visite: Aviões e Músicas