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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 31 de julho de 2021

Meteorologia

Militares atuam em temperatura abaixo de zero grau para segurança de voos no Sul 
Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) estão trabalhando em temperatura negativa para assegurar o controle do tráfego aéreo em algumas regiões do País. Na madrugada da quinta-feira, 29 de julho de 2021, a temperatura no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), em Santa Catarina (SC), chegou a -8,5ºC, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Apesar do tempom desafiante, cerca de 40 militares da Organização reforçaram a quantidade de peças do uniforme para honrar a missão de prover os meios necessários para o controle, a segurança e a defesa do espaço aéreo no Sul do Brasil. O Comandante do DTCEA-MDI, Capitão Comunicação Fábio Barbosa Laureano Luiz, explicou que parte do trabalho da Unidade é manter a disponibilidade e a confiabilidade dos ativos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), que fornece informações de vigilância radar, dados meteorológicos e telecomunicações aeronáuticas para o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II).
 
Controle e Defesa Aérea 
“Estes ativos contam com o suporte de sistemas de energia e de climatização extremamente robustos, de forma que viabilizam a atividade de controle e defesa aérea no cone sul do Brasil, juntamente com outros 13 Destacamentos subordinados ao CINDACTA II”, contou. Ainda de acordo com o Capitão Laureano, essa foi a segunda onda de frio no mês de julho de 2021 na região. “A estrutura operacional da FAB no DTCEA-MDI conta com uma equipe de cinco militares que se revezam no Alto do Morro da Igreja. Enfrentamos a tarefa com muito orgulho frente ao desafio, que é trabalhar na região mais fria do Brasil. Para garantir um trabalho seguro e salubre para o grupo, a Força fornece aquecedores dentro da Unidade, câmeras externas e uniformes desenvolvidos especificamente para o clima extremo da região”, informou.  
 
Dia mais frio de 2021
Santa Catarina registrou o dia mais frio do ano no Brasil na quinta-feira, 29 de julho de 2021, de acordo com o INMET. Na noite da quarta-feira (28), nevou em ao menos 13 cidades. Os flocos de neve começaram a cair na Serra por volta das 17h30. Já por volta das 21h, nevou também no Oeste catarinense. 
 
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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Concurso para a FAB

Aeronáutica faz exame para admitir 314 jovens com ensino médio 
 
 
Inscrições de 09/08 a 01/09/2021 
 
A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou as Instruções Específicas para a segunda turma do Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica, com ingresso em junho de 2022. As inscrições começam no dia 09 de agosto de 2021 e terminam no dia 01 de setembro de 2021. Para se inscrever, basta acessar o site: ingresso.eear.aer.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 70,00 (setenta reais).  
 
Ambos os sexos 
As vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos, que atendam às condições e às normas estabelecidas nas Instruções. Para serem habilitados à matrícula na segunda turma do Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS 2/2022), os candidatos devem possuir entre 17 e 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2022, além de terem concluído o Ensino Médio na data da Concentração Final do certame. O processo seletivo é composto de Provas Escritas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, procedimento de heteroidentificação complementar e validação documental. As Provas Escritas ocorrerão no dia 14 de novembro de 2021. Os aprovados em todas as etapas deste processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), no dia 26 de junho de 2022, para habilitação à matrícula no curso que terá duração de dois anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será promovido à graduação de Terceiro Sargento e será distribuído e classificado em alguma das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), localizadas em todo o território nacional, de acordo com a necessidade da Administração.
 
Inscrições: Clique aqui
 
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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Turma do Fabinho

Animação produzida pela FAB traz dicas para a volta às aulas
Com a volta às aulas presenciais nas escolas públicas em alguns estados brasileiros, inclusive no Distrito Federal (DF), a partir do dia 2 de agosto de 2021, a Força Aérea Brasileira (FAB) preparou uma animação com uma série de dicas e procedimentos para o combate à Covid-19.

Cuidados
A proposta é alertar os estudantes sobre os cuidados com colegas, professores e profissionais nas instituições de ensino. Em Brasília, a Rede Pública reabre as portas para o ensino básico - infantil e fundamental - pela primeira vez desde março de 2020. Quem traz as orientações para a volta à rotina de forma segura é a Turma do Fabinho, um grupo de dez personagens fictícios criados pela FAB para levar informação e entretenimento com responsabilidade ao público infantil.

Fonte: FAB

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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Carreiras na Aviação

Inédito:
Antigo aluno transmite o comando da EEAR ao irmão e também antigo aluno
Algo inédito, em termos de carreira na aviação, ocorrerá, no dia 05 de agosto de 2021, na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), sediada em Guaratinguetá (SP). Pela primeira vez, um oficial passará o comando daquela organização da Força Aérea Brasileira (FAB) a um irmão, tendo os dois sido antigos alunos da Escola. O Coronel Aviador Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues - que será promovido brevemente ao posto de Brigadeiro - assumirá, em cerimônia interna, o comando da instituição, atualmente liderada pelo seu irmão Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, ora designado para a Terceira Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica. Ambos os oficiais começaram a carreira na FAB como alunos da EEAR, onde se formaram como sargentos da especialidade de Controle de Tráfego Aéreo; Antonio Luiz em 1986 e Antonio Marcos em 1987. Posteriormente, prestaram concurso para a Academia da Força Aérea e tornaram-se oficiais da Aviação de Caça. Ambos são nascidos em Piquete (SP) e, antes de ingressarem na FAB viveram em Lorena (SP), onde frequentaram o Grupo Escoteiro Guaypacaré.

Três antigos alunos no comando da EEAR
Depois do comando da EEAR pelo Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues e a chegada do seu irmão Coronel Aviador Antonio Marcos para o mesmo cargo, é a terceira vez que um antigo aluno da Escola de Especialistas, onde se formou como terceiro-sargento, assume comando da unidade, após ter estudado na AFA ou na sua antecessora, a Escola de Aeronáutica, e ter atingido o primeiro posto do generalato, tendo em vista que o comando da escola é cargo privativo de Brigadeiro do Ar do quadro de aviadores.
A primeira vez que isso ocorreu foi com a designação para o cargo do então Brigadeiro Walacir Cheriegate, entre 1997 e 1999, quando assumiu o posto e levou sua liderança para incentivar a capacitação dos quase dois mil alunos e administrar os recursos materiais e humanos da EEAR, o maior complexo de ensino técnico-militar, com ênfase em aeronáutica, na América do Sul. Walacir iniciou sua carreira na EEAR, em 1960, tendo se formado como Terceiro-Sargento na especialidade de Desenho e obtendo a primeira classificação na turma. Chegou ao posto de Major-Brigadeiro. Sua carreira está registrada no livro “Trajetória de Honra: De Sargento a Brigadeiro, uma vida de amor à Força Aérea Brasileira.”

Saiba mais: Blog do NINJA de 01/04/2020. Clique aqui 

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terça-feira, 27 de julho de 2021

Tecnologia

Eve e Flapper fazem parceria para operações de aeronave elétrica vertical na AL
A Eve Urban Air Mobility Solutions, uma empresa da Embraer, e a Flapper , plataforma independente de aviação privada sob demanda, anunciaram, dia 22 de julho de 2021, uma parceria com o objetivo de desenvolver o mercado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) na América Latina. O acordo servirá como prova de conceito para progressão regional do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve, também conhecido no mercado como EVA (Electrical Vertical Aircraft ou Aeronave Elétrica Vertical). A Eve espera fornecer à Flapper até 25 mil horas de voo por ano, nas principais cidades da América do Sul como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (Brasil), Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), e na Cidade do México ( México). As partes planejam promover um sistema de reservas sob demanda para UAM, utilizando operações com helicópteros a fim de coletar dados para o desenvolvimento da aeronave. O contrato tem o potencial de trazer até 25 veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (EVA) da Eve para a Flapper.

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

KC-390 Millennium

Embraer testa o cargueiro KC-390 em pista de terra
A Embraer iniciou os testes do C-390 Millennium para operação em pista não pavimentada. A faixa de terra para as avaliações possui 1.800 metros e foi construída na unidade de Gavião Peixoto (SP), onde o C-390 é produzido.

Os ensaios servem à análise da operação do avião multimissão em pistas não asfaltadas.

Fonte: www.defesaaereanaval.com.br em 23/07/2021

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domingo, 25 de julho de 2021

Especial de Domingo

Nos domingos do mês de julho de 2021 fizemos diversas postagens em homenagem ao gênio Alberto Santos Dumont, nascido e falecido neste mês (20/7/1873 - 23/7/1932). 
Este querido brasileiro deu diversos exemplos de inteligência, coragem, generosidade, determinação, persistência, criatividade...
Teve, porém, como todos nós, as suas fraquezas. 
Infelizmente, em sua época, não pode contar com as conquistas da medicina, que outros gênios da humanidade lutaram para tornar real.
Assim, tirou a própria vida em decorrência destes males.
Um gesto trágico que não combina com o Santos Dumont herói.
Devemos lembrar, entretanto, que o Pai da Aviação, como todo ser humano, é uma extraordinária criação que vive acertos e falhas, alegrias e tristezas.
No Especial de Domingo de hoje retratamos dois momentos de sua história: a criação do Demoiselle e, também, a última etapa de sua vida, conteúdo selecionado do excelente site Cabangu.
Boa leitura.
Bom domingo!


DEMOISELLE


Em 1907, de março a junho, Santos Dumont fez experiências com o aeroplano com asa de madeira N°15 e com o dirigível N°16, misto de dirigível e avião, mas desiste desses projetos por não obter bons resultados. O número 17 seria cópia do número 15.

Em setembro, no Rio Sena, faz experiências com o N°18, um deslizador aquático.

Testa o primeiro modelo de um aeroplano em novembro de 1907, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, devido a sua graciosidade e semelhança com as libélulas.



Todavia, durante as primeiras experiências, o Nº19 sofreu um acidente, ficando seriamente avariado. Pesando 110 quilos, o Demoiselle era uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu.
 
Em Dezembro de 1908 exibe um exemplar do Demoiselle na Exposição Aeronáutica, realizada no "Grand Palais" de Paris. Em janeiro de 1909 obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.

Aproveitando características e formato do Nº19, foi criado o Demoiselle Nº20. Sua fuselagem era construída de longarinas de bambu com juntas de metal e as asas cobertas de seda japonesa, tornando-o leve, transparente e de grande efeito estético.
 
Em setembro do mesmo ano estabelece o recorde de velocidade voando a 96 km/h num Demoiselle. Faz um voo de 18km, de Saint-Cyr ao castelo de Wideville, considerado o primeiro reide da história da aviação. Com esta pequena aeronave ele ia visitar amigos em seus castelos, batendo recordes de velocidade e de distância de decolagem.


O Demoiselle era um avião pequeno, de tração dianteira, com a hélice girando no bordo de ataque da asa alta de grande diedro, o leme e o estabilizador eram de contorno poliédrico, montados em uma estrutura em forma de cruz e unidos à fuselagem por meio de uma junta que permitia o movimento do conjunto em todas as direções. O piloto ia sentado abaixo da asa logo atrás das rodas.
 


O comando era composto por um volante que controlava, através de cabos, o conjunto leme/estabilizador. Os cabos de sustentação da asa e reforço de estrutura eram cordas de piano. O Demoiselle Nº19 tinha como fuselagem uma única haste de bambu, com seis metros de comprimento e a asa era formada por uma estrutura simples.
 
O motor a explosão, de 20 hp, refrigerado a água, era de dois cilindros opostos e foi projetado pelo próprio Santos Dumont e construído pela fábrica Dutheil & Chalmers. Possuía ainda um estabilizador na frente e embaixo do avião e dois lemes laterais situados logo abaixo da asas. Tais itens foram logo abandonados, pois não contribuíram em nada para aumentar a estabilidade do aparelho.
 
Posteriormente, Santos Dumont alterou-o, desenhando novamente a asa para aumentar sua resistência e colocou um motor Antoniette de 24 hp na parte de baixo, entre as pernas do piloto, transmitindo o torque à hélice por meio de uma correia. Este ficou conhecido como Nº20 e foi descrito pela Scientific American de 12 de dezembro de 1908 como: "... de longe a mais leve e possante máquina desse tipo que jamais foi produzida."
 
E mais: "Um número de pequenos voos foram feitos e não se apresentou nenhuma dificuldade particular em mantê-lo no ar. Por causa do tamanho reduzido de seu monoplano, Santos Dumont foi capaz de transportá-lo de Paris para Sait-Cyr na parte traseira de um automóvel (...) Esta é a primeira vez que temos conhecimento de que um automóvel tenha sido usado para transportar um aeroplano montado, da cidade para um lugar apropriado no campo, onde o aviador pudesse levar adiante seus experimentos."


Ainda apresentando alguns problemas de estrutura e baixa potência, que Santos Dumont tentou compensar, o modelo Nº21 possuía uma fuselagem triangular composta por três hastes de bambu e nova asa, mais resistente e de maior envergadura, além da redução no comprimento do avião. Retorna a solução inicial de motor de dois cilindros contrapostos, instalado sobre as asas, atuando diretamente sobre a hélice.


O projeto do Nº22, era basicamente igual ao Nº21. Santos Dumont apenas experimentou, nos dois modelos, vários motores de cilindros opostos e refrigerados a água, com potências variando entre 20 e 40 hp, construídos por Dutheil & Chalmers, Clément e Darracq. Assim estes dois modelos demonstraram qualidades bastantes satisfatórias para a época, sendo produzidos em quantidade, uma vez que Santos Dumont, por princípios, jamais requereu patente por seus inventos.
 
A 18 de setembro de 1909 realiza seu último voo em uma de suas aeronaves, voando rasante em cima da multidão, sem segurar nos comandos.Com os braços abertos ele segurava um lenço em cada uma das mãos os quais soltou e foram disputados aos pedaços.
 
Santos Dumont, ao deixar as pessoas livres para fabricar o Demoiselle, permitiu que sua invenção se transformasse no primeiro avião popular.


Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle.
 
Santos Dumont deixou de voar em 1910 por motivos de saúde.



Entre o Brasil e a Europa
A despedida dos voos e a retirada de cena dos grandes acontecimentos deixaram o inventor brasileiro triste, sentindo-se esquecido e - com o tempo - em depressão. Esta enfermidade está relacionada, também, com a doença que desenvolveu após os 40 anos de idade: possivelmente esclerose múltipla.
 
Dumont veio algumas vezes ao Brasil, depois que se tornou uma celebridade. Na primeira delas, em 1914, ficou por pouco tempo. 
 
Volta à França, porém, é tempo de guerra. 
 
Ele havia construído uma casa de estruturas modestas em Benérville, apelidada de La Boîte por sua forma quadrada para se refugiar. Dada a saúde comprometida, Santos Dumont procurava fazer esportes e ocupar sua mente com prazeres científicos, construindo um observatório no teto desta casa com um potente telescópio Zeiss.
 
Passando a observar os astros, é confundido pela polícia francesa, que o considera espião dos alemães. A confusão deixou o aeronauta apavorado e ele, então, queima diversos papéis e anotações pessoais, que hoje poderiam ser excelentes fontes de pesquisa.

Santos Dumont retornou ao Brasil, após passagens pelos EUA, Chile e Argentina. Em 1917, começa a construir a casa de Petrópolis: "A Encantada".


Entre idas a Paris e retorno ao Brasil, vai percebendo o agravamento de sua doença. Em 1926, interna-se em um sanatório na Suíça. Em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont retornava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona, e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem.


Os amigos, alunos e professores da Escola Politécnica, prepararam ao herói nacional uma recepção com um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação, que jogaria flores sobre o navio e uma mensagem de boas vindas em um paraquedas, assim que a embarcação com Dumont a bordo entrasse na Baía de Guanabara.

Mas, um imprevisto: na manobra de contorno, uma das asas do avião toca nas águas e o aparelho some no fundo da baía, matando todos os seus tripulantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.
 
A depressão do inventor só faz aumentar. 
 
Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão. 
 
Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus, indo a seguir para Biarritz.
 
Santos Dumont continuou na Europa as suas pesquisas e invenções, únicas distrações que ainda conseguiam desviar-lhe a atenção dos desastres aéreos.
 
Em 1931, Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à família do inventor para que esta tomasse alguma providência.
 
Jorge Henrique Dumont Villares foi buscar o tio na Europa, trazendo-o definitivamente para o Brasil e passou a ser seu inseparável companheiro nos últimos momentos.

Em São Paulo
Em São Paulo, Alberto ia à Sociedade Hípica Paulista e ao Clube Atlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal "O Estado de São Paulo". Recebia a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, litoral paulista, para tratar de sua delicada saúde.
 
No Guarujá descansa, olhando o mar daquela praia tão formosa e o infinito do céu, enquanto as crianças brincam na areia. Não é mais aquele rapaz esperto que conquistara Paris aos 28 anos. Agora rareiam-lhe os cabelos, e faltam-lhe as forças. Seu sobrinho, receoso, está sempre em sua companhia, vigiando-o, temendo que algo possa acontecer.

Santos Dumont nunca aceitou o fato de que sua invenção fosse utilizada para fins bélicos, tão bem demonstrado durante a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918.


Ele acreditava que o avião deveria servir para unir as pessoas, como meio de transporte e, por que não, de lazer, como ele mesmo havia demonstrado, ao deslocar-se em suas aeronaves em Paris para assistir à ópera ou visitar amigos.

Em 1932 irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeia-se, provocando rivalidades e conflitos entre irmãos brasileiros. Nesta altura manda uma mensagem aos brasileiros, posicionando-se contra a luta fratricida.
 
Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões na revolução constitucionalista de 1932.
 
O acidente com o avião no Rio de Janeiro também o magoou muito.

Alberto Santos Dumont, em seus últimos dias, passeava pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos Dumont chorando na praia em frente ao Grand Hotel, após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões “vermelhinhos”, leais ao Governo Federal, na ilha da Moela.


Ele podia ouvir o ronco dos aviões do governo, indo em direção a capital paulista para missões de bombardeio, minando-lhe os nervos, obrigando-o a tapar os ouvidos.

O ruído, aquele ruído, aquela perseguição... 
 
E agora o aeroplano, seu invento, fruto de pesquisas e trabalho árduo de toda sua vida, empregado para a destruição e luta entre irmãos.
 
Aquele som o enlouquecia, e muito agravou seu estado de saúde. É este ambiente que leva-o à cometer suicídio em 23 de Julho de 1932, aos 59 anos, envolto na sua tragédia e na sua tortura.
 
Fonte: Cabangu

Pesquise: Blog do Ninja em 4/7/21, 11/7/21 e 18/7/21.  

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com

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sábado, 24 de julho de 2021

Transporte Aéreo

Fretamentos aéreos da Omini levarão turistas para o circuito religioso do Vale do Paraíba Paulista 
O aeroporto de São José dos Campos (SP) receberá, no dia 26 de julho de 2021, o voo inaugural do projeto Turismo da Fé, que ligará diversas cidades brasileiras a destinos religiosos do Vale do Paraíba Paulista, como os santuários de Aparecida, Frei Galvão em Guaratinguetá e Canção Nova em Cachoeira Paulista. O projeto foi desenvolvido pelas operadoras Turismo da Fé e Senator Tour Operator, em parceria com a empresa de aviação OMNI Aviation. A aeronave utilizada será o turboélice ATR-42-500, de tem 47 lugares. Segundo as operadores, a escolha do aeroporto de São José dos Campos levou em conta sua localização estratégica e a infraestrutura.
 
Voo inaugural 
O voo inaugural sairá do Rio de Janeiro e deve aterrissar às 9h em São José dos Campos. O evento faz parte das comemorações dos 254 anos de aniversário da cidade. Após a aterrissagem, o avião será “batizado” com jatos d'água e os passageiros serão recepcionados por representantes da prefeitura e convidados. Em seguida, farão um city tour por atrações turísticas de São José. A ida para Santuário Nacional de Aparecida, via transfer, está prevista para 17 horas.
 
Fretamento 
Além do Rio de Janeiro, os fretamentos também estarão disponíveis para grupos partindo do Distrito Federal, de Belo Horizonte / Pampulha e outras cidades a serem incluídas no roteiro. O circuito religioso que inclui Aparecida, Cachoeira Paulista e Guaratinguetá, recebe mais de 15 milhões de visitantes por ano.
 
Fonte: jornal O Vale, em 21/07/2021
 
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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Asas para que te quero

Exposição comemora 70 anos do ITA
A Exposição “Asas para que te quero”, em comemoração aos 70 anos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), está aberta, até março de 2022, em São José dos Campos (SP), no Parque Vicentina Aranha. A mostra reúne imagens e objetos da escola ao longo de sua história, de 1950 a 2020. Idealizada pela Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA) e pelo próprio Instituto, a exposição foi inaugurada com o lançamento do livro comemorativo "Asas para que te quero”. É a primeira vez que o Instituto traz ao público parte de seu acervo histórico, fora da Instituição. Instalada no Pavilhão São José, a mostra tem como espinha dorsal uma linha do tempo, que parte dos primórdios nos anos 50 aos tempos atuais, em momento de expansão. Uma vitrine especial reúne objetos pessoais do Marechal Casimiro Montenegro Filho, idealizador do ITA.

Sonho do Marechal Montenegro
Para o reitor do ITA, Anderson Ribeiro Correia, o projeto ITA 70 Anos relembra os acontecimentos do passado, fazendo uma associação com os acontecimentos mais recentes. "Indica que a escola vem honrando e dando continuidade ao sonho do Marechal Casimiro Montenegro Filho, formando técnicos competentes e cidadãos conscientes”, destaca. A exposição já contou com a visita de um dos personagens mais importantes da história da indústria aeronáutica brasileira e figura de destaque na história do ITA: o ex-Ministro da Infraestrutura e das Comunicações do Brasil, fundador da Embraer e Doutor Honoris Causa pelo Instituto, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, Ozires Silva. O convidado esteve presente, juntamente com o reitor do ITA, autografando o livro comemorativo dos 70 anos. A colaboração do Tenente-Coronel Ozires Silva, ao longo das sete décadas de desenvolvimento do Instituto, pode ser conferida no acervo presente na exibição.

Exposição
O projeto foi realizado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do ITA e da AEITA, com o patrocínio da Embraer e do Poliedro Educação e apoio das empresas Latécoère, Neogrid e Visiona Espacial. A ideia da exposição e do livro surgiu a partir da catalogação, pela AEITA, de objetos, projetos de alunos, documentos e fotografias de época – alguns itens nunca exibidos. Ao todo, foram organizadas cerca de quatro mil fotos, duas mil plantas de projetos de alunos e professores, além de 20 mil documentos, entre correspondências, relatórios e informativos para a comunidade iteana. Também foram catalogados objetos, como placas, medalhas e material escolar, como réguas e jogos de testes psicológicos, além de livros e outras publicações.

Visita virtual à exposição: Clique aqui 

Fotos: Sargento Roberto / DCS-ITA

Fonte: FAB

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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Indústria Aeronáutica

Embraer entrega 34 jatos no segundo trimestre de 2021
A Embraer anunciou, dia 21 de julho de 2021, ter entregue 34 jatos no segundo trimestre de 2021, sendo 14 comerciais e 20 executivos. Ao final do trimestre, a carteira de pedidos firmes totalizava US $ 15,9 bilhões, o que significa um aumento de 12% em relação ao primeiro trimestre, representando um retorno aos níveis pré-pandemia. A atual carteira de pedidos firmes (backlog) inclui o contrato de 30 aeronaves E195-E2 da Porter Airlines, do Canadá. Durante o segundo trimestre, a companhia aérea Helvetic Airways, da Suíça, recebeu a primeira de quatro novas aeronaves E195-E2. A Helvetic encomendou 12 E-Jets E2 para iniciar a renovação de frota: oito aeronaves E190-E2, já em serviço, e quatro E195-E2, solicitados do pedido original de E190-E2, além de direitos de compra para mais 12 aeronaves adicionais.

Aviação executiva
Na aviação executiva, durante o trimestre, a Embraer entregou o 600º jato executivo Phenom 300 para a Superior Capital Holdings, LLC, com sede em Fayetteville, Arkansas, Estados Unidos. A Embraer também entregou o primeiro dueto Phenom 300E da edição limitada, desenvolvida em colaboração com a Porsche. A Embraer também realizou a primeira conversão de um jato Legacy 450 em um Praetor 500 no Brasil. A conversão foi efetuada no Centro de Serviços próprio da Embraer em Sorocaba, no interior de São Paulo. Com a entrega, a Embraer já converteu um total de 20 jatos Legacy 450 em Praetor 500 na Europa, na América do Norte e no Brasil.

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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Santos Dumont

Exposição virtual homenageia Santos-Dumont 
A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), preparou uma homenagem para celebrar o 148° aniversário de nascimento do Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica, Alberto Santos-Dumont. A Exposição Virtual do Acervo Histórico do Museu Cabangu foi idealizada para que a sociedade possa conhecer, mais de perto, a vida pessoal do inventor. Durante o passeio virtual, o usuário poderá visitar os cômodos da casa onde Santos-Dumont nasceu em 1873, conhecer os objetos pessoais, visualizar as fotografias históricas, a mobília original, as réplicas de invenções, dentre outras curiosidades. “Esperamos que essa iniciativa sirva para disseminar ainda mais a vida e a obra inestimável desse grande brasileiro. Agradecemos à Fundação Casa de Cabangu e à Prefeitura de Santos Dumont, nossas parceiras na gestão desse projeto”, destacou o Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes. O Museu Cabangu guarda a memória de um dos maiores inventores do País, por isso deve ser cuidado com toda atenção. A responsabilidade da manutenção do Museu é dividida entre a Fundação Casa de Cabangu, que toma conta do acervo; a Prefeitura do município, que provê recursos para manutenção dos funcionários; e a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da EPCAR, que é responsável pela proteção e manutenção do local.
 
Museu Santos-Dumont
Localizada dentro do Parque Cabangu, no alto da Serra da Mantiqueira, em Santos Dumont (MG), a construção da casa é datada do final do século XIX. Foi residência de mantenedores da ferrovia e, de 1872 a 1875, abrigou a família do engenheiro Henrique Dumont, pai de Santos-Dumont, que tinha a missão de empreender a construção do prolongamento da atual Estrada de Ferro Central do Brasil. A casa térrea fica numa pequena elevação, à beira de um lago. Ela possui uma área construída de 187,89 m² e tem influência arquitetônica colonial. Em 1973, foi transformada no Museu Casa Natal de Santos-Dumont.
 
Fonte: FAB, em 20/07/2021
 
Exposição virtual: Clique aqui
 
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terça-feira, 20 de julho de 2021

Datas Especiais

20 de julho:
Nascimento de Santos Dumont
Pai da Aviação
Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos Dumont, filha de uma tradicional família portuguesa. Com Alberto ainda pequeno a família se mudou para Valença (RJ) e passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20 km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade. Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar em Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e comprou um para si. Logo Santos Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris. Com a morte do pai, um ano depois, o jovem Santos Dumont sofreu um grande abalo emocional, mas continuou os estudos na Cidade-Luz. Em 1897 fez seu primeiro voo num balão alugado. Um ano depois, subia ao céu no balão Brasil, construído por ele. Mas procurava a solução para o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma de charuto, com hidrogênio e motor a gasolina.

Primeiro voo
No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro voo de um balão com propulsão própria. No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3. O sucesso de Santos Dumont chamou a atenção do milionário Henry Deutsch de la Muerte que no dia 24 de março de 1900 ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud, contornasse a torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida em 30 minutos. Santos Dumont fez experiências com os números 4 e 5. Em 19 de outubro de 1901 cruzou a linha de chegada com o número 6, mas houve uma polêmica graças a um atraso de 29 segundos. Em 4 de novembro o Aeroclube da França declarou-o vencedor. Além do Prêmio Deutsch recebeu do presidente Campos Salles outro prêmio no mesmo valor e uma medalha de ouro. Em 1902 o príncipe de Mônaco, Alberto 1º, ofereceu um hangar para ele fazer suas experiências no principado. Santos Dumont continuou construindo seus dirigíveis. O numero 11 foi um bimotor com asas e o numero 12 parecia um helicóptero. Em 1906 foi instituída a Taça Archdeacon para um voo mínimo de 25 metros com um aparelho mais pesado que o ar, com propulsão própria. O Aeroclube da França lançou o desafio para um voo de 100 metros.

Com Edison e Roosevelt
Em abril de 1902 Santos Dumont viajou para os Estados Unidos onde visitou os laboratórios de Thomas Edison e foi recebido pelo presidente Theodore Roosevelt. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, o 14-Bis voou por uma distância de 60 metros, a três metros de altura e conquistou a Taça Archdeacon. Uma multidão de testemunhas assistiu a proeza e no dia seguinte toda a imprensa louvou o fato histórico. O dinheiro do prêmio foi distribuído para seus operários e os pobres de Paris, como era o costume do inventor. Em 12 de novembro de 1906, na quarta tentativa, conseguiu realizar um vôo de 220 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância e ganhando o Prêmio Aeroclube. Santos Dumont não ficou satisfeito com os números 15 a 18 e construiu a série 19 a 22, de tamanho menor, chamadas Demoiselles. Santos Dumont recebeu diversas homenagens na Europa e nas Américas, em especial no Brasil, onde foi recebido com euforia. Como o brasileiro não patenteava suas invenções, seus projetos foram aperfeiçoados por outros como Voisin, Leon Delagrange, Blériot, Flarman. Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, o primeiro encontro aeronáutico do mundo e o desafio da travessia do Canal da Mancha. Nesse ano Santos Dumont obteve o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França. Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o canal da Mancha e foi parabenizado por carta pelo brasileiro.

Primeira Guerra Mundial
Cansado e com a saúde abalada, Santos Dumont realizou seu último vôo em 18 de setembro de 1909. Depois fechou sua oficina e em 1910 retirou-se do convívio social. Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o início da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra e Santos Dumont amargurou-se ao ver sua invenção ser usada com finalidades bélicas. Passou a se dedicar ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Em 1915, com a piora na sua saúde, decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso Científico Panamericano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os países. Já sofrendo com a depressão, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. Permaneceu lá até 1922, quando visitou os amigos na França. Passou a se dividir entre Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG. Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. No mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Internou-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na Suíça. Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na Suíça e depois retornou à França. Em 1928 veio ao Brasil no navio Cap Arcona. A cidade do Rio de Janeiro tinha se preparado para recebê-lo festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. Abatido, Santos Dumont retornou a Paris.

Legião de Honra
Em junho de 1930 foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra da França. Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro, encontrou Santos Dumont doente na França, o que o levou a entrar em contato com a família e a pedir ao sobrinho Jorge Dumont Villares que fosse buscar o tio. De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente no Guarujá, onde se instalou no Hotel La Plage, em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Faleceu no dia 23 de julho de 1932, aos 59 anos. 


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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Tráfego Aéreo

DECEA implanta circulação especial sobre o mar, para helicópteros na Bacia de Santos 
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização do Comando da Aeronáutica, deu início, no dia 15 de julho de 2021, à primeira fase de um projeto especialmente dedicado às operações aéreas na região de plataformas petrolíferas da Bacia de Santos. Parte do empreendimento “Melhoria dos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas – Áreas Oceânicas – PFF-008” do Programa Sirius Brasil, a Fase 1 do projeto entrega uma série de benefícios aos usuários da região, a partir da estruturação de um espaço aéreo offshore com novas rotas aéreas especialmente destinadas às operações das aeronaves de asa rotativa. Na ocasião, o voo inaugural da aeronave PR-BGN, da empresa CHC Táxi Aéreo, recebeu as boas-vindas, ao novo espaço aéreo offshore, do Segundo Sargento Jhonathan Gabriel de Oliveira Pinheiro, controlador de tráfego aéreo do Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ): “a partir deste momento, está sendo implantada a primeira fase do Projeto PFF-008 do Programa Sirius Brasil. A Fase 1 do projeto proporcionará o aumento da segurança operacional e da consciência situacional entre os voos offshore, por meio da utilização da carta aeronáutica especial da Bacia de Santos e da disponibilização de três frequências para a auto coordenação na região. Ao ingressar no portão DILBIL, sua aeronave será a primeira a utilizar o conceito de rotas RNAV para a navegação offshore VFR na Bacia de Santos”, anunciou na fonia. Desenvolvido pelo DECEA, a coordenação do projeto ficou a cargo da Divisão Operacional do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, (CINDACTA II), que contou com a participação, sobretudo na fase de planejamento, de todos os atores envolvidos nas operações cotidianas da região, como Petrobrás, Infraero, NAV Brasil, exploradores de petróleo, empresas aéreas, pilotos, entre outras organizações.
 
Segurança 
Entre os objetivos da iniciativa, estão o incremento da segurança operacional e a estruturação do espaço aéreo na Bacia Petrolífera de Santos, com modernas técnicas de circulação aérea, visando atender à crescente demanda offshore e o desenvolvimento dessa área estratégica do pré-sal brasileiro. Para assegurar a separação entre as aeronaves durante essa primeira fase, quando ainda não há uma infraestrutura completa de comunicação aeronáutica, serão estabelecidas altitudes específicas para realização dos voos. A definição de altitudes para os voos de ida e retorno às unidades marítimas garantirá a separação vertical na maioria dos cruzamentos durante o deslocamento, além de evitar os conflitos em rumos contrários, chamados proa a proa. A nova circulação aérea na Bacia está pautada na Circular de Informações Aeronáuticas AIC N 27/21.
 
Fonte: DECEA
 
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domingo, 18 de julho de 2021

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, tradicionalmente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


O 14 bis

Foi apenas em 1905 que Santos Dumont passou a se preocupar com o mais pesado que o ar, após observar um voo realizado pelo francês Gabriel Voisin em seu novo planador, percebendo que dali em diante o futuro da aviação estaria ligado ao aeroplano.

Assim, em julho de 1906, Santos Dumont fez as primeiras experiências para verificar a estabilidade e o equilíbrio de um biplano formado por seis células de Lawrence Hargrave, com asas em forma de diedro.
 

Animado com os resultados, partiu para experiências com o biplano suspenso no Dirigível Nº14, daí o nome 14bis pelo qual passou a ser chamado. Dessa forma, a manutenção no ar passava a ser dada pelo balão e, a direção, pelo biplano.
 
Com o balão, portanto, queria reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade. Santos Dumont retirou o balão, atitude que o levaria a duplicar a potência do motor.

Prudente, resolveu simular um voo com o 14bis, suspendendo o aeroplano em cabo de aço e o fazendo deslizar com o auxílio de um jumento que puxava o aparelho. Seu objetivo era sentir o equilíbrio de sua máquina.

Aqui vemos mais um feito original do aeronauta; construiu aquilo que pode-se chamar de primeiro simulador de voo da história.
 

Depois, decidido a fazer os testes definitivos, recebeu autorização para usar os gramados do Campo de Bagatelle, em Paris.

O 14bis não necessitava de veículo auxiliar. Desta vez Santos Dumont estava disposto a se elevar do solo contando somente com o seu avião. Essa invenção, que o deixou famoso em todo mundo, possuía 11,20m de envergadura, 9,68m de comprimento, e 3,40m de altura. A superfície total era de 79,60m².

Os lemes de direção e profundidade foram colocados à frente da aeronave, numa concepção contrária a de hoje, isto é, as asas do 14bis ficam atrás, com o motor, enquanto a "cauda" situava-se a frente, ou seja, o conjunto em forma de "T",sendo que a cauda desse "T" constituía a parte da frente do aparelho.
 

Na conjunção dos braços encontrava-se o motor. Inicialmente, o 14bis apresentava trem de pouso com 3 rodas; posteriormente, Santos Dumont retirou a roda traseira. Essas eram simples rodas de bicicletas, distantes, entre elas, apenas 70cm.

O motor a gasolina do tipo "Antoinette", construído por Leon Levavasseur, era em "V" com 8 cilindros (4 de cada lado) e tinha inicialmente uma potência de 24 HP funcionando a um regime de 1000 rpm(rotações por minuto).
 
O leme dianteiro, todo em seda japonesa, movimentava-se em todas as direções, tendo 3m de largura por 2m de comprimento e 1,50m de altura.
 
Os franceses apelidaram aquele estranho aparelho de "Oiseau de Proie" (ave de rapina), ou "Canard", devido a semelhança com um pato. Os ingleses denominavam-no como "Bird of Prey".

Prêmios Archdeacon e Aeroclube da França

O famoso advogado francês Ernest Archdeacon, nascido em Paris, filho de pais irlandeses e membro do Aero Clube da França, decidiu premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 25 metros em um voo nivelado.
 
Ofereceu, para tanto, uma taça e um prêmio de três mil francos para o piloto que alcançasse o feito elevando-se por seus próprios meios. Os experimentos eram marcados com antecedência, para evitar quaisquer benefícios deste ou daquele aeronauta. Os americanos irmãos Wright não se apresentaram para concorrer.
 
Nesta ocasião, Santos Dumont encontrava-se na última etapa das experiências com o 14bis. Era o momento para tentar a conquista do prêmio.
 
A 21 de agosto de 1906, Santos Dumont realizou a primeira tentativa de voo; mal-sucedida, dada a pouca potência do motor do 14bis.
 
No dia 13 de setembro, Santos Dumont realizou o primeiro voo, de 7 ou 13 metros (segundo diferentes versões), que culminou com um pouso violento, no qual a hélice e o trem de pouso foram danificados.
 
Com um motor de 50 HP, emprestado do futuro construtor de aviões Louis Bréguet, reequipou o 14bis. Assim, a hélice passou a girar em regime pleno, a 1500 rpm. Também para proporcionar melhor rendimento à aeronave, diminuiu-se o peso posterior em cerca de 40 kg.

Com esse avião, Santos Dumont conseguiu realizar, em 23 de Outubro de 1906, o primeiro "voo mecânico" do mundo, devidamente homologado, alcançando a distância de 60m, em voo nivelado a uma altura que variava entre 2m e 3m com duração de 7 segundos.Com esse feito, Santos Dumont arrebatou os 3.000 francos do prêmio Archdeacon.
 

Portanto, Santos Dumont havia resolvido o problema do voo num aparelho mais pesado que o ar: o 14bis realizou uma corrida sobre o Campo de Bagatelle, desprendeu do solo, voando em linha reta e pousando em seguida, sem qualquer avaria.

Somente não voara um percurso maior, por que a grande multidão, que afluíra ao Campo para assistir a este grande evento, correra em direção ao 14bis, como que extasiada por aquele verdadeiro milagre que acabava de acontecer. Além disso, Santos Dumont, descrevendo em 1918, chegou a declarar "Não mantive mais tempo no ar, não por culpa da máquina, mas exclusivamente minha, que perdi a direção".

A 12 de novembro de 1906 o 14bis surgiu exibindo uma novidade: os "ailerons", pequenas superfícies móveis colocadas nas asas e com o propósito de manter o equilíbrio horizontal do avião. Estava pronto para disputar outro prêmio, instituído pelo aeroclube francês, que concederia 1.500 francos para quem voasse 100 metros.
 

Santos Dumont melhorou ainda mais a performance do 14bis e a sua habilidade em pilotá-lo, ao realizar vários voos sempre aumentando a distância percorrida.

Como ficava com as duas mãos ocupadas nos diversos comandos do avião, Santos Dumont costurou um "T" de madeira em seu paletó de onde partiam argolas finas ligadas aos cabos de comando que atuavam nos "ailerons". Inclinando o ombro para a direita ele podia comandar o "aileron" esquerdo, e vice-versa, reagindo ambas as superfícies, de maneira coordenada, de acordo com a inclinação do corpo do aviador.
 
Neste dia, 12 de novembro de 1906, além de Dumont, estava competindo o francês Louis Bleriot.
 
A primeira tentativa foi de Bleriot, porém sua aeronave não conseguiu voar. Talvez tenha até esboçado algum salto, mas todos viram que a aeronave de Bleriot não voou. Deve-se registrar que Bleriot era um competidor tão talentoso quanto Santos Dumont.
 
Os dois eram amigos e existia o respeito e a competição sadia. Talvez se sua aeronave conseguise ultrapassar os 60 metros de distância e altura superior a 1 metro, Bleriot teria sido de fato o primeiro a voar.
 
Porém a História registra o feito de Santos Dumont: 2 tentativas iniciais não ultrapassaram a marca de 23 de outubro. Nota: a aeronave conseguiu livrar o solo, porém isto não bastava para a comissão julgadora. As experiências tinham que passar pelo crivo dos julgadores e regras. Não estava envolvido apenas livrar o solo, planar, movimento balístico ou coisas semelhantes. O equipamento deveria voar no sentido estrito da palavra.
 
Naquela segunda-feira, ao cair da tarde, ele conseguiu voar 220m, a 6m de altura do solo, em 21,2 segundos a uma velocidade média de 41 Km/h.

Conquistara, portanto, o outro prêmio, oferecido pelo Aeroclube de França, conferido "ao primeiro aeroplano que, levantando-se por si só, fizesse um percurso de 100m com desnivelamento máximo de 10%".Desta forma, em 12 de novembro de 1906, bateu seu recorde de 23 de Outubro.
 

A multidão envolveu o 14bis e Santos Dumont saiu carregado em triunfo pelo povo que acorrera ao Campo de Bagatelle. Toda a imprensa mundial noticiou os dois grandes feitos do nosso brasileiro.

Esse marcante acontecimento também repercutiu intensamente no continente americano, em especial no Brasil.
 
O destino reservara a um brasileiro o registro público e a honra de ter sido o primeiro a conseguir voar em um aparelho mais pesado que o ar: o avião.


Fontes: Cabangu e Wikipédia

Pesquise: Blog do Ninja em 4/7/21 e 11/7/21

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com  

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sábado, 17 de julho de 2021

Carreiras na Aviação

Bacharéis concluem estágio no SEREP-SP e se tornam aspirantes da FAB 
No dia 15 de julho de 2021, o Serviço de Recrutamento e Preparo de Pessoal da Aeronáutica de São Paulo (SEREP-SP) celebrou seu quarto aniversário em cerimônia militar, realizada na Base Aérea de São Paulo (BASP). A solenidade foi marcada pela conclusão do Estágio de Adaptação Técnico (EAT-2021), ato materializado com o juramento à Bandeira Nacional pelos novos 28 Aspirantes ao Oficialato da Força Aérea Brasileira (FAB). Na ocasião, também foram rendidas homenagens ao Graduado e Praça-Padrão do SEREP-SP. O SEREP-SP foi ativado, no dia 10 de julho de 2017, com a finalidade de planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades relacionadas com a gestão de pessoal e do serviço militar dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. “O SEREP-SP vem buscando ser reconhecido como uma Organização Militar de vanguarda nos procedimentos de recrutamento, seleção, preparo e alocação de pessoal. Por uma feliz coincidência, nesta data, entregamos à Força Aérea mais uma turma de Aspirantes a Oficial, forjada em tempo recorde para suprir prementes necessidades das unidades militares da guarnição”, pontuou o Chefe do SEREP-SP, Coronel Aviador André José Fernandes Martins.
 
Oficialato 
Essa data representa mais que a conclusão de uma etapa para a Aspirante Cynthia de Souza Petzold, que conseguiu realizar seu sonho após cinco anos servindo como Sargento da FAB. A militar vinha prestando concursos anuais para Oficial e, paralelamente, cursando especializações na área de administração para incrementar seu currículo. “Foi uma honra ser Sargento da FAB e após tantos anos lutando por um objetivo, receber hoje a espada que simboliza o oficialato da Força Aérea Brasileira é uma sensação inexplicável. Sinto-me realizada e sem palavras para descrever a emoção dessa conquista”, expressou a Aspirante. O Diretor de Administração do Pessoal (DIRAP), Major-Brigadeiro do Ar Fernando César da Costa e Silva Braga, presidiu o evento. “É uma honra participar dessa cerimônia de grande significado. O SEREP-SP é uma organização nova, porém com uma responsabilidade muito grande. É um orgulho ter subordinada à DIRAP essa equipe que desenvolve seu trabalho com maestria. Quero parabenizar e desejar vida longa à unidade e muitas felicidades aos Aspirantes da Turma Atalaia”, declarou. Fotos: Soldado Zancanaro (BASP)
 
Fonte: FAB
 
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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Datas Especiais

16 de julho: Dia do Veterano da FAB
Todo 16 de julho é comemorado como o “Dia do Veterano da Força Aérea Brasileira”. A data é emblemática para a FAB, pois marca o retorno dos Veteranos que lutaram na II Guerra Mundial, nos campos e céus da Itália, contra forças nazistas e fascistas. O dia foi escolhido, segundo a portaria de fevereiro de 2020 que o criou, “não apenas para homenagear aqueles que atuaram durante a 2° Guerra Mundial, mas também para reconhecer a contribuição de todos os integrantes da FAB que deixaram o serviço ativo, desde a sua criação até os dias atuais”.

Reconhecimento
A comemoração do Dia do Veterano da FAB visa reconhecer homens e mulheres que vestiram o azul-aeronáutico - ou os antigos uniformes na cor azul baratéia ou cáqui - com honra e dedicação, de modo a valorizar os profissionais que labutaram em prol do engrandecimento do Brasil como Nação soberana e da FAB ao longo de sua história. O termo “Veterano”, por sua vez, é comumente utilizado para designar alguém experiente, especificamente no meio militar, uma pessoa que serviu por muitos anos nas Forças Armadas. A palavra também tem a conotação de uma pessoa experiente ou de notório saber. Tais homens e mulheres colocaram em evidência o Patriotismo, a Disciplina, o Comprometimento, o Profissionalismo e a Integridade, que se tornaram princípios que norteiam a Instituição.

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