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Voar é um desejo que começa em criança!

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Ação Cívico-Social

FAB leva militares das FFAA para apoio de saúde aos xavantes
Como mais uma das ações do Governo Federal no combate à pandemia da COVID-19, começou, dia 27 de julho de 2020, a primeira fase da Missão Xavante. É mais uma ação interministerial das Pastas da Defesa e da Saúde, na região Centro-Oeste do Brasil, levando assistência médica e insumos para auxiliar a população de brasileiros indígenas.

9 mil índios
Na primeira fase, a estimativa é atender cerca de nove mil brasileiros da etnia Xavante, que vivem nas aldeias localizadas no entorno dos Polos Bases de São Marcos e Campinápolis. Os Polos fazem parte do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante, situado em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso.

Força Aérea
Com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), foram deslocados para a região 24 profissionais de saúde das Forças Armadas, oriundos de Hospitais e Organizações Militares de Curitiba (PR), do Rio de janeiro (RJ) e de Brasília (DF). São médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que reforçarão o atendimento médico local realizado pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do DSEI Xavante. Também, foram transportadas cerca de três toneladas de insumos de saúde. Na carga, medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e testes para Covid-19 enviados pelo Ministério da Saúde, para abastecer a primeira fase da missão e os Polos Bases do Distrito.

Texto: Com informações de Maristella Marszalek e 1º Ten Josiany , da 5ª RM

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Transporte Aéreo

Embraer cria solução para levar carga em aviões comerciais
A Embraer criou novas soluções para transportar cargas em sua linha de aeronaves comerciais. “Os engenheiros da Embraer aceitaram o desafio quando os clientes perguntaram se conseguiriam encontrar uma maneira das aeronaves comerciais transportarem carga na cabine de passageiros”, explicou Johann Bordais, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

Cargas
Além de possibilitar o transporte de cargas menores nos compartimentos de bagagem acima dos assentos, itens maiores também podem ser transportados nos assentos, respeitadas as restrições. “Um jato E190 de 96 lugares totalmente carregado pode transportar três toneladas métricas (ou 6.720 libras) de carga na cabine, além da carga do bagageiro inferior. Já um E195 de 118 lugares, pode transportar até 3,75 toneladas métricas (ou 8.260 libras)”, exemplificou a empresa sobre o peso das cargas. Os operadores também poderão optar por uma configuração de frete montada no piso  caso a carga transportada não caiba nos assentos para passageiros. Essa solução permite a remoção de até 70% dos assentos, com as demais áreas acomodando itens no piso da cabine. A carga deve estar contida em uma rede de proteção previamente aprovada, que é fixada aos trilhos interno e externo dos assentos.

Azul
A novidade já foi desenvolvida para um jato E195 de primeira geração, para a Azul Cargo, no Brasil. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já concedeu a isenção para o transporte de carga adicional em aeronaves de passageiros da Embraer.

Transporte Aéreo

 Azul é eleita a melhor do mundo na Tripadvisor
A Azul Linhas Aéreas foi eleita a Melhor Companhia Aérea do Mundo no Prêmio Escolha dos Viajantes 2020 da plataforma Tripadvisor. É a primeira companhia brasileira a alcançar o feito da premiação mais alta de um ranking mundial de grande porte. O Tripadvisor é a maior plataforma de viagens do mundo e reúne  avaliações de hotéis, restaurantes e companhias aéreas. Todos os votos na plataforma são feitos pelos próprios usuários.Os vencedores são calculados com base na qualidade e quantidade dos milhões de avaliações, opiniões e classificações coletadas no Tripadvisor em 2019, antes da pandemia. Com mais de 8,7 milhões de empresas listadas no Tripadvisor, esses prêmios atestam o serviço e a qualidade que os vencedores oferecem aos seus clientes. No ranking 2020, logo atrás da Azul ficaram a Singapore Airlines e a Korean Air. 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Indústria Aeronáutica

Embraer amplia intervalo de revisões dos jatos Phenom
A Embraer anunciou, dia 27 de julho de 2020, uma revisão dos Requisitos de Manutenção Programada para a família de jatos Phenom, prolongando os intervalos entre as interrupções de 600 horas e/ou 12 meses para 800 horas ou 12 meses e múltiplos. A maioria das tarefas com intervalos duplos também foi otimizada para o período mais longo. Isso representa uma melhoria de 33% no intervalo de manutenção, quase o dobro da média do setor. Para os clientes da série Phenom, essa melhoria significativa equivale a menos tempo de inatividade, menores custos de manutenção, uma longa vida econômica e mais tempo no ar. A melhoria foi possível graças ao desempenho do Phenom na última década.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Busca e Salvamento

FAB faz mais dois resgates no Oceano Atlântico
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1°/8° GAV), realizou mais dois resgates de tripulantes doentes que estavam a bordo de navios no Oceano Atlântico, no litoral do Brasil.

No litoral do Ceará
O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), resgatou, no dia 24 de julho de 2020, um tripulante filipino com suspeita de pancreatite aguda, a bordo de um navio que veio de Nova Orleans, nos Estados Unidos, com destino a Santos (SP). O navio navegava na costa brasileira, próximo ao estado do Ceará. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Recife. O navio Halcon Trader, originário das Filipinas, foi localizado a 325 Km da costa brasileira, próximo à cidade de Fortaleza (CE). A aeronave H-36 Caracal decolou de Parnamirim (RN) às 8h40 e voou até a posição do navio para realizar o resgate. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR (do inglês, Search and Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés, imobilizaram o tripulante do navio e o içaram. Ao final, o Esquadrão transportou o paciente para o Aeroporto Internacional de Fortaleza, sendo transferido, em seguida, de ambulância, para um hospital da capital cearense para receber atendimento médico especializado. A operação teve duração de três horas de voo.

No litoral de Alagoas
O mesmo Esquadrão Falcão (1º/8º GAV) havia resgatado, no dia 22 de julho de 2020, um tripulante indiano que estava a bordo de navio de bandeira das Ilhas Marshall que navega na costa brasileira, próximo ao estado de Alagoas. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Recife.
O navio Fairchem Blueshark oriundo das Ilhas Marshall, foi localizado a cerca de 65 km da costa brasileira, na direção da cidade de Maceió (AL).

Fotos: Capitão Leir e Tenente Varela (1º/8º GAV)

Fonte: FAB

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Aeroportos

Governo federal ampliará aeroporto de Angra dos Reis
O governo federal, por meio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou, no dia 24 de julho de 2020, a ampliação do aeroporto de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O investimento será de R$ 29 milhões do Fundo Nacional de Aviação Civil. De acordo com Freitas, as obras, que serão licitadas já no mês de agosto, criarão um novo pátio para o estacionamento de aeronaves e estenderão a pista, que passará a ter 1.180 metros. “Nós vamos transformar isso daqui em um grande ponto de entrada para Angra dos Reis”, completou o ministro. A expectativa é que o aeroporto possa até receber aeronaves comerciais de médio porte e incrementar o segmento de turismo na região.

domingo, 26 de julho de 2020

Especial de Domingo

Nos domingos de  julho de 2020, repetindo prática de anos anteriores, fizemos diversas postagens em homenagem ao gênio Alberto Santos Dumont, nascido e falecido neste mês (20/7/1873 - 23/7/1932). 
Este querido brasileiro deu diversos exemplos de inteligência, coragem, generosidade, determinação, persistência, criatividade...
Teve, porém, como todos nós, as suas fraquezas. 
Infelizmente, em sua época, não pode contar com as conquistas da medicina, que outros gênios da humanidade lutaram para tornar real.
Assim, tirou a própria vida em decorrência destes males, um gesto trágico que não combina com o Santos Dumont herói.
Devemos lembrar, entretanto, que o Pai da Aviação, como todo ser humano, é uma extraordinária criação que vive acertos e falhas, alegrias e tristezas.
No Especial de Domingo de hoje retratamos dois momentos de sua história: a criação do Demoiselle e, também, a última etapa de sua vida, conteúdo selecionado do excelente site Cabangu.
Boa leitura.
Bom domingo!


DEMOISELLE


Em 1907, de março a junho, Santos Dumont fez experiências com o aeroplano com asa de madeira N°15 e com o dirigível N°16, misto de dirigível e avião, mas desiste desses projetos por não obter bons resultados. O número 17 seria cópia do número 15.

Em setembro, no Rio Sena, faz experiências com o N°18, um deslizador aquático.

Testa o primeiro modelo de um aeroplano em novembro de 1907, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, devido a sua graciosidade e semelhança com as libélulas.



Todavia, durante as primeiras experiências, o Nº19 sofreu um acidente, ficando seriamente avariado. Pesando 110 quilos, o Demoiselle era uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu.
Em Dezembro de 1908 exibe um exemplar do Demoiselle na Exposição Aeronáutica, realizada no "Grand Palais" de Paris. Em janeiro de 1909 obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.

Aproveitando características e formato do Nº19, foi criado o Demoiselle Nº20. Sua fuselagem era construída de longarinas de bambu com juntas de metal e as asas cobertas de seda japonesa, tornando-o leve, transparente e de grande efeito estético. Em setembro do mesmo ano estabelece o recorde de velocidade voando a 96 km/h num Demoiselle. Faz um voo de 18km, de Saint-Cyr ao castelo de Wideville, considerado o primeiro reide da história da aviação. Com esta pequena aeronave ele ia visitar amigos em seus castelos, batendo recordes de velocidade e de distância de decolagem.


O Demoiselle era um avião pequeno, de tração dianteira, com a hélice girando no bordo de ataque da asa alta de grande diedro, o leme e o estabilizador eram de contorno poliédrico, montados em uma estrutura em forma de cruz e unidos à fuselagem por meio de uma junta que permitia o movimento do conjunto em todas as direções. O piloto ia sentado abaixo da asa logo atrás das rodas.


O comando era composto por um volante que controlava, através de cabos, o conjunto leme/estabilizador. Os cabos de sustentação da asa e reforço de estrutura eram cordas de piano. O Demoiselle Nº19 tinha como fuselagem uma única haste de bambu, com seis metros de comprimento e a asa era formada por uma estrutura simples. O motor a explosão, de 20 hp, refrigerado a água, era de dois cilindros opostos e foi projetado pelo próprio Santos Dumont e construído pela fábrica Dutheil & Chalmers. Possuia ainda um estabilizador na frente e embaixo do avião e dois lemes laterais situados logo abaixo da asas. Tais ítens foram logo abandonados, pois não contribuiram em nada para aumentar a estabilidade do aparelho.
Posteriormete, Santos Dumont alterou-o, desenhando novamente a asa para aumentar sua resistência e colocou um motor Antoniette de 24 hp na parte de baixo, entre as pernas do piloto, transmitindo o torque à hélice por meio de uma correia. Este ficou conhecido como Nº20 e foi descrito pela Scientific American de 12 de dezembro de 1908 como: "... de longe a mais leve e possante máquina desse tipo que jamais foi produzida."
E mais: "Um número de pequenos voos foram feitos e não se apresentou nenhuma dificuldade particular em mantê-lo no ar. Por causa do tamanho reduzido de seu monoplano, Santos Dumont foi capaz de transportá-lo de Paris para Sait-Cyr na parte traseira de um automóvel (...) Esta é a primeira vez que temos conhecimento de que um automóvel tenha sido usado para transportar um aeroplano montado, da cidade para um lugar apropriado no campo, onde o aviador pudesse levar adiante seus experimentos."


Ainda apresentando alguns problemas de estrutura e baixa potência, que Santos Dumont tentou compensar, o modelo Nº21 possuia uma fuselagem triangular composta por três hastes de bambu e nova asa, mais resistente e de maior envergadura, além da redução no comprimento do avião. Retorna a solução inicial de motor de dois cilindros contrapostos, instalado sobre as asas, atuando diretamente sobre a hélice.


O projeto do Nº22, era basicamente igual ao Nº21. Santos Dumont apenas experimentou, nos dois modelos, vários motores de cilindros opostos e refrigerados a água, com potências variando entre 20 e 40 hp, constrídos por Dutheil & Chalmers, Clément e Darracq. Assim estes dois modelos demonstraram qualidades bastantes satisfatórias para a época, sendo produzidos em quantidade, uma vez que Santos Dumont, por pincípios, jamais requereu patente por seus inventos.
A 18 de setembro de 1909 realiza seu último voo em uma de suas aeronaves, voando rasante em cima da multidão, sem segurar nos comandos.Com os braços abertos ele segurava um lenço em cada uma das mãos os quais soltou e foram disputados aos pedaços.
Santos Dumont, ao deixar as pessoas livres para fabricar o Demoiselle, permitiu que sua invenção se tranformasse no primeiro avião popular.


Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle.
Santos Dumont deixou de voar em 1910 por motivos de saúde.


Entre o Brasil e a Europa
A despedida dos voos e a retirada de cena dos grandes acontecimentos deixaram o inventor brasileiro triste, sentindo-se esquecido e - com o tempo - em depressão. Esta enfermidade está relacionada, também, com a doença que desenvolveu após os 40 anos de idade: possivelmente esclerose múltipla.
Dumont veio algumas vezes ao Brasil, depois que se tornou uma celebridade. Na primeira delas, em 1914, ficou por pouco tempo.
Volta à França, porém, é tempo de guerra.
Ele havia construído uma casa de estruturas modestas em Benérville, apelidada de La Boîte por sua forma quadrada para se refugiar. Dada a saúde comprometida, Santos Dumont procurava fazer esportes e ocupar sua mente com prazeres científicos, construindo um observatório no teto desta casa com um potente telescópio Zeiss.
Passando a observar os astros, é confundido pela polícia francesa, que o considera espião dos alemães. A confusão deixou o aeronauta apavorado e ele, então, queima diversos papéis e anotações pessoais, que hoje poderiam ser excelentes fontes de pesquisa.

Santos Dumont retornou ao Brasil, após passagens pelos EUA, Chile e Argentina. Em 1917, começa a construir a casa de Petrópolis: "A Encantada".


Entre idas a Paris e retorno ao Brasil, vai percebendo o agravamento de sua doença. Em 1926, interna-se em um sanatório na Suíça. Em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont retornava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona, e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem.


Os amigos, alunos e professores da Escola Politécnica, prepararam ao herói nacional uma recepção com um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação, que jogaria flores sobre o navio e uma mensagem de boas vindas em um paraquedas, assim que a embarcação com Dumont a bordo entrasse na Baía de Guanabara.

Mas, um imprevisto: na manobra de contorno, uma das asas do avião toca nas águas e o aparelho some no fundo da baía, matando todos os seus tripulantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.
A depressão do inventor só faz aumentar.
Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão.
Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus, indo a seguir para Biarritz.
Santos Dumont continuou na Europa as suas pesquisas e invenções, únicas distrações que ainda conseguiam desviar-lhe a atenção dos desastres aéreos.
Em 1931, Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à família do inventor para que esta tomasse alguma providência.
Jorge Henrique Dumont Villares foi buscar o tio na Europa, trazendo-o definitivamente para o Brasil e passou a ser seu inseparável companheiro nos últimos momentos.

Em São Paulo
Em São Paulo, Alberto ia à Sociedade Hípica Paulista e ao Clube Atlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal "O Estado de São Paulo". Recebia a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, litoral paulista, para tratar de sua delicada saúde.
No Guarujá descansa, olhando o mar daquela praia tão formosa e o infinito do céu, enquanto as crianças brincam na areia. Não é mais aquele rapaz esperto que conquistara Paris aos 28 anos. Agora rareiam-lhe os cabelos, e faltam-lhe as forças. Seu sobrinho, receoso, está sempre em sua companhia, vigiando-o, temendo que algo possa acontecer.

Santos Dumont nunca aceitou o fato de que sua invenção fosse utilizada para fins bélicos, tão bem demonstrado durante a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918.


Ele acreditava que o avião deveria servir para unir as pessoas, como meio de transporte e, por que não, de lazer, como ele mesmo havia demonstrado, ao deslocar-se em suas aeronaves em Paris para assistir à ópera ou visitar amigos.

Em 1932 irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeia-se, provocando rivalidades e conflitos entre irmãos brasileiros. Nesta altura manda uma mensagem aos brasileiros, posicionando-se contra a luta fratricida.
Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões na revolução constitucionalista de 1932.
O acidente com o avião no Rio de Janeiro também o magoou muito.

Alberto Santos Dumont, em seus últimos dias, passeava pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos Dumont chorando na praia em frente ao Grand Hotel, após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões “vermelhinhos”, leais ao Governo Federal, na ilha da Moela.


Ele podia ouvir o ronco dos aviões do governo, indo em direção a capital paulista para missões de bombardeio, minando-lhe os nervos, obrigando-o a tapar os ouvidos.

O ruído, aquele ruído, aquela perseguição...
E agora o aeroplano, seu invento, fruto de pesquisas e trabalho árduo de toda sua vida, empregado para a destruição e luta entre irmãos.
Aquele som o enlouquecia, e muito agravou seu estado de saúde. É este ambiente que leva-o à cometer suicídio em 23 de Julho de 1932, aos 59 anos, envolto na sua tragédia e na sua tortura.

Fonte: Cabangu

Pesquise: Blog do Ninja em 5/7/20, 12/7/20 e 19/7/20

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com

sábado, 25 de julho de 2020

ITA

ITA amplia para 150 o número de novos alunos
Inscrições para o vestibular de 01/08 a 15/09/2020

Está sendo ampliado o número de vagas para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos (SP). Serão acrescentados mais 30 alunos, aumentando em 25% o total de estudantes para 2021, passando de 120 para 150, sendo 31 para integrarem a Força Aérea Brasileira.

Vestibular ITA 2021
Com um dos processos seletivos mais concorridos nacionalmente, o ITA oferece os seguintes cursos: Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica-Aeronáutica, Engenharia Civil-Aeronáutica, Engenharia de Computação e Engenharia Aeroespacial. O edital da seleção de 2021 está disponível no Site do ITA e o período de inscrição é entre 01 de agosto e 15 de setembro de 2020. As provas da primeira fase ocorrerão no dia 20 de novembro e as da segunda fase entre os dias 8 e 9 de dezembro de 2020.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Indústria Aeronáutica

Embraer obtém financiamento para suporte às exportações
A Embraer anunciou, dia 23 de julho de 2020, que concluiu assinatura para financiamento de US$ 300 milhões com cinco bancos públicos e privados. As instituições financeiras são o Banco do Brasil, Bradesco, Morgan Stanley, Natixis e Santander. O montante faz parte da operação de financiamento ao capital de giro para exportações. “Os desembolsos já começaram e devem ser concluídos até o final de julho de 2020, reforçando a posição de caixa da companhia durante o segundo semestre de 2020 e 2021”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado. Os recursos serão usados desde a fase de produção até o momento do embarque dos produtos para o mercado externo.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Indústria Aeronáutica

Embraer entregou 17 jatos no segundo trimestre de 2020
A Embraer entregou 17 jatos no segundo trimestre de 2020, dos quais 13 unidades para a aviação executiva. O número menor de aviões comerciais e jatos executivos em relação ao mesmo período de anos anteriores, se deve, principalmente, à pandemia de Covid-19. No setor de aviação comercial, a Embraer entregou o E-Jet número 1.600, recebido pela Helvetic Airways. Além de receber uma aeronave comemorativa, a empresa aérea da Suíça anunciou uma mudança no pedido firme para a Embraer, convertendo quatro jatos E190-E2 para E195-E2, maior aeronave da família de E-Jets E2. A Helvetic tem agora oito pedidos firmes para o E190-E2, quatro para o E195-E2, e direitos de compra para mais E-Jets E2. Ainda neste período, a Congo Airways mudou o pedido feito em dezembro de 2019, alterando duas aeronaves E175, com direitos de compra de duas unidades adicionais do mesmo modelo, para uma encomenda de dois jatos E190-E2, com direitos de compra para mais dois aviões.

KC-390 Millennium
No segmento de Defesa e Segurança, a Embraer entregou o terceiro avião de transporte multimissão KC-390 Millennium de série à Força Aérea Brasileira (FAB). Duas unidades já haviam sido entregues em 2019. No mercado de Aviação Executiva, a Embraer anunciou a primeira entrega do novo e aprimorado Phenom 300E .

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Combate a incêndio 

FAB usa C130 para apagar incêndio na Serra da Mantiqueira
Uma das aeronaves C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou, no domingo, 19, e na segunda  20 de julho de 2020, da Ala 11 - Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), para apoiar as ações de combate ao incêndio na Serra Fina, que fica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo. A região da Serra Fina fica a cerca de 2.700 metros acima do nível do mar, onde está localizado o 4° maior pico brasileiro e maior do Estado de São Paulo, o Pico da Pedra da Mina. O C-130 Hércules, operado pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1° GT) – Esquadrão Gordo, utiliza o Sistema de Combate a Incêndio Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS).  O equipamento conta com dois tubos que projetam água pela porta traseira do avião, a uma altura aproximada de 150 pés (cerca de 46 metros). A aeronave tem capacidade de lançamento de até 12 mil litros de água. Além disso, o reservatório em solo tem capacidade para 22 mil litros de água.

Aeronaves da Marinha, Exército e Polícia de SP
O Comando da Força Aeronaval também participa do esforço de contenção  do incêndio na Serra da Fina e enviou  uma aeronave UH-15 Super Cougar, do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2). A aeronave da Marinha do Brasil se junta a dois helicópteros do Exército Brasileiro, que foram enviados pelo Comando da Aviação do Exército, e a três helicópteros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Aviação Executiva

Pandemia reforça necessidade de excelência em atendimento aeroportuário
Infraestrutura do hangar tem se mostrado um ponto crucial no atendimento à aviação executiva

Desde o início da pandemia no Brasil, em março deste ano, os setores de serviços essenciais tiveram que se adaptar a um novo modo de trabalho. Sem poder parar, os serviços passaram a ter muito mais atenção à segurança, higienização e cuidado com o cliente. Na aviação executiva, a excelência em atendimento aeroportuário se mostrou muito importante e evidente nesse momento. Salas de embarque individualizadas, movimentação reduzida no hangar, serviço personalizado, cuidado extra na assepsia de ambientes e aeronaves e infraestrutura com profissionais capacitados são alguns pontos que estão sendo cruciais em diversos hangares de empresas que oferecem esse serviço. Na Líder Aviação, que presta esse serviço, várias medidas foram tomadas para o maior conforto e segurança do passageiro. “Nas salas de embarque, por exemplo, tivemos o cuidado de não deixar a leitura de bordo exposta, retiramos revistas e materiais compartilháveis, separamos os ambientes - que são higienizados a cada chegada e partida de passageiro - e até os quitutes servidos no local receberam atenção especial”, comenta Cynthia Oliveira, diretora de Atendimento Aeroportuário da Líder Aviação.

Expertise
O atendimento aeroportuário é composto por uma série de serviços. A chegada ou partida de uma aeronave no hangar envolve pelo menos oito funcionários divididos em setores como: atendimento de pista, hangaragem e parqueamento, salas de embarque, equipe de limpeza especializada e transporte para passageiros e tripulantes. “A equipe é sempre treinada e capacitada. E recentemente todos receberam treinamento especial em relação à covid”, comenta Cynthia. No início de 2020, a UAS International Trip Support elegeu a Líder Aviação como a melhor fornecedora de serviços de ground handling da América. A premiação seleciona os fornecedores com melhor performance em serviços de atendimento aeroportuário em todo o mundo. “Títulos como esse reforçam nosso compromisso com a excelência”, comenta Cynthia.

Sobre a Líder Aviação
É a maior empresa de aviação executiva da América Latina. Fundada há mais de 60 anos, conta com 1.000 colaboradores e uma frota de mais de 60 aeronaves. Com presença em mais de 20 bases operacionais nos principais aeroportos brasileiros, a empresa atua em cinco unidades de negócio: fretamento e gerenciamento de aeronaves; vendas de aeronaves; manutenção; atendimento aeroportuário e operações de helicópteros. A Líder também oferece serviços de corretagem de seguro aeronáutico, treinamentos em simulador de voo e reparos em pás de helicópteros.


Fonte: Hipertexto Comunicação Empresarial

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Pai da Aviação


Assista ao vídeo em homenagem ao aniversário do Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Alberto Santos-Dumont. No dia 20 de julho, comemora-se o nascimento do precursor daquela que seria considerada uma das invenções mais extraordinárias da história da humanidade e que impulsionou a indústria aeronáutica: o avião. Alberto Santos-Dumont, brasileiro, nascido em 20 de julho de 1873, inventor do avião, é motivo de orgulho para o País.

Fonte: FAB

Aeroportos

Brasil leiloará 22 aeroportos até março de 2021
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou, no dia 15 de julho de 2020, que o governo Jair Bolsonaro pretende leiloar 22 aeroportos até o fim do primeiro trimestre de 2021. Durante discurso na Expert XP 2020, Freitas declarou: “Já temos valores previamente levantados e aguardamos mais clareza sobre os efeitos da pandemia. A crise não pode ser motivo para sanar feridas que já vinham há muito tempo. Vamos colocar tudo na mesa e fazer esses reequilíbrios.”

Fornecedor exclusivo
Ao comentar as possíveis críticas ao processo de licitação logo após a pandemia do novo coronavírus, acrescentou: “Quase todo mundo recolheu os seus projetos de aeroportos, o que nos torna praticamente fornecedores exclusivos.” Apesar de a maior parte dos projetos terem que ficar para 2021, Freitas avalia que os investidores “continuam animados” para fazer seus investimentos no Brasil. O ministro avaliou ainda que o Brasil tem “todos elementos para fazer com que essas concessões deem muito certo” e aproveitou para convidar potenciais investidores.

Fonte: www.renovamidia.com.br em 17/07/2020

domingo, 19 de julho de 2020

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, mais uma vez, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


O 14 bis

Foi apenas em 1905 que Santos Dumont passou a se preocupar com o mais pesado que o ar, após observar um voo realizado pelo francês Gabriel Voisin em seu novo planador, percebendo que dali em diante o futuro da aviação estaria ligado ao aeroplano.

Assim, em julho de 1906, Santos Dumont fez as primeiras experiências para verificar a estabilidade e o equilíbrio de um biplano formado por seis células de Lawrence Hargrave, com asas em forma de diedro.


Animado com os resultados, partiu para experiências com o biplano suspenso no Dirigível Nº14, daí o nome 14bis pelo qual passou a ser chamado. Dessa forma, a manutenção no ar passava a ser dada pelo balão e, a direção, pelo biplano. Com o balão, portanto, queria reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade. Santos Dumont retirou o balão, atitude que o levaria a duplicar a potência do motor.

Prudente, resolveu simular um voo com o 14bis, suspendendo o aeroplano em cabo de aço e o fazendo deslizar com o auxílio de um jumento que puxava o aparelho. Seu objetivo era sentir o equilíbrio de sua máquina.

Aqui vemos mais um feito original do aeronauta; construiu aquilo que pode-se chamar de primeiro simulador de voo da história.


Depois, decidido a fazer os testes definitivos, recebeu autorização para usar os gramados do Campo de Bagatelle, em Paris.

O 14bis não necessitava de veículo auxiliar. Desta vez Santos Dumont estava disposto a se elevar do solo contando somente com o seu avião. Essa invenção, que o deixou famoso em todo mundo, possuía 11,20 m de envergadura, 9,68 m de comprimento, e 3,40 m de altura. A superfície total era de 79,60 m².

Os lemes de direção e profundidade foram colocados à frente da aeronave, numa concepção contrária a de hoje, isto é, as asas do 14bis ficam atrás, com o motor, enquanto a "cauda" situava-se a frente, ou seja, o conjunto em forma de "T",sendo que a cauda desse "T" constituía a parte da frente do aparelho.


Na conjunção dos braços encontrava-se o motor. Inicialmente, o 14bis apresentava trem de pouso com 3 rodas; posteriormente, Santos Dumont retirou a roda traseira. Essas eram simples rodas de bicicletas, distantes, entre elas, apenas 70 cm.

O motor a gasolina do tipo "Antoinette", construído por Leon Levavasseur, era em "V" com 8 cilindros (4 de cada lado) e tinha inicialmente uma potência de 24 HP funcionando a um regime de 1000 rpm (rotações por minuto).

O leme dianteiro, todo em seda japonesa, movimentava-se em todas as direções, tendo 3 m de largura por 2 m de comprimento e 1,50 m de altura.

Os franceses apelidaram aquele estranho aparelho de "Oiseau de Proie" (ave de rapina), ou "Canard", devido a semelhança com um pato. Os ingleses denominavam-no como "Bird of Prey".

Prêmios Archdeacon e Aeroclube da França


O famoso advogado francês Ernest Archdeacon, nascido em Paris, filho de pais irlandeses e membro do Aero Clube da França, decidiu premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 25 metros em um voo nivelado.

Ofereceu, para tanto, uma taça e um prêmio de três mil francos para o piloto que alcançasse o feito elevando-se por seus próprios meios. Os experimentos eram marcados com antecedência, para evitar quaisquer benefícios deste ou daquele aeronauta. Os americanos irmãos Wright não se apresentaram para concorrer.

Nesta ocasião, Santos Dumont encontrava-se na última etapa das experiências com o 14bis. Era o momento para tentar a conquista do prêmio.

A 21 de agosto de 1906, Santos Dumont realizou a primeira tentativa de voo; mal-sucedida, dada a pouca potência do motor do 14bis.

No dia 13 de setembro, Santos Dumont realizou o primeiro voo, de 7 ou 13 metros (segundo diferentes versões), que culminou com um pouso violento, no qual a hélice e o trem de pouso foram danificados.

Com um motor de 50 HP, emprestado do futuro construtor de aviões Louis Bréguet, reequipou o 14bis. Assim, a hélice passou a girar em regime pleno, a 1500 rpm. Também para proporcionar melhor rendimento à aeronave, diminuiu-se o peso posterior em cerca de 40 kg.

Com esse avião, Santos Dumont conseguiu realizar, em 23 de Outubro de 1906, o primeiro "voo mecânico" do mundo, devidamente homologado, alcançando a distância de 60 m, em voo nivelado a uma altura que variava entre 2 m e 3 m com duração de 7 segundos.Com esse feito, Santos Dumont arrebatou os 3.000 francos do prêmio Archdeacon.


Portanto, Santos Dumont havia resolvido o problema do voo num aparelho mais pesado que o ar: o 14bis realizou uma corrida sobre o Campo de Bagatelle, desprendeu do solo, voando em linha reta e pousando em seguida, sem qualquer avaria.

Somente não voara um percurso maior, por que a grande multidão, que afluíra ao Campo para assistir a este grande evento, correra em direção ao 14bis, como que extasiada por aquele verdadeiro milagre que acabava de acontecer. Além disso, Santos Dumont, descrevendo em 1918, chegou a declarar "Não mantive mais tempo no ar, não por culpa da máquina, mas exclusivamente minha, que perdi a direção".

A 12 de novembro de 1906 o 14bis surgiu exibindo uma novidade: os "ailerons", pequenas superfícies móveis colocadas nas asas e com o propósito de manter o equilíbrio horizontal do avião. Estava pronto para disputar outro prêmio, instituído pelo aeroclube francês, que concederia 1.500 francos para quem voasse 100 metros.


Santos Dumont melhorou ainda mais a performance do 14bis e a sua habilidade em pilotá-lo, ao realizar vários voos sempre aumentando a distância percorrida.

Como ficava com as duas mãos ocupadas nos diversos comandos do avião, Santos Dumont costurou um "T" de madeira em seu paletó de onde partiam argolas finas ligadas aos cabos de comando que atuavam nos "ailerons". Inclinando o ombro para a direita ele podia comandar o "aileron" esquerdo, e vice-versa, reagindo ambas as superfícies, de maneira coordenada, de acordo com a inclinação do corpo do aviador.

Neste dia, 12 de novembro de 1906, além de Dumont, estava competindo o francês Louis Bleriot.

A primeira tentativa foi de Bleriot, porém sua aeronave não conseguiu voar. Talvez tenha até esboçado algum salto, mas todos viram que a aeronave de Bleriot não voou. Deve-se registrar que Bleriot era um competidor tão talentoso quanto Santos Dumont.

Os dois eram amigos e existia o respeito e a competição sadia. Talvez se sua aeronave conseguisse ultrapassar os 60 metros de distância e altura superior a 1 metro, Bleriot teria sido de fato o primeiro a voar, porém, a História registra o feito de Santos Dumont: 2 tentativas iniciais não ultrapassaram a marca de 23 de outubro.

Nota: a aeronave conseguiu livrar o solo, mas isto não bastava para a comissão julgadora. As experiências tinham que passar pelo crivo dos julgadores e regras. Não estava envolvido apenas livrar o solo, planar, movimento balístico ou coisas semelhantes. O equipamento deveria voar no sentido estrito da palavra.

Naquela segunda-feira, ao cair da tarde, ele conseguiu voar 220 m, a 6m de altura do solo, em 21,2 segundos a uma velocidade média de 41 km/h.

Conquistara, portanto, o outro prêmio, oferecido pelo Aeroclube de França, conferido "ao primeiro aeroplano que, levantando-se por si só, fizesse um percurso de 100 m com desnivelamento máximo de 10%".Desta forma, em 12 de novembro de 1906, bateu seu recorde de 23 de Outubro.


A multidão envolveu o 14bis e Santos Dumont saiu carregado em triunfo pelo povo que acorrera ao Campo de Bagatelle. Toda a imprensa mundial noticiou os dois grandes feitos do nosso brasileiro.

Esse marcante acontecimento também repercutiu intensamente no continente americano, em especial no Brasil.

O destino reservara a um brasileiro o registro público e a honra de ter sido o primeiro a conseguir voar em um aparelho mais pesado que o ar: o avião.

Fontes: Cabangu e Vencendo o Azul

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sábado, 18 de julho de 2020

Tecnologia

AFA inaugura novo simulador de voo com tecnologia nacional
A Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), inaugurou, no dia 10 de julho de 2020, um novo sistema de simulador de voo que será empregado para a instrução dos Cadetes Aviadores. A cerimônia foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, acompanhado do Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Marcos Vinicius Rezende Mrad, e do Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Ramiro Kirsch Pinheiro. "Este é mais um salto na formação dos nossos cadetes aviadores. Estamos familiarizados com outro tipo de simulador que complementa a instrução aérea e, sem dúvida, o T-200 chega para aprimorar a instrução ministrada em voo, proporcionando melhor preparo e excelente treinamento aos nossos cadetes", destacou o Tenente-Brigadeiro Bermudez.

Simulador T-2000
O simulador T-2000 possibilita o treinamento de diversos tipos de missões e aplicação dos conceitos primários, como teoria de voo e regras de tráfego aéreo, até os conceitos mais avançados de pilotagem, a exemplo de manobras e acrobacias, voo de formatura, voo noturno e voos de navegação visual e por instrumento. Desse modo, um único equipamento acompanhará o Cadete Aviador desde o início do voo no Segundo Esquadrão de Instrução Aérea até o término do Curso de Formação de Oficiais Aviadores, no quarto ano.

T-27 e T-25
Por ter um software altamente customizável, o T-2000 proporciona a simulação não só do T-27 Tucano, mas também do T-25 Universal, aeronaves com as quais o Cadete tem contato na AFA. Com a tecnologia de Force Feedback, o mesmo hardware simula as diferenças de comandos entre os projetos. Desenvolvido em uma parceria da AFA com o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ), o projeto apresenta outro grande diferencial: o seu baixo custo. A aquisição está estimada em menos de 10% do dispêndio com os produtos oferecidos atualmente no mercado, o que foi possibilitado pela escolha individual de cada componente de software e hardware. A capacidade da conexão em rede entre os simuladores proporciona não só a operação de diversas aeronaves simuladas em um mesmo espaço, mas também a presença de um controlador de voo em estação dedicada, trazendo ainda mais realismo.

Fonte: FAB

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Tecnologia

FAB usa modelagem de informação para construir nova Torre em Curitiba

A fim de construir uma nova Torre de Controle, para apoiar as operações de voo no aeroporto Bacacheri, em Curitiba (PR), a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) emprega o conceito de Modelagem da Informação da Construção (BIM - Building Information Modelling). O projeto aplica o Decreto Presidencial Nº 10.306, de 2 de abril de 2020, que estabelece a utilização BIM pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, a partir de 1º de janeiro de 2021. É um processo que propõe as melhores soluções técnicas e econômicas a todo ciclo de vida de uma edificação.

Torre Bacacheri
Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a CISCEA trabalha no processo de implantação do BIM por meio da realização de três etapas: Projeto, Gestão de Manutenção, e Planejamento Físico e Financeiro da Obra. Na etapa inicial, foi desenvolvido o Projeto Piloto integralmente em BIM, que consiste na nova Torre de Controle (TWR) de Bacacheri, em Curitiba (PR). Nessa concepção, foram utilizados os conceitos de dimensões 3D (modelagem), 4D (planejamento/tempo) e 5D (custo), fundamentos essenciais que fazem parte da estrutura do processo BIM. Paralelo ao desenvolvimento do projeto, a CISCEA finalizou a fase de elaboração do BIM Mandate para projetos, documento que contém a padronização das informações e regras necessárias para o desenvolvimento de modelos BIM dentro da organização. O BIM Mandate, como fase fundamental do processo de implantação da tecnologia, contempla as necessidades de informação do modelo, sua estrutura, nível de detalhamento, desenvolvimento e programação para os usos na fase de projeto, obra e ocupação.

Gestão da edificação
A segunda etapa consistiu na modelagem das instalações do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Curitiba (DTCEA-CT) em BIM, objetivando a gestão inteligente desta edificação por meio de um Plano de Manutenção preventivo e corretivo, integrado ao modelo 3D. Essa etapa visa a adoção de métodos que garantam a segurança e a integridade dos recursos materiais utilizados no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), conforme preconizado no item 2.4.6 da DCA 11-17 - Indicadores de Desempenho para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Organizações Subordinadas. A terceira e última fase de implantação dos processos BIM consiste na utilização da tecnologia no acompanhamento e fiscalização da obra da nova Torre de Controle de Bacacheri (TWR-BI). A obra terá seu acompanhamento realizado com base no modelo virtual do projeto (3D), o que vai auxiliar no controle de medições e, consequentemente, em uma fiscalização da obra mais efetiva.

Eficiência em obras
De acordo com o Presidente da CISCEA, Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, o conceito BIM vem permitir a criação de uma edificação completa a partir de um modelo 3D. “Após a transição da prancheta para as ferramentas computacionais 2D, marco importante para a arquitetura e engenharia, o conceito BIM veio revolucionar a arte de projetar, construir e operar edifícios”, afirmou. Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, a tecnologia BIM se apresenta como um avanço necessário para permitir mais eficiência nos processos de execução de obras e serviços de engenharia. “A FAB, mais uma vez, aparece no cenário nacional como referência na implantação de boas práticas da gestão pública a partir do conceito BIM”, destaca.

Fotos: Capitão Rogério Erotilde José de Abreu

Fonte: FAB

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Datas Especiais

16 de julho: Dia do Veterano da Força Aérea Brasileira
O dia 16 de julho é comemorado como o “Dia do Veterano da Força Aérea Brasileira”. Essa data foi escolhida por ser emblemática para a FAB, pois marca o retorno dos Veteranos que lutaram na Itália. Esse dia foi escolhido, segundo a portaria que o criou, “não apenas para homenagear aqueles que atuaram durante a 2° Guerra Mundial, mas também para reconhecer a contribuição de todos os integrantes da FAB que deixaram o serviço ativo, desde a sua criação até os dias atuais”.

A Diretriz do Comando da Aeronáutica (DCA) Nº 11-127/2020, publicada em fevereiro de 2020, estabelece os procedimentos e responsabilidades para a efetivação do dia 16 de julho como o Dia do Veterano da Força Aérea Brasileira.

Reconhecimento
A medida visa reconhecer homens e mulheres que vestiram o azul-aeronáutico com honra e dedicação de modo a valorizar os profissionais que labutaram em prol do engrandecimento da FAB ao longo de toda a sua história. O termo “Veterano”, por sua vez, é comumente utilizado para designar alguém experiente, especificamente no meio militar, uma pessoa que serviu por muitos anos nas Forças Armadas. A palavra também tem a conotação de uma pessoa experiente ou de notório saber. Tais homens e mulheres colocaram em evidência o Patriotismo, a Disciplina, o Comprometimento, o Profissionalismo e a Integridade, que se tornaram princípios que norteiam a Instituição, desde os Capitães Aviadores Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona, envolvidos no ataque ao Barbarigo, e o Major Aviador Nero Moura, primeiro Comandante do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA). Esses exemplos ajudaram a moldar os valores da FAB em todos os seus períodos e estruturas, até os dias atuais, trabalhando em prol do aperfeiçoamento contínuo, em defesa dos princípios constitucionais que motivam ao cumprimento da missão de “manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Gripen F-39

Primeiras peças brasileiras do caça Gripen começam a ser produzidas
A Saab iniciou a produção de peças do Gripen no Brasil, dando prosseguimento no desenvolvimento do caça encomendado pela Força Aérea Brasileira, que deverá ser entregue a partir de 2021. O cone de cauda e a fuselagem dianteira do Gripen E são as primeiras estruturas a entrarem em produção na Saab Aeronáutica Montagens (SAM), localizada em São Bernardo do Campo (SP). No local, serão construídas seções do Gripen a serem entregues para a montagem final do caça na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), e em Linköping, na Suécia.

36 aeronaves
O Brasil adquiriu 36 unidades do Gripen NG, sendo trinta da versão monoposto (Gripen E) e seis do biposto (Gripen F), que serão destinados a reequipar a principal linha de defesa da FAB, com a denominação de F-39. Os caças de geração 4++ são considerados um dos mais modernos do mundo e serão operados pelo Brasil e Suécia. Segundo a Saab, a SAM ainda deverá produzir e montar os freios aerodinâmicos, a fuselagem traseira, o caixão das asas e a fuselagem dianteira para o Gripen F, encomendado apenas pelo Brasil.

Fonte: Revista Aeromagazine, em 07/07/2020

terça-feira, 14 de julho de 2020

Tráfego Aéreo

Órgãos de proteção ao voo são ativados em Sorocaba e São Roque
O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) ativou, em julho de 2020, dois órgãos operacionais de proteção ao voo em aeroportos de Sorocaba e São Roque, no interior do estado de São Paulo. O Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupolz, em Sorocaba (SP), passa a contar com uma Torre de Controle e o Aeroporto São Paulo Catarina, em São Roque (SP), com uma Estação Rádio.

Torre de Controle Sorocaba
A Torre Sorocaba foi instalada com o propósito de controlar as aeronaves voando nas imediações do aeródromo e se movimentando no solo, na área de manobras. Os pilotos, por meio de comunicações orais numa frequência específica, recebem autorizações de manobras e informações acerca de meteorologia e outros dados significativos para garantir a segurança, a fluidez e economicidade dos voos. A capacitação operacional ficou a cargo dos instrutores do SRPV-SP. Os operadores da entidade civil administradora terão treinamento assistido pela equipe de militares, composta por oito instrutores controladores de tráfego e dois meteorologistas. Além da Torre, a operação contará com uma Estação Meteorológica de Superfície e uma Sala de Informações Aeronáuticas.

Rádio Catarina
Diferentemente de uma Torre de Controle, os operadores de uma estação rádio transmitem, aos pilotos, apenas informações relativas aos posicionamentos de outras aeronaves nas imediações e dados meteorológicos, além de avisos importantes para a segurança das operações, ficando os pilotos responsáveis pela evolução do voo, informando suas posições e intenções na frequência específica da rádio. Neste contexto, os operadores trabalham em uma sala, sem, necessariamente, ter visão das pistas e pátios, diferentemente de uma Torre, guarnecida por controladores de tráfego aéreo. De modo que a Rádio Catarina, em São Roque, tem como finalidade proporcionar avisos e informações úteis para a realização segura e eficiente dos voos.

SRPV-SP
O Chefe do SRPV-SP, Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio, destaca a importância do projeto para o desenvolvimento regional da aviação. “É um momento histórico para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Na mesma data, demos um grande passo no provimento da segurança das operações aeronáuticas com a implementação destes dois importantes órgãos. Ambos tornarão mais rápidas as chegadas e saídas das aeronaves. Além disso, torna viável a possibilidade de homologação dos aeroportos para voos por instrumentos, permitindo assim, pousos e decolagens com condições de tempo desfavoráveis e nuvens baixas”, finalizou.

Fonte: FAB

Fotos: SRPV-SP

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Busca e Salvamento

FAB resgata enfermo em navio no litoral do Nordeste

O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), da Força Aérea Brasileira, sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), resgatou, no dia 10 de julho de 2020, um Oficial da Marinha Mercante que estava a bordo de navio de bandeira japonesa que navega na costa brasileira. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Recife. Antes da decolagem, um médico do Hospital de Aeronáutica de Recife analisou as informações recebidas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR) sobre o estado da vítima, que apresentava quadro de apendicite aguda e precisava de intervenção cirúrgica imediata.

O navio Hercules Leader, oriundo do Japão, foi localizado a cerca de 240 km da costa brasileira, na direção da cidade de Natal (RN). A aeronave H-36 Caracal decolou de Parnamirim (RN) e voou até a posição do navio para realizar o resgate. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR (do inglês, Search and Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés, imobilizaram a vítima e a içaram em uma maca. Ao final, o Esquadrão transportou o paciente para a capital do Rio Grande do Norte para receber atendimento médico especializado. Toda a operação durou aproximadamente duas horas. A tripulação do helicóptero, foi formada por dez militares, sendo dois pilotos, um mecânico, dois operadores de equipamentos, três homens de resgate, uma médica e uma enfermeira.

Fonte: FAB

domingo, 12 de julho de 2020

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, mais uma vez, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


OS DIRIGÍVEIS DE SANTOS DUMONT


Até o mês de julho de 1901, Santos Dumont era conhecido apenas nos círculos aeronáuticos de Paris. Nos dias 12 e 13 daquele mês, ele circundou a torre Eiffel na presença de uma multidão, pilotando o seu dirigível Nº 5. A partir daí, Santos Dumont passou a ser reconhecido pela imprensa mundial.

A dirigibilidade dos balões

Quando Santos Dumont cogitou colocar um motor a explosão pendurado em um balão de hidrogênio, duas opiniões o levaram a tomar providências. Disseram que a trepidação do motor iria romper os cabos de sustentação. Ele, cuidadosamente, pendurou o seu triciclo em uma árvore para verificar como se comportava o conjunto e funcionou até melhor. Disseram que tudo iria explodir. Ele aumentou as cordas de sustentação, afastando o motor do invólucro, virou o cano de escapamento para baixo e colocou as válvulas de hidrogênio na extremidade bem atrás.

Na primeira tentativa de decolagem chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam. Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento conforme sua concepção.


Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade um balão evoluiu no espaço propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou sua criação nos dirigíveis 2 e 3.

O Nº 2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 Kg, o qual girava uma hélice a 1200 rpm, deslocando-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava!


Com o Nº 3 (foto acima), Dumont afastava-se da forma cilíndrica das aeronaves Nº 1 e Nº 2 e adotava uma forma mais esférica, tentando, pelo próprio desenho do aparelho, evitar a perda de forma do balão no ar, causa dos acidentes com seus dois primeiros dirigíveis. O Nº 4 trazia algumas inovações, entre elas a disposição da hélice na proa da aeronave e a exclusão da barquinha pelo selim de uma bicicleta. Dotado de um motor de quatro cavalos, o Nº 4 realizou diversos voos sem problemas.

Os sucessos das experiências daquele pequeno brasileiro, levaram o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900 a oferecer um prêmio de 50.000 francos a quem, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1903, partindo e retornando do campo de Saint Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso, sem auxílio de terra contornasse a Torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos.


A distância de ida e volta equivalia a 30 quilômetros. A conquista desse prêmio seria avaliada por uma comissão formada por membros do Aero Clube da França. Fez experiências com o número 4; tentou por duas vezes vencer o prêmio com o N° 5.

Em 27 de agosto de 1901, após a tentativa de vencer o prêmio, sofreu um grave acidente com seu dirigível N° 5. Houve perda de gás, e o envólucro começou a murchar rapidamente. Ao perceber a gravidade da situação, Santos-Dumont se amarrou à "nacele" (cesto). A cauda desceu muito e se rasgou numa chaminé, provocando uma explosão no ar.


Por instantes ele permaneceu desacordado, e quando voltou a si estava pendurado no alto do Hotel Trocadero. Escalou rapidamente o cordame do dirigível, e auxiliado pelos bombeiros ainda conseguiu recuperar o motor do aparelho. Mais tarde foi intimado pela proprietária do Hotel Trocadero a pagar 150 francos pelos estragos causados por ocasião do acidente.

Em 19 de outubro de 1901, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o N° 5) às 14h42min, Santos Dumont partiu com seu dirigível Nº 6, com 33 metros de comprimento e 622 metros cúbicos, para circundar a torre Eiffel; após 29min30s o Nº 6 encontrava-se sobre o ponto de partida.


Finalmente vence o Prêmio Deutsch. Com esse feito Santos Dumont provou que o Homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares.

Cabe ainda ressaltar que o aeronauta doou integralmente seu prêmio; metade (25.000 francos) aos pobres de Paris, auxiliando-os na quitação de suas dívidas em casas de penhores, e devolvendo-lhes suas ferramentas de trabalho e instrumentos musicais. A outra metade destinou aos seus mecânicos e colaboradores. No dia da prova em que conseguiu realizar o percurso e ganhar o prêmio, Paris estava sob mau tempo, o que retirou visibilidade para fotos de longa distância. Santos Dumont fez então com que os cartões postais do feito saíssem com a foto do Nº 5.

Em 1902, Dumont iniciou a construção de um novo dirigível, o Nº 7. Projetado para enfrentar a questão da velocidade, o Nº 7 era movido por um motor Clément de 70 cavalos, que acionava duas hélices de cinco metros de diâmetro, uma à proa e uma à ré. O inventor acreditava alcançar 80 quilômetros por hora com o aparelho, o que, segundo ele, permitiria o uso cotidiano dos balões, uma vez que ele estimava uma velocidade dos ventos de no máximo 50 quilômetros por hora. O Nº 7 contava com 1.257 metros cúbicos de hidrogênio e o motor era refrigerado a água.

Pulou o N° 8 por superstição (quase morreu no mês de Agosto!).

O Nº 9 era um pequeno dirigível com 270 metros cúbicos, acionado por um motor de apenas três cavalos, de formato oval, muito estável. Com o Nº 9 Dumont realizava evoluções frequentes sobre Paris.


Descia em avenidas, fixava seu dirigível e sentava-se tranquilamente em algum café, buscando demonstrar a exequibilidade do dirigível como meio de transporte. Dumont sentia tanta confiança no aparelho Nº 9 que, em certa ocasião, levou como passageiro o menino Clarkson Potter, e ainda foi neste dirigível que permitiu que outra pessoa dirigisse seu veículo aéreo, a cubana Aida de Acosta, a primeira mulher a pilotar uma aeronave no mundo, que sem nenhuma experiência prévia voou sozinha com o engenho.

Dumont costumava chamar o aparelho Nº 7 de “balão de corrida” e o Nº 9 de “balão de passeio”(La Balladeuse - A Passeadeira).

Outros dirigíveis também chamaram a atenção. O N° 14 foi utilizado para testar o seu famoso 14Bis.

O Nº 10, conhecido como "ônibus", era um grande aparelho de 200 metros cúbicos de hidrogênio, que poderia levar quatro ou cinco passageiros em cada barquinha, num total de 20 pessoas.



Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro “ônibus aéreo do futuro”.

Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada militar de 14 de julho, data nacional francesa em comemoração ao 114º aniversário da Queda da Bastilha. Santos Dumont realizou evoluções e parou com seu dirigível Nº 9 em frente ao palanque das autoridades e saudou o Presidente da República da França com uma salva de 21 tiros dados com seu revólver. Este é considerado o primeiro desfile aéreo em uma parada militar da história.

Logo depois, Dumont escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração e os seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra,exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão desmontado, atingir um determinado ponto, montar o dirigível e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado.

Santos Dumont acreditava que, durante uma fase inicial, o emprego dos dirigíveis seria, fundamentalmente, de natureza militar. Em 1902, ele afirma que “ainda por algum tempo o dirigível terá seu melhor aproveitamento para operações bélicas, mas em seguida se desenvolverão aplicações mercantis”.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis foram efetivamente utilizados, tendo sido abatidos trinta e dois desses aparelhos. Em 19 de outubro de 1917, uma esquadrilha composta de onze deles rumou para a Inglaterra com a missão de bombardear cidades. Cinco deles foram abatidos pelos ingleses, e os demais voltaram a seus hangares na Alemanha.

O pacto de rendição da Alemanha determinou a entrega de vários aparelhos à França, Inglaterra, Estados Unidos e Bélgica, e proibiu que a Alemanha fabricasse novos dirigíveis. A Primeira Guerra assinala a passagem de uma fase experimental e pioneira, para uma de uso militar sistemático de aeronaves. Depois da guerra, os dirigíveis vieram a ser utilizados em transporte de passageiros à longa distância.


Em 1903, Dumont regressou ao Brasil. Foi recebido com todas as honras.Era uma figura extremamente popular, mas sua estada no país foi breve e logo retornava à Europa, escrevendo então seu primeiro livro, DANS L'AIR, publicado na França e logo vertido para o inglês e publicado na Inglaterra.

Fontes: Cabangu e Vencendo o Azul

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