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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 28 de abril de 2024

Epecial de Domingo

Da coletânea Ideias em Destaque, publicação do INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, selecionamos e voltamos a publicar o texto a seguir, do Maj Brig Ar da Reserva Wilmar Terroso Freitas. 
Boa leitura. 
Bom domingo!

Um voo que passou... 
uma saudade que ficou: 
a última missão do T-6D 1545
Naquela manhã do dia 28 de fevereiro de 1975, decolaram, da Base Aérea de Belém, para uma longa viagem, os NA T-6G FAB 1557 e T-6D FAB 1545, pilotados pelo Tenente-Aviador Jair Kisiolar dos Santos e por mim, tendo, como mecânico, o Segundo-Sargento Isaías. O T-6G do líder possuía instrumentos de comunicações e navegação, mas o T-6D – onde eu voava solo, pois o mecânico estava no avião do líder – tinha apenas um equipamento de comunicação em VHF (Very Hight Frequency), motivo pelo qual eu iria voando na ala do avião líder, como sempre foi comum fazê-lo, tanto em voos de instrução, como no emprego operacional de armamento ar-solo. Seria um voo silencioso, pois eu não tinha um mecânico com quem falar de vez em quando, nem sinais de radionavegação ou broadcasting para sintonizar e ouvir, pela ausência do equipamento de navegação a bordo do 1545. Além disso, aquela não seria uma viagem normal, de rotina: seria uma viagem sem volta, pois as aeronaves NA T-6 Texan estavam sendo desativadas e deveriam ser entregues ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa – MG (PAMA LS), responsável pelo apoio e pelo recolhimento daquele tipo de aeronave. Eram os dois últimos exemplares do Primeiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (1º EMRA) em seu derradeiro voo. Aqueles dois valorosos T-6 (T-meia), agora “aposentados”, voaram por muitos anos, sobre as coxilhas e serras do Rio Grande do Sul, quando estavam no Primeiro Esquadrão de Reconhecimento e Ataque (1º ERA) na Base Aérea de Canoas – RS, até serem transferidos para a Base Aérea de Belém, ao início de 1973, como equipamentos fundadores do 1º EMRA (Esquadrão Falcão). Nos dois últimos anos (1973 e 1974), os T-6 sobrepujavam os naturais ruídos e harmoniosos sons da imensa selva amazônica, com o ronco dos seus possantes motores Pratt & Whitney R-1340-AN1 de nove cilindros radiais, arrefecidos a ar. Para o jovem Tenente, os longos voos, geralmente a baixa altitude, sobre a floresta, tendo, como referência, apenas o sinuoso caminho dos rios, as escassas ilhas e os lugarejos ribeirinhos, geravam uma sensação de liberdade e de poder, reforçados pela solidão da cabine e pela espetacular Amazônia que “desfilava” sob as nossas asas, mostrando-se intocada, imensa e bela. Após decolar na ala e ir para a posição de Ataque Dois¹ , já na proa de Marabá, primeira escala prevista, e ainda sem ter a noção clara de que aquela seria uma missão histórica em minha caderneta de voo, refleti, “com meus botões”, que aquele T-6... 

– não mais se faria ouvir estridente, no ronco do passo mínimo, durante um barril² por fora; 

– não mais abriria passagem, altivo, entre os rosados flamingos das matas de Igapó, ou espantaria os búfalos de Marajó; 

– não mais mergulharia, veloz e certeiro, como um Falcão, sobre o seu alvo, em missões de bombardeio ou de lançamento de foguetes, no estande de Igarapé-Açu³;

– não mais alegraria as populações ribeirinhas com suas evoluções rasantes, às margens do Rio Mar;

– não mais teria, ou seria, um ala fiel, inseparável, como neste derradeiro voo; 

– não mais voaria... estava desativado!  

Cerca de 15.000 unidades de T-6 foram produzidas, em diversas versões, sendo 81 montadas no Brasil pela Fábrica de Aviões de Lagoa Santa – MG, entre 1945 e 1952. Essas aeronaves voaram até 1974, nos Esquadrões e até 1976, na Esquadrilha da Fumaça. O 1º EMRA teve dias gloriosos com o T-6. Jamais esqueceremos as formaturas de quatro aviões nas demonstrações aéreas em Belém. Meus quatro amigos, “vestindo” aquela “máquina” tão conhecida e respeitada por inúmeras gerações de “aviadores à moda antiga”, formavam um time de vibradores e exímios pilotos, que chegou a ser chamado de “Funorte”, uma referência muito elogiosa à Esquadrilha da Fumaça. No seu portfolio, constavam Looping, Barril, Desfolhado, Rasante e evoluções isoladas, com precisão profissional. Desde o início, em Canoas, em 1971, eu estabeleci uma relação de respeito mútuo com o T-6: ele nunca me deu uma pane de motor e eu nunca lhe dei um “cavalo de pau”(4) Após escalas em Marabá – PA, Porto Nacional – TO e Brasília – DF, chegamos ao Parque de Material de Lagoa Santa, em 1º de fevereiro de 1975, para a entrega das aeronaves. Terrificante – um termo forte, mas é o que eu lembro e registrei na ocasião – foi para mim e o seria também para o 1545, se ele tivesse sentimentos, a imagem do estacionamento de aviões recolhidos no Parque. As várias dezenas de “esqueletos” e “mutilados” restos de T-6, estranhamente bem alinhados, como túmulos em um cemitério a campo aberto, deram-me uma visão de solidão e de abandono. Imaginei o 1545 entre eles, no dia seguinte, sem nenhum destaque, “depenado”, destituído de sua imponência, com o seu motor silenciado para sempre... a hélice muda, parada... acredito que o 1545 choraria com tristeza e mágoa... se ele tivesse uma alma. Como eu tenho alma, fiquei muito triste por nós dois. Ao retornar a Belém, verifiquei, na minha caderneta de voo, que meu primeiro voo naquela Base, em 16 de fevereiro de 1973, tinha sido no T-6 1545, o mesmo que pilotaria dois anos depois, em derradeiro voo para nós dois. Naquela ocasião, escrevi o texto que agora torno público. Não mais voaria o FAB 1545; e eu não mais voaria em um NA T-6 Texan.

1 . Situação em que a aeronave mantém sua posição relativa na ala do líder, com o dobro do afastamento, para tornar o voo mais confortável em longos deslocamentos.

2 . Tounneaux Barril: manobra na qual a aeronave gira lentamente no eixo longitudinal, traçando uma trajetória circular em relação ao horizonte natural, com meio círculo acima e outro, abaixo do horizonte. Por fora é a posição na ala quando o líder faz o tounneaux girando para o lado oposto de onde está o ala, que fará uma trajetória ligeiramente maior do que a do líder, demandando um pouco mais de potência do motor do ala. 

3 . Estande concebido, especialmente, para treinamento do 1º EMRA, com trabalho dos oficiais e graduados do seu efetivo.

 4. Situação durante o pouso, em que a aeronave gira sem controle, em torno de um de seus trens de pouso, geralmente, saindo pela lateral da pista. 

Autor: Wilmar Terroso Freitas 

Fonte: Ideias em Destaque - INCAER

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sábado, 27 de abril de 2024

Embraer

Embraer prevê investir R$ 2 bilhões e gerar mais 900 empregos diretos este ano no Brasil
A Embraer anunciou em 26 de abril, durante visita do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva à sede da empresa em São José dos Campos-SP, a previsão de investir cerca de R$ 2 bilhões e contratar mais 900 colaboradores este ano no Brasil. O objetivo é atender ao aumento da produção de aeronaves e ao crescimento futuro previsto com o desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços. O investimento contempla atividade de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, como as que serão utilizadas no eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical), expansão dos serviços aeronáuticos, que inclui conversão de aeronaves de passageiros em cargueiros, defesa e segurança, projetos de aumento de eficiência e ampliação da atividade industrial. “A Embraer está iniciando uma nova fase de crescimento baseada em eficiência e inovação. Estamos focados em capturar todo o nosso potencial nos diversos segmentos em que atuamos rumo a uma aviação mais sustentável”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “E graças às parcerias com o setor público e privado, estamos ampliando vendas, abrindo novos mercados e investido em novas tecnologias, o que possibilita aumento da exportação de produtos de alto valor agregado e a geração de milhares de empregos de alta qualificação no Brasil”. Cerca de 90% das contratações serão realizadas ao longo do ano para o setor de operações, com vagas para mecânicos, eletricistas, fresadores, moldadores, técnicos de manutenção de aeronaves e técnico de qualidade com experiência, bem como oportunidades para trainee de produção, que passam pelo processo de treinamento e capacitação com os mentores internos. Há ainda vagas para engenheiros e outras funções administrativas. No ano passado, a Embraer já havia aumentado a força de trabalho em 1.500 colaboradores e voltou ao patamar de empregos pré-pandemia. Atualmente a companhia tem cerca de 19 mil colaboradores diretos em todo mundo, dos quais 88% atuam no Brasil. A retomada do crescimento da Embraer se materializou em 2023, quando a empresa registrou uma receita total de R$ 26 bilhões e obteve a melhor rentabilidade dos últimos cinco anos. No período foram entregues 181 jatos, volume 13% superior ao ano anterior. Para 2024, a Embraer estima que seja mais um ano de crescimento com a entrega entre 72 e 80 aeronaves comerciais e entre 125 e 135 jatos executivos. A expectativa é de uma geração de receita entre R$ 30 e R$ 32 bilhões. Parte desse crescimento se deve à parceria com a Azul Linhas Aéreas que, neste ano, deve receber 13 jatos E195-E2, aeronave que é referência global em eficiente e sustentabilidade. Um dos modelos das aeronaves da Azul, ainda em fase de produção, foi apresentado e batizado pelo Presidente Lula durante visita à fábrica.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 19 a 25 de abril
FAB em Destaque desta sexta-feira (26/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 19 a 25/04. Entre elas, a atuação das Forças de Segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde a FAB prendeu três pessoas que tentavam embarcar com drogas, as celebrações do Dia da Aviação de Caça, comemorado no dia 22/04, além da atuação da FAB, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal que destruíram motores e queimaram acampamentos na terra Indígena Yanomami, em Boa Vista (RR), no âmbito da operação Catrimani II. Nesta edição, você também fica sabendo sobre os dois grandes processos seletivos para Profissionais de Nível Superior em Medicina e Engenharia, para prestação do serviço Militar Temporário, em caráter voluntário, como oficial superior, para o ano de 2024, e as inscrições para o Mestrado Profissional oferecido por meio do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, divulgado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Fonte: FAB

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Comunicação Aeronáutica

O alfabeto fonético internacional
A boa comunicação é algo importante na vida de todos. Em aviação é imprescindível. A comunicação oral entre pilotos e controladores de tráfego aéreo ocorre basicamente por intermédio de um conjunto de frases, denominado de fraseologia. O objetivo da fraseologia é o entendimento mútuo entre controladores e pilotos e reduzir o tempo de emprego da frequência. Dentro da fraseologia há o Alfabeto Fonético Internacional. Nele, cada letra é representada por uma palavra, com a finalidade de evitar confusão de entendimento.

A – Alfa

B – Bravo

C – Charlie

D – Delta

E – Eco

F – Fox (Foxtrot)

G – Golf

H – Hotel

I – Índia

J – Juliéte

K – Kilo

L – Lima

M – Mike

N – November

O – Oscar

P – Papa

Q – Quebec

R – Romeu

S – Sierra

T – Tango

U – Uniforme

V – Victor

W – Whiskey

Y – Yanquee

Z – Zulu

Texto: Compilado a partir de aula no NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação.

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Sentando a Pua!

Histórias da Caça Brasileira
Ontem, terça-feira, a conversa foi com o Brigadeiro Mendes que com mais de 4.800 horas de voo, sendo 1.500 na Aviação de Caça Brasileira, trouxe muitas histórias da aviação de caça e dos seus 51 anos de FAB. Confira em mais um vídeo do Sentando a Pua, site que desde 2000 vem difundindo na internet a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial.


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terça-feira, 23 de abril de 2024

Aviação de Caça

FAB celebra o Dia da Aviação de Caça
Há 79 anos, no dia 22 de abril de 1945, os valentes Aviadores do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), realizaram, nos céus da Itália, 44 missões de guerra em um único dia. Em um esforço quase sobre-humano, aquele seleto e reduzido time de pilotos e mecânicos brasileiros estabeleceu essa impressionante marca, a qual não foi suplantada ao longo de toda a campanha da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo, ontem, 22 de abril, foi comemorado o Dia da Aviação de Caça Brasileira.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Datas Especiais

Lições do Grupo de Aviação de Caça
Em 22 de abril de 1945, o norte da Itália foi palco de um momento histórico para nosso país: o Grupo de Aviação de Caça teve seu dia mais bem-sucedido, em termos de missões cumpridas e alvos atingidos, e mostrou ao mundo o valor do povo brasileiro. Hoje, o Brasil comemora mais um Dia da Aviação de Caça e ainda podemos tirar muitas lições dessa singular experiência vivida por nossos compatriotas. A primeira delas é o respeito pelo nosso país. Apesar do número reduzido de pilotos (oito tinham sido mortos, sete haviam caído atrás das linhas inimigas e cinco estavam afastados por motivos de saúde), aqueles que restaram não aceitaram a sugestão da Força Aérea dos Estados Unidos de poupá-los da Ofensiva da Primavera. Disseram ao comandante Nero Moura que queriam se manter operacionais, mesmo que precisassem voar mais de uma missão por dia, pois não fazê-lo mancharia o nome do Brasil. Entre os dias 22 e 25 de abril o Grupo de Aviação de Caça voou 41 missões, quase 10% do total realizado ao longo da Campanha da Itália. O tenente Lara foi o recordista daquele período, com nove missões; outros seis pilotos voaram oito missões, exatas duas por dia. O comandante Nero Moura foi o grande aglutinador do espírito de corpo, presente no 1.º Grupo de Aviação de Caça até os dias de hoje. Não há, entre seus comandados, nenhuma voz que não se refira a ele com respeito e admiração, principalmente pela forma como ele conduziu com retidão e senso de justiça a unidade, não só durante os 18 meses que se passaram desde a criação do Grupo de Caça até o retorno ao Brasil, mas até o dia em que se foi. O eterno comandante do 1.º Grupo de Aviação de Caça forjou uma geração de militares que, infelizmente, foi ofuscada no pós-1964, pois não compactuou com o movimento, e por isto foi perseguida e teve seus direitos cassados. Enquanto o último de seus homens não foi anistiado, Nero Moura recusou-se a participar das festividades alusivas ao Dia da Aviação de Caça, mantendo-se fiel ao espírito de corpo por ele criado e dando exemplo de liderança. Os pilotos e mecânicos brasileiros superaram, em muito, as expectativas da Força Aérea norte-americana, cujo comando achava que o Grupo de Caça viria apenas para ser coadjuvante. Entretanto, com sua experiência adquirida no Correio Aéreo Nacional, os pilotos brasileiros foram fundamentais no apoio ao avanço das tropas terrestres. Os mecânicos eram frequentemente elogiados pelo comando norte-americano pelo porcentual de aviões mantidos em condição de voo, superior ao das unidades norte-americanas. O desempenho da unidade foi tão importante para a Ofensiva da Primavera que o grupo foi agraciado com a Presidential Unit Citation, medalha outorgada a unidades militares por extraordinário heroísmo. Para ser merecedora de tal homenagem, a unidade necessita demonstrar coragem, determinação e espírito de corpo acima do esperado no cumprimento de missão realizada sob condições extremamente difíceis, de maneira a se destacar acima de outras unidades envolvidas em uma mesma campanha militar. O 1.º Grupo de Aviação de Caça brasileiro foi a única unidade aérea estrangeira a receber essa distinção norte-americana. Esses verdadeiros heróis deixaram um legado de ensinamentos que enche os brasileiros de orgulho e que faz refletir, neste momento de comemoração do Dia da Aviação de Caça, sobre como há material humano no Brasil para criarmos uma sociedade melhor.

Texto: Luís Gabriel


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domingo, 21 de abril de 2024

Especial de Domingo

Da série Aviadores que fizeram história, do blog Pery de Serra Negra, selecionamos novamente o conteúdo a seguir, relembrando o aviador Djalma Fontes Cordovil Petit.
Boa leitura.
Bom domingo!

COMANDANTE DJALMA PETIT
Primeira turma de alunos do comandante Petit na Escola de Aviação do Aeroclube do Rio Grande do Norte - 1930

Djalma Fontes Cordovil Petit, nasceu no Rio de Janeiro a 12 de janeiro de 1899. Fez o seu curso de aviador na Escola de Aviação Naval no Rio de Janeiro. Andou pela França fazendo curso de aperfeiçoamento; desse período da sua vida quase nada se encontrou. No livro HISTÓRIA DA AVIAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE – Editora Universitária – Natal – Setembro de 1974, de autoria do Dr. Paulo Pinheiro de Viveiros, consta esta Nota: “Manoel Vasconcelos era professor de Aeronáutica da Escola Naval.Havia chegado da Inglaterra onde fizera estudos de aviação e se diplomara, servindo, no último ano da Primeira Guerra na R.A.F. Logo que retornara em 1919, o Alm. Alexandrino de Alencar lhe confiara a organização técnica da Escola de Aviação Naval; seu primeiro trabalho fora a organização do Regulamento da Escola, em caráter taxativo, que os dois melhores alunos de cada turma, anualmente diplomados, teriam um prêmio de viagem, estagiando na Europa ou nos Estados Unidos. Djalma Petit fora um dos dois primeiros alunos beneficiados e foi servir na célebre Esquadrilha das Cegonhas, com sede em Strasburg, depois de ter cursado a Escola de São Rafael, no sul da França. Regressando ao Brasil, ligou-se à agitação revolucionária da época e, fracassado o movimento, foi preso. Era a célebre revolta Protégenes. Solto, foi orientado por Vasconcelos que o convidou a vir para Natal, livrando-se assim do carregado ambiente carioca e de possíveis perseguições."

Em 1928 na inauguração do Aeroclube do Rio Grande do Norte-Djalma Petit ao lado do Governador do Estado Juvenal Lamartine

O Aeroclube do Rio Grande do Norte, fundado pelo Governador do Estado Dr. Juvenal Lamartine, Fernando Pedroza e seu primo Manoel de Vasconcelos, necessitava urgentemente de um instrutor. O clube já tinha sede própria e pista de pouso e aviões, foi aí que surgiu a oportunidade de Petit vir para Natal, servir ao Governo do Estado com a dupla missão, de também dar aulas na Escola de Voo do Aeroclube. Petit chegou a Natal no dia 31 de março de 1928 já no posto de Capitão-Tenente aviador da Marinha brasileira, tendo sido o primeiro instrutor do Aeroclube do R.G. do Norte. Chegou e foi logo assumindo o cargo de instrutor. Durante a sua permanência nesta capital dinamizou bastante às atividades aéreas, iniciou os preparativos necessários para as aulas que só ocorreriam no ano seguinte. Os aviões (duas unidades, chamados “Blue-bird”) já haviam chegados pelo porto de Recife e Djalma Petit providenciou a vinda deles voando para Natal. A princípio, ficaram estacionados no campo de Parnamirim, Base da Air France. Foi o primeiro piloto a pousar na pista do Aeroclube com um dos dois aviões do Clube. Preparou uma turma de novos pilotos que em fevereiro de 1930 já haviam concluído o curso, composta pelos seguintes aviadores: Fernando Pedroza, Eloi Caldas, Aldo Cariello, Plínio Saraiva, Octávio Lamartine e Edgar Dantas. Este último recém-formado aviador faleceu num acidente aéreo nas comemorações do encerramento do curso.

“O avião é ave familiar nos céus potiguares. A propaganda de Natal, cidade do avião, é feita pelos aviadores. O Ministro Victor Konder (da Viação), chamou-a de ‘cais da Europa’. O Aeroclube tem sua finalidade lógica. Não é um clube de jogo, nem exclusivamente de danças. Visa a divulgação do avião como elemento de aproximação econômica do ligamento diplomático e comercial, de anulador das distâncias. O Aeroclube tem cumprido seu dever social. A sua Escola de Aviação é uma afirmativa moderna”. 
Luis da Câmara Cascudo-Jornal "A Notícia" /Recife-Pe

Djalma Petit colaborou com o Governador do Estado na localização e construção de alguns campos de pouso nos principais municípios, inaugurando a todos. Pilotava os aviões quando o Governador necessitava de visitar alguma localidade, como foi o caso da visita à Fortaleza e Mossoró; fez a missão de resgate de dois pilotos uruguaios que se acidentaram na cidade de Santo Antonio e assim tornou-se o homem de confiança das autoridades estaduais.

Djalma Petit,o observador uruguaio e o comandante Depeker no campo do Aeroclube do Rio Grande do Norte

Petit permaneceu em Natal até a revolução de 30. Foi aí que ele se revelou o revolucionário enrustido que era, sequestrando o único avião do Aeroclube (o outro avião havia se acidentado com Edgar Dantas), voando nele para o Rio de Janeiro, jogando panfletos revolucionários sobre algumas capitais. Confirmou o seu espírito revolucionário que trouxe da França, quando se envolveu com a revolta Protégenes no Rio de Janeiro. O Governo Revolucionário encerrou as atividades aéreas do Aeroclube do Rio Grande do Norte, só retornando em 1942 no período da 2ª Guerra Mundial. Petit, faleceu em São Paulo no dia 24 de abril de 1934, durante uma demonstração de voos acrobáticos, pilotando um avião de caça Boeing 256. Tido como um dos bons aviadores da Marinha brasileira, frequentemente era convidado a participar de “shows’ aéreos em eventos oficiais.


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sábado, 20 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 12 a 18 de abril
O FAB em Destaque desta semana traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 12 a 18 de abril. Entre elas a atualização do aplicativo da FAB, as ações de planejamento do Exercício de Campanha e Logística, Saúde e Intendência Operacional (EXCELSIOR 2024) e o encerramento das inscrições para o concurso da Academia da Força Aérea (AFA). Nesta semana, destaca-se o FABCAST sobre a AFA e também a rotina dos cadetes, a marca de mais de 50 mil atendimentos do HCAMP e a Exposição do F-39 Gripen no Aeroporto Internacional de Brasília.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

KC-390 Millennium

Uma visita ao cargueiro KC-390
Uma visita ao interior de um jato cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) foi possibilitada, no dia 18 de abril de 2024, no aeroporto de São José dos Campos (SP).
A atividade cultural proporcionada pelo Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), localizado no interior do campus do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, permitiu a servidores do DCTA conhecerem aspectos da aeronave.
O KC-390 Millennium é um avião multimissão fabricado pela Embraer, conforme requisitos operacionais propostos pela FAB.
Tem aplicação tática e logística, podendo ser empregado para transporte de cargas e de tropas, reabastecimento em voo e combate a incêndios florestais. É a maior aeronave militar já produzida no Hemisfério Sul.

Fotos: Roberto Tadeu, palestrante e voluntário no NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação

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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Biblioteca Ninja

BOMBARDEIROS BIMOTORES DA FAB
No mundo do pós-guerra, onde os motores a reação e os conceitos de jatos de ataque ainda estavam se definindo nas doutrinas dos principais países do mundo, a Força Aérea Brasileira desenvolveu e manteve uma equipada força de bombardeiros bimotores, capaz de atuar a qualquer momento nos mais diversos cenários geográficos do Brasil. De fato, a filosofia por trás de tal poderio havia sido adotada na FAB já em 1942, apenas um ano após a sua criação, com a chegada dos primeiros Douglas B-18 Bolo. Com o passar do tempo, mais bombardeiros foram agregados, como os North American B-25 Mitchell, Douglas A-26 Invader, Lockheed B-34 Ventura e outros.

Autor: Aparecido Camazano Alaminio
Ilustrações: Rudnei Dias da Cunha
Editora: C&R Editorial

Uma obra sem paralelo na bibliografia hoje existente, Bombardeiros Bimotores da FAB é um livro indispensável para entusiastas, aficionados, pesquisadores e historiadores da aviação. Conheça a história completa de todos os modelos de bombardeiros bimotores a pistão operados pela FAB, com mais de 75 fotos, listas completas de suas frotas, unidades que os operaram e detalhes de suas vidas em serviço. A obra conta, ainda, com um belíssimo e preciso trabalho de ilustração do também pesquisador aeronáutico Rudnei Dias da Cunha, com 35 perfis coloridos dos North American B-25 Mitchell, Douglas A-26 Invader, Lockheed B-34 Ventura e todos os outros modelos que amadureceram e concretizaram a soberania nacional do Brasil na América Latina. O autor e responsável por todo o trabalho de pesquisa, Aparecido Camazano Alamino, é unanimemente reconhecido como a maior autoridade sobre temas históricos da Força Aérea Brasileira. Coronel-aviador da reserva, há mais de 40 anos trabalha ativamente na recuperação e preservação da história da FAB.


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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Clássicos

P47 Thunderbolt, o avião dos brasileiros na Segunda Guerra
O P47 Thunderbolt foi o avião que equipou o Primeiro Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira que lutou na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Fabricado pela Republic Aviation, o P47 entrou em serviço em 1942, dotado com um motor Pratt&Whitney R-2800-59W Double Wasp radial a pistão com 2.535 hp. A distância entre as pontas das asas (envergadura) era de 12,43 m e tinha de comprimento 11,02 m. Seu armamento eram oito metralhadoras e mais de uma tonelada de bombas e foguetes. Voava até 695 Km/h e podia atingir altitudes acima de 12 mil metros. Foi um dos mais rápidos caças a pistão da Segunda Grande Guerra. O 1ºGAvCa foi formado em 18 de dezembro de 1943, composto por pilotos da FAB, voluntários. Seu Oficial Comandante foi o tenente coronel aviador Nero Moura. O Grupo tinha um efetivo de 350 homens, incluindo 43 pilotos, e foi enviado ao Panamá para ser treinado como unidade de caça pela USAF, uma vez que seus pilotos já tinham experiência de voo. Um de seus pilotos, o segundo tenente aviador Alberto M. Torres havia atuado no afundamento do submarino alemão U-199. O Grupo, em 22 de junho de 44, foi enviado aos EUA para um curso de conversão operacional no Republic P-47D Thunderbolt, avião que iria equipar o Grupo. O 1ºGAvCa embarcou para a Itália em 19 de setembro de 1944, chegando em Livorno no dia 6 de outubro. Passou então a se chamar "1st Brazilian Fighter Squadron - 1st BFS" (Primeiro Esquadrão de Caçadores Brasileiros) e a fazer parte do 350th Fighter Group USAF e a empregar o código nas comunicações via rádio como “Jambock”. Entre os brasileiros o grupo passou a ser chamado de “Senta a Pua”.

Enviado em 2010 por Ícaro Pires Santos

terça-feira, 16 de abril de 2024

Exame de Admissão

Últimos dias de inscrições para Exame de Admissão da Academia da Força Aérea
Para realização de todas as etapas previstas no Exame, o candidato deverá observar o rigoroso cumprimento dos critérios e prazos estabelecidos nas Instruções Específicas

Até o dia 22/04/2024 estão abertas as inscrições para o Exame de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da Aeronáutica do ano de 2025, realizados na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). Para participar do Exame de Admissão o candidato deve ser voluntário, de ambos os sexos (para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores e Intendentes), ou somente do sexo masculino (para o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria da Aeronáutica) e estar ciente de todas as condições previstas no edital. Ainda, o candidato não pode ser menor de 17 (dezessete) anos e nem completar 23 (vinte e três) anos de idade até 31 de dezembro do ano da matrícula no Curso, e ter concluído, na data da Concentração Final do exame, o Ensino Médio, além de outras exigências previstas nas Instruções Específicas. O processo seletivo é composto por Provas Escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação), Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Psicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico, Procedimento de Heteroidentificação Complementar (para candidatos que optarem por concorrer às vagas reservadas aos negros) e Validação Documental. Para realização de todas as etapas previstas no Exame, o candidato deverá observar o rigoroso cumprimento dos critérios e prazos estabelecidos nas Instruções Específicas. Acesse as informações e inscreva-se no site.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Embraer

Eve seleciona KAI como fornecedora de pilones do eVTOL
A Eve Air Mobility ("Eve") escolheu a Korea Aerospace Industries Ltd. (KAI), como fornecedora dos pilones para suas aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Os pilones são um componente fundamental da estrutura da aeronave que dão suporte às unidades de energia elétrica e aos seus oito rotores para a decolagem e pouso verticais. "Com seu excelente desempenho em qualidade, tecnologia e negócios, a KAI tem se destacado no fornecimento de componentes de aeroestrutura para uma variedade de aeronaves, incluindo o modelo E-Jet E2 da Embraer", destaca Johann Bordais, CEO da Eve. "Recebemos a KAI com grande entusiasmo em nosso seleto grupo de fornecedores, que irão colaborar conosco desde a fase de prototipagem até a produção das aeronaves". Nas últimas três décadas, a KAI tem sido uma fornecedora fundamental de componentes aeroestruturais de larga escala para fabricantes de aeronaves ao redor do mundo, incluindo o modelo E-Jet E2 da Embraer. Nesse sentido, o acordo representa um marco para a entrada da KAI no mercado de mobilidade aérea avançada (AAM). No ano passado, Goo Young Kang, CEO da KAI, destacou o espaço e a futura mobilidade aérea como principal foco da empresa em sua visão estratégica para 2050. Recentemente, a KAI revelou um investimento expressivo na infraestrutura de produção, com o objetivo de expandir sua participação na indústria de AAM. A KAI é a mais recente adição à lista de fornecedores da Eve para seu eVTOL. Em fevereiro, a Eve selecionou a Aciturri para fornecer os revestimentos e longarinas das asas, além das bordas de ataque e de fuga, e a Crouzet para o controle do piloto. Em janeiro, a Thales foi anunciada como fornecedora de sensores e um computador, enquanto a Honeywell ficará responsável pelos sistemas de orientação, navegação e iluminação externa. A RECARO Aircraft Seating irá equipar o eVTOL com assentos e a FACC fornecerá o estabilizador horizontal e vertical, incluindo o leme e o profundor. No ano passado, a Eve escolheu a Garmin para os aviônicos da aeronave, a Liebherr-Aerospace para os atuadores de controles de voo e a Intergalactic para o sistema de gerenciamento térmico. A empresa também firmou parceria com a Nidec Aerospace LLC, uma joint venture entre a Nidec Corporation e a Embraer, para desenvolver o sistema de propulsão elétrica da aeronave. Além disso, a BAE Systems foi escolhida para fornecer o sistema de armazenamento de energia e a Duc Hélice Propellers para os rotores e hélices. O eVTOL da Eve utiliza uma configuração de decolagem e cruzeiro (Lift + Cruise) com rotores dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem a necessidade de componentes para a transição durante o voo. O conceito mais recente inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que proporcionam redundância de propulsão, garantindo alto desempenho e segurança. Além de oferecer diversas vantagens, como baixo custo operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, foi desenvolvido para oferecer eficiência de empuxo com baixo ruído. No ano passado, a Eve revelou que sua primeira fábrica de eVTOL será estabelecida na cidade de Taubaté, em São Paulo. A empresa iniciou a montagem do primeiro protótipo do eVTOL em escala real, que dará sequência à campanha de testes. O eVTOL da Eve está programado para as primeiras entregas e entrada em serviço em 2026. Paralelamente, a Eve continua desenvolvendo um amplo portfólio de soluções agnósticas, incluindo o Vector, um software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano (Urban ATM) para otimizar e expandir as operações de UAM em todo o mundo.

Fonte: Embraer

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domingo, 14 de abril de 2024

Especial de Domingo

O conteúdo que novamente publicamos ressalta os esforços de Marcos Evangelista da Costa Vilella Junior, um brasileiro que há mais de um século mostrou a possibilidade técnica de se produzir aviões no país. Seus esforços não encontraram eco naquele instante. Um bom exemplo para estudar, sempre que algumas dificuldades impeçam a realização de nossos projetos. Em toda atividade humana nem sempre os frutos são colhidos de imediato, mas, um dia, eles aparecem.
Boa leitura.
Bom domingo!

O Aribu e o Alagoas

Em 1911, na fábrica de Cartuchos e Artefatos de Guerra do Exército, no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, o alagoano e então tenente Marcos Evangelista da Costa Vilella Junior começava seus trabalhos de construção de um avião. Um ano mais tarde, Vilella, solicitou apoio ao então ministro da Guerra, Vespasiano de Albuquerque, que o negou.

Em 1917 voou o aparelho Aribu, projetado e construído pelo Tenente Villela Junior.
Fonte: Arquivo Carlos Dufriche

A falta de apoio oficial não desanimou o Tenente, que, paciente e obstinadamente enfrentou a carência de recursos, levando adiante seu projeto de construção de um avião construído com materiais nacionais. Seis anos mais tarde, ele concluía e voava com êxito em seu primeiro avião: o Aribu. O aparelho era um monoplano construído com material nacional, exceto o motor, de 50 cavalos, importado da França. A estrutura era de madeira e a cobertura de tela. A hélice fora desenhada e construída por Vilella, empregando madeira nacional.

O Tenente Marcos Evangelista Vilella Jr que projetou aviões em 1917 e 1918.

Ainda em 1917, Vilella iniciou a construção de um segundo aparelho, batizado Alagoas. Era um avião consideravelmente mais desenvolvido do que o Aribu. Aproveitando a fuselagem de um avião Bleriot, Vilella projetou as asas e hélices e dotou o aparelho de um motor Luckt, importado, de 80 cavalos. Contando, desta vez, com recursos do Ministério da Guerra, Vilella concluiu mais rapidamente o aparelho. Em novembro de 1918, apresentou-o às autoridades militares e à imprensa, realizando um voo de demonstração no Campos dos Afonsos. O avião elevou-se a cerca de 800 metros de altura e voou suavemente.

Em novembro de 1918 voou com sucessoo aparelho Alagoas, projetado e construído pelo Tenente Marcos Vilella Jr.

O ministro da Guerra, Caetano Faria, assistiu à exibição acompanhado dos generais Mendes de Moraes e Andrade Neves, respectivamente, diretor de Material Bélico e chefe da fábrica de cartuchos. O voo teve repercussão na imprensa. As experiências do Alagoas demonstravam claramente a viabilidade técnica da construção de aviões no Brasil, empregando materiais nacionais. Contudo, não tiveram continuidade. Nem mesmo o impacto da Primeira Guerra Mundial e o papel destacado do avião como arma de guerra sensibilizaram a cúpula do Exército para a criação da arma da aviação, que surgiu mais tarde, em 1927. Se não havia interesse na constituição da arma da aviação, menos ainda havia no desenvolvimento de aeronaves brasileiras.

Fonte: Vencendo o Azul

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sábado, 13 de abril de 2024

Embraer

Primeiro Embraer KC-390 da Hungria é recebido com escolta de caças Gripen
A Hungria recepcionou o seu primeiro avião Embraer KC-390, que chegou no país escoltado por caças SAAB JAS-39C Gripen. Falando em uma coletiva de imprensa realizada na base aérea de Kecskemét, o Secretário Húngaro de Política de Defesa, Zsolt Kutnyánszky, disse que as Forças de Defesa da Hungria (HDF) estão passando por um período de transformações e renovações tecnológicas. Ele acrescentou que, graças ao programa de desenvolvimento das forças armadas, as unidades da HDF estão recebendo equipamentos militares de ponta. O secretário de Estado destacou que o policiamento aéreo e a defesa aérea são altamente significativos, portanto a modernização da força aérea é a principal prioridade neste período de desenvolvimento. As Forças de Defesa da Hungria adquiriram duas aeronaves de transporte Embraer KC-390, programadas para chegar à Hungria como sua base no final deste ano e no próximo, respectivamente. Atualmente, uma delas está em Kecskemét por três semanas na última fase do período de testes. Ao falar sobre a nova aeronave de transporte, Zsolt Kutnyánszky disse que ela pode ser configurada para transportar 80 tropas de combate e também acomodar uma Unidade de Terapia Intensiva/Unidade de Transporte de Pacientes com camas. Ela pode transportar até 26 toneladas de carga e é adequada tanto para lançamento aéreo de carga quanto para reabastecimento ar-ar – disse o secretário de Estado, acrescentando que a aeronave de 35 metros de comprimento tem uma velocidade máxima de 800 km/h, e seu teto de serviço pode até atingir 8.000 metros.

Fonte: AEROIN / Carlos Martins

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sexta-feira, 12 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 5 a 11 de abril
O FAB em Destaque desta sexta-feira (12/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 5 a 11 de abril. Entre elas, o transporte de cinco órgãos pelo Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA) – Esquadrão Tracajá da cidade de Santarém para Belém, ambas no Estado do Pará; e a abertura do processo seletivo para profissionais de nível superior em caráter temporário para os anos de 2024 e 2025. Nesta semana, destaca-se o Dia do Controlador de Operações Aéreas Militares, que passou a fazer parte do calendário comemorativo da FAB. Além disso, esta edição aborda a ação de interceptação de aeronaves clandestinas, na qual duas aeronaves - oriundas do Paraguai e da Bolívia - foram interceptadas pelas aeronaves A 29- Super Tucano e E-99 da FAB. Por fim, foi destaque essa semana a 5ª Edição do Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento realizado na Base Aérea de Santa Maria (BASM) e a passagem de cargo do Diretor de Saúde da Aeronáutica.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Videoteca Ninja

Tora! Tora! Tora!

Tora! Tora! Tora! (o comando japonês que significa "atacar") é produção de uma equipe mista de cineastas americanos e japoneses que relata os dois lados da inesquecível história de Pearl Harbor com precisão impressionante e ritmo de ação explosivo. Este épico clássico sobre Pearl Harbor, um dos filmes de ação mais espetaculares já produzidos, recria com extremo detalhe o terrível ataque dos japoneses contra os americanos. Vencedor do Oscar de Efeitos Especiais e indicado em mais 4 categorias: Montagem, Direção de Arte, Fotografia e Som.

Direção: Richard Fleischer, Kinji Fukasaku, Toshio Masuda
Roteiro: Larry Forrester (roteiro), Hideo Oguni (roteiro), Ryuzo Kikushima (roteiro), Akira Kurosawa (sequências japonesas), Gordon W. Prange (livro), Ladislas Farago (livro)
Gênero: Ação/Aventura/Guerra
Origem: Estados Unidos/Japão
Duração: 144 minutos
Tipo: Longa-metragem

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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Embraer

Embraer e FAB iniciam estudos para plataformas de missões especiais
A Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciaram o início de estudos colaborativos para identificação de potenciais adaptações de plataformas para missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). As plataformas a serem utilizadas já são operacionais na Força Aérea Brasileira, como o C-390 Millennium. “A Força Aérea Brasileira monitora constantemente sua capacidade de pleno atendimento das missões no contexto atual, ao mesmo tempo que olha para os desafios futuros e a evolução das tecnologias. Estudar a aderência e adaptabilidade de plataformas da Embraer aos desafios futuros das missões IVR é um caminho natural para maximizar comunalidade e autonomia tecnológica”, aponta o Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica. “A Embraer tem um histórico bem-sucedido na adaptação de suas plataformas para diferentes objetivos. Os estudos conjuntos permitirão a ampliação do portfólio de soluções para atendimento das necessidades operacionais em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento da FAB e de potenciais clientes internacionais. Este é mais um passo importante na relação de longo prazo entre Embraer e FAB.”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. O anúncio ocorreu na Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE), contando com a presença de Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança; e do Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica.

Fonte: Embraer

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terça-feira, 9 de abril de 2024

Processo Seletivo

FAB abre processo seletivo para nível superior

Serão diversas oportunidades para atuação em Organizações Militares de várias cidades do território nacional

A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu Processo Seletivo para profissionais de nível superior, para prestação do serviço militar voluntário, em caráter temporário, para os anos de 2024/2025. Os selecionados serão lotados em diversas Organizações Militares (OM), sediadas em capitais brasileiras e outras cidades do Território Nacional. As inscrições eletrônicas podem ser realizadas até as 23h59 do dia 25/04. As oportunidades são para as seguintes áreas: Quadro de Oficiais do Reserva de 2ª Classe Convocados do Grupamento Técnico (QOCon Tec), Magistério (QOCon Tec MAG), Grupamento de Segurança e Defesa (QOCon Tec SED), Grupamento de Médicos (QOCon MED) e Grupamento de Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (QOConFDV). Todos os quadros são para Convocação, Incorporação e Cadastramento em Banco de Dados. Os voluntários deverão ter especial atenção em relação aos documentos necessários para a comprovação dos Requisitos Específicos e dos Parâmetros de Qualificação, visando à comprovação das exigências e à pontuação a serem confirmadas na Validação Documental e Avaliação Curricular. Cabe alertar, ainda, sobre a necessidade de apresentação de alguns Exames Médicos. Recomenda-se aos voluntários que se antecipem para a realização dos exames, avaliações, atestados e laudos médicos a serem apresentados na Concentração Inicial, previstos no Aviso de Convocação. Ao serem incorporados, conforme edital, os convocados serão declarados Oficiais e incluídos no Quadro de Oficiais da Reserva de Segunda Classe Convocados. O voluntário, ao ser incorporado para a realização do estágio, fará jus à remuneração mensal e aos demais direitos remuneratórios, que se iniciam na data da incorporação. A seleção dos candidatos será feita conforme o edital do certame, disponibilizado no site oficial do processo seletivo. As etapas para incorporação são: Entrega de Documentos (ED); Validação Documental (VD); Avaliação Curricular (AC); Concentração Inicial (CI); Inspeção de Saúde (INSPSAU); Avaliação Psicológica (AP); Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF); Concentração Final (CF) e Habilitação à Incorporação (HI). As inscrições deverão ser feitas pelo site de Convocação do Pessoal Temporário da Aeronáutica. No site, também será possível realizar o cadastro no Sistema de Convocação do Pessoal Temporário da Aeronáutica, que somente estará disponível dentro do período de inscrições das Convocações. Para mais informações acesse o site.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Pioneiros

THEREZA DE MARZO
THEREZA DE MARZO nasceu na cidade de São Paulo no dia 04 de agosto de 1903. Era filha de Affonso de Marzo e de Maria Riparullo e tinha seis irmãos. Aos 17 anos, chegou à janela de sua casa na Ladeira Dr.Falcão,defronte ao Vale do Anhangabaú e do Viaduto do Chá e, ao erguer os olhos para o céu , avistou um avião. Ficou encantada e decidiu que um dia iria voar também . Ao comunicar sua intenção à família, provocou um grande alvoroço. A maior reação veio da parte de seu pai, um comerciante italiano de Nápoles. A filha deveria pensar em casamento e não em pilotar aviões . THEREZA DE MARZO não se intimidou com os protestos. Foi a pé até o Jardim Paulista, no Aeródromo Brasil, onde dois irmãos italianos ministravam instrução de voo. Ambos gostaram da ideia. Propuseram a ela o preço de 600 mil réis para 10 horas de voo. Como seu pai não lhe daria o dinheiro, THEREZA DE MARZO decidiu rifar sua vitrola. Ninguém foi premiado, pois sobraram dois cartões. Pode assim então sortear mais uma vez, entre os amigos da família. Agora poderia começar as aulas. THEREZA DE MARZO não era vaidosa, exceto com relação a sapatos. Esta preferência, agora, ficaria relegada a um segundo plano. O dinheiro seria somente para pagar suas horas de voo. Começou a aprender a pilotar em março de 1921. Como seus instrutores João e Enrico Robba viajavam muito, os alunos ficavam muito tempo sem aulas. Ao ser apresentada ao piloto e engenheiro-mecânico Fritz Roesler, ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, oriundo de Estrasburgo, pediu a ele que se tornasse seu instrutor . Com as aulas mais frequentes, THEREZA DE MARZO progrediu muito. No dia 17 de Março de 1922, voou sozinha pela 1ª vez. Começara um ano antes, em Março de 1921. Continuou treinando e voando sem o instrutor por mais 4 vezes . No dia 8 do mês seguinte (abril), apresentou-se para o exame. Decolou no avião francês CAUDRON G-3, de 120 HP, de motor rotativo e permaneceu no ar por 40 minutos, executando as manobras. O voo foi perfeito e o pouso com muita técnica e habilidade. A pista era pequena - 150 metros de comprimento por 60 de largura - o que provocou a admiração dos que assistiam a prova. Os examinadores eram o Dr. Luiz Ferreira Guimarães, diretor do Aeroclube do Brasil que foi a São Paulo especialmente para esse fim e os deputados Manoel Lacerda Franco, Amadeu Saraiva e João Robba, além do instrutor Fritz Roesler. THEREZA DE MARZO recebeu o brevê n.º 76 do Aeroclube do Brasil que era filiado à Fédération Aéronautique Internationale.
Foi a PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA A VOAR SOZINHA e a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Recebeu muitas homenagens e foi o centro de atenção da imprensa. Dias depois, efetuou o 1º reide para a cidade de Santos onde sobrevoou a estátua de Bartolomeu de Gusmão. Recepcionou com outros colegas aviadores, os famosos Gago Coutinho e Sacadura Cabral. THEREZA DE MARZO criou as "Tardes de Aviação", nas quais efetuava seus voos com passageiros. Certa tarde, ela e o piloto Átila decolaram do Aeroclube do Ypiranga. Quem comandava o voo era THEREZA DE MARZO. O colega deveria jogar flores sobre os jogadores, ao voarem rasante sobre o Estádio Palestra Itália. Ao colocar a mão para dentro do avião, Átila bateu sem querer na seletora do combustível, fechando-a e parando o motor. THEREZA DE MARZO já escolhia um lugar seguro para pousar quando resolveu tentar mais uma vez mexer no comando da gasolina. Já próxima do chão, sentiu que o motor voltava a funcionar e o voo prosseguiu sem problemas. A aviadora continuou fazendo seus voos durante 4 anos. Possuia um aparelho CAUDRON G-3, que comprara aconselhada por amigos por 8 contos de réis. Batizou-o com o nome de "São Paulo". Mais tarde, adquiriu um "Oriole". Voou cerca de 350 horas, que foram registradas oficialmente, sendo que muitas não foram computadas, pois seu instrutor achou desnecessário. Como na época, stava ficando cada vez mais difícil manter um avião, THEREZA DE MARZO pediu ao Presidente da República, Washington Luiz, uma subvenção para a gasolina e recebeu como resposta:"Não quero contribuir para seu suicídio"! O preconceito contra a mulher sempre esteve presente. A vida estava cara e a aviadora não podia manter seu treinamento. Seu antigo instrutor - Fritz Roesler - havia se apaixonado pela aluna. THEREZA DE MARZO então aceitou a proposta de casamento que ele lhe fizera. Casaram-se em 25 de setembro de 1926, com grande repercussão na sociedade brasileira. Presentes muitas autoridades representativas da época. THEREZA DE MARZO ficou triste quando o marido ciumento não permitiu que voltasse a voar. Ela não tinha dinheiro para pagar a gasolina e ele não queria ajudá-la. Tinha, porém, esperanças de que poderia fazê-lo mudar de idéias depois e assim, conciliaria os dois amores. Embora sempre acompanhasse Fritz Roesler em suas atividades profissionais, não mais voltou a voar como piloto. THEREZA DE MARZO conseguira meios para a construção de um hangar, no Ypiranga, colhendo donativos numa praça em Santos. Em 1923, venderam este hangar e se mudaram para o Campo de Marte . Lá, funcionou a Escola de Pilotagem e o Clube de Planadores, criação de Fritz Roesler. Esse piloto-engenheiro construiu os primeiros planadores EAY-101 (primários e secundários). Projetou e construiu também os primeiros cinco Paulistinhas EAY-201, no Brasil, que chamou de "Ypiranga". O projeto do Ypiranga foi vendido mais tarde para Francisco Pignatari, dono da Companhia Aeronáutica Paulista. Assim, o EAY-201 deu origem ao CAP-4, Paulistinha, de 65 HP, muito usado em instruções primária nos aeroclubes durante muito tempo. Fritz também foi o idealizador da VASP sendo um de seus fundadores (04.11.1933), juntamente com Henrique Santos Dumont e o engenheiro Jorge Corbusier. Recebeu algumas condecorações, assim como sua esposa aviadora. THEREZA DE MARZO viveu casada com Fritz durante 45 anos, quando ele veio a falecer em 1971. THEREZA DE MARZO faleceu em 09/02/1986 e foi enterrada no cemitério do Araçá, na cidade de São Paulo.

Condecorações de THEREZA DE MARZO:
• Medalha de Pioneira da Aeronáutica pela Fundação Santos Dumont São Paulo (1961) • Medalha de Mérito Aeronáutico pelo Ministério da Aeronáutica São Paulo (1976) • Medalha de Ouro Santos Dumont Minas Gerais (1980)

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domingo, 7 de abril de 2024

Especial de Domingo

Em abril de 1943 saía da linha de montagem o primeiro avião Paulistinha, que tanto contribuiu para a formação de muitas gerações de pilotos. Mais uma vez, o Núcleo Infantojuvenil de Aviação-NINJA registra a síntese desta grande história.
Boa leitura.
Bom domingo!

O avião Paulistinha


O interesse do empresário paulista Francisco Pignatari pela aviação data do final da década de 1930, quando ajudou o projetista italiano L. Bresciani na construção de dois protótipos.

Em fins de 1940, a Laminação Nacional de Metais, uma das empresas do Grupo Pignatari, criou uma divisão de aviação e passou a produzir planadores. A boa recepção dos planadores no meio aeronáutico encorajou Pignatari a criar uma empresa de construção de aviões.

Assim, em agosto de 1942, surgiu a Companhia Aeronáutica Paulista - CAP. Além de toda a estrutura industrial herdada do Grupo Pignatari a CAP associou-se ao IPT de São Paulo e passou a trabalhar no projeto do avião IPT-4, renomeado CAP-1 "Planalto" e nos seus derivados, o CAP-2, o CAP-3 e o CAP-3A. Mas o projeto de maior sucesso comercial foi o CAP-4 "Paulistinha".

O projeto do Paulistinha baseou-se na aeronave EAY-201 Ypiranga (foto abaixo), cujos direitos de fabricação, pertencentes à Empresa Aeronáutica Ypiranga, foram adquiridos.


Novamente com a ajuda de técnicos do IPT, o projeto foi revisto e em 2 de abril de 1943 o primeiro exemplar deixou as linhas de montagem.

O Paulistinha foi produzido em três versões, sendo que o modelo CAP-4A era a versão de instrução com 777 unidades produzidas. As outras duas versões eram o CAP-4B, capaz de transportar uma maca (somente dois protótipos produzidos), e o CAP-4C "Paulistinha Rádio" para regulagem de tiro de artilharia (um protótipo construído).

Além das suas boas qualidades aeronáuticas, o sucesso comercial do Paulistinha deveu-se também à Campanha Nacional de Aviação, um movimento criado em 1941 para levantar recursos para a compra de aeronaves de instrução de fabricação nacional, visando sua distribuição aos diversos aeroclubes do Brasil.


O Paulistinha era robusto, de pilotagem simples e manutenção fácil. Por ser de construção simples, a CAP chegou a fabricar um Paulistinha por dia em 1943, no auge de sua fabricação, que encerrou em 1948. Com exceção dos motores, que vinham dos EUA, praticamente todos os demais itens eram de fabricação nacional.

Em 1955 a Sociedade Construtora Aeronáutica Neiva adquiriu os direitos de fabricação do Paulistinha, bem como alguns gabaritos e todas as plantas do modelo CAP-4. O projeto foi ligeiramente modificado e rebatizado de Paulistinha 56. Mais de 240 exemplares foram fabricados nessa "segunda vida".

A Marinha do Brasil adquiriu apenas uma única aeronave para emprego geral e instrução em 1962. Não se conhecem maiores detalhes da aeronave, mas acredita-se que a mesma tenha sido uma das fabricadas pela Neiva da década de 1950. Passou para a FAB em 1965, onde não recebeu matrícula.



O esquema de cores e indicativos visuais mostrado acima baseia-se no padrão adotado pela MB no início da década de 1960 para aeronaves de instrução.


A FAB usou 20 aeronaves Neiva 56C Paulistinha para reconhecimento e observação com a designação L-6 e O-6 e foram utilizadas no período de 1959 até 1974.

E s p e c i f i c a ç õ e s


Origem: Brasil (Companhia Aeronáutica Paulista)

Dimensões:
Comprimento: 6,71 m; Envergadura: 10,67 m; Altura: 2,10 m; Superfície Alar: 17,00 m².

Pesos:
Vazio: 320 kg; Máximo na decolagem: 535 kg.

Motores: um motor ContinentalA-65-8 de 4 cilindros em linha, desenvolvendo 65 HP, refrigerado a ar.

Desempenho:
Velocidade máxima: 160 km/h; Razão inicial de subida: 240 m/min; Teto de serviço: 3.800 m; Autonomia: 4 h.

Tripulação: dois tripulantes em tandem

Fonte: Café Modelismo

Saiba mais: Blog do Núcleo Infantojuvenil de Aviação-NINJA em 2/5/10, 3/5/10, 23/5/10, 4/7/10.

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sábado, 6 de abril de 2024

Navegação Aérea

Conceitos de Rota, Rumo e Proa

ROTA
Projeção sobre a superfície terrestre da trajetória de uma aeronave cuja direção, em qualquer ponto, é expressa geralmente em graus a partir do Norte (verdadeiro ou magnético).

RUMO
Direção da rota desejada, ou percorrida, no momento considerado e, normalmente,expressa em graus, de 000° a 360° a partir do Norte (verdadeiro ou magnético), no sentido do movimento dos ponteiros do relógio.

PROA
Direção segundo a qual é ou deve ser orientado o eixo longitudinal da aeronave.

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sexta-feira, 5 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 29/3 a 4/4
O FAB em Destaque desta sexta-feira (05/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 29/3 a 4/4. Entre elas, as edições especiais do Notaer com a divulgação de Oficiais-Generais e Graduados promovidos; a publicação da revista trimestral Aerovisão e as inscrições para a segunda edição do Engineering education for the future, realizado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Nesta semana, destaca-se ainda a participação dos paratletas da FAB no primeiro campeonato militar de paratletismo; os primeiros voos solo dos Aspirantes à Oficiais Aviadores do curso de especialização operacional na aviação de caça; a localização e o resgate, com vida, do piloto de uma aeronave desaparecida na última quarta-feira e, por fim, a aula magna, ministrada pelo Comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, na Universidade da Força Aérea (UNIFA).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 4 de abril de 2024

Embraer

Embraer promove fórum sobre proteção da Amazônia e soberania de fronteiras na FIDAE 2024
O emprego de meios aéreos na proteção da Amazônia e soberania de fronteiras será o tema de um fórum organizado pela Embraer na FIDAE - Feira Internacional do Ar e Espaço, em Santiago, no Chile. O debate ocorrerá no dia 10 de abril, às 10h, no centro de conferências da exposição, que acontece no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez. O fórum reunirá representantes de forças armadas e especialistas do setor que irão discutir os desafios e soluções tecnológicas que têm contribuído com o planejamento estratégico, tático e operacional na região. “A FIDAE é o maior evento da indústria aeroespacial e de defesa na América Latina e, portanto, uma excelente oportunidade para discutir temas de extrema relevância para a região, como a proteção da Amazônia e a soberania de fronteiras”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Além disso, será uma grande satisfação apresentar os produtos e serviços de alta tecnologia da Embraer para potenciais clientes e parceiros da América Latina”. A FIDAE, principal exposição bienal aeroespacial, de defesa e segurança da América Latina, acontece entre os dias 9 e 14 de abril. A Embraer terá entre seus destaques a exibição das aeronaves A-29 Super Tucano e o KC-390 Millenium, da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem exercido importantes missões, principalmente na região amazônica. O A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria e na América do Sul compõe a frota das Forças Aéreas do Brasil, Chile, Equador e Colômbia. A FAB também opera uma frota de KC-390 que acumula mais de 11.500 horas de voo, demonstrando uma produtividade excepcional na categoria. A Embraer também irá expor o E195-E2, o jato comercial de corredor único mais econômico e silencioso do mundo, que mostrará pela primeira vez na FIDAE sua pintura Tech Eagle. A aeronave tem realizado aparições internacionais e a pintura impressionante reflete as características de alta tecnologia e o excelente desempenho. Como uma águia, o E2 voa de forma eficiente e silenciosa.

Fonte: Embraer

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