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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 1 de julho de 2018

Especial de Domingo

Novamente, publicamos uma síntese sobre a Academia da Força Aérea, magnífica instituição de ensino brasileira.
Boa leitura.
Bom domingo!

A ACADEMIA DA FORÇA AÉREA

A Academia da Força Aérea – AFA é um estabelecimento de ensino cuja finalidade é a formação, em nível superior, de homens e mulheres para o quadro de Oficiais da Ativa da Força Aérea Brasileira – FAB: Aviadores, Intendentes e de Infantaria. Está localizada na cidade de Pirassununga, cidade do interior do Estado de São Paulo, situada a 200 km ao norte da capital, às margens da Rodovia Anhanguera.

A AFA, conforme divulgado no âmbito do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, é um dos portões de oportunidades para ingresso na FAB. A missão da Academia é forjar homens e mulheres, desenvolvendo, incentivando e aprimorando, em cada cadete, os atributos intelectuais, morais e físicos, de forma a obter-se, como produto final desse treinamento, oficiais capazes e eficientes, em condições de tornarem-se os verdadeiros líderes de uma moderna força aeroespacial. Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por oficiais dos diversos quadros da Força Aérea e por professores civis.

No Brasil, cadete é o jovem, brasileiro nato, que ingressa nas Forças Armadas pelo assentamento de praça nas respectivas fileiras. Cadete da Aeronáutica é o jovem que ingressa na Força Aérea, depois de preencher as condições legais de idade, escolaridade, aptidão física, exame médico e psicotécnico. É prerrogativa do cadete preparar-se para servir ao futuro da Pátria, ao amanhã da Nação, de forma a assegurar-lhe a incolumidade, a perenidade e a honra.

HISTÓRICO
A ideia de criar a Força Aérea remonta a I Guerra Mundial, quando coube à Marinha tomar a iniciativa de organizar o primeiro núcleo militar de aviação do Brasil. Estava, pois, dado o primeiro passo. Pelo Decreto no 12.167, de 23 de agosto de 1916, o então Presidente da República Wenceslau Braz, fundava a Escola de Aviação Naval, enquanto o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, iniciava as negociações para a aquisição dos primeiros aviões Militares Brasileiros, a fim de equipar aquela Escola. 

Foram três Curtiss, modelo F, adquiridos dos Estados Unidos. O Exército só iria ter sua Escola de Aviação Militar após o término da Guerra. Em 15 de janeiro de 1919, pelo Decreto 13.417, foi aberto um crédito de dois mil contos de réis, para que se organizasse o serviço de Aviação Militar. O serviço foi provido de infra-estrutura, adquirindo-se aviões e outros materiais necessários. Foram contratados, também, professores para a escola, além de operários para a manutenção.

Com a criação do Ministério da Aeronáutica em de 20 de janeiro de 1941, sentiu-se a necessidade de intensificar a formação de pessoal. A Força Aérea, em eminente expansão, devido às necessidades da Guerra, às portas do Brasil, obrigou-se a um programa de aceleração imediata do ritmo de formação de pessoal navegantes e especialistas. Além disso, o novo Ministério acabava de herdar das aviações do Exército e da Marinha, uma duplicidade de centros de formação que, por razões óbvias, devia ser eliminada. Consequentemente, foram extintas a Escola de Aviação Militar e a Escola de Aviação Naval, enquanto era criada, no Campo dos Afonsos, a Escola de Aeronáutica, pelo Decreto nº 3,142, de 25 de março de 1941, que iria centralizar toda a formação de oficiais aviadores.

Em janeiro de 1942, foi designada uma comissão de oficiais aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica. A escolha de Pirassununga decorreu das excepcionais características topográficas da área oferecida. No ano de 1949, o Ministério da Aeronáutica designou um grupo de oficiais para apresentar projeto sobre a nova Escola. Em 17 de julho de 1956, foi nomeada nova comissão para elaborar o projeto definitivo da Escola, que deveria atender as duas fases: mudança para Pirassununga do último ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e, posteriormente, mudança completa da Escola.

Em 17 de outubro de 1960, foi inaugurado, em Pirassununga, SP, o Destacamento Precursor de Aeronáutica. Em 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, e, em decorrência, o Destacamento passou a denominar-se Destacamento Precursor da Academia da Força Aérea. No ano de 1971, a Academia da Força Aérea foi transferida, definitivamente, do Campo dos Afonsos para Pirassununga.

Hoje, a Academia dispõe de uma área construída de 215.246m², sendo 141.800m² de área administrativa e 73.246m² de área residencial. Para seu funcionamento, a AFA possui uma Estação de Tratamento de Água; sistema de energia elétrica, rede viária de 50 km e uma rede telefônica.

CURSOS
Atualmente, funcionam na Academia os seguintes cursos: Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAv), Curso de Formação de Oficiais Intendentes (CFOInt) e o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria (CFOInf), sendo todos com duração de quatro anos. Ao ser matriculado, o jovem recebe as regalias e as responsabilidades inerentes à situação de Cadete. CORAGEM, LEALDADE, HONRA, DEVER e PÁTRIA constituem o Código de Honra do Corpo de Cadetes da Aeronáutica.

Matemática, Cálculo Diferencial e Integral, Informática, Eletricidade, Mecânica, Física, Química, Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Psicologia, Sociologia, entre outras disciplinas de nível universitário, dão o embasamento cultural necessário à formação acadêmica de futuros Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. Educação Física e Instrução Militar são ministradas diariamente, dentro de rígidos padrões.

Os cadetes aviadores iniciam a instrução aérea no 1º semestre da 2ª série, voando o T25 Universal, avião de instrução primária/básica de fabricação nacional, e, nessa aeronave, voam cerca de 75 horas. Na 4ª série, os cadetes realizam a sua instrução na aeronave T27 Tucano, turboélice de instrução avançada, também de fabricação nacional, no qual voam cerca de 125 horas. Aerodinâmica, Propulsão a Jato, Navegação Aérea, Tráfego Aéreo, Inglês Técnico e Meteorologia completam o currículo técnico-especializado do Curso de Formação de Oficiais Aviadores.

Os Cadetes Intendentes estudam em laboratórios de administração e intendência, onde aprendem a ciência e a tecnologia moderna da gestão econômico-financeira e dos serviços especializados de intendência, preparando-se assim para as tarefas de um combatente de superfície.

Os cadetes Infantes estudam Métodos de Defesa e Segurança das Instalações Militares, Emprego de Defesa Antiaérea de Aeródromos e Sítios, Comando de Frações de Tropas e de Equipes Contra-Incêndio, Legislação Militar, Emprego de Armamento, Serviço Militar e Mobilização, entre outras.

Os cadetes desfrutam, dentre as atividades de lazer nos fins de semana, de diversos clubes com atividades dirigidas por eles próprios e supervisionadas por Oficiais. Esses clubes recebem suas denominações de acordo com a atividade que desenvolvem: Clube de Voo a Vela, Clube de Aeromodelismo, Clube de Plastimodelismo, Clube de História Militar, Clube de Literatura, Clube de Informática, Clube de Tiro, Clube das Gerais e Centro de Tradições Gaúchas e Clube de Tradições Nordestinas.

INGRESSO NA AFA
O ingresso na AFA ocorre mediante concurso público, conforme requisitos em edital específico, divulgados entre os meses de maio e junho, pelos endereços eletrônicos da FAB e da AFA. É preciso que os candidatos, homens e mulheres, na faixa de idade exigida, tenham concluído até a data da matrícula no ano seguinte o ensino médio.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do conteúdo no endereço eletrônico da AFA.