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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 29 de novembro de 2020

Especial de Domingo

Hoje, um brinde à participação das mulheres na Força Aérea Brasileira, em texto elaborado por Tenente Raquel Alves, Tenente Cristiane dos Santos e Tenente Flávia Rocha do CECOMSAER/FAB.
Boa leitura.
Bom domingo!

O trabalho das mulheres da Força Aérea Brasileira
As mulheres na FAB atuam como Aviadoras, Intendentes, Controladoras de Tráfego Aéreo, Musicistas, Paraquedistas, Médicas, Advogadas, Historiadoras, Educadoras Físicas, entre outros quadros e atividades. Seja nas aeronaves, nas pistas, nos hangares, nas escolas de formação, nos hospitais, nas torres de controle de tráfego aéreo, nas unidades administrativas, nas coberturas jornalísticas, no esporte, entre outras atividades, as mulheres, militares e civis, estão cada vez mais presentes na Força Aérea Brasileira (FAB). São mais de três décadas que oficiais e graduadas acumulam muitas vitórias e fazem história na Aeronáutica. A presença feminina no âmbito da FAB ocorre desde a Segunda Guerra Mundial, quando, em julho de 1944, seis enfermeiras passaram a integrar o Quadro de Enfermeiras da Reserva da Aeronáutica. Elas atuaram no teatro de operações da Itália, como integrantes do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa).

As pioneiras nos anos 80
O ingresso das mulheres na Força, como parte do efetivo, ocorreu a partir dos anos 80. Na ocasião, viu-se a necessidade de ampliar o contingente e, por isso, foram realizados estudos para a inclusão da mulher como militar na Força. As pesquisas culminaram na criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica (CFRA), que constituíram o Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG). A primeira turma de mulheres ingressou na FAB em 1982. Em 1995, o então Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Mauro José Miranda Gandra, deu início aos trâmites para que as mulheres pudessem, pela primeira vez, ser Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).

1996:
ITA e AFA
Em 1996, ingressaram as primeiras Cadetes Intendentes na AFA, que atingiram o posto de Tenente-Coronel em agosto de 2017. Elas poderão chegar até o posto de Major-Brigadeiro, maior patente deste quadro. O ano de 1996 também foi considerado um marco para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pois contemplou o primeiro concurso aberto às mulheres. De um total de 3.800 inscritos, que disputavam as 120 vagas disponíveis, 530 eram candidatas. O ITA já formou 160 mulheres nesses 20 anos, tendo uma média de 8 graduadas por ano.

1998:
Na EEAR
Na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que abrange os ensinos de nível médio e técnico, as mulheres ingressaram em 1998. Dependendo da especialidade escolhida, elas podem alcançar o posto de Coronel.

2003:
Aviadoras
Também na AFA, em 2003, ingressaram as primeiras Cadetes Aviadoras. Atualmente, elas ocupam o posto de Major. As Aviadoras ocupam funções como pilotos de todas as Aviações da FAB e podem chegar ao posto de Tenente-Brigadeiro, o mais alto na hierarquia da Aeronáutica.

2017:
Mulheres na EPCAR
No ano de 2017, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), passou a admitir mulheres em todos os anos do ensino médio em seu Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR). Após três anos de curso, as concluintes se tornaram Cadetes, ingressando na AFA neste ano.

2020:
A primeira no posto de Brigadeiro
O dia 25 de novembro de 2020 entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela primeira vez, uma militar do corpo feminino da FAB foi promovida ao Posto de Oficial-General. A atual Diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, foi escolhida para promoção ao Posto de Brigadeiro, durante reunião do Alto-Comando da Aeronáutica, realizada em Brasília (DF). Natural de Belo Horizonte (MG), a Brigadeiro Médica Carla Lyrio também alcançou outra posição pioneira: foi a primeira mulher a comandar uma Organização Militar da FAB. No dia 16 de janeiro de 2015, a Oficial assumiu o Comando da Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), no Rio de Janeiro (RJ).

Texto: Tenente Raquel Alves, Tenente Cristiane dos Santos e Tenente Flávia Rocha / CECOMSAER

Fonte: FAB