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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 4 de maio de 2024

Ajuda Humanitária

FAB receberá donativos para distribuição às vítimas das enchentes no RS
Além de receber o material, inicialmente roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis, a FAB realizará a distribuição

A Força Aérea Brasileira (FAB) deu início a uma campanha de coleta de donativos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Além de receber o material - inicialmente roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis - a FAB realizará a distribuição em coordenação com o Comando Conjunto Ativado para a Operação Taquari II. A Base Aérea do Galeão, a Base Aérea de São Paulo e a Base Aérea de Brasília centralizarão as doações. Desde terça-feira (30/04), a Força Aérea Brasileira atua nos resgates aos atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul. Na quinta-feira (02), a FAB transportou o Hospital de Campanha do Exército para o Rio Grande do Sul.

SAIBA ONDE DOAR
Base Aérea de Brasília
Endereço: Área Militar do Aeroporto Internacional de Brasília
Horário: 8h às 18h 

Base Aérea de São Paulo
Endereço: Portão G1 - Av. Monteiro Lobato, 6365 - Guarulhos - SP ou Portão G3 (Acesso pelo Aeroporto) 
Horário: 8h às 18h

Base Aérea do Galeão
Endereço: Estrada do Galeão S/N
Horário: 8h às 18h

Fonte: FAB

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sexta-feira, 3 de maio de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 26/4 a 2/5 
O FAB em Destaque desta sexta-feira (03/05) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 26 de abril a 2 de maio. Entre elas, a atuação dos Esquadrões Pantera (5º/8º GAV) e Esquadrão Zeus (1º GTT) nos resgates dos atingidos pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul (RS); a visita do Comandante da Aeronáutica ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); a marca de mil inspeções da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo (ASOCEA) e, também, as atividades de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) realizadas por diversas Unidades da FAB. Nesta edição do FAB em Destaque, aborda-se ainda, as atividades que antecedem o Cruzeiro do Sul Exercise, a Cruzex 2024; a edição especial do Jornal NOTAER, com a lista completa de Oficiais promovidos; bem como, as atividades desenvolvidas durante o Exercício Técnico (EXETEC) ASSAET 2024, realizado pelos Esquadrões Pegazo e Pioneiro. Por fim, o semanal ressalta-se a homenagem da FAB ao Tricampeão de Formula 1, Ayrton Senna.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Pioneiros

ANESIA PINHEIRO MACHADO
Anesia Pinheiro Machado nasceu em 5 de junho de 1902, em Itapetininga, interior de São Paulo, e foi a primeira mulher a trabalhar como aviadora no Brasil. Aos 19 anos começou a estudar para voar. Em abril de 1922 recebeu o seu brevet internacional Nº 77, da Federação Aeronáutica Internacional(FAI), pelo Aeroclube do Brasil. Aos 20 anos, Anesia realizou seu primeiro voo, São Paulo/Rio de Janeiro, como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil. A viagem foi realizada em um monomotor Caudron G.3, batizado de Bandeirante, o mesmo em que aprendeu a voar. Ela viajou por quatro dias. Anesia voava, no máximo, uma hora e meia por dia, quando tinha que pousar para reabastecimento e revisão da aeronave. Chegando à cidade maravilhosa foi recebida por Santos Dumont. Ele presenteou Anesia com uma medalha de ouro, réplica de uma que ele próprio havia recebido da Princesa Isabel. Anesia se afeiçoou ao presente e carregava sempre consigo ao longo de toda sua vida, era seu amuleto de boa sorte. Durante a guerra, em 1943, convidada pelo governo dos Estados Unidos, Anesia para lá se mudou, realizando um curso avançado de aviação, tornando-se a primeira e única aviadora brasileira a receber tal convite. Fez ainda, com sucesso, viagens como a travessia da Cordilheira dos Andes e uma transcontinental pelas três Américas. Morreu aos 97 anos, em 10 de maio de 1999, em Brasília. A urna com suas cinzas está depositada no Museu de Cabangu, na cidade de Santos Dumont, MG.

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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Efemérides Aeronáuticas - Maio


INCAER - Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica 

Efemérides Aeronáuticas - Maio

1709
Bartolomeu de Gusmão iniciou a confecção de seu invento em Alcântara, Portugal, “para fazê-lo voar”. (06 de maio)

1720
Bartolomeu de Gusmão foi considerado Bacharel, aprovado por todos os examinadores na Universidade de Coimbra. (06 de maio)

Recebeu o grau de Doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra(Doutoramento) (16 de maio); 

Foi outorgado a Bartolomeu o grau de “Licenciado”. (25 de maio)

1867
O Brigadeiro Antônio Nunes de Aguiar, Comandante Militar do Pessoal e Material do Exército Brasileiro, em Montevidéu, remeteu carta ao Ministro da Guerra informando da chegada dos dois irmãos aeronautas James e Ezra Allen e de dois balões de fabricação norte-americana, naquela cidade, pelo vapor “Leopoldina” a 11 de maio e o seu transbordo para o vapor “Oriental Cerro”, o qual seguiu viagem com destino ao Teatro de Operações da Guerra da Tríplice Aliança. (14 de maio)

1881
Foi lido, em sessão iniciada às 19h, o parecer da comissão formada pelo Instituto Politécnico do Brasil (“Comissão de Ciências Físicas”), para apreciar o trabalho apresentado por Júlio César. (14 de maio)

A referida comissão, constituída pelo Almirante Barão de Tefé (relator), Dr Álvaro Joaquim de Oliveira e Dr Fábio Hostílio de Moraes Rego, assinalou em seu parecer que “compete ao Instituto Politécnico manifestar ao Governo Imperial a conveniência de auxiliar este nosso compatriota com os recursos pecuniários indispensáveis a realizar em grande escala as ditas experiências”. A comissão opinou, também, que “o aparelho destinado à navegação aérea, descrito pelo Sr Júlio César Ribeiro de Souza, não é cópia ou imitação de qualquer outro dos mencionados pelos escritores que mais detalhadamente tem tratado da matéria, pertencendo-lhe, portanto, o incontestável direito ao título de INVENTOR”. O parecer do Barão de Tefé foi “bastante detalhado, confirmando as leituras especializadas que fizera, e concluiu que o aparelho do Sr Júlio César poderia mover-se numa direção oblíqua ao horizonte, independentemente de qualquer propulsor”. Entrou em discussão o parecer que havia sido apresentado na sessão anterior do Instituto Politécnico do Brasil, lido pelo Barão de Tefé. (17 de maio)

1884
A imprensa de Belém/PA, noticiou que o segundo balão dirigível de Júlio César, batizado de “Santa Maria de Belém”, encontrava-se pronto para experiência. (16 de maio)

1898
Santos Dumont efetuou uma ascensão aerostática noturna na qual o balão foi envolvido por uma tempestade. A partida foi de Péronne e o pouso próximo a Namur, no Sul da Bélgica. (30 de maio)

1899
Santos-Dumont realizou, no Jardim da Aclimatação em Paris, a primeira experiência com o seu balão dirigpivel nº 2. Com a mesma forma e comprimento do nº 1, tinha, no entanto, o seu diâmetro maior - o que elevou o seu volume para 2003m³ - e o motor mais possante - potência de 4,5 cavalos vapor. (11 de maio)

1901
Na reunião da Societé Astronomique de France, foi sugerido o nome de Santos Dumont para fazer parte dessa sociedade, conforme proposta apresentada pelo astrônomo Camille Flammarion e pelo General Jean Antoine León Bassot. (1º de maio)

O jornal “L'Echo de Paris” fez a seguinte descrição de Santos Dumont: “A natureza, dotando-o de qualidades intelectuais, um conjunto raro de aptidões físicas, uma agilidade de pássaro, um pé de alpinista e uma mão de mecânico, tudo reunido sob um peso de 50 quilogramas, recorde de leveza no Aeroclube. (12 de maio)

1902
Augusto Severo realizou a primeira experiência com o balão dirigível “Pax”, preso ao chão por cordas. Foi interrompida devido à forte chuva que desabou. (4 de maio)

*No dia seguinte, foi realizada a segunda experiência do “Pax”, com o balão dirigível ainda preso ao solo, com resultados positivos. Estiveram presentes o Comte de La Vaulz e diversos representantes do Aeroclube da França. Augusto Severo empreendeu a terceira experiência com o “Pax”, permanecendo este preso ao solo, por cordas. O mau tempo, no entanto, prejudicou os ensaios. (08 de maio)

O Ministério da Guerra da França, concedeu autorização a Augusto Severo para que o mesmo, no voo do “Pax”, previsto para o dia seguinte, evoluísse sobre as tropas do Exército Francês que se encontravam acampadas em Issy-Les-Moulineaux. (11 de maio)

Ocorreu um acidente com o dirigível “Pax”, falecendo Augusto Severo de Albuquerque Maranhão e o seu mecânico francês Georges Sachet. Severo foi, pois, a primeira vítima brasileira da conquista do ar. (12 de maio)

O corpo de Augusto Severo foi recolhido à Legação Brasileira, em Paris, sendo visitado por mais de cinco mil pessoas, inclusive as maiores autoridades científicas da França. (13 de maio)

A Intendência de Natal (atual Prefeitura), mudou o nome da Praça da República para o de Praça Augusto Severo, localizada no bairro da Ribeira, em homenagem ao pioneiro norte riograndense. (14 de maio)

Em palestra apresentada no Instituto Politécnico do Brasil, no Rio de Janeiro, sob o tema: “Os balões de Santos Dumont e Severo”, o professor Carlos Sampaio fez uma apreciação geral sobre as causas prováveis do acidente do balão dirigível “Pax”, que vitimou seus dois tripulantes. (28 de maio)

1903
Santos Dumont realizou as primeiras experiências com o balão dirigível “Nº 9”, no Campo de Bagatelle, em Paris. (8 de maio)

1905
O aeronauta português Guilherme Magalhães Costa realizou no Rio de Janeiro uma ascensão aerostática com o seu balão livre "Portugal", de 1.058 m³, levando na sua companhia o fotógrafo Paulino Botelho da "Gazeta de Notícias". (7 de maio)

1907
O Ten do Exército Juventino Fernandes da Fonseca foi designado pelo Ministro da Guerra “para acompanhar na Europa a construção de balões e o preparo dos parques de Aerostação encomendados pelo governo”. (8 de maio)

# Foi o Marechal Hermes da Fonseca quem primeiro tomou a iniciativa de dotar o Exército com pessoal e equipamento de aerostação, enviando à França o Ten Juventino para que lá fizesse curso de navegação aérea, em balões.

1908
Faleceu o 1º Ten de Cavalaria Juventino Fernandes da Fonseca, na Serra do Barata, em Realengo/RJ, em acidente com o balão que ele pilotava, o qual tinha sido adquirido pelo Exército Brasileiro. (20 de maio)

# O Ten Juventino foi o primeiro militar falecido em acidente aeronáutico.

1912
Constou na ata do Aeroclube Brasileiro, que o Ten Ricardo Kirk organizou uma planta dos terrenos escolhidos em Deodoro e na Fazenda dos Afonsos, Rio de Janeiro, para escolha de um local destinado a campo de pouso. A documentação foi levada pelo Marechal Bormann ao Presidente da República. (1º de maio)

# Foi constituída a seguinte comissão para proceder quanto à escolha definitiva do terreno: Marechal Bormann, João Augusto Alves e Victorino de Oliveira; essa comissão procurou o Ministro da Guerra, General Vespasiano de Albuquerque, para a decisão final, ficando selecionado o terreno da Fazenda dos Afonsos, com um quilômetro de comprimento por um quilômetro de largura.

Organizada pelo jornal “A Noite”, foi realizada no Rio de Janeiro, a primeira “Semana de Aviação” com a presença dos aviadores franceses Roland Garros, Barrier e Audemar e do italiano Ernesto Darioli; o prêmio instituído pelo jornal “A Noite” foi ganho pelo aviador francês Roland Garros.(maio)

1914
Realizou-se, no Rio de Janeiro, uma prova de velocidade para aviões, com a participação do aviador brasileiro Ricardo Kirk. Pilotando um monoplano Morane Saulnier, Kirk sagrou-se campeão. (24 de maio)

1916
Em entrevista publicada no jornal “A Noite”, o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, declarou que “tinha quase concluídas as negociações para a aquisição dos primeiros aviões militares brasileiros, destinados a equipar a futura Escola de Aviação Naval: três hidroaviões Curtiss, dotados com motor de 90 HP”. (10 de maio)

# Nesse mesmo período, na ata do Aeroclube Brasileiro são citadas as ideias e argumentos de Santos Dumont que, por certo, influíram na decisão da Marinha de criar sua Escola de Aviação. Santos Dumont enfatizou a criação de uma escola com hidroaviões, argumentando com os excelentes resultados obtidos pelos americanos. (25 de maio)

Foram abertas as inscrições para a primeira turma do curso de pilotagem na Marinha (9 vagas, sendo duas reservadas para Oficiais do Exército). (28 de maio)

1918
Em entrevista à revista “Auto Propulsão”, o Cap Ex Marcos Evangelista Villela Júnior, autor do projeto do monoplano “Aribu”, declarou: “O nosso monoplano está em voo em Santa Cruz, conforme prometemos, todo construído com material nacional e, em sua construção só cooperando a mão de operário nacional”. (1º de maio)

1919
Foi publicado o primeiro Boletim da Escola de Aviação Militar, provisoriamente instalada em alguns prédios da Vila Proletária de Marechal Hermes. O Comando da referida Escola foi instalado no prédio nº 23 da Avenida 1º de maio, na Vila Marechal Hermes. A Companhia de Aviação, sediada no Campo dos Afonsos, tinha seu edifício destinado ao aquartelamento das praças, com enfermaria, ranchos e alojamentos e foi inaugurado em novembro de 1922. (7 de maio)

Foram designados os primeiros instrutores da Escola de Aviação Militar: Cap Louis Etienne Lafay e Cap Edouard Verdier (ambos da Missão Francesa), Cap Alzir Mendes Rodrigues Lima, 1º Ten Bento Ribeiro Carneiro Monteiro e 1º Ten Aroldo Borges Leitão. (15 de maio) Posteriormente, o Cap Verdier foi substituído pelo seu colega Cap Hubert Charles Louis Dumont.

1920
Ocorreu no Campo dos Afonsos, o voo inaugural do “Rio de Janeiro”, avião construído com o apoio do industrial Henrique Lage, e pilotado pelo Cap Louis Etienne Lafay, da Missão Militar Francesa. O motor era do tipo Gnome, de 80 HP, rotativo, e a célula – toda construída com madeira nacional – possuía espaço para três pessoas. O construtor da aeronave foi o próprio Cap Lafay, auxiliado pelo engenheiro francês Braconnot. (15 de maio)

O jornal carioca “A Rua”, publicou uma reportagem referente ao voo de apresentação do biplano “Rio de Janeiro”, classificando-o como “o primeiro avião brasileiro que evoluiu com sucesso sobre o Campo dos Afonsos”. Essa matéria recebeu uma veemente resposta do Cap Marcos Evangelista Villela Júnior, que, contestou a prioridade do Cap Louis Etienne Lafay (piloto do “Rio de Janeiro”), afirmando ter o avião “Alagoas” (concepção de Villela) já voado em 11 de novembro de 1918, decolando do mesmo Campo dos Afonsos.(18 de maio)

E, também nesse período, formou-se a primeira turma de “Mecânicos de Aviação”, da Aviação Militar.

1922
Santos Dumont, por ocasião do Grande Prêmio do Aeroclube da França, realizou sua última ascensão aerostática, partindo do Jardim des Tuileries, em Paris, na companhia do Comte de La Vaulx e de Georges Besançon, no balão livre “La Cigogne”, conforme noticiou “L'Aerophile”. (14 de maio) 

Pilotando um Caudron, e conduzindo como passageira a amiga Jeanne Caille, Anésia Pinheiro Machado conseguiu atingir a altitude de 4.124 metros, estabelecendo um recorde feminino de voo em altura. Para comprovar a marca, foi instalado em seu avião um barógrafo registrador “Badim”. (18 de maio) Ao final do voo, o engenheiro Jorge Corbisier, Presidente do Aeroclube de São Paulo, proclamou o resultado alcançado por Anésia, em meio às palmas dos presentes. No dia seguinte, “A Gazeta”, de São Paulo, deu grande destaque ao recorde alcançado pela aviadora a qual, no mesmo dia, ainda viajou com destino a Santos, no Caudron.

Voou, pela primeira vez, no Campo dos Afonsos, o bimotor “Independência”, assim denominado em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. O projeto, do francês Etienne Lafay (da Missão Francesa) e do engenheiro Braconnot, foi executado com o patrocínio de Henrique Lage, em suas oficinas na Ilha do Viana. Era um biplano, com dois motores(um à frente e outro à ré), do tipo Clerget, de 130 HP (cada), podia transportar até 5 pessoas (2 pilotos e 3 passageiros), envergadura de 12 metros e era equipado com dois pares de rodas e uma bequilha do tipo “Patim de arrasto”. Foi esse o primeiro bimotor brasileiro. (25 de maio)

O Ministro da Guerra determinou a instalação da Seção de Aeronáutica, cujo funcionamento já estava previsto pelo Estado-Maior do Exército (Aviso nº 85 do Ministro da Guerra). # O primeiro Chefe da Seção de Aeronáutica foi o Ten Cel Álvaro Guilherme Mariante o qual, cinco anos após, já promovido ao posto de General, viria a ser Diretor da Aviação Militar. (30 de maio)

1923
Foi estabelecido, em Florianópolis, um Centro de Aviação Naval. (10 de maio)

Foi regulamentado o Serviço de Aviação da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, através do Decreto Estadual nº 3.161. O mencionado Serviço foi instalado em terreno do Posto de Veterinária, na Várzea Gravataí, cercanias de Porto Alegre, e começou a funcionar com dois hangares, alojamento, oficinas e serviços burocráticos. Os aviões, procedentes da Argentina (dois Breguet 14), receberam as matrículas BM-1 e BM-2. (31 de maio)

1926
Santos Dumont escreveu ao Embaixador do Brasil na Sociedade das nações, Afrânio de Melo Franco, manifestando a sua preocupação com a utilização do avião como arma de guerra. (24 de maio)

1927
O Centro de Aviação do Rio de Janeiro e a Escola de Aviação Naval receberam a visita do Presidente do Brasil, Washington Luiz Pereira de Souza, acompanhado do Ministro da Marinha, Contra Almirante Arnaldo Siqueira Pinto da Luz. (maio)

1929
As aeronaves existentes na Aviação Militar foram classificadas em duas categorias:

a) Aviões Escola:
- Avião escola – Morane 147,120 HP
- Avião de transição – Morane 130,240 HP
- Avião anfíbio – Schreck 17,180 HP
- Avião de trabalho – Potez 33,240 HP

b) Aviões de Combate:
- Avião leve – Nieuport 72,600 HP
- Avião médio tipo Exército – Breguet 19,600 HP
- Avião médio tipo Divisão – Potez 25,500 HP
- Avião pesado monomotor – Amiot 122,750 HP
- Avião pesado bimotor – Lioré 25,600 HP
(Aviso 68, do Ministro da Guerra). (07 de maio)

Foi autorizada a funcionar no Brasil a empresa aérea Pan American Airways (Decreto nº 18.768). A Pan American adquiriu a Empresa de Transportes Aéreos, brasileira. (28 de maio)

1930
Pousou no Rio Potengi, em Natal/RN, às 07:20 horas, o avião Laté-28, matrícula F-AJNO, tripulado pelos franceses Jean Mermoz (piloto), Jean Dabry (navegador) e Leopoldo Gimié (radiotelegrafista), os quais realizaram a primeira travessia aérea comercial sobre o Atlântico Sul. (13 de maio)

Pela primeira vez, apareceu nos céus do Rio de Janeiro, às 23 horas, o dirigível alemão LZ – 127 “Graf Zeppelin”, procedente da Alemanha, com escalas em Sevilha (Espanha) e Recife (Campo de Jequiá). (25 de maio)

Partindo de sua primeira viagem do Rio de Janeiro, o LZ-127 “Graf Zeppelin” atingiu Natal, às 13:56 horas do dia 28 de maio.

Sobrevoando, pela primeira vez a cidade, durante 12 minutos, perdeu altura sobre o bairro da Ribeira, deixando cair uma coroa de flores sobre a Praça Augusto Severo, onde se encontra a estátua desse mártir da conquista do espaço. A coroa tinha a seguinte inscrição: “Homenagem da Alemanha ao Brasil, na pessoa do seu filho Augusto Severo”. (13 de maio)

1931
Foi criado o Grupo Misto de Aviação, com sede no Campo dos Afonsos. Foi essa a primeira Unidade Aérea que a Aviação Militar possuiu depois de criada a Arma de Aviação (Decreto 20.023). Incorporada ao 1º Regimento de Aviação, a nova Unidade foi equipada com 10 aviões Potez 25 T.O.E. e 7 Aviões Curtiss “Fledgling”, com os quais foi dado início ao Correio Aéreo Militar – CAM. O primeiro Comandante do Grupo foi o Major Eduardo Gomes. Tanto o 1º Regimento de Aviação como o Grupo Misto de Aviação participaram das operações militares desenvolvidas de 9 de julho a 29 de setembro de 1932 (Revolução Constitucionalista de São Paulo), bem como na defesa da legalidade em 27 de novembro de 1935 (Intentona Comunista). (21 de maio)

1932
Foi nomeado o Engenheiro César Silveira Grillo como primeiro Diretor do Departamento de Aeronáutica Civil. (14 de maio)

Foram desembarcados do navio “Almeda Star”, no Rio de Janeiro, mais seis aviões Moth-Trainer, adquiridos para a Aviação Militar. Acompanhando esses aviões, chegou também o Cap Holliwell, da Royal Air Force, encarregado de fazer a entrega do material. (23 de maio)

1933
Foram ativadas algumas Unidades da Aviação Militar criadas em 29 de março de 1933, e outros órgãos de serviços, como parte do planejamento de reorganização da referida Aviação Militar: - Com sede no Rio de Janeiro – 1º Regimento de Aviação, Parque Central de Aviação, Depósito Central de Aviação, Departamento Médico de Aviação e Estação Central Meteorológica Militar; -Com sede em Porto Alegre – 3º Regimento de Aviação e Estação Regional Meteorológica Militar; - Com sede em Curitiba – 5º Regimento de Aviação e Estação Regional Meteorológica Militar (Decreto 22.735)

O efetivo do quadro de Oficiais da Arma de Aviação passou a ser fixado em: Coronel -2; Tenente Coronel – 7; Major- 16; Capitão- 41, Primeiro Tenente -77; Segundo Tenente-32, num total de 175 Oficiais. (19 de maio)

1934
Foi ativado o Destacamento de Aviação de Belo Horizonte, com sede na Pampulha, sendo seu primeiro Comandante o 2º Ten Doorgal Borges. (19 de maio)

O Sr. H.T. Toomey, da Panair, apresentou ao engenheiro César Pereira Grillo, Diretor do Departamento de Aeronáutica Civil, um trabalho de sua autoria acerca do aproveitamento da Ponta do Calabouço como aeroporto central do Rio de Janeiro. (25 de maio)

Às 08:00 horas, chegaram ao Campo dos Afonsos, o Ministro da Guerra Gen Góes Monteiro, acompanhado de seus Ajudantes de Ordens, Cap Clóvis Monteiro Travassos e 1º Ten Toledo de Abreu e ainda do Ten Cel Antônio Guedes Muniz, para uma visita de inspeção ao 1º Regimento de Aviação, ali sediado. Os visitantes foram recebidos pelo Gen Eurico Gaspar Dutra (Diretor da Aviação Militar), Cel Newton Braga (Cmt da Escola de Aviação Militar), Cel Mendes de Morais, Cel Amilcar Pederneiras e ainda, de grande número de oficiais da Aviação Militar. (30 de maio)

1935
Foi aprovado o Plano Geral do Aeroporto para Dirigíveis, em Santa Cruz/RJ(Decreto 14).(04 de maio) 

Foi diplomada em Medicina de Aviação, a 1ª Turma de Médicos do Exército: - Maj Med Ângelo Godinho dos Santos; Cap Med José da Silva Celestino, Hyldo Sá Miranda Horta, Armínio Leal Elejalde, Edgard Correa de Mello, Araul da Silva Bretas e José Gonçalves;e o 1º Ten Farm Benedito Arcanjo da Costa Gama. (31 de maio)

1936
Foi expedido pelo Aeroclube do Brasil, o diploma nº 248, referente à aviadora paulista Ada Leda Rogato. (2 de maio)

Segundo a revista “Asas”, a Escola de Pilotagem de São Paulo, sediada no Campo de Marte, brevetou uma turma de 9 pilotos civis, destacando-se Ada Rogato. (03 de maio)

O hidroavião Junkers W-34 “Taquary”, matrícula PP-CAP, do Sindicato Condor, pousou em Rio Branco, capital do então Território do Acre, inaugurando uma linha da referida empresa. (5 de Maio) 

1937
O primeiro avião construído nas oficinas da Marinha, no Galeão (projeto alemão), do tipo Focke Wulf 44J “Stieglitz”, fez seu voo de experiência, sob as vistas do Presidente da República, Getúlio Vargas, e pilotado pelo 2º Ten Jorge Marques de Azevedo. (08 de Maio)

A primeira aeronave desse tipo que precedeu a série fabricada no Galeão, foi recebida da Alemanha e fez seu primeiro voo em 10 de novembro de 1936, pilotada pelo mesmo Ten Azevedo.

1938
Foi firmado o contrato para a aquisição de 20 aviões de instrução primária Muniz M-7, projetados pelo Cel Eng Antônio Guedes Muniz e fabricados nos estabelecimentos industriais Henrique Lage. (maio) 

1940
Foi regulada a inatividade e o acesso dos Oficiais do Corpo da Armada e Quadro de Aviadores Navais (Decreto lei 2.173). (6 de maio)

Pelo Decreto lei 2.176, foi confirmado o contrato celebrado entre o Governo Federal e a empresa “Construções Aeronáuticas S.A”, para a construção de uma fábrica de aviões a ser localizada em Lagoa Santa/MG. (6 de maio) Nesse mesmo período, em cerimônia ocorrida no 6º Corpo de Base Aérea, em Fortaleza, houve a entrega dos brevês à 1º Turma de Pilotos, formada pelo Aeroclube do Ceará, “e para cuja formação muito concorreu o 6º Corpo de Base Aérea, quer orientando a instrução, quer fornecendo material, quer concorrendo com o seu pessoal para a concretização desse objetivo altamente patriótico”. 

1941
As “Forças Aéreas Nacionais”, criadas em 20 de janeiro de 1941, ao mesmo tempo que o Ministério da Aeronáutica, receberam a nova designação de “Força Aérea Brasileira”.(22 de maio)

As sedes dos estabelecimentos da Força Aérea Brasileira (FAB) passam a ter as seguintes designações, por meio do Decreto-lei nº 3.302 (22 de maio)

Sede do 1º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DOS AFONSOS

Sede do 2º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE SÃO PAULO

Sede do 3º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE PORTO ALEGRE

Sede do 4º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE BELO HORIZONTE

Sede do 5º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE CURITIBA

Sede do 6º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE FORTALEZA

Sede do 7º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE BELÉM

Sede do 8º Corpo de Base Aérea: BASE AÉREA DE CAMPO GRANDE

Base de Aviação Naval do Rio de Janeiro: BASE AÉREA DO GALEÃO

Base de Aviação Naval de Santos: BASE AÉREA DE SANTOS

Base de Aviação Naval de Santa Catarina: BASE AÉREA DE FLORIANÓPOLIS

Base de Aviação Naval do R. G. do Sul: BASE AÉREA DO RIO GRANDE

Parque Central de Aeronáutica (do Exército): PARQUE DE AERONÁUTICA DOS AFONSOS

Parque Regional de São Paulo: PARQUE DE AERONÁUTICA DE SÃO PAULO

Oficinas Gerais da Aviação Naval: FÁBRICA DO GALEÃO

Serviço Técnico de Aeronáutica (do Exército): SERVIÇO TÉCNICO DA AERONÁUTICA

Depósito Central de Aeronáutica (do Exército): DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DOS AFONSOS 

Depósito da Aviação Naval: DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DO GALEÃO

Departamento Médico de Aeronáutica (do Exército): CENTRO MÉDICO DE AERONÁUTICA DOS AFONSOS

Serviço de Medicina da Aviação Naval: CENTRO MÉDICO DE AERONÁUTICA DO GALEÃO

Pelo Decreto-Lei nº 3.318, foi aberto no Ministério da Aeronáutica o crédito especial de 2.000:000$, para aquisição da aparelhagem para a fabricação de aviões “North-American NA-44”, na fábrica de Lagoa Santa/MG. (29 de maio)

Pelo Decreto-Lei nº3.323, foi aprovado o primeiro Plano de Uniformes dos oficiais e praças da Força Aérea Brasileira. (30 de maio)

1942
Foi executado o primeiro ataque a um submarino inimigo Barbarigo, da Regia Marina da Itália, feito pelos Capitães Aviadores Parreira Horta e Oswaldo Pamplona, da Força Aérea Brasileira, em meio à formação operacional nos bombardeios B-25B Mitchell, recebidos recentemente dos EUA. A mesma belonave que, quatro dias antes, havia torpedeado o navio Comandante Lyra, próximo ao Atol das Rocas. O Barbarigo, surpreendido pela rápida ação de Horta e Pamplona, reagiu intensamente com fogo antiaéreo, submergiu ligeiro e bateu em retirada. A tripulação, então, retornou para a Base Aérea de Fortaleza. Esse admirável acontecimento, marcou o “batismo de fogo” da Força Aérea Brasileira e passou a ser oficialmente assinalado como o DIA DA AVIAÇÃO DE PATRULHA. (22 de maio)

1945
Voada a última missão de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça no Teatro de Operações da Itália. (02 de maio)

A Segunda Guerra Mundial terminou, oficialmente, na Europa. Esse fato ficou conhecido como o “Dia da Vitória”. (08 de maio)

Através do Decreto nº 18.370, foi declarado de utilidade pública, para desapropriação, o ex-Hospital Itapagipe que foi transformado no Hospital Central da Aeronáutica. (28 de maio)

1949
Foi instituída na Diretoria de Aeronáutica Civil, como órgão consultivo, a “Comissão de Estudos e Concessões de Linhas Aéreas” (CECLA), através da Portaria nº 115. (31 de maio)

1950
Foi aprovado o “Acordo sobre Transportes Aéreos entre o Brasil e o Reino Unido da Grã- Bretanha e Irlanda do Norte”, assinado no Rio de Janeiro em 21 de outubro de 1946(Decreto Legislativo nº 32). (25 de maio)

1951
Foi considerada de utilidade pública a “União Brasileira de Aviadores Civis”, com sede em São Paulo (Lei nº 1.372). (24 de maio)

1952
Passou a denominar-se “Pinto Martins” o aeroporto de Cocorote em Fortaleza (Lei nº1.602) . (13 de maio)

Foi realizada a primeira demonstração oficial do Esquadrão de Demonstração Aéreo (EDA), carinhosamente batizado como Esquadrilha da Fumaça. (14 de maio)

Foi declarada de utilidade pública a “Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico”, com sede no Rio de Janeiro (Decreto nº30.840) (31 de maio)

1953
Primeiro voo do avião Gloster no Brasil. Realizado no TF-7 FAB 4300, tendo como pilotos o Brig. Nero Moura (então Ministro da Aeronáutica) e um piloto de provas da companhia Gloste. (22 de maio) 

1954
Último voo do P-40K (FAB 4035), em voo de experiência no qual faleceu o piloto, Cap. Flávio Argolo, devido a falha estrutural da aeronave. Voo este realizado em Canoas no 1º/14º GAv. (09 de maio)

1957
Foi criada a “Medalha Prêmio Força Aérea Brasileira” para galardoar os militares da Força Aérea Brasileira que hajam ou que venham a distinguir-se por estudos sobre temas técnicos profissionais (Decreto n° 42.737). (31 de maio)

1973
Foi inaugurado o Hospital de Área em Brasília. (20 de maio)

1976
1ª missão de REVO no Brasil. A tripulação da aeronave reabastecedora KC-130H FAB 2462 tinha como pilotos o Ten Cel Wilson Freitas do Valle e Cap Bernardino Adalto de Paiva Neto; e os caçadores (Jambocks) eram o Ten Cel Carlos de Almeida Baptista, no F-5E 4828 e o Ten Cel Sérgio Ribeiro, no F-5E 4854. (04 de maio)

1978
A Portaria nº 542/GM3 ativa o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC) e desativa a Diretoria de Documentação e Histórico. (19 de maio)

1982
Foi criada a Comissão Aeronáutica Brasileira em São Paulo (CABSP), concentrando, na mesma organização, as atividades de nacionalização e de aquisição de material aeronáutico. (10 de maio)

1987
Criação do Núcleo do Hospital de Força Aérea de Brasília (NuHFAB), pela Portaria nº 470/GM-3. (19 de maio)

1992
Criação e ativação do Destacamento de Proteção ao Voo, Detecção e Telecomunicações n°26 (DTCEA-FZ), tendo por missão operar e manter os equipamentos de proteção ao voo e detecção de telecomunicações pertencentes ao Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA). (30 de maio)

Fonte: INCAER

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terça-feira, 30 de abril de 2024

Embraer

Koppert vai usar aeronave Ipanema da Embraer para certificar pulverização aérea de biodefensivos no Brasil
O avião agrícola EMB-203 Ipanema da Embraer vai realizar uma série de testes para homologar a primeira metodologia de aplicação aérea de defensivos biológicos do Brasil. O projeto pioneiro para promover a sustentabilidade no agronegócio nacional é liderado pela Koppert, líder global no desenvolvimento e produção de bioinsumos para agricultura. A colaboração entre as equipes da Embraer e Koppert vai avaliar aspectos técnicos necessários para a melhor eficiência da pulverização e a segurança dessa prática, com o objetivo de documentar os resultados obtidos. O anúncio foi realizado durante a 29ª edição da Agrishow, a principal feira de tecnologia para o agronegócio da América Latina, que acontece até o dia 3 de maio em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. "A parceria entre a Embraer e a Koppert representa um passo significativo em direção à promoção da sustentabilidade no agronegócio brasileiro", afirma Gustavo Herrmann, Diretor Comercial da Koppert América do Sul. "Estamos entusiasmados com a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes." A padronização da forma de aplicação com base em uma metodologia científica busca assegurar a eficácia dos biodefensivos para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de doenças e pragas nas lavouras, combinando o uso estratégico de tecnologias de monitoramento e pulverização aérea. O uso do Ipanema reforça ainda mais o compromisso com um futuro sustentável da iniciativa, por ser a única aeronave certificada e produzida em série para voar com biocombustível. Movido a etanol, o avião agrícola da Embraer combina tradição, robustez e eficiência para potencializar o uso de organismos ou de substâncias de ocorrência natural. “O agronegócio tem buscado incorporar novas tecnologias para o aumento da segurança alimentar e proteção do meio ambiente, e acreditamos que a colaboração entre Embraer e Koppert poderá contribuir para novos avanços sustentáveis do setor”, disse Sany Onofre, responsável pela produção e comercialização do Ipanema na Embraer.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Airlander 10

Fabricante da grande aeronave Airlander 10 anuncia novo acordo que inclui reserva para seis unidades
A fabricante aeronáutica britânica Hybrid Air Vehicles (HAV) informa um acordo com a Highlands and Islands Transport Partnership (HITRANS) para progredir nos serviços potenciais da aeronave Airlander 10 nas Highlands and Islands (Terras Altas e Ilhas), na Escócia, e melhorar substancialmente o transporte aéreo regional de passageiros e carga. O plano inclui um acordo para desenvolver um business case (caso de negócios) completo para a operação comercial de aeronaves Airlander 10 na região para serviços de passageiros e carga, através de um novo estudo conjunto, uma continuação do conceito anterior e do trabalho de estudo de viabilidade. Esta atividade representa um compromisso adicional significativo da HITRANS na investigação e planejamento de futuros serviços aéreos descarbonizados servindo a Escócia. Para apoiar o potencial de novos serviços na região, a Hybrid Air Vehicles também reservará slots de produção antecipada para seis aeronaves Airlander 10 para a HITRANS. Juntos, com um caso de negócios comprovado e a opção de seis aeronaves Airlander 10, a HITRANS e a Hybrid Air Vehicles poderão identificar um operador comercial para começar a prestar serviços nas Terras Altas e Ilhas da Escócia. A integração do Airlander 10 também apoiará os objetivos da região de transporte aéreo com saldo líquido zero de emissões até 2045. O Airlander 10 é um novo tipo de aeronave com emissões ultrabaixas, capaz de transportar 100 passageiros ou dez toneladas de carga útil, ou uma combinação de ambos, com até 90% menos emissões quando comparado com aeronaves de capacidade similar. Possui características únicas, tais como a sua eficiência inerente e a sua capacidade de decolagem e aterrissagem com infraestruturas limitadas, o que o torna ideal para satisfazer necessidades específicas em geografias remotas e insulares. O anúncio baseia-se num estudo de viabilidade anterior entre a HAV e a HITRANS, através do Ambiente de Teste de Aviação Sustentável (SATE) financiado pelo UKRI, que concluiu que o Airlander 10 pode melhorar substancialmente a prestação de serviços de passageiros e carga com baixas emissões de carbono para a região com investimento mínimo em atualizações de infraestrutura. Ao longo deste início de 2024, a Hybrid Air Vehicles anunciou progressos significativos em direção à produção em grande escala do Airlander 10 e entrada no mercado até o final desta década. Em fevereiro de 2024, anunciou que a Certificação de Tipo havia começado com a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido, que regularia as aeronaves para funções na aviação civil. Em março de 2024, anunciou um local de produção principal em Carcroft Common, em South Yorkshire.

Fonte: AEROIN/Murilo Basseto

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domingo, 28 de abril de 2024

Epecial de Domingo

Da coletânea Ideias em Destaque, publicação do INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, selecionamos e voltamos a publicar o texto a seguir, do Maj Brig Ar da Reserva Wilmar Terroso Freitas. 
Boa leitura. 
Bom domingo!

Um voo que passou... 
uma saudade que ficou: 
a última missão do T-6D 1545
Naquela manhã do dia 28 de fevereiro de 1975, decolaram, da Base Aérea de Belém, para uma longa viagem, os NA T-6G FAB 1557 e T-6D FAB 1545, pilotados pelo Tenente-Aviador Jair Kisiolar dos Santos e por mim, tendo, como mecânico, o Segundo-Sargento Isaías. O T-6G do líder possuía instrumentos de comunicações e navegação, mas o T-6D – onde eu voava solo, pois o mecânico estava no avião do líder – tinha apenas um equipamento de comunicação em VHF (Very Hight Frequency), motivo pelo qual eu iria voando na ala do avião líder, como sempre foi comum fazê-lo, tanto em voos de instrução, como no emprego operacional de armamento ar-solo. Seria um voo silencioso, pois eu não tinha um mecânico com quem falar de vez em quando, nem sinais de radionavegação ou broadcasting para sintonizar e ouvir, pela ausência do equipamento de navegação a bordo do 1545. Além disso, aquela não seria uma viagem normal, de rotina: seria uma viagem sem volta, pois as aeronaves NA T-6 Texan estavam sendo desativadas e deveriam ser entregues ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa – MG (PAMA LS), responsável pelo apoio e pelo recolhimento daquele tipo de aeronave. Eram os dois últimos exemplares do Primeiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (1º EMRA) em seu derradeiro voo. Aqueles dois valorosos T-6 (T-meia), agora “aposentados”, voaram por muitos anos, sobre as coxilhas e serras do Rio Grande do Sul, quando estavam no Primeiro Esquadrão de Reconhecimento e Ataque (1º ERA) na Base Aérea de Canoas – RS, até serem transferidos para a Base Aérea de Belém, ao início de 1973, como equipamentos fundadores do 1º EMRA (Esquadrão Falcão). Nos dois últimos anos (1973 e 1974), os T-6 sobrepujavam os naturais ruídos e harmoniosos sons da imensa selva amazônica, com o ronco dos seus possantes motores Pratt & Whitney R-1340-AN1 de nove cilindros radiais, arrefecidos a ar. Para o jovem Tenente, os longos voos, geralmente a baixa altitude, sobre a floresta, tendo, como referência, apenas o sinuoso caminho dos rios, as escassas ilhas e os lugarejos ribeirinhos, geravam uma sensação de liberdade e de poder, reforçados pela solidão da cabine e pela espetacular Amazônia que “desfilava” sob as nossas asas, mostrando-se intocada, imensa e bela. Após decolar na ala e ir para a posição de Ataque Dois¹ , já na proa de Marabá, primeira escala prevista, e ainda sem ter a noção clara de que aquela seria uma missão histórica em minha caderneta de voo, refleti, “com meus botões”, que aquele T-6... 

– não mais se faria ouvir estridente, no ronco do passo mínimo, durante um barril² por fora; 

– não mais abriria passagem, altivo, entre os rosados flamingos das matas de Igapó, ou espantaria os búfalos de Marajó; 

– não mais mergulharia, veloz e certeiro, como um Falcão, sobre o seu alvo, em missões de bombardeio ou de lançamento de foguetes, no estande de Igarapé-Açu³;

– não mais alegraria as populações ribeirinhas com suas evoluções rasantes, às margens do Rio Mar;

– não mais teria, ou seria, um ala fiel, inseparável, como neste derradeiro voo; 

– não mais voaria... estava desativado!  

Cerca de 15.000 unidades de T-6 foram produzidas, em diversas versões, sendo 81 montadas no Brasil pela Fábrica de Aviões de Lagoa Santa – MG, entre 1945 e 1952. Essas aeronaves voaram até 1974, nos Esquadrões e até 1976, na Esquadrilha da Fumaça. O 1º EMRA teve dias gloriosos com o T-6. Jamais esqueceremos as formaturas de quatro aviões nas demonstrações aéreas em Belém. Meus quatro amigos, “vestindo” aquela “máquina” tão conhecida e respeitada por inúmeras gerações de “aviadores à moda antiga”, formavam um time de vibradores e exímios pilotos, que chegou a ser chamado de “Funorte”, uma referência muito elogiosa à Esquadrilha da Fumaça. No seu portfolio, constavam Looping, Barril, Desfolhado, Rasante e evoluções isoladas, com precisão profissional. Desde o início, em Canoas, em 1971, eu estabeleci uma relação de respeito mútuo com o T-6: ele nunca me deu uma pane de motor e eu nunca lhe dei um “cavalo de pau”(4) Após escalas em Marabá – PA, Porto Nacional – TO e Brasília – DF, chegamos ao Parque de Material de Lagoa Santa, em 1º de fevereiro de 1975, para a entrega das aeronaves. Terrificante – um termo forte, mas é o que eu lembro e registrei na ocasião – foi para mim e o seria também para o 1545, se ele tivesse sentimentos, a imagem do estacionamento de aviões recolhidos no Parque. As várias dezenas de “esqueletos” e “mutilados” restos de T-6, estranhamente bem alinhados, como túmulos em um cemitério a campo aberto, deram-me uma visão de solidão e de abandono. Imaginei o 1545 entre eles, no dia seguinte, sem nenhum destaque, “depenado”, destituído de sua imponência, com o seu motor silenciado para sempre... a hélice muda, parada... acredito que o 1545 choraria com tristeza e mágoa... se ele tivesse uma alma. Como eu tenho alma, fiquei muito triste por nós dois. Ao retornar a Belém, verifiquei, na minha caderneta de voo, que meu primeiro voo naquela Base, em 16 de fevereiro de 1973, tinha sido no T-6 1545, o mesmo que pilotaria dois anos depois, em derradeiro voo para nós dois. Naquela ocasião, escrevi o texto que agora torno público. Não mais voaria o FAB 1545; e eu não mais voaria em um NA T-6 Texan.

1 . Situação em que a aeronave mantém sua posição relativa na ala do líder, com o dobro do afastamento, para tornar o voo mais confortável em longos deslocamentos.

2 . Tounneaux Barril: manobra na qual a aeronave gira lentamente no eixo longitudinal, traçando uma trajetória circular em relação ao horizonte natural, com meio círculo acima e outro, abaixo do horizonte. Por fora é a posição na ala quando o líder faz o tounneaux girando para o lado oposto de onde está o ala, que fará uma trajetória ligeiramente maior do que a do líder, demandando um pouco mais de potência do motor do ala. 

3 . Estande concebido, especialmente, para treinamento do 1º EMRA, com trabalho dos oficiais e graduados do seu efetivo.

 4. Situação durante o pouso, em que a aeronave gira sem controle, em torno de um de seus trens de pouso, geralmente, saindo pela lateral da pista. 

Autor: Wilmar Terroso Freitas 

Fonte: Ideias em Destaque - INCAER

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