A Aviação do Exército é o segmento aéreo do Exército Brasileiro e foi recriada para proporcionar aeromobilidade à força terrestre, no interesse da defesa da Pátria. Também se constitui num polo de absorção, domínio e difusão de tecnologia e doutrina.

A origem da Aviação do Exército tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança. Ao Patrono do Exército, Duque de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul, com a finalidade de observar as linhas inimigas. Após a Guerra, foi criado o Serviço de Aerostação Militar, cujas atividades balonísticas se desenvolveram por mais quarenta e sete anos.
Em 1913, foi criada a Escola Brasileira de Aviação no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro-RJ, ocasião em que foram adquiridos os primeiros aviões do Exército. Em 1915, esses aviões foram empregados na Campanha do Contestado. O então, Tenente Aviador Ricardo Kirk, Diretor da Escola de Aviação e Comandante do Destacamento de Aviação, faleceu nesta campanha em 1º de março de 1915 durante uma missão de reconhecimento aéreo onde hoje está localizado o município de General Carneiro-PR. Em reconhecimento pelo seu pioneirismo e inúmeros feitos, o Ten Kirk foi promovido "post mortem" ao posto de Capitão. Também por sua importância, é considerado, por todos os aviadores da Força Terrestre, como o maior herói da Aviação do Exército. Em 1927, a Aviação Militar passou por uma fase de reorganização. Com aviões novos foi dado um grande impulso para a Escola de Aviação Militar. A primeira unidade aérea da Aviação Militar foi criada em maio de 1931, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro-RJ.
Por decreto presidencial, em 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica, atribuindo-se à Força Aérea Brasileira a exclusividade da realização de estudos, serviços ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional, reunindo pessoal e material das aviações do Exército e da Marinha. Findava-se nesta época a fase inicial da Aviação do Exército.
REATIVAÇÃO DA AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

Os estudos culminaram na criação da Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) e do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), em 1986. Fisicamente, a Aviação passou a tomar forma com a instalação do 1º BAvEx na cidade de Taubaté-SP, em janeiro de 1988. Esta localidade foi escolhida, dentre outras, por sua posição estratégica no eixo Rio - São Paulo e por sua proximidade aos importantes centros industriais e de pesquisa na área da aviação, como a Embraer, Helibras e Centro Técnico Aeroespacial. Outro marco da implantação foi a concorrência realizada, em 1987, que culminou com a aquisição de 16 Helicópteros HB 350 L1 - Esquilo (HA-1) e 36 SA - 365 K Pantera (HM-1) do Consórcio Aeroespatiale/Helibras e com a entrega, em abril de 1989, do primeiro helicóptero Esquilo ao 1º BAvEx.
Os pioneiros da nova fase da Aviação do Exército tiveram sua formação nas Forças irmãs Marinha e Aeronáutica. Posteriormente, além de formular e estabelecer doutrinas, a Aviação do Exército é capaz de formar seus próprios especialistas. Em 2010, contabiliza-se mais de 90.000 horas voadas, operando em regiões e climas diversificados, seja na caatinga ou nas imensidões amazônicas, nos pampas ou na cidade. Surpreende pela capacidade de operar em distâncias ditadas pelas dimensões continentais deste País. Destaca-se pela versatilidade, pois, além de apoiar a força militar terrestre, auxilia a comunidade na execução de ações de cunho cívico-social, no resgate aeromédico, na busca e salvamento, no apoio em calamidades públicas e em tantas outras atividades que elevam o nome da instituição.
Hoje, além das unidades sediadas em Taubaté, SP, a Aviação do Exército mantém unidades operacionais em Campo Grande, MS e Manaus, AM. A Aviação do Exéricto Brasileiro opera os seguintes tipos de helicópteros: Esquilo/Fennec (HA1), Pantera (HM1), Black Hawk (HM2), Cougar (HM3) e Caracal (HM5)
INGRESSO NA AVIAÇÃO DO EXÉRCITO

Piloto: Ser tenente de carreira das armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia ou Engenharia.
Gerente (Manutenção, Aviônicos e Administrativo): Ser tenente de carreira das seguintes armas ou quadros: Material Bélico, Comunicações ou Intendência.
Manutenção e Apoio ao Voo: Sargento que tenha realizado um dos cursos oferecidos pelo Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx). O ingresso neste estabelecimento de ensino se dá mediante concurso público nacional, aberto também a civis que atendam, além dos requisitos básicos para a carreira militar, outros constantes nos editais que normatizam os concursos.
Inicialmente o aluno frequentará o curso de Formação de Sargentos, com duração de um ano e seis meses, após o qual será promovido à graduação de 3º Sargento de Aviação e será classificado em uma das Organizações Militares da Aviação do Exército. Após dois anos, o sargento retornará ao CIAvEx para realizar um curso de especialização em uma das seguintes áreas: Mecânico de Aeronaves, Mecânico de Aviônicos, Mecânico de Armamento, Controlador de Tráfego Aéreo, Meteorologista, Informações Aeronáuticas, Bombeiro, Resgate e Prevenção e Transporte Aéreo e Suprimento.
Texto: Adaptado pelo Ninja – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do conteúdo no endereço eletrônico do CAVEX –Comando de Aviação do Exército.
Visite: www.cavex.eb.mil.br