Calor e chuva afetam as operações aéreas
Em Nova Iorque as nevascas fecham aeroportos por dias. No Brasil, chuvas atrasam voos. Até mesmo o calor intenso pode provocar cancelamentos, como ocorreu recentemente em Porto Alegre.
“Condições meteorológicas extremas podem provocar impactos nos voos. Porém, todo cancelamento precisa ter uma justifica técnica detalhada para os órgãos reguladores, seguindo a premissa da segurança de operação”, explica Ronaldo Jenkins, diretor de operação da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR).
FATORES METEOROLÓGICOS
CALOR – O calor também interfere nos voos, como ficou claro no último fim de semana para os passageiros que partiriam do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Em situações de intenso calor, a densidade do ar cai e, consequentemente, o volume de ar que entra nos motores a jato também cai, o que interfere diretamente na potência do motor e na capacidade de o avião decolar. Os voos não são cancelados no calor por possibilidade de a borracha do pneu derreter e sim pela performance da aeronave.
CHUVA – Voos comerciais com chuva são permitidos, o risco está nas operações de decolagem e aterrisagem. Com chuva intensa, a visibilidade pode chegar a zero e impedir a operação. A pista também é avaliada em situações extremas: é segura até a formação de uma lâmina de água de 3mm, quando se diz que a pista está contaminada e pode causar aquaplanagem. Durante o voo, quando a aeronave atravessa uma nuvem, o piloto se utiliza dos instrumentos de bordo para a condução do voo.
NEVE – Além da visibilidade, que em uma nevasca pode chegar a zero e impedir a operação (mesmo com a possibilidade de operar por instrumentos, a visibilidade ainda é o fator mais importante para a realização de um voo), a intensidade da neve também é um problema. Isso porque a espessura da camada de neve que se forma na pista pode não oferecer aderência suficiente para pouso e decolagem.
Fonte: http://acritica.uol.com.br