Um dos objetivos do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação - é lançar um portal, de acesso gratuito, que auxilie professores de todo o Brasil a aplicar aulas de suas disciplinas reportando à cultura aeronáutica.
O Portal do Ninja, que segue em fase de estruturação, trará sugestões de Planos de Aulas, da educação infantil ao ensino médio, abrangendo todas as matérias do núcleo comum. Hoje, reproduzimos um exemplo que pode ser utilizado como referência para a elaboração de uma aula que integre Biologia e Aviação. Confira!
Boa leitura.
Bom domingo!
Como a Biologia pode ajudar a atividade aérea
O que a biologia tem a ver com segurança operacional? Esses assuntos podem parecer distante. Mas para 20 alunos da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) que visitaram, no dia 18 de junho de 2016, o Esquadrão Orungan (1º/7º GAV), essa ligação já parece mais provável. A ida à unidade aérea localizada em Salvador (BA) fez parte da atividade de campo da disciplina de animais silvestres da UESC. Os alunos além de assistir às aulas sobre Risco de Fauna e Falcoaria, também conheceram mais sobre o trabalho do esquadrão, identificando pontos em comum entre a biologia e as atividade de prevenção, voltadas para os perigos de animais e aeronaves em um mesmo ambiente.
A atividade foi planejada e conduzida pelo biólogo Weber Galvão Novaes, mestre em zoologia e doutor em ecologia que atua na área de risco de fauna e contou com a participação do grupo Spizaetus Ambiental, que desenvolve atividades na área de falcoaria, importante ferramenta de manejo de aves nos aeródromos. O grupo também fez uma demonstração prática de falcoaria. O risco de fauna é área de atuação de diversas disciplinas incluindo a biologia, em que por meio do levantamento de dados de uma determinada espécie pode-se encontrar a melhor ferramenta, ou formas de manejo, para que a fauna característica de alguma localidade não apresente um risco às atividades desempenhadas dentro de uma área operacional. A atividade direcionada aos estudantes chamou atenção dos militares da unidade também. "Sempre gostei de aves de rapina e apesar de trabalhar na área operacional, nunca imaginei que aves, especialmente falcões, poderiam ajudar na segurança de operacional, já penso até em fazer um curso de falcoaria", disse o Soldado Pedro Lima.
Sons do mar
Os estudantes também tiveram a oportunidade de visitar a aeronave P-3AM Orion operada pelo Esquadrão Orungan. Durante a visita à aeronave, a estudante Evelyn Faroes ficou impressionada ao saber que as sonoboias, equipamentos lançados pela aeronave em missões antissubmarino, possuem hidrofones capazes de detectar ruídos produzidos não só por submarinos, mas também por animais como baleias e crustáceos. "Interessante saber que existem coisas em comum com a minha atividade, na área da biologia e na atividade militar, acho que podemos no futuro utilizar esses dados para pesquisas com esses animais", enfatizou a estudante.
Texto: Tenente Evellyn Abelha, da Agência Força Aérea.
Saiba mais: Blog do NINJA de 17/07/2013