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domingo, 27 de novembro de 2016

Especial de Domingo

Hangar do dirigível Zeppelin faz 80 anos
O hangar do dirigível Zeppelin, localizado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, completa 80 anos. É um dos mais bem preservados em todo o mundo. Apesar de a data de aniversário ser 26 de dezembro, a Base Aérea de Santa Cruz antecipou as comemorações para amanhã, dia 28 de novembro de 2016. Estão previstos uma exposição de fotos e o lançamento do livro “No céu do Rio - Registro histórico do Zeppelin no Rio de Janeiro”, de Jobson Figueiredo, Igor Colares e Helton Cezário, com versões em português, inglês e alemão. “Este hangar era onde se guardava e se protegia o Zeppelin. O dirigível fazia a atracação na torre e de lá havia o reboque até o hangar”, conta o professor Fernando Mauro, especialista em história militar. O hangar na Base de Santa Cruz foi projetado e montado com peças vindas diretamente da Alemanha. Foi utilizado apenas nove vezes - quatro pelo LZ-127 Graf Zeppelin e cinco pelo famoso LZ-129 Hindenburg.

Patrimônio histórico
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o prédio possui 274 metros de comprimento, 58 metros de altura e 58 metros de largura. O portão principal, em duas folhas, pesa 80 toneladas. A abertura é feita com motores ou manualmente. No topo, a 61 metros, fica a torre de comando. O sucesso das primeiras viagens dos dirigíveis entre a Alemanha e o Brasil, em 1931 e 1932, levou a companhia alemã Luftschiffbau-Zeppelin a construir o hangar. Estudos apontaram Santa Cruz como o lugar ideal para pouso e abrigo das aeronaves. O presidente Getúlio Vargas inaugurou a estrutura em 26 de dezembro de 1936. Com o hangar inaugurado, a companhia lançou a linha regular entre Frankfurt e o Rio de Janeiro, com escala em Recife.

Mas duraria pouco. O acidente do Hindenburg em Nova Jersey, em 1937, trouxe insegurança ao transporte com aeronaves infláveis. A Base de Santa Cruz decidiu antecipar a comemoração pela passagem dos 80 anos para aproveitar a estrutura de um evento. A programação no dia 28 começa com ato ecumênico, às 14h. Após abertura de exposição fotográfica e lançamento do livro, a banda da Base Aérea de Santa Cruz se apresenta, às 16h, com a bateria da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz.

Balão rígido
O Zeppelin é um tipo de balão dirigível rígido. O nome é homenagem ao conde alemão Ferdinand Von Zeppelin, pioneiro no desenvolvimento de dirigíveis rígidos no início do século XX. Os zepelins fizeram os seus primeiros voos comerciais em 1910, pela Deutsche Luftschiffahrts AG (DELAG), a primeira companhia aérea do mundo em serviço comercial. Quatro anos após o início das operações, a DELAG já havia transportado mais de 10.000 passageiros pagantes em mais de 1500 voos. Nos anos 1930 os dirigíveis Graf Zeppelin e o Hindenburg realizaram voos transatlânticos regulares da Alemanha para a América do Norte e para o Brasil. O desastre do Hindeburg,em 1937, além de questões políticas e econômicas, acelerou a extinção dos dirigíveis.

Característica
A principal característica do projeto Zeppelin era uma estrutura de metal rígido coberta com tecido. Essa estrutura consistia, na maioria das vezes, de duralumínio e era composta por anéis transversais e barras longitudinais contendo uma série de cavidades de ar individuais. A vantagem desse projeto, era que o dirigível poderia ser muito maior que os dirigíveis não-rígidos, uma vez que estes dependiam de uma quantidade de pressão excessiva dentro da única cavidade pressurizada, chamada envelope, para manter a forma. Os Zeppelins eram propulsados por vários motores, montados em gôndolas ou em naceles, as quais eram atadas à parte externa da estrutura. Alguns deles possuíam impulso assimétrico, utilizado para manobras. Possuíam também um compartimento comparativamente pequeno para passageiros e tripulantes, localizado na parte inferior da estrutura. Nos últimos Zeppelins, passageiros ou cargas eram frequentemente transportados internamente por razões aerodinâmicas.

Fontes: jornal Extra e Wikipedia