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Voar é um desejo que começa em criança!

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Carreiras na Aviação

FAB faz primeiro voo de Aeronave Remotamente Pilotada conduzida por equipe feminina
Duas militares do Esquadrão Hórus (1º/12º GAV), sediado na Ala 4 - Base Aérea de Santa Maria (RS), protagonizaram mais um capítulo de pioneirismo na história operacional da Força Aérea Brasileira (FAB). A Capitão Aviadora Juliana França Cavalcanti e a Sargento especialista em Fotointeligência Isabela Nascimento realizaram, no dia 20 de abril de 2020, o primeiro voo com tripulação feminina de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), o RQ-900. A tripulação de uma ARP consiste em um Piloto Interno (PI), que é um Oficial Aviador, e um Operador de Equipamentos Especiais n°3 (O3), que é um oficial ou sargento especialista em Fotointeligência. O voo é controlado a partir de uma GCS (Ground Control Station) e, nesse cenário, o O3 auxilia o PI nos procedimentos normais e de emergência relacionados ao voo, bem como realiza o planejamento e a execução de missões de inteligência e reconhecimento aéreo por meio da manipulação de sensores.

Missões
Entre as várias missões realizadas pelo Esquadrão, usando como vetores as aeronaves RQ-450 e RQ-900, o mesmo se destaca pela grande participação em missões interagências de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), como exemplos, a participação efetiva nos Jogos Olímpicos de 2016, na Copa do Mundo de 2014, e no Plano Nacional de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro nos anos de 2017 e 2018. A missão em destaque foi realizada pela Capitão Aviadora Juliana França Cavalcanti na função de PI e pela Sargento Isabela Nascimento na função de O3. A Capitão Juliana França ingressou no Esquadrão em 2014 e, desde então, é a única mulher a exercer a função de piloto das duas aeronaves. “Estou há 7 anos no Esquadrão Hórus e durante esse período já participei de muitas missões. Entendo que operação com RPA [Aeronave Remotamente Pilotada, na sigla em inglês] é o futuro da aviação e está crescendo em todo o mundo”, destacou. Além disso, a piloto demonstra orgulho em realizar sua função com outras mulheres. “Poder dividir isso com minhas companheiras de Esquadrão é motivo de grande orgulho não só para mim, mas para todas as mulheres, porque mostra que podemos atuar com profissionalismo e competência em todas as áreas”, relatou a oficial. A sargento Isabela, pertencente à primeira turma do Curso de Formação de Sargentos a matricular mulheres na especialidade de Fotointeligência, chegou ao Esquadrão em 2016 e, até então, é a única mulher a operar as aeronaves na função de O3. “Em poucos anos, o Esquadrão me permitiu vivenciar diversas experiências e contribuiu para meu crescimento operacional e pessoal. Aqui pude realizar missões operacionais e contribuir com a população do meu país, motivo pelo qual escolhi seguir essa carreira. Sou muito grata pelo respeito e igualdade com que sou tratada, sem distinção", ressaltou.

Fotos: Tenente Paulo, do 1º/12º GAV

Fonte: FAB