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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 6 de setembro de 2020

Especial de Domingo

Destaque para o 34° aniversário da reativação, em 1986, da atividade aérea no âmbito do Exército Brasileiro, sob a denominação de Aviação do Exército, antes denominada de Aviação Militar, entre 1919 e 1941.
Boa leitura.
Bom domingo!

Aviação do Exército completa 34 anos de reativação
As experiências nos conflitos após a 2ª Guerra Mundial, destacando a crescente utilização das aeronaves de asas rotativas, evidenciaram a necessidade das forças terrestres operarem na terceira dimensão do campo de batalha, para o provimento da aeromobilidade tática e o aumento do poder de combate.

Nesse contexto, em 3 de setembro de 1986, por meio do Decreto n° 93.206, é criada a Aviação do Exército Brasileiro, um verdadeiro renascimento da “Aviação Militar”. No mesmo ano é criado o 1º Batalhão de Aviação do Exército e a Diretoria de Material de Aviação do Exército.

Primeiro helicóptero

Na data de 21 de abril de 1989, é realizada a entrega do primeiro helicóptero da Aviação do Exército, de uma frota de 16 (dezesseis) aeronaves, modelo HB.350L1 Esquilo, de matrícula EB 1001, e designado HA-1. Em novembro do mesmo ano, é criada a Brigada de Aviação de Taubaté e a Base de Aviação de Taubaté. Em 1990, chegam os primeiros helicópteros de manobra, de uma frota de 36 (trinta e seis) aeronaves, modelo AS.365K Pantera, com a designação HM-1.

No mesmo ano, a Operação Ajuricaba, verdadeiro desafio nos ares, apresenta a Aviação do Exército para diversas unidades da Força Terrestre nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Operação Traíra
Diante das necessidades de formação dos técnicos especialistas, é criado, em 1991, o Núcleo do Centro de Instrução de Aviação do Exército, que se transformaria no atual Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx). No mesmo ano, a Patrulha Cruzeiro, verdadeiro batismo de fogo da Aviação do Exército, presta apoio inédito, com quatro aeronaves, para a Operação Traíra, fronteira do Brasil com a Colômbia. A partir de então, o Destacamento ficou de maneira permanente em Manaus, vindo a se transformar no 4º Esquadrão de Aviação do Exército, atual 4º Batalhão de Aviação do Exército. Também em 1991, é criado o Batalhão Logístico de Aviação do Exército, que se transformaria, dois anos depois, no Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército. Em 1992, face à grande demanda de horas de voo, foram adquiridas 20 (vinte) aeronaves AS.550A2 Fennec, também designadas HA-1, com a finalidade de realizar missões de reconhecimento e ataque.

CAvEx
Em 1993, é criado o Comando de Aviação do Exército, substituindo a Brigada de Aviação do Exército. Dentro desse Grande Comando, no mesmo ano, nascem o 2º Esquadrão de Aviação do Exército e o 3º Esquadrão de Aviação do Exército, atualmente com as designações de 2º Batalhão de Aviação do Exército e 3º Batalhão de Aviação do Exército. Em 1997, a Aviação do Exército recebe quatro aeronaves Sikorsky UH-60L Black Hawk para participarem da Missão de Observadores Militares Equador-Peru. A missão teve várias fases e perdurou até 1999. Designado HM-2, o Black Hawk introduziu a doutrina de emprego com Óculos de Visão Noturna. Em 2002, a Aviação do Exército passa a receber um novo modelo de aeronave com maior capacidade.

Designados como HM-3, foram recebidos oito modelos Eurocopter AS532UE Cougar. Em 2009, o 3º Batalhão de Aviação do Exército iniciou a sua transferência para Campo Grande - Mato Grosso do Sul. No ano seguinte, tem início o recebimento das aeronaves Airbus Helicopters H225M Jaguar. Atualmente é o maior helicóptero em serviço nas Asas da Força Terrestre. Na última década, a Aviação do Exército iniciou o processo de modernização das suas aeronaves, começando pelo HM-1 Pantera e depois expandindo para o HA-1 Fennec. Outros projetos como a compra de novos helicópteros de manobra, de ataque, novos sensores, sistemas de armas e aviões também foram incluídos. Sempre presente em todo o território nacional, a Aviação do Exército destaca-se no cumprimento de missões com voos de resgates, missões de misericórdia, apoios a calamidades públicas em missões de transporte de pessoas, de feridos, de cargas, mantimentos, águas, roupas e itens básicos para a sobrevivência humana.

Eventos internacionais
Como exemplos, no período de 2011 a 2016, os rotores da Aviação do Exército atuaram em vários eventos de envergadura mundial como os Jogos Militares Mundiais, RIO+20, Copa das Confederações, visita do Papa Francisco, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Em todos atuou como ferramenta importante na segurança de instalações estratégicas, na obtenção de dados de inteligência e ações antiterror. Em 2014 é criada e ativada a Companhia de Comunicações do Comando de Aviação do Exército. A partir de 2017, a Aviação do Exército é incluída no Programa Estratégico do Exército Brasileiro, com sete projetos. Hoje, ao se observar o setor sul do Forte Ricardo Kirk, verifica-se a evolução da Aviação com o novo Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército, o novo hangar do Centro de Instrução de Aviação do Exército, a Divisão de Simulação da Aviação do Exército e o Pavilhão do Curso de Formação e Graduação de Sargentos.

Há 34 anos
Por fim, no descortinar deste ano de 2020, trinta e quatro anos somam-se e constituem-se num marco relevante na história da Aviação do Exército.

Aviação!

Asas da Força Terrestre!

Fonte: Comando de Aviação do Exército

Taubaté (SP), 03 de setembro de 2020