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Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

DECEA

Informativo SARPAS: sistema contabiliza mais de 400 mil autorizações de voos de drone em 2024
O Sistema de Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPAS) registrou novo recorde no número de solicitação de voo de drones no Brasil. Só em 2024, foram contabilizadas 409.437 requisições. O Informativo Trimestral do SARPAS (out-dez/2024), divulgado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), registrou que, nos últimos três meses do ano, das 103.689 áreas requisitadas para voos, 71.526 foram aprovadas, 29.858 negadas e 2.129 canceladas, contatando-se uma taxa de aprovação de 69%. Destaque também para a automatização do recurso no período: 92% das análises foram realizadas na modalidade automática, garantindo agilidade sem comprometer a segurança do espaço aéreo. O Informativo SARPAS reúne os dados relacionados à performance do gerenciamento de aeronaves não tripuladas, tais como áreas solicitadas, aprovadas, negadas e canceladas; comparativo entre a análise de voos automática e manual; bem como a demanda de solicitação de áreas por jurisdições de cada órgão regional. Desenvolvido pelo DECEA, o SARPAS viabiliza a solicitação de acesso ao espaço aéreo brasileiro para o uso de drones, contribuindo para voos seguros e dentro das normas. Clique aqui para acessar o Informativo SARPAS completo.

Saiba mais: Site de Performance do SISCEAB e o portal Drone UAS.

Fonte: DECEA

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domingo, 5 de janeiro de 2025

Especial de Domingo

Anualmente, especialmente neste mês, publicamos conteúdo sobre o pioneiro avião São Paulo e o seu inventor, naturalizado brasileiro, Dimitri Sensaud de Lavaud. Em 7 de janeiro de 1910 ele tornava-se o primeiro piloto do continente sul-americano a levantar voo numa máquina mais pesada do que o ar, construída com projeto, mão de obra e matéria-prima totalmente brasileiras.
Boa leitura.
Bom domingo!

O AVIÃO SÃO PAULO

Dimitri Sensaud de Lavaud (1882-1947) inventor e engenheiro de ascendência francesa, nascido na Espanha, naturalizado brasileiro, construiu o primeiro avião nacional. Filho do casamento de um francês com uma russa, antes de se mudar para o Brasil, viveu na Suíça, Turquia e Grécia.

Em Osasco desde 1898, a família Lavaud se instalou no chalé Bricola, construído menos de uma década antes pelo banqueiro Giovanni Bricola, no alto de um morro em uma área então distante do centro urbano.

Esta residência, onde hoje está instalado o museu “Dimitri Sensaud de Lavaud”, nos remete a um passado que a glorifica. É um casarão muito luxuoso para a época.

A memória do primeiro proprietário está presente nas portas de entrada e nas janelas que dão para o fundo do casarão com as iniciais do seu nome em metal. Giovanni Bricola residia em São Paulo e o utilizava como casa de campo. Na época de sua inauguração era cercado de árvores frutíferas entre elas muitas pereiras, que perduraram até o início dos anos sessenta.


A família Sensaud de Lavaud foi a segunda a residir ali, onde Dimitri se dedicou ao ambicioso projeto de construção de um avião. Seu pai comprou uma olaria e, em seguida, tornou-se sócio de indústrias de cerâmica da região.

Ainda adolescente, Dimitri Lavaud já se dedicava a leitura de livros técnicos, construir barcos a vela e a jogar xadrez.

Em 1903 casa-se com a brasileira Bertha Rachoud.

Aos 26 anos, iniciou os projetos e cálculos para a realização de seu sonho: projetar e construir um avião. O aeroplano São Paulo, cujo esqueleto media 10,2 metros de comprimento por 10 metros de envergadura, ficou pronto em fins de 1909, e todas as suas peças foram feitas no Brasil.

"Ele era nosso Thomas Edison, um homem fantástico", compara o engenheiro civil Pierre Arthur Camps, citando o célebre inventor norte-americano.

Camps, cujo avô era irmão da sogra de Lavaud, sempre foi um admirador da história do aviador.

Em 2007, construiu uma réplica do São Paulo, doada ao Museu Asas de Um Sonho, atualmente fechado, mas que foi mantido pela companhia aérea TAM na cidade de São Carlos, interior do Estado de São Paulo. "Levei um ano para construir o avião, com base em desenhos da época" , recorda-se. "Precisei reprojetá-lo."


Dimitri Sensaud de Lavaud era aficionado por engenharia mecânica e encomendara na Europa dezenas de publicações científicas. Muito curioso, Dimitri pesquisava tudo sobre aviação.

É provável que tenha conhecido Santos Dumont, pois Victor Brecheret tinha uma casa no bairro de São Francisco, que faz divisa com Osasco, onde recebera a visita de Dumont. Em Osasco, naquela época, havia muitas chácaras. Os modernistas, Oswald e Mario de Andrade e Tarsila do Amaral, frequentemente passavam os finais de semana no bairro paulistano.

Dimitri já era casado quando em 1909, carregando seus rascunhos, se dirigiu à oficina Graiy Martins, que se localizava em frente à estação Júlio Prestes, em São Paulo. Procurava um mecânico habilidoso, capaz de transportar para o metal o seu projeto do motor.

Indicaram-lhe Augusto Fonseca, um mecânico experiente, mas como este cobrou muito caro pelo trabalho, ele acertou com Lourenço Pellegatti, um jovem de dezessete anos que, apesar da pouca idade, já se destacava como um bom profissional.

No domingo seguinte, Pellegatti, que morava na Lapa, foi de bicicleta ao chalé onde moravam os pais do amigo. E, já naquele domingo, os dois se entregaram de corpo e alma à construção do avião. Era tanto o entusiasmo que o jovem mecânico não voltou para casa, deixando os pais apreensivos.

Dias depois, seu irmão mais velho o localizava em Osasco, tão preocupado com os rumos da construção do avião que não se dera conta da preocupação que seu desaparecimento provocaria nos familiares.

O inventor continuava seus estudos e, muitas vezes, acordava o mecânico em plena madrugada, para mostrar-lhe alguma nova descoberta no projeto em andamento. Quando Pellegatti discordava dele, ofendia-o, com o carregado sotaque francês que adquirira em família. Mas, logo depois, pedia desculpas ao reconhecer que o amigo mecânico estava com a razão.

O comendador Evaristhe Sensaud de Lavaud, pai de Dimitri, possuía uma oficina mecânica muito bem montada, na Cerâmica Osasco, de sua propriedade. No entanto, as peças requeriam a utilização de tornos muito delicados, que não existiam em sua oficina.

Para isso, o inventor recorreu à oficina de reparos de papelão Sturlini–Matarazzo, localizada na Rua da Carteira, em Osasco, assim denominada porque na época ali se fabricavam carteiras. Atualmente, essa rua se chama Narciso Sturlini.

Ali realizou a maior parte do trabalho. Depois os dois se transferiram para a “Garagens Reunidas”, na Rua Florêncio de Abreu, centro de São Paulo, onde concluíram a construção do aparelho.A montagem final aconteceu em Osasco.


Dimitri e Pellegatti realizaram algumas experiências com o motor, mas foram todas frustradas. Desiludidos, abandonaram o projeto por mais de um mês. Algumas peças dos cilindros eram muito delicadas e precisaram ser substituídas para que o motor funcionasse de forma satisfatória.

Durante vários dias, novos testes e, depois de um trabalho exaustivo tanto na colocação como na regulagem dessas peças, conseguiram alguns resultados positivos.

No dia três de janeiro de 1910, Sensaud de Lavaud, Lourenço Pellegatti e outros auxiliares que, entusiasmados, haviam se associado aos dois naquela tarefa, viram finalmente o motor funcionar ininterruptamente por duas horas.


Finalmente, em 7 de janeiro, o piloto Dimitri Sensaud de Lavaud, calmo e sorridente, dá sinal para que as pessoas se afastem, deixando o caminho livre para sua passagem. Partindo muito rápido, o avião levanta voo. Deslizando 70 metros sobre o terreno da rampa, que atualmente dá visão para a Avenida João Batista, Dimitri chega a uma altura de 3 a 4 metros do chão. Percorreu cerca de 105 metros em 6 segundos e 18 décimos.

De repente o motor parou, o que causou uma aterrissagem brusca, danificando as rodas dianteiras. Dimitri, que nada sofreu, sai do avião indignado, mesmo enquanto o público o aclamava. Tentando explicar ao público que pretendia ter voado mais de 10 segundos, acabou falando com ele mesmo já que as pessoas não deram ouvidos.

Não era para menos, afinal, naquele instante, tornava-se o primeiro piloto do continente sul-americano a levantar voo numa máquina mais pesada do que o ar, construída com projeto, mão de obra e matéria-prima totalmente brasileiras.

No dia seguinte, a história foi contada pelo O Estado de São Paulo, sem economia de adjetivos, e a foto do aviador ficou exposta na vitrine da sede do jornal.


Assim, foi inaugurada a aviação em toda a América do Sul e Dimitri mostrou que sonhos poderiam se transformar em realidade. Ele iria tentar mais três voos no Brasil com duas aeronaves diferentes – sem sucesso.

Uma invenção casual, no entanto, transformou sua vida. Ao tentar consertar o primeiro avião, num golpe de sorte, Lavaud descobriu uma forma de fabricar tubos em larga escala. A invenção foi patenteada, e ele criou a Companhia Brasileira de Metalurgia.

Em 1916, trocou o Brasil pelo Canadá. Na década de 20, mudou-se para a França - onde se estabeleceu até a sua morte, em 1947.

Durante a Segunda Guerra Mundial, chegou a ser preso, a mando dos alemães, para que contribuísse com conhecimento tecnológico. A embaixada brasileira na França atuou por sua libertação.


Além de aviador, Dimitri foi um inventor prolífico e um personagem importante do Século XX. Com mais de mil patentes registradas, ele revolucionou a indústria mundial de tubos metálicos e trouxe inovações para outras áreas, como a automobilística e a própria indústria da aviação.

Em Paris, ele fabricou o Sensaud de Lavaud, um carro com câmbio automático, invenção que só iria se popularizar nos automóveis em fins do Século XX.

Fontes: Estadão / Museu TAM

Pesquise: Biblioteca NINJA 1910 - O primeiro voo do Brasil

INCAER: Efemérides 

Visite: www.primeirovoodobrasil.blogspot.com 

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sábado, 4 de janeiro de 2025

Defesa Aérea

A tríplice coroa do Poder Aeroespacial no COMAE

Defesa Aérea, Busca e Salvamento e Missões Humanitárias consolidam as ações permanentes do Comando de Operações Aeroespaciais

A expressão “tríplice coroa”, historicamente associada a conquistas territoriais ou à soberania em contextos esportivos, serve como metáfora para ilustrar a amplitude das operações do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) em tempo de paz. Ao mesmo tempo, a locução aponta uma rede de apoio composta por aeronaves de sensoriamento, satélites, sistemas computacionais impulsionados por inteligência artificial e unidades de segurança e defesa em terra que se enlaçam para incrementar a eficiência e a eficácia do empenho permanente do COMAE: a Defesa Aérea, a Busca e Salvamento (ou Resgates) e as Missões Humanitárias.

Defesa Aérea
O COMAE mantém aeronaves de caça em alerta permanente, prontas para decolagem imediata a partir de suas bases aéreas. Apenas em 2024 foram interceptadas 412 aeronaves a fim de garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro. Outro exemplo de prontidão foi a atuação na Operação G20 de Defesa Aérea, realizada durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. Nessa missão, o COMAE garantiu a segurança do espaço aéreo, com a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA). A Operação contou com integração de sistemas antiaéreos, assegurando proteção aos líderes internacionais e destacando a capacidade da FAB em eventos globais.

Resgates
As operações de Busca e Salvamento realizadas pelo COMAE reafirmam o compromisso do Brasil com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), agência da ONU que regulamenta a aviação civil. Em 2024, o COMAE foi acionado para 38 operações de busca e salvamento, resultando no resgate de 16 sobreviventes em condições extremas. O serviço de alerta do Sistema de Busca e Salvamento (SISSAR) é permanentemente ativado e pode ser adaptado para missões em contextos de guerra, como o Combat Search and Rescue (C-SAR), demonstrando a dualidade operacional do COMAE.

Ajuda Humanitária
São muitas as missões de ajuda humanitária e, tanto no apoio à vacinação quanto a desastres naturais, todas refletem o compromisso social da FAB, especialmente com as comunidades mais vulneráveis. Nesse sentido, entre as principais ações subsidiárias da FAB, destacam-se o transporte de órgãos, as Evacuações Aeromédicas (EVAMs) e as Operações Tucumã e Catrimani II, ambas em curso em 2025.. 

Transporte de órgãos: Em 2024, a FAB transportou 292 órgãos, incluindo 126 fígados e 96 corações, garantindo que esses recursos vitais chegassem a tempo de salvar vidas. Desde 2016, a FAB já transportou mais de 2.175 órgãos em mais de 1.900 missões, consolidando seu papel essencial no sistema de saúde. Evacuações Aeromédicas (EVAMs): Utilizando recursos aeroespaciais, as EVAMs transferem indivíduos feridos ou doentes de locais de atendimento inicial para centros médicos especializados, assegurando suporte médico durante o transporte.

Operação Tucumã: Esta operação visa combater incêndios florestais e mitigar os impactos da estiagem na Amazônia.
A ação inclui o uso da aeronave KC-390 no combate a incêndios, bem como a distribuição de água potável, alimentos e kits de tratamento de água, garantindo a subsistência de famílias ribeirinhas em situação de vulnerabilidade.

Operação Catrimani II: Instituída pelo Governo Federal, a operação visa proteger as Terras Indígenas Yanomami (TIY) e combater crimes ambientais na região. Desde abril de 2024, militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da FAB atuam no combate à mineração ilegal e em ações humanitárias, em coordenação com órgãos governamentais em Roraima.
Essas operações reforçam a contribuição da FAB na integração nacional e fomenta a conscientização sobre a preservação ambiental. 

Perspectivas Futuras
Em 2025, o COMAE reafirmará o compromisso com a sociedade brasileira e com a Constituição Federal, enquanto continuará a cumprir sua missão de empregar o poder aeroespacial brasileiro para garantir a soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional”, conclui o Comandante de Operações Aeroespaciais., Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto.

Fotos: CECOMSAER

Fonte: FAB

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Notaer

Nova edição do Notaer está no ar!
Na edição de dezembro do Notaer, celebramos conquistas, marcos históricos e o compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) com a defesa e o progresso do Brasil. A matéria de capa destaca os 83 anos da Infantaria da Aeronáutica, uma tropa essencial que protege, em terra, a soberania do espaço aéreo. Também homenageamos o Dia do Serviço de Saúde e o Dia da Tecnologia da Informação da Aeronáutica, datas que reforçam a relevância desses setores na missão da FAB. Entre os avanços, destacamos a modernização do T-25, fundamental para a formação dos Aviadores, e o lançamento do primeiro foguete de sondagem 100% brasileiro, um marco para a autonomia tecnológica do país. Apresentamos ainda a atualização da DCA 1-1, que reflete a evolução da Doutrina Básica da FAB, e relembramos as missões humanitárias de 2024, que levaram esperança a milhares de brasileiros. Essas e outras notícias estão disponíveis aqui.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Pioneiros

Igor Sikorsky

"A ideia de um veículo que pudesse elevar-se do chão na vertical e ficasse imóvel a pairar no ar apareceu provavelmente ao mesmo tempo que o homem sonhou em voar pela primeira vez."
Igor Ivanovitch Sikorsky

Igor Sikorsky nasceu no Império Russo, em Kiev (atualmente capital da Ucrânia) sendo o mais novo de cinco irmãos. O pai de Sikorsky, um emigrante polaco era professor de psicologia. A sua mãe, ucraniana, era física mas não exercia a profissão. Sikorsky estudou em casa até os 9 anos e a sua mãe deu especial atenção à vida e obra de Leonardo da Vinci e às histórias de Júlio Verne. Ele começou a fazer experiência com pequenos modelos voadores e com 12 anos construiu um pequeno helicóptero que se movia à custa de elásticos.

Sikorsky estudou no Colégio de Guerra Naval de St. Petersburg de 1903 a 1906, e de 1907 a 1909, mas não terminou os estudos formalmente. Por um pequeno período, nos anos 1906-1907, estudou engenharia em Paris.

Em 1908, Sikorsky e o seu pai viajaram para a Alemanha; foi aí que viu num jornal a fotografia de Orville Wright com o seu avião. Afirmou mais tarde acerca desse evento: "No prazo de 24 horas, decidi mudar o trabalho da minha vida. Decidi estudar aviação."

Recorrendo ao financiamento da sua irmã, Sikorsky regressou a Paris em 1909 para estudar aerodinâmica na escola de engenharia ESTACA (ETACA na época). Paris era naquela altura o centro da aviação na Europa. Encontrou-se com vários pilotos fraceses, incluíndo Louis Bleriot, a primeira pessoa a atravessar o canal da Mancha pelo ar. Sykorsky regressou a Kiev no mesmo ano e começou a efetuar experiências com máquinas voadoras.

Em 1912, Igor Sikorsky tornou-se Engenheiro Chefe da Russian Baltic Railroad Car Factory em Saint Petersburg. Em 1914, foi-lhe atribuído uma licenciatura Honoris Causa em Engenharia pelo Instituto Politécnico de Saint Petersburg.

Obteve uma pequena ordem de produção do Exército Russo para o seu S-6-B. Teve outro trabalho, como engenheiro chefe, na produção da primeira aeronave com quatro motores, o Bolshoi Baltiski, a que ele chamava de "Grande". Ele também foi o piloto de teste do seu primeiro voo a 13 de Maio de 1913. Os aviões de Sikorsky foram utilizados pela Rússia na Primeira Guerra Mundial e ele foi condecorado com a Ordem de S. Vladimir.

Depois da Primeira Guerra Sikorsky trabalhou durante um curto período como engenheiro das forças Francesas na Rússia durante a Guerra Civil Russa. Como não conseguia antever um grande futuro como desenhista de aviões numa europa (e em especial a Rússia) em guerra, Sikorsky emigrou para os Estados Unidos em 1919.

Nos Estados Unidos Sikorsky começou por trabalhar como professor enquanto procurava por uma oportunidade para entrar na indústria aeronáutica. Em 1923, ajudado por antigos oficiais do exército russo, fundou a Sikorsky Aero Engineering Company. Apoiando Sikorsky estava o compositor Sergei Rachmaninov, que contribuiu com um cheque de $5,000.

Em 1928, Sikorsky naturalizou-se Americano. No ano seguinte a Sikorsky Aero Engineering Company foi adquirida e tornou-se subsidiária da United Aircraft, que por sua vez fazia parte da United Technologies Corporation.

Sikorsky já tinha experimentados aeronaves tipo helicópteros na Rússia. Ele conseguiu obter frutos em 14 de Setembro de 1939 quando teve o voo inaugural do Vought-Sikorsky 300, uma máquina com um rotor de três pás alimentado por um motor de 75 cavalos.

O seu primeiro voo livre ocorreu a 13 de Maio de 1940. O VS-300 não foi a primeira aeronave com rotor a voar mas foi a primeira com uma configuração de rotor principal e rotor de cauda que acabou por se tornar num padrão mundial.

Sikorsky obteve o galardão de Connecticut Aviation Pioneer atribuído pelo estado. A Sikorsky Aircraft Corporation Stratford, Connecticut, continua até ao presente como um dos principais fabricantes de helicópteros. Além disso foi dado o seu nome a um pequeno aeroporto nas redondezas, o Sikorsky Airport.

Igor Sikorsky teve uma filha que nasceu na Rússia e quatro filhos que nasceram nos Estados Unidos. O seu filho mais velho, Sergei, continuou na liderança da empresa quando Igor faleceu em 1972.

Fonte: O Heliporto


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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Efemérides Aeronáuticas - Janeiro


Efemérides - Janeiro


INCAER
Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica 





1864
Nasceu em Macaíba, Natal/RN, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, um dos precursores da aviação, “pioneiro dos dirigíveis semi-rígidos”. (11 de janeiro)

1867
O Ministro da Guerra, através de expediente confidencial, deu instruções ao diplomata Henrique Cavalcanti de Albuquerque, Cônsul brasileiro em Nova Iorque para, com a maior urgência possível, providenciar a fabricação, para o Exército Brasileiro em campanha, um balão de observação. (25 de janeiro)

1892
Gastão Galhardo Madeira publicou uma série de artigos no “Correio Paulistano”, sob os títulos: “Estudos sobre a aviação”; “Lei do voo e das aves”; “Teoria e aplicação dos aeróstatos”; e “O problema do mais pesado”. (Mês de janeiro)

1895
Augusto Severo ganhou um relógio de algibeira com a seguinte inscrição:”Gratidão da Mestrança e Operários da Marinha da Capital”. (1º de janeiro)

Por ocasião do acidente do balão dirigível “Pax”, ocorrido em 12 de maio de 1902, o referido relógio deixou registrada a hora da morte do inventor: 05 horas, 50 minutos e 54 segundos, conforme pode ser visto no Museu Aeroespacial – MUSAL, no Campo dos Afonsos/RJ.

1902
Santos Dumont chegou em Nice, na Côte d'Azur, vindo de Paris, tendo levado de trem o seu balão dirigível “Nº6”. (02 de janeiro)

Foi concluída a construção do hangar destinado a abrigar o “Nº6”, em Nice, cujas obras tiveram início no final de 1901. (18 de janeiro)

Santos Dumont realizou seu primeiro voo no Mediterrâneo sendo a ascensão um pouco dificultada pelos obstáculos próximos: o parapeito do cais, as árvores, os postes da rede elétrica e mesmo os telhados das casas vizinhas. (29 de janeiro)

1903
Foi aberto, no Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, o crédito especial de 20 contos de réis, para auxiliar a construção do aeróstato “Santa Cruz”, de José Carlos do Patrocínio (Decreto nº 4.747). (20 de janeiro)

1904
Faleceu, em Paris, Henri Lachambre, construtor dos balões de Santos Dumont. Sucedeu-lhe Carton, que tornou-se, também, grande admirador do aeronauta brasileiro. (12 de janeiro)

1905
A revista “L'Illustration”, editada em Paris, publicou um noticiário referente ao mais novo trabalho de Santos Dumont, batizado como o “Nº13”. (07 de janeiro)

Faleceu no Rio de Janeiro, com 52 anos, José Carlos do Patrocínio, idealizador do balão dirigível “Santa Cruz”. (30 de janeiro)

1907
O “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro, transcreveu uma entrevista concedida por Santos Dumont, em Roma, em dezembro de 1906, ocasião em que ele afirmou que “o futuro da aeronáutica depende mais dos aeroplanos do que dos balões dirigíveis”. (27 de janeiro)

1909
Santos Dumont recebeu o seu primeiro brevê de aviador, concedido pelo Aeroclube da França. (07 de janeiro)

1910
Ocorreu o primeiro voo de um avião de construção totalmente nacional, o monoplano “São Paulo”, inicialmente denominado “D.S.L.”, abreviatura do francês Demetrie Sensaud de Lavaud, industrial radicado em Osasco/SP e que teve a colaboração do torneiro mecânico brasileiro Lourenço Pellegati para projetar o referido avião. (07 de janeiro)

O “São Paulo” foi, pois, o primeiro avião inteiramente projetado e construído no Brasil, e que realizou o primeiro voo na América do Sul.

O paulista Gastão de Almeida voou em seu biplano “Rio Branco”, na cidade de São Paulo, percorrendo a distância de 300 metros, entre 2 a 4 metros de altura. (10 de janeiro)

Nascimento do Brig. Nero Moura (Patrono da Aviação de Caça), em Santa Cruz do Sul/RS. (30 de janeiro)

1911
Em avião biplano Farman, pilotado pelo italiano Germano Ruggerone, em São Paulo, voou a primeira mulher no Brasil, a Srta Renata Crespi. (08 de janeiro)

1913
Com o objetivo de formar aviadores militares brasileiros, foi assinado um ajuste entre o Ministro da Guerra, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva e a firma “Gino, Bucelli e Cia”, para o funcionamento da “Escola Brasileira de Aviação”, no Campo dos Afonsos”. (18 de janeiro)

1915
O Ten Ricardo Kirk e o aviador civil Ernesto Darioli, em seus respectivos aviões Morane Saulnier, realizaram o primeiro voo experimental de reconhecimento aéreo na região do Contestado, a partir da localidade de Porto União e sobre os rios Iguaçu e Timbó, com duração superior a uma hora. (04 de janeiro)

Ocorreu outra missão de reconhecimento aéreo, pelo Ten Ricardo Kirk e o aviador civil Ernesto Darioli, em suas respectivas aeronaves, com a duração de uma hora, sobre os rios Iguaçu e Timbó, chegando a atingir a altitude de 2.200 metros. (19 de janeiro)

O Ten Ex Bento Ribeiro Carneiro Monteiro foi brevetado pela Escola Farman, na França (mês de janeiro)

1917
O Comandante da Escola de Aviação Naval, Capitão de Fragata Protógenes Pereira Guimarães, viajou no hidroavião Curtiss, matrícula C3, pilotado pelo Ten Antônio Augusto Schorcht, com destino a Campos/RJ, “num atribulado reide”, onde inaugurou nessa cidade, o Clube de Aviação Campista. (04 de janeiro)

Pelo decreto nº 12.364, foi aprovado o primeiro Regulamento da Escola de Aviação Naval, o qual estabelecia dois cursos: Formação de Piloto Aviador (em 03 meses) e Formação de Aviador Observador Militar (em 05 meses). (17 de janeiro)

Ao visitar a Escola de Aviação Naval, Santos Dumont voou, pela primeira vez como passageiro no Brasil, no hidroavião Curtiss, matrícula C2, pilotado pelo Ten Virginius Brito de Lamare. Foi sobrevoada a Baía de Guanabara. (25 de janeiro)

Foram enviados aos Estados Unidos, para estagiarem nas fábricas de aviões, o 1º Ten Raul Ferreira de Viana Bandeira e o 2º Ten Engenheiro Maquinista Victor de Carvalho e Silva, ambos da Aviação Naval. (mês de janeiro)

1918
Em ata do Aeroclube Brasileiro, ficou registrada a entrega da documentação referente ao invento do Sr Pimentel Lyd, denominado “Aeróstato Dirigível Misto Silencioso”, para exame da Comissão Técnica do Aeroclube, constituída dos seguintes membros: Dr Jorge Lage, Ten Newton Braga, aviador Ernesto Darioli e Sr Gentil Filho. (02 de janeiro)

1919
Foi estabelecido um uniforme exclusivo para os pilotos aviadores, considerando-se que “os atuais uniformes do Exército não se prestam ao serviço especial de pilotagem dos aparelhos da aviação”(Decreto nº 13.416). (15 de janeiro)

Na mesma data, foi aberto crédito especial de 2.000 contos de réis para “organizar o Serviço de Aviação Militar, fazer instalações, adquirir aeroplanos e o material necessário, estabelecer escolas de aviação, contratar professores e dar regulamento ao Serviço” (Decreto nº 13.417).

Foi aprovado por despacho do Ministro da Guerra, General Alberto Cardoso de Aguiar, o Quadro de Pessoal Efetivo da Companhia de Aviação, da futura Escola de Aviação Militar. (22 de janeiro)

Foi criada a Escola de Aviação Militar, destinada “a ministrar a instrução de piloto, de mecânico e de observador, para o Serviço Aeronáutico do Exército, aproveitando para o Curso de Aviação, os serviços da Missão Militar Francesa” (Decreto nº 13.451). (29 de janeiro)

Foi empossada a Diretoria da Seção Paulista do Aeroclube Brasileiro, tendo como Presidente: Antônio Prado Júnior e Diretor Técnico: Eduardo Pacheco Chaves (Edu Chaves).(mês de janeiro)

1920
O Ten Cel de Cavalaria Chrysanto Guimarães foi nomeado Comandante da Escola de Aviação da Força Pública de São Paulo, acumulando esse cargo com o que já desempenhava de Comandante do Regimento de Cavalaria. (07 de janeiro)

Foi diplomada, no Campo dos Afonsos, a primeira turma de Pilotos Aviadores da Escola de Aviação Militar, recebendo os respectivos brevês: Cap Raul Vieira de Melo, 1º Ten Anor Teixeira dos Santos, Pedro Martins da Rocha, José Felinto Trajano de Oliveira e Godofredo Franco de Faria, e 2º Ten Gil Guilherme Cristiano, Henrique Raymundo Dyott Fontenelle, Raul Luna, Ângelo Mendes de Morais, Salustiano Franklin da Silva e Ivan Carpenter Ferreira. (22 de janeiro)

Os concludentes dessa 1ª Turma receberam também o Diploma de Piloto Internacional, expedido pelo Aeroclube Brasileiro pela primeira vez a militares.

O aviador brasileiro Alfredo Correia Daudt decolou do Campo dos Afonsos, com uma aeronave Ansaldo SVA, equipada com motor de 270 HP, para tentar conquistar o reide Rio de Janeiro-Buenos Aires. (27 de janeiro)

1921
Obteve o diploma de Piloto Aviador Naval, o Cap Ex Marcos Evangelista da Costa Villela Júnior, autor dos projetos dos aviões “Aribu” e “Alagoas”.(mês de janeiro)

1924
Foi extinto o Serviço de Aviação da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, “dada à construção antiga dos aeroplanos adquiridos e por consequência já muito usados, não logrando maior êxito novel serviço”, conforme constou do relatório do Cel Afonso Emílio Massot, comandante Geral da referida Brigada. (24 de janeiro)

Foi autorizada a concessão de um prêmio de 100 contos de réis aos aviadores Euclídes Pinto Martins e Walter Hinton (Major do Exército dos Estados Unidos) – Decreto nº 4.823. (26 de janeiro)

Os mencionados aviadores realizaram a primeira ligação aérea Nova Iorque-Rio de Janeiro, no hidroavião Curtiss, biplano, bimotor, 400HP em cada motor, batizado como “Sampaio Correia II”, voando 10.532 quilômetros em 100:30horas. O Aeroporto de Fortaleza/CE recebeu o nome de “Pinto Martins”.

1925
Foi reativada a Esquadrilha de Aviação da Força Pública de São Paulo, sob o comando do Maj Bernardo Espínola Mendes (piloto aviador da turma de 1920), posteriormente substituído pelo Maj José Garrido. (1º de janeiro)

Foram definidas normas para a operação de companhias aéreas (Lei nº 4.911). (12 de janeiro)

O Artigo 19 da citada Lei, autorizou o Governo a contratar o transporte de correspondência postal por via aérea.

Ocorreu o voo exploratório das Linhas Aéreas Latecoère, na rota Rio de Janeiro-Buenos Aires, com o transporte de malas postais e jornais. Os três aviões Breguet-14, de 300 HP, decolaram do Campo dos Afonsos, pilotados por Paul Vachet (piloto chefe da empresa), Etienne Lafay e Victor Hamm, levando como mecânicos Gauthier, Estival e Chevalier. (14 de janeiro)

1927
Decolou da Baía da Guanabara, o hidroavião Dornier Wal, de 360 HP, batizado de “Atlântico”, pertencente ao Condor Syndikat, levando como passageiro, até Florianópolis, o Ministro da Viação e Obras Públicas do Brasil, o Engenheiro Victor Konder o qual iria inaugurar em Santa Catarina um aeroclube. (1º de janeiro)

Foi criada a Arma de Aviação do Exército – a “5ª Arma”, por lei de iniciativa do Senador Carlos Cavalcanti (Lei nº 5.168), sancionada pelo Presidente Washington Luiz Pereira de Souza e pelo Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo dos Passos. (13 de janeiro)

O Ministro Victor Konder, do Ministério da Viação e Obras Públicas, concedeu autorização à empresa alemã Condor Syndikat, com sede em Berlim, para estabelecer, a título precário e de experiência, o tráfego aéreo por meio de hidroaviões, entre o Rio de Janeiro e a cidade de Rio Grande/RS, com escalas em Santos, Paranaguá, São Francisco e Florianópolis. E,, ainda, entre Rio Grande e Porto Alegre, com escalas em Pelotas (Aviso nº 69/G, do MVOP). (26 de janeiro)

Ocorreu o voo do hidroavião “Atlântico”, voando do Rio de Janeiro a Porto Alegre, onde pousou a 29 de janeiro, estando a bordo Otto Meyer, que voltara da Alemanha, onde fora adquirir material para uma companhia a ser constituída no Brasil, a Empresa de Viação Aérea Rio Grandense de Transporte Aéreo, que mais tarde viria a ser conhecida como VARIG. (27 de janeiro)

1928
Foi instituída, por Portaria do MVOP, “em caráter provisório e a título de experiência”, a Comissão de Navegação Aérea, sediada naquele Ministério. (04 de janeiro)

Ocorreu o primeiro salto de paraquedas realizado por uma brasileira; a jovem Vicentina Gomes saltou sobre o Campo de São João, em Porto Alegre/RS. (08 de janeiro)

Foram declarados Aspirantes a Oficial, os seguintes cadetes da 1ª Turma da Arma da Aviação do Exército: Antônio Lemos Cunha, Casemiro Montenegro Filho, Márcio de Souza e Mello, Joelmir Campos de Araripe Macedo, José de Souza Prata, Orsini Araújo Coriolano e Nicanor Porto Virmond. (20 de janeiro)

O Governo Federal concedeu ao Sindicato Condor os direitos de estabelecer linhas aéreas regulares no território nacional (Decreto 18.075) (Mesma data)

1929
Foi diplomada a 2ª Turma de Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, constante dos seguintes cadetes: Benjamim Quintela (já era 2º Ten), Clóvis Monteiro Travassos, José Sampaio de Macedo, Waldemiro Advíncula Montezuma, Luiz Carneiro de Farias, Estêvam Leite de Rezende, Armando Perdigão, Joaquim Tavares Libânio, Manoel Pinto da Silva Vale e Lincoln Ribeiro Torres. (19 de janeiro)

Foram aprovadas as primeiras instruções para matrícula dos aviões da Aviação Militar, com a colocação de letras e números de forma a permitir a sua identificação. (20 de janeiro)

A letra K ficou reservada aos aviões da Escola de Aviação Militar; as letras A e J ficaram destinadas aos aviões das outras Unidades Aéreas a serem criadas.

Os aviões de combate foram numerados de 110 a 199, enquanto que os de treinamento, de 210 em diante (Despacho do Ministro da Guerra, Gen Sezefredo dos Passos).

A empresa Sindicato Condor foi autorizada a operar em todo o território brasileiro. (28 de janeiro)

1930
A Nyrba do Brasil inaugurou a linha Rio de Janeiro- Buenos Aires, operando o hidroavião Commodore de Nome “Buenos Aires”. (10 de janeiro)

Foi diplomada a 3ª Turma de Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, constante dos seguintes cadetes: Júlio Américo dos Reis (já era 2º Ten), Guilherme Aloysio Telles Ribeiro, Nelson Freire Lavenère-Wanderely, Benjamim Manoel Amarante, João de Almeida, João Adil de Oliveira, Artur da Mota Lima Filho, Agliberto Vieira de Azevedo, Martinho Cândido dos Santos, Homero Souto de Oliveira e Álvaro Domingos de Freitas. Confirmado no posto de 2º Ten: Synval de Castro e Silva. (21 de janeiro)

Foi concedida permissão à empresa Nyrba do Brasil para estabelecer tráfego aéreo no território brasileiro (Decreto nº 19.079). (24 de janeiro)

1931
Foi regulada a execução dos serviços aeronáuticos civis (Decreto nº 20.914). (06 de janeiro)

Os 11 hidroaviões Savoia Marchetti S- 55A que realizaram um deslocamento aéreo da Itália ao Brasil, comandados pelo General italiano Italo Balbo, “foram negociados na base de troca por café” e incorporados à Aviação Naval. (mês de janeiro)

1932
Foi regulada a execução dos Serviços Aeronáuticos Civis e instituído o Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB (Decreto nº 20.914). O Artigo 8º determinou que as tripulações das aeronaves nacionais fossem constituídas somente por brasileiros. (06 de janeiro)

Foi adotada nova fórmula de registro de aviões, em que a letra “P” foi substituída por “PP”, designativos de aeronaves comerciais

Foi criado o Estandarte da Aviação Militar (Decreto nº 20.987). (21 de janeiro)

Foram declarados 29 Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, passando a constituírem a 5ª Turma. (25 de janeiro)

1933
Decolou do Rio de Janeiro, com destino a Montevidéu, a esquadrilha de demonstração de voos acrobáticos da Marinha, liderada pelo CC Djalma Fontes Cordovil Petit e tendo como alas os CT Lauro Oriano Menescal e CT José Kahl Filho. A esquadrilha participou das comemorações da inauguração do aeroporto civil da capital do Uruguai. (02 de janeiro)

O regresso ao Rio de Janeiro deu-se a 26 do mesmo mês. Os aviões eram do tipo Boeing 256 (biplano, monomotor, monoplace, motor PW de 550 HP).

O nº 26 da revista “Asas” publicou, pela primeira vez, um editorial incentivando a criação de um “Ministério do Ar”. (16 de janeiro)

O Ministério de Viação e Obras Públicas foi autorizado a contratar, mediante concorrência pública, a instalação de uma fábrica de aviões (Decreto 22.374). (20 de janeiro)

1934
Foi fundado em São Paulo, o Clube Paulista de Planadores, iniciativa de um grupo de engenheiros paulistas e professores da Escola Politécnica da capital paulista. A sua sede foi instalada à Praça Ramos de Azevedo, nº 16, no “Edifício Glória”, enquanto os voos eram realizados no Campo de Marte. (02 de janeiro)

Os planadores construídos pela Empresa Aeronáutica Ypiranga – EAY foram muito utilizados pelo referido clube.

O 1º Regimento de Aviação mudou-se para as suas novas instalações construídas no Campo dos Afonsos. (22 de janeiro)

Procedente de Hamburgo, aportou no Rio de Janeiro, a Missão Alemã de Planadores, constituída por cientistas e aviadores famosos no cenário volovelista alemão, os mais famosos do mundo, na época. (23 de janeiro)

Foram aprovadas as plantas para as instalações acessórias do Aeroporto do Rio de Janeiro (futuro “Aeroporto Santos Dumont”), feitas pelo Sindicato Condor, na Ponta do Caju, “para abrigo, reparação e abastecimento de seus aviões” (Decreto nº 23.798). (24 de janeiro)

Foram declarados Aspirantes a Oficial do Exército (aviadores): Oswaldo Carneiro Lima e Tíndaro Pereira Dias (confirmados no posto de 2º Tenente),Hildegardo da Silva Miranda, Adalberto Correia Gonçalves, Hérnio Vargas de Carvalho, Laurindo de Avelar e Almeida, Carlos de Paiva e Silva e Adhemar Scaffa de Azevedo Falcão. (25 de janeiro)

Foi aprovado o modelo do cocar de identificação dos aviões da Aviação Militar, sendo o referido desenho publicado no Boletim da Aviação Militar de 28 de fevereiro de 1934 (despacho do Ministro da Guerra). (31 de janeiro)

Pelo Aviso Ministerial 21, de 31 de maio de 1941 (após a criação do Ministério da Aeronáutica), foi aprovado o mesmo cocar com pequenas modificações nas dimensões das pontas da estrela e dos círculos internos, para distintivo dos aviões da Força Aérea Brasileira.

Foram adquiridos para o Correio Aéreo Militar – CAM, 25 aviões Waco CJC “Cabine”, equipados com motor Wright, de 250 HP, radial, 7 cilindros, refrigerado a ar, raio de ação de 800 quilômetros, velocidade de cruzeiro de 200 Km/h e carga útil de 200 quilos, além dos tripulantes. (mês de janeiro)

1935
Em requerimento dirigido ao Ministério da Viação e Obras Públicas, o Sindicato Condor solicitou licença para poder lançar a correspondência aérea, por meio de paraquedas, nos aeroportos de Pelotas e Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. (mês de janeiro)

1936
O periódico “Asas” publicou um longo artigo, de autoria do Capitão de Corveta Aviador Naval Luiz Leal Netto dos Reys, com vistas à necessidade da criação no Brasil, do Ministério da Aeronáutica (em lugar de “Ministério do Ar”, como estava sendo difundido). (1º de janeiro)

Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares do Exército. (04 de janeiro)

O Correio Aéreo Militar inaugurou a primeira linha internacional, para Assunção, no Paraguai, utilizando um Waco Cabine CJC, tripulado pelos Tenentes Hortêncio Pereira de Brito e Ricardo Nicoll, com escalas no Rio, São Paulo, Bauru, Três Lagoas, Campo Grande, Ponta Porã, Concepción (no Paraguai) e Assunção.Como passageiro, viajou o Ten Tíndaro Pereira Dias, Cmt do Destacamento de Campo Grande. (23 de janeiro)

Foram aprovados, pelo Ministério de Viação e Obras Públicas, os projetos para a construção do hangar da Panair na Ponta do Calabouço (futura sede do III COMAR). (29 de janeiro)

A aviadora paulista Ada Leda Rogato recebeu o brevê “C” (Internacional de voo em planador), em exame prestado no Clube Paulista de Planadores. (Mês de janeiro)

Voando a 800 metros de altura durante 20 minutos, a bordo do “Anhemby”, Ada Rogato foi a primeira aviadora brasileira a “solar planador de alta classe”.

1937
Foi aprovada a pintura dos lemes verticais dos aviões da Aviação Militar, com as cores verde e amarela, separadas por uma linha também vertical (Aviso do Ministro da Guerra). (04 de janeiro)

Os serviços do Departamento de Aviação Civil e a Divisão de Aeroportos foram distribuídos por 9 regiões, com as respectivas sedes localizadas em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande e Porto Alegre. (05 de janeiro)

A Panair do Brasil passou a operar com aeronaves Lockheed 10 Electra (matrículas PP-PAS e PP-PAX), entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, em caráter experimental. (07 de janeiro)

Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares do Exército. (11 de janeiro)

Foram aprovados orçamentos, plantas e especificações relativas ao fornecimento e instalação de maquinários e equipamentos necessários às manobras de aeronaves no Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz/RJ (Decreto nº 1.383). (18 de janeiro)

1938
Pousou em Parnamirim/RN, um avião do tipo Savoia-Marchetti S-79T, pilotado pelo italiano Moscatelli, procedente de Dakar de onde havia decolado às 05:10h (Horário brasileiro). (25 de janeiro)

1939
A VARIG Aero Esporte – VAE, “Departamento Desportivo Instrutivo da VARIG”, filiou-se ao Aeroclube do Brasil. (27 de janeiro)

Foi realizada a primeira viagem do Correio Aéreo Militar, na linha do Tocantins, em avião Bellanca K-215, pilotado pelo Maj Hortêncio Pereira de Brito e pelo Cap Roberto Carlos de Assis Jatahy. (31 de janeiro)

1940
Foi aprovado o Regulamento para os Aeroportos em Tráfego, criando-se a figura do Administrador de Aeroporto (Portaria nº 16/DAC). (24 de janeiro)

Foi fundada, com capital inteiramente nacional, a empresa Navegação Aérea Brasileira – NAB. Seu organizador foi o então Ten Cel Av Orsini de Araújo Coriolano, da Aviação Militar, apoiado pelos capitalistas Paulo da Rocha Viana e Euvaldo Lodi. (28 de janeiro)

1941
Chegaram ao Rio de Janeiro, de navio, os dois primeiros aviões adquiridos pela Navegação Aérea Brasileira – NAB, do tipo Beechcraft 18, os quais receberam as matrículas PP-NAA e PP-NAB (a própria sigla da empresa). (02 de janeiro)

Foi inaugurada a linha Litoral Norte, prolongamento da Rio – Salvador, pelo Ten Zamir de Barros Pinto e Sgt Nascimento, ambos da Aviação Militar. (03 de janeiro)

Chegou ao Rio de Janeiro, a terceira esquadrilha de aviões North American NA-44, de treinamento avançado, adquiridos nos Estados Unidos para a Aviação Militar e tripulados pelos seguintes oficiais, além de quatro sargentos: Cap Homero Souto de Oliveira (Cmt), 1º Ten Roberto Julião Cavalcanti de Lemos, Jerônimo Baptista Bastos, Roberto Faria Lima, Clóvis Costa, Aldacyr Ferreira da Silva, Paulo Emílio da Câmara Ortegal e José Tavares Bordeaux Rego. (16 de janeiro)

Foi inaugurada a linha Curitiba-Londrina, pelos Tenentes Ernani Tavares Pereira Lucena e Renato Costa Pereira, da Aviação Militar. . (17 de janeiro)

Pelo Decreto-lei nº 2.961, foi criada uma Secretaria de Estado com a denominação de Ministério da Aeronáutica. (20 de janeiro)

Tomou posse o primeiro Ministro da Aeronáutica, Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho. (23 de janeiro)

1942
Foi fundada a Associação dos Aeronautas. (26 de janeiro)

1943
O Aeroporto Bartolomeu de Gusmão passou a denominar-se Base Aérea de Santa Cruz. (16 de janeiro)

1945
O crescimento da cidade de São Paulo levou o Ministério da Aeronáutica a transferir a então Base Aérea de São Paulo (BASP) - atual ALA 13 - para os terrenos da Fazenda Cumbica, que havia sido doada pelo empresário Eduardo Guinle. (26 de janeiro)

1946
É criada, por intermédio da Portaria nº 36, a Comissão de Organização do Centro Técnico de Aeronáutica (COCTA), instalada inicialmente no Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. (29 de janeiro)

1950
Foi criado pelo Decreto nº 27.695, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA. (16 de janeiro)

1951
Foi criado na Base Aérea do Galeão o “Centro de Treinamento de Quadrimotores”. (24 de janeiro) 

1954
Criação do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento – IPD, no campus do então Centro Técnico de Aeronáutica – CTA. (1º de janeiro)

Inauguração do Campo de Pouso do Cachimbo (atual Campo de Provas Brigadeiro Velloso – CPBV), com a presença do Presidente da República, Getúlio Vargas, do Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Nero Moura e demais autoridades. (20 de janeiro)

1956
Foi designado “Ano Santos Dumont”, o período entre 20 de janeiro de 1956 e 20 de janeiro de 1957. (19 de janeiro)

1958
Chegada dos primeiros F-80 no 1º/4º GAv, num total de 33 aeronaves. (mês de janeiro)

1980
O 3º/10º Grupo de Aviação (Esquadrão Centauro) passa a ser unidade de Caça. (31 de janeiro)

1995
O Brig Nero Moura é consagrado Patrono da Aviação de Caça. (17 de Janeiro)

O Campo de Provas do Cachimbo teve a denominação alterada para Campo de Provas Brigadeiro do Ar Haroldo Coimbra Velloso, em homenagem ao pioneiro da implantação da infraestrutura aeronáutica em Cachimbo. (17 de janeiro)

2002
O 1º/4º GAv (Esquadrão Pacau) é transferido da Base Aérea de Fortaleza/CE, para a Base Aérea de Natal/RN, de modo a concentrar toda frota de AT-26 Xavante em uma única Base. . (09 de janeiro)

2006
Início das atividades do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), representando um marco de fundamental importância para a integração do espaço aéreo brasileiro, em especial da Região Amazônica. (1º de janeiro)

2011
Foi oficialmente instituído o Núcleo da Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAER), em uma Sessão Magna realizada no Auditório do 12º andar do Edifício do Comando da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. (18 de janeiro)

2016
Recebimento pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) – Esquadrão Jaguar -, da primeira aeronave F-5EM FAB 4820. A referida aeronave foi transferida do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) para o 1º GDA, em virtude da desativação dos caças Mirage 2000 (F-2000). (21 de janeiro)

Fonte: INCAER

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