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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 1 de junho de 2025

Especial de Domingo



Efemérides - Junho

INCAER
Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica 

1867
Foi feita em Tuiuti a primeira ascensão do balão de observação do Exército Brasileiro, na Guerra do Paraguai. As missões realizadas pelos balões do então Marquês de Caxias possibilitaram que os aliados estudassem as melhores vias de acesso para Tuiuti e Tuyu-cuê. Foram estes aeronautas que descobriram as linhas de trincheiras contínuas entre Tuiuti e Humaitá e, ainda, retificaram nossas cartas topográficas da área de litígio, além de monitorarem, constantemente, as intenções da cavalaria inimiga. Dessa forma, os reconhecimentos permitiram ao então Marquês de Caxias atacar, com sucesso, Humaitá e desbordar Curupaiti, sendo seus feitos imortalizados na Força Aérea Brasileira, através do Leão Vermelho presente na heráldica do 1º/10º GAV, cuja origem remonta o brasão do Duque de Caxias. (24 de junho) # ESSA DATA (24 DE JUNHO) FOI ESCOLHIDA PARA COMEMORAR O DIA DA AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO E TAMBÉM O DIA DA AVIAÇÃO DE LIGAÇÃO E OBSERVAÇÃO.

1899
Foi realizada na França a competição para balões livres denominada “Taça dos Aeronautas”, com a partida sendo dada do “Jardim des Tuileries” em Paris. Santos Dumont, pilotando o balão “América” de 1.800 metros cúbicos, foi classificado em 4º lugar, tendo descido a 325 quilômetros do ponto de partida e tendo sido o concorrente que permaneceu no ar maior tempo: 22 horas. (12 de junho)

1900
Foi concluída a construção do hangar de Santos Dumont, em Saint Cloud, no Parque de Aerostação do Aeroclube da França, com o seguinte endereço: 68, Quai du Pont Carnot. (junho)

1904
Santos Dumont partiu de Paris para embarcar no Havre no vapor “Savoie”, com destino aos Estados Unidos da América, levando o seu balão dirigível nº 7 desmontado e encaixotado em 6 volumes. Santos Dumont construiu o dirigível nº 7 para participar das provas de corridas de velocidade, para balões dirigíveis, que estavam previstas no programa da Exposição Comemorativa da Compra da Louisiana, a ser realizada em Saint Louis. (12 de junho)

1905
A revista “L'Illustration”, editada em Paris, anunciou que Santos Dumont construiu um novo dirigível, que recebeu a identificação de “Nº 14”. (17 de junho)

1907
Santos-Dumont realizou, no Campo de Bagatelle, em Paris, as primeiras experiências com o seu balão dirigível nº 16. Relativamente pequeno e o de linhas mais elegantes dentre os construídos por Santos-Dumont, o nº 16 foi equipado inicialmente com um único motor e uma hélice. Posteriormente, após avaria sofrida, o inventor instalou nele uma pequena quilha triangular e dois motores de seis cavalos vapor cada um. (18 de junho)

1913
O aviador paulista Edu Chaves realizou o reide São Paulo-Guarujá. (8 de junho)

1914
O Ten Ricardo Kirk e o aviador italiano Ernesto Darioli (seu antigo instrutor no Rio de Janeiro) fizeram um voo sobre a cidade do Rio de Janeiro com os repórteres Paulo Cleto e Freitas Pitombo, do jornal “A Noite”. Dessa forma, foi escrita uma reportagem aérea, considerada a primeira do gênero publicada no Brasil e divulgada a 18 do mesmo mês. (12 de junho)

1915
A “Revista do Aeroclube Brasileiro” passou a circular com o nome de “Aerofilo”, ao preço de 500 réis. (junho)

1920
Em comemoração ao transcurso da “Batalha do Riachuelo”, ocorreu uma parada aérea sobre a Avenida Beira Mar, no Rio de Janeiro, da qual participaram quase todos os aviões da Escola de Aviação Naval e o biplano “Rio de Janeiro”, pilotado pelo Cap Louis Etienne Lafay, da Missão Militar Francesa. (11 de junho)

1921
Os Tenentes Ivan Carpenter Ferreira e Salustiano da Silva, cada um pilotando um monoplace de caça Spad 7, realizaram um voo do Rio de Janeiro (Campo dos Afonsos) a São Paulo, regressando no dia seguinte. (11 de junho)

Obtiveram os diplomas de Observador Aéreo, os seguintes integrantes da 1ª Turma da Aviação Militar: - Capitão Newton Braga - Primeiros-Tenentes Eduardo Gomes, Lysias Augusto Rodrigues, Ivo Borges, Amilcar Sérgio Veloso Pederneiras, Gervásio Duncan de Lima Rodrigues, Ajalmar Vieira Mascarenhas, Sylvino Elvídio Bezerra Cavalcante e Plínio Paes Barreto. - Segundo-Tenente Carlos Saldanha da Gama Chevalier.

1922
Foi criado, no Rio Grande do Sul, um “Grupo de Esquadrilhas de Aviação” subordinado ao Comando da 3ª Região Militar; as referidas Esquadrilhas ficaram sediadas em Santa Maria e Alegrete. (5 de junho)

Comemorando o Centenário da Independência do Brasil, chegou ao Rio de Janeiro o hidroavião “Santa Cruz” pilotado pelo aviador português Arthur de Sacadura Freire Cabral, tendo como navegador o Comandante Carlos Viegas Gago Coutinho. Os aviadores portugueses realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, num voo que foi considerado um dos maiores feitos aeronáuticos da época, não somente pela demonstração de alta capacidade técnica utilizando instrumentos de navegação astronômica de sua própria concepção, como também pela utilização de uma navegação extremamente precisa sobre grandes extensões oceânicas. (17 de junho)

1927
Foram aprovados o “Estatuto da Aviação Militar” (Decreto nº 17.818) e o “Regulamento da Diretoria de Aviação Militar” (Decreto nº 17.819). (2 de junho)

1929
A Comissão Técnica do Aeroclube Brasileiro apresentou circunstanciado, com as reivindicações brasileiras, com a finalidade de satisfazer a requisição feita pelo Governo do México ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, acerca da cooperação brasileira na história geral da Aeronáutica. (28 de junho)

1930
Decolou do Campo dos Afonsos uma esquadrilha de três aviões anfíbios Schereck-17, para um voo até Porto Alegre - fato inusitado à época. Os tripulantes eram os seguintes: 1º) Ten Cel Henri Jeaunaud e Maj Terrason, ambos da Missão Francesa de Aviação; 2º) Cap Althair Eugênio Rozsanyl e Sgt Mecânico Amaro Policarpo de Oliveira; e 3º) Cap Álvaro Assumpção d'Ávila e Sgt Mecânico Otávio dos Santos. O regresso da esquadrilha ocorreu a 22 do mesmo mês. (16 de junho)

1931
Os Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nélson Freire Lavenère-Wanderley partiram do Campo dos Afonsos rumo à cidade de São Paulo para uma histórica missão, realizando o primeiro voo do Correio Aéreo Militar. Sob o comando do biplano Curtiss “Fledgling”, de matrícula K263, os dois jovens oficiais enfrentaram as variações meteorológicas, a falta de comunicação e as limitações de combustível para transportar a primeira mala postal do Correio Aéreo Militar. Isso significou a materialização do sonho de um grupo de pilotos, liderados pelo então Major Eduardo Gomes. Esse incrível feito marcou a história da aeronáutica brasileira e passou a ser conhecido como o Dia do Correio Aéreo Nacional e da Aviação de Transporte. (12 de junho)

Chegou ao Rio de Janeiro, pela primeira vez, o gigantesco avião alemão Dornier Wall-X (o DO – X), hidroavião equipado com 12 motores Curtiss “Conqueror”, de 600 HP, cada, com 48 metros de envergadura e 40 metros de fuselagem, tendo uma tripulação de 16 homens, incluindo o Cmt Christiansen. (20 de junho)

1932
Foi dissolvida a Flotilha Mista Independente de Aviões de Patrulha (Aviação Naval) – Decreto 21.542; Foi criada a Força Aérea de Defesa do Litoral (Aviação Naval) – Decreto 21.543. (16 de junho)

1933
Na sala da Sociedade de Direito Internacional do Palácio Itamaraty, transcorreu a primeira reunião da “Seção Brasileira do Comitê Jurídico Internacional da Aviação”, iniciada às 13 horas e presidida pelo Dr. A. Moitinho Dória e secretariada pelo Dr. Cláudius Ganns. (2 de junho)

Foi concedida permissão à Sociedade Anônima Brasileira “Aerolloyd Iguassú S.A.” para estabelecer tráfego aéreo no território nacional (Decreto nº22.878). (30 de junho)

1934
Os Tenentes Rosemiro Leal Menezes e Levi Castro de Abreu inauguraram uma linha do Correio Aéreo Militar no Rio Grande do Sul, ligando Santa Maria a Porto Alegre, com escala em Alegrete, Uruguaiana e Cachoeira. (23 de junho)

1935
Foram adquiridos para o Correio Aéreo Militar e para outras unidades aéreas 30 aviões Waco CPF F-5 (biplano, monomotor, triplace, equipado com motor Wright de 250 HP, radial, 7 cilindros, refrigerado a ar), sendo que os 8 primeiros chegaram ao Brasil em outubro do mesmo ano. (junho)

1936
Foi ativado o Núcleo do 7º Regimento de Aviação, com sede em Belém, tendo sido seu primeiro Comandante o Cap Ruy Presser Bello. (30 de junho)

1937
Foi inaugurada a rota Campo Grande-Cuiabá, pelo Ten Tíndaro Pereira Dias e Sgt Jaime Fernandes. (11 de junho) Foram aprovadas as instruções sobre marcas de nacionalidade e de matrículas das aeronaves civis brasileiras (Portaria 331/MVOP). (25 de junho)

1938
A primeira codificação da legislação relativa à atividade aérea no Brasil, foi chamada de Código Brasileiro do Ar, estabelecido pelo Decreto-Lei nº 483. (8 de junho) Foi criado o Serviço de Rotas e Bases Aéreas, subordinado à Diretoria de Aeronáutica do Exército (Decreto -Lei 498). (15 de junho) 

Foram baixadas normas sobre “pouso noturno” (Portaria '06/DAC/MVOP). (21 de junho)

O Aeroclube do Rio de Janeiro, sediado no aeródromo de Manguinhos, deu início à formação de sua primeira turma de pilotos, utilizando dois aviões Muniz M-7 e dois aviões Moth Trainer (Gispsy Moth). (junho) # Essa turma, composta de 8 pilotos, prestou exame em 16 de outubro de 1938, perante a banca examinadora do Aeroclube do Brasil.

1939
No Campo de Manguinhos/RJ, foi realizada uma festa aviatória com a entrega de 15 aviões as seguintes agremiações: Aeroclubes do Brasil, São Paulo, Santos, Limeira, Taubaté, Minas Gerais, Uberlândia, Goiás, Santa Catarina e Piracicaba, além da VARIG Aero Escola, sendo 12 aeronaves do tipo Bueker Jungmann, 2 do tipo Muniz M-7 e 1 do tipo Bueker Student. O Presidente Getúlio Vargas foi recebido no local às 15:00 horas, ao som do Hino Nacional, pelos diretores do Aeroclube do Brasil. Depois de percorrer as instalações, fez a entrega dos documentos de propriedade aos representantes dos diversos aeroclubes que foram contemplados com essas aeronaves. Em seguida, houve um desfile aéreo com os 15 aviões e uma demonstração de acrobacias com o Bueker PP- AEE pilotado pelo Ten Miranda Júnior, instrutor chefe do Aeroclube do Brasil. (3 de junho)

Foram baixadas normas sobre a aplicação de dotação destinada a subvencionar os aeroclubes e escolas de aviação (Decreto-Lei 1.320). (5 de junho)

Pousou em Natal, na madrugada, o quadrimotor Focker Wulf 200, que foi incorporado ao Sindicato Condor recebendo a matrícula PP-CBI e batizado como “Abaitará”. Quando trasladado da Alemanha para o Brasil, o referido avião percorreu a distância de 11.000 km, entre Berlim e o Rio de Janeiro, em 35 horas e 33 minutos de voo. O PP-CBI, maior avião até então registrado no Brasil, possuía potência total de 3.000 HP, velocidade média de cruzeiro de 400 Km/h, peso total de 14.600 Kg, 4 tripulantes e acomodações para 26 passageiros. (29 de junho)

1940
O General Eurico Gaspar Dutra, Ministro da Guerra, designou o Ten Cel Henrique Raymundo Dyott Fontenelle e outros oficiais da Aviação Militar, para estudarem qual a melhor localização de uma base aérea que pretendia construir em São Paulo, sendo escolhida, posteriormente, a localidade de Cumbica. (1º de junho) Voou pela primeira vez o protótipo do avião nacional HL-1 (Henrique Lage-1), construído nas oficinas da Companhia Nacional de Navegação Aérea, na Ilha do Viana, na Baía da Guanabara. O HL-1 era um monoplano biplace de asa alta equipado com um motor Continental de 65 cavalos-vapor. O Ministério da Aeronáutica, em maio de 1941, encomendou à Companhia Nacional de Navegação Aérea 100 aviões HL-1, os quais foram distribuídos aos aeroclubes na “Campanha Nacional de Aviação” patrocinada pelo Ministério da Aeronáutica durante a II Guerra Mundial. (18 de junho) A Aviação Militar recebeu da Panair do Brasil dois aerobotes Consolidated Commodore C-16, monoplano, asa delta, bimotor, com 22 lugares, equipado com dois motores P&W Hornet de 525 HP, radial, 9 cilindros, refrigerado a ar. Receberam, também, 20 aviões Stearman A75L3, biplano, monomotor, biplace em tandem, para treinamento primário, equipado com motor Lycoming R-680 B4D de 225 HP, radial, 9 cilindros, refrigerado a ar, mais conhecido como “ Stirminha”. (junho)

1941
O Curso de Oficial Mecânico que existia na antiga Escola de Aeronáutica do Exército, passou a ser denominado como: Curso de Oficial Mecânico de Avião, por meio da Portaria nº 112. (04 de junho) Em janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica e, em março do mesmo ano, foram extintas a Escola de Aeronáutica do Exército (denominação da Escola de Aviação Militar a partir de dezembro de 1940) e a Escola de Aviação Naval, sendo criadas a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, e a Escola de Especialistas de Aeronáutica, na Ponta do Galeão, antiga Escola de Aviação Naval. - Criação da Seção de Aviões de Comando, subordinada diretamente ao Gabinete do Ministro da Aeronáutica, e sendo composta inicialmente por quatro aviões Lockheed 12A, através do Aviso nº 22. (04 de junho) A aeronave Lockheed 12A recebeu na FAB a designação de UC-40. A Seção de Aviões de Comando antecedeu o atual Grupo de Transporte Especial (GTE).

1942
Por meio do Aviso nº 88, foi fixado o Centro Médico dos Afonsos como sede da Junta Especial de Saúde do Pessoal da Aeronáutica, cumprindo ao Diretor-Geral do Pessoal organizar as juntas de inspeção ordinária, de acordo com a necessidade do serviço, como também foi determinado que o Centro Médico do Galeão passasse a funcionar como Seção de Pronto Socorro, destinada a atender às necessidades das unidades e estabelecimentos com sede no Galeão. (3 de junho)

Foi aprovado o Regulamento para a formação da Reserva Aeronáutica (Decreto nº 9.805). (29 de junho)

1943
Partiu do Rio de Janeiro o primeiro avião comercial brasileiro em serviço aéreo regular, ligando o Brasil e os Estados Unidos da América (“Empresa de Transportes Aerovias Brasil”; Rio de Janeiro - Miami). (8 de junho)

1944
O Ministro da Aeronáutica, atendendo a necessidade urgente de formar engenheiros de aeronáutica e engenheiros especializados em questões referentes à indústria e a técnica aeronáuticas, resolveu abrir inscrições entre os engenheiros e alunos das escolas de engenharia do 3º ano, ou superior, para a matrícula no Massachussets Institute of Technology (MIT), de Boston, nos Estados Unidos, ou equivalente, por intermédio da Portaria nº 141. (07 de junho)

1945
Chega ao Brasil, o Professor Richard Harbert Smith (futuro Reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA), para atuar por seis meses como consultor do Ministério da Aeronáutica. (junho)

Foi declarado o estado de guerra entre o Brasil e o Japão, por meio do Decreto nº 18.811. (06 de junho) 

Foi aprovado o Regulamento para a concessão de medalhas militares criadas pela Força Aérea Brasileira, por intermédio do Decreto nº 18.847. (11 de junho)

1946
O Ministro da Aeronáutica resolveu aprovar as Instruções para a organização e o funcionamento dos núcleos dos Parques de Recife e de Porto Alegre, pela Portaria nº 224. (10 de junho)

Foram aprovadas as Instruções para o Registro do Histórico dos Militares da Aeronáutica, pela Portaria nº 230. (10 de junho)

Criação da Prefeitura de Aeronáutica de Recife, por intermédio da Portaria nº 245. (26 de junho)

1948
O Capitão Intendente Francisco Marcondes Teixeira Leite Júnior assumiu, oficialmente, a direção da Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga - FAYS (4 de junho)

1949
Teve início, em São Paulo, o II Congresso Nacional de Aeronáutica. (18 de junho)

1950
Conforme definido no Regimento Interno do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, foi criado o Centro Acadêmico Santos Dumont- CASD, peça fundamental no projeto pedagógico dos fundadores (15 de junho)

Foram criadas as Instruções para o “Voo de Coqueluche”, pelo Aviso nº 48/G2, com o objetivo de padronizar e controlar o referido voo realizado nos aviões da FAB. (12 de junho)

Foi aprovado o acordo sobre Transportes Aéreos, firmado na cidade do Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1946, entre o Brasil e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pelo Decreto Legislativo nº 32. (20 de junho)

1951
O Curso de Tática Antissubmarino Aeronaval, na parte que se refere à Aeronáutica, foi orientado, dirigido e fiscalizado pela Diretoria de Ensino da Aeronáutica, coordenado, conjuntamente, com o órgão correspondente do Ministério da Marinha, por meio da Portaria nº 230. (4 de junho)

Foi organizado o Comando de Transporte Aéreo (COMTA), encarregado do serviço do Correio Aéreo Nacional e do transporte e lançamento dos paraquedistas do Exército Brasileiro (Decreto nº29.640). (5 de junho)

1952
Foi determinada a organização dos Postos do Correio Aéreo Nacional nos pontos de escala das suas linhas (Portaria nº 157). (6 de junho)

A Lei nº 1.602 passou a denominar de “Pinto Martins” o Aeroporto de Cocorote, em Fortaleza. (6 de junho)

Foi designada a comissão chefiada pelo Ministro Nero Moura para representar o Brasil, em Paris, nas solenidades durante o mês de julho comemorativas do cinquentenário da dirigibilidade dos balões e na inauguração de monumento a Alberto Santos Dumont, em Saint Cloud, que tinha sido fundido pelos alemães durante a II Guerra Mundial. (11 de junho)

1953
Fica o Mistério da Aeronáutica autorizado a aceitar a doação que, com o apoio na Lei Estadual n.º 696, de 5 de maio de 1950, o governo do estado de São Paulo pretende fazer à União, de terras situadas em Guaratinguetá, no mesmo estado, com a área aproximada de 9.470.933,00 metros quadrados, inclusive benfeitorias nelas existente, destinadas à instalação de um estabelecimento de ensino técnico especializado da Aeronáutica, tudo conforme consta do processo protocolado na Diretoria de Engenharia daquele Ministério sob o n.º 4.278-52, onde se encontra a planta dos terrenos doados. (Decreto nº 33.137 - 24 de junho)

Promulgação do Acordo de Assistência Militar entre o Brasil e os Estados Unidos da América (firmado no Rio de Janeiro, em 15 de março de 1952), por meio do Decreto nº 33.044. (15 de junho)

1954
Foi aprovado o “Acordo sobre Transportes Aéreos entre o Brasil e a Bolívia”, firmado em La Paz, em 02 de junho de 1951 (Decreto Legislativo nº16). (18 de junho)

1955
Foi permitido o uso da “Medalha Marechal Souza Aguiar”, nos uniformes militares, mandada cunhar pelo Ministério de Justiça e Negócios Interiores para comemorar o 1º centenário do nascimento daquele militar, por intermédio do Decreto nº 37.462. (10 de junho)

Foi criada a Prefeitura de Aeronáutica da Guarnição dos Afonsos, no Rio de Janeiro, por meio da Portaria nº 337/GM4. (01 de junho)

Foi determinada a tradução e impressão, nos idiomas francês e inglês, do livro “Quem deu asas ao homem” sobre a vida e os feitos de Alberto Santos Dumont, de autoria de Henrique Dumont Villares (Lei nº 2.511). (22 de junho)

1956
Foram aprovadas as normas para a execução do Programa de Assistência e Defesa Mútua (PADM), no âmbito do Ministério da Aeronáutica, pela Portaria nº 269/GM2. (04 de junho)

Foi criada a Medalha Comemorativa do Jubileu do Correio Aéreo Nacional (Decreto nº 39.354-A). (12 de junho)

1957
Foram aprovadas as Instruções para a Organização e o Funcionamento da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), por intermédio da Portaria nº 611/GM2. (24 de junho)

1967
A partir do acidente ocorrido com o avião C-47 FAB 2068, a operação de Busca e Salvamento da aviação brasileira foi consagrado na história da aviação brasileira como a maior e mais vultosa operação de salvamento da FAB. Quando foi avistado pelo Suboficial Valin, a bordo do Albatroz FAB 6539 do 2° Esquadrão do 10° Grupo de Aviação, fez ecoar na eternidade a frase do Tenente Velly, que até hoje norteia a mente dos guerreiros da Busca e Salvamento: "Eu sabia que vocês viriam!". (26 de junho)

1969
A Diretoria de Intendência foi criada pelo Decreto nº 64.739, e foi subordinada ao Comando-Geral de Pessoal - COMGEP. (26 de junho)

1975
Chegada dos primeiros aviões F-5E ao Brasil. Pousaram no Galeão as aeronaves FAB 4820, 4821 e 4823 (o F-5E FAB 4822 acidentou-se alguns quilômetros antes do pouso no Galeão, com perda total e falecimento do piloto). (06 de junho)

1979
Realizado voo inédito de 2 aeronaves F-5E, sem Reabastecimento em Voo, da Base Aérea de Santa Cruz para a Base Aérea de Fortaleza, tendo como pilotos o Ten. Cel. Sérgio Ribeiro e Maj. Euro Duncan, respectivamente Comandante e Oficial de Operações do 1º GAvCa. (14 de junho)

1982
Ocorreu a solenidade oficial de desativação da aeronave Catalina FAB 6525, no dia do aniversário do Correio Aéreo Nacional (CAN), realizada na Base Aérea dos Afonsos. Nesse evento, o Catalina FAB 6525 efetuou o último voo na FAB desse tipo de aeronave. (12 de junho)

1984
De acordo com a política de interiorização da FAB, foi instalada uma base aérea em Boa Vista para auxiliar no patrulhamento da fronteira. (mês de junho)

1986
Foi criado o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER) pelo Ministro Otávio Júlio Moreira Lima. (27 de junho)

1999
Criado o Ministério da Defesa (MD), pela Lei Complementar nº 97. (10 de junho)

2003
Por meio da Portaria nº 532/GC3, foi ativada a Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico -DIRMAB. (11 de junho)

Fonte: INCAER

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sexta-feira, 23 de maio de 2025

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 16 a 22 de maio
O FAB em Destaque desta sexta-feira (23/05) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 16 a 22 de maio. Esta edição destaca a abertura do processo seletivo para Oficial Superior temporário na área de Medicina; e a cerimônia militar alusiva aos 56 anos de criação do Comando de Preparo (COMPREP), em Brasília (DF). Destaca, ainda, a 5ª Reunião de Oficiais-Generais do Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG); a cerimônia em comemoração aos 76 anos da EPCAR e a Comemoração do Dia da Aviação de Patrulha.

Fonte: FAB

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sábado, 17 de maio de 2025

Homenagem

Guarnição de Natal e comunidade prestam homenagem a Augusto Severo
No dia 12/05, o município de Macaíba (RN) reuniu autoridades civis e militares, estudantes e moradores para rememorar os 123 anos do falecimento de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, reconhecido como o “Mártir da Tecnologia Aeronáutica”. A cerimônia ocorreu no Mausoléu Original, localizado no Complexo Cultural e Turístico Solar Ferreiro Torto, onde o pioneiro da aviação brasileira está sepultado.
Representando o Comandante da Base Aérea de Natal (BANT), Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, o Major Intendente Jefferson Rigueira de Oliveira participou da aposição de flores no obelisco de Augusto Severo, acompanhado do Prefeito Municipal e de um escoteiro mirim. “Esta homenagem simboliza nossa gratidão e o compromisso de perpetuar o legado de coragem e inovação de Severo”, declarou. O Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Sérgio Silva do Nascimento, ressaltou o papel educativo das visitas escolares ao Solar Ferreiro Torto e a importância da valorização da identidade local. “Celebrar Augusto Severo é fortalecer o orgulho de ser macaibense desde a infância”, afirmou.
O Prefeito Edivaldo Emídio da Silva Júnior também destacou a relevância do momento. “É um orgulho representar cada cidadão macaibense, mas sobretudo cada criança que cruza nossas ruas e passeia por nossas praças, sabendo que deste torrão um dia nasceu um homem que ousou voar”, disse. A cerimônia contou ainda com a participação de alunos das escolas locais e foi embalada pela Banda de Música da Base Aérea de Natal, sob a regência do Tenente Rômulo da Silva Araujo. O repertório incluiu hinos e peças que evocam o espírito visionário de Augusto Severo e sua contribuição à história da aviação. 

Augusto Severo
Natural de Macaíba (RN), Augusto Severo nasceu em 11 de janeiro de 1864 e destacou-se como engenheiro, jornalista e inventor. Em 12 de maio de 1902, durante o voo inaugural de seu dirigível Pax, sobre Paris, o aparelho sofreu uma explosão que vitimou Severo e seu mecânico, Georges Sachet. Sua trajetória o consagrou como símbolo de ousadia, inovação e esperança na união entre os povos.

Fotos: Soldado Paulo / BANT

Fonte: FAB

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sexta-feira, 16 de maio de 2025

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 9 a 15 de maio
O FAB em Destaque desta sexta-feira (16/05) reporta a cobertura de uma das mais importantes ações de preparo operacional da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2025: o Exercício Operacional de Evacuação Aeromédica em Ambiente de Defesa Biológica, Nuclear, Química e Radiológica (EVAM DBNQR). A atividade foi marcada por uma série de treinamentos voltados ao adestramento do efetivo e à prontidão da FAB em ações de Evacuação Aeromédica e resposta a incidentes envolvendo agentes DBNQR.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Aviação Executiva

Único evento exclusivo de asas rotativas da América Latina, Heli XP continua hoje até 20h no Helipark
A Heli XP, único evento exclusivo de asas rotativas da América Latina, vai até as 20h de hoje, 15/5/2025, após um primeiro dia com bom público ontem, reporta a organizadora G2C Events. O evento é realizado no Helipark, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, a partir das 13h. Em sua sexta edição, consolida-se como uma plataforma essencial para negócios, networking e atualização profissional, reunindo os principais nomes do setor, como operadores, fabricantes e prestadores de serviço. Mais de 15 helicópteros estão em exposição estática, além de uma aeronave elétrica de decolagem e pouso na vertical (eVTOL). Também há voos de demonstração para clientes e potenciais compradores. Na parte interna da feira, estandes exibem produtos e serviços das empresas. “O primeiro dia foi excepcional, com um bom público. Estamos ansiosos por um bom número de visitantes e clientes hoje novamente”, afirma Gledson Castro, diretor da G2C Events. Empresas como Synerjet, Bell/TAM Aviação Executiva, IAS, 10 Manutenção, Líder Aviação, Sertrading, Southern Cross, PWC, Gualter Helicópteros e Standard Aero são expositoras. Em 2024, a Heli XP recebeu mais de 4.500 visitantes, com 91 marcas expositoras e 21 aeronaves em exibição, além de mais de 200 pousos e decolagens para voos de demonstração – números que comprovam o potencial do evento como vitrine do setor, ressalta a G2C.

Fonte: AEROIN / Murilo Basseto, com informações da G2C Events

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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Pioneiros

EUCLIDES PINTO MARTINS
Na tentativa de provar a viabilidade da rota aérea ligando as Américas (norte e sul), o cearense Euclides Pinto Martins (15/4/1892-12/4/1924) e o piloto americano Walter Hilton, iniciaram em 4 de setembro de 1922 saindo da Flórida, o primeiro voo dos EUA para o Brasil, na façanha que seria conhecida como rota Nova York-Rio de Janeiro, pois a primeira tentativa sem êxito havia saído do rio Hudson, no mês de agosto do mesmo ano. Os pioneiros pilotando o hidroavião biplano, de 28 metros de envergadura e dois motores "liberty" de 400 hp, cada. Acompanhados por um jornalista e um cinegrafista, decolaram uma máquina de oito mil quilos, criado na pioneira Fábrica Curtiss. O Sampaio Corrêa II, nome dado ao avião, para homenagear o senador e presidente do aeroclube do Rio de Janeiro, atravessou a América Central e em primeiro de dezembro pousou no rio Canani, no Pará, ao norte da foz do rio Amazonas, dirigindo-se para a Ilha de Maracá, Belém e Bragança aonde por força de um temporal pousou no rio Caeté. Três dias depois decolou de Bragança para São Luís do Maranhão. Em 19 de dezembro amerissou em Camocim, terra natal de Pinto Martins.
O grande aviador foi muito homenageado, mas seguindo viagem para completar a missão decolou em direção a Aracati. Chegando a Fortaleza o Sampaio Corrêa II por dificuldade de amerissagem nas agitadas águas da enseada do Mucuripe, sobrevoou a cidade por alguns minutos e seguiu de volta a Aracati, onde pernoitou e partiu no dia seguinte para Natal. Mal viajando 50 milhas o motor começou a apresentar problemas o que levou ainda em terras potiguares um pouso não planejado na Baía Formosa, perto de Canguaretama, chegando em Recife, sofreu consertos e recebeu um novo motor. No dia oito de fevereiro de 1923, precisamente às 11h32min, o Sampaio Corrêa II foi avistado sobrevoando a Baía de Guanabara. Ao pousar foram recebidos na lancha Independência do Ministério da Marinha. Pinto Martins aos 31 anos entrava para a história dos pioneiros da aviação brasileira. Em 13 de maio de 1952 o Aeroporto de Fortaleza recebia o seu nome, eternizando numa justa homenagem o cearense que levou longe o nome de seu País.

Fonte: Jornal O Povo, Fortaleza,Ceará, em 28/5/2006.

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terça-feira, 13 de maio de 2025

AMAB

É o Vachet
Publicamos novamente a sequência de vídeos com a história da implantação da linha francesa de correio aéreo, a Aéropostale, no Brasil, na década de 1920. Trata-se, portanto, da história da aviação comercial do Brasil e da precursora da Air France, também imortalizada na obra de Antoine de Saint-Exupéry, autor, entre outros livros, de O Pequeno Príncipe (1943).

AMAB
A Associação Memória da Aéropostale no Brasil é uma associação sem fins lucrativos cujo principal objetivo é realizar o inventário dos vestígios materiais e imateriais da antiga companhia de correio aéreo francesa (1918-1933), Latécoère-Aéropostale, nas 11 escalas que foram instaladas na costa brasileira. A AMAB apoia projetos relativos à memória franco-brasileira como exposições, eventos, manifestações culturais sobre o tema dos primórdios da aviação civil.

Visite o canal: AMAB

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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Embraer

Embraer lança programa de estágio com bolsas de até R$ 2.400 para estudantes de todo o Brasil
A Embraer, líder global na indústria aeroespacial, está com inscrições abertas para uma nova edição de seu programa de estágio. São 200 vagas disponíveis para estudantes do ensino superior cursando Tecnologia, Administração ou Engenharia e alunos do ensino técnico. Os aprovados vão receber mensalmente bolsas de até R$ 2.400, além de benefícios. “A Embraer está em uma nova fase de crescimento sustentável para os próximos anos, apoiada nos pilares de inovação e eficiência. Para construir esse futuro da aviação sustentável, buscamos talentos alinhados a essa visão e interessados em fazer parte de um ambiente de intenso aprendizado, colaboração e troca cultural com pessoas de outros países”, diz a vice-presidente de Pessoas, ESG e Comunicação Corporativa da Embraer, Andreza Alberto. Metade das 200 vagas será direcionada a grupos sub-representados: mulheres, pessoas negras/pardas e pessoas com deficiência (PCDs), como forma de estimular a diversidade e a inclusão. Para participar do processo seletivo, os candidatos devem se inscrever pelo link embraer.com/estagio2025 até 25 de maio, para depois passarem por testes e dinâmicas online. Há oportunidades para estudantes de todo o Brasil. Em agosto e setembro, os aprovados começam a trabalhar, com remuneração, benefícios e direito a recesso remunerado no fim do ano, além das férias. Durante a jornada na empresa, esses novos colegas vão desenvolver habilidades técnicas por meio de projetos de estágio relacionados a desafios reais do negócio – que complementam o aprendizado obtido em atividades diárias – e também habilidades comportamentais. A Embraer é reconhecida pela Great Place to Work (GPTW), devido à alta qualidade do seu ambiente de trabalho. A certificação é resultado de uma pesquisa global que avalia a satisfação dos colaboradores – de forma voluntária e anônima – quanto a diferentes aspectos corporativos.

Fonte: Embraer

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domingo, 11 de maio de 2025

Especial de Domingo

Lorena inaugura ciclotrilha passando pelo antigo campo de aviação
Um trajeto definido para corrida a pé ou de bicicleta foi implantado ontem, 10 de maio de 2025, na Floresta Nacional de Lorena (SP), outrora denominado Horto Florestal, expressão que permanece entre os moradores para identificar o lugar. Um ponto significativo da trilha são as ruínas do hangar do aeroclube local, que funcionou entre 1941 e 1961. O aeródromo foi desativado em 1973. Então, a vegetação envolveu as peças de alvenaria e, desde 2013, há um trabalho voluntário para que as estruturas remanescentes permaneçam como registro dos fatos históricos ali ocorridos.
Boa leitura.
Bom domingo!

Instalações do antigo Aeroclube de Lorena estão em trilha para ciclistas e corredores
Uma nova trilha ecológica na Floresta Nacional de Lorena (SP) foi ativada ontem, 10 de maio de 2025. O circuito de 11 quilômetros, dentro da mata do antigo Horto Florestal, contempla como ponto significativo as ruínas do antigo aeródromo da cidade, sede do Aeroclube de Lorena, escola de pilotagem que funcionou entre 1941 e 1961. As estruturas remanescentes fazem referência à história local, que foi uma base de operações da Aviação Constitucionalista, durante a Revolução de 1932; local de manobras militares conjuntas da Aviações Militar e Naval; escala de uma empresa aérea que fazia a rota Rio – Lorena – São Paulo, em 1948; ponto de apoio às visitas dos presidentes Getúlio Vagas e Gaspar Dutra; e, um campo de aviação para aeronaves civis e militares, incluindo pernoites da Esquadrilha da Fumaça, à época em que empregava aviões NA-T6, liderada pelo recordista mundial de voo na aeronave T6, Coronel Aviador Antonio Arthur Braga.

Circuito
O circuito esportivo estabelecido para ciclistas, corredores e caminhantes começa na entrada principal da FLONA e segue com sinalização dentro da vegetação de sub-bosque, coberta, em certos trechos, por árvores de até 20 metros de altura.
Após cerca de três quilômetros de trajeto, o visitante encontra as ruínas do antigo hangar do aeroclube. O sítio tem em destaque o piso do local que abrigava os aviões, os cômodos de suporte às operações, como a antiga sala de embarque e sala de registro de voos. Com placas explicativas que fazem referência aos fatos históricos ali ocorridos, o local ostenta, ainda, monumentos alusivos às visitas dos presidentes Getúlio Vargas e Gaspar Dutra, além de uma estrutura usada para abastecimento de aeronaves.
A trilha de 11 quilômetros pode ser percorrida, entre 40 minutos a hora e meia, por ciclistas, e de duas a quatro horas, por corredores e caminhantes. Em topografia plana, o gradiente máximo de desnível é de 170 metros e o esforço físico é moderado. 
O estabelecimento do trajeto supre a descontinuidade de outra trilha implantada em 2013. Na versão 2025, a criação da atividade surgiu do esforço conjunto de entusiastas de esportes ao ar livre, empresas e funcionários públicos do Ministério do Meio Ambiente e da Prefeitura Municipal, além de apoio do 5º Batalhão de Infantaria. A conjunção de esforços foi vital para abertura e sinalização da trilha. 

Informações históricas
Durante o primeiro uso da trilha, além da iconografia fixa, os passantes puderam ver cartazes temporários que retratavam e explicavam os fatos históricos havidos no antigo campo de aviação. Outras peças relacionavam os associados do Aeroclube de Lorena, os pilotos lorenenses brevetados pelo aeroclube entre 1941 e 1961 e os atuais aviadores, habilitados pela Força Aérea Brasileira, Aviação do Exército e Agência Nacional de Aviação Civil, além de alguns já falecidos. É um tributo, num ambiente que retrata a aviação, aos que sonharam conduzir máquinas voadoras, desde os tempos memoráveis da Campanha Nacional de Aviação, nos anos 1940.

Associados
Foram diretores e associados do Aeroclube de Lorena: Alínio Martins Silva, Almir Franco de Sá, Amâncio Figueiredo, Américo Ferreira da Silva, Antonio Godoy Netto, Antonio Marinho Queiroz, Aphrodíseo de Matos, Arquimedes Rizoli, Benedito Orestes Nascimento, Braz Pereira de Olivas, Coriolano Ferraz Santiago, Eduardo Miguel, Enzo Júlio Trípoli, Epitácio Santiago, Epitácio Ferraz Santiago, Etel Nogueira de Sá, Fausto Marcondes de Almeida, Firmino Borges Escada, Flávio Barreto, Heitor Mayer, Herbert dos Santos Vaz, Jairo de Araújo Martins, José Carlos Carvalho, José de Souza Ribeiro, José Geraldo Souza Palma, José Giordani Filho, José Gonçalves Leite, José Hermes Figueiredo, José Magalhães, José Pazzini, Gama Rodrigues, Lindorf Rodrigues Ferraz, Luiz Sampaio Martins do Rio, Milton Andrade Lemos, Neil Eugênio Canettieri, Nelson da Silva Rosa, Nobel Barros de Castro, Olavo Alves Marcondes, Olavo Arantes Ferreira, Osvaldo Pinto de Oliveira, Otávio Caldas de Oliveira, Paulo Caldas de Oliveira, Raul Penha Nunes, René Paul Henry, Rozendo Pereira Leite, Rui Brasil Pereira, Salim Félix, Sebastião Plínio Sampaio, Sinésio de Castro, Uriel de Jesus, Wander de Andrade.

Pilotos
Pilotos brevetados pelo ACL – Aeroclube de Lorena (1941 a 1961): Aphrodíseo de Matos –1943, Arquimedes Rizoli, Botelho Monteiro Torres, Carlos Alberto Barbedo de Amaral – 1943, Carlos Aquino, Danilo Paulo Ferraz, Eduardo Sotero Cantão dos Santos, Epitácio Ferraz Santiago (Gaúcho) - ACL/Aeroclube de Guaratinguetá, Etel Nogueira de Sá –1943, Glicério Prado, Heitor Mayer, Herbert dos Santos Vaz – instrutor ACL, Hilídio Moura, João Citti, João Gonçalves, José Giordani Filho – 1943, José Joaquim Chinelato, José Ribeiro, Joventino Silva, Lúcio Vieira Vilela, Luiz Barbosa, Luiz Galvão, Manoel Almeida, Milton Geraldo Prudente de Aquino –1943, Milton Lemos, Moacir da Silva Azevedo –1943, Nelson Franco, Olavo Orioste, Sebastião Plínio Sampaio –1943,Vivaldo Eustáchio Leite, Walter Martins.

Mais pilotos
Outros pilotos lorenenses, brevetados por outras entidades: Antonio Luiz Godoy SOARES Mioni Rodrigues (Brigadeiro) Força Aérea Brasileira, Antonio Marcos Godoy Soares MIONI Rodrigues (Brigadeiro) Força Aérea Brasileira, Cesar Rodrigues da Costa – DAC, Daniel Chaim – DAC - Aeroclube de Taubaté, Elder Costa Batagini – ANAC, Fernando Biavati – DAC, Hermany Morais – ANAC, José Ignácio da Silva Filho – ANAC, Leonardo César Rodrigues de Souza (Capitão EB) - ANAC, PEDRO MAURÍCIO Araújo de Oliveira (Coronel) Aviação do Exército, Ricardo de AMORIM Araujo Pereira (Coronel) Aviação do Exército, Samuel Rana BATAGINI (Tenente) Força Aérea Brasileira.

Edição: NINJA / Voluntário: Celso de Almeida Jr.

Fonte: Livro A Aviação em Lorena: traços históricos.

Saiba mais: (Clique aqui

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sábado, 10 de maio de 2025

sexta-feira, 9 de maio de 2025

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 2 a 8 de maio
O FAB em Destaque desta sexta-feira (09/05) destaca o Exercício Operacional de Evacuação Aeromédica com foco em Defesa Biológica, Nuclear, Química e Radiológica (EXOP EVAM DBNQR), que iniciou no dia 06/05 na Base Aérea de Manaus (BAMN), e a homenagem à FAB no Senado Federal em alusão ao Dia da Aviação de Caça. Além disso, já está no ar, com novo visual, a edição do Jornal Notaer, que destaca o Dia da Aviação de Caça, relembra os atos de heroísmo na Segunda Guerra Mundial e acompanha a participação da FAB na LAAD Defence & Security 2025, um dos maiores eventos de defesa da América Latina.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Dia da Vitória

FAB comemora 80 anos do Dia da Vitória em Brasília

O dia 8 de maio entrou para o nosso calendário como símbolo de coragem, sacrifício e devoção de homens e mulheres das nações aliadas, que combateram a opressão, a tirania e o totalitarismo

O dia 8 de maio marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, um momento que simboliza a vitória dos Aliados e a luta corajosa de milhões de pessoas em defesa da liberdade. Em 2025, o Brasil celebra os 80 anos desse marco histórico, relembrando o papel essencial de seus combatentes, que deixaram suas casas e famílias para defender a democracia. O dia 8 de maio entrou para o nosso calendário como símbolo de coragem, sacrifício e devoção de homens e mulheres das nações aliadas, que combateram a opressão, a tirania e o totalitarismo. Foi em 8 de maio de 1945 que os combates na Europa chegaram ao fim. Os brasileiros tiveram participação ativa nesse esforço global, com as Forças Armadas atuando em diferentes frentes, nos mares do Atlântico, nos campos da Itália e nos céus da Europa. O Brasil foi a única nação da América do Sul a enviar tropas de combate ao continente europeu. Cerca de 25 mil militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB) enfrentaram duras batalhas ao lado das tropas aliadas. Já a Força Aérea Brasileira (FAB), com o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), participou de mais de 400 missões aéreas de combate na Itália, entre outubro de 1944 e maio de 1945.
Além dos combates, o esforço de guerra brasileiro contou com o trabalho dos profissionais de saúde das Forças Armadas. Com destaque para o grupo formado por 67 enfermeiras militares, as primeiras mulheres a atuarem diretamente em apoio às operações de combate no Brasil. Com coragem, sensibilidade e bravura, essas pioneiras acolhiam os feridos, prestavam cuidados médicos e ajudaram a salvar vidas. Para marcar os 80 anos do Dia da Vitória, a Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica (ASPAER) preparou uma programação especial em Brasília (DF). Uma exposição que reúne objetos históricos, documentos, fotografias e relatos sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi montada no anexo do prédio do Comando da Aeronáutica (COMAER).
Para o Chefe da Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais (ASPAER), Major-Brigadeiro do Ar Reginaldo Pontirolli, a ocasião é mais do que uma homenagem: trata-se de um momento de conscientização sobre o papel desempenhado pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial. "É uma data importante para todo o país, não só para nós militares. Foi o esforço do Brasil que contribuiu para que chegássemos ao 8 de maio de 1945. A Força Aérea se une aos seus militares para relembrar os feitos heroicos dos brasileiros que partiram daqui rumo aos céus da Itália, como os pilotos do Senta Púa e os soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que atuaram no solo europeu", concluiu.
O Chefe da ASPAER reforça que a memória desses combatentes é um símbolo da luta pela paz e pela justiça social, em um contexto mundial marcado por conflitos e incertezas. "Aquele Dia da Vitória nos lembra que o Brasil esteve presente, que contribuiu para libertar o mundo das densas nuvens que cobriam a humanidade. É nosso dever honrar esse legado", finaliza. O legado dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial segue vivo e nossos heróis jamais serão esquecidos!

Fotos: Tenente-Coronel Honorato / ASPAER

Fonte: FAB

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quarta-feira, 7 de maio de 2025

LEGO

LEGO lança conjunto do Boeing 747 que transporta o ônibus espacial da NASA
A LEGO revelou em 6/5/2025 o lançamento do LEGO Icons Shuttle Carrier Aircraft, um novo conjunto que homenageia um dos marcos mais emblemáticos da história aeroespacial: o Boeing 747 modificado da NASA, responsável por transportar o ônibus espacial Enterprise. O lançamento é voltado a entusiastas da aviação, da ciência e do espaço. Com 2.417 peças, o set recria com riqueza de detalhes a histórica dupla formada pelo jumbo e a nave espacial que protagonizaram testes orbitais. O Boeing 747-100 conta com trem de pouso funcional (que recolhe e fica escondido) com 18 rodas, fuselagem detalhada e estrutura de acoplamento para carregar o ônibus espacial nas costas. Já a Enterprise possui motores removíveis, trem de pouso retrátil e cone de cauda destacável. O conjunto mede 63 cm de comprimento, 53,5 cm de largura e 27 cm de altura, e inclui uma base de exposição com placas informativas, tornando-se uma peça de destaque tanto para colecionadores quanto para apaixonados pela história da exploração espacial. O LEGO Icons Shuttle Carrier Aircraft estará disponível para membros do programa LEGO Insiders a partir de 15 de maio de 2025. Para o público geral, as vendas começam em 18 de maio no site oficial (LEGO.com) e nas lojas físicas da marca. O preço sugerido no mercado americano é de US$ 229,99, mas o valor no Brasil ainda não foi divulgado. Considerando que o conjunto do Concorde foi lançado por US$199 e chegou no Brasil por R$1.999, pode se esperar um valor próximo deste. O produto leva o número de referência 10360 e faz parte da linha LEGO Icons, voltada a modelos avançados e altamente colecionáveis.

Fonte: AEROIN, Carlos Martins / Assessoria de Imprensa da LEGO

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terça-feira, 6 de maio de 2025

Embraer

Embraer destaca as capacidades multimissão do KC-390 Millennium durante a SOF Week nos EUA
A conferência anual Special Operations Forces Week (SOF Week), que acontece de 05 a 07 de maio, em Tampa, Flórida, é a terceira parada da turnê de demonstração do KC-390 Millennium nos Estados Unidos. A Embraer Defesa & Segurança está expondo pela primeira vez no evento, com o objetivo de promover as capacidades multimissão da aeronave de transporte aéreo e reabastecimento em voo para operações de forças especiais. A SOF Week é o principal encontro global de operadores, representantes da indústria e parceiros estratégicos que atuam com forças especiais. Durante o evento de três dias, um KC-390 Millennium operado pela Força Aérea Brasileira estará em exposição na Sheltair Aviation, localizada no Aeroporto Internacional de Tampa. Participantes do evento podem se cadastrar no estande da Embraer (# 1701), que irá oferecer transporte de ida e volta para visitar a aeronave. “O KC-390 oferece uma proposta de valor imbatível que combina rápida capacidade de reconfiguração de missão com tecnologia avançada, assim como maior velocidade e tempo de resposta mais rápido, o que se traduz em maior eficiência operacional e baixos custos de ciclo de vida”, diz Jake Williams, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Vendas da Embraer Defesa & Segurança (EDS) na América do Norte. “O KC-390 é a melhor aeronave em sua categoria, perfeita para missões de Operações Especiais, pois é capaz de realizar as missões mais exigentes nos cenários mais desafiadores, incluindo reabastecimento aéreo e emprego ágil em combate (ACE).” O KC-390 da Embraer também está equipado com um conjunto moderno e abrangente de sensores e equipamentos de comunicação que permitem alto grau de conectividade entre aeronaves, comandos operacionais e tropas no solo. Além disso, o robusto sistema integrado de guerra eletrônica e autoproteção do KC-390 aumenta a capacidade de sobrevivência. O KC-390 Millennium é uma aeronave de transporte aéreo médio e reabastecedor projetada e construída no século 21 – um jato multimissão que oferece maior desempenho, com 99% de disponibilidade para realizar as missões e baixos custos operacionais. Isso significa que a sua capacidade multimissão e de interoperabilidade estão integradas desde a fase de projeto, permitindo assim que a aeronave esteja pronta para cumprir todos os perfis de missão exigidos pelas forças aéreas. Com alcance e velocidade de um turbofan, a aeronave opera como um ativo estratégico, reduzindo o tempo de viagem em rota assim como o tempo de resposta. Ao mesmo tempo, o KC-390 atua como um avião de transporte tático, com grande capacidade de carga, lidando com uma gama diversificada de cargas úteis e realizando uma ampla variedade de missões, desde lançamento aéreo de precisão até ajuda humanitária e evacuação médica. A aeronave pode realizar lançamentos aéreos de tropas em altitudes de até 36.000 pés. Tudo isso combinado com a capacidade de pousar em pistas não preparadas, características aprimoradas de manuseio em baixa velocidade e a capacidade de reconfiguração rápida da missões entre lançamento aéreo, combate a incêndios e reabastecimento aéreo (tanto para jatos velozes como para asa rotativa), tornam o KC-390 uma plataforma multimissão verdadeiramente versátil, ideal para forças especiais em todo o mundo. O KC-390 Millennium da Embraer está rapidamente se tornando a aeronave preferida entre os membros da OTAN e aliados na Europa, contribuindo para a modernização de suas forças armadas, ao mesmo tempo em que adiciona novas capacidades e aprimora a interoperabilidade com as forças aliadas. A aeronave já está em operação no Brasil, em Portugal e na Hungria, foi encomendada pela Holanda, Áustria e República Tcheca, e foi recentemente selecionada pela Suécia e Eslováquia para suas necessidades de defesa nacional. A Coreia do Sul completa a crescente lista de nações que optaram pelo KC-390. O KC-390 Millennium está atualmente em produção e já está operando há alguns anos na Capacidade Operacional Final. É uma plataforma pronta para uso que está disponível hoje e preparada para apoiar os mercados globais e os EUA a lidarem com as ameaças emergentes.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Pioneiros

OTTO LILIENTHAL
Karl Wilhelm Otto Lilienthal - (Anklam, Pomerânia, 23 de maio de 1848 - Berlim, 10 de agosto de 1896), conhecido como o "Pai do voo planado", foi um pioneiro da história da aviação. Ele é conhecido como o primeiro homem a manejar repetidas vezes um aparelho mais pesado que o ar na atmosfera. Otto Lilienthal era apaixonado desde a infância pela aviação: por volta de 1860, ele ensaiava de noite, com o seu irmão, grandes planadores rudimentares, depois máquinas de asas batentes. Tornando-se um engenheiro, ele publicou em 1889 uma importante obra sobre o voo dos pássaros, considerada base da aviação. Dois anos mais tarde, construía seu primeiro planador.
Foi, também, um dos primeiros a demonstrar a importância da curvatura da asa. Lilienthal realizou cerca de dois mil voos planados entre 1891 e 1896, atingindo em alguns cerca de 350 metros de distância. Várias vezes conseguiu subir mais alto que o seu ponto de partida e efetuar viragens. Seus ensaios tiveram lugar em Bremen, Steglitz, Lichterfelde, e depois em Rhinow. Tentou, ainda, criar uma máquina mais pesada do que o ar, usando um motor de ácido carbônico. Em 9 de agosto de 1896, durante um voo, ele estolou, caindo de uma altura de 17 metros, e quebrando sua espinha dorsal, morrendo no dia seguinte. Suas últimas palavras foram: “Opfer müssen gebracht werden. (Sacrifícios precisam ser feitos).” Lilienthal foi o primeiro homem fotografado em voo, influenciando todos os pesquisadores do seu tempo, inspirando confiança no futuro da aviação.

Fonte: Wikipédia

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domingo, 4 de maio de 2025

Especial de Domingo

Voltamos a publicar conteúdo sobre Augusto Severo e seus dirigíveis.
Boa leitura.
Bom domingo!

Os Dirigíveis de Augusto Severo


Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, ou simplesmente Augusto Severo, como ficou conhecido, nasceu a 11 de janeiro de 1864, em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, filho de uma conhecida família potiguar. De seus 12 irmãos, dois chegaram à chefia do governo estadual em 1892. Em 1893, ocupou a vaga deixada no Congresso Nacional por um de seus irmãos que assumia o Governo do Rio Grande do Norte. A partir daí, foi reeleito por sucessivas legislaturas, até sua morte precoce, em 1902, aos 38 anos.

Severo foi durante três anos aluno da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deixando de completar o curso em função de problemas familiares que o levaram de volta ao seu estado natal. Seu interesse pela aeronáutica e pela mecânica era antigo. Realizou experiências com um balão cativo em Recife e, durante o movimento republicano, projetou seu primeiro dirigível, denominado Potiguarania, que nunca chegou a ser construído.

Em fins do século XIX, diversos inventores procuravam aumentar a estabilidade e dirigibilidade dos balões. O desenvolvimento das aeronaves mais leves do que o ar estava limitado pelo problema fundamental dos propulsores. Giffard havia realizado, em 1852, um voo bem sucedido com um dirigível impulsionado por um motor a vapor. A experiência, no entanto, não teve continuidade, pois era evidente que o motor a vapor apresentava um peso excessivo para aplicação aeronáutica. Além disso, o hidrogênio, um gás inflamável, era então empregado como elemento ascensional, o que tornava impraticável a aplicação do motor a vapor em dirigíveis.

Em 1886, dois militares franceses, os capitães Charles Renard e Arthur Krebs, construíram e voaram em um dirigível movido por um motor elétrico. A aeronave denominada La France, fora inteiramente financiada pelo Ministério da Guerra francês. O motor elétrico, no entanto, apresentava o mesmo problema verificado com o motor a vapor para aplicação aeronáutica: peso excessivo em relação ao empuxo possível com a tecnologia disponível na época.

Santos-Dumont retomou as experiências com dirigíveis valendo-se de motores a explosão e, a partir daí, diversos outros inventores seguiram sua trilha, estudando os problemas da dirigibilidade e estabilidade das aeronaves, ainda por resolver nos primeiros anos do século XX. Augusto Severo partilhou desse esforço, oferecendo uma contribuição à resolução do problema da estabilidade dos dirigíveis.

No ano seguinte, a jovem República brasileira irá enfrentar seu primeiro teste de força. À sangrenta Revolução Federalista do Rio Grande do Sul segue-se a Revolta da Armada que teve início em setembro de 1893, liderada por altos oficiais da Marinha de Guerra. Os revoltosos dominaram a maior parte da esquadra e conquistaram o controle da Baía da Guanabara, totalizando 16 navios de guerra e 18 embarcações mercantes. Com essas forças, bombardearam a Capital, exigindo a renúncia de Floriano Peixoto. O momento era de extrema tensão. A República estava ameaçada por um movimento de fundo monárquico. Sob o pretexto de garantir as vidas e o patrimônio das empresas estrangeiras que operavam no Brasil, alguns embaixadores ameaçavam com a invasão do território nacional por tropas de seus países.Momentaneamente sem esquadra para atacar os navios sublevados, Floriano Peixoto acolheu com simpatia a proposta do deputado Augusto Severo, de construir um dirigível "prevendo a possibilidade do emprego do balão na luta contra os revoltosos". Empregar balões em operações militares não era uma ideia estranha às Forças Armadas do Brasil. Durante a Guerra do Paraguai, balões cativos haviam sido utilizados para observação de posições inimigas, e, além disso, era conhecido o interesse das forças armadas de outros países pela aplicação de balões como arma de guerra.

Até 1893, no entanto, apenas balões cativos e balões livres haviam sido usados, os primeiros para observação de movimento de cercos por mensageiros. O dirigível, com suas possibilidades ofensivas, ainda não começara a ser empregado. Dessa forma, Augusto Severo viajou a Paris em 1893 para mandar construir e acompanhar a fabricação do dirigível Bartholomeu de Gusmão, pela conhecida casa Lachambre & Machuron, responsável pela construção de vários dos balões de Santos Dumont

O Bartholomeu de Gusmão tinha 60 metros de comprimento e a barca media 52 metros, o que pressupunha uma carga útil significativa.


A estrutura era de bambu. Severo teria pretendido fazê-la de alumínio, mas o material não era disponível no Ministério da Guerra e Severo não dispunha de recursos para adquiri-lo.

O conde Zepelin concebeu seus aparelhos como um todo rígido, anulando a separação entre a barca e o envelope contendo o gás, e construindo o invólucro de uma malha de liga de metal leve, que também apresentava rigidez. Até Zepelin, todos os projetos de dirigíveis, inclusive os de Severo, haviam usado tecido para cobrir o invólucro com o gás. A concepção da estrutura rígida, devida a Severo, antecedeu em 14 anos ao primeiro voo de Zepelin sobre o Lago Constança.

No dia 14 de fevereiro de 1894, o dirigível realizava sua primeira ascensão. Contudo, durante os testes de estabilidade, partiu-se a barca, danificando a estrutura do aparelho.  (Nota do Editor: saiba mais sobre divergência desta data clicando aqui). Ao mesmo tempo, a guerra civil seguia seu curso. Floriano Peixoto comprava, na Europa, uma nova esquadra, composta de belonaves usadas, de maneira a poder travar combate o mais rapidamente possível. Em março de 1894, a esquadra estava pronta para o confronto e prestes a irromper na Baía de Guanabara. Os revoltosos resolveram, então, evitar travar uma batalha decisiva e tomaram o rumo do alto mar. O perigo iminente estava afastado e tinha início o declínio da revolta. Findo o movimento, o governo se desinteressou pelas experiências de Severo. A aeronave não recebeu os reparos necessários, sendo abandonada.

Este relativo insucesso, não afastou Severo das experiências aeronáuticas. Mas, a partir de então, contou apenas com seus recursos particulares para dar sequência a seus trabalhos. Em 1902, oito anos depois da ascensão do Bartholomeu de Gusmão, Severo estava novamente em Paris para acompanhar a construção e realizar um voo com seu novo dirigível, denominado Pax.

O aparelho tinha 30 metros de comprimento, valia-se de 2.000 metros cúbicos de hidrogênio para elevar-se, além de dois motores de 16 e 24 cavalos para propulsão horizontal. Realizados os ensaios com o aparelho preso ao solo, no parque aerostático de Vauginard, em Paris, Severo, acompanhado de um mecânico, elevou-se aos ares na aurora de 12 de maio. Muitas pessoas acompanhavam a experiência. A imprensa européia noticiara o evento.

O segundo e derradeiro projeto de Severo, o balão Pax, voou em Paris em 1902, quatro anos antes do histórico voo do inventor alemão. Para alguns, Severo apresentara uma ideia nova, e seu aparelho seria o “primeiro sistema aeronáutico rígido que se mostrava”. O fato é que o inventor brasileiro concebeu um aparelho que oferecia respostas tecnicamente consistentes para a questão da estabilidade e dirigibilidade dos balões.

Segundo Domingos de Barros, Severo teria se inspirado nos peixes para imaginar sua aeronave. "Guiando-se, inteligentemente pelo exemplo da Natureza, considerou o aerostato como o equivalente do habitante imerso e livre no seio das águas, isto é, como desempenhando o papel, a função de uma espécie de peixe do ar. E guardadas as proporções, projetou e construiu o seu enorme habitante do ar, tomando por modelo o habitante do mar - o peixe. Assim como as partes sólidas do peixes estão apoiadas e presas a uma espinha central, rígida, servindo de centro firme de resistência, o arquiteto brasileiro de aeronave resolveu consolidar o conjunto aerostático por uma só viga sólida central, para que ela pudesse prender-se, firmemente, em um conjunto robusto e unificado todas as partes diversas do enorme navio do ar".

O PAX

O aparelho representava uma nova concepção de dirigível. Até então, os aparelhos eram compostos de duas partes distintas, unidas por cordas ou fios de arame: o invólucro contendo o gás e a barca contendo o motor, local em que viajava o aeronauta. A separação entre os dois corpos causava um movimento oscilatório durante o voo e provocava considerável perda de velocidade, energia e capacidade de manobra, além de representar um fator permanente de acidentes. Santos-Dumont, por mais de uma vez, sofreu a perda de controle de seu aparelho em função da flacidez do envelope contendo o gás.

Severo concebeu seu aparelho como um todo rígido, fazendo coincidir o eixo de resistência ao avanço com o eixo de propulsão, instalando a hélice propulsora na extremidade posterior do eixo longitudinal que atravessava o envelope contendo o gás, fazendo com que a barca e o invólucro constituíssem um mesmo corpo. A barca e o eixo longitudinal do envelope contendo o gás formavam um trapézio, cuja base inferior era constituída pela primeira e a base superior pelo segundo. Dessa maneira, a oscilação era reduzida, diminuindo as perdas de velocidade, capacidade de manobra e superando uma das causas de frequentes acidentes.


O Pax aprofundava a concepção da aeronave semi-rígida já presente no Bartholomeu de Gusmão. Era uma aeronave menor, melhor concebida e realizava manobras a 400 metros de altura com perfeição. Durante cerca de 10 minutos, o Pax realizou evoluções em todas as direções, suave e silenciosamente.


Mas, subitamente, uma explosão rompeu a placidez da manhã, e o dirigível foi consumido rapidamente por chamas, precipitando-se sobre uma avenida em Paris e causando a morte imediata de Severo e do mecânico Sachê, que o acompanhava.



As razões do acidente provocaram controvérsia. É certo que a barca projetada originalmente de alumínio fora construída de bambu, material menos resistente e mais pesado do que o metal. Em função desse fato, Severo teve necessidade de aumentar a quantidade de hidrogênio, inicialmente prevista para 1900 metros cúbicos, elevando esse número para 2500 metros cúbicos. Para tanto suprimiu os balonetes previstos no projeto e cuja função era exatamente a de evitar contrações e expansões repentinas do hidrogênio que poderiam causar a perda de controle ou explosão da aeronave. Severo largara às cinco horas e 15 minutos da manhã de 12 de maio. O balão havia recebido o hidrogênio no hangar. Durante o voo, o sol nascera, aquecendo o ar e causando expansão do hidrogênio contido no envelope. Uma das válvulas de segurança estava situada próxima ao motor. O hidrogênio comprimido teria se projetado sobre o motor aquecido e causado a explosão.

Segundo o jornalista Georges Caye, testemunha do acidente, Severo havia imaginado utilizar motores elétricos e pilhas muito potentes, mas não podendo demorar-se em Paris (seu mandato de Deputado chamava-o de volta ao país), aconselharam-no a substituir os motores elétricos, cuja construção seria lenta e onerosa, por motores a explosão Buchet. O inventor tinha receio de empregar o motor a petróleo: "Se eu dispusesse ainda de dinheiro e de tempo não hesitaria um só instante em mandar construir meus motores elétricos (...) considero com pavor esse foco de calor em baixo de meu balão".

O acidente com Severo talvez pudesse ter sido evitado mediante a fabricação da barca de alumínio e a manutenção dos balonetes, ou, ainda, através do emprego do motor elétrico no lugar do motor a explosão. Na verdade, a escassez de recursos disponíveis pelo inventor contribuiu significativamente para o acidente. Em carta enviada de Paris a seu cunhado, Pedro Velho, ele afirma que os arranjos finais para o voo do Pax demandavam cinco mil francos e que não sabia como obtê-los, lamentando que até pequenas jóias de família tivessem sido consumidas por seu projeto.

Desde fins do século XIX, toda trajetória dos dirigíveis está marcada por inúmeros acidentes relacionados ao emprego do hidrogênio, um gás inflamável. Depois do conhecido acidente com o dirigível Hindenburgo, esses aparelhos foram abandonados. Apenas a partir da produção econômica de hélio, um gás incombustível, é que os dirigíveis voltaram a ser utilizados.

Em 4 de agosto de 1908, o Zepelin IV, um imenso dirigível de 140 metros de comprimento e 12000 metros cúbicos de hidrogênio, deixou o Lago Constança para uma viagem de onze horas sobre o rio Reno. Sofreu uma primeira avaria e foi reparado. Sofreu uma segunda e incendiou-se consumindo 650 mil francos empregados em sua construção. Uma subscrição popular levantou cerca de seis milhões de marcos na Alemanha para que o inventor pudesse dar sequência a suas experiências aerostáticas, o que aconteceu.

Além de sua concepção de aeronaves semi-rígidas, Severo acreditava que os dirigíveis deveriam voar em grandes altitudes, valendo-se da menor resistência ao avanço e da ausência de turbulência. Severo qualificava os dirigíveis como "navios de alto ar", vislumbrando com clareza uma tendência do desenvolvimento ulterior da aviação. Para Severo, nas baixas camadas do "oceano aéreo", os aparelhos encontrariam um ambiente hostil, maior resistência ao avanço e riscos constantes à navegação, ao passo que, nas altas camadas atmosféricas, as aeronaves fluiriam calma e suavemente para seus destinos.

Outra ideia do inventor era de que as aeronaves constituir-se-iam em terríveis armas de guerra, a tal ponto que inibiriam as conflagrações entre as nações. O dirigível poderia chegar sobre o inimigo "guardado por uma nuvem que lhe serviria de manto, sem ser pressentido, e derramar, com o incêndio, a miséria sobre um país inteiro, e diante de tal expectativa, a sabedoria humana, a garantia de vida, o instinto de conservação do indivíduo e das nações só têm um remédio, uma saída: o acordo fraternal".

Para o inventor brasileiro, o estado poderia financiar pesquisas. Debatendo no Congresso Nacional uma moção de congratulações a Santos Dumont, que havia ganho o prêmio Deutsch em Paris, Severo afirma que o êxito de Dumont "anima e justifica a intervenção do Estado, auxiliando-o. Que construa um balão maior e que o experimente". Nesse sentido, propôs, e obteve do Congresso uma verba de cem contos de réis para fomentar os trabalhos de Dumont.

Fonte: Vencendo o Azul: A história da indústria e tecnologia aeronáuticas

Autor: João Alexandre Viégas

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