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Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Embraer

Eve assina carta de intenção de compra com Helicopters Inc. para até 50 eVTOLs, Vector e TechCare
A Eve Air Mobility ("Eve") assinou uma Carta de Intenção de Compra (LOI) com a Helicopters Inc., operadora líder de helicópteros nos Estados Unidos, para até 50 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). O pedido, que inclui serviços de pós-venda do portfólio Eve TechCare e o Vector, software da Eve para gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Urban ATM), foi anunciado durante a conferência Revolution.Aero Advanced Air Mobility (AAM), evento em que a Eve participou das discussões sobre como apoiar e expandir o futuro da mobilidade aérea. "Apreciamos a confiança da Helicopters Inc. na compra de até 50 de nossos eVTOLs", afirma Megha Bhatia, Chief Commercial Officer da Eve. "A Helicopters Inc. é líder reconhecida, com operações seguras em mais de 30 áreas metropolitanas dos EUA, e estamos entusiasmados em tê-la como cliente. Trabalharemos em conjunto para integrar nossas aeronaves totalmente elétricas à sua extensa operação no país." A parceria entre Eve e Helicopters Inc. teve início em 2022, na simulação da jornada do passageiro e da aeronave para a mobilidade aérea urbana que a Eve liderou em Chicago, nos Estados Unidos. Em colaboração com a Blade Inc., as empresas simularam operações com eVTOLs, utilizando um helicóptero da Helicopters Inc. para transportar passageiros do Vertiporto de Chicago a dois helipontos na região metropolitana: o Heliponto Municipal de Schaumburg e o Heliponto de Tinley Park. "A maturidade e a confiabilidade da Eve, aliadas à sólida reputação da Embraer, uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais do mundo, foram decisivas para a nossa escolha", destaca Tom Wagner, presidente da Helicopters Inc. "Os eVTOLs oferecem vantagens como custos operacionais competitivos, menor número de peças e sistemas otimizados, além da redução da poluição sonora e dos impactos ambientais." A Eve e a Helicopters Inc. continuarão colaborando na definição das cidades de lançamento, nos requisitos de manutenção das aeronaves e, com o apoio de parceiros, no planejamento da infraestrutura necessária para operações seguras e eficientes. Entre as aplicações em vista, estão o transporte aeroportuário e as conexões ponto a ponto nos EUA. Como parte do acordo, a Helicopters Inc. terá acesso ao Eve TechCare, um portfólio completo de soluções para otimizar as operações de eVTOLs, com serviços abrangentes, suporte técnico especializado e recursos operacionais de ponta. O acordo também inclui o Vector, o software de Urban ATM adaptável às necessidades atuais e futuras da AAM. O eVTOL da Eve utiliza uma configuração de decolagem e cruzeiro (Lift + Cruise) com rotores dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem nenhuma alteração na posição desses componentes durante o voo. A aeronave possui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos para garantir os mais altos níveis de desempenho e segurança. No ano passado, a Eve revelou que sua primeira fábrica de eVTOL será estabelecida na cidade de Taubaté, em São Paulo. A empresa possui LOIs para quase 3.000 eVTOLs com clientes em múltiplos continentes.

Sobre a Eve Air Mobility
A Eve se dedica a acelerar o ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM). Beneficiando-se de uma mentalidade de startup, apoiada por mais de 50 anos de experiência aeroespacial da Embraer S.A. e com um foco singular, a Eve está adotando uma abordagem holística para o progresso do ecossistema de UAM, com um projeto avançado de eVTOL, uma rede global abrangente de serviços e suporte e uma solução exclusiva de gerenciamento de tráfego aéreo. 

Sobre a Helicopters Inc.
Desde sua fundação em 1981, a Helicopters Inc. é líder no fornecimento de soluções completas de aviação para organizações parceiras e clientes, com foco no avanço de tecnologias aéreas, segurança operacional, videografia aérea e mobilidade aérea urbana. Presente em mais de 30 das principais cidades americanas e representada por mais de 200 funcionários, a Helicopters Inc. voa rotineiramente mais de 30.000 horas por ano, transportando com segurança dezenas de milhares de passageiros anualmente nas maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos. Em parceria com a EVE Holdings, a Helicopters Inc. se entusiasma em alavancar seus mais de 40 anos de experiência em transporte aéreo vertical para avançar na mobilidade aérea urbana, fomentando um ecossistema de transporte aéreo que representará uma opção segura, econômica e ambientalmente viável para milhões de pessoas em todo o mundo.

Fonte: Embraer

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domingo, 8 de dezembro de 2024

Especial de Domingo

Da revista Ventura selecionamos e voltamos a publicar o excelente texto sobre Jean Mermoz que - em maio de 1930, com um hidroavião Laté 28 - partiu de Saint Louis no Senegal, com destino a América do Sul. Pousou em Natal e viabilizou, assim, o primeiro correio aéreo transatlântico.
Boa leitura.
Bom domingo!

Jornal francês noticiando a chegada do aviador Mermoz ao Rio Grande do Norte

A épica travessia do piloto francês, Jean Mermoz

François Perrier
Revista Ventura

A épica travessia do piloto francês Jean Mermoz sobre o Atlântico, estabelecendo a primeira linha aérea postal regular entre a Europa e a América do Sul, é um valioso documento de coragem e determinação. Permanentemente lembrada, a imagem de Jean Mermoz, com um capacete de couro, pilotando um velho biplano Breguet, sobre as áreas do Saara, suscita ainda muitos sonhos e aventuras. É verdade que o piloto conheceu, ao redor dos anos 20, uma vida excitante e perigosa nos Correios Aéreos, atravessando, com todas as condições de tempo, sobre o deserto e a montanha, bordejando um oceano ainda inviolado. Mas, até por que ele viveu e exerceu o seu trabalho numa época-chave da História, Jean Mermoz também foi, ao fim de sua breve e prodigiosa carreira, o comandante de multi motores transoceânicos e inspetor geral da jovem companhia Air France. E uma pequena dezena de anos somente, separa essas duas realidades.

O PILOTO MILITAR
Brevetado no começo do ano de 1921, então com apenas 19 anos de idade, Jean Mermoz faz parte dos pilotos que a grande guerra não deu tempo de formar. Foi no entanto na aviação militar sobre os campos de Istres que ele efetuou suas primeiras tomadas de pista. Um acaso? Não. Curiosamente, o adolescente Mermoz jamais havia manifestado paixão pela aviação, assim como não demonstrava nenhuma vocação para a vida de caserna. Sonhava mesmo por algum tempo em tornar-se jornalista. Filho único de pais separados, abandonou aquela ideia, decidindo a submeter-se aos desejos de sua mãe, Madame Gabrielle Mermoz. Por ela, seria engenheiro. Seu fracasso ao tentar os estudos superiores e, mais precisamente, ao ser reprovado num exame oral de matemática, colocou um fim naquele sonho. Aos 18 anos, o jovem hesitava. A conselho de um amigo encaminhou-se para a aviação. Certamente, por que esta escolha prometia belas aventuras, assim como o salário dos aviadores se situava em um nível mais vantajoso do que os salários de outras carreiras militares. Jean Mermoz pensava no futuro próprio e de “Mangaby”, o apelido de sua mãe Gabrielle, a quem ele permaneceria felizmente ligado até o fim de sua vida. Alistado na aviação militar por quatro anos, Mermoz encontrou o seu caminho. “A febre do ar e da aviação me possuem”, escrevia ele à sua mãe, ao começar a sua formação de m piloto. Em abril de 1921, compareceu a seu primeiro posto, na Base de Metz-Frescaty. Rapidamente apresentou-se como voluntário para ir para o Oriente Médio, especialmente para a Síria, onde a guerra dos Druzos mobilizava tropas francesas encarregadas de manter a ordem na região. Os primeiros momentos de aventura o esperavam em Saida e logo depois em Palmyre, onde Mermoz assumiu suas funções de piloto, em dezembro de 21. O homem que 14 meses mais tarde retornaria à França não seria mais o mesmo. Não foram as medalhas e uma citação honrosa que o haviam transformado, e sim um novo amor, voar, que passara a fazer parte integrante de seu corpo, trazendo do deserto oriental seu primeiro resultado de fortes experiências.

O PILOTO DE CORREIO
“É uma alegria verdadeiramente sadia, fazer o bem. É a única coisa que não se deve desprezar. É uma felicidade fácil de obter”, escreve ele naquela época. O que havia ocorrido? Apenas recuperado de uma marcha de quatro dias e quatro noites contra a morte no deserto, quando, ao retornar de uma missão, foi obrigado a pousar seu avião no último minuto com o motor em chamas, a 60 km de Palmyre, Mermoz se viu designado para nova missão, pilotando um avião-ambulância novo em folha. Ei-lo pois, enfermeiro dos ares! O sentimento experimentado neste período iria marcá-lo profundamente. Depois de dois estádio na metrópole, Jean Mermoz deixou o exército sob permissão, no mês de março de 1924. Contava, na época, com 600 horas de voo, e sem nenhuma dúvida esperava que as cartas que havia escrito para as sociedades de aviação oferecendo-se como piloto lhes renderiam frutos. Uma nova experiência o esperava, e esta sim, o marcaria para sempre. Antes de entrar nas linhas aéreas Latécoère, em outubro de 1924, e nos passos de um destino fora das normas habituais, o jovem piloto se encontrava sem emprego em nem domicílio fixo. Preocupado em não inquietar sua mãe, e muito orgulhoso para mostrar suas decepções, vagava sozinho pelas ruas de Paris, aceitando pequenos biscates, não importava onde e até mesmo sem condições de almoçar ou jantar todos os dias. Enfim convocado à Toulouse por Didier Daurat, o célebre diretor de exploração da linha, foi um Mermoz esfomeado mas predisposto a qualquer desafio que se apresentou ao seu futuro patrão. Poderia, enfim, retomar sua vida de piloto. Depois de algum tempo em terra, passou a integrar o que chamavam de “La Ronde”, ou seja, o grupo que se revezava na distribuição do correio aéreo, que, na época, era transportado diariamente em viagens de ida e volta de Toulouse às portas da África. Designado para a linha Toulouse-Barcelona, depois Barcelona-Málaga, Jean Mermoz não descansava. No fim de 1925, recebia a medalha do Aeroclub de France por seus 120.000 km percorridos naquele ano, em 800 horas de voo. Mas o piloto queria mais. Sua sede de ação e de descoberta crescia na medida em que se formava sua personalidade. Em março de 1926, assumiu a linha Casablanca-Dakar. Reencontrava então com o deserto ocidental, seguindo as rígidas normas do correio, aquela mercadoria muda e sublimemente humana que passaria a ser uma importante parte de sua vida, assim como da vida de seus camaradas.

O PILOTO-CHEFE DE BUENOS AIRES
Assim que Pierre-Georges Latécoère, o inventor da Linha Postal, começou a entabular negociações para a extensão da linha para a América do Sul, Mermoz dedicou-se inteiramente a esta nova missão. Seus pensamentos já atravessavam o oceano no rumo da América do Sul, um outro mundo que a aviação comercial não havia ainda atingido – em uma palavra, um gigantesco continente a conquistar, o que a empresa alemã Lufthansa projetava fazer já havia algum tempo. E foi efetivamente aí, no momento em que seu nome circulava ao longo de toda a linha, de Toulouse a Dakar, que iria se conferir toda a avergadura do piloto e do homem Jean Mermoz. Ao longo da costa da África, “O grane”, como já era chamado, não se contentava com tão pouco, participando também das operações de resgate de seus camaradas acidentados naqueles percursos, arrancando alguns deles das mãos cruéis dos mouros dissidentes, tendo sido ele mesmo feito prisioneiro e somente libertado contra o pagamento de um resgate. Liderando pilotos menos prudente do que ele, Mermoz não era só um grande comandante, mas também um amigo fiel. Em abril de 1927, Latécoère fracassa em suas ambições para a América do Sul e, por algum tempo, desiste. Aquele epopeia poderia ter terminado se não fosse por um homem de negócios francês, Marcel Lafont, instalado no Brasil depois de muitos anos, e que vislumbrou a importância do projeto da linha aérea da concorrência alemã, se estabelece sob o olhar quase indiferente dos Estados Unidos que não acreditam ainda na viabilidade de uma linha postal naquela região do mundo. O governo francês preocupava-se sobretudo com as ligações entre seu império colonial, do qual a América do Sul não fazia parte. Marcel Bouilloux-Lafont desejava e acreditava que havia algo a realizar e, assim sendo, comprou pelo preço mais alto a maioria das ações da Latécoère, fechando contratos postais com os países sul-americanos, batizando sua nova empresa como “Aéropostale”. Começava então aí, uma nova época, aquela dos pioneiros do correio postal, que se acidentaram às dezenas no comando de aviões frágeis, cujo potencial aéreo já havia se exaurido há muito tempo. Iniciava-se a exploração da mais longa e prestigiosa linha aérea do mundo, e nela estava Jean Mermoz. No fim do mês de novembro de 1927, desembarcava ele no Rio de Janeiro. Nomeado piloto-chefe, a ele cabia colocar em Marcha uma máquina gigantesca, a rede sul-americana da Aéropostale, com suas trilhas na maior parte abertas para Paul Vachet, outro grande piloto que os historiadores da linha por diversas vezes esqueceram de mencionar em suas histórias.

O PILOTO TRANSOCEÂNICO
Paul Vachet sentado ao lado do avião das linhas aéreas Latécoère
que fazia o roteiro Recife, Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires - 1930
Sem fugir às suas novas responsabilidades, Jean Mermoz estabeleceu uma condição para a sua nomeação de piloto-chefe: continuar a voar. E assim o fez, sendo permanentemente visto em todo o percurso da linha, por cima de florestas e ao longo das costas, assim como na burocracia da empresa, dividindo riscos com seus camaradas e impondo-se um irrefreável ritmo de trabalho. No mês de abril de 1928, Mermoz inaugurava o voo noturno da linha. Ninguém acreditava que isso pudesse ser feito, mas ele o fez, abrindo caminho para todos os outros pilotos. Para transportar o correio até Santiago, no Chile, era necessário vencer o enorme obstáculo da Cordilheira dos Andes. Foi também ele que abriu a via aérea para aquele destino, escapando duas vezes da morte enfrentando aquele monstro de rocha de gelo.
Os pilotos tinham que se adaptar as mais inóspitas e adversas situações.
Na foto, um dromedário sendo usado como escada para reparos no avião
Embora festejado, na França quase ninguém ainda o conhecia, o que mudaria entre 12 e 13 de maio de 30, quando o primeiro correio cem por cento aéreo, pelas mãos de Jean Mermoz parte de Saint Louis no Senegal, com destino ao Brasil, pousando 21 horas e dez minutos depois, na cidade de Natal. Três anos antes, Lindberg aterrisava em Le Bourget vindo de Nova York, mas para Mermoz e seus dois tripulantes, sua travessia não se tratava de um “Raid”, uma vez que a missão daquele hidroavião Laté 28 era transportar o importante correio postal. A concorrência alemã distanciava-se e o trabalho de cada homem na linha aumentava.
Um Late 300, adaptado para pouso na água



O HOMEM PARA TODA A OBRA
Pierre George Latecoere
Fundador da linha Aeropostale
Ao curso dos seis últimos anos de sua vida, Mermoz se consagrou inteiramente ao seu “correio postal”. Transformou-se na ponta de lança de uma energia francesa projetada sobre o Atlântico Sul até os confins da Patagônia. Com a liquidação da Aéropostale, de onde nasceria a Air France, Mermoz continuava voando, transformando-se no grande defensor de uma obra pontilhada de sacrifícios e atos de heroísmo, porém Paris, o Ministério do Ar e a direção da Air France, pouco se emocionavam. Ocorreu mesmo a possibilidade de dividir a linha com a Alemanha, o que para Mermoz era impensável, até por que era uma missão conservar para a França aquela linha exemplar que nem mesmo os americanos haviam ousado construir. A Air France decidiu utilizar hidroaviões para assegurar a travessia do Atlântico Sul, e Mermoz sugere que a escolha do equipamento recaia sobre o Arc-em-Ciel, um avião trimotor inventado e construído pelo engenheiro Renée Couzinet. Mais rápido, com uma melhor performance e mais seguro, o aparelho prefigurava a aviação moderna que a empresa americana Douglas alguns anos mais tarde apresentaria com o seu modelo DC-3.
No entanto, Mermoz prega no deserto. Aborrecido com as intrigas políticas das quais é testemunha, resolve imiscuir-se no meio das discussões sobre a linha e os seus recursos, em nome de um ideal e de sua fé numa obra coletiva. Forjado nas escola da aviação ele deve dedicar-se fortemente ao seu trabalho. Com a França atolada em divisões políticas, é necessário um discurso de reconciliação nacional. Mermoz se engaja nos quadros da Associação dos Voluntários Nacionais, um emanação do movimento das Cruzes de Fogo, dirigida por François de La Rocque. Seu engajamento, portador de uma mensagem cívica, não terá tempo de desabrochar. Entre duas viagens transatlânticas e alguns voos de experiência, Mermoz milita, pronuncia discursos e inicia movimentos de moços junto à Associação Philotécnica de Bois Colombe, perto de Paris incrementando o gosto pela aviação. Em 7 de dezembro de 1936, a tragédia se abateria sobre o grande piloto quando, como comandante da Legião de Honra e Inspetor Geral da Air France, desaparecia com o seu avião sobre o Atlântico, oriundo de Dakar. “Jamais será grande quem permanecer simples”, escreveu ele a um jovem. No entanto, Jean Mermoz partiu simplesmente, no comando de seu hidroavião “Croix Du Sud”, firmemente unido à sua tripulação, no cumprimento do dever, como sempre. Sua última transmissão pelo rádio, recebida pelo operador de Air France em serviço na manhã daquele 7 de dezembro foi: “Acabamos de cortar o motor traseiro direito”. A nação francesa estava em lágrima e a aviação mundial de luto. Assim mesmo, a mensagem de bravura e determinação de Jean Mermoz, curiosamente atual, plana ainda sobre a superfície do mundo que ele ajudou a desbravar.
Marcel Bouilloux-Lafont
Pioneiro das linhas aéreas para a América do Sul, diretor da Aeropostale

FRAGMENTOS DO DIÁRIO DE BORDO DE JEAN MERMOZ
REFERENTES AO PRIMEIRO VOO DAKAR-NATAL
“Cobrindo a Argentina e outros países da América do Sul com uma gigantesca rede de linhas aéreas, assim Marcel Bouilloux-Lafont pensava na travessia do Atlântico Sul e assim foi que Didier Daurat preparou e testou um novo Latécoère 28 adaptado com flutuadores. Em 1930, ele me chamou da América do Sul, para me confiar a implantação daquela linha. Depois de haver batido em 11 e 12 de abril o recorde do mundo de distância em circuito fechado em hidroavião, com 4.308 km percorridos em 30h e 25min de voo, parti para Saint Louis du Senegal com meus tripulantes Dabry e Gimié. A partir daquela data pensei que era impossível atravessar o Atlântico Sul pelo ar, de uma forma regular que não seria nada mais do que uma questão de método, vontade e espírito de realização. Em 12 de maio atravessei o Atlântico no Laté 28 com flutuadores, um monomotor, do Senegal a Natal em pouco mais de 19 horas. Tínhamos a bordo 130 kg, do primeiro correio aéreo transatlântico, que foi distribuído no Rio, três dias após sua partida de Paris, em Buenos Aires três dias e meio depois e em Santiago do Chile, no quarto dia. Uma tripulação francesa havia assegurado pela primeira vez a ligação postal entre os dois continentes. A partir do momento que decolamos, em 12 de maio, do Rio Senegal em Saint Louis, nosso hidroavião Latécoère 28 Hispano-Suiza 650CV portava 2.600 litros de combustível e pesava 5.500 kg. Para mim, como para meus dois companheiros, o navegador Dabrit e o radio-telegrafista Gimié, a quem devo fazer um elogio todo especial, nossa tentativa parecia realizar-se sem nenhum problema. Insisto sobre a característica de nosso empreendimento, uma vez que a mesma era uma experiência e não uma tentativa de um raid. Evidentemente, é curioso que um simples voo postal regular tenha sido superior a um recorde mundial. Assim foi, precisamente por que a aviação francesa tinha alcançado um magnífico movimento de recuperação, uma vez que os serviços técnicos das companhias aéreas comerciais tinham uma ideia exata da aviação, sendo que a aliança de um piloto, de um navegador, e de um radio-telegrafista, constituíam uma grande força”.

PILOTOS DE LINHA
O percurso de Toulouse (França) a Santiago (Chile)
Habituados a voar com qualquer tempo, de dia e de noite, em dias e horas determinadas previamente, os pilotos de linha adquiriram um senso espacial inteiramente natural. É bem verdade que, sobre o Atlântico Sul, não fomos submetidos a nenhuma emoção e nenhum problema. Dabrit e Gimié foram instalados numa cabine relativamente grande, à vontade; o primeiro para efetuar suas observações e cálculos e o segundo para servir-se do seu posto de telégrafo sem fio. Dakar já se encontrava há alguns quilômetros de nós quando Gimié fez seu primeiro chamado à estação rádio terrestre. O barulho do motor me alegrava e eu não pude esconder a alegria no meu coração. Meus dois co-tripulantes, que contavam, cada um , perto de 50 travessias Marselha-Algéria, tinham, enfim, a ocasião de realizar uma grande experiência esportiva. Durante o voo, mil preocupações ocupam uma tripulação. Pensando bem, esse voo parecia de uma facilidade impressionante e uma frase vem naturalmente, tolamente, na ponta da caneta: “Este foi um voo sem história”. No entanto, foi necessário permanecer em comunicação com diferentes estações radio-telegráficas, garantir com precisão a navegação e permanecer por muitas horas nos comandos do avião. Isto nada mais é do que a aviação. Toda a viagem permaneci numa altitude muito baixa, entre 50 e 200 metros, mantendo regularmente a velocidade de 160km/h. O mar estava relativamente calmo e de uma cor verde fosca, uniforme. Não avistamos nenhum barco a não ser o Phocée, localizado a 900 km de Dakar, por medida de segurança. Duzentos quilômetros após o Phocée, sobre o qual passamos rapidamente, nos mantivemos sempre em contacto com a estação radiogoniométrica de Saint Louis. Dabrit controlava facilmente sua navegação em cada quarto de hora, através da recepção em ondas médias de 600 m realizadas por Gimié.
Seis anos depois Jean Mermoz e sua tripulação desapareceram no Atlântico fazendo a mesma rota original.
Restos do seu aparelho, ou da tripulação, jamais foram encontrados

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sábado, 7 de dezembro de 2024

NOTAER

Nova edição está no ar!

Acompanhe os destaques da Força Aérea Brasileira (FAB), incluindo operações estratégicas e homenagens especiais

Nesta edição, o Jornal Notaer traz como destaque a CRUZEX 2024, Exercício Multinacional que reforça a cooperação internacional e o preparo operacional da Força Aérea. Outro assunto importante é a ALADA, um passo estratégico para o futuro do Programa Espacial Brasileiro, mostrando o avanço do Brasil no setor aeroespacial. A publicação também aborda a Operação Raízes do Cedro, que destaca o trabalho de repatriação da FAB. Além disso, o jornal celebra datas importantes, como o Dia do Material Bélico, o Dia da Bandeira Nacional, o Dia do Músico e o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Essas e outras notícias você confere aqui.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 29/11 a 5/12
Nesta sexta-feira (06/12), o FAB em Destaque apresenta as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 29 de novembro a 05 de dezembro. Nesta edição, você acompanha a formatura de 379 novos Sargentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) e a 8ª edição da Mostra BID Brasil, com a exposição da réplica do caça F-39 Gripen. Saiba também sobre o primeiro voo do protótipo modernizado da aeronave T-25 Universal e a formação dos 178 Oficiais da FAB no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Biblioteca Ninja

Diário de um Herói de Guerra
Roberto Pessoa Ramos nasceu na Paraíba em 1918. Era sobrinho de João Pessoa, ex-governador do estado. Foi brevetado pela Aviação do Exército. Com a criação da FAB (Força Aérea Brasileira), prosseguiu voando na nova arma onde participou da Batalha do Atlântico Sul, realizando 44 missões de patrulha. Em 1944, foi voluntário para integrar o 1º Grupo de Aviação de Caça. Após treinamento no caça P-47D Thunderbolt, nos EUA, foi enviado para a Itália. Com o “Senta a Pua” realizou 95 missões de combate, sendo ferido em uma ocasião. Retornando ao Brasil, continuou voando e galgando importantes postos e cargos dentro da FAB. Em sua carreira militar, foi admirado por seus amigos e respeitado por seus comandados. Fez seu último voo em 1967: ao pousar, freiou a aeronave no estacionamento. Seu coração parou de bater naquele instante.

Autor: Roberto Pessoa Ramos Neto
Prefácio: Cmte. Rocha
Medida: 17 x 24 cm
Capa: semi-rígida
Miolo: 80 páginas em P&B (fotos, condecorações e ilustrações)
Editora: Adler

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

PROFESP

Atividades do PROFESP em 2024 são encerradas na BABR e na EEAR

Programa promove o desenvolvimento social e esportivo de crianças em parceria com instituições locais e a Força Aérea Brasileira

A Base Aérea de Brasília (BABR) realizou o encerramento das atividades do Programa Forças no Esporte (PROFESP) 2024 no dia 18/11. A ação promoveu uma tarde de lazer e presenteou cerca de 200 crianças da Escola Classe Ipê, no Distrito Federal (DF), que participaram do projeto desenvolvido pela Organização Militar, em parceria com o Ministério da Defesa. O evento foi presidido pelo Comandante do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Jefferson Cesar Darolt, acompanhado pelo Comandante da BABR, Coronel Aviador Miguel Ângelo Côrtes Salvio Junior. A celebração também contou com a presença da Deputada Federal Bia Kicis, do Chefe da Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Reginaldo Pontirolli, do Coordenador Regional do Núcleo do PROFESP, Coronel Carlos Roberto Alves, além de professores e coordenadores da escola.
O Comandante da BABR destacou as atividades desenvolvidas, que vão desde a promoção de uma alimentação equilibrada até a prática de esportes, e reforçou a dedicação de todos os envolvidos em proporcionar experiências enriquecedoras para as crianças. “Temos dedicado nosso esforço e compromisso para proporcionar experiências enriquecedoras às crianças. Juntos, construímos um ano de aprendizado, crescimento e alegria. Que cada experiência vivida no PROFESP seja uma semente plantada, que continuará a florescer no caminho desses alunos”, afirmou. Na BABR, o programa, coordenado pela Seção de Instrução Militar (SIM) e com envolvimento da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira (OSFAB), ofereceu diversas modalidades, como vôlei, futebol e atividades recreativas, além de ensino social, promoção à saúde e acesso à alimentação. Ao longo deste ano, em dias úteis, no período vespertino, a Base recebeu 189 crianças, com idades entre 8 e 11 anos, participantes do 4º e 5º ano, para atividades que vão além do ensino convencional.

EEAR
No dia 19/11, foi realizado o encerramento do programa na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP). O evento foi presidido pelo Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, e contou com a presença de autoridades locais, como a Secretária de Educação da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Guaratinguetá, Elisabeth Regina Arneiro Nogueira Sampaio. Também estiveram presentes gestores das escolas públicas atendidas pelo projeto, professores, instrutores e familiares dos participantes. A cerimônia emocionou o público com apresentações musicais e esportivas realizadas pelos alunos do Programa. Durante o evento, militares da EEAR foram homenageados por suas contribuições ao projeto. Um dos momentos mais marcantes foi a premiação de cinco crianças que se destacaram ao longo do ano. Elas receberam das mãos do Comandante um broche de “Aluno Padrão”, como reconhecimento pelo desempenho e comportamento exemplar. A exibição de um vídeo com momentos das atividades desenvolvidas ao longo do ano trouxe ainda mais emoção à cerimônia. A Coordenadora do PROFESP, Tenente-Coronel Pedagoga Ana Márcia Leal, destacou os resultados positivos do Programa. “Nossas atividades buscam desenvolver, além das habilidades esportivas, noções de higiene, cidadania, disciplina e espírito de corpo. O resultado foi positivo e encerramos o ano com a sensação de dever cumprido”, afirmou.
Após a cerimônia, as crianças participaram de atividades lúdicas e interagiram com o Papai e a Mamãe Noel, o que trouxe ainda mais alegria ao evento. O Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, ressaltou a relevância social do Programa. “Esse projeto é muito importante para as crianças da cidade de Guaratinguetá. É uma semeadura do futuro desses jovens. Agradeço a parceria entre a EEAR, a Prefeitura de Guaratinguetá e demais instituições envolvidas”, concluiu o Oficial-General.

PROFESP
O Programa Forças no Esporte é gerido pelo Ministério da Defesa (MD) e desenvolvido em todo o território nacional, após ter surgido dentro do Ministério do Esporte. Trata-se de um desdobramento do Programa Segundo Tempo (PST) do Ministério da Cidadania (MC), no âmbito das Forças Armadas, com início datado de 2003. Na capital federal, o projeto surgiu em 2013, voltado para alunos de escolas públicas, para a prática de esportes em horário diferente do horário escolar. Dessa forma, o projeto promove a valorização pessoal e fortalece a integração social e a cidadania.

Fonte: BABR e EEAR, por Tenentes Michelle Daniel e Flora

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Embraer

Eve recebe financiamento adicional de R$ 200 mi do BNDES para apoiar o desenvolvimento do eVTOL em 2025
A Eve Air Mobility (Eve) anunciou ontem, 2/12/2024, uma linha de crédito de R$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fortalecendo ainda mais sua posição financeira para o contínuo desenvolvimento do eVTOL. Esta segunda fase do financiamento segue a linha de R$ 490 milhões garantida em 2022 para P&D e um recente investimento de US$50 milhões do Citibank, ambos dedicados a apoiar o programa de desenvolvimento do eVTOL da Eve. Este segundo financiamento do BNDES, com recursos do Fundo Clima, será destinado à fabricação dos próximos protótipos da Eve e, em seguida, fabricar o veículo comercial. O fundo também será usado para a campanha de testes da aeronave. O BNDES tem sido um parceiro-chave na visão da empresa para a Mobilidade Aérea Avançada (AAM). “O apoio contínuo do BNDES é fundamental para o avanço do nosso programa de eVTOL e a transição do desenvolvimento do protótipo para a certificação e a produção. Este financiamento fortalece ainda mais nossa posição financeira e fornece os recursos necessários para atingir nossos principais marcos, incluindo a certificação e a comercialização do nosso eVTOL”, disse Johann Bordais, CEO da Eve. “Este investimento é um voto de confiança na visão da Eve e fortalece a nossa posição de liderança no mercado de mobilidade aérea urbana. Nossa gestão de capital disciplinada e base financeira aprimorada fornecem a estabilidade e os recursos necessários para executar nosso plano estratégico de longo prazo. Neste sentido, buscamos entregar um valor sustentável aos nossos acionistas, à medida que levamos nosso eVTOL ao mercado e capitalizamos as oportunidades crescentes nesta indústria empolgante”, acrescentou Eduardo Couto, CFO da Eve. A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC) publicou recentemente os critérios finais de aeronavegabilidade para o eVTOL da Eve, um passo crucial para a certificação. Isto se segue a um período de consulta pública e permite que a Eve prossiga com a definição dos meios de conformidade para seu eVTOL com a ANAC. “O BNDES foi fundamental para instalação da fábrica do eVTOL em Taubaté, garantindo empregos de qualidade na região do Vale do Paraíba. Agora, depois de financiar a primeira fase do desenvolvimento do próprio veículo, financiaremos a segunda fase que culminará com a versão final a ser comercializada. Além de apoiar um projeto inovador, estamos investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva, que também é verde, contribuindo para a o fortalecimento da indústria nacional no mercado mundial e para a transição energética. Ao todo, o Banco já aprovou, neste ano, R$ 700 milhões para a produção da aeronave”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A Eve se beneficia dos 55 anos de experiência da Embraer em projetar, certificar e fabricar aeronaves de última geração. Seus clientes também terão acesso a uma rede global de serviços e apoio já existente, o que é essencial para garantir operações de mobilidade aérea urbana confiáveis, seguras e eficientes.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Aviação Agrícola

Conheça quem é o brasileiro que pilota o maior veículo aéreo não-tripulado agrícola do mundo
A Rotor Technologies está buscando promover uma revolução na aviação agrícola global, com o maior veículo aéreo não-tripulado (VANT, ou UAV na sigla em inglês) agrícola do mundo. No Perot Field Alliance Airport em Fort Worth, Texas, Estados Unidos, a empresa apresentou ao setor o voo do Sprayhawk, um helicóptero Robinson R44 adaptado com sistemas de tecnologia de ponta para realizar pulverização agrícola sem que haja alguém a bordo. E, assim como a aeronave não-tripulada supersônica da Dawn Aerospace, pilotada por um brasileiro na Nova Zelândia, esse inovador projeto nos EUA também tem um brasileiro responsável por seus voos. Quem pilota o Sprayhawk é João Magioni, que é Chefe de Voo e Piloto de Testes na Rotor Technologies. João Magioni pilotou o grande UAV de uma estação de controle em solo, realizando um procedimento completo de inicialização, voo pairado diante do público, manobras de giro, demonstração do sistema de pulverização a bordo e pouso. Foram aproximadamente cinco minutos no ar. Após este marco para a Rotor, Magioni publicou um agradecimento ao compartilhar um vídeo da demonstração em seu LinkedIN: “Obrigado a todos por terem vindo ver nosso teste de voo no Aeroporto Alliance hoje. Espero que tenham se divertido muito.” De acordo com seu perfil na rede social profissional, João Magioni é também instrutor de voo certificado e um dos fundadores da Rotor Technologies. É mais um brasileiro participando da evolução tecnológica mundial do setor aeroespacial.

Fonte: AEROIN / Murilo Basseto

Confira o texto completo no AEROIN, clicando aqui.

Saiba mais: AEROIN em 29/11/2410/10/24 

Ninja-Brasil: versão para a web

domingo, 1 de dezembro de 2024

Especial de Domingo

O INCAER - Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica destaca uma frase do Ten.-Brig.-do-Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo, ex-Ministro da Aeronáutica e ex-Conselheiro do INCAER, falecido em 12 de abril de 1993: “A História não é um somatório de fatos, mas, antes, um legado de experiências. Conhecê-la é reunir dados que os números não contam, é entender os erros para não repeti-los, é, enfim, uma forma de preparar-se para o futuro”. Com este pensamento, mais uma vez, o Blog do Ninja reproduz as datas marcantes de DEZEMBRO, estimulando o estudo, a pesquisa.
Boa leitura.
Bom domingo!


Efemérides Aeronáuticas
Dezembro

1866
O fabricante do aeróstato Louis Desiré Doyen escreveu uma carta ao Marquês de Caxias, que se encontrava em Tuiuti, comunicando que o seu balão havia ficado inutilizado em 23 do mesmo mês, antes de ser usado, por ter sido envernizado e embora não estivesse completamente seco, tinha sido dobrado e guardado em local não ventilado durante dois dias. (26 de dezembro)

O Marquês de Caxias fez, através de carta, comunicação do ocorrido com o balão Doyen ao Ministro da Guerra, conselheiro João Lustosa da Cunha Paranaguá. (28 de dezembro)

1867
Os aeronautas James Allen e Ezra Allen, juntamente com os balões, embarcaram no vapor “Alice”, regressando ao Rio de Janeiro. (07 de dezembro)

1881
Concessão do registro, pela Espanha, a Júlio César Ribeiro, sobre a experiência do balão dirigível Vitória. (1º de dezembro)

Concessão do registro, pela Itália, a Júlio César Ribeiro, sobre a experiência do balão dirigível Vitória. (07 de dezembro)

1890
O brasileiro Gastão Galhardo Madeira efetuou estudos acerca da dirigibilidade dos balões e sobre um aparelho de sua invenção, por ele denominado de “Aviplano” e que era um aeróstato dirigível, do qual tirou patente. (mês de dezembro)

1904
O balão dirigível nº 13 de Santos Dumont foi destruído por um golpe de vento. (31 de dezembro)

1908
Ocorreu a Primeira Exposição Aeronáutica no “Grand Palais”, em Paris; em meio aos enormes dirigíveis e grandes aeronaves, destacava-se suspenso no centro daquela área o “Demoiselle”, de Santos Dumont. (24 a 30 de dezembro)

1911
No Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ocorreu a sessão solene da instalação da Confederação Aérea Brasileira, com a presença do Presidente da República e convidados especiais. Na ocasião, o Dr. Ribas Cadaval pronunciou um discurso destacando a necessidade de uma aeronáutica para o País. Usou também da palavra, o Barão de Tefé, Presidente Perpétuo da Confederação, ressaltando o emprego do dirigível e do avião na segurança e desenvolvimento do Brasil. (16 de dezembro)

1913
O Presidente do Estado de São Paulo, Rodrigues Alves, promulgou a Lei Estadual nº 1.395-A, criando a Escola de Aviação da Força Pública de São Paulo, com o objetivo de “preparar na Força Pública, aviadores militares que estando convenientemente instruídos constituam uma seção de aviação”. Para organizar e dirigir a Escola foi convidado o aviador Edu Chaves, mediante salário de 2 contos de réis, mensais. (17 de dezembro)

Foi concedida passagem para a França e uma ajuda de custo anual no valor de 18 contos de réis ao advogado Gastão Galhardo Madeira para a construção, naquele país, do seu invento, o AVIPLANO ou ESTABILIZADOR MADEIRA, feito em colaboração com outro advogado, Hilário Freire. (30 de dezembro)

O “Aviplano” foi apresentado pela primeira vez ao Presidente Hermes da Fonseca, dele obtendo parecer favorável para que qualquer auxílio possível fosse prestado a Gastão Madeira, com o objetivo de desenvolver a sua invenção. Foi aberto ao Ministério da Viação e Obras Públicas o crédito de 30 contos de réis, importância substancial à época, como subvenção ao Aeroclube Brasileiro (Decreto nº 10.664). (31 de dezembro)

1914
Foi concedida a carta patente nº 8.564, ao industrial João d'Alvear, referente à construção do seu avião. (23 de dezembro)

O brasileiro Gastão Galhardo Madeira esteve na França, de 1914 a 1916, subvencionado pelo Governo do Estado de São Paulo, tentando interessar aos construtores de aviões num invento seu denominado “equilíbrio dos aviões”, do qual tirou patente. (mês de dezembro)

1916
Pilotando o hidroavião Curtiss, matrícula C3 da Aviação Naval, o 1º Ten Raul Ferreira de Viana Bandeira bateu o recorde de permanência no ar com hidroavião no Brasil, voando durante três horas seguidas sobre a cidade do Rio de Janeiro. (24 de dezembro)

O Dr. Ribas Cadaval, autor do Tratado de Aeronáutica “Navegação Aérea” (divulgado em 1911), publicou uma brochura a respeito do seu invento, o “Cruzador Aéreo Hermes”. (Sem data)

Joaquim Pedro Domingues da Silva, industrial português, sócio do Aeroclube Brasileiro, onde ocupava o cargo de Diretor Tesoureiro, foi quem primeiro aceitou o desafio de construir hélices no Brasil, com as características técnicas a um bom desempenho nos aviões. Era grande conhecedor de madeira. Algumas das hélices de sua fabricação chegaram a ser utilizadas em aviões do Aeroclube. (Sem data)

1917
O jornal “A Razão”, dirigido pelo jornalista Vítor Silveira, estampou um editorial a respeito da primeira contribuição dada para a aquisição de aviões na campanha promovida sob o tema: “O renascimento da aviação nacional”. (1º de dezembro) A notícia referia-se à doação de 600 contos de réis, feita pelo Sr. Antônio Martins Lage Filho, um dos diretores da Cia Nacional de Navegação Costeira, ao Aeroclube Brasileiro “para a compra de uma numerosa esquadrilha de aeroplanos de escola e de aviões militares”.

O jornal “A Fanfulla”, de São Paulo, iniciou uma subscrição popular para a aquisição de seis aviões destinados ao Aeroclube Brasileiro, campanha promovida entre os membros da colônia italiana, residentes na capital paulista. (30 de dezembro)

O novo Presidente do Aeroclube Brasileiro, Deputado Maurício de Lacerda, lançou uma campanha para abertura de Escolas de Aviação em todos os Estados que tivessem condições para tal. (mês de dezembro)

1918
Ocorreu a solenidade do ato de posse de terrenos localizados na Ponta do Galeão, para a instalação do Aeroclube Brasileiro. (26 de dezembro) Na ocasião, o Ten Newton Braga, Presidente em exercício do Aeroclube, pronunciou um discurso “em que salientou as finalidades daquela entidade e a necessidade de ser criada uma Escola Civil de Aviação”.

Chegaram dos Estados Unidos, com destino à Escola de Aviação Naval, 14 aviões, entre monomotores Curtiss “Flying boats”(aerobotes), semelhantes às três aeronaves com que a Escola iniciou as suas atividades (matrículas C1, C2 e C3), e monomotores Curtiss HS-2L. (mês de dezembro)

1919
Foi restabelecida, no local onde atualmente se localiza, o Campo de Marte, a Escola de Aviação da Força Pública de São Paulo, com a dotação de 280 contos de réis e com contrato firmado com o norte-americano Orthon William Hoover, antigo instrutor da Escola de Aviação Naval. (Lei Estadual 1.675-A) (09 de dezembro)

Foram designados o Cap Alzir Mendes Rodrigues Lima e o 1º Ten Bento Ribeiro Carneiro Monteiro para auxiliares do Cel Etienne Magnin, da Missão Militar Francesa, na viagem feita à França para escolha de material de aviação, a ser adquirido pelo Brasil. (20 de dezembro)

Chegaram dos Estados Unidos, destinados à Escola de Aviação Naval, seis bimotores Curtiss F-5L, equipados com motores Liberty de 300 HP, cada; e nove aeronaves Curtiss N-9H, equipados com motores Hispano Suiza, de 150 HP. Foram adquiridos, ainda, como excedentes da 1ª Guerra Mundial, alguns aviões de instrução Avro 504-K e aviões de caça Sopwith 7F “Snipe”. (mês de dezembro)

A Sociedade Ítalo Brasileira de Transportes Aéreos trouxe para o Brasil três aviões: um Macchi M7 (aerobote), um Macchi M9 (aerobote) e um Caproni (bombardeio). (mês de dezembro)

1920
Foram estabelecidas as primeiras medidas de proteção aos militares envolvidos em acidentes aeronáuticos. O pessoal lotado na Aviação Militar e Naval foi classificado em “navegantes” e “técnicos” (Decreto nº 4.026). (09 de dezembro)

Foi aprovado o Regulamento da Escola de Aviação Naval (Decreto nº 4.551). (16 de dezembro)

O aviador civil Eduardo Pacheco Chaves (Edu Chaves) realizou, pela primeira vez, a ligação aérea Rio de Janeiro - Buenos Aires, com pousos em São Paulo (capital), Guaratuba/PR, Porto Alegre/RS e Montevidéu. (29 de dezembro)

1921
O Ministro da Marinha, Alte João Pedro da Veiga Miranda, aprovou o projeto referente à “Organização Aérea para a Defesa do Litoral Brasileiro”, adequando a Aviação Naval à defesa aérea da costa (Aviso Reservado nº 4.268). (05 de dezembro) Esse estudo veio a substituir o “Serviço de Defesa das Costas e Fronteiras do Brasil por meio de Engenhos Aéreos”, instituído em 1917, pelo Ministro Alte Alexandrino Faria de Alencar. Para implementar esse projeto de Defesa Aérea, a Marinha criou o Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro, na Ponta do Galeão. No ano seguinte, foram ativados os Centros de Santos/SP e Florianópolis/SC.

Foi concedido, pelo Governo Brasileiro, o prêmio de 50 contos de réis ao aviador paulista Edu Chaves (Decreto nº 4.397). (17 de dezembro)

O Poder Executivo foi autorizado a estabelecer duas linhas de navegação aérea entre as cidades do Rio de Janeiro/RJ e Porto Alegre/RS, “de modo que possam ser inauguradas até setembro de 1922” (Decreto nº 4.436), sendo uma pelo litoral, destinada ao “serviço de aviões e hidroaviões a cargo do Ministério da Marinha”, e outra pelo interior, destinada ao “tráfego de aviões, a cargo do Ministério da Guerra”. O crédito aberto era de 4.000 contos de réis. (30 de dezembro)

1922
O pessoal da aviação militar e naval foi classificado em navegantes e técnicos, e foram estabelecidas as primeiras medidas de proteção aos militares acidentados da aviação (Decreto nº 4.206). (09 de dezembro)

Pela primeira vez, pousou em Natal um avião. Tratava -se do hidroavião “Sampaio Correia II”, o qual amerrissou no Rio Potengi, às 12h00, procedente de Aracati/CE. (21 de dezembro)

O aviador civil brasileiro Eduardo (Edu) Chaves cobriu-se de glórias ao conseguir fazer, pela primeira vez, a ligação aérea entre o Rio de Janeiro/RJ e Buenos Aires, com pousos intermediários em São Paulo/SP, Guaratuba/PR, Porto Alegre/RS e Montevidéu. (29 de dezembro)

Foi diplomada a 4ª Turma de Pilotos Aviadores da Escola de Aviação Militar. (mês de dezembro)

1923
A Defesa Aérea do Litoral foi extinta, surgindo a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (Decreto nº 16.237). (05 de dezembro)

1924
Foi sancionada pelo Presidente de São Paulo, Carlos de Campos, a Lei nº 2.051, reativando o serviço de aviação na Força Pública de São Paulo, por iniciativa do seu Comandante Geral, Cel Pedro Dias de Campos. Assim, a Escola de Aviação passou a denominar-se Esquadrilha de Aviação da Força Pública. (31 de dezembro)

Com a extinção da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, a Escola de Aviação Naval passou a subordinar-se diretamente ao Estado-Maior da Armada. (mês de dezembro)

1925
Voltou a ser estabelecida a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (Decreto nº 17.153). (23 de dezembro)

1926
Foi aprovado o Regulamento para os Exercícios e Combates da Aviação, envolvendo os seguintes assuntos: Papel da Aviação nas Operações, Missões de Caça e Missões de Bombardeio (Decreto nº 17.593). (09 de dezembro) Essas regulamentações foram elaboradas pela Missão Militar Francesa de Aviação.

Foi criado o Corpo de Oficiais da Reserva Naval Aérea – RNA, na tentativa de se atenuar o persistente problema do recrutamento de pilotos para a Marinha (Decreto nº 17.594). (09 de dezembro)

1927
Foi fundado, no Rio de Janeiro, o Sindicato Condor Ltda, empresa brasileira sucessora do extinto Condor Syndikat, que foi incorporado a Lufthansa. (1º de dezembro)

O Governo Brasileiro tornou oficial a operação das Lignes Aériennes Latécoère, ainda conhecida como Compaigne Générale d'Entreprises Aéronautiques, em território nacional (Decreto nº 18.009). (06 de dezembro)

Foi constituída a Companhia Aeronáutica Brasileira, que se “encarregaria de fornecer serviços e equipamentos de apoio, além de construir campos de aviação nos locais servidos pela empresa francesa Compagne Générale Aéropostale ao longo do litoral brasileiro”. (13 de dezembro)

Foi votado pelo Congresso Nacional o crédito especial de 300 contos de réis, como prêmio ao aviador paulista João Ribeiro de Barros e aos demais tripulantes do avião “Jahu”, o primeiro a realizar a travessia aérea do Atlântico Sul com tripulação brasileira (Decreto nº 5.930) (21 de dezembro)

1928
Santos Dumont visitou a Escola de Aviação Militar, no Campo dos Afonsos/RJ, em companhia do seu amigo e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Antônio Prado Júnior. (17 de dezembro)

Foi fundado o Aeroclube do Rio Grande do Norte, com sede em Natal, sendo o primeiro presidente o próprio Governador do Estado, Dr. Juvenal Lamartine de Faria. (29 de dezembro)

Pousou no Campo dos Afonsos/RJ, o avião Bellanca, de 300 HP, batizado de “Peru” e tripulado pelo Ten Av (da Marinha do Peru) Carlos Zegarra e o civil Carlos Martinez Pinillos, que estavam cumprindo o reide Lima-Nova Iorque-Lima. (30 de dezembro)

1929
Foram criados o Curso de Pilotos Aviadores e o Curso de Aviadores Navais, destinados aos Oficiais da Ativa. (Decreto nº 19.052). (31 de dezembro)

1930
Por ofício da Diretoria de Aeronáutica, todos os aviões da Marinha passaram a ter numeração cronológica a partir da data da abertura dos caixotes, procedentes das fábricas estrangeiras. As designações foram assim estabelecidas: I (Instrução), O (Observação), E (Esclarecimento), C (Caça), B (Bombardeio), T (Torpedeiro), BT (Bombardeio-Torpedeiro), P (Patrulha) e D (não classificada). Precedidas ainda de A (se avião), H (se hidroavião) e HA (se anfíbio). (19 de dezembro)

Foi criada a empresa Panair do Brasil S.A., como subsidiária da Pan American Airways, sendo sua frota inicial composta de quatro aerobotes Consolidated Commodore e quatro Sikorsky S-36. (21 de dezembro)

A Missão Militar Francesa, em serviço no Brasil, remeteu ao Diretor da Aviação Militar quatro anteprojetos de decretos com vistas às providências necessárias que deveriam ser tomadas para propiciar uma organização nacional à Aviação Brasileira. (29 de dezembro)

1931
Foi determinado ao Departamento de Aeronáutica Civil que “estudasse os horários das viagens aéreas, no sentido de haver maior aproveitamento na distribuição dos voos, sem coincidência de etapas e rotas”. (Portaria s/nº, do MVOP). (04 de dezembro)

Foi fundado o Grupo Mackenzie de Planadores o qual, durante muitos anos, liderou as atividades volovelistas em São Paulo/SP. (15 de dezembro)

Terminou o contrato da Missão Francesa de Aviação no Brasil. (31 de dezembro)

1932
Foram extintas da Aviação Naval: 1ª Seção de Aviões de Observação e Esclarecimento; 1ª e 2ª Seções de Aviões de Bombardeio e Patrulha. (1º de dezembro)

O Marechal do Ar Alberto Santos Dumont, Patrono da Força Aérea Brasileira, foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro/RJ. (21 de dezembro)

Foram declarados 19 Aspirantes-a-Oficial da Arma de Aviação do Exército, passando a constituírem a 6ª Turma. (22 de dezembro)

1933
No Rio de Janeiro/RJ, foi fundado o Planador Clube do Brasil, cuja denominação transformou-se em Clube Carioca de Planadores. Porém, teve vida efêmera. (09 de dezembro)

Foi constituída a Associação das Empresas Aeronáuticas. (11 de dezembro)

Foi autorizada a organização, em Santa Maria/RS, do Núcleo do 3º Regimento de Aviação, sendo seu primeiro Comandante o Cap Clóvis Monteiro Travassos (designado a 13 de janeiro de 1934). (13 de dezembro) Os primeiros oficiais classificados nessa Unidade, foram os que se seguem: 1º Ten Miguel Lampert e os 2º Ten Victor Barroso Coelho, Abel Veríssimo de Azambuja, Levi de Castro Abreu e Rosemiro Leal de Menezes Filho.

Ocorreu a apresentação à imprensa local, do novo hidroavião adquirido pelo Sindicato Condor, um trimotor Junkers-52, batizado como “Anhangá”. A cerimônia aconteceu na Ponta do Caju/RJ, sendo proporcionado aos jornalistas presentes um voo sobre o Rio de Janeiro. (16 de dezembro)

O Cap José Sampaio de Macedo e o Ten Manoel de Oliveira inauguraram a linha Fortaleza-Teresina (prolongamento da linha do São Francisco), do Correio Aéreo Militar, com escalas em Aracaju, Camocim, Parnaíba, Peri-Peri, Campo Maior e Teresina. (mês de dezembro)

1934
Decolaram do Galeão, duas esquadrilhas da Aviação Naval com destino à cidade de Ladário, Mato Grosso, onde permaneceram por duas semanas guarnecendo a fronteira fluvial daquele Estado, devido aos acontecimentos da “Guerra do Chaco”, entre o Paraguai e a Bolívia. (04 de dezembro)

Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares (Exército). (29 de dezembro)

1935
O Presidente da República, Getúlio Vargas, acompanhado de oficiais de seu gabinete e do Dr. César Pereira Gnillo, Diretor da Aeronáutica Civil, realizou uma demorada visita às obras do novo Aeroporto do Calabouço/RJ (atual Aeroporto Santos Dumont). (09 de dezembro)

A Srta. Érika Guersching foi a primeira aviadora gaúcha a voar sozinha (solar), voando numa aeronave “Klemm”, da Escola de Voo da VARIG. (mês de dezembro)

1936
Foi promulgada a Portaria nº 828, da MVOP, reiterando a necessidade da nacionalização das tripulações dos aviões comerciais brasileiros. (08 de dezembro)

Foram aprovados orçamentos e especificações de obras relativas ao aeroporto para dirigíveis, em Santa Cruz/RJ (Decreto nº 1.253). (11 de dezembro)

Foi aberto o crédito suplementar de 3.000 contos de réis, no orçamento do Ministério da Viação e Obras Públicas, para atender às obras do Aeroporto Santos Dumont, em complementação à Lei nº 330, de 30 de novembro de 1936 (Decreto nº 1.255). (12 de dezembro)

Foi inaugurado em Santa Cruz/RJ, o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, destinado a dirigíveis. A solenidade contou com a presença do Presidente Getúlio Vargas. (26 de dezembro)

A Comissão Fiscal de Obras de Aeroportos passou a denominar-se Divisão de Aeroportos do Departamento de Aeronáutica Civil (Lei nº 358). (29 de dezembro)

1937
Chegou ao Rio de Janeiro, vindo da Argentina a bordo de um navio italiano, a esquadrilha de dez aviões de caça Fiat CR32, especializada em demonstrações acrobáticas em voo de formatura. (12 de dezembro) Os aviões foram montados no Campo dos Afonsos; sob o comando de conjunto do Tenente Coronel Alexandre Bianchedi e do Capitão Mario Viola.

Foi aprovado o novo Regulamento da Escola de Aviação Naval (Decreto nº 2.182). (16 de dezembro) 

Foi fundado o Aeroclube de Goiás, sendo o seu primeiro avião um Fleet, biplano, monomotor. (mês de dezembro)

1938
Voou o primeiro avião, de uma série de vinte, Muniz M-9, de projeto e fabricação nacionais, que a Aviação Militar encomendou à Fábrica Brasileira de Aviões instalada na Ilha do Viana, na Baía de Guanabara/RJ. (24 de dezembro)

Foi realizada, sob a presidência do Ministro da Viação e Obras Públicas (Gen Mendonça Lima), a primeira reunião do Conselho Nacional de Aeronáutica. (27 de dezembro)

A Escola de Aviação Militar passou a denominar-se Escola de Aeronáutica Militar. (mês de dezembro) 

Voou o primeiro avião, de uma série de vinte, Muniz M-9, de projeto e fabricação nacionais, que a Aviação Militar encomendou à Fábrica Brasileira de Aviões instalada na Ilha do Viana, na Baía de Guanabara/RJ. (24 de dezembro)

Foi realizada, sob a presidência do Ministro da Viação e Obras Públicas (Gen Mendonça Lima), a primeira reunião do Conselho Nacional de Aeronáutica. (27 de dezembro)

A Escola de Aviação Militar passou a denominar-se Escola de Aeronáutica Militar. (mês de dezembro)

1939
O Departamento de Aeronáutica Civil recebeu, no Aeroporto Santos Dumont, 07 aviões Aeronca, modelo 50-F, equipados com motor Franklin de 50 HP, entregues pela casa Mayring Veiga S.A. (30 de dezembro)

O Banco do Brasil foi autorizado a abrir um crédito de 04 mil e 200 contos de réis, para a Companhia Nacional de Navegação Aérea construir 100 aviões de treinamento para o Aeroclube do Brasil (Decreto-Lei Nº 2.935). (31 de dezembro)

1940
O Governo Federal autorizou ao Ministério da Viação e Obras Públicas a celebração do contrato para a operação da linha Parnaíba-Floriano-Belém, pelo Sindicato Condor, mediante a subvenção de 6.000 réis por quilômetro voado (Decreto-lei nº 2.863). (12 de dezembro)

Chegou ao Rio de Janeiro, a segunda esquadrilha de aviões North American NA-44, de treinamento avançado, adquiridos nos Estados Unidos para a Aviação Militar, tripulados pelos seguintes oficiais, além de quatro sargentos: Maj José Sampaio Macedo (Cmt), 1º Ten Márcio Perdigão Coelho, Átila Gomes Ribeiro, Henrique de Alencastro Guimarães, Antônio Batista Neiva de Figueiredo Filho e Walmiky Conde. (22 de dezembro)

Foi diplomada a 6ª Turma de Sargentos Pilotos da Escola de Aviação Militar. (31 de dezembro)

1941
O Serviço de Saúde da Aeronáutica nasceu com Oficiais Médicos oriundos da sociedade civil, da Marinha e do Exército brasileiros, tendo como primeiro Diretor de Saúde, e hoje o seu Patrono, o Brigadeiro Médico Ângelo Godinho dos Santos. (Decreto nº 3.872). (02 de dezembro)

Foi criado o Quadro de Oficiais Intendentes do Corpo de Oficiais da Aeronáutica (Decreto nº 3.876). (03 de dezembro)

Foi aprovado o Regulamento do Tráfego Aéreo (Decreto nº 8.352). (09 de dezembro)

Foram ativadas as primeiras Companhias de Infantaria do Ministério da Aeronáutica, destinadas principalmente à proteção e guarda das instalações militares da Força Aérea. (11 de dezembro)

1942
Foi concedida permissão à Sociedade Anônima brasileira “Empresa de Transportes Aerovias Brasil” para estabelecer tráfego aéreo comercial no território nacional (Decreto nº 11.160). (29 de dezembro) A “Empresa de Transportes Aerovias Brasil” foi a primeira empresa brasileira que estendeu a sua linha aérea até os Estados Unidos da América.

1943
Fica criado, na 1º Zona Aérea, um hospital de primeira classe, cuja sede será em Belém. (Decreto-Lei nº 6.094, de 13 de dezembro)

Foi criado o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa), com três esquadrilhas e sede na Capital Federal, por meio do Decreto nº 6.123. (18 de dezembro)

Designado o Maj. NERO MOURA como primeiro Comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º Gp Av Ca). (28 de dezembro)

1944
O 1º Grupo de Aviação de Caça, sem interromper as suas operações aéreas, mudou a sua base do aeródromo de Tarquínia para o aeródromo de Pisa, na Itália. (04 de dezembro)

Primeiro voo de P- 47 (modelo "B" - FAB 4103 nº 41-6037) no Brasil, pilotado pelo 1º Ten Magalhães Motta, em traslado de Natal para Cumbica/SP. (15 de dezembro)

1945
Foi criado, na 2ª Zona Aérea, um hospital de primeira classe, com sede em Recife. (Decreto-Lei nº 8.291, de 05 de dezembro) 

Foi criado, na 5ª Zona Aérea, o 4º Grupo de Caça, integrando, com o 3º Grupo de Caça, o 3º Regimento de Aviação, tendo como sede a Base Aérea de Porto Alegre, como também foi extinto o 2º Grupo de Bombardeio Picado (criado pelo Decreto-lei nº 6.796, de 17 de agosto de 1944). (Decreto-Lei nº 8.335, de 10 de dezembro)

Foi concedida à Sociedade Anônima “Viação Aérea Santos Dumont” permissão para estabelecer tráfego aéreo comercial no território nacional (Decreto nº 20.213). (11 de dezembro)

Foi criado, no Ministério da Aeronáutica, o “Fundo Aeronáutico”(Decreto-Lei nº 8.373). (14 de dezembro)

Foram criadas as Auditorias de Aeronáutica (Decreto-Lei nº 8.513). (31 de dezembro)

1947
Passou a figurar, em caráter permanente, no Almanaque do Ministério da Aeronáutica, no posto de Tenente-Brigadeiro do Ar, o nome de Alberto Santos Dumont, através da Lei nº 165. (05 de dezembro) 

Foi criada a “Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica” - ECEMAR (Decreto nº 24.203). (16 de dezembro)

1949
Foi regulada a execução dos serviços de aerolevantamento no território nacional (Lei nº 960). (08 de dezembro)

O Curso de Oficial Mecânico da Escola de Especialistas de Aeronáutica foi transferido para Bacacheri, Curitiba (Decreto nº 27.683). (30 de dezembro)

1950
Foi organizado, nas Zonas Aéreas, por meio da Portaria nº 324, o Serviço de Busca e Salvamento, com a finalidade de localizar as aeronaves desaparecidas e de socorrer, quando necessário, os respectivos passageiros. (16 de dezembro)

1951
O Ministério da Aeronáutica foi autorizado a aceitar, da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a doação de 9.280.000 metros quadrados de terrenos destinados à instalação do Centro Técnico da Aeronáutica (Decreto nº 30.629). (17 de dezembro)

Foi aprovado o “Acordo sobre Transportes Aéreos entre o Brasil e a Itália”, firmado em Roma em 25 de janeiro de 1951 (Decreto Legislativo nº 77). (20 de dezembro)

1953
Foi criada a Base Aérea de Manaus (Decreto nº 34.761). (08 de dezembro)

1956
Criado o 2º/5º Grupo de Aviação (atual Esquadrão Joker), com sede na Base Aérea de Natal/RN. (07 de dezembro)

O 1º/4º Grupo de Aviação (Esquadrão Pacau) passa a ser unidade de Caça, sediado na Base Aérea de Fortaleza/CE. (07 de dezembro)

Foi criada a “Comissão de Aeroportos da Amazônia” - COMARA (Decreto nº 40.551). (12 de dezembro)

1957
Foi criada a Base Aérea dos Afonsos (Decreto nº 42.737). (04 de dezembro)

Chegada dos 4 primeiros TF-33 no 1º/4º GAv. (mês de dezembro)

1958
Foi aprovada a Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira (Portaria nº 1.000/GM2). (10 de dezembro) 

1970
Criação da Base Aérea de Santa Maria, através do Decreto nº 67.877. (18 de dezembro)

1978
O 1º/10º Grupo de Aviação (Esquadrão Poker) é transferido da Base Aérea de Cumbica/SP para a Base Aérea de Santa Maria/RS. (mês de dezembro)

1983
Foi criado, na Estrutura Básica da Organização do Ministério da Aeronáutica, o Centro de Informática e Estatística (CINFE), com a finalidade de planejar, orientar e controlar as atividades de informática e de estatística na Aeronáutica, diretamente subordinado ao Comandante-Geral de Apoio e com a sede em Brasília. (Decreto nº 89.086, de 01 de dezembro) Nesse mesmo Decreto, o Centro de Computação da Aeronáutica (criado pelo Decreto nº 58.948, de 01 de agosto de 1966), passou ser denominado Centro de Computação de Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ), subordinado diretamente ao Chefe do CINFE, com a finalidade de executar as atividades de apoio em processamento de dados às organizações militares sediadas na área de jurisdição do Terceiro Comando Aéreo Regional. Também foi criado o Centro de Computação de Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), diretamente subordinado ao Chefe do CINFE, com a finalidade de executar as atividades de apoio em processamento de dados às organizações militares sediadas na área de jurisdição do Sexto Comando Aéreo Regional.

1994
Falecimento do Brig. Nero Moura (Patrono da Aviação de Caça Brasileira e Presidente de Honra da Associação Brasileira de Pilotos de Caça - ABRA-PC), com 84 anos de idade. (17 de dezembro)

1999
Foi desativada a Diretoria de Informática e Estatística da Aeronáutica (DIRINFE), pela Portaria nº 869/GC3, transferindo, na data de desativação, os seus encargos e o acervo de material para a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV) e passando para a subordinação da DEPV, na mesma data, os Centros de Computação de Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), do Rio de Janeiro (CCA-RJ), e de São José dos Campos (CCA-SJ). (30 de dezembro)

2003
Foi instituído o Sistema de Tecnologia da Informação do Comando da Aeronáutica, pela Portaria nº 1.241/GC3. (19 de dezembro)

2005
Último voo da aeronave F-103 Mirage no Brasil: FAB 4924 e FAB 4925, ambos F-103E. Missão 44F, pilotadas, respectivamente, pelos Ten. Cel. Isaías e Maj. Giancarlo, Comandante e Operações da Unidade à época. (31 de dezembro)

2010
Último voo do AT-26 Xavante em Esquadrão Operacional na FAB: traslado de 12 aeronaves desde Natal até o Parque de Material Aeronáutico de Recife. A aeronave do Líder e Comandante do 1º/4º GAv à época, Ten Cel F. Mauro, era o FAB 4462, a mesma que fez o primeiro voo, em 1971. O tempo de voo foi de 00:45 e a última aeronave a pousar foi o #12, FAB 4514, pilotado pelo Comandante da Base Aérea de Natal à época, Cel Décio Dias Gomes. (03 de dezembro)

O 1º/4º GAv (Esquadrão Pacau) é transferido da Base Aérea de Natal/RN, para a Base Aérea de Manaus/AM, e passa a operar os aviões F-5EM. (15 de dezembro)

2013
Desativação das últimas quatro aeronaves AT-26 em operação no Instituto de Pesquisa e Ensaio em Voo (IPEV), FAB 4467, 4495, 4509, 4514. Estas matrículas cumpriram a missão de formar pilotos de prova da FAB, utilizando o AT-26 como avião base no Curso de Ensaio em Voo. São eles: Maj Av George, Maj Av Vautier, Cap Av Vinícius e Cap Av Alisson. (mês de dezembro)

Anunciada a aeronave vencedora do programa F-X2: SAAB Gripen NG, da Suécia. (18 de dezembro) 

Último voo da aeronave AT-26 no Brasil (FAB). Missão 25FV200. FAB 4509, pilotada pelo Ten Cel Av Santos no translado entre São José dos Campos (CTA-IPEV) e o Parque de Material Aeronáutico de Recife (PAMA-RF), com pousos intermediários em SBBH e SBSV. A última decolagem ocorreu em Salvador, às 18:00Z, e o tempo de voo até Recife foi de 01:20. O último pouso do AT-26 no Brasil (FAB) ocorreu em Recife, às 19:20Z. (27 de dezembro)

O último modelo do caça Mirage 2000 em uso - FAB 4948 - fez o seu último voo, partindo da Base Aérea de Anápolis, com destino ao Museu Aeroespacial, ao qual foi integrado como acervo. (31 de dezembro) 

2019
Foi criado o dia da Tecnologia da Informação da Aeronáutica, por meio da portaria nº 1.914/GC3. (1º de dezembro) - A comemoração está relacionada com a data de criação do Centro de Informática e Estatística do Ministério da Aeronáutica (CINFE), em 1º de dezembro de 1983. 

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