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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 14 de janeiro de 2024

Especial de Domingo

O Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA - volta a publicar conteúdo que sintetiza a trajetória de muito esforço, inteligência e talento que possibilitou a consolidação da indústria aeronáutica brasileira.
Boa leitura.
Bom domingo!

A CRIAÇÃO DO ITA


Ao longo da década de 30 a aviação brasileira apresentou um crescimento expressivo. A aviação militar era impulsionada pela atmosfera de guerra que tomava o mundo e que evidenciava a necessidade da arma da aviação. Por outro lado, a criação do Correio Aéreo Militar, mais tarde Correio Aéreo Nacional, exprimia a preocupação da jovem oficialidade de ocupar as fronteiras reais, conectando o maior número possível de cidades do interior aos polos administrativos e econômicos situados no litoral. Casimiro Montenegro Filho, um dos fundadores do Correio Aéreo Militar, integrava o contingente dos que identificavam na aviação um instrumento privilegiado de integração do país.

Casimiro Montenegro Filho - Marechal do Ar, Engenheiro Militar,
Patrono da Engenharia Aeronáutica Brasileira
 

A aviação civil, de seu lado, crescia alimentada pela expansão do transporte aéreo e dos aeroclubes. No entanto, até 1940 nenhum engenheiro aeronáutico havia sido formado no país. Essa carência de recursos humanos começava a ser enfrentada em 1938 com a iniciativa da Escola Técnica do Exército de criar o primeiro curso de especialização em engenharia aeronáutica. Dois anos mais tarde, formava-se a primeira turma da escola, com oito engenheiros, entre eles Casimiro Montenegro.
 
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, fora instituída a Diretoria Técnica, e Montenegro foi seu primeiro titular. Nessa época, ele viajou aos Estados Unidos para buscar aviões comprados pelo Brasil, visitando o centro de pesquisa aeronáutico Wright Field. De volta ao país, ele passou a defender a tese de que o país deveria contar com um centro de pesquisa e de formação de pessoal qualificado que pudesse constituir-se na base sobre a qual se desenvolveria a aviação e a indústria aeronáutica no país. A Escola Técnica do Exército oferecia um curso de especialização, de dois anos de duração. 
 
Somente com a criação do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o país passou a contar com um curso superior pleno de formação de recursos humanos em aeronáutica. Um dos assistentes de Montenegro era o engenheiro Artur Amorim formado no Massachussets Institute of Technology, o famoso MIT. Por essa razão, em nova viagem aos EUA, Montenegro procurou o instituto pensando em obter auxílio para a instalação de um centro de pesquisa aeronáutica no Brasil. Richard Smith, o chefe do departamento de engenharia aeronáutica, estava ausente e Montenegro deixou uma carta e o esboço do centro que imaginava. Pouco depois, ainda nos EUA, em Washington, Montenegro recebeu de Oswaldo Nascimento Leal, outro brasileiro que estudava no MIT, a notícia de que Smith havia lido seu documento e declarava estar disposto a vir ao Brasil ajudá-lo a constituir o centro de pesquisa. Começava a nascer o CTA - Centro Técnico da Aeronáutica que, anos mais tarde, passou a se chamar Centro Técnico Aeroespacial tendo, atualmente, a designação de Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

Richard H. Smith
1º Reitor do Inst. Tecnológico de Aeronáutica

Com a aceitação de Smith, Montenegro elaborou o Plano de Criação do Centro Técnico da Aeronáutica, documento entregue em agosto de 1945 ao então Ministro Salgado Filho pelo Chefe do Estado Maior da Aeronáutica, Armando Trompowsky, um entusiasta da ideia. Em novembro do mesmo ano, com a queda de Getúlio Vargas, Trompowsky tornava-se ministro e em 16 daquele mês o presidente José Linhares aprovava o Plano. Em janeiro de 1946 era criada a Comissão de Criação do CTA, com recursos do Fundo da Aeronáutica. Em março de 1947 tinham início as aulas da primeira turma do ITA, ainda na Escola Técnica do Exército, em instalações do Ministério da Aeronáutica, junto ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Estes alunos diplomaram-se no final de 1950, já em São José dos Campos-SP, após a transição iniciada em 21 de maio daquele ano. Nesta época, começavam a chegar professores dos Estados Unidos como Theodorsen e Fayette Taylor, ambos do MIT. Richard Smith tornava-se o primeiro reitor.

Vale citar que Santos-Dumont, em 1918, em seu livro "O que eu vi. O que nós veremos." registrou a ideia da criação de uma escola técnica no Brasil, voltada para a aviação, antevendo um centro de tecnologia que só se efetivaria cerca de 30 anos mais tarde:

"Eu, que tenho algo de sonhador, nunca imaginei o que tive ocasião de observar, quando visitei uma enorme fábrica nos EUA. Vi milhares de hábeis mecânicos ocupados na construção de aeroplanos, produzindo diariamente de 12 a 18. Quando o Congresso Americano acaba de ordenar a construção de 22.000 dessas máquinas, nós, aqui, não encaramos ainda esse problema com a atenção que merece. A principal dificuldade para a navegação aérea está no progresso dos motores... Já o aço tem sido melhorado... É tempo, talvez, de se instalar uma escola de verdade em um campo adequado... Margeando a linha da Central do Brasil, especialmente nas imediações de Mogi das Cruzes, avistam-se campos que me parecem bons. Os alunos precisam dormir junto à Escola, ainda que para isso seja necessário fazer instalações adequadas... Penso que, sob todos os pontos de vista, é preferível trazer professores da Europa e dos EUA, em vez de para lá enviar alunos. Meu mais intenso desejo é ver verdadeiras Escolas de Aviação no Brasil. Ver o aeroplano, hoje poderosa arma de guerra, amanhã meio ótimo de transporte, percorrendo as nossas imensas regiões, povoando nosso céu, para onde, primeiro, levantou os olhos o Pe. Bartolomeu Lourenço de Gusmão"


Confirmando a visão do Pai da Aviação, o ITA inovou no ensino superior brasileiro. Os alunos dispunham de moradia no campus e bolsa oferecida pela escola. O curso era gratuito e os professores trabalhavam em regime de dedicação integral ao ensino e à pesquisa, sistema até então adotado somente pela Universidade de São Paulo. A estrutura da escola era departamental e os cursos, semestrais, conforme o modelo norte-americano. O ambiente cultural do ITA estava mais próximo de uma universidade do que de um centro de pesquisa militar. O inglês era a língua mais utilizadas nos cursos, que envolviam professores de mais de 20 nacionalidades, alguns deles pesquisadores com projeção em suas áreas, como o matemático irlandês Francis Dominic Thurnaghan. Também eram intensas as relações da escola com o mundo acadêmico brasileiro. O primeiro titular do Departamento de Física, Paulus Aulus Pompéia, vinha da USP, onde era colaborador de Gleb Wataghin. Ele se aproximara de oficiais da aeronáutica pela necessidade de valer-se de aviões capazes de voar a uma altitude de sete mil metros, para a realização de experimentos sobre raios cósmicos. O ITA foi pioneiro sobretudo em sua primeira década de existência. Em 1951 instituiu o primeiro curso de engenharia eletrônica. Dez anos depois criou a primeira pós-graduação em engenharia e em 1963 instalou um laboratório de processamento de dados. Em sessenta anos (1950-2010) o ITA formou mais de cinco mil engenheiros.


Vídeo institucional ITA

Esses recursos humanos fizeram-se presentes no desenvolvimento de diversas tecnologias no Brasil. O uso do álcool em motores a combustão foi estudado pioneiramente no CTA pelo professor Urbano Stumpf, da turma de 50. Um grupo de alunos realizou o projeto do computador Zezinho, o primeiro construído no país. Os principais dirigentes da Embraer formaram-se na Escola, como Ozires Silva, da turma de 62. A trajetória do ITA revela o alto retorno dos investimentos realizados pelo país no ensino superior. O ITA trouxe para o Brasil o projetista alemão Henrich Focke, que desejava desenvolver o projeto de um aparelho convertiplano, capaz de decolar na vertical e voar como um avião. A vinda de Focke em 1951 ampliava as atividades de pesquisa no ITA. O projeto envolveu cerca de 20 especialistas e uma equipe de 40 pessoas. Embora sem resultados práticos, o projeto contribuía para a formação de pessoal. Em fins de 1953 foi interrompido e, em 1955, Focke deixou o país, mesmo ano em que foi criado o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) do CTA. Diversos projetos de pesquisa foram realizados no IPD. Hans Swoboda, um auxiliar de Focke que se radicara no Brasil, projetou um helicóptero experimental de dois lugares em 1955, denominado “Beija-Flor”.


Um protótipo foi construído, voando até 1965, quando o aparelho sofreu um acidente. O projeto não teve continuidade.

Também no IPD foi projetado o avião Bandeirante, que deu origem à Embraer.


No dia 26 de outubro de 1968, em cerimônia oficial, no CTA, com a presença do Ministro da Aeronáutica, vários Ministros de Estado, de autoridades civis e militares e cerca de 15 mil pessoas, que afluíram ao Aeroporto de São José dos Campos, foi realizado o voo oficial da aeronave Bandeirante. Uma exclamação geral elevou-se aos ares, ao serem abertas as portas do hangar X-10 para a saída e apresentação oficial da aeronave. O Maj. Mariotto e o Eng. Michel partem da cabeceira da pista para a realização da primeira decolagem e do primeiro voo oficial do Bandeirante, numa inesquecível demonstração ao país da existência de condições, capacidade e competência na consolidação e progresso da indústria aeronáutica brasileira.


Fontes: Vencendo o Azul / Museutec / Youtube

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sábado, 13 de janeiro de 2024

AMAB

É o Vachet
Confira a sequência de vídeos com a história da implantação da linha francesa de correio aéreo, a Aéropostale, no Brasil, na década de 1920. Trata-se, portanto, da história da aviação comercial do Brasil e da precursora da Air France, também imortalizada na obra de Antoine de Saint-Exupéry, autor, entre outros livros, de O Pequeno Príncipe (1943).

AMAB
A Associação Memória da Aéropostale no Brasil é uma associação sem fins lucrativos cujo principal objetivo é realizar o inventário dos vestígios materiais e imateriais da antiga companhia de correio aéreo francesa (1918-1933), Latécoère-Aéropostale, nas 11 escalas que foram instaladas na costa brasileira. A AMAB apoia projetos relativos à memória franco-brasileira como exposições, eventos, manifestações culturais sobre o tema dos primórdios da aviação civil.

Visite o canal: AMAB

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 5 a 11 de janeiro
O FAB em Destaque desta sexta-feira (12/01) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 5 a 11 de janeiro. Entre elas, destacamos as ações da Operação Ponte Aérea, que completou dois meses de atuação nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) e em Guarulhos, em São Paulo (SP); a conclusão do Curso de Formação de Líder de Esquadrilha de Caça (CFLEC) da Força Aérea Brasileira, por um Capitão-Tenente da Marinha do Brasil, demonstrando a parceria histórica existente entre as Forças Armadas. Nesta edição, abordamos, ainda, a transmissão do cargo de Comandante de Preparo e a ação do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA), que realizou o sonho de uma criança, portadora de uma síndrome rara, de voar nas aeronaves da FAB.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Aviação Agrícola

Congresso da Aviação Agrícola do Brasil já tem 96 marcas confirmadas para a edição de 2024
O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) informa que, cerca de 220 dias antes do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg) 2024, que será realizado em Mato Grosso, a programação marcada para 20 a 22 de agosto já tem 96 marcas confirmadas para a sua mostra de tecnologias, equipamentos e serviços. Segundo o Sindicato, o número já revela a grandiosidade esperada para o evento que ocorrerá no aeroporto de Santo Antônio do Leverger, a cerca de 30 quilômetros do Centro da capital Cuiabá. Com a virada do ano marcando o fechamento do Lote de Lançamento na reserva de estandes, o Congresso AvAg entra agora na comercialização do Lote 1 de espaços na mostra comercial, ainda com preço diferenciado, mas com prazo de pagamento (e descontos) diminuindo a cada etapa de reservas até agosto. Ao mesmo tempo, a entrada de 2024 marcou a ativação do Comitê de Gestão do Congresso AvAg, que é liderado pela presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos. Com isso, as coordenadoras administrativa e operacional do Congresso, Marília Luíze Schüler e Janete Lima, seguem em suas funções, porém, agora integrando um grupo que tem também o diretor executivo do Sindag e do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Gabriel Colle, e os diretores operacionais do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, e do Instituto aeroagrícola, Michele Fanezzi. O grupo macro tem a finalidade de reforçar o planejamento da edição deste ano, que chegou a um novo patamar, com a expectativa de novos recordes. Assim, os próximos passos serão bater o martelo sobre o tema principal do evento e aprovar orçamento, plano de comunicação e metas do Congresso, além de já se ir discutindo o local das próximas edições.

Continental e Científico
Além de ser por si só um dos maiores encontros aeroagrícolas do mundo, o Congresso AvAg de Cuiabá 2024 terá abrangência continental, já que englobará também o Congresso Mercosul e Latino-Americano de Aviação Agrícola – segundo o revezamento anual que ocorre entre a entidade aeroagrícola brasileira, a Associação Nacional de Empresas Privadas Aeroagrícolas do Uruguai (Anepa) e a Federação Argentina de Câmaras Agroaéreas (Fearca). Ao mesmo tempo, seguem os preparativos para o Congresso Científico da Aviação Agrícola 2024. O evento, que anualmente ocorre dentro do Congresso AvAg, já tem inscrições abertas para pesquisas de estudantes e pesquisadores de universidades, além de consultores técnicos de todo o País. O tema central do concurso deste ano é Tecnologia e Sustentabilidade da Aviação Agrícola. Os trabalhos devem ser enviados para o Sindag pelo email sindag@sindag.org.br, colocando no assunto: Congresso Científico 2024. Os participantes defenderão (presencialmente ou online) seus trabalhos no primeiro dia do evento em Mato Grosso (20 de agosto), com a divulgação dos resultados ocorrendo no encerramento do Congresso AvAg (dia 22). Informações como premiação, jurados, formulários e resumo de trabalhos vencedores e outros dados podem ser conferidos no endereço sindag.org.br/projetos_sindag/congresso-cientifico. Outras informações sobre o Congresso AvAg estão em congressoavag.org.br.

Fonte: AEROIN / Murilo Basseto

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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Carreiras na Aviação

Força Aérea abre inscrições para processo seletivo de Sargentos com 100 vagas

Inscrições podem ser feitas entre os dias 10/01/2024 e 02/02/2024

A Força Aérea Brasileira (FAB) abre inscrições para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargentos da Aeronáutica (EAGS) do ano de 2025. O concurso oferece 100 vagas para candidatos com nível médio completo, proporcionando a oportunidade de ingressar em uma carreira militar na FAB. O período de inscrições é de 10/01/2024 a 02/02/2024 até às 15h30 (horário de Brasília). Os interessados devem realizar suas inscrições no site oficial do processo seletivo e a taxa de inscrição é de R$95,00. As provas estão agendadas para o dia 14/04/2024. Os candidatos serão submetidos a avaliações que abordarão conhecimentos específicos necessários para o Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica.

Mais informações
Para obter informações detalhadas sobre requisitos, cronograma e orientações essenciais, os interessados devem acessar o site oficial: www.ingresso.eear.fab.mil.br. O contato (12) 2131-7576 também está disponível para sanar possíveis dúvidas dos candidatos.

Fonte: FAB

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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Aero - Por Trás da Aviação

Como surgiu o Girocóptero?
A história dos girocópteros começa no século 20 com o inventor espanhol Juan de la Cierva, precursor do helicóptero moderno. Em 1921, ele criou protótipos de autogiros, aeronaves com rotor não motorizado substituindo asas fixas. Após várias iterações, seu C.4 com pás oscilantes permitiu voos estáveis. Em 1923, realizou o primeiro voo documentado em Madri. A configuração pusher surgiu em 1930. Girocópteros possuem rotor em auto-rotação, gerando sustentação através das pás. São versáteis, voando devagar com segurança e decolando em espaços reduzidos. Vantagens incluem simplicidade, baixo custo e custos operacionais menores que helicópteros. Desvantagens envolvem limitações operacionais, capacidade de carga e velocidade limitada. São usados militarmente, na agricultura e serviços aeromédicos. Projetos notáveis incluem Kamov Ka-22 e Fairey Rotodyne. Atualmente, o PAL-V Liberty é um girocóptero/carro híbrido.

O piloto Fernando De Borthole criou o Aero - Por Trás da Aviação onde apresenta os bastidores e curiosidades do tema, com uma linguagem bastante didática, leve e descontraída, o que tornou os nossos NINJAS fãs do Fernando, do portal e do canal. Confira! 


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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Pioneiros

Vicentina Gomes da Silva
Em 8 de janeiro de 1928 ocorreu o primeiro salto de paraquedas realizado por uma brasileira: a jovem Vicentina Gomes da Silva saltou sobre o Campo de São João, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Vicentina trabalhava como doméstica na casa do brigadeiro Nicomedes Moreira Rohrig que organizou uma sequência de saltos no Brasil, com paraquedistas franceses, homens e mulheres. Os franceses traziam uma atração especial, a paraquedista Juliette Brille que, na hora de pular, alegou haver muita turbulência e desistiu da exibição. Vicentina ouviu a conversa enquanto servia a mesa e sentiu o desespero de seu patrão, o brigadeiro Rohrig. Num gesto de arrojo e fatalismo, ela se ofereceu para saltar no lugar de Juliette. Foi aceita sem contestação e ainda recebeu a promessa de oferta em dinheiro, para que o show de saltos não pousasse no fracasso.
Nos dias seguintes, os jornais divulgaram o corajoso feito de Vicentina Gomes da Silva.


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domingo, 7 de janeiro de 2024

Especial de Domingo

Anualmente, especialmente neste mês, publicamos conteúdo sobre o pioneiro avião São Paulo e o seu inventor, naturalizado brasileiro, Dimitri Sensaud de Lavaud. Em 7 de janeiro de 1910, há exatos 114 anos, ele tornava-se o primeiro piloto do continente sul-americano a levantar voo numa máquina mais pesada do que o ar, construída com projeto, mão de obra e matéria-prima totalmente brasileiras.
Boa leitura.
Bom domingo!

O AVIÃO SÃO PAULO

Dimitri Sensaud de Lavaud (1882-1947) inventor e engenheiro de ascendência francesa, nascido na Espanha, naturalizado brasileiro, construiu o primeiro avião nacional. Filho do casamento de um francês com uma russa, antes de se mudar para o Brasil, viveu na Suíça, Turquia e Grécia.

Em Osasco desde 1898, a família Lavaud se instalou no chalé Bricola, construído menos de uma década antes pelo banqueiro Giovanni Bricola, no alto de um morro em uma área então distante do centro urbano.

Esta residência, onde hoje está instalado o museu “Dimitri Sensaud de Lavaud”, nos remete a um passado que a glorifica. É um casarão muito luxuoso para a época.

A memória do primeiro proprietário está presente nas portas de entrada e nas janelas que dão para o fundo do casarão com as iniciais do seu nome em metal. Giovanni Bricola residia em São Paulo e o utilizava como casa de campo. Na época de sua inauguração era cercado de árvores frutíferas entre elas muitas pereiras, que perduraram até o início dos anos sessenta.


A família Sensaud de Lavaud foi a segunda a residir ali, onde Dimitri se dedicou ao ambicioso projeto de construção de um avião. Seu pai comprou uma olaria e, em seguida, tornou-se sócio de indústrias de cerâmica da região.

Ainda adolescente, Dimitri Lavaud já se dedicava a leitura de livros técnicos, construir barcos a vela e a jogar xadrez.

Em 1903 casa-se com a brasileira Bertha Rachoud.

Aos 26 anos, iniciou os projetos e cálculos para a realização de seu sonho: projetar e construir um avião. O aeroplano São Paulo, cujo esqueleto media 10,2 metros de comprimento por 10 metros de envergadura, ficou pronto em fins de 1909, e todas as suas peças foram feitas no Brasil.

"Ele era nosso Thomas Edison, um homem fantástico", compara o engenheiro civil Pierre Arthur Camps, citando o célebre inventor norte-americano.

Camps, cujo avô era irmão da sogra de Lavaud, sempre foi um admirador da história do aviador.

Em 2007, construiu uma réplica do São Paulo, doada ao Museu Asas de Um Sonho, atualmente fechado, mas que foi mantido pela companhia aérea TAM na cidade de São Carlos, interior do Estado de São Paulo. "Levei um ano para construir o avião, com base em desenhos da época" , recorda-se. "Precisei reprojetá-lo."


Dimitri Sensaud de Lavaud era aficionado por engenharia mecânica e encomendara na Europa dezenas de publicações científicas. Muito curioso, Dimitri pesquisava tudo sobre aviação.

É provável que tenha conhecido Santos Dumont, pois Victor Brecheret tinha uma casa no bairro de São Francisco, que faz divisa com Osasco, onde recebera a visita de Dumont. Em Osasco, naquela época, havia muitas chácaras. Os modernistas, Oswald e Mario de Andrade e Tarsila do Amaral, frequentemente passavam os finais de semana no bairro paulistano.

Dimitri já era casado quando em 1909, carregando seus rascunhos, se dirigiu à oficina Graiy Martins, que se localizava em frente à estação Júlio Prestes, em São Paulo. Procurava um mecânico habilidoso, capaz de transportar para o metal o seu projeto do motor.

Indicaram-lhe Augusto Fonseca, um mecânico experiente, mas como este cobrou muito caro pelo trabalho, ele acertou com Lourenço Pellegatti, um jovem de dezessete anos que, apesar da pouca idade, já se destacava como um bom profissional.

No domingo seguinte, Pellegatti, que morava na Lapa, foi de bicicleta ao chalé onde moravam os pais do amigo. E, já naquele domingo, os dois se entregaram de corpo e alma à construção do avião. Era tanto o entusiasmo que o jovem mecânico não voltou para casa, deixando os pais apreensivos.

Dias depois, seu irmão mais velho o localizava em Osasco, tão preocupado com os rumos da construção do avião que não se dera conta da preocupação que seu desaparecimento provocaria nos familiares.

O inventor continuava seus estudos e, muitas vezes, acordava o mecânico em plena madrugada, para mostrar-lhe alguma nova descoberta no projeto em andamento. Quando Pellegatti discordava dele, ofendia-o, com o carregado sotaque francês que adquirira em família. Mas, logo depois, pedia desculpas ao reconhecer que o amigo mecânico estava com a razão.

O comendador Evaristhe Sensaud de Lavaud, pai de Dimitri, possuía uma oficina mecânica muito bem montada, na Cerâmica Osasco, de sua propriedade. No entanto, as peças requeriam a utilização de tornos muito delicados, que não existiam em sua oficina.

Para isso, o inventor recorreu à oficina de reparos de papelão Sturlini–Matarazzo, localizada na Rua da Carteira, em Osasco, assim denominada porque na época ali se fabricavam carteiras. Atualmente, essa rua se chama Narciso Sturlini.

Ali realizou a maior parte do trabalho. Depois os dois se transferiram para a “Garagens Reunidas”, na Rua Florêncio de Abreu, centro de São Paulo, onde concluíram a construção do aparelho.A montagem final aconteceu em Osasco.


Dimitri e Pellegatti realizaram algumas experiências com o motor, mas foram todas frustradas. Desiludidos, abandonaram o projeto por mais de um mês. Algumas peças dos cilindros eram muito delicadas e precisaram ser substituídas para que o motor funcionasse de forma satisfatória.

Durante vários dias, novos testes e, depois de um trabalho exaustivo tanto na colocação como na regulagem dessas peças, conseguiram alguns resultados positivos.

No dia três de janeiro de 1910, Sensaud de Lavaud, Lourenço Pellegatti e outros auxiliares que, entusiasmados, haviam se associado aos dois naquela tarefa, viram finalmente o motor funcionar ininterruptamente por duas horas.


Finalmente, em 7 de janeiro, o piloto Dimitri Sensaud de Lavaud, calmo e sorridente, dá sinal para que as pessoas se afastem, deixando o caminho livre para sua passagem. Partindo muito rápido, o avião levanta voo. Deslizando 70 metros sobre o terreno da rampa, que atualmente dá visão para a Avenida João Batista, Dimitri chega a uma altura de 3 a 4 metros do chão. Percorreu cerca de 105 metros em 6 segundos e 18 décimos.

De repente o motor parou, o que causou uma aterrissagem brusca, danificando as rodas dianteiras. Dimitri, que nada sofreu, sai do avião indignado, mesmo enquanto o público o aclamava. Tentando explicar ao público que pretendia ter voado mais de 10 segundos, acabou falando com ele mesmo já que as pessoas não deram ouvidos.

Não era para menos, afinal, naquele instante, tornava-se o primeiro piloto do continente sul-americano a levantar voo numa máquina mais pesada do que o ar, construída com projeto, mão de obra e matéria-prima totalmente brasileiras.

No dia seguinte, a história foi contada pelo O Estado de São Paulo, sem economia de adjetivos, e a foto do aviador ficou exposta na vitrine da sede do jornal.


Assim, foi inaugurada a aviação em toda a América do Sul e Dimitri mostrou que sonhos poderiam se transformar em realidade. Ele iria tentar mais três voos no Brasil com duas aeronaves diferentes – sem sucesso.

Uma invenção casual, no entanto, transformou sua vida. Ao tentar consertar o primeiro avião, num golpe de sorte, Lavaud descobriu uma forma de fabricar tubos em larga escala. A invenção foi patenteada, e ele criou a Companhia Brasileira de Metalurgia.

Em 1916, trocou o Brasil pelo Canadá. Na década de 20, mudou-se para a França - onde se estabeleceu até a sua morte, em 1947.

Durante a Segunda Guerra Mundial, chegou a ser preso, a mando dos alemães, para que contribuísse com conhecimento tecnológico. A embaixada brasileira na França atuou por sua libertação.


Além de aviador, Dimitri foi um inventor prolífico e um personagem importante do Século XX. Com mais de mil patentes registradas, ele revolucionou a indústria mundial de tubos metálicos e trouxe inovações para outras áreas, como a automobilística e a própria indústria da aviação.

Em Paris, ele fabricou o Sensaud de Lavaud, um carro com câmbio automático, invenção que só iria se popularizar nos automóveis em fins do Século XX.

Fontes: Estadão / Museu TAM

Pesquise: Biblioteca NINJA 1910 - O primeiro voo do Brasil

INCAER: Efemérides 

Visite: www.primeirovoodobrasil.blogspot.com 

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sábado, 6 de janeiro de 2024

Aviação do Exército

HM-1 Pantera do Exército vai apoiar a FAB nas buscas pelo helicóptero que desapareceu no litoral paulista
Uma aeronave do 2º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx), do Comando de Aviação do Exército (CAvEx) de Taubaté (SP), foi mobilizada para auxiliar nas buscas pelo helicóptero Robinson R44, registrado sob matrícula PR-HDB, que desapareceu no dia 31 de dezembro ao deixar São Paulo com quatro pessoas a bordo. O helicóptero HM-1 Pantera pousou no Aeroporto de São José dos Campos nesta sexta-feira (5) e aguarda orientações da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela coordenação das operações de busca, segundo noticia o g1. A aeronave conta com uma tripulação composta por dois pilotos, mecânico de voo e três militares da equipe de Busca e Salvamento, capacitados para operar inclusive no período noturno com o uso de Óculos de Visão Noturna (OVN). Além do Exército, a Polícia Militar de São Paulo conta com uma aeronave H125 Esquilo que auxilia nas buscas. Desde o dia 1º de janeiro, a FAB já está envolvida na missão de busca, utilizando uma aeronave SC-105 Amazonas (Airbus C295 Persuader), pertencente ao Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV) – Esquadrão Pelicano. Com mais de 32 horas de voo até o final da tarde de hoje, a operação é composta por 15 tripulantes especializados em Busca e Salvamento, coordenados pelo SALVAERO. Entretanto, as condições meteorológicas e o relevo montanhoso na região têm prejudicado as buscas. As operações chegaram a ser suspensas no final da manhã devido ao tempo ruim, mas foram retomadas por volta das 15h, após melhoria nas condições climáticas nas áreas de busca. O caso O helicóptero desaparecido, um Robinson R44, decolou do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, às 13h15, com destino a Ilhabela, no litoral paulista. Um vídeo enviado pela jovem a bordo para seu namorado, por volta das 14h, antes do desaparecimento, mostrava condições de visibilidade desfavoráveis durante o voo. As investigações preliminares sugerem que a aeronave possa estar localizada em alguma área entre a Serra do Mar, uma região de floresta densa do bioma Mata Atlântica, e Caraguatatuba (SP), cidade próxima ao arquipélago de Ilhabela.

Fonte: AEROIN / Juliano Gianotto

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 29/12 a 04/01
O FAB em Destaque desta sexta-feira (05/01) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 29 de dezembro a 04 de janeiro. Nesta edição, destacamos as buscas por um helicóptero com quatro ocupantes que desapareceu, no domingo (31/12), e estava a caminho do litoral norte paulista. No primeiro dia de 2024, uma aeronave C-99 do Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1°/2º GT) - Esquadrão Condor foi acionada para realizar o transporte de um fígado, de Cacoal/Rondônia para Sorocaba/São Paulo. Ainda sobre a Retrospectiva de 2023, relembramos as principais conquistas dos atletas de alto rendimento da FAB, que após dois anos de pausa devido à pandemia retornaram às competições e trouxeram títulos, conquistas e posições destacadas em rankings mundiais.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Esporte

Retrospectiva 2023:
Relembre as principais conquistas dos atletas da FAB

Os atletas trouxeram títulos,
além de colocarem o Brasil em rankings mundiais

O ano de 2023 ficou marcado por acontecimentos importantes e diversas conquistas esportivas envolvendo os atletas militares do Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) da Força Aérea Brasileira (FAB) e pelas missões da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), presidida pelo Major-Brigadeiro do Ar José Virgílio Guedes de Avellar. Após dois anos sem muitas competições nacionais e internacionais devido à pandemia da Covid-19, o retorno às atividades desportivas trouxe títulos, conquistas e posições em rankings mundiais. O Vice-Presidente da CDA, Coronel Infantaria Rodrigo Felipe Monteiro, enfatizou os pontos positivos do ano de 2023 para o esporte brasileiro. "Nossos militares pertencentes ao Programa de Atletas de Alto Rendimento tiveram a oportunidade de participar e conquistar títulos importantes em campeonatos nacionais e internacionais durante o ano e puderam competir em igualdade com outros atletas de várias nacionalidades, elevando o nível técnico de cada modalidade. Para 2024, teremos as Olimpíadas e veremos nossos atletas representarem nosso país com muita garra e determinação", disse. No mês de janeiro, os militares do PAAR, que já faziam parte do Programa, iniciaram o ano com o Estágio de Nivelamento de Conhecimento Militar. Os atletas receberam instruções de Ordem Unida, Regulamentos do Comando da Aeronáutica, História da FAB, Mídias Sociais, entre outras atividades, como conhecer a rotina dos cadetes na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), os Esquadrões da Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro, e a rotina dos alunos da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP). As competições iniciaram no mês de fevereiro e os atletas se destacaram no decorrer do ano, nas modalidades de Atletismo, Basquete, Canoagem, Ciclismo, Ginástica Artística, Judô, Lifesaving, Maratonas Aquáticas, Natação, Paradesporto, Pentatlo Aeronáutico, Tiro com Arco, Tiro Esportivo e Taekwondo.
Diversos militares foram destaques, entre eles o Sargento Marcus Vinícius D´Almeida, que participou das etapas do Campeonato da Copa do Mundo de Tiro com Arco, na China, França, Alemanha e México, finalizando o ano como o melhor arqueiro do mundo e garantindo vaga olímpica. As equipes de Basquete 3x3, feminino e masculino, participaram do Segundo Campeonato de Basquete 3x3 do Conselho Internacional de Desporto Militar (CISM) na Lituânia. O time feminino conquistou o primeiro lugar e o time masculino o segundo lugar na competição. A Sargento Vitória Maria Domingos Marcelino foi eleita a melhor atleta do campeonato.
Na modalidade Canoagem Slalon, a Sargento Ana Sátila Vieira Vargas já garantiu vaga olímpica para o Brasil em 2024. E os atletas da Ginástica Artística fizeram história nas competições internacionais deste ano, conquistando títulos inéditos na Colômbia, França, Bélgica. Os Sargentos Diogo Brajão Soares, Jade Fernandes Barbosa, Flávia Lopes Saraiva, Lorrane dos Santos Oliveira e Caroline Mercer Winche Pedro garantiram vaga nas Olímpiadas de 2024. A equipe de Paraquedismo da FAB – Falcões conquistou a segunda colocação no 45ª Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre; terceira colocação no Campeonato Brasileiro de Paraquedismo Clássico; primeira colocação na modalidade Precisão por equipe e terceira colocação na modalidade Formação em Queda Livre por equipe.
Na modalidade Maratonas Abertas, a Sargento Viviane Jungblut Eichelberger participou como integrante da equipe no Campeonato Mundial do Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM) de Águas Abertas na Espanha, conquistando o bronze. A equipe de Funcional Fitness participou da Competição de Crossfit Wod Land em Brasília (DF) e finalizou em quarto lugar.
A Sargento Especialista em Meteorologia Ellen Caroline dos Santos, atual campeã do Pentatlo Aeronáutico, participou da votação do Conselho Regional do Desporto Militar (CISM) para concorrer ao título de Destaque Esportivo Militar do Conselho Internacional de Desporto Militar (CISM) 2022. Este ano também foi marcado pela homenagem realizada pelo Ministério da Defesa, por meio do Ministro José Mucio Monteiro Filho, pela atuação dos atletas brasileiros no Pan-Americano de Santiago, no Chile. Na ocasião, os 18 atletas medalhistas da FAB foram condecorados com a Medalha de Mérito Desportivo Militar, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em dezembro.
No decorrer de 2023, a Comissão de Desportos da Aeronáutica promoveu, apoiou e participou de diversas atividades desportivas e capacitações e instruções das legislações, realizou o Curso para Aplicador do Teste de Condicionamento Físico (CATF), o Estágio para Aplicação do Teste de Condicionamento Físico (EATF), o Curso para Orientação do Treinamento Físico Militar (COTF) e o Estágio par Orientação do Treinamento Físico Militar (EOTF) nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Pirassununga (SP), São José dos Campos (SP) e Guaratinguetá (SP).
A CDA também apoiou com a Equipe de Arbitragem nas competições das Organizações Militares da FAB e em competições entre as Forças Armadas, realizou a Corrida Santos Dumont no Aterro do Flamengo (RJ) e a Corrida da Paz no Museu Aeroespacial (RJ), participou do megaevento do Comitê Olímpico do Brasil, o COBEXPO, em São Paulo, e sediou a Competição GYMNASIADE 2023.

Fonte: CDA, por Tenente Daniele Jacovetti

Fotos: Tenente Daniele Jacovetti / CDA

Edição: Agência Força Aérea

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Segurança de Voo

ABRAPHE se posiciona sobre sequência de acidentes
A Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros- ABRAPHE, única entidade que representa exclusivamente os pilotos e a aviação por helicópteros no Brasil, informou que acompanha e colabora com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA, por meio dos seus serviços regionais, nas buscas e investigações sobre as ocorrências com helicópteros ocorridas nos últimos dois dias.

“Lamentamos profundamente e seguimos solidários às vítimas e seus familiares, bem como prestando o apoio necessário. Destacamos o fator atípico de três ocorrências em curto prazo de tempo, ressaltando a segurança das operações com helicópteros no Brasil, que na média dos últimos 05 anos têm registrado queda no número de acidentes”, disse a entidade.

Litoral Norte SP
Buscas aeronave Robinson 44 (R-44), prefixo PR-HDB
O momento prioritário é de localização da aeronave e sua tripulação para mais detalhes. É prematura qualquer afirmação quanto a causa, o que caberá à investigação pelos órgãos competentes. O que temos feito desde quando relatado o desaparecimento, é contribuído com Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA IV em informações desde as condições meteorológicas até as especificidades da máquina e dos voos na região.

“Com base no que pode-se observar em imagens e vídeos que circulam nas redes sociais, supostamente atribuídos a passageira da aeronave, esclarecemos que a aeronave em questão (Robinson 44) é certificada apenas para o voo visual, sendo por definição pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA:

VMC – Condições Meteorológicas de Voo Visual: Condições meteorológicas, expressas em termos de visibilidade, distância de nuvens e teto, iguais ou superiores aos mínimos especificados para o voo visual, que em princípio, exigem teto de 450 metros e visibilidade igual ou superior a 5 quilômetros, embora outros valores possam ser aplicáveis, conforme a situação do voo pretendido.

IMC – Condições Meteorológicas de Voo por Instrumentos: Condições meteorológicas expressas em termos de visibilidade, distância de nuvens e teto, inferiores aos mínimos especificados para o voo visual (VMC – Condições Meteorológicas de Voo Visual).

Pela regulamentação, piloto e aeronave devem estar homologados a voar por instrumentos, quando for o caso. Seguiremos acompanhando as buscas e os desdobramentos e investigação a respeito”.

Capitólio - região Sul de Minas Gerais
Acidente aeronave EC 120B, prefixo PP-MMA
“Lamentamos profundamente o ocorrido, torcemos pela pronta recuperação das vítimas socorridas e nos solidarizamos com os familiares da vítima fatal. Seguiremos acompanhando de perto, via nossa matriz e a nossa regional ABRAPHE Minas, a investigação sobre as causas do acidente. Aguardaremos o resultado para qualquer manifestação adicional a respeito”.

Santa Luzia - interior do Maranhão
Acidente com helicóptero agrícola
“Recebemos com pesar a ocorrência e caberá a investigação conduzida pelo CENIPA apontar a causa responsável pelo acidente”.

Próximos Passos:
É função da ABRAPHE acompanhar proximamente os relatórios de segurança e disseminar os resultados aos mais de 2 mil pilotos de helicópteros em operação no País, em seminários e simpósios realizados com o apoio e a parceria do CENIPA em todo Brasil, bem como facilitar o acesso aos Safetys ABRAPHE ao maior número de empresas e pilotos em todo País, com vistas a alcançar o propósito de zero acidente com helicópteros no País.

“Reforçamos nossa crença no potencial da aviação por asas rotativas no desenvolvimento social e econômico do País e investimos em programas junto aos pilotos, voltados à prevenção de acidentes e segurança das operações com helicópteros no País, o que tem gerado resultados positivos na redução do número de acidentes e fatalidades envolvendo helicópteros. Adicionalmente, destacamos os mais de 25 mil empregos diretos gerados pela aviação por asas rotativas no Brasil”.

Fonte: AEROIN/Carlos Ferreira, com informações da ABRAPHE

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terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Aero - Por Trás da Aviação

O Voo 375 da VASP - O caso que virou filme
No dia 29 de setembro de 1988 o voo VASP 375 foi sequestrado com o objetivo de jogar o avião no Palácio do Planalto. Essa história virou filme e, nesse vídeo, Fernando De Borthole conta mais sobre o acontecimento e, também, entrevista parte do elenco e equipe de produção do filme O Sequestro do Voo 375. O piloto Fernando De Borthole criou o Aero - Por Trás da Aviação onde apresenta os bastidores e curiosidades do tema, com uma linguagem bastante didática, leve e descontraída, o que tornou os nossos NINJAS fãs do Fernando, do portal e do canal. Confira!


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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Efemérides Aeronáuticas - Janeiro


Efemérides - Janeiro


INCAER
Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica 





1864
Nasceu em Macaíba, Natal/RN, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, um dos precursores da aviação, “pioneiro dos dirigíveis semi-rígidos”. (11 de janeiro)

1867
O Ministro da Guerra, através de expediente confidencial, deu instruções ao diplomata Henrique Cavalcanti de Albuquerque, Cônsul brasileiro em Nova Iorque para, com a maior urgência possível, providenciar a fabricação, para o Exército Brasileiro em campanha, um balão de observação. (25 de janeiro)

1892
Gastão Galhardo Madeira publicou uma série de artigos no “Correio Paulistano”, sob os títulos: “Estudos sobre a aviação”; “Lei do voo e das aves”; “Teoria e aplicação dos aeróstatos”; e “O problema do mais pesado”. (Mês de janeiro)

1895
Augusto Severo ganhou um relógio de algibeira com a seguinte inscrição:”Gratidão da Mestrança e Operários da Marinha da Capital”. (1º de janeiro)

Por ocasião do acidente do balão dirigível “Pax”, ocorrido em 12 de maio de 1902, o referido relógio deixou registrada a hora da morte do inventor: 05 horas, 50 minutos e 54 segundos, conforme pode ser visto no Museu Aeroespacial – MUSAL, no Campo dos Afonsos/RJ.

1902
Santos Dumont chegou em Nice, na Côte d'Azur, vindo de Paris, tendo levado de trem o seu balão dirigível “Nº6”. (02 de janeiro)

Foi concluída a construção do hangar destinado a abrigar o “Nº6”, em Nice, cujas obras tiveram início no final de 1901. (18 de janeiro)

Santos Dumont realizou seu primeiro voo no Mediterrâneo sendo a ascensão um pouco dificultada pelos obstáculos próximos: o parapeito do cais, as árvores, os postes da rede elétrica e mesmo os telhados das casas vizinhas. (29 de janeiro)

1903
Foi aberto, no Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, o crédito especial de 20 contos de réis, para auxiliar a construção do aeróstato “Santa Cruz”, de José Carlos do Patrocínio (Decreto nº 4.747). (20 de janeiro)

1904
Faleceu, em Paris, Henri Lachambre, construtor dos balões de Santos Dumont. Sucedeu-lhe Carton, que tornou-se, também, grande admirador do aeronauta brasileiro. (12 de janeiro)

1905
A revista “L'Illustration”, editada em Paris, publicou um noticiário referente ao mais novo trabalho de Santos Dumont, batizado como o “Nº13”. (07 de janeiro)

Faleceu no Rio de Janeiro, com 52 anos, José Carlos do Patrocínio, idealizador do balão dirigível “Santa Cruz”. (30 de janeiro)

1907
O “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro, transcreveu uma entrevista concedida por Santos Dumont, em Roma, em dezembro de 1906, ocasião em que ele afirmou que “o futuro da aeronáutica depende mais dos aeroplanos do que dos balões dirigíveis”. (27 de janeiro)

1909
Santos Dumont recebeu o seu primeiro brevê de aviador, concedido pelo Aeroclube da França. (07 de janeiro)

1910
Ocorreu o primeiro voo de um avião de construção totalmente nacional, o monoplano “São Paulo”, inicialmente denominado “D.S.L.”, abreviatura do francês Demetrie Sensaud de Lavaud, industrial radicado em Osasco/SP e que teve a colaboração do torneiro mecânico brasileiro Lourenço Pellegati para projetar o referido avião. (07 de janeiro)

O “São Paulo” foi, pois, o primeiro avião inteiramente projetado e construído no Brasil, e que realizou o primeiro voo na América do Sul.

O paulista Gastão de Almeida voou em seu biplano “Rio Branco”, na cidade de São Paulo, percorrendo a distância de 300 metros, entre 2 a 4 metros de altura. (10 de janeiro)

Nascimento do Brig. Nero Moura (Patrono da Aviação de Caça), em Santa Cruz do Sul/RS. (30 de janeiro)

1911
Em avião biplano Farman, pilotado pelo italiano Germano Ruggerone, em São Paulo, voou a primeira mulher no Brasil, a Srta Renata Crespi. (08 de janeiro)

1913
Com o objetivo de formar aviadores militares brasileiros, foi assinado um ajuste entre o Ministro da Guerra, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva e a firma “Gino, Bucelli e Cia”, para o funcionamento da “Escola Brasileira de Aviação”, no Campo dos Afonsos”. (18 de janeiro)

1915
O Ten Ricardo Kirk e o aviador civil Ernesto Darioli, em seus respectivos aviões Morane Saulnier, realizaram o primeiro voo experimental de reconhecimento aéreo na região do Contestado, a partir da localidade de Porto União e sobre os rios Iguaçu e Timbó, com duração superior a uma hora. (04 de janeiro)

Ocorreu outra missão de reconhecimento aéreo, pelo Ten Ricardo Kirk e o aviador civil Ernesto Darioli, em suas respectivas aeronaves, com a duração de uma hora, sobre os rios Iguaçu e Timbó, chegando a atingir a altitude de 2.200 metros. (19 de janeiro)

O Ten Ex Bento Ribeiro Carneiro Monteiro foi brevetado pela Escola Farman, na França (mês de janeiro)

1917
O Comandante da Escola de Aviação Naval, Capitão de Fragata Protógenes Pereira Guimarães, viajou no hidroavião Curtiss, matrícula C3, pilotado pelo Ten Antônio Augusto Schorcht, com destino a Campos/RJ, “num atribulado reide”, onde inaugurou nessa cidade, o Clube de Aviação Campista. (04 de janeiro)

Pelo decreto nº 12.364, foi aprovado o primeiro Regulamento da Escola de Aviação Naval, o qual estabelecia dois cursos: Formação de Piloto Aviador (em 03 meses) e Formação de Aviador Observador Militar (em 05 meses). (17 de janeiro)

Ao visitar a Escola de Aviação Naval, Santos Dumont voou, pela primeira vez como passageiro no Brasil, no hidroavião Curtiss, matrícula C2, pilotado pelo Ten Virginius Brito de Lamare. Foi sobrevoada a Baía de Guanabara. (25 de janeiro)

Foram enviados aos Estados Unidos, para estagiarem nas fábricas de aviões, o 1º Ten Raul Ferreira de Viana Bandeira e o 2º Ten Engenheiro Maquinista Victor de Carvalho e Silva, ambos da Aviação Naval. (mês de janeiro)

1918
Em ata do Aeroclube Brasileiro, ficou registrada a entrega da documentação referente ao invento do Sr Pimentel Lyd, denominado “Aeróstato Dirigível Misto Silencioso”, para exame da Comissão Técnica do Aeroclube, constituída dos seguintes membros: Dr Jorge Lage, Ten Newton Braga, aviador Ernesto Darioli e Sr Gentil Filho. (02 de janeiro)

1919
Foi estabelecido um uniforme exclusivo para os pilotos aviadores, considerando-se que “os atuais uniformes do Exército não se prestam ao serviço especial de pilotagem dos aparelhos da aviação”(Decreto nº 13.416). (15 de janeiro)

Na mesma data, foi aberto crédito especial de 2.000 contos de réis para “organizar o Serviço de Aviação Militar, fazer instalações, adquirir aeroplanos e o material necessário, estabelecer escolas de aviação, contratar professores e dar regulamento ao Serviço” (Decreto nº 13.417).

Foi aprovado por despacho do Ministro da Guerra, General Alberto Cardoso de Aguiar, o Quadro de Pessoal Efetivo da Companhia de Aviação, da futura Escola de Aviação Militar. (22 de janeiro)

Foi criada a Escola de Aviação Militar, destinada “a ministrar a instrução de piloto, de mecânico e de observador, para o Serviço Aeronáutico do Exército, aproveitando para o Curso de Aviação, os serviços da Missão Militar Francesa” (Decreto nº 13.451). (29 de janeiro)

Foi empossada a Diretoria da Seção Paulista do Aeroclube Brasileiro, tendo como Presidente: Antônio Prado Júnior e Diretor Técnico: Eduardo Pacheco Chaves (Edu Chaves).(mês de janeiro)

1920
O Ten Cel de Cavalaria Chrysanto Guimarães foi nomeado Comandante da Escola de Aviação da Força Pública de São Paulo, acumulando esse cargo com o que já desempenhava de Comandante do Regimento de Cavalaria. (07 de janeiro)

Foi diplomada, no Campo dos Afonsos, a primeira turma de Pilotos Aviadores da Escola de Aviação Militar, recebendo os respectivos brevês: Cap Raul Vieira de Melo, 1º Ten Anor Teixeira dos Santos, Pedro Martins da Rocha, José Felinto Trajano de Oliveira e Godofredo Franco de Faria, e 2º Ten Gil Guilherme Cristiano, Henrique Raymundo Dyott Fontenelle, Raul Luna, Ângelo Mendes de Morais, Salustiano Franklin da Silva e Ivan Carpenter Ferreira. (22 de janeiro)

Os concludentes dessa 1ª Turma receberam também o Diploma de Piloto Internacional, expedido pelo Aeroclube Brasileiro pela primeira vez a militares.

O aviador brasileiro Alfredo Correia Daudt decolou do Campo dos Afonsos, com uma aeronave Ansaldo SVA, equipada com motor de 270 HP, para tentar conquistar o reide Rio de Janeiro-Buenos Aires. (27 de janeiro)

1921
Obteve o diploma de Piloto Aviador Naval, o Cap Ex Marcos Evangelista da Costa Villela Júnior, autor dos projetos dos aviões “Aribu” e “Alagoas”.(mês de janeiro)

1924
Foi extinto o Serviço de Aviação da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, “dada à construção antiga dos aeroplanos adquiridos e por consequência já muito usados, não logrando maior êxito novel serviço”, conforme constou do relatório do Cel Afonso Emílio Massot, comandante Geral da referida Brigada. (24 de janeiro)

Foi autorizada a concessão de um prêmio de 100 contos de réis aos aviadores Euclídes Pinto Martins e Walter Hinton (Major do Exército dos Estados Unidos) – Decreto nº 4.823. (26 de janeiro)

Os mencionados aviadores realizaram a primeira ligação aérea Nova Iorque-Rio de Janeiro, no hidroavião Curtiss, biplano, bimotor, 400HP em cada motor, batizado como “Sampaio Correia II”, voando 10.532 quilômetros em 100:30horas. O Aeroporto de Fortaleza/CE recebeu o nome de “Pinto Martins”.

1925
Foi reativada a Esquadrilha de Aviação da Força Pública de São Paulo, sob o comando do Maj Bernardo Espínola Mendes (piloto aviador da turma de 1920), posteriormente substituído pelo Maj José Garrido. (1º de janeiro)

Foram definidas normas para a operação de companhias aéreas (Lei nº 4.911). (12 de janeiro)

O Artigo 19 da citada Lei, autorizou o Governo a contratar o transporte de correspondência postal por via aérea.

Ocorreu o voo exploratório das Linhas Aéreas Latecoère, na rota Rio de Janeiro-Buenos Aires, com o transporte de malas postais e jornais. Os três aviões Breguet-14, de 300 HP, decolaram do Campo dos Afonsos, pilotados por Paul Vachet (piloto chefe da empresa), Etienne Lafay e Victor Hamm, levando como mecânicos Gauthier, Estival e Chevalier. (14 de janeiro)

1927
Decolou da Baía da Guanabara, o hidroavião Dornier Wal, de 360 HP, batizado de “Atlântico”, pertencente ao Condor Syndikat, levando como passageiro, até Florianópolis, o Ministro da Viação e Obras Públicas do Brasil, o Engenheiro Victor Konder o qual iria inaugurar em Santa Catarina um aeroclube. (1º de janeiro)

Foi criada a Arma de Aviação do Exército – a “5ª Arma”, por lei de iniciativa do Senador Carlos Cavalcanti (Lei nº 5.168), sancionada pelo Presidente Washington Luiz Pereira de Souza e pelo Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo dos Passos. (13 de janeiro)

O Ministro Victor Konder, do Ministério da Viação e Obras Públicas, concedeu autorização à empresa alemã Condor Syndikat, com sede em Berlim, para estabelecer, a título precário e de experiência, o tráfego aéreo por meio de hidroaviões, entre o Rio de Janeiro e a cidade de Rio Grande/RS, com escalas em Santos, Paranaguá, São Francisco e Florianópolis. E,, ainda, entre Rio Grande e Porto Alegre, com escalas em Pelotas (Aviso nº 69/G, do MVOP). (26 de janeiro)

Ocorreu o voo do hidroavião “Atlântico”, voando do Rio de Janeiro a Porto Alegre, onde pousou a 29 de janeiro, estando a bordo Otto Meyer, que voltara da Alemanha, onde fora adquirir material para uma companhia a ser constituída no Brasil, a Empresa de Viação Aérea Rio Grandense de Transporte Aéreo, que mais tarde viria a ser conhecida como VARIG. (27 de janeiro)

1928
Foi instituída, por Portaria do MVOP, “em caráter provisório e a título de experiência”, a Comissão de Navegação Aérea, sediada naquele Ministério. (04 de janeiro)

Ocorreu o primeiro salto de paraquedas realizado por uma brasileira; a jovem Vicentina Gomes saltou sobre o Campo de São João, em Porto Alegre/RS. (08 de janeiro)

Foram declarados Aspirantes a Oficial, os seguintes cadetes da 1ª Turma da Arma da Aviação do Exército: Antônio Lemos Cunha, Casemiro Montenegro Filho, Márcio de Souza e Mello, Joelmir Campos de Araripe Macedo, José de Souza Prata, Orsini Araújo Coriolano e Nicanor Porto Virmond. (20 de janeiro)

O Governo Federal concedeu ao Sindicato Condor os direitos de estabelecer linhas aéreas regulares no território nacional (Decreto 18.075) (Mesma data)

1929
Foi diplomada a 2ª Turma de Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, constante dos seguintes cadetes: Benjamim Quintela (já era 2º Ten), Clóvis Monteiro Travassos, José Sampaio de Macedo, Waldemiro Advíncula Montezuma, Luiz Carneiro de Farias, Estêvam Leite de Rezende, Armando Perdigão, Joaquim Tavares Libânio, Manoel Pinto da Silva Vale e Lincoln Ribeiro Torres. (19 de janeiro)

Foram aprovadas as primeiras instruções para matrícula dos aviões da Aviação Militar, com a colocação de letras e números de forma a permitir a sua identificação. (20 de janeiro)

A letra K ficou reservada aos aviões da Escola de Aviação Militar; as letras A e J ficaram destinadas aos aviões das outras Unidades Aéreas a serem criadas.

Os aviões de combate foram numerados de 110 a 199, enquanto que os de treinamento, de 210 em diante (Despacho do Ministro da Guerra, Gen Sezefredo dos Passos).

A empresa Sindicato Condor foi autorizada a operar em todo o território brasileiro. (28 de janeiro)

1930
A Nyrba do Brasil inaugurou a linha Rio de Janeiro- Buenos Aires, operando o hidroavião Commodore de Nome “Buenos Aires”. (10 de janeiro)

Foi diplomada a 3ª Turma de Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, constante dos seguintes cadetes: Júlio Américo dos Reis (já era 2º Ten), Guilherme Aloysio Telles Ribeiro, Nelson Freire Lavenère-Wanderely, Benjamim Manoel Amarante, João de Almeida, João Adil de Oliveira, Artur da Mota Lima Filho, Agliberto Vieira de Azevedo, Martinho Cândido dos Santos, Homero Souto de Oliveira e Álvaro Domingos de Freitas. Confirmado no posto de 2º Ten: Synval de Castro e Silva. (21 de janeiro)

Foi concedida permissão à empresa Nyrba do Brasil para estabelecer tráfego aéreo no território brasileiro (Decreto nº 19.079). (24 de janeiro)

1931
Foi regulada a execução dos serviços aeronáuticos civis (Decreto nº 20.914). (06 de janeiro)

Os 11 hidroaviões Savoia Marchetti S- 55A que realizaram um deslocamento aéreo da Itália ao Brasil, comandados pelo General italiano Italo Balbo, “foram negociados na base de troca por café” e incorporados à Aviação Naval. (mês de janeiro)

1932
Foi regulada a execução dos Serviços Aeronáuticos Civis e instituído o Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB (Decreto nº 20.914). O Artigo 8º determinou que as tripulações das aeronaves nacionais fossem constituídas somente por brasileiros. (06 de janeiro)

Foi adotada nova fórmula de registro de aviões, em que a letra “P” foi substituída por “PP”, designativos de aeronaves comerciais

Foi criado o Estandarte da Aviação Militar (Decreto nº 20.987). (21 de janeiro)

Foram declarados 29 Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército, passando a constituírem a 5ª Turma. (25 de janeiro)

1933
Decolou do Rio de Janeiro, com destino a Montevidéu, a esquadrilha de demonstração de voos acrobáticos da Marinha, liderada pelo CC Djalma Fontes Cordovil Petit e tendo como alas os CT Lauro Oriano Menescal e CT José Kahl Filho. A esquadrilha participou das comemorações da inauguração do aeroporto civil da capital do Uruguai. (02 de janeiro)

O regresso ao Rio de Janeiro deu-se a 26 do mesmo mês. Os aviões eram do tipo Boeing 256 (biplano, monomotor, monoplace, motor PW de 550 HP).

O nº 26 da revista “Asas” publicou, pela primeira vez, um editorial incentivando a criação de um “Ministério do Ar”. (16 de janeiro)

O Ministério de Viação e Obras Públicas foi autorizado a contratar, mediante concorrência pública, a instalação de uma fábrica de aviões (Decreto 22.374). (20 de janeiro)

1934
Foi fundado em São Paulo, o Clube Paulista de Planadores, iniciativa de um grupo de engenheiros paulistas e professores da Escola Politécnica da capital paulista. A sua sede foi instalada à Praça Ramos de Azevedo, nº 16, no “Edifício Glória”, enquanto os voos eram realizados no Campo de Marte. (02 de janeiro)

Os planadores construídos pela Empresa Aeronáutica Ypiranga – EAY foram muito utilizados pelo referido clube.

O 1º Regimento de Aviação mudou-se para as suas novas instalações construídas no Campo dos Afonsos. (22 de janeiro)

Procedente de Hamburgo, aportou no Rio de Janeiro, a Missão Alemã de Planadores, constituída por cientistas e aviadores famosos no cenário volovelista alemão, os mais famosos do mundo, na época. (23 de janeiro)

Foram aprovadas as plantas para as instalações acessórias do Aeroporto do Rio de Janeiro (futuro “Aeroporto Santos Dumont”), feitas pelo Sindicato Condor, na Ponta do Caju, “para abrigo, reparação e abastecimento de seus aviões” (Decreto nº 23.798). (24 de janeiro)

Foram declarados Aspirantes a Oficial do Exército (aviadores): Oswaldo Carneiro Lima e Tíndaro Pereira Dias (confirmados no posto de 2º Tenente),Hildegardo da Silva Miranda, Adalberto Correia Gonçalves, Hérnio Vargas de Carvalho, Laurindo de Avelar e Almeida, Carlos de Paiva e Silva e Adhemar Scaffa de Azevedo Falcão. (25 de janeiro)

Foi aprovado o modelo do cocar de identificação dos aviões da Aviação Militar, sendo o referido desenho publicado no Boletim da Aviação Militar de 28 de fevereiro de 1934 (despacho do Ministro da Guerra). (31 de janeiro)

Pelo Aviso Ministerial 21, de 31 de maio de 1941 (após a criação do Ministério da Aeronáutica), foi aprovado o mesmo cocar com pequenas modificações nas dimensões das pontas da estrela e dos círculos internos, para distintivo dos aviões da Força Aérea Brasileira.

Foram adquiridos para o Correio Aéreo Militar – CAM, 25 aviões Waco CJC “Cabine”, equipados com motor Wright, de 250 HP, radial, 7 cilindros, refrigerado a ar, raio de ação de 800 quilômetros, velocidade de cruzeiro de 200 Km/h e carga útil de 200 quilos, além dos tripulantes. (mês de janeiro)

1935
Em requerimento dirigido ao Ministério da Viação e Obras Públicas, o Sindicato Condor solicitou licença para poder lançar a correspondência aérea, por meio de paraquedas, nos aeroportos de Pelotas e Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. (mês de janeiro)

1936
O periódico “Asas” publicou um longo artigo, de autoria do Capitão de Corveta Aviador Naval Luiz Leal Netto dos Reys, com vistas à necessidade da criação no Brasil, do Ministério da Aeronáutica (em lugar de “Ministério do Ar”, como estava sendo difundido). (1º de janeiro)

Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares do Exército. (04 de janeiro)

O Correio Aéreo Militar inaugurou a primeira linha internacional, para Assunção, no Paraguai, utilizando um Waco Cabine CJC, tripulado pelos Tenentes Hortêncio Pereira de Brito e Ricardo Nicoll, com escalas no Rio, São Paulo, Bauru, Três Lagoas, Campo Grande, Ponta Porã, Concepción (no Paraguai) e Assunção.Como passageiro, viajou o Ten Tíndaro Pereira Dias, Cmt do Destacamento de Campo Grande. (23 de janeiro)

Foram aprovados, pelo Ministério de Viação e Obras Públicas, os projetos para a construção do hangar da Panair na Ponta do Calabouço (futura sede do III COMAR). (29 de janeiro)

A aviadora paulista Ada Leda Rogato recebeu o brevê “C” (Internacional de voo em planador), em exame prestado no Clube Paulista de Planadores. (Mês de janeiro)

Voando a 800 metros de altura durante 20 minutos, a bordo do “Anhemby”, Ada Rogato foi a primeira aviadora brasileira a “solar planador de alta classe”.

1937
Foi aprovada a pintura dos lemes verticais dos aviões da Aviação Militar, com as cores verde e amarela, separadas por uma linha também vertical (Aviso do Ministro da Guerra). (04 de janeiro)

Os serviços do Departamento de Aviação Civil e a Divisão de Aeroportos foram distribuídos por 9 regiões, com as respectivas sedes localizadas em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande e Porto Alegre. (05 de janeiro)

A Panair do Brasil passou a operar com aeronaves Lockheed 10 Electra (matrículas PP-PAS e PP-PAX), entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, em caráter experimental. (07 de janeiro)

Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares do Exército. (11 de janeiro)

Foram aprovados orçamentos, plantas e especificações relativas ao fornecimento e instalação de maquinários e equipamentos necessários às manobras de aeronaves no Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz/RJ (Decreto nº 1.383). (18 de janeiro)

1938
Pousou em Parnamirim/RN, um avião do tipo Savoia-Marchetti S-79T, pilotado pelo italiano Moscatelli, procedente de Dakar de onde havia decolado às 05:10h (Horário brasileiro). (25 de janeiro)

1939
A VARIG Aero Esporte – VAE, “Departamento Desportivo Instrutivo da VARIG”, filiou-se ao Aeroclube do Brasil. (27 de janeiro)

Foi realizada a primeira viagem do Correio Aéreo Militar, na linha do Tocantins, em avião Bellanca K-215, pilotado pelo Maj Hortêncio Pereira de Brito e pelo Cap Roberto Carlos de Assis Jatahy. (31 de janeiro)

1940
Foi aprovado o Regulamento para os Aeroportos em Tráfego, criando-se a figura do Administrador de Aeroporto (Portaria nº 16/DAC). (24 de janeiro)

Foi fundada, com capital inteiramente nacional, a empresa Navegação Aérea Brasileira – NAB. Seu organizador foi o então Ten Cel Av Orsini de Araújo Coriolano, da Aviação Militar, apoiado pelos capitalistas Paulo da Rocha Viana e Euvaldo Lodi. (28 de janeiro)

1941
Chegaram ao Rio de Janeiro, de navio, os dois primeiros aviões adquiridos pela Navegação Aérea Brasileira – NAB, do tipo Beechcraft 18, os quais receberam as matrículas PP-NAA e PP-NAB (a própria sigla da empresa). (02 de janeiro)

Foi inaugurada a linha Litoral Norte, prolongamento da Rio – Salvador, pelo Ten Zamir de Barros Pinto e Sgt Nascimento, ambos da Aviação Militar. (03 de janeiro)

Chegou ao Rio de Janeiro, a terceira esquadrilha de aviões North American NA-44, de treinamento avançado, adquiridos nos Estados Unidos para a Aviação Militar e tripulados pelos seguintes oficiais, além de quatro sargentos: Cap Homero Souto de Oliveira (Cmt), 1º Ten Roberto Julião Cavalcanti de Lemos, Jerônimo Baptista Bastos, Roberto Faria Lima, Clóvis Costa, Aldacyr Ferreira da Silva, Paulo Emílio da Câmara Ortegal e José Tavares Bordeaux Rego. (16 de janeiro)

Foi inaugurada a linha Curitiba-Londrina, pelos Tenentes Ernani Tavares Pereira Lucena e Renato Costa Pereira, da Aviação Militar. . (17 de janeiro)

Pelo Decreto-lei nº 2.961, foi criada uma Secretaria de Estado com a denominação de Ministério da Aeronáutica. (20 de janeiro)

Tomou posse o primeiro Ministro da Aeronáutica, Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho. (23 de janeiro)

1942
Foi fundada a Associação dos Aeronautas. (26 de janeiro)

1943
O Aeroporto Bartolomeu de Gusmão passou a denominar-se Base Aérea de Santa Cruz. (16 de janeiro)

1945
O crescimento da cidade de São Paulo levou o Ministério da Aeronáutica a transferir a então Base Aérea de São Paulo (BASP) - atual ALA 13 - para os terrenos da Fazenda Cumbica, que havia sido doada pelo empresário Eduardo Guinle. (26 de janeiro)

1946
É criada, por intermédio da Portaria nº 36, a Comissão de Organização do Centro Técnico de Aeronáutica (COCTA), instalada inicialmente no Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. (29 de janeiro)

1950
Foi criado pelo Decreto nº 27.695, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA. (16 de janeiro)

1951
Foi criado na Base Aérea do Galeão o “Centro de Treinamento de Quadrimotores”. (24 de janeiro) 

1954
Criação do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento – IPD, no campus do então Centro Técnico de Aeronáutica – CTA. (1º de janeiro)

Inauguração do Campo de Pouso do Cachimbo (atual Campo de Provas Brigadeiro Velloso – CPBV), com a presença do Presidente da República, Getúlio Vargas, do Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Nero Moura e demais autoridades. (20 de janeiro)

1956
Foi designado “Ano Santos Dumont”, o período entre 20 de janeiro de 1956 e 20 de janeiro de 1957. (19 de janeiro)

1958
Chegada dos primeiros F-80 no 1º/4º GAv, num total de 33 aeronaves. (mês de janeiro)

1980
O 3º/10º Grupo de Aviação (Esquadrão Centauro) passa a ser unidade de Caça. (31 de janeiro)

1995
O Brig Nero Moura é consagrado Patrono da Aviação de Caça. (17 de Janeiro)

O Campo de Provas do Cachimbo teve a denominação alterada para Campo de Provas Brigadeiro do Ar Haroldo Coimbra Velloso, em homenagem ao pioneiro da implantação da infraestrutura aeronáutica em Cachimbo. (17 de janeiro)

2002
O 1º/4º GAv (Esquadrão Pacau) é transferido da Base Aérea de Fortaleza/CE, para a Base Aérea de Natal/RN, de modo a concentrar toda frota de AT-26 Xavante em uma única Base. . (09 de janeiro)

2006
Início das atividades do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), representando um marco de fundamental importância para a integração do espaço aéreo brasileiro, em especial da Região Amazônica. (1º de janeiro)

2011
Foi oficialmente instituído o Núcleo da Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAER), em uma Sessão Magna realizada no Auditório do 12º andar do Edifício do Comando da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. (18 de janeiro)

2016
Recebimento pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) – Esquadrão Jaguar -, da primeira aeronave F-5EM FAB 4820. A referida aeronave foi transferida do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) para o 1º GDA, em virtude da desativação dos caças Mirage 2000 (F-2000). (21 de janeiro)

Fonte: INCAER

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