A década do futuro e da solidariedade brasileira
Nos anos 2000, a Força Aérea Brasileira realizou as maiores operações de busca e de ajuda humanitária de sua história; a instituição prepara “salto” tecnológico.

O Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, passou por profundas transformações para a retomada do projeto do Veículo Lançador de Satélites (VLS).
A Força Aérea Brasileira estuda e faz sair do papel com testes em túneis de vento uma aeronave hipersônica, projeto para que o equipamento voe com uma velocidade seis vezes maior que a do som. O nome da aeronave é 14X, numa referência imediata ao primeiro mais pesado que o ar que efetivamente decolou em 1906 pela genialidade e persistência de Alberto Santos Dumont.
Em 2007, o Instituto de Estudos Avançados (IEAv) deu início aos testes com um modelo experimental reduzido do 14X, com 80 cm de comprimento, construído em aço inoxidável, que é equipado com sensores de pressão, fluxo de calor e força. De fato, a primeira década deste século tem sido próspera em cenas que fascinam os apaixonados pelas coisas do espaço.
Outro estudo importante envolve o desenvolvimento do primeiro Veículo Aéreo Não-Tripulado (VANT) brasileiro, capaz de apoiar missões militares e civis, principalmente na área de segurança pública e de defesa civil. O projeto reúne as Forças Armadas e a indústria nacional e tem como objetivo domínio de tecnologias sensíveis utilizadas e que representariam para o país, na prática, um ganho imensurável.
Horizonte
O processo de reaparelhamento caminha com a aquisição de novos caças para a defesa do país (Projeto F-X2), de aeronaves A-29 Super Tucano, de aviões de patrulha (P-3AM), de transporte (C-99, C-105 Amazonas), de helicópteros (AH-2 Sabre, H-60 BlackHawk e H-36), além da modernização dos F-5 E e dos A-1. Uma importante parceria está em curso com a indústria brasileira (EMBRAER) para o desenvolvimento de uma aeronave de transporte de grande porte, o KC 390, projeto que já reúne diversos países como parceiros.

Os anos 2000, de fato, sinalizam a alta tecnologia como essencial para o futuro. Nesse filme tão real, tão brasileiro, são as iniciativas das pessoas as grandes heroínas. O protagonista chama-se profissionalismo. A defesa do país exige cada vez mais tecnologia, como demonstrado pelas aeronaves R-99 durante as buscas dos destroços do voo AF-447: com sensores de última geração, a Força
Aérea pôde prosseguir com as buscas, no meio do Atlântico, até mesmo durante a noite, auxiliando na operação de resgate. O avião em questão é brasileiro, criado em parceria com a indústria nacional.
Espaço

Os lançamentos de foguetes brasileiros VSB-30 foram realizados em 2004 com o objetivo de realizar experimentos diversos em ambientes com menos força da gravidade. Chega a seis vezes a velocidade do som. A cada lançamento, militares e cientistas brasileiros são beneficiados com os conhecimentos adquiridos.
Futuro
Nos últimos anos, a instituição também concluiu seu Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER), de forma a traçar, metodicamente, como será a Força Aérea Brasileira até 2031 e o que a instituição terá de fazer pelos próximos 20 anos para chegar a esse objetivo.
“A FAB será reconhecida, nacional e internacionalmente, pela sua prontidão e capacidade operacional para defender os interesses brasileiros em qualquer cenário de emprego, em estreita cooperação com as demais forças”, afirma o documento.
Missão Centenário: O 1º brasileiro chega ao espaço

Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) ajudou a revolucionar o emprego da FAB

Fonte: Revista Aerovisão – edição especial – janeiro de 2011