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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 24 de novembro de 2019

Especial de Domingo

É sempre importante relembrar a impressionante trajetória de Alberto Santos Dumont. Confira, a seguir, uma síntese dessa magnífica história.
Boa leitura.
Bom domingo!

Santos Dumont:
Vida e principais invenções do Pai da Aviação
Quem nunca se impressionou com os imensos aviões que sobrevoam o céu? Ou com os enormes balões movido a ar quente? Pois bem, essas são só algumas das invenções criadas pelo mineiro Alberto Santos Dumont. Nesse sentido, Santos Dumont é conhecido como Pai da Aviação. Assim, foi o primeiro homem a realizar um voo dentro de um avião a motor. Além disso, suas invenções são consideradas orgulho nacional. Dessa forma, Dumont é considerado um dos principais nomes da história brasileira. Em síntese, Santos Dumont foi muito importante para a aviação e seu desenvolvimento. Além disso, também se dedicou a diversas outras criações que são utilizadas até hoje pela humanidade, como o relógio de pulso, o chuveiro de água quente e o motor portátil.

História de Santos Dumont
Santos Dumont é do estado de Minas Gerais, nascido na cidade de Palmira, no dia 20 de julho de 1873. Em síntese, ele era um garoto que tinha interesse por máquinas e como funcionava o processo de construção de cada uma. Filho de Henrique Dumont e Francisca de Paula Santos Dumont, vivia na fazenda com a família, em Ribeirão Preto (SP). Nesse sentido, sua diversão estava em construir pequenos aeroplanos movidos a hélice. Por incrível que pareça, Dumont começou a dirigir as locomotivas aos 7 anos de idade. Assim, com apenas 12 anos já era considerado um maquinista engenhoso. Em síntese, todo o deslumbre com a aeronáutica aumentou quando Dumont se aventurava nas obras de Julio Verne. Assim, ele lia as histórias sobre viagens em submarinos e aventuras em balões. Dessa forma, o interesse em saber mais sobre os avanços aéreos o impulsionava a querer conhecer a França, país em que a maior parte do desenvolvimento aeronáutico acontecia. Dessa forma, todos os estudos e vontades de Dumont eram incentivados pelo pai. Assim, começou a estudar mecânica e com 18 anos foi à Inglaterra. Logo, o intuito era aprender inglês. Em seguida, Dumont seguiu viagem para a França e sua admiração pelas alturas aumentou ainda mais ao escalar o Monte Branco. Depois disso, o pai de Dumont lhe concedeu a emancipação e ele pode se dedicar aos estudos do automobilismo, aos estudos de ciências, engenharia, mecânica, eletricidade e aeronáutica na França. Em seguida, com a morte de seu pai, Dumont, com apenas 24 anos, retornou à França para se dedicar aos estudos do balonismo.

Santos Dumont e as máquinas de voar
Uma das primeiras criações do mineiro Dumont foi o balão “Brésil” (“Brasil”, em francês), inflado com hidrogênio. Dessa forma, esse foi o menor balão criado até aquela época. Além disso, ele se diferenciava já que não era movido à ar quente. Em seguida, veio o dirigível N-1. Nesse sentido, o N-1 foi o primeiro balão movido à motor da história. Entretanto, Dumont não obteve sucesso com a criação do primeiro dirigível. Porém, apesar de todo o preparo para que a operação fosse um sucesso, o balão, após o lançamento, subiu, mas não durou muito tempo nos ares. Entretanto, depois de algumas manobras que foram idealizadas, o balão caiu a uma de distância de 400 metros do chão. Assim, como forma de aprimorar e reparar os detalhes que ficaram à desejar na primeira criação, Dumont investiu na criação do dirigível N-2. Porém, o dirigível também caiu durante a fase de testes. Dessa forma, Dumont cria o N-3 e assim, conseguiu contornar a Torre Eiffel. Logo, conseguiu aterrizar com o N-3 no mesmo local em que o N-1 havia caído. 

O Prêmio Deutsch
A vontade de sempre melhorar o fez participar de um prêmio que foi criado em 1900, o prêmio Deutsch. Nesse sentido, venceria o prêmio quem inventasse um dirigível que fosse capaz de contornar a Torre Eiffel em menos de trinta minutos. Assim, Santos Dumont começou a investir em outros modelos de dirigíveis com o intuito de melhorar a velocidade de suas invenções. Dessa forma, criou os dirigíveis N-4, N-5 e N-6. Logo, Dumont venceu o prêmio Deutsch com sua última invenção e arrecadou um total de 129 mil francos. A partir desse feito, Santos Dumont foi merecidamente reconhecido como o maior aeronauta do mundo por ter inventado o dirigível. Além disso, o presidente do Brasil o homenageou, Dumont recebeu convites vindos dos Estados Unidos e outros países.

O começo da grande criação
Após ter vencido o prêmio Deutsch, Santos Dumont estava de olho em outros prêmios que circulavam na França de 1904. Assim, três prêmios estavam em vigor, sendo eles o Prêmio Archdeacon, o Prêmio do Aeroclube da França e o Prêmio Deutsch-Archdeacon. Dessa forma, o que mais interessava Dumont era o Prêmio Deutsch-Archdeacon. O interesse era maior devido à dificuldade e ao prêmio em dinheiro, no valor de 50.000 francos, concedido ao ganhador. Assim, quem inventasse uma aeronave que voasse 1.000 metros em circuito fechado seria o campeão. Dessa forma, a aeronave não poderia ter o auxílio de balões e nem de catapultas para a decolagem. Em seguida, Dumont deu início à sua maior criação, o 14-Bis. Assim, o 14-Bis também era reconhecido como “Oiseau de Proie” (“Ave de Rapina”, em francês). Nesse sentido, a criação foi inspirada num molde inventado há 100 anos por George Cayley, cientista inglês. Assim, com o exemplo, Dumont conseguiu produzir uma espécie de aeroplano híbrido. Ou seja, a ideia era a junção de um avião junto à um balão de hidrogênio.

14-bis, a ave de rapina
Entretanto, a primeira versão criada por Santos Dumont foi descartada. Isso porque, os amigos de Dumont e o próprio aviador consideravam a versão impura. Porém, a insatisfação com a primeira versão fez com o que Dumont focasse em uma versão em que o uso de balões para sustentar a aeronave não fosse necessário. Nesse sentido, foi criado o 14-Bis com 10 metros de comprimento, 4 metros de altura e 12 metros de envergadura. Além disso, atingia 30km/h, pesava 205 quilos, possuía as asas fixas a uma viga e o motor era de 24 cavalos. Um ponto interessante é que o piloto conduzia a aeronave em pé. Dessa forma, no dia 23 de outubro de 1906 no campo de Bagatelle, em Paris, Dumont realizou o lançamento do 14-Bis para um público de 1.000 pessoas e na presença da Comissão Oficial do Aeroclube da França. Assim, a criação de Santos Dumont conseguiu percorrer 60 metros em 7 segundos, a uma altura de 3 metros. Foi após vencer o grande prêmio que almejava que Santos Dumont ficou conhecido como o Pai da Aviação.

Além dos ares, outras invenções
Santos Dumont possuía outras habilidades além da criação de aeroplanos. Nesse sentido, como havia criado vários modelos de máquinas voadoras, Dumont construiu, em 1900, o primeiro hangar – construção semelhante a um galpão destinada a abrigar materiais e mercadorias diversas. Além disso, criou portões com rolamentos para facilitar a movimentação e o deslocamento das aeronaves. Além disso, Dumont também fez parte da criação, junto com o amigo Louis Cartier, do primeiro relógio de pulso. Assim, a criação servia para controlar o tempo dos voos dos aeroplanos que Dumont criava. Por último, também inventou o primeiro chuveiro de água quente. Assim, foi no chalé em que vivia em Petrópolis que a ideia surgiu. Logo, a invenção tinha efeito com o uso de um balde perfurado e dividido ao meio, que levava água quente de um lado e fria do outro.

A guerra e o fim de um sonho
Ao criar as esplendorosas aeronaves, Santos Dumont não imaginava que um dia poderiam ser usadas para causar destruição. Assim, com a chegada da I Guerra Mundial em 1914, Dumont viu suas invenções sendo usadas para combates violentos durante os conflitos. Dessa forma, um pouco antes da guerra, Dumont já havia se aposentado por conta de uma doença que o impedia de continuar com as invenções, a esclerose múltipla. Assim, não sentia que poderia competir com os novos inventores que surgiam. Nesse sentido, a astronomia passou a ser o ramo de estudos de Dumont. Em depressão e totalmente desmotivado em ver suas invenções sendo usadas para a destruição, Dumont pediu à Liga das Nações para que os aviões não fossem usados como armas de guerra. Além disso, o Pai da Aviação chegou a oferecer 10 mil francos para que parassem os desastres aéreos. Por fim, Dumont passou por diversos centros de saúde na Europa e já muito debilitado, retornou ao Brasil com seu sobrinho. Por consequência da depressão e da doença que sofria, Santos Dumont suicidou-se no quarto do Grand Hôtel La Plage, no Guarujá, onde vivia. Assim, o Pai da Aviação se foi aos 59 anos de idade, em 1932.

Santos Dumont e as homenagens
Em síntese, Santos Dumont foi reconhecidamente um inventor genial. Assim, muitas de suas criações fazem parte da vida de pessoas todos os dias ao redor do mundo. Além disso, ele foi o pioneiro da aviação e um amante das alturas. Assim, como forma de homenagear o ilustre inventor brasileiro, alguns lugares fizeram estátuas em sua honra. Dessa forma, podemos citar a estátua do campo de Bagatelle, local onde Dumont realizou o primeiro voo com sua maior criação, o 14-bis. Além disso, a cidade onde nasceu, em Palmeira, agora possuí seu nome e o governo brasileiro o declarou herói nacional, em 2006. Além disso, ruas e praças foram batizadas com seu nome nas cidades do Brasil. Logo, o primeiro aeroporto do Rio de Janeiro também o homenageou com o nome, Aeroporto Internacional Santos Dumont. Por fim, o chalé que existe em Petrópolis agora é um museu e abriga suas principais invenções, sendo expostas ao público.

Fonte: portal R7, via FAB, em 19/11/2019