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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 30 de novembro de 2024

Operação Potiguar

FAB lança foguete e reativa operação suborbital no RN

Produzido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço, o veículo de sondagem foi enviado, com sucesso, ao espaço, a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte

Finalizando a primeira fase da Operação Potiguar, a Força Aérea Brasileira (FAB) enviou ao espaço ontem, 29/11/2024, um foguete de sondagem suborbital com tecnologia 100% nacional. A missão, realizada com sucesso a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), buscou treinar a equipe da organização, assim como verificar equipamentos e processos envolvidos na atividade. Lançado às 13h19, o foguete cumpriu a trajetória prevista pelos técnicos e engenheiros da operação, com os sistemas de telemetria e resposta radar funcionando corretamente durante todo o voo. O veículo de sondagem ficou no espaço por 2 minutos e 50 segundos, sendo que a missão completa durou 5 minutos e 50 segundos. De acordo com o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, com a iniciativa, busca-se maior autonomia para o Brasil em eventos de lançamento deste tipo de veículo. “Estamos quebrando paradigmas e criando novas perspectivas para o futuro. Temos um Complexo Espacial e, com o lançamento deste foguete, demonstramos que a Barreira do Inferno tem total condição de fazer tais eventos”, explica.
Subordinado ao DCTA, o CLBI já realizou mais de 3 mil lançamentos, divididos em 655 operações. Além disso, cumpriu 265 eventos de rastreio de veículos espaciais. “Com o advento da Alada, empresa pública que fará a governança de boa parte dos lançamentos comerciais, não tenho dúvida que faltarão espaços como este no Brasil”, complementa. Na segunda fase da Operação Potiguar, programada para o segundo semestre de 2025, o CLBI vai usar outro foguete de mesmo modelo para qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como plataforma suborbital de microgravidade (PSM). Essa parte é composta por um compartimento para experimentos e diversos sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil. Desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da FAB, em parceria com diversas empresas da base industrial brasileira, o foguete de sondagem integra a família S30. O projeto, iniciado em 1996, abrange, ainda, o VSB30 e o VS30 Orion (versão descontinuada). Até hoje, foram realizados 55 lançamentos envolvendo estes engenhos.
Os veículos suborbitais, embora não atinjam capacidade para entrar em órbita, atingem altitudes que ultrapassam a atmosfera. Eles são utilizados em experimentos científicos e tecnológicos que interessam a diversas indústrias, como a de fármacos, produtos metal mecânicos, alimentos, cosméticos e muitas outras. Conforme explica o coordenador da Operação Potiguar, Tenente-Coronel Engenheiro Fernando César Monteiro Tavares, os experimentos são variados. Um exemplo da aplicação é a resina utilizada na odontologia para restaurar dentes danificados ou desgastados. “Esta resina voou ao espaço em um foguete semelhante. Foi feita uma cristalização em microgravidade para, hoje, ser usada em todo o mundo”, destaca. O coordenador da Operação ainda ressalta que pesquisas tecnológicas na área aeroespacial servem como locomotivas para o programa científico brasileiro. “O espaço é nossa fronteira do conhecimento”, enfatiza.

Mensagens de alunos
O foguete suborbital levou ao espaço cerca de mil cartas escritas por alunos de quatro cidades próximas ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), da Força Aérea Brasileira (FAB). As mensagens, que têm como tema central o futuro, voltaram à Terra depois de cruzar a atmosfera e ficaram depositadas no Oceano Atlântico, eternizando os sonhos, os ideais e as aspirações desses jovens. A ação cívico-social, que foi idealizada pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da FAB, e coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), tem como ponto de partida o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O documento sinaliza a importância de despertar o fascínio pelo espaço em crianças e adolescentes. Inspirada por essa ideia, a iniciativa deu oportunidade aos alunos da rede pública de ensino dos municípios de Natal, Parnamirim, São José de Mipibú e João Câmara, no Rio Grande do Norte, de refletir sobre o que desejam para as próximas gerações. As cartas foram inseridas no foguete durante uma cerimônia realizada no Centro Vocacional Tecnológico Espacial Augusto Severo, na quinta-feira (21/11).
Animada com a chance de pensar sobre o futuro e incluir o resultado dessa reflexão em um veículo suborbital, a estudante Rebeca Barbalho de Oliveira, 17 anos, comenta que a sensação de participar dessa iniciativa é muito boa. “É interessante pensar que vou participar do lançamento de um foguete com algo que escrevi”, conta. Já o jovem Lucas Felipe Cícero, 17 anos, destacou que a experiência é marcante. “Estamos levando as nossas palavras ao espaço para que voltem a uma nova geração. Espero que, no futuro, o ser humano consiga encontrar paz. Acredito que, em 50 anos, vamos conseguir achar um meio de sobreviver e nos renovar”, complementa. A estudante Yasmin Felix Teixeira da Silva, 16 anos, aproveitou a iniciativa para aguçar o interesse acerca do espaço. “Não pensava muito sobre espaço, ciência e tecnologia, por exemplo. A vinda para cá abriu a minha mente”, diz. Ela explica que, participando da ação, descobriu uma vontade de se tornar profissional da área aeroespacial. O monitor do Centro Vocacional Danilo Lima, de 18 anos, percebeu essa inclinação há alguns meses e, hoje, sente orgulho por ajudar os professores a sensibilizar outros jovens. “Antes, era apenas entretenimento. A partir do ingresso no CVT, passei a ensinar as crianças da rede pública sobre o setor espacial”, complementa.

Centro Vocacional Tecnológico Espacial
Instalado em Parnamirim (RN), o Centro Vocacional Tecnológico Espacial (CVT-E), da Agência Espacial Brasileira (AEB), oferece atividades para difundir o conhecimento científico. Foi implementado em parceria com o CLBI e, além de estimular o aprendizado voltado para crianças e adolescentes, tem estrutura para capacitar pessoal técnico, facilitar a inserção social e qualificar professores, universitários e outros profissionais nos temas relacionados às atividades espaciais.

Saiba mais sobre a Operação Potiguar:





Fonte: FAB

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 22 a 28/11
Nesta sexta-feira (29/11), o FAB em Destaque apresenta as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 22 a 28 de novembro. Nesta edição, você acompanha a homenagem ao Dia do Músico, a conferência de planejamento do maior exercício espacial global sediada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF). Além disso, você acompanha o I Seminário de Integridade Institucional, a audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (ALADA) e a cerimônia 83 anos de criação do Comando-Geral do Pessoal (COMGEP).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Biblioteca Ninja

Força Aérea Brasileira e SAAB lançam livro sobre o Programa Gripen Brasileiro

Foi por meio da parceria entre a FAB e a Saab que se concretizou o maior projeto de transferência de tecnologia da Suécia para o Brasil.

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Saab promoveram o evento de lançamento do livro Gripen - A Jornada para o Caça Brasileiro, realizado ontem, quarta-feira (27/11/2024), em Brasília. Durante a solenidade, a FAB foi representada pelo Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida. A cerimônia também celebrou os 10 anos de parceria entre a Força Aérea Brasileira e a Saab no Programa Gripen Brasileiro, iniciado em 2014 com a assinatura do contrato entre as instituições, após a escolha do modelo para modernizar a frota da FAB.
Participar do lançamento deste livro de história retrata a admirável trajetória de 10 anos de sucesso deste projeto, que trouxe o verdadeiro guardião dos céus, o F-39 Gripen. Celebrar uma década de acordo entre a Saab e a Força Aérea Brasileira representa muito mais do que o desenvolvimento e a produção de 36 unidades do caça Gripen. É a concretização de um sonho audacioso que uniu tecnologia e inovação, deixando um valioso legado para a nossa indústria de defesa”, destacou o Chefe de Estado-Maior da Aeronáutica.
O livro, de autoria do jornalista João Paulo Zeitoun Moralez, detalha os principais marcos do programa brasileiro e o sucesso da implementação do caça F-39 Gripen no Brasil. A obra também explora o passado, investigando como a Base Industrial de Defesa sueca nasceu, se desenvolveu e como a posição geopolítica da Suécia, a mais de 10 mil quilômetros de distância, influenciou o desenvolvimento do caça mais moderno em operação na América Latina.
Acima de tudo, exploramos como os destinos de duas nações que cultivam ideais semelhantes puderam convergir em um único propósito. As milhares de horas de pesquisa, que se traduzem em centenas de dias, resultaram em 152 páginas. Mas estas páginas não são apenas de um livro. Elas carregam a essência do Programa Gripen Brasileiro, uma verdadeira colaboração real, um trabalho que é um sucesso justamente porque foi feito em conjunto”, ressaltou o autor da obra. “Que este livro seja o repositório do legado que este programa está deixando para o Brasil. E, mais do que isso, que seja uma inspiração para o futuro das gerações”, completou. Durante a cerimônia, foi exibido um breve vídeo comemorativo do 10º aniversário da assinatura do contrato do Gripen.
Hoje, nos reunimos para celebrar um marco notável: o 10º aniversário da assinatura do contrato do Gripen no Brasil. Ao longo da última década, essa parceria cresceu e se tornou um símbolo de colaboração, inovação e visão compartilhada entre a Saab, a FAB e nossos estimados parceiros industriais brasileiros”, expressou a vice-presidente de Operações e Diretora Adjunta da Área de Negócios Aeronáuticos da Saab, Åsa Thegström. Ela também destacou o envolvimento da aeronave no Exercício Cruzeiro do Sul 2004 (CRUZEX). “Temos o imenso orgulho de ver o Gripen voando nos céus brasileiros, especialmente na CRUZEX, que demonstrou as capacidades avançadas do F-39 e seu papel crucial no fortalecimento da defesa do Brasil”, disse.
A solenidade contou com a presença da Embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen; dos ex-comandantes da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez e Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, de Oficiais-Generais do Alto Comando da Aeronáutica, demais Oficiais-Generais, além de pilotos e militares envolvidos no programa, executivos da Saab, Embraer, AEL Sistemas e demais parceiros brasileiros.

Fotos: Sargento Marcos / CECOMSAER

Fonte: Agência Força Aérea, Tenente Vieira

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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Voos da Maria Angélica

O Piloto Simeão "Come-Escova"

Maria Angélica de Moura Miranda*

Piloto Simeão, de camisa, e João Benedito

Simeão Faustino foi recruta no Parque da Aeronáutica do Campo de Marte e recebeu o apelido de “Come-Escova”. Um sargento observando o seu cabelo, com cerdas duras e espetadas para cima comentou:
- Você parece que comeu uma escova?
Depois disso nunca mais se livrou do apelido, que o acompanhou a vida toda.

Natural de Juquehy, em São Sebastião (SP), jogava futebol e atuava como goleiro e, por isso, o Coronel Faria Lima, do Parque da Aeronáutica, tentou segurá-lo acenando com a possibilidade de uma carreira militar. Ele não concordou e, para não perdê-lo, o Coronel Faria Lima aceitou a baixa e colocou Simeão na Companhia de Aviação Real - Aerovias, na manutenção dos aviões. Nos galpões da Real, ele fez o curso de piloto privado e trabalhou junto com Henderson Alves das Chagas (Décinho), com quem aprendeu muito sobre aviação.


Quando voltou a morar na Praia de Juquehy, envolvido com as demandas do bairro, Simeão e seu irmão Maurício iniciaram a campanha para a construção de um Campo de Pouso para aviões de pequeno porte, no local. Antes da pista, a praia era usada para pouso de aviões e, em 1956, Simeão fez uma aterrissagem de emergência, fazendo um cavalo de pau, para evitar que o avião atingisse algumas crianças que estavam na praia. Isso foi até noticiado no jornal Diário da Noite.

Em setembro de 1960, o Coronel da Base Aérea de Santos, Paulo Salema Garção Ribeiro, desceu na praia com um avião Cessna da FAB, para inspecionar o Campo de Pouso. Construído com 430 metros de comprimento e 45 metros de largura, o campo foi aprovado e funcionou até 1975. Neste ano, o campo foi desativado, pois a LIGTH estendeu a rede de alta tensão ao longo do Campo de Pouso.

Simeão e seu irmão Maurício entenderam que a energia abundante, que substituiria o velho gerador à diesel, instalado em 1950, seria uma sinal de progresso. Mesmo assim Simeão “Come-Escova”, continuou atuando como aviador e foi um dos idealizadores da SAMJU - Sociedades Amigos de Juquehy, mas não chegou a ver funcionando.

Em 1977, voltando de Santos, um ônibus da Aviação Guarujá, desgovernado, bateu na caminhonete onde estava com a sua irmã Aurora, e os dois faleceram. Na Praia de Juquehy, existe um praça com o nome de Simeão Faustino, que abrange parte do antigo Campo de Pouso, pelo qual “Come-Escova” tanto lutou.

*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista, em São Sebastião (SP).

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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Pery e o Catalina

No início de 2013, o saudoso Hypérides Lamartine (2/5/1926 - 17/5/2014) publicou o texto a seguir, último em seu blog Pery de Serra Negra. Confira, visite o blog e saiba mais sobre o escritor e aviador Pery Lamartine.


O CATALINA É UMA CANOA
Recebi do meu genro, Coronel Aviador Rômulo Figueiredo, a letra de uma música sobre o CATALINA, que era cantada entre os oficiais da aeronáutica que serviam na Amazônia. Uma paródia da música “Desencontro de Primavera”, de autoria de Hermes Aquino, feita pelo Cel Int Aer (Res) Cremildo Ferreira CARDOSO, conhecido na FAB, principalmente em Belém, onde serviu muitos anos, por seu espírito criativo e artístico-musical:

“Quem já viajou de Catalina sabe /
Que p’ra fugir da rotina, /
Quando ele sobe faz frio, /
Quando desce, que calorão! /
Por dentro parece um navio, / 
Por fora parece um avião. /
Ele foi feito p’ra paz e p’ra guerra. /
Pousa na água e também pousa em terra. /
Traz na cauda a inscrição:/
‘Devagar, mas chego lá’. /
É do Primeiro Esquadrão de Belém, /
de Belém do Pará. /
Ai! o Catalina é uma canoa. /
Se a gente insiste, o bicho voa. /
Vai devagar, mas chega lá. /
Ai! Se ele balança, a gente enjoa. /
Saio da cauda e vou p’ra proa, /
Senão também vou enjoar. /
Ah!, Ah!, Ah!, Ah!”

Se clicar neste link vai abrir o YouTube com a versão da música que os pilotos se basearam para encaixar a letra. Ao escutar, vá lendo a letra e você vai curtir a música dos pilotos do CATALINA. 

AVIÃO CATALINA PBY
No último dia do ano de 2012, pousou no Aeroporto Internacional Augusto Severo, um avião CATALINA que estava sendo trasladado da África do Sul para a Califórnia/USA. Se destinava a um colecionador americano de aeronaves antigas. Esse avião permaneceu em Natal/RN durante dois dias, o que me deu a oportunidade de visitá-lo e relembrar a época que fui aviador civil, quando tive oportunidade de pilotar um modelo semelhante. O CATALINA foi projetado em 1935 pela Consolidated Vultee dos Estados Unidos e fabricado pela Boeing do Canadá. É uma bela aeronave, muito segura, que foi usada na 2ª Guerra Mundial, e aqui em Natal, ficavam ancoradas na foz do rio Potengi, em frente à Rampa, ao lado do que hoje é o Iate Clube. CATALINA é um bimotor, de asa alta, com as seguintes medidas: comprimento da fuselagem: 19 metros e 52 centímetros, comprimento da asa: 31 metros e 72 centímetros, peso vazio: 7.974 quilos, velocidade: 314 quilômetros por hora, raio de ação: 4.030 quilômetros. A tripulação é composta por dois pilotos e um mecânico de voo. Nos modelos anteriores a guerra, se usava um rádio operador, o qual foi substituído por modernos sistemas de comunicação que dispensava os serviços desse tripulante. No final da guerra, os CATALINAS deixados pela Marinha Americana em Natal, foram leiloados pela AERO GERAL para serem utilizados como aviões cargueiro na rota Natal/Santos. A Aerogeral era uma firma fundada em Natal em 1947 e existiu até 1952, quando foi vendida à VARIG que, por sua vez, cedeu os CATALINAS à Força Aérea Brasileira para serem utilizados na Amazônia.


Saiba mais: Tribuna do Norte

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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

1° FastFly Itanhaém

Aeroporto de Itanhaém, no litoral paulista, recebe festival de aviação no dia 7 de dezembro
No dia 7 de dezembro, o Aeroporto de Itanhaém, na Baixada Santista, São Paulo, será o palco de uma grande celebração da aviação, com o 1° FastFly Itanhaém, evento que reúne pilotos e entusiastas da aviação para um dia repleto de atrações emocionantes. A programação, que começa às 10 horas, contará com uma série de atividades voltadas para o público geral, incluindo uma exposição de aeronaves, apresentações de acrobacias aéreas e o lançamento de paraquedistas. O evento, apoiado pela Prefeitura de Itanhaém, oferece atrações voltadas para diferentes públicos. Entre as atividades previstas, estão a exposição de aeronaves de várias regiões do país, proporcionando aos visitantes a chance de observar de perto diversos modelos, além de voos panorâmicos que oferecem uma visão privilegiada da cidade e seus arredores. O evento também contará com stands de lojas especializadas para os entusiastas da aviação, além de barracas de alimentação e bebidas para garantir a energia do público durante o dia. À medida que o sol se põe, a programação segue com apresentações musicais de bandas de rock. A festa segue até às 22 horas, oferecendo diversão e entretenimento para todos. Para garantir a presença no 1° FastFly Itanhaém, o público poderá adquirir ingressos online através do link disponível no site oficial do evento. Já os pilotos que desejam inscrever suas aeronaves para o evento devem realizar a inscrição também de forma online. O acesso ao evento será pela entrada lateral do Aeroporto de Itanhaém, na Rua Estanislau Gerônimo, 14, no Óasis. Para os que precisarem de estacionamento, haverá espaço disponível na Avenida José Batista Campos, 1470.

Fonte: AEROIN / Juliano Gianotto

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domingo, 24 de novembro de 2024

Especial de Domingo

Saiba mais sobre a participação de pilotos brasileiros na Primeira Guerra Mundial.
Boa leitura.
Bom domingo!

Os aviadores brasileiros na Primeira Guerra Mundial
Da esquerda para a direita:
Lauro de Araújo, Heitor Varady, Eugênio Possolo, Virginius de Lamare, Olavo de Araújo, Manoel Pereira de Vasconcelos e Fábio Sá Earp. 
(Foto: Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha)
Pilotos brasileiros participaram da Primeira Guerra Mundial, conflito no período de 1914 a 1918. Em que pese o esquecimento e eventual desconhecimento do fato, forças militares do Brasil participaram, sim, de manobras relacionadas ao primeiro evento bélico de proporções mundiais. Menos de duas mil pessoas brasileiras participaram diretamente das operações, das quais quase duzentas perderam a vida nos navios e campos de batalha da Europa, a maioria vitimada pela pandemia chamada de "gripe espanhola”, causada pelo vírus Influenza A, do subtipo H1N1, e outros devido a acidentes durante treinamentos ou movimentações táticas e estratégicas. O contingente do Brasil era composto por um grupo de aviadores para treinamento e posterior atuação na Grã-Bretanha, Itália e Estados Unidos, uma Divisão Naval com a missão de patrulhar a costa ocidental da África, uma missão médica militar que implantou um hospital em Paris e um Grupamento de oficiais do Exército atuantes na França. Com essa participação o Brasil foi um dos países aliados à Tríplice Entente formada por França, Inglaterra e inicialmente Império Russo, em luta contra as Potências Centrais Alemanha e Império Austro-Húngaro, associadas ao Império Turco-Otomano e Bulgária.

Brasileiros na guerra
Em 1916 foi implantada a Escola de Aviação Naval, no Rio de Janeiro, e naquele mesmo ano formou sua primeira turma de pilotos, composta por quatro oficiais. No ano seguinte formaram-se novos aviadores, inclusive alguns do Exército. No decorrer da Guerra houve a Conferência Interaliada, durante a qual decidiu-se o envio de pilotos brasileiros para treinamento e atuação na Itália, Estados Unidos e Grã-Bretanha. Para o Serviço Aeronaval dos Estados Unidos seguiram os tenentes Mário Godinho e Fileto da Silva Santos e o suboficial Antônio Joaquim da Silva Júnior, os quais participaram do patrulhamento antissubmarino no Atlântico Norte.

Treinamento na Itália
No fim de 1918, um grupo de oficiais e praças da Marinha do Brasil foi para a Itália, para treinamento e adaptação em novos tipos de aeronaves. O time chefiado pelo capitão de corveta Protógenes Guimarães era integrado pelos tenentes Raul Bandeira, Ernani Ferreira de Souza, Fernando Victor Savaget, Jayme Americano Freire e Epaminondas Gomes dos Santos; pelos sargentos Arthur Cleveland Nunes, Antônio Tarcílio de Arruda Proença, Gelmirez Patrocínio Ferreira de Mello e Octávio Manoel Afonso; e pelos cabos Pedro Antônio Silva e José Cordeiro Guerra. Os pilotos e mantenedores da Aviação Naval do Brasil receberam, na Itália, instruções na Escola de Observadores Militares, em Centocelle. Em seguida, aprimoraram a pilotagem de aeronaves terrestres, na Escola de Aviação Militar do Exército Italiano, em Cerveteri. Mais tarde, treinaram em hidroaviões na Escola de Aviação Naval, em Taranto. De forma que os navais brasileiros se habilitaram para missões de patrulhamento antissubmarino e ataques com bombas e torpedos. Durante treinamento, o tenente Jayme Americano Freire sofreu um grave acidente, capotando uma aeronave, porém saiu sem ferimentos. Com o fim do conflito, os pilotos brasileiros destacados na Itália não chegaram a entrar em combate.

Treinamento com britânicos
DH6 Airco
Outro grupo de aviadores brasileiros foi enviado para treinamento na Inglaterra. Era formado pelos oficiais da Marinha capitão-tenente Manuel Augusto Pereira de Vasconcellos, os primeiros-tenentes Virginius de Brito de Lamare, Fábio de Sá Earp, Belisário de Moura e Heitor Varady; e pelo primeiro-tenente Aliathar de Araújo Martins, do Exército Brasileiro. Todos brevetados pela Escola de Aviação Naval. Completando a equipe foram deslocados também três oficiais da Marinha, porém sem curso de pilotagem, para fazê-lo no destino, o primeiro-tenente Eugênio da Silva Possolo e os irmãos e segundos-tenentes Lauro de Araújo e Olavo de Araújo.

Acidente com brasileiro
 Sopwith Camel
Coincidindo com a chegada dos brasileiros, em 01 de abril de 1918, foi criada a RAF – Real Força Aérea, a primeira força aérea do mundo, independente da administração da Marinha e do Exército, fruto da união do RNAS – Royal Naval Air Service e do RFC – Royal Flying Corps do exército britânico. Assim, os brasileiros receberam instruções na 206 Training Depot Station (TDS), em Eastbourne, inicialmente no hidroavião Curtiss H-2. Depois passaram para aeronaves terrestres, como o Airco DH6, Avro 504, Sopwith Pup e Camel. Nesta fase, houve três acidentes e uma baixa entre os brasileiros. Durante um treinamento de voo de esquadrilha, reunindo três aeronaves com pilotos ingleses e três com os brasileiros Possolo, Varady e De Lamare, um Sopwith Camel, pilotado pelo tenente da RAF R. H. Sandres colidiu com a cauda do avião de Possolo. Em consequência, os dois aparelhos se precipitaram ao solo, matando os dois pilotos. Duas semanas depois da perda do piloto brasileiro, os tenentes Varady, De Lamare e Sá Earp foram para a 209 TDS na Base Aérea de Calshot, na baía de Southampton, próximo a Lee-on-Solent. Nessa localidade Sá Earp e Varady contraíram a “gripe espanhola” e permaneceram internados até o fim da guerra. Os demais pilotos brasileiros concluíram os treinamentos e foram designados para a Base Cattwater, perto de Plymouth, e incorporados aos esquadrões 237 e 238 da RAF, unidades pertencentes à 10ª Força de Defesa Costeira, atuando em esquadrilhas mistas, juntamente com pilotos britânicos e norte-americanos. Faziam patrulhamento antissubmarino no Canal da Mancha, com aviões Felixtowe F.5, Short 184 e Short 240. Em três meses, a 10ª Força localizou 42 submarinos inimigos e eliminou três. Os pilotos brasileiros, mesmo após o fim da Guerra, continuaram patrulhando os mares britânicos, antes de retornarem ao Brasil em março de 1919.

Pós-guerra
Conforme conta Carlos Daróz, no seu livro “O Brasil na Primeira Guerra Mundial”, no qual é baseada esta matéria, vários participantes do conflito atingiram postos hierárquicos significativos em suas carreiras na Marinha e no Exército ou, mais tarde, na Força Aérea Brasileira (FAB), que seria criada em 1941, com a união das aviações Naval e Militar. No entanto, o único aviador do Exército a participar da Primeira Guerra, atuando na Inglaterra, o tenente Aliathar de Araújo Martins, faleceu em acidente aéreo, em agosto de 1920,nas imediações de Criciúma (SC), quando tentou estabelecer um recorde aeronáutico - o que seria o primeiro voo entre Rio e Buenos Aires - em companhia do capitão inglês John William Pinder, ás da RAF. Entre os aviadores da Marinha, Lauro e Olavo de Araújo permaneceram na Armada e atingiram o almirantado; Heitor Varady e Fábio de Sá Earp foram para a FAB e chegaram a major-brigadeiro; Virginius de Lamare, como contra-almirante, ainda em 1937, defendeu a ideia de criação da FAB, força para a qual foi transferido em 1941. A experiência do Brasil em lutar como aliado da Tríplice Entente resultou, entre outras medidas, na contratação de duas missões militares francesas, para modernização de seu Exército, incluindo a implantação da Escola de Aviação Militar, em 1919. E a Marinha optou por uma missão aeronaval norte-americana, para sua atualização, incluindo a criação dos cursos de Mecânico Naval de Aviação e Marinheiro Especialista em Aviação, além de manter o seu curso de Piloto-Aviador, reforçando a estrutura da Aviação Naval.

Saiba mais: Livro “O Brasil na Primeira Guerra Mundial: a longa travessia”, de Carlos Daróz, Editora Contexto, 2017.

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sábado, 23 de novembro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 14 a 21/11
Nesta semana, o FAB em Destaque apresenta as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 14 a 21 de novembro. Nesta edição, você acompanha a atuação da FAB na Cúpula do G20, evento que reuniu os líderes das principais economias do mundo na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Além disso, você acompanha homenagem ao Dia da Bandeira. Você confere, ainda, a nomeação dos novos membros do Conselho Superior do INCAER e o encerramento do Estágio de Comando da Força Aérea Brasileira, na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), no Rio de Janeiro.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Embraer

Embraer fortalece cooperação industrial e de pesquisa na Holanda

Após a aquisição da aeronave de transporte multimissão C-390 Millennium, Embraer aumenta sua presença na Holanda por meio da participação industrial e de pesquisa ao selecionar a Fokker Services Group, NLR e a Multisim

A Embraer deu um passo significativo no avanço de sua cooperação industrial e de pesquisa com a Holanda, totalmente alinhada com as políticas holandesas voltadas para o desenvolvimento da NLDTIB (Base Tecnológica e Industrial de defesa da Holanda). Esse esforço faz parte do acordo de aquisição da aeronave de transporte militar C-390 Millennium. A Embraer selecionou a Fokker Services Group para entregar um pacote extenso de modificações, incluindo serviços de engenharia, certificação e serviços de modificações para o C-390 Millennium. Essas modificações prepararão a aeronave para ser utilizada como transporte tático para operações especiais da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), possibilitando uma ampla gama de missões militares e humanitárias. Além disso, a Embraer assinou um acordo com o Royal Netherlands Aerospace Centre (Royal NLR), para desenvolver tecnologias inovadoras para a manutenção de aeronaves. A Multisim também contribuirá com o desenvolvimento de tecnologias de ponta para treinamento virtual. Em colaboração com a Rheinmetall, fornecedores holandeses foram escolhidos para oferecer componentes para o simulador de missão de voo completo do C-390 Millennium do país. “Nossa colaboração com as Forças Armadas da Holanda, a indústria de defesa e organizações de pesquisa é parte integrante do objetivo da Embraer, que visa construir relacionamentos frutíferos com parceiros de qualidade. Nosso compromisso com um forte impulso em tal colaboração aqui na Holanda apoia nossa estratégia de investir continuamente nas mais modernas tecnologias, permitindo entregar aos nossos clientes as aeronaves mais eficientes do mercado", disse Bosco Da Costa Junior, Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança. "A Política de Participação Industrial apoia e fortalece a Base Industrial de Tecnologia de Defesa da Holanda, promovendo conhecimento, tecnologia e capacidade industrial. A colaboração entre a indústria holandesa e a Embraer na aquisição da aeronave de transporte militar C-390 Millennium é fundamental tanto para as empresas holandesas quanto para o OEM brasileiro. Estou ansioso para ver mais desenvolvimentos e projetos nos próximos anos", disse Jan Christiaan Dicke, Comissário de Produção Militar do Ministério de Assuntos Econômicos da Holanda.

Fonte: Embraer

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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

DCTA

Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial promove evento para comemorar o Dia da Inovação
No dia 18 de novembro de 2024, a Coordenadoria de Gestão da Inovação do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CGI/DCTA) realizou, nas dependências do Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), a cerimônia de comemoração ao Dia da Inovação e homenagem aos inventores. Com o intuito de reconhecer e exaltar a importância do espírito inovador, o evento foi planejado para celebrar o Dia da Inovação, enfatizando a indispensabilidade da criatividade e do progresso como impulsionadores fundamentais do avanço contínuo. Além disso, o propósito da iniciativa também foi o de honrar e reconhecer os inventores excepcionais da Força Aérea Brasileira (FAB), cujo trabalho e dedicação resultaram na concessão de suas cartas patentes durante o ano de 2024. A cerimônia foi presidida pelo Chefe de Coordenadoria de Governança do DCTA (CGOV/DCTA), Coronel Aviador Pedro Henrique Cavalcanti de Almeida e contou com a participação dos Comandantes, Chefes e Diretores das Organizações Militares da Guarnição de Aeronáutica de São José dos Campos (GUARNAE-SJ) e a Prefeita de Aeronáutica, além da presença de representantes de renomadas entidades, incluindo, Visiona, Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF), Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos (PIT), bem como as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) pertencentes ao Comando da Aeronáutica (COMAER). Na ocasião, o evento contou com dois renomados palestrantes que enriqueceram as discussões sobre inovação e desenvolvimento tecnológico. O Professor Doutor Engenheiro Jefferson de Oliveira Gomes, docente do Instituo Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pesquisador do CNPq, proferiu a palestra "A Importância da Indústria Nacional para a Promoção da Inovação", abordando o papel estratégico das universidades e empresas no avanço tecnológico do Brasil. Por sua vez, Leandro Costa, representante do Nexus do Parque Tecnológico de São José dos Campos, compartilhou sua experiência em empreendedorismo e inovação aberta, destacando o impacto de iniciativas como o Nexus no fortalecimento do ecossistema de startups e empresas.
Ambos os palestrantes trouxeram contribuições valiosas, abordando tanto os desafios quanto as oportunidades para fomentar a inovação no Brasil, unindo perspectivas acadêmicas e empresariais para impulsionar a competitividade nacional. Posteriormente, o Brigadeiro Venâncio Alvarenga Gomes e o Chefe da CGOV realizaram a entrega de uma placa comemorativa em reconhecimento às inovações tecnológicas desenvolvidas e destacando o mérito e a relevância dessas conquistas para o avanço científico.
Os agraciados foram Gefeson Mendes Pacheco, Larissa Aguiar Dantas de Brito e Jognes Panasiewicz Junior, pela patente do "Conversor Fotônico de Frequência", do ITA, e o Capitão Engenheiro Henrique Oliveira da Mata, pela patente do "Método de Controle de Razão de Mistura por Atuação Térmica", do Comando de Operações Aeroespaciais, ambas as patentes foram concedidas em âmbito internacional.

Fonte: CGI/DCTA, por Ten Silvério

Revisão: DCTA, por ACS

Foto: DCTA, S1 Vitor Costa

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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Voos da Maria Angélica

O avanço da frente fria
Maria Angélica de Moura Miranda*

Ary França

A família França é tradicional em Ilhabela, dona Iracema França, Stella França, Maria Cláudia França e outros são responsáveis por muitos trabalhos voltados à cultura da cidade. Mas a história que hoje vou contar é ligada à pesquisa na área da ciência. Ary França foi um dos primeiros docentes do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, a USP. Junto com o seu irmão Mário França que foi Tenente Coronel da Aeronáutica, percorreram o litoral de São Paulo de avião, numa pesquisa que se tornou o mais importante documento da sua época. Eles escreveram e publicaram em 1946, uma obra de Geografia Física, chamada “Estudo sobre o clima da Bacia Paulista”, explicando o que era a “Climatologia Dinâmica” ou seja, o princípio de que as variações do clima são determinadas pelo movimento de massas de ar. Toda a pesquisa para esse trabalho foi feita de avião e, a partir de 1957, quando os primeiros satélites foram colocados em órbita, veio a confirmação através das imagens que os estudos deles estavam corretos. Por esse e outros trabalhos o professor Ary França é citado na Grande Enciclopédia Larousse Cultural, editora Nova Cultural. A importância desse trabalho nós podemos perceber, uma vez que diariamente uma das pautas de todos os jornais é a previsão do tempo com o avanço das frentes frias.

Mário França

Mário França, trabalhou no CAN (Correio Aéreo Nacional), trouxe pracinhas mortos da Itália no fim da segunda Guerra Mundial, acompanhou os irmãos Villas Boas e Aziz Ab’Saber nas suas pesquisas. Foi um dos últimos pilotos da Gloriosa, que é como os pilotos se referem à aviação sem instrumentos. Teve também seu próprio avião, um Cessna 1952, e atuou como aviador, por muitos anos. Faleceu aos 77 anos, em 2000. Ary França viveu até os 88 anos e faleceu em 2006.

*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista, em São Sebastião (SP).

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Datas Especiais

19 de novembro
DIA DA BANDEIRA
Em 19 de novembro é comemorado o Dia da Bandeira Nacional. É um dos símbolos oficiais da Nação, assim como o Brasão da República, o Hino Nacional e o Selo Nacional. É costume dizer que o avião conduz mais alto a Bandeira do Brasil. De fato, a maioria das empresas aéreas que fazem voos internacionais, ostenta, nas fuselagens de seus aviões, o desenho da bandeira de seus países-sede. Na prática, a maior altura a que chegou um exemplar desse símbolo nacional foi em março de 2006, quando o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, levou consigo para o espaço uma bandeira da Nação Brasileira, exibida a bordo da Estação Espacial Internacional, a 408 quilômetros de altura.
No Brasil, a Bandeira Nacional inspira o atual padrão de pintura das aeronaves A-29 Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça, o Esquadrão de Demonstrações Aéreas da Força Aérea Brasileira.
Em épocas especiais, empresas aéreas, empregam a mesma temática em alguns de seus aviões. Durante shows aéreos também é possível ver apresentações de equipes de paraquedismo, com os saltadores trazendo o pavilhão nacional.

Bandeiras históricas
A Bandeira Nacional do Brasil foi instituída em 19 de novembro de 1889, pelo Decreto número 4. Os Estados da Federação são representados por estrelas. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na antiga Bandeira do Império desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, sendo que a esfera azul-celeste e a divisa com a inscrição "Ordem e Progresso" está no lugar da Coroa Imperial. Em cumprimento ao Artigo 12 da Lei Nº 5.700, de 1 de setembro e 1971, “a Bandeira Nacional estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda do povo brasileiro”. Nos desfiles militares solenes, um grupamento conduz as 12 bandeiras históricas. A primeira delas - já utilizadas em terras hoje brasileiras, como colônia portuguesa, domínio espanhol ou nação independente - foi a da Ordem da Cruz de Cristo, utilizada de 1332 a 1651, período das grandes navegações lusitanas. De 1500 a 1521, o País contou também com o Pavilhão Oficial do Reino Português. A bandeira de D. João III foi utilizada de 1521 a 1616. Entre 1616 e 1640, o Brasil foi representado pela Bandeira do Domínio Espanhol, utilizada no período em que se deram as invasões holandesas no Nordeste e o início da expansão bandeirante.

Principado
Criada no período da expulsão dos holandeses do País, a Bandeira da Restauração foi usada de 1640 a 1683. Primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil, a Bandeira do Principado do Brasil foi hasteada entre 1645 e 1816, época em que a esfera de ouro passa a ser representada nas bandeiras nacionais. Entre 1683 e 1706, o País contou com a bandeira de d. Pedro II, de Portugal, substituída pela Bandeira Real no século 18. Em consequência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, o País ganhou novo símbolo nacional, a bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, vigente até 1821. Criada em 21 de agosto de 1821, com o fim da monarquia absoluta e da adoção da monarquia constitucional, a bandeira do regime constitucional foi utilizada somente entre 1821 e 1822. Foi a última bandeira portuguesa a tremular no Brasil.

Bandeira Imperial
A bandeira imperial foi utilizada entre 1822 e 1889 e testemunhou o surgimento da Nação e a consolidação da unidade nacional. No período republicano, iniciado em 1889, o Brasil ostentou outra bandeira antes da atual, por apenas quatro dias, entre 15 e 19 de novembro de 1889, quando foi adotado o atual Pavilhão Nacional. 

Cerimonial
No dia 19 de novembro a Bandeira Nacional é hasteada às 12 horas. As manifestações de respeito ao símbolo da Nação ocorrem em várias organizações e escolas. Nas unidades militares, especificamente, uma tocante cerimônia é realizada e as bandeiras que se tornaram rotas e desbotadas pela ação do tempo são descartadas de forma respeitosa, em ato conduzido pelo graduado - sargento ou subtenente/suboficial - mais antigo da unidade. Além do Hino à Bandeira, executado em cerimônias de tropas militares, outra canção, “Fibra de herói”, é tocada frequentemente e diz em um dos seus trechos: “Bandeira do Brasil / Ninguém te manchará / Teu povo varonil / Isso não consentirá / Bandeira idolatrada / Altiva a tremular / Onde a liberdade é mais uma estrela a brilhar”.

Hino

Alma da nacionalidade
Para os brasileiros que optam por carreiras na aviação militar, tanto na Força Aérea, quanto na Aviação do Exército ou na Aviação Naval, a exemplo dos integrantes de outros setores militares, existe um ritual de passagem no início de suas jornadas, quando fazem um juramento perante a Bandeira Nacional, afirmando dedicarem-se inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade e Instituições, defenderão com o sacrifício da própria vida. Neste ato, um ou uma oficial, na função de porta-bandeira, apresenta o Pavilhão Nacional para o juramento. Enquanto a Bandeira é deslocada para um ponto específico no dispositivo, na Força Aérea, conforme um documento que rege o assunto, o narrador da solenidade proclama: “Aproxima-se, em passo cadenciado de solene ritual cívico, a Bandeira Nacional. Para assumir posição de destaque no ato que daqui a instantes será realizado. O pavilhão nacional encerra, no conteúdo grandioso de sua simbologia, a própria alma da nacionalidade, vibrante e esperançosa em toda a condensação histórica do passado de glória em que nos louvamos e em todo o vislumbre otimista do futuro do Brasil que almejamos”. E arremata solicitando às pessoas presentes: “Concitamos, pois, todos os presentes para que, neste momento, adotem a mais respeitosa atitude reverencial, pois é a própria Nação Brasileira que, representada no magno símbolo, toma o seu lugar de honra frente à tropa”.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

CRUZEX 2024

CRUZEX 2024 consolida estratégias de defesa e fortalece laços internacionais
Com sentimento de missão cumprida, laços e alianças fortalecidas, CRUZEX 2024 chega ao fim

Na última sexta-feira (15/11/2024), a Base Aérea de Natal (BANT) se despediu da CRUZEX 2024, o maior exercício de guerra simulada da América Latina. Em sua nona edição, a CRUZEX reuniu forças aéreas de 16 países, que, por duas semanas, conduziram intensos treinamentos e trocaram experiências em operações de alta complexidade, nas quais nações aliadas compartilharam conhecimentos para fortalecer suas capacidades de defesa.
Para o Diretor da CRUZEX 2024, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, os resultados alcançados superaram todas as expectativas iniciais. “Com todo planejamento iniciado em 2022, nosso objetivo foi criar um ambiente de simulação de alta complexidade e, ao mesmo tempo, promover uma integração que fosse além dos aviões no céu. Estamos falando de uma rede de defesa internacional, onde a confiança e a coordenação são a chave”, afirmou. Ao longo do Exercício, foram registradas cerca de 1.500 horas de voo, mais de 450 paraquedistas lançados, 160 alvos atacados e mais de 800 missões cumpridas.
A eficiência operacional alcançou os 98%, refletindo o alto nível de preparo das equipes participantes. “Além dos números, a CRUZEX 2024 foi um marco na troca de conhecimentos sobre técnicas, táticas e procedimentos que podem salvar vidas e melhorar a resposta das forças aéreas em situações reais”, acrescentou o Brigadeiro Rezende.

Cooperação internacional e aprendizado mútuos
Um dos maiores triunfos da CRUZEX 2024 foi a sinergia entre os militares de diversas nacionalidades, como Canadá, Equador e África do Sul, que participaram como observadores das sessões de planejamento e debriefing, analisando cada etapa do treinamento e compartilhando suas perspectivas, visando a uma participação com meios aéreos na próxima edição do Exercício. Essa troca de experiência foi crucial para que as equipes aprimorassem suas operações e construíssem uma rede sólida de cooperação internacional.
Para o Coordenador Operacional da CRUZEX, Coronel Aviador Ricardo Bevilaqua Mendes, a edição de 2024 demonstrou como a colaboração internacional eleva o nível de prontidão. “As melhorias no planejamento das missões aéreas, com briefings mais detalhados e um processo mais dinâmico de análise dos resultados, garantiram um ambiente de treinamento que reflete as demandas modernas”, explicou o Oficial, destacando ainda a inclusão de cenários cibernéticos e espaciais como diferenciais nesta edição.

A força da aviação brasileira
A CRUZEX também foi um grande palco para o desenvolvimento das capacidades aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB), que contou com um variado e competente conjunto de aeronaves. Na Aviação de Caça, o Comandante do Grupo de Defesa Aérea (GDA), Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Forneas, destacou o desempenho do caça F-39 Gripen. “Tivemos a oportunidade de praticar missões complexas de combate aéreo, nas quais nossos pilotos puderam desenvolver táticas avançadas e aprimorar a coordenação com esquadrões estrangeiros, o que nos trouxe um importante ganho operacional”, afirmou.
Na Aviação de Transporte, o Tenente-Coronel Umile Coelho Rende elogiou o desempenho do KC-390 Millennium, essencial nas missões de reabastecimento em voo, ressuprimento aéreo, evacuação aeromédica e ajuda humanitária. “O KC-390 provou ser uma aeronave versátil e eficiente, operando em diversos cenários simulados e reforçando seu papel estratégico na Força Aérea Brasileira,” disse.
Já na Aviação de Reconhecimento, o Tenente-Coronel David Dantas da Silva ressaltou o valor das missões com o R-99 e o E-99, essenciais para a coleta de dados em tempo real. “O reconhecimento estratégico foi fundamental para o sucesso das operações. Pudemos fornecer informações detalhadas do cenário de combate, permitindo uma tomada de decisão ágil e precisa”, destacou.

Defesa integrada e cenários de futuro
Um dos pontos altos desta edição foi a integração de operações cibernéticas, que permitiu às forças participantes enfrentarem, em tempo real, ameaças digitais em paralelo com os desafios físicos. “O treinamento cibernético aplicado à simulação de combate aéreo foi um divisor de águas. Avaliamos como nossas forças podem reagir a cenários modernos e, mais do que isso, como podemos nos apoiar mutuamente em tais situações”, afirmou o Tenente-Coronel Aviador Tiago Josue Diedrich, Chefe da Célula de Operações Cibernéticas, apontando para um futuro em que a defesa cibernética ocupará um papel cada vez mais relevante.

Um legado para o futuro
Para o Comandante do Grupo Operacional (GOP) da BANT e Chefe da célula Exercise Support (EXSUP), Coronel Aviador Paulo Cezar Fischer da Silva, a CRUZEX foi também um compromisso com a segurança global, uma vez que o Exercício representa um esforço coletivo para criar um espaço aéreo mais seguro e bem coordenado. "É gratificante ver o trabalho de dois anos de planejamento se concretizar nessa importante edição da CRUZEX. Graças ao esforço conjunto de todos os Órgãos de Direção Setorial do Comando da Aeronáutica, a Base Aérea de Natal pôde proporcionar a melhor estrutura de suporte aos participantes, criando um ambiente propício para a troca de experiências entre as diversas nações. O empenho de todo o time de suporte ao Exercício viabilizou a consecução plena dos objetivos da CRUZEX 2024", relatou. Com a CRUZEX 2024 encerrada, fica a certeza de um exercício bem-sucedido que deixou um legado de aprendizado e cooperação internacional. “Este cenário multinacional e complexo permitiu que nossos pilotos passassem por um treinamento operacional muito próximo de situações reais, contribuindo para o aperfeiçoamento da prontidão e da capacidade de resposta da Força Aérea Brasileira”, concluiu o Brigadeiro Rezende.
O Exercício deixa seu marco como um exemplo de integração e aprimoramento contínuos, pavimentando o caminho para futuras edições. A próxima CRUZEX já desperta expectativas, prometendo unir novamente as forças aéreas de diversas nações para um objetivo comum: a construção de uma defesa global forte e solidária. Clique aqui e assista ao vídeo final da Cruzex 2024.

Fotos: Suboficial Jonhson, Sargento Müller Marin, Sargento Mônica, Sargento Vanessa Sonaly/ CECOMSAER

Vídeo: Sargento André/ Sargento Neris, Sargento Lucas/ CECOMSAER

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos

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domingo, 17 de novembro de 2024

Especial de Domingo

Saiba mais sobre a interação Brasil-França revelada nas pesquisas sobre a aviação em Ubatuba.
Boa leitura.
Bom domingo!

Momentos de franceses e brasileiros na história da aviação em Ubatuba (SP)
Considerando a temática de aviação em Ubatuba (SP), a interação de brasileiros e franceses aconteceu em quatro oportunidades significativas. A primeira delas foi quando o inventor ubatubense Gastão Madeira, após estabelecer uma teoria de voo para dirigibilidade de balões e idealizar um aparelho chamado Aviplano, foi, em 1914, estudar em Paris, onde providenciou a patente de seus inventos. O segundo momento foi em junho de 1933, quando um avião da Aéropostale fez uma aterrissagem técnica na cidade, devido condições meteorológicas adversas na rota, e gerou uma lenda local: a de que o piloto Antoine Saint-Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, era o comandante naquele voo. Alguns anos mais tarde, soube-se, todavia, ser outro Antoine, Léon Antoine, o responsável por aquele pouso em Ubatuba. A terceira aproximação ocorreu com o francês Jean Pierre Patural, estabelecido no bairro rural Ubatumirim, para produção agrícola, em 1954. Para facilitar o acesso ao local, naquela época remoto e sem estradas, montou seu próprio avião Jodel D112, a partir de peças e desenhos vindos da França, e providenciou uma pista de pouso em sua propriedade. A quarta ocasião de integração de franceses e brasileiros, motivados por coisas de aviação em Ubatuba, aconteceu em outubro de 2018. Foi um curso de iniciação aeronáutica para jovens, no âmbito do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, em parceria com a Associação Aeroclube Pierre_Georges Latécoère, de Toulouse, e a AMAB – Associação Memória da Aéropostale no Brasil.

Teoria e inventos de Gastão Madeira
Gastão Galhardo Madeira nasceu em Ubatuba e viveu de 1869 a 1942. Reconhecido como um dos pioneiros da navegação aérea no Brasil, escreveu uma interessante teoria de voo, a partir da observação de pássaros, e concebeu, em 1890, um balão dirigível.
Seus estudos de estabilidade aerodinâmica dos aeroplanos o levaram, em 1911, a criar, o Aviplano, uma máquina voadora com estabilizador. O projeto visava controlar a aeronave, em caso de pane no motor ou perda da hélice, de modo que planaria lentamente até o solo, sem causar acidente grave.
O inventor seguiu, em 1914, para a França, indo morar em Paris. Embora não tenha conseguido industrializar seus inventos aeronáuticos e de emprego geral, devido às perturbações advindas com a Primeira Grande Guerra, providenciou as patentes das suas criações: aparelho de divertimento que dava a ilusão de voo; dispositivo de estabilização automática de aeroplanos e análogos, como o Aviplano; gerador de anúncios luminosos, comandado por uma porta giratória; e, dispositivo de comando do leme de profundidade de aviões. Gastão idealizou, ainda, um artefato aplicável a navios, para dar segurança em deslocamentos em regiões minadas. O inventor deixou Paris e retornou ao Brasil em 1917.

Um Antoine pousou em Ubatuba: a lenda de Saint-Exupéry
Uma lenda ubatubense perdurou de 1933 a 1985, segundo a qual o aviador e escritor francês Antoine de Saint-Exupéry teria, em junho de 1933, aterrissado na orla de Ubatuba, evitando voo em condições meteorológicas inadequadas. De fato, aconteceu o pouso do avião tipo Laté 26, matrícula F-AILR. Pesquisas do jornalista Luiz Ernesto Kawall (1927-2024) esclareceram que a operação não fora executada pelo autor de “O Pequeno Príncipe”, o “Saintéx”, como a tradutora Mônica Cristina Corrêa se refere a Antoine Saint-Exupéry, foco de seus estudos com as obras literárias do aviador. O trabalho de Kawall desfez os ruídos de comunicação e da tradição oral, evidenciando que aquele voo da Aéropostale era comandado por outro Antoine: não o Saint-Exupéry, mas sim Léon Antoine.
Este francês, ao encerrar sua carreira na aviação, migrou para o Brasil, para viver na região serrana do Rio de Janeiro.
Casou-se com uma brasileira e, a convite do jornalista, visitou Ubatuba e contou com exatidão o ocorrido naquela viagem, quando se chegava na cidade apenas de duas formas: de barco ou de avião.

Jean Pierre Patural e seu avião no Ubatumirim
O francês Jean Patural migrou para o Brasil e se estabeleceu em Taubaté (SP). Também adquiriu, em 1954, uma propriedade em Ubatuba, no sertão de Ubatumirim, a seis quilômetros da praia, para produção agrícola. Como o local só podia ser acessado por mar ou precárias trilhas, Jean Pierre resolveu comprar, na França, plantas e peças de um avião tipo Jodel D112, para ser seu meio de transporte rápido entre Taubaté e suas plantações em Ubatuba. Ele mesmo, que era engenheiro agrônomo, se dedicou a montar o aparelho, finalizado em 1958, e tirou o brevê de aviador para pilotá-lo. Ainda construiu uma pista de pouso ao lado de sua casa, para, enfim, realizar os voos entre Ubatumirim e Pindamonhangaba, sua base operacional do outro lado da serra. Em setembro de 1961, num voo de transporte de uma peça para consertar um trator, o avião de Patural, prefixo PP-ZTX, sofreu um acidente na serra do Mar. Ele faleceu em consequência da queda.

Um francês ensinando aviação para jovens de Ubatuba
Uma atividade cultural e pedagógica foi apresentada, em outubro de 2018, pelo piloto francês Jacques Despretz. Ele cruzou o Oceano Atlântico, especialmente para ministrar um Curso de Iniciação Aeronáutica, a um grupo de alunos do NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, utilizando as instalações do Colégio Dominique.
Além dos conteúdos de navegação aérea, teoria de voo, história da aviação, meteorologia e conhecimentos técnicos sobre aviões, os participantes tiveram premiações com o Diploma Latécoère, medalhas e um voo panorâmico sobre Ubatuba. Para os alunos foi o primeiro voo de suas vidas, com apoio do Aeroclube Regional de Taubaté. O evento foi uma parceria do NINJA com a Associação Aeroclube Pierre-Georges Latécoère, de Toulouse, promotora do Raid Raid Latécoère-Aéropostale, e a AMAB – Associação Memória da Aéropostale no Brasil, presidida por Mônica Cristina Corrêa.
Os voos, advindos do curso de iniciação, ocorreram em aeronave Piper PA-28. Foram patrocinados pelo piloto Márcio Fazenda e outros voluntários do NINJA.
As operações de pouso e decolagem foram conduzidas pelo piloto Rafael Valério, tendo a bordo ansiosos jovens por ver do alto a cidade e os tons de azul do oceano.

Fontes: Livro Sobre o Mar de Iperoig: a aviação em Ubatuba (Instituto Salerno-Chieus, 2017); Jovens de Ubatuba (SP) conquistam o Diploma Latécoère, em: Blog do NINJA, de 04 Nov de 2018 (Clique aqui

Fotos: Arquivo do NINJA

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