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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 13 de fevereiro de 2021

KC-390 Millennium

FAB e Embraer testam o KC-390 no frio do Alaska
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer iniciaram, no dia 08 de fevereiro de 2021, os ensaios de frio extremo, Cold Soak, da aeronave KC-390 Millennium nos Estados Unidos (EUA). A missão tem como foco verificar a integração de todos os subsistemas e a robustez do novo cargueiro da FAB em ambiente hostil, com condições de temperatura extremamente baixas. A atividade é gerenciada pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) e conta com representantes do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), engenheiros de ensaio do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) e integrantes da Embraer. Já a operação da aeronave teve o apoio de tripulação do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) – Esquadrão Zeus.

Temperaturas baixíssimas
Diferentemente de uma qualificação ambiental quanto a componente, o ensaio de Cold Soak tem por objetivo investigar, no quesito sistema, o efeito da exposição da aeronave a temperaturas extremamente baixas, por um intervalo de tempo considerável em solo, situação na qual a falha de sistemas pode levar a eventos de Dificuldades em Serviço, nas quais a aeronave fique sem condições de operação. O início da atividade se deu com a chegada do KC-390 à cidade de Jacksonville (Flórida), no dia 08 de fevereiro, onde a equipe especializada da Embraer e da FAB, entre engenheiros, técnicos e tripulantes se reuniram. No mesmo dia, a aeronave decolou para Moses Lake (WA) para realizar o primeiro trajeto do traslado para Fairbanks (Alaska). Vale notar que essa etapa teve duração de 6h28min, que representa o maior tempo de voo operacional do KC-390, em percurso único, já realizado e explicita a autonomia e o alcance da aeronave, fatores essenciais para o cumprimento da missão de transporte aéreo logístico.

A -37.8° Celsius
Em Fairbanks, a aeronave foi exposta, por um longo período, a um ambiente meteorológico favorável aos testes, atingindo um pico de -37,8°C com sensação térmica de - 47,8°C. Após o tempo de exposição requisitado, foram conduzidos cheques operacionais da aeronave para verificar a correta funcionalidade de diversos sistemas, tais como: aviônicos, elétrico, hidráulico, controles de voo, combustível, motores, Auxiliary Power Unit (APU) e radar. O Tenente-Coronel Aviador Carlos Vagner Ottone Veiga, do Esquadrão Zeus, está na missão e destacou a importância dos testes. “Os resultados dos testes serão importantes para seguir com a certificação da aeronave nesta condição, um grande passo para que as missões do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) com o KC-390 possam ocorrer em um futuro próximo. Cabe ressaltar que o Esquadrão alcançou a marca de voo mais longo com essa aeronave, no trecho entre Jacksonville e Moses Lake, evidenciando a enorme capacidade desse vetor”, explicou.

Certificação militar
Para o Tenente-Coronel Engenheiro Emerson Gonçalves de Souza, da COPAC, que também faz parte da equipe, o ensaio Cold Soak é mais um passo na certificação da aeronave. "A realização do ensaio representa um marco importante no processo de desenvolvimento e certificação militar da aeronave KC-390, que visa garantir que esse importante vetor da Força Aérea estará apto a operar eficientemente em condições de baixa temperatura, atendendo aos requisitos estabelecidos pela Força Aérea para seu emprego”, disse. Devido à exposição ao extremo frio, os cheques ocorreram de forma cadenciada e minuciosa, a fim de garantir a segurança da equipe de ensaios e a qualidade dos resultados obtidos. A longa jornada de testes permitiu a coleta de dados diversos que serão utilizados para comprovar a robustez da aeronave, bem como para o aprimoramento e maturação dos sistemas avaliados.

Resultado
“Foi uma grande alegria para o time de engenheiros e mecânicos da Embraer observar o resultado de anos de desenvolvimento. A aeronave operou muito bem e, com o resultado do ensaio, poderemos aumentar a segurança e a eficiência quando o KC-390 operar em baixas temperaturas”, comentou o engenheiro da Embraer Guilherme Moreschi Valente dos Santos. O sucesso da missão foi um passo fundamental para prosseguir na certificação da aeronave KC-390 Millennium, garantindo a integração dos sistemas, a robustez e a segurança em todo o envelope operacional. Destaca-se, ainda, que tais características auxiliarão no cumprimento das missões estratégicas do PROANTAR.

Fotos: Tenente-Coronel Emerson (da COPAC)

Fonte: FAB

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Indústria Aeronáutica

Embraer entregou 130 jatos em 2020
A Embraer entregou 71 jatos no quarto trimestre de 2020, sendo 28 comerciais e 43 executivos, dos quais 23 leves e 20 grandes, o que representa uma queda de 10 aeronaves entregues no trimestre em relação ao quarto trimestre de 2019. A empresa entregou um total de 130 jatos em 2020, sendo 44 comerciais e 86 executivos (56 leves e 30 grandes), o que representa uma redução de quase 35% em relação a 2019, quando 198 jatos foram entregues. Embora tenham acelerado durante o quarto trimestre de 2020 em relação aos três trimestres anteriores, as entregas foram fortemente impactadas, principalmente na aviação comercial, pela pandemia da Covid-19.

4° trimestre 2020
Durante o quarto trimestre de 2020, a Embraer Aviação Executiva entregou o primeiro Praetor 600 de frota para a Flexjet, cliente frotista de lançamento dos modelos Praetor. A unidade de negócios também anunciou uma colaboração com a Porsche para criar o Duet, composto por edições limitadas do jato Embraer Phenom 300E e do Porsche 911 TurboS. Na Aviação Comercial, a companhia aérea nacional bielorrussa Belavia recebeu seu primeiro jato E195-E2. Já a Congo Airways fez um pedido firme para dois jatos E195-E2, em edição ao pedido firme já existente para dois jatos E190-E2. Este novo pedido firme foi incluído na carteira de pedidos do quarto trimestre de 2020 da Embraer.

Defesa
A Embraer Defesa & Segurança entregou o quarto avião de transporte multimissão C-390 Millennium para a Força Aérea Brasileira (FAB) no quarto trimestre. Todas as aeronaves encomendadas pela FAB estão preparadas para realizar missões de reabastecimento aéreo, com a designação KC-390 Millennium. A Embraer também entregou à FAB as duas primeiras aeronaves modernizadas EMB 145 AEW&C, de Alarme Aéreo Antecipado e Controle e Alarme em Voo, designada na FAB como E-99. Três aeronaves E-99 adicionais serão modernizadas como parte do contrato. A Embraer anunciou também a conclusão e entrega da primeira conversão na Europa de um Legacy 450 em um jato Praetor 500 para um cliente não divulgado. A conversão foi realizada no Centro de Serviços para Jatos Executivos da Embraer, no Aeroporto Internacional Le Bourget, em Paris, na França.

Fonte: Embraer

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Espaço

INPE prepara satélite Amazonia 1 no veículo lançador
Na primeira semana de fevereiro de 2021, a equipe técnica do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) concluiu as atividades exclusivas do satélite Amazonia 1 na base de lançamento de SHAR, em Sriharikota na Índia, com vistas no lançamento programado para dia 28 de fevereiro de 2021. A fase de atividades exclusivas e a integração com o sistema de separação foi realizada no laboratório chamado SP 1 B (Satellite Preparation 1 B). A partir deste estágio, as atividades devem ser realizadas no laboratório chamado, SP 2 B (Satellite Preparation 2 B) e finalmente, na torre de lançamento (SP 3). No laboratório SP 2 B, serão realizadas as atividades de verificação de estanqueidade, enchimento do tanque de combustível e integração com o quarto estágio do PSLV. No dia 05 de fevereiro de 2021, o Amazonia 1 foi transportado do SP 1B para o SP 2 B. Embora a distância entre os dois prédios seja de aproximadamente 7 km, o transporte levou cerca de 90 minutos. Isso foi necessário para cumprir os requisitos de transporte do Amazonia 1 e também os protocolos de segurança da base de SHAR. O Amazonia 1 já foi ligado no SP 2 B e foi verificado que se encontra em perfeitas condições para prosseguir com o cronograma de atividades. Dessa forma, até o momento, todas as atividades planejadas estão sendo executadas conforme o cronograma e concluídas com sucesso e o Amazonia 1 segue seu caminho rumo ao lançamento, no dia 28 de fevereiro de 2021.

Fonte: INPE

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Pioneiros

Raymundo Vasconcellos de Aboim
Raymundo Vasconcellos de Aboim (Rio de Janeiro, 3 de julho de 1898 - 20 de outubro de 1990) foi o primeiro engenheiro aeronáutico brasileiro e sul-americano. Filho de Tibério Ribeiro Aboim e Ernestina Vasconcellos Aboim, ingressou na Escola Naval em 1 de maio de 1915, concluindo o curso de guarda-marinha em 1 de novembro de 1918. Em 15 de agosto de 1919, com uma aeronave Curtiss HS-2LO, realizou o voo pioneiro do Correio Aéreo da Esquadra, inaugurando o serviço criado pela Marinha naquele mesmo ano, doze anos antes do Correio Aéreo Militar (criado pelo Exército) realizar o seu primeiro voo postal.

Aerobote Curtiss HS-2LO. Na foto a direita os pilotos Mario da Cunha Godinho e Raymundo Vasconcelos de Aboim, junto com o observador Carlos Pereira Guimarães.

Raymundo Aboim graduou-se em 11 de fevereiro de 1920.Logo após, foi promovido a primeiro-tenente, servindo na própria Escola como auxiliar das Oficinas de Estrutura por quase um ano, de 23 de abril de 1921 a 24 de julho de 1922, quando foi enviado à Inglaterra para realizar o curso de pós-graduação em Engenharia Aeronáutica no Imperial College of Science and Technology, tornando-se o primeiro engenheiro aeronáutico brasileiro e também sul-americano. Na Escola de Aviação Naval também serviu na Esquadrilha de Bombardeio, de 8 de setembro de 1924 a 21 de dezembro do mesmo ano. De 4 de janeiro de 1926 a 30 de outubro de 1928 foi comandante da Esquadrilha de Caça. De 31 de outubro de 1928 a 10 de setembro de 1930, foi instrutor do Curso de Artífice e Comandante de Esquadrilha, no Centro de Aviação Naval. Foi ainda Chefe da Divisão Administrativa do Centro de Aviação, de 11 de setembro de 1930 a 13 de novembro do mesmo ano, e serviu na Diretoria de Aeronáutica Naval de 17 de dezembro de 1930 a 19 de janeiro de 1932.Foi um dos principais responsáveis pela consolidação das Oficinas Gerais da Aviação Naval, que ganhariam o nome de Fábrica do Galeão. Em 28 de agosto de 1946, assumiu o cargo de Diretor-Geral do Material da Aeronáutica, onde permaneceu até 1951. Durante esse período, mais precisamente em 1948, foi promovido a brigadeiro-do-ar. Em 3 de junho de 1960, foi elevado a tenente-brigadeiro-do-ar. E em 27 de maio de 1964, a marechal-do-ar.

Fontes: Incaer, Wikipédia

Pesquise: Blog do Ninja de 09/05/2010.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Aviação Agrícola

Embraer vende mais oito aeronaves Ipanema 203
A divisão de aviação agrícola da Embraer encerrou o mês de janeiro de 2021 com a venda de oito aviões EMB-203 Ipanema, o equivalente a um terço do total negociado durante todo o ano de 2020. O bom resultado está sendo impulsionado pelo desempenho favorável da agricultura brasileira e as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave. Com quase 1.500 unidades entregues, o Ipanema ocupa a liderança do segmento agrícola com 60% de participação no mercado nacional. Seu protagonismo na agricultura de precisão combina alta tecnologia e tradição de um produto que evolui continuamente para atender aos requisitos de alta produtividade e baixo custo operacional.

Ipanema 203
O Ipanema 203, o modelo mais atual da série, conta com aprimoramentos como substituição de peças da asa por outras com nova geometria e material em aço inox mais resistente. Essa solução posterga ainda mais eventuais desgastes gerados pela condição severa natural da operação no campo e despesas com manutenção ao longo dos anos. O novo pulverizador aéreo também tem um novo design no capô do motor, com novas grades de saída de ar, garantindo maior refrigeração. Em comemoração aos 50 anos do primeiro voo do Ipanema, realizado em 1970, uma pintura alusiva à data foi criada para o pulverizador aéreo que agora sai de fábrica com uma nova identidade visual. As cores da bandeira brasileira foram as escolhidas para destacar esse projeto aeronáutico 100% nacional. Sobre o Ipanema A história do Ipanema começa no fim dos anos 1960, quando o Ministério da Agricultura do Brasil firmou contrato com a Embraer para fabricação em série no país de uma aeronave agrícola, com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção.

Desde 1970
A aeronave surge inicialmente como um projeto de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP) e é testado pela primeira vez na Fazenda Ipanema, no município de Sorocaba (SP). Em julho de 1970 o Ipanema fez seu primeiro voo e em 1972 começou a ser produzido comercialmente. A versão mais atual, o Ipanema 203, é movida a energia renovável (etanol) e foi certificada em 2015. Este modelo garante mais agilidade, eficiência, produtividade, além do menor custo operacional da categoria. Com sua envergadura aumentada para 13,3 m e perfil da asa aprimorado, possibilita uma maior faixa de deposição de defensivos agrícolas, chegando a 24 metros de faixa com altíssima qualidade comprovada cientificamente e no campo. Utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, o Ipanema tem evitado, ao longo de todas essas décadas, perdas por amassamento na cultura e flexibilizado as operações em regiões com terrenos irregulares. A aeronave também tem aplicação em atividades de semeadura, controle de vetores e larvas, e povoação de rios.

Fonte: Embraer

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Especial de Domingo

Em 6 de fevereiro de 1957, por meio do Decreto nº 40.549, foi organizado, no Ministério da Aeronáutica, o 1º Grupo de Aviação Embarcada, tendo como finalidade guarnecer Navios-Aeródromos da Marinha Brasileira. Relembrando essa história e estudando mais sobre temas relacionados, selecionamos conteúdo do portal da ABRA-PAT - Associação Brasileira de Equipagens da Aviação de Patrulha. Esta, é uma entidade civil de direito privado e sem fins lucrativos que tem como principais objetivos: RESGATAR, PRESERVAR e DIVULGAR a história da Aviação de Patrulha no Brasil, DIFUNDIR a evolução da Aviação de Patrulha no Brasil e no mundo, COLABORAR com as autoridades da Aeronáutica e ESTIMULAR o espírito de corpo, o profissionalismo e o entusiasmo que sempre existiram no seio da Aviação de Patrulha. A ABRA-PAT é formada por membros de Equipagem da Aviação de Patrulha (Oficiais, Suboficiais e Sargentos) da Ativa, da Reserva ou Reformados, além de militares das Forças Armadas e Civis. Foi criada no Rio de Janeiro, em 20 de julho de 1999. 
Boa leitura.
Bom domingo!

O ESQUADRÃO CARDEAL
No dia 06 de fevereiro de 1957 foi criado o Primeiro Grupo de Aviação Embarcada (1º GAE) com a finalidade de guarnecer o navio-aeródromo da Marinha Brasileira. O 1º GAE foi organizado inicialmente com dois esquadrões, um de caça e outro de patrulha. Mais tarde, quando a Marinha definiu que o Minas Gerais seria um porta-aviões anti-submarino, o 1° GAE foi reorganizado, passando a ser composto por um esquadrão de aviões de patrulha e outro de helicópteros anti-submarino. O nome do Esquadrão Cardeal é em virtude da semelhança entre o pássaro e os gorros vermelhos utilizados pelos pilotos do 1º GAE no início de suas atividades. O seu emblema contém a inscrição em latim Sic Semper Tyrannis”, que em português significa “Assim sempre com os tiranos”.

AERONAVES
Grumman P-16A Tracker
Em outubro de 1958, a Base Aérea de Santa Cruz foi designada como sede em terra do 1º GAE. Nesse mesmo ano, começou a receber o seu equipamento inicial, os aviões North American B-25J Mitchell e helicópteros Bell H-13J. Em 26 de junho de 1961 chegaram ao Brasil os primeiros aviões Grumman P-16A Tracker, iniciando as operações aéreas a bordo do Minas Gerais no dia 22 de junho de 1965. Os P-16E, mais modernos e sofisticados, começaram a operar no 1º/1º GAE em dezembro de 1975. O último P-16 da FAB foi retirado de serviço no dia 30 de dezembro de 1996. Para a continuidade das operações, foi criado em 31 de julho de 1998, pela Portaria R.452/GM3, o Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (4º/7º GAv), operando as aeronaves Embraer P-95A Bandeirante Patrulha que voavam com o 2º/1º GAE, efetuando as missões de patrulha e esclarecimento marítimo.
Embraer P-95A "Bandeirulha"
No dia 16 de dezembro de 2011, o Esquadrão Cardeal encerrou as suas atividades com uma solenidade militar na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Biblioteca Ninja
OS CARDEAIS
1º Grupo de Aviação Embarcada
4º/7º Grupo de Aviação
"Já no pequeno bar, durante as conversas de pós-voo, lá pelas tantas disse-me o Rodolfo que na final curta comentara com o Mares Guia que nosso grupamento parecia um concílio de Cardeais, todos com o boné vermelho e o macacão laranja. Como consequência, no teste de rádio do dia seguinte, ao atender à chamada do Cobra 01 respondi não mais FAB 7016, mas sim, Cardeal 01”. A história dos Cardeais se inicia com a criação do 1° Grupo de Aviação Embarcada em 1957, no segundo ano do mandato de Juscelino Kubitschek. Os primeiro anos da nova unidade foram difíceis, marcados por um acrimonioso conflito doutrinário entre a Força Aérea e a Marinha. Porém, a partir de 1965, os Cardeais embarcaram pela primeira vez no navio-aeródromo Minas Gerais para iniciar um longo período de 31 anos de operações conjuntas de alta eficiência, em um clima de convivência harmoniosa que desmentia todo o conflito anterior. Em 1998, o 1° Grupo de Aviação Embarcada foi desativado, dando lugar ao 4°/7° Grupo de Aviação que herdou seu nome e suas tradições. Desde então, operando a partir da histórica Base Aérea de Santa Cruz, os Cardeais protegem os mares do Sudeste e prestam um serviço à nação, tão inestimável quanto pouco conhecido. A saga dos Cardeais é contada neste volume a partir de uma cuidadosa pesquisa dos históricos da unidade, documentos pessoais e entrevistas com veteranos. O texto é amplificado com numerosas fotografias, a maior parte das quais inédita, e de perfis das aeronaves especialmente preparados. 
Autor: Mauro Lins de Barros 
Ilustrações: Flávio Lins de Barros 
Editora: ADLER

Selecionado da ABRA-PAT:
AVIAÇÃO DE PATRULHA NO BRASIL
Antecedentes Históricos
Martin PM
Retroagindo no tempo, vamos encontrar, há quase 10 anos antes da criação do Ministério da Aeronáutica a primeira Unidade Aérea de Patrulha de que se tem registro no Brasil: a “Primeira Flotilha de Bombardeio e Patrulha”, criada na Aviação Naval em 1931, baseada na Ponta do Galeão da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Possuía 7 hidro-aviões, 2 MARTIN PM e 5 Savoia Marchetti e realizou a primeira operação de Patrulha Aérea conhecida. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, três aviões “Savoia Marchetti” realizaram missões de patrulha nas cercanias do porto de Santos, bloqueado pelas Forças Legalistas, visando impedir a chegada de reforços para os rebeldes. A Aviação Militar do Exército também realizou missões de Patrulha Aérea ao longo do litoral logo no início da 2ª Grande Guerra. Em fins de 1939, deslocou 3 aviões “Corsário” para Belém com a missão de patrulhar o litoral Norte, a fim de verificar possíveis presenças de unidades navais de países beligerantes em nossas águas territoriais. Na mesma época, enviou outros 3 aviões “Corsário” para Recife para, de lá, efetuar missões de patrulha ao longo do litoral Nordeste com a mesma finalidade.

A Fase do Pré-Guerra
B-25
Em janeiro de 1941 foram criados o Ministério da Aeronáutica e a Força Aérea Brasileira, esta pela absorção da Aviação Naval e da Aviação do Exército. A Aviação de Patrulha na FAB surgiu em fevereiro de 1942. O Brasil rompera relações diplomáticas com os países do Eixo dando mostras de abandono da posição de neutralidade até então mantida. Como represália, os alemães e italianos desfecharam uma campanha de ataques aos nossos navios mercantes em rotas litorâneas, resultando no afundamento de numerosos navios. A situação da FAB era de total despreparo para empreender ações bélicas eficazes. Não tinha os aviões adequados para as missões de Patrulha, nem em quantidade, nem em qualidade. Não tinha bombas de profundidade, nem treinamento técnico ou tático. Nós não voávamos por instrumento, não conhecíamos navegação sobre o mar, navegação rádio nem navegação astronômica. Não estávamos familiarizados com planos de busca, de esclarecimento ou de cobertura de comboio. Nada sabíamos sobre técnicas de ataque a submarino. Mas, apesar de todas as deficiências, começamos a empreender missões de Patrulha empregando, em total improviso, todos os meios aéreos disponíveis. Aviões B – 25, P- 40, T- 6, FOCK-WULF e outros faziam, regularmente, missões sobre o mar. Aviões de transporte em viagem pelo litoral eram orientados para voar sobre o mar, a uma pequena distância da costa. Acreditava-se que a simples presença de aviões, de qualquer tipo, sobre o mar se constituía em fator limitador da liberdade de ação que os submarinos desfrutavam durante o dia. Nesse início da guerra tudo faltava, menos a garra, a vontade férrea dos patrulheiros de bem cumprir suas missões. Dia 22 de maio de 1942, um avião B – 25 do Agrupamento de Aviões de Adaptação sediado em Fortaleza, empregado no treinamento de equipagens brasileiras, realizou uma busca na área onde um navio havia sido torpedeado . O Instrutor era americano e os alunos eram dois Capitães que faziam a adaptação ao novo avião. Foi avistado o submarino italiano BARBARIGO e imediatamente atacado com uma salva de 10 bombas de 100 libras de emprego geral . O submarino mergulhou, sem avarias, e o B-25 retornou a Fortaleza. É de se notar que o Brasil, nessa data, só havia cortado relações diplomáticas com o Eixo, mas ainda mantinha sua neutralidade. Esse foi o batismo de fogo da FAB na II Guerra Mundial!

A Fase da Guerra
A-28 Hudson
Com o estabelecimento de Estado de Beligerância em 22 de maio de 1942 e a formal Declaração de Guerra aos países do Eixo em 31 de agosto de 1942, o Brasil, como aliado dos EUA, foi beneficiado pelo “LEND AND LEASE ACT”, tendo recebido daquele país, 28 aviões A-28 HUDSON, 6 hidro-aviões PBY-5 CATALINA, 14 aviões anfíbios PBY-5A CATALINA e 14 aviões PV-1 VENTURA para serem empregados no patrulhamento das águas próximas ao litoral brasileiro. Após essa fase de total improvisação, durante a qual foram afundados 20 navios brasileiros, a FAB orientou suas ações em direção ao profissionalismo. Oficiais foram mandados ao exterior para se familiarizar com a Aviação de Patrulha. De nada adiantava receber aviões modernos sem uma instrução adequada sobre seus sistemas, pilotagem, técnicas e táticas de emprego. Com vistas a sanar tais deficiências foi criado em outubro de 1943, inicialmente em Natal e posteriormente no Galeão, unidade de instrução denominada UNITED STATES – BRASIL AIR TRAINING UNIT, que ficou conhecida pela sigla formada por suas iniciais: USBATU. Em Natal o avião utilizado no curso foi o PV – 1 VENTURA. A instrução abrangeu 3 turmas, compostas de pilotos, tripulantes e mantenedores. Ao término do curso, a FAB recebeu um esquadrão de 14 aviões PV – 1 vindos diretamente da fábrica. Esse esquadrão, autônomo e constituído somente de brasileiros, passou a operar cumprindo ordens de operação e fragmentárias emanadas do ComSoLant – Comando do Atlântico Sul, chefiado pelo Almirante americano Jonas Howard INGRAM. No Galeão foi realizada a instrução terrestre dos PBY-5A CATALINA (anfíbios) tendo sido utilizadas as instalações de Santa Cruz para treinamento de voo.
PBY-5A Catalina
Ao término do curso, a FAB recebeu um esquadrão composto de 14 PBY – 5A em complemento aos 7 PBY- 5 já existentes. Esse mesmo treinamento foi dado aos tripulantes dos A-28 HUDSON, cuja sede era Fortaleza, mas que operavam desdobrados em aeródromos ao longo do litoral. Com esse treinamento, a FAB passou a ficar responsável pelo patrulhamento e cobertura de comboio em certos trechos, até então sob a responsabilidade apenas de unidades americanas. Ao término da guerra a FAB possuía uma Aviação de Patrulha de mesmo nível operacional e com aviões idênticos aos empregados pela Aviação Naval da Marinha Americana.

Saiba mais: ABRA-PAT

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Operação Culminating

KC-390 da FAB lança paraquedistas brasileiros junto com a USAF
O avião multimissão KC-390 realizou, na madrugada da terça-feira, 02 de fevereiro de 2021, o lançamento de paraquedistas em voos em conjunto com as aeronaves C-17 e C-130 da Força Aérea Americana (USAF), durante o Exercício Operacional “Culminating”, em Alexandria – Louisiana, Estados Unidos. A missão foi um marco no projeto de desenvolvimento do KC-390, pois a aeronave teve a oportunidade de operar, cumprindo todos os objetivos traçados, com aviões militares de transporte já consagrados e empregados em cenários de combate ao redor do mundo.

Maturidade técnica
“Era um sonho imaginar que um produto da indústria aeronáutica nacional, fruto de décadas de desenvolvimento, poderia atuar lado a lado, em pé de igualdade, com aeronaves historicamente consagradas. Acabamos de provar que alcançamos, sim, esse tão desejado nível de maturidade técnica e operacional”, ressaltou o Oficial de Operações do 1° Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), Tenente-Coronel Aviador Daniel Silva Fortes. O KC-390 integrou um voo de pacote, que é quando aeronaves decolam em um curto espaço de tempo para cumprir ações de Força Aérea complementares, visando a um objetivo comum. Nesse caso, a meta foi realizar o lançamento de paraquedistas para conquistar uma posição por meio aéreo.

120 paraquedistas brasileiros
Cerca de 120 paraquedistas do Exército Brasileiro, que participam do exercício em conjunto com o Exército dos Estados Unidos, foram lançados do KC-390 na Zona de Lançamento do Joint Readiness Training Center, unidade do Exército Americano especializada em receber esse tipo de treinamento conjunto. De acordo com o coordenador da missão, Major Aviador Daniel Elias Souza, a coordenação teve uma complexidade maior, porque as diversas aeronaves que integravam o voo de pacote partiram de localidades diferentes e se encontraram em um ponto comum. “Dentro desse desafio, nós percebemos que nosso planejamento foi adequado às metas que tínhamos e conseguimos atingir todas elas”, ressaltou.

KC-390, C-17 e C-130
Além do KC-390, participaram dos voos nove aeronaves C-17 e quatro aeronaves C-130, todas da Força Aérea Americana. Foram lançados cerca de 1.600 paraquedistas, além de 22 plataformas com equipamento pesado. "Nós percebemos que o KC-390 é uma aeronave que está compatível com esse tipo de cenário, assim como, a doutrina da FAB", complementou. Outra etapa conquistada pelos militares do 1°GTT durante o exercício foi a operacionalidade completa da tripulação em lançamentos de paraquedistas. Pela primeira vez, o KC-390 realizou a missão de salto de militares com tripulação operacional 100% composta por militares da Força Aérea.

Interoperabilidade
Em visita ao exercício, o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou a interoperabilidade das Forças Armadas Brasileiras ampliada pela participação conjunta, no Exercício Operacional "Culminating", do KC-390 da FAB e da Brigada Paraquedista do Exército Brasileiro. "É um dia histórico para as Forças Armadas Brasileiras nesse exercício inédito, o 'Culminating', com o lançamento dos paraquedistas da Brigada de Paraquedistas, também utilizando a nova aeronave da FAB: o KC-390", ressaltou.

Capacidade operacional
O primeiro KC-390 Millennium foi entregue à Força Aérea em setembro de 2019. E, após cerca de um ano e meio operando a aeronave multimissão, a FAB atualmente conta com quatro KC-390 em sua frota realizando missões fundamentais para o país, como a Operação COVID-19, de apoio no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, e na missão de assistência humanitária à República Libanesa. A participação do KC-390 em treinamentos como o exercício "Culminating" é fundamental para o aprimoramento da utilização da aeronave. A capacidade operacional e de atuação do KC-390 são obtidas mediante o acúmulo de experiências em exercícios conjuntos, o que também possibilita o desenvolvimento doutrinário para a utilização segura da aeronave.

Fotos: Sargento Bianca Viol / CECOMSAER

Vídeo: Suboficial Barros / CECOMSAER

Fonte: FAB

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Espaço

Satélite 100% brasileiro já tem data de lançamento

Planejamento inicial é para 28/2/21

No dia 28 de fevereiro de 2021, às 1h54 (horário de Brasília), será lançado ao espaço o Amazônia-1, primeiro satélite de observação da Terra projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. O lançamento fará parte da missão PSLV-C51, da agência espacial indiana Indian Space Research Organisation (ISRO). O Amazônia-1 é parte da Missão Amazônia, cujo intuito é fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, principalmente na região amazônica e, ainda, atuar em sinergia com os programas ambientais existente, como a monitoração da agricultura em todo o território nacional.

Imagens do planeta
O satélite terá vida útil de 4 anos, e gerará imagens do planeta a cada cinco dias. A missão prevê, ainda, o lançamento de mais dois satélites, o Amazônia-1B e o Amazônia-2. O Brasil já possui dois outros satélites de sensoriamento remoto em órbita, o CBERS-4 e o CBERS- 4ª.
Segundo nota do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), “a Missão Amazônia irá consolidar o conhecimento do Brasil no desenvolvimento integral de uma missão espacial utilizando satélites estabilizados em três eixos, visto que os satélites de sensoriamento remoto anteriores foram desenvolvidos em cooperação com outros países”. Ainda conforme nota do INPE, “a indústria espacial brasileira terá ganho herança de voo nos equipamentos fabricados para o satélite, o que abre perspectivas para fornecimento a outros países e agências espaciais”.

Fonte e imagens: INPE

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Datas Especiais

Dia da Aviação de Asas Rotativas
O Dia da Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB) foi comemorado ontem, 3 de fevereiro. O fato notório que deu origem à escolha desse dia ocorreu em 1964, em uma Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), na região de Katanga, no Sul do Congo, quando a tripulação de um Sikorsky H-19 da FAB pousou em meio à vegetação subsaariana, sob disparos de grupos rebeldes locais, para realizar o resgate de tripulantes, missionários e freiras a bordo de outro helicóptero. Por suas conhecidas características de voo, essas aeronaves podem decolar e pousar em locais de difícil acesso, bem como manter o voo pairado, o que as tornam ideais para missões de busca e salvamento, infiltração, exfiltração, dentre outras.

Fonte: FAB

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Operação Covid-19

FAB já voou mais de mil horas em apoio à região Norte
A Força Aérea Brasileira (FAB), que atua desde o dia 8 de janeiro de 2021 no transporte de pacientes, bem como de tanques de oxigênio líquido, cilindros de oxigênio e equipamentos para o combate ao novo Coronavírus na região Norte, somou, até o dia 01 de fevereiro de 2021, 1067 horas voadas em proveito da Operação COVID-19, atendendo às demandas do Norte do Brasil. O emprego das aeronaves tem a missão de salvar vidas por meio, dentre outras ações, da distribuição de insumos para o sistema de saúde, reduzindo, assim, os impactos da pandemia.

Aeronaves
Diversas aeronaves da FAB são empregadas nas missões, como o KC-390 Millennium, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-99 e outras. Na segunda-feira (01), um KC-390 decolou da Ala 9, em Belém (PA), às 16h15 (horário de Brasília), para a Ala 8, em Manaus (AM), transportando um isocontainer, contendo 6.047m³ de oxigênio líquido, pesando aproximadamente 17 toneladas. No domingo (31), um C-130 decolou da Ala 1, em Brasília (DF), com nove tanques de oxigênio líquido para Manaus (AM). No sábado (30), um C-99 decolou às 21h21 da Ala 8, em Manaus (AM), transportando 11 pacientes com destino à Base Aérea de Florianópolis (BAFL), onde pousou às 2h41 de domingo (31). Outra missão, foi de um KC-390 Millennium, que carregou em Brasília oito tanques de oxigênio, pesando 12.785 quilos de carga, com destino a Manaus. Para o Comandante do 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus, Tenente-Coronel Aviador Luiz Fernando Rezende Ferraz, atuar na Operação COVID-19, que ultrapassa a marca de 1000 horas de voo somente prestando apoio para a região Norte do Brasil, nesse mês de janeiro de 2021, torna-se motivo de satisfação pela oportunidade de ajudar a população brasileira. “Sabemos que nosso trabalho tem sido de vital importância para a sociedade. Cada pouso e decolagem tem sido motivo de orgulho, pois estamos cumprindo uma missão real. Poder ajudar ao próximo é sempre uma tarefa muito gratificante”, destaca.

Mais de 100 voos
No período em que os esforços da Força Aérea concentram-se para auxiliar a região Norte, foram realizados mais de 100 voos e, ainda, transportadas cerca de 1100 toneladas de carga. Essa ação já removeu, do Amazonas (AM), de Rondônia (RO) e de Roraima (RR), 457 pacientes para as cidades de Teresina (PI), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Natal (RN), Goiânia (GO), Brasília (DF), Belém (PA), Vitória (ES), Maceió (AL), Recife (PE), Uberaba (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Florianópolis (SC).

Operação COVID-19
Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos do novo Coronavírus no sistema de saúde de alguns estados do Norte do País. O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em uma cooperação com o Ministério da Saúde. O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

Fonte: FAB

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Operação Culminating

KC-390 da FAB faz primeiro voo no exercício Culminating nos EUA
O KC-390 Millennium cumpriu, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2021, mais uma etapa inédita na Força Aérea Brasileira (FAB), realizando voos no primeiro exercício operacional no exterior que a aeronave participa: o Exercício Culminating, que acontece em Louisiana, Estados Unidos, até o próximo dia 05 de fevereiro de 2021. Os voos realizados pelo KC-390 foram atividades de familiarização e tiveram o objetivo de ambientar a tripulação com relação aos procedimentos locais de operação aérea. A aeronave cumpriu trajetos semelhantes aos que serão executados durante a missão de Assalto Aeroterrestre para lançamento de paraquedistas do Exército Brasileiro, em conjunto com as aeronaves C-17 e C-130J da Força Aérea Americana.

Procedimentos
“Nesses voos de familiarização, tivemos a oportunidade de fazer todos os procedimentos simulados de lançamento de paraquedistas. Tudo aconteceu conforme o planejado”, explica um dos integrantes da tripulação do KC-390, Major Aviador Bruno Américo Pereira. A participação no Exercício Culminating é fundamental para o aprimoramento da utilização da aeronave. A capacidade operacional e de atuação do KC-390, que teve sua primeira unidade entregue à FAB em setembro de 2019, são obtidas mediante o acúmulo de experiências em exercícios conjuntos como o Culminating, além de possibilitar o desenvolvimento doutrinário para a utilização segura da aeronave.

Doutrina
De acordo com o coordenador do Exercício, Major Daniel Elias Souza, o treinamento proporciona desenvolver a doutrina da aeronave. “Nós temos a oportunidade de voar com as aeronaves de outros países e ver que o KC-390 realmente é um avião excelente para ser empregado em Forças Aéreas”, ressaltou. Segundo o Capitão Rafael da Silva Costa, Mestre de Salto do Exército Brasileiro, foi simulado um trabalho de portas prévio ao salto dos paraquedistas. “É uma satisfação muito grande fazer parte desse momento e auxiliar para que tudo ocorra dentro da segurança e dos procedimentos previstos”, destacou.

Fonte: FAB

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Efemérides Aeronáuticas - Fevereiro

O INCAER - Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica destaca uma frase do Ten.-Brig.-do-Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo, ex-Ministro da Aeronáutica e ex-Conselheiro do INCAER, falecido em 12 de abril de 1993: “A História não é um somatório de fatos, mas, antes, um legado de experiências. Conhecê-la é reunir dados que os números não contam, é entender os erros para não repeti-los, é, enfim, uma forma de preparar-se para o futuro”. Com este pensamento, mais uma vez, o Blog do Ninja reproduz as datas marcantes de FEVEREIRO, estimulando o estudo, a pesquisa.

1894
O inventor brasileiro Augusto Severo realizou uma experiência no Realengo (RJ), com seu balão dirigível “Bartolomeu de Gusmão”, que não chegou a fazer uma ascensão livre por ter tido sua longa nacele de madeira (52 metros de comprimento) danificada. O balão dirigível media 60 metros de comprimento e duas hélices, uma na frente e outra na parte traseira. (14 de fevereiro)

1901
O brasileiro Carlos Rostaing Lisboa tirou a patente nº 3.252 de um balão dirigível denominado “Aeronave Brasil”. A “Aeronave Brasil”, registrada em Paris e em São Petersburgo, tinha forma cilíndrica terminada por dois cones, uma hélice posterior e duas laterais, não possuía leme de direção e o motor era de 60 cavalos vapor. (21 de fevereiro)

1905
Foi conferida a Santos-Dumont, pelo Governo Francês a medalha da Legião de Honra.

1914
Foi inaugurada no Campo dos Afonsos, com a presença do Ministro da Guerra, General Vespasiano de Albuquerque, num ambiente de entusiasmo, a “Escola Brasileira de Aviação”, destinada à formação de aviadores militares brasileiros do Exército e da Marinha. Devido a várias dificuldades, que causaram graves prejuízos financeiros aos proprietários da Escola, suas atividades foram interrompidas em 18 de junho daquele mesmo ano. (2 de fevereiro)

1920
Foi realizada, no Campo dos Afonsos, a entrega oficial ao Exército Brasileiro de um avião bimotor Caproni oferecido pelo Governo italiano. (21 de fevereiro)

Teve início no Campo de Marte, na cidade de São Paulo, a instrução da Escola de Aviação da Força Pública de São Paulo. (23 de fevereiro)

1923
Chegou no Rio de Janeiro o hidroavião “Sampaio Correia II”, um Curtiss equipado com um motor “Liberty” de 300 cavalos-vapor, que conseguiu fazer a primeira ligação de Nova Iorque ao Rio de Janeiro. (8 de fevereiro)

1930
Por meio do Decreto nº 19.115, de 14 de fevereiro de 1930, foi concedida a permissão à Sociedade Anônima brasileira “Companhia Aeronáutica Brasileira” para estabelecer tráfego aéreo no território nacional.(14 de fevereiro)

1935
Lançada a “Campanha para a Criação do Ministério do Ar”. O Capitão Antonio Alves Cabral proferiu importante conferência no Clube Militar sobre a “Política Aérea Brasileira” e sobre a criação do Ministério do Ar. (20 de fevereiro)

1938
Com a reorganização do Exército, fixada no Decreto-lei nº 279, a Diretoria de Aviação Militar passou a denominar-se Diretoria de Aeronáutica do Exército. (16 de fevereiro)

1941
Foi dada denominação aos postos da hierarquia militar na Força Aérea Brasileira, pelo Decreto-Lei nº 3.047. (13 de fevereiro)

Foi criado o Correio Aéreo Nacional, resultado da fusão do Correio Aéreo Militar e do Correio Aéreo Naval, pela Portaria nº 47. (20 de fevereiro)

1956
Teve início a Revolta de Jacareacanga.(11 de fevereiro)

1957
Por meio do Decreto nº 40.549, foi organizado no Ministério da Aeronáutica, o 1º Grupo de Aviação Embarcada, tendo com finalidade guarnecer Navios-Aeródromos da Marinha Brasileira. (6 de fevereiro)

Foi estabelecida uma linha mensal do Correio Aéreo Nacional para a região de Suez, a fim de dar apoio ao Batalhão Brasileiro destacado na Faixa de Gaza, a serviço da Organização das Nações Unidas (ONU).(11 de fevereiro)

1964
A Força Aérea Brasileira celebra o Dia da Aviação de Asas Rotativas. Essa data teve origem durante a atuação da FAB na Guerra Civil do Congo, em 1964, onde foi realizado o primeiro resgate em combate. Participaram desse feito o Ten Av Milton Naranjo, o Ten Av Ércio Braga e os sargentos João Martins Capela Junior e Wilibaldo Santos. (3 de fevereiro)

domingo, 31 de janeiro de 2021

Especial de Domingo

Hoje, com o apoio de imagens especiais, vamos relembrar fatos da história da atividade aérea regular em Ubatuba,  município do litoral norte paulista onde funciona a sede do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, nas instalações do Colégio Dominique.
Boa leitura.
Bom domingo!

Imagens semelhantes mostram dois momentos da aviação comercial em Ubatuba (SP)
A volta das operações de aviação comercial no aeroporto de Ubatuba (SP), realizadas pela Azul Conecta, na temporada de verão entre 18 de dezembro de 2020 e 31 de janeiro de 2021, possibilitou relembrar fatos da história da atividade aérea regular na cidade. Assim, foi possível cotejar, por meio de imagens, dois momentos semelhantes, em épocas distintas. Essa possibilidade partiu do Núcleo Infantojuvenil de Aviação (NINJA) ao sugerir um desafio, para a voluntária Beatriz Rocha, a fim de obter tomada de imagens no avião Cessna Caravan C-208 da Azul, de tal forma que o enquadramento fosse parecido com o que fora executado em Ubatuba, entre 1967 e 1970, numa aeronave Douglas DC-3 da Vasp, empresa aérea existente no período de 1933 a 2005. Desta forma, no dia 28 de janeiro de 2021, fez-se, com a direção de Beatriz e execução de Hugo Goulart, a fotografia do Caravan da Azul Conecta (ainda com as cores da antiga operadora da aeronave, a Two Flex), com a mesma visada obtida com o DC-3 da Vasp. Para tanto, com a mostra da antiga imagem e mobilização de funcionários do aeroporto e tripulantes foram obtidas as imagens que remetem à história da aviação em Ubatuba (SP), cujo aeroporto administrado pelo consórcio Voa-SP homenageia Gastão Madeira, ubatubense e pioneiro da aviação brasileira.

Imagens confrontadas

A imagem de 1970 com o avião da VASP  (Viação Aérea São Paulo) mostra tripulantes e funcionários do aeroporto Gastão Madeira, animados por Lia de Barros (na foto, de branco) que comandou a área de turismo na cidade, a partir de 1965, a convite de Ciccillo Matarazzo Sobrinho, respeitável industrial, mecenas e político ítalo-brasileiro que foi prefeito de Ubatuba. Lia permaneceu por mais dois mandatos de prefeitos, com presença marcante e saldo expressivo. Ela foi a destacada batalhadora pela viabilização da linha área da VASP entre São Paulo e Ubatuba. A principal imagem de 2021 com a aeronave da Azul Conecta apresenta (da esquerda para a direita) o comandante Tiago Baldasso; a senhora Neusa Sabino, prestadora de serviços no aeroporto; Daiana da Silva, auxiliar de operações aeroportuárias; o comandante Carlos Guedes; Beatriz Rocha, agente de solo da Azul Conecta; e, João Paulo Mendroni, gerente do aeroporto.

Com outras duas fotografias atuais do avião da Azul Conecta, embora em ângulos diferentes, é possível também marcar dois tempos históricos, comparando-as com imagens da época da Vasp operando em Ubatuba.

As operações da Azul Conecta
Como noticiado pelo Blog do NINJA, um grupo de cidades turísticas, incluindo Ubatuba, no litoral de São Paulo, teve - até este domingo, 31 de janeiro de 2021 - voos regulares na temporada de verão 2020-2021. As operações foram realizadas com os aviões Cessna Caravan - de nove assentos - da companhia Azul Conecta, desde 14 de dezembro de 2020. Além de Ubatuba e Itanhaém, no estado de São Paulo, a malha especial abrangeu as cidades de Paraty, Angra dos Reis e Búzios, no estado do Rio; Guarapari, no Espírito Santo; Canela e Torres, no Rio Grande do Sul; e, Jericoacora, no Ceará. Os 38 voos diários da temporada ligaram as cidades turísticas às capitais São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza. Os trechos foram: Congonhas-Ubatuba; Congonhas-Itanhaém; Congonhas-Angra dos Reis; Santos Dumont-Paraty; Santos Dumont-Angra dos Reis; Santos Dumont-Búzios; Belo Horizonte-Guarapari; Belo Horizonte-Búzios; Fortaleza-Jericoacoara; Porto Alegre-Canela; e, Porto Alegre-Torres.

Verão Azul Conecta
Chamado de “Verão Azul Conecta”, o projeto da Azul teve por objetivo incentivar os turistas a utilizarem a via aérea. Conforme declarou o diretor de marketing da Azul, Daniel Bicudo, a iniciativa pioneira e inovadora na aviação brasileira permitiu que muitas pessoas repensassem como otimizar ainda mais suas viagens a lazer para um fim de semana, feriado, férias e também para o travel office, aproveitando o home office em qualquer lugar. O "Verão Azul Conecta" ofereceu voos de curta duração, a partir de aeroportos de grande movimento, abreviando o tempo de viagem, em relação ao período, caso fosse de automóvel. Os voos da Azul Conecta ligando a capital São Paulo (aeroporto de Congonhas) a Ubatuba (aeroporto Gastão Madeira), entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, foram programados para serem diários e duração de aproximadamente 55 minutos. O Caravan partia de São Paulo às 08 horas e decolava do litoral às 09h20.

Momentos da aviação comercial em Ubatuba
Foi a quarta vez que a cidade de Ubatuba (SP) passou a contar com voos regulares. Conforme o livro "Sobre o Mar de Iperoig: a Aviação em Ubatuba", a primeira experiência de voos comerciais entre a cidade e a capital ocorreu com pequenos aviões Stinson 108, para três passageiros, da empresa Valpar, nos anos 1950. Depois, Ubatuba foi servida pelos voos dos DC-3 da Vasp, entre 1967 e 1970. A localidade voltaria a ter voos comerciais com os aviões Bandeirante da Rio-Sul, entre outubro de 1980 e dezembro de 1982.

Fotos: Beatriz Rocha (direção), Hugo Goulart e acervo do NINJA.

Saiba mais: Blog do NINJA de 18/11/2020 (Clique aqui),  de 19/12/2020 (Clique aqui)  e de 20/12/2020 (Clique aqui).

sábado, 30 de janeiro de 2021

Indústria Aeronáutica

Primeiro Embraer E195-E2 a operar na África tem assentos escalonados
A Air Peace, a maior companhia aérea da Nigéria e do Oeste da África, recebeu, dia 27 de janeiro de 2021, a sua primeira aeronave Embraer E195-E2. A Air Peace se torna a primeira cliente na África a iniciar operações com o E2, a mais nova, eficiente e confortável aeronave do segmento, segundo a Embraer. A companhia aérea também é a cliente global lançadora do design inovador premium de assentos escalonados da Embraer. O jato da Air Peace é o primeiro de 13 pedidos firmes do E195-E2, com direito de compra adicional para 17 outras aeronaves. As encomendas foram anunciadas em março de 2019 e atualizadas com a conversão de mais três pedidos firmes, durante o Dubai Air Show, em novembro de 2019.

Classe dupla
As aeronaves estão configuradas em confortável disposição de classe dupla com 124 assentos. “O E195-E2 é perfeito para expandir nossas operações domésticas e regionais. Estamos conscientes do impressionante desempenho econômico da aeronave, assim como da sua configuração única, principais motivos que nos levaram a fazer um pedido desta aeronave. É também um feito histórico, já que a Air Peace será a primeira a operar esse modelo em toda a África”, disse o Presidente e CEO da Air Peace, Allen Onyema. A companhia já opera oito aeronaves ERJ-145 e usará o E195-E2 para aumentar sua conectividade doméstica e regional. Esta rede também ajudará a alimentar e sustentar as operações de longo alcance no centro de Lagos, bem como a rota para os Emirados Árabes Unidos, lançada em 2019, e para a África do Sul, lançada em dezembro de 2020. Atualmente, há 206 aeronaves da Embraer operando na África, em 56 companhias aéreas e 29 países.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Aviação Naval

Helicópteros do Esquadrão HA-1 da Marinha participam da Aspirantex 2021
No período de 14 a 25 de janeiro, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque participou da comissão ASPIRANTEX 2021, realizada na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro-RJ e Itajaí-SC. A aeronave AH-11B WildLynx N-4004, embarcou na Fragata União (F 45) com um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) de 14 militares. Durante a comissão foram realizadas Limpezas de Área diurna e noturna, Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB) e Evacuações Aeromédicas para a Base Naval do Rio de Janeiro e para cidade de Navegantes-SC com militares suspeitos de COVID-19. Ademais, foram realizados voos de familiarização com Aspirantes da Escola Naval, aumentando seus conhecimentos a respeito das capacidades da aeronave e motivando-os quanto às possibilidades da carreira do Oficial Aviador Naval.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Pioneiros

ADA ROGATO
Ada Rogato, Thereza de Marzo e Anésia Pinheiro Machado foram grandes mulheres pioneiras da aviação no Brasil. Personalidade de vulto na aviação brasileira, Ada Rogato nasceu em São Paulo em 22 de dezembro de 1910. O legado que Ada Rogato deixou é de grande relevância no cenário da aviação brasileira diante de seus feitos. Deve ser lembrada e reverenciada pelos adeptos de aviação. Viveu na época de ouro da aviação desportiva. Ada destacou-se como a primeira piloto de planador, primeira dobradora de paraquedas, primeira paraquedista a saltar em São Paulo e na América do Sul. Recebeu o terceiro brevê de piloto civil internacional da FAI, de nº 248, em 1940, e de nº1314, para avião categorias "A" e "B". Seus voos eram sempre realizados em aviões monomotores. Como paraquedista, sagrou-se campeã e executou 105 saltos.
Ada ousava sempre. Sua principal característica era voar sozinha, ainda que a aeronave possuísse recursos limitados. Àquela época, a infraestrutura da aviação era modesta, o que não impediu a arrojada piloto de realizar inúmeros reides. Em 1950, pilotando um Paulistinha CAP-4, o PP-DBL, chamado de “Brasileirinho”, cobriu 11.691 quilômetros, em 116 horas de voo, ocasião em que transpôs, pela primeira vez, a Cordilheira dos Andes. Foi, então, a brasileira que teve a primazia de efetuar essa proeza. Nessa viagem visitou o Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai, numa viagem de 11.200km, em 116 horas. Ada Rogato, em abril de 1951, sozinha, em sua epopEia aérea, no PT-ADV - avião de 90 HP batizado de “Brasil” - percorreu 51.064 quilômetros em 326 horas de voo,visitando 28 países. Decolou da Terra do Fogo, rumo ao Alasca, no mais longo reide efetuado por um aviador solitário, realizando o Circuito das Três Américas. Em 1952, em seu pequeno Cessna 140, partiu do Campo de Marte (SP) para a Bolívia, pousando no mais alto aeroporto do mundo, El Salto, situado a 4.071 metros de altitude. Superou no voo, com sua habilidade, a rarefação do ar, a qual provocava queda na potência do motor.
No ano de 1956, Ada Rogato novamente ousou ao percorrer 25.057 quilômetros, em 163 horas de voo, visitando inúmeras capitais e sobrevoando parte da selva amazônica. Em março de 1960, decolou de Piracicaba (SP) rumo à Ushuaia, o povoado ao extremo sul da Patagônia, nos confins da Terra do Fogo. Foi a primeira mulher aviadora a fazê-lo. Teve que enfrentar, durante várias horas, ventos de través de até 80 Km/h, fazendo correções de 45 graus, para manter a rota. Teve que suportar, inclusive, temperaturas em torno de 3 graus abaixo de zero. Antes de falecer, em 15 de novembro de 1986, foi presidente da Fundação Santos Dumont e diretora do Museu de Aeronáutica e do Espaço.

Texto: Adaptado pelo NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação, a partir do original de Lucy Lúpia em www.captain.lucyl.nom.br/adarogato/index.htm 


BIBLIOTECA NINJA
Ada - Mulher, Pioneira, Aviadora
A mulher é a rainha, mas o homem, profissionalmente, é mais capaz. Era o que Lucita Briza ouvia seu pai dizer em jantares em casa, quando se discutia o papel da mulher na sociedade. "E minha mãe respondia: mas a Ada é melhor que a maioria dos pilotos." Lucita se fez jornalista, construindo sua carreira em suplementos femininos e em política internacional, em veículos como Jornal da Tarde, O Estado de S.Paulo, Agência Estado e em produtos da Editora Abril. Mas não poderia imaginar que, tantos anos após ouvir a defesa de sua mãe - que também se chamava Ada - às mulheres, investigaria a fundo a vida da aviadora Ada Rogato, que morreu em 1986, aos 76 anos. "Ada - Mulher, Pioneira, Aviadora" foi lançado em 30 de abril de 2011, na Livraria Cultura, em São Paulo. Ada não foi a primeira a obter um brevê, que conquistou em 1936, mas foi a primeira a pilotar um planador na América Latina. Na década de 50, foi o primeiro piloto (homem ou mulher) brasileiro a sobrevoar os Andes com um avião de baixa potência (65 cavalos), fez a primeira experiência de pulverização de lavoura de café usando um avião, foi a primeira paraquedista mulher e a pioneira ao voar, sozinha, mais de 51 mil km pelas três Américas, até o Alasca. Detalhe: sem rádio, com um avião de 90 cavalos, seu segundo aparelho, hoje doado à Aeronáutica. Em abril, a viagem pelas três Américas comemorou seu cinquentenário. Quando Lucita fortaleceu a ideia de escrever um livro, começou a pensar num tema e se lembrou de ambas as Adas, a mãe e a aviadora. Começou a pesquisar na web e se assustou ao perceber que as informações sobre essa extraordinária figura eram desencontradas. "Como que uma mulher, que morre assim, na ativa - na época ela era presidente da Fundação Santos Dumont, responsável por orientar e encaminhar aviação civil, não administrativamente, mas como entidade - e ninguém mais fala nada? Não havia informações consistentes sobre essa história." O trabalho de reportagem começou em 2005, com grande esforço para encontrar pessoas ligadas à aviadora, que nunca se casou, não teve filhos e rompera os laços familiares quando jovem. Seu pai, Guglielmo Rogato, imigrante italiano que se fez homem importante em Alagoas e tem até duas ruas com seu nome, quis impedir a carreira da moça. Fora as fontes oficiais de informação, a jornalista só conseguiu se aproximar mais da vida da aviadora ao encontrar Neide Bibiano, em São Paulo. Amiga de Ada, amparando-a até a morte, foi ela que saiu em busca dos parentes da aviadora antes que ela morresse, de câncer no útero. "O contato com a Neide fez com que as coisas começassem a tomar vulto na minha cabeça. Essa mulher foi meu guia para conseguir mais informações." Lucita também viajou para o Uruguai, Argentina e Chile para entrevistar pessoas que tiveram contato com a aviadora em suas viagens. "Depois da morte dela, esse esquecimento brutal. E eu não me conformava. Ela tinha muitas boas relações, com homens e mulheres, menos com a Anésia", lembra, citando Anésia Pinheiro Machado, a segunda mulher que conseguira um brevê. A primeira foi Thereza de Marzo, em 1922. "Eu sempre quis escrever um livro sobre uma mulher a frente do seu tempo." Lucita corrigiu essa lacuna, num livro de 300 páginas, publicado pela C&R Editorial.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Operação Covid-19

FAB voa mais de 600 horas em apoio ao Amazonas na Operação Covid-19
As missões nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para salvar vidas no estado do Amazonas alcançaram 633 horas de voo. Desde o início da operação até domingo, 24 de janeiro de 2021, a FAB transportou tanques de oxigênio líquido, cilindros de oxigênio e equipamentos, totalizando 760 toneladas. Na noite de domingo, 24, um KC-390 Millennium da FAB decolou às 20h02 de Brasília (DF) transportando nove tanques de oxigênio líquido para Manaus (AM). Um C-130 Hércules saiu às 18h15 do mesmo dia, da capital federal, transportando mais oito tanques de oxigênio líquido. Ainda no domingo, outro C-130 Hércules decolou às 1h40 de Brasília transportando oito tanques de oxigênio líquido para a capital amazonense, onde pousou às 04h50.

Diuturnamente
Esta tem sido a rotina de militares da Força Aérea Brasileira que estão atuando, diuturnamente, no transporte de pacientes, tanques de oxigênio líquido, respiradores, medicamentos, cilindros e usinas de oxigênio para o combate ao novo Coronavírus. O Sargento Keizzi de Castro de Lucena Fernandes, mecânico de voo do C-105 do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15°GAV) – Esquadrão Onça, participa da Operação COVID-19 transportando oxigênio para Manaus e cidades da região, removendo enfermos e dando esperança aos cidadãos brasileiros. “Todos os dias nós decolamos independente da hora ou do destino. Aqui o nosso objetivo principal é salvar vidas”, contou. No sábado (23), entre outras missões, o Esquadrão Onça transportou 54 cilindros de oxigênio.

Ações
Durante dez dias de ações realizadas pelas aeronaves da FAB com o objetivo de minimizar os impactos no sistema de saúde no estado do Amazonas, foram realizados 17 voos de transporte de pacientes. Essa ação, que iniciou no dia 15 de janeiro, já removeu 248 pacientes para as cidades de Teresina (PI), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Natal (RN), Goiânia (GO), Brasília (DF), Belém (PA), Vitória (ES), Maceió (AL), Recife (PE) e Uberaba (MG). Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense. O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde.

Operação COVID-19
O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

Fonte: FAB

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Gripen F-39

Pilotos brasileiros iniciam curso do caça supersônico Gripen
Quatro pilotos do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) - Esquadrão Jaguar iniciaram, no dia 18 de janeiro de 2021, a formação operacional da aeronave Gripen, em Såtenäs, na Suécia, onde está situada a F7 Wing, base da Força Aérea Sueca. No local, ocorre a formação de pilotos na aeronave JAS-39 Gripen C/D. Ao todo, dez pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) realizarão a formação operacional ao longo de 2021. Os futuros pilotos do F-39E Gripen realizarão o Convertion Training (Treinamento de Conversão) e o Combat Readiness Training (Treinamento de Prontidão para Combate) nas aeronaves JAS-39 C/D da Força Aérea Sueca. Após a capacitação, retornarão para o 1° GDA, situado na Ala 2, em Anápolis (GO), para dar continuidade à implantação operacional do F-39 Gripen, que tem data de recebimento prevista para outubro de 2021.

Formação operacional
O Comandante do 1° GDA, Tenente-Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, destaca que o início da formação operacional de pilotos de F-39 Gripen é um marco importante e decisivo no processo de implantação dessa aeronave na FAB. "Esses pilotos de caça foram previamente selecionados e preparados para este momento. Estão prontos para iniciarem o curso e, certamente, irão representar bem o nosso País e a Força Aérea Brasileira nesta nobre missão", disse. Futuro piloto do F-39E Gripen e integrante da primeira turma da capacitação, o Major Aviador Vítor Cabral Bombonato, sintetizou o momento. “O início do curso significa mais um passo importante no processo de implantação. A aeronave está cada vez mais próxima da atividade-fim da Força: o emprego operacional. Para nós, esse momento é motivo de muito orgulho”, afirmou. O Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, complementou. “Esse momento é de suma importância não apenas para nossos quatro Oficiais Aviadores, mas para toda uma equipe que trabalhou e ainda trabalha na capacitação de nossos profissionais e na implementação da infraestrutura necessária para o recebimento dos novos aviões F-39E Gripen”, concluiu.

Fotos: Major Bombonato / 1º GDA

Fonte: FAB