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Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Aeronaves

Empresas turbinam nacionalização de helicóptero
Em São José dos Campos-SP, capital do avião, o helicóptero também quer voar alto. Pelo menos 11 empresas de São José dos Campos estão direta ou indiretamente ligadas ao fornecimento de peças e serviços para o programa HXBR, que inclui a fabricação de 50 unidades do modelo EC-725 para as Forças Armadas. Além destas empresas, outras duas seguem em fase de concorrência e podem aumentar o número de contratos firmados. Para se ter uma ideia da importância estratégica da colaboração regional, a Helibras, responsável pela fabricação dos helicópteros, possui hoje 25 contratos formalizados dentro do processo de nacionalização. Até agora, já foram entregues 13 helicópteros. A Marinha recebeu a unidade mais recente, esta totalmente desenvolvida no Brasil. O 14º helicóptero está pronto. Na linha de montagem da empresa, sediada em Itajubá (MG), existem mais 17 aeronaves em fases diversas de produção.

Exemplos
Entre as empresas de São José dos Campos envolvidas no projeto, por exemplo, a Aernnova é responsável pela produção do cone de cauda, um dos conjuntos estruturais mais importantes do helicóptero. Já a Optovac foi responsável pela fabricação de 26 sistemas de controle de voo do EC-725 entre setembro de 2013 até agora. A Helibras deve receber os outros 24 sistemas até o final de 2015.

Parcerias
Para Carlos Marques, diretor de Logística da Helibras, o projeto da empresa de produzir um helicóptero totalmente desenvolvido no Brasil precisaria duplicar o número de fornecedores parceiros. “Para produzir um conteúdo elevado de estrutura, sem contar motor, trem de pouso e caixa de transmissão, precisaríamos de 50 empresas, pelo menos. Depende do mercado enxergar isso como atração.” A expectativa é que isso venha a ocorrer a partir de 2020.

Análise
“O contrato do EC-725 trouxe um grande aprofundamento no processo de nacionalização. É um helicóptero grande e o governo fez a opção de compra, para esse modelo, 50 é muita coisa, isso sem dizer a possibilidade da versão civil ser utilizada para operar em plataformas do pré-sal”, disse o economista Marcos José Barbieri Ferreira, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. 

Texto: Marcelo Pedroso

Fonte: O Vale