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Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Carreiras na Aviação

Pilotos da FAB concluem especialização operacional
A cerimônia de encerramento do Programa de Especialização Operacional 2021 da Turma Chronos ocorreu no dia 07 de dezembro de 2021, na Ala 10, em Parnamirim (RN). O evento marcou a formatura dos novos Pilotos Operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB). Ao todo, 76 Tenentes Aviadores especializaram-se em uma das Aviações Militares da FAB: Asas Rotativas; Caça; Transporte; ou Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, presidiu a cerimônia.
No seu discurso, o Comandante reviveu o dia em que ele e sua turma entoaram o juramento do Piloto de Combate da FAB. "Após 39 anos da conclusão de meu Estágio Operacional, ocorrido em 1982, e cerca de 20 anos depois de cumprir minha tarefa de ensinar aos mais novos estagiários da Aviação de Caça, regressar à cidade Potiguar, como Comandante da Aeronáutica, é um momento de especial significado", ressaltou o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior.

Defesa do Brasil
Já o Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Natal destacou que os pilotos são as bases da capacidade operacional da FAB. "Nessa data, entregamos 76 aviadores capacitados para contribuir na atribuição da Força Aérea, que é a de defender o Brasil, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais, e somar forças para sermos uma Instituição de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna e atuando em forma integrada para a defesa dos interesses nacionais", completou o Brigadeiro Avellar.

Passo inicial na carreira
Programa de Especialização Operacional, cuja responsabilidade pela coordenação e execução é da Ala 10, tem por objetivo a qualificação operacional do estagiário, a fim de que o mesmo exerça as funções administrativas e operacionais inerentes aos primeiros postos da carreira. O Programa é composto pelo curso de Tática Aérea, ministrado pelo Grupo de Instrução Tática e Especializada – GITE; pelo Curso de Especialização Operacional; e pelo Estágio Funcional, realizado no âmbito dos Esquadrões Aéreos da Ala 10. O Curso de Especialização Operacional é o conjunto de instruções aéreas e terrestres desenvolvido nos esquadrões da Ala 10. O Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação executa a especialização de pilotos na Aviação de Transporte e na Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento; o Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação especializa pilotos na Aviação de Asas Rotativas; e o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação especializa pilotos na Aviação de Caça. A qualificação obtida com a conclusão do Programa de Especialização Operacional é o passo inicial na carreira do Oficial Aviador. Os novos pilotos de Asas Rotativas, de Caça, de Patrulha, de Transporte e de Reconhecimento seguem para os Esquadrões Aéreos Operacionais do Comando de Preparo (COMPREP), momento em que terão oportunidade de fixar e aprimorar conhecimentos, desenvolver aptidões e elevar suas qualificações operacionais.

Fonte: FAB

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domingo, 12 de dezembro de 2021

Especial de Domingo

Saiba mais sobre a entrega das primeiras quatro aeronaves T-27 modernizadas à Academia da Força Aérea. 
Boa leitura.
Bom domingo!

Primeiros T-27 modernizados chegam à Academia da Força Aérea
É o início de uma nova era na formação dos aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB). O marco aconteceu no dia 09 de dezembro de 2021, com a cerimônia de entrega das primeiras quatro aeronaves T-27 modernizadas. A jornada de apresentação dos aviões foi iniciada na Base Aérea de São Paulo (BASP), cuja missão foi conduzida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, que liderou a Esquadrilha dos T-27M, pilotando um dos aviões, de Guarulhos (SP) até a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), onde o T-27M será empregado para voos de instrução.

Melhor avião de instrução
Na Esquadrilha dos primeiros T-27M também estavam: o Comandante-Geral de Apoio da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic; o Comandante-Geral do Pessoal, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares; o Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior; além de quatro pilotos de prova, sendo três do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) e um da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB). Durante o voo de T-27M, o Comandante da Aeronáutica enviou uma comunicação via fonia para os cadetes da AFA. “Após mais de três décadas voando o T-27, o melhor avião construído para instrução, eu tenho o privilégio de estar trazendo para vocês, cadetes, nossos futuros pilotos, o que de melhor existe de treinamento. O avião que vocês receberão não foi modernizado, ele quase foi refeito. Ele tem hoje um sistema aviônico capaz de prepará-los para as modernas aeronaves de todas as aviações da FAB. Muito obrigado pela oportunidade de poder compartilhar isso com vocês”, pronunciou. Na chegada ao Ninho das Águias, os Bombeiros da AFA deram as boas-vindas aos primeiros T-27M, com o tradicional banho de batismo das aeronaves. Logo em seguida, ocorreu a cerimônia de entrega das quatro aeronaves, que foi presidida pelo o Comandante da Aeronáutica, sendo recebido pelo Comandante da Academia da Força Aérea, Brigadeiro do Ar Marcelo Gobett Cardoso.

Tucano: 38 anos de operação
De acordo com o Comandante da AFA, os T-27M darão um salto nos padrões de instrução aérea na Academia. “Hoje, após 38 anos operando na FAB, o tucano é entregue novamente pelo Comandante da Aeronáutica, desta vez, liderando aeronaves com um sistema aviônico atualizado, que permitirá adequar a instrução de voo às necessidades da Força Aérea Brasileira do século 21”, sublinhou. Durante a cerimônia, o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior ressaltou a importância do trabalho de todos os envolvidos no desenvolvimento e na entrega das aeronaves. “Talvez seja injusto chamar de T-27M, porque talvez não seja mais nosso T-27, ele ficou no estado da arte, naquilo que existe de mais moderno. Para chegarmos no dia de hoje, muita gente trabalhou. Parabéns a vocês. Vocês serão Águias melhores formadas do que nós fomos”, concluiu.

O projeto do T-27
O T-27 Tucano nasceu de uma necessidade da FAB em substituir o T-37C, que era utilizado na instrução avançada da formação de pilotos na Academia da Força Aérea. Com um desenho avançado para a época em que foi concebido pelo saudoso Joseph Kovacs e com características diferenciadas para treinadores do tipo, como assentos ejetáveis e dispostos em tandem, o Tucano tornou-se uma referência em desempenho e estabeleceu um novo padrão. Não por acaso, a aeronave foi escolhida para ser utilizada em demonstrações da Esquadrilha da Fumaça, e em pouco tempo, tornou-se um símbolo brasileiro, que conquistou o mundo. 

Modernização: glass cockpit
Agora, com a entrega do T-27M, a FAB e a Base Industrial de Defesa, mais uma vez, demonstram suas capacidades. Conduzida por técnicos e especialistas do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMALS), apoiados pelo Comando-Geral de Apoio (COMGAP), pela Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), pela Academia da Força Aérea (AFA) e pelo Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), a modernização da aeronave contribui para a elevação do nível da formação básica dos pilotos na AFA e ressalta o alto grau de competência e de profissionalismo dos integrantes da Força Aérea Brasileira. O sistema de comunicação e os aviônicos passam a operar no conceito glass cockpit, o que possibilita, por exemplo, o voo e aproximações baseados em posição satelital; o voo baseado em performance, ou seja, mais direto e preciso; e o envio e recepção de informações para o controle de tráfego através do Sistema de Vigilância Aérea Automático Dependente por Radiodifusão (ADS-B). Esse sistema é uma tecnologia de vigilância na qual uma aeronave determina sua posição via navegação por satélite e a transmite periodicamente para estações de solo, permitindo que seja rastreada pelo controle do espaço aéreo.

Identidade visual
No total, 42 aeronaves devem ser modernizadas até dezembro de 2022. A modernização é uma das fases previstas no ciclo de vida das aeronaves da FAB, conforme legislação específica, e tem por objetivo a introdução ou alteração de características técnicas e logísticas nos Sistemas ou Materiais em uso na Aeronáutica, tanto para atualizá-los quanto para ajustar seu desempenho às necessidades específicas não existentes à época da adoção desses Materiais ou Sistemas. Já a escolha da identidade visual contou com a participação dos cadetes da AFA. As novas cores apresentam um ar de atualidade, alinhada às alterações realizadas no processo de modernização. O novo design é inédito e utilizará tintas já empregadas pela FAB, como o branco, o laranja e o preto. Agrega-se, ainda, a questão da padronização, pois faz referência aos tons já existentes em outras aeronaves da Força Aérea.

Fonte: FAB

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sábado, 11 de dezembro de 2021

Ozires Silva

Placa da turma 62 no ITA homenageia Ozires Silva
Os engenheiros formados na Turma 1962 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) inauguraram ontem, 10 de dezembro de 2021, uma placa reverenciando o título de Doutor Honoris Causa ao integrante da turma, o engenheiro Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer.

Doutores: Dumont, Montenegro e Ozires
O título de Doutor Honoris Causa foi concedido pelo ITA em março de 2021. O ex-presidente da Embraer é o primeiro iteano a receber a honraria. Em 70 anos de história do Instituto , apenas três pessoas foram agraciadas com o Título de Doutor Honoris Causa: Alberto Santos Dumont, o pai da Aviação e patrono da Aeronáutica; Marechal Casimiro Montenegro Filho, criador do CTA; e Ozires Silva, por sua contribuição ao desenvolvimento da moderna indústria aeronáutica brasileira. 

Placa
A placa metálica foi fixada abaixo de outra maior, na qual estão estampados os nomes dos formados na Turma 62, no corredor do ITA.

Ozires Silva
Ozires Silva é tenente-coronel aviador da Força Aérea Brasileira e Engenheiro Aeronáutico formado no ITA, na turma de 1962. É natural de Bauru (SP). Aliando seus conhecimentos de oficial aviador e engenheiro aeronáutico, no campus do então Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), chefiou o departamento no qual foi projetado o avião brasileiro Bandeirante, cujos primeiros protótipos foram construídos dentro do Hangar X-10 do atual DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). A aeronave fez seu primeiro voo em 1968 e ensejou a criação da indústria Embraer, em 1969, para sua fabricação em série. Ozires Silva foi o primeiro presidente da Embraer, Ministro da Infraestrutura e presidente da Petrobras. Em 2021, é presidente de honra do Instituto Invoz, voltado para cultura aeronáutica, empreendedorismo, educação e inovação. Participa, ainda, de Conselhos de várias empresas e universidades.

Fonte: dados de www.spriomais.com.br

Saiba mais: Blog do NINJA de 12/03/2021 (Clique aqui)  e de 03/06/2012 (Clique aqui

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Museus

Museu Aeroespacial reabre para visitação
O Museu Aeroespacial (MUSAL), no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, reabriu, desde 7 de dezembro de 2021, as portas de seus hangares para visitação. O espaço recebeu modernizações e melhorias em suas instalações expositivas. Também houve recuperação e restauração de diversos itens de seu acervo histórico. A Força Aérea construiu e modificou salas temáticas e a exposição de aeronaves, que antes era na área externa, é, atualmente, quase toda dentro dos cinco hangares que compõem o museu.

Aeronaves restauradas
Foi construída ainda uma nova sala dedicada à participação da FAB na II Guerra Mundial, além da reforma completa de outro espaço, que está dedicado às atividades para o público infantojuvenil. Cerca de 10 aeronaves foram restauradas, assim como vários itens do acervo histórico como os dois escrínios que preservam os corações de Santos Dumont e do Marechal do Ar Eduardo Gomes.

De terça a domingo
O MUSAL funciona de terça a domingo, das 9 às 16h, com entrada e estacionamento gratuitos.

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Espaço

Nanossatélite do ITA completa 3 anos em órbita
O CubeSat ITASAT, nanossatélite produzido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), completou, no dia 3 de dezembro de 2021, três anos de atividade. Lançado da base de Vandenberg, na Califórnia (EUA), pelo lançador Falcon 9 da Space-X, contratado pela Spaceflight, operadora do lançamento, o ITASAT entrou em órbita da Terra por volta das 20h do dia 3 de dezembro de 2018. Aproximadamente duas horas depois, o primeiro sinal foi recebido pelo radioamador PY4ZBZ (Roland), em Sete Lagoas (MG). Nessa mesma data, mas já em 2020, foi lançado um novo desafio à comunidade radioamadora: interagir com o ITASAT no modo de experimento radioamador, em comemoração aos dois anos em órbita. Naquela ocasião, uma operação - coordenada entre as estações terrenas do INPE em Natal (RN) e em Santa Maria (RS) - foi realizada com sucesso. Para celebrar os três anos em órbita, estando o satélite ainda operacional, foi programada, novamente, uma ação entre as estações terrenas do INPE. A estação de Natal recebeu telemetrias do ITASAT demonstrando seu estado e a estação de Santa Maria (operada pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM) enviou comandos para o satélite e o colocou no modo de experimento radioamador, configurando o satélite para transmitir a mensagem “3anos_ITASAT” (com o satélite operando no modo repetidor). Essa mensagem foi captada pelo radioamador Roland que, assim como no lançamento, foi um dos primeiros a receber a telemetria do ITASAT nesta data. Durante a passagem do satélite, em comemoração à data, estavam presentes o Gerente do Projeto, Professor Doutor Luís Loures do ITA; o Radioamador Edson Pereira, um dos idealizadores do experimento radioamador; os coordenadores e operadores das estações do INPE de Natal e Santa Maria, juntamente com a Doutora Maria de Fátima Mattielo, também do INPE, e de antigos integrantes do projeto ITASAT que coordenaram a operação de São José dos Campos (SP), a partir do Centro Espacial ITA (CEI).

Treinando operadores
Finda sua missão de um ano, o ITASAT vem sendo utilizado hoje, com o apoio da AEB, para treinar operadores de satélites. Dessa forma, o satélite ultrapassou em três vezes a sua vida útil programada de um ano, ainda permanecendo em operação. Ao longo desses três anos em órbita, a experiência obtida com a missão vem sendo empregada pelo ITA em seus atuais projetos. As atividades de operação do satélite, em conjunto com a parceria das estações do INPE, enriquecem não somente o ITA, mas também contribuem para formação de recursos humanos nesses Institutos e para a validação e calibração das estações terrenas em seus respectivos projetos espaciais.

Fonte: FAB

Saiba mais: Blog do NINJA de 05/12/2018 (Clique aqui)  e de 21/04/2011(Clique aqui

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Busca e Salvamento

Como é o acionamento de missão para busca e salvamento
Em ocorrências relacionadas à queda de aeronave, quando ocorre a necessidade de buscar, localizar e salvar pessoas, a Força Aérea Brasileira (FAB) é acionada. O processo tem início com o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que está sob a gerência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão que normatiza, coordena e controla as ações de Busca e Salvamento. Em estado de alerta, 24 horas por dia durante todo o ano, estão os militares que atuam no Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO), distribuídos estrategicamente em diferentes pontos do território nacional (Atlântico, Brasília, Curitiba, Manaus e Recife). Esse órgão, por sua vez, é subordinado aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA), que atuam na execução das atividades de controle do tráfego aéreo classe geral e militar, na vigilância do espaço aéreo e no comando das ações de defesa aérea no Brasil. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro, as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros e outras organizações públicas, privadas e não governamentais também atuam em conjunto com o SALVAERO.

Acionamento

Existem modos estabelecidos para registrar a ocorrência aeronáutica, conforme explica o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA, Major Aviador Bruno Vieira Passos. “A informação chega aos Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (ARCC), sendo elas, por meio de órgãos de controles, como rádios e torres de controle; por sinais de balizas de emergências, que emitem sinais a partir de equipamentos embarcados nas aeronaves; ou, ainda, por telefonemas de familiares, pilotos, proprietários da aeronave ou quem possa ter presenciado o evento”, explica o Oficial. Todas as informações são criteriosamente analisadas e, confirmando a emergência, é acionado o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), para que disponibilize os meios aéreos para executar a Busca e Salvamento (SAR, sigla em inglês para Search and Rescue). O Comando de Preparo (COMPREP) tem participação nas missões por meio de capacitação técnico-profissional dos recursos aéreos e aeroterrestres a serem disponibilizados para serem engajados em atividades SAR. “Quanto mais precisas e seguras as informações recebidas, mais rápido é o acionamento. Por isso, a importância das balizas de emergência estarem registradas e atualizadas no banco de dados do Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC)”, ressalta.

Padrões de busca

Os padrões de Busca e Salvamento são estabelecidos, transmitindo as coordenadas para os Esquadrões Aéreos de alerta. “Inicia-se, então, os procedimentos de Meio de Busca, que é quando não se sabe o paradeiro da aeronave. Quando identificada a localização, é acionado o Meio de Salvamento, onde os helicópteros são direcionados para resgate de sobreviventes”, completa o Major. As buscas são encerradas somente quando ocorre o salvamento das vítimas e encaminhadas ao hospital, ou quando há confirmação de óbito. Elas são suspensas quando os tripulantes a bordo não são encontrados, mas podem ser reativadas a qualquer momento, quando novos indícios surgirem. “O objetivo de todas as missões de Busca e Salvamento é o de resgatar sobreviventes”, acrescenta o Major.

Esquadrões de busca e salvamento
Após averiguar as informações recebidas dos órgãos envolvidos, como matrícula da aeronave, localização da queda, se há sobreviventes ou não, dentre outras, o SALVAERO aciona os Esquadrões de Busca e Salvamento da FAB. Trata-se de militares treinados e preparados para a localização ou resgate a bordo de aeronaves equipadas. Normalmente, a atuação é feita por meio dos helicópteros H-36 Caracal e H-60L Black Hawk, aeronaves mais indicadas para o cumprimento deste tipo de missão, em razão da versatilidade e características de voo. Atualmente, a FAB conta com dez Esquadrões de Busca e Salvamento e estão localizados em Campo Grande (MS), Parnamirim (RN), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria (RS), Manaus (AM), Canoas (RS) e Belém (PA).

Treinamentos
De acordo com o Comandante do Esquadrão Puma (3º/8º GAV), Tenente-Coronel Aviador Bruno Cesar Guimarães de Oliveira, para o cumprimento de cada missão de Busca e Salvamento os militares envolvidos passam por complexa e extensa rotina de treinamentos. “Existem cursos para Coordenadores, Pilotos, Mecânicos, Operadores de Equipamentos Especiais, Observadores SAR e Homens de Resgate. Qualquer dessas funções demanda vários cursos prévios e anos de formação. Além da capacitação, a Força Aérea realiza diversos treinamentos anuais para manter seus militares em condições de uma rápida resposta em caso de um incidente”, comenta o Oficial. Além do mais, o Comandante destaca que são investidos recursos em modernos equipamentos necessários às atividades militares, para garantir a missão constitucional das Forças Armadas, que também são empregados em tempo de paz em benefício da população. “O Esquadrão PUMA possui modernos helicópteros H-36, da Airbus Helicopter, com capacidade para resgates diurnos e noturnos, com sensores térmicos e radares que auxiliam na missão. Possuem, ainda, a capacidade de realizar resgates a centenas de quilômetros da costa e o treinamento conjunto com a Marinha do Brasil, proporcionou ao Esquadrão a capacidade de operar embarcados em navios, ampliando sua área de atuação”, salienta. O oficial ressalta que os militares que compõem os diversos esquadrões da FAB estão sempre em condições operacionais para ajudar as vítimas de acidentes aeronáuticos. “Cada tripulante decola capacitado, com total comprometimento e esperança de socorrer os ocupantes. Os familiares podem estar certos de que a FAB possui profissionais e equipamentos adequados para fazer todo o possível pelas vítimas, sempre com empenho e dedicação. Nessa guerra, somos aliados. Temos a certeza de que, mesmo quando não é possível resgatar vítimas com vida, nosso trabalho ajuda a amenizar o sofrimento dos familiares e amigos”, finaliza.

Fonte: FAB, em 06/12/2021

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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Tecnologia

FAB prepara 1° teste do 14-X, motor aeronáutico hipersônico brasileiro
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), situado em São José dos Campos (SP), iniciou os preparativos da Operação Cruzeiro com o envio de materiais do primeiro teste de voo do motor aeronáutico hipersônico 14-X, desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv), para o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Os equipamentos foram enviados de duas formas: via terrestre e aérea, partindo de São José dos Campos (SP). No dia 17 de novembro de 2021, foi enviado o primeiro carregamento, via terrestre, saindo do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), contendo os cilindros de gases que serão utilizados na carga útil do 14-X. A segunda etapa, também via terrestre, deslocou-se do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ), no dia 23 de novembro de 2021, levando o apoio para a campanha como veículo e peças. No dia 28 de novembro, a aeronave C-130 Hércules, operada pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), realizou o carregamento dos motores foguetes, componentes pirotécnicos, módulos, empenas, bancos de controle e a carga útil do motor. Já no dia 29 de novembro, a aeronave KC-390 Millennium, operado pelo Esquadrão Zeus (1º GTT), realizou o transporte das equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do Instituto de Estudos Avançados (IEAv). A aeronave transportou também doações, arrecadadas durante o Concerto Sinfônico da Banda de Música do DCTA, e testes de COVID-19, doados pela Associação Desportista Classista da Embraer (ADC Embraer), para as agrovilas da cidade de Alcântara (MA).

Hipersônico
O Veículo Hipersônico 14-X, conceito concebido pelo Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), é parte do esforço continuado do Departamento de Ciências e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de desenvolver um demonstrador de tecnologia, visando exploração aeroespacial com decolagem em aero-espaço-portos de aeronaves/veículos aeroespaciais, utilizando:
a) tecnologia “waverider”, proporcionando sustentação ao veículo aeroespacial;
b) tecnologia “scramjet”, proporcionando sistema de propulsão hipersônica aspirada baseada na combustão supersônica.iper14-X.
O motor foguete S30, utilizado nos Foguetes de Sondagem VS-30 e VSB-30, desenvolvidos e fabricados pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), será utilizado para acelerar o Veículo Hipersônico 14-X para as condições preestabelecidas de Alcântara – CLA.

Do 14-bis ao 14-X
Batizado de 14-X, o dispositivo tem nome inspirado na mais famosa máquina voadora brasileira, o 14-bis. Em comum com o avião de Santos Dumont, o 14-X tem o poder de garantir para o País um lugar no pódio da tecnologia aeroespacial. Não tripulado, o modelo é hipersônico, capaz de atingir dez vezes a velocidade do som.

Fontes: R7, via FAB, em 02/12/2021, e Blog do NINJA.

Saiba mais: Blog do NINJA de 09/10/2010 (Clique aqui)  , de 08/04/2017 (Clique aqui)  e de 23/02/2019 (Clique aqui). 

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Aviação do Exército

Tropas de ação aeromóvel do Brasil e dos EUA farão a Operação CORE em SP e RJ
Helicópteros da Aviação do Exército participarão da Operação CORE (Combined Operations and Rotation Exercise - Operações Combinadas e Exercício de Rotação). A manobra ocorrerá de 6 a 16 de dezembro de 2021, nas cidades de Lorena (SP), Cachoeira Paulista (SP) e Resende (RJ) e envolverá cerca de 750 militares do Exército Brasileiro e 240 do Exército dos Estados Unidos. O exercício anual, até 2028, faz parte de um programa de adestramento militar dos EUA. O Brasil é o primeiro país da América Latina a sediar essa manobra combinada e objetiva interagir a Estratégia Nacional de Defesa com a política externa brasileira.

Chegada
O CORE 21 é um exercício executado por uma força tarefa com efetivo de batalhão da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel, comandada pelo 5º Batalhão de Infantaria Leve (5º BIL, de Lorena), e terá participação de uma subunidade da 101ª Divisão de Assalto Aéreo (101st Airborne Division) do Exército dos Estados Unidos. Os militares americanos chegaram ao Brasil, no dia 30 de novembro de 2021, a bordo de um cargueiro C-17 Globemaster III, operado pela 105th Airlift Wing (105 AW), a partir da base Stewart Air National Guard. 

Programação
Na programação consta o emprego de helicópteros da Aviação do Exército, para uma ação de assalto aeromóvel em Cachoeira Paulista e demonstrações de tiro defensivo em Resende, na Academia Militar der Agulhas Negras – Aman. Dia 06, solenidade de abertura no 5º Batalhão de Infantaria Leve, em Lorena; Dia 07, briefing e embarque da tropa para o Assalto Aeromóvel, em Cachoeira Paulista; Dia 08, atividades de infiltração e conquista da Cabeça de Ponte Aeromóvel no Campo de Instrução da AMAN, em Resende; De 09 a 15, atividades no Campo de Instrução da AMAN; Dia 16, solenidade de encerramento na AMAN, em Resende. 

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domingo, 5 de dezembro de 2021

Especial de Domingo

Amanhã, 6 de dezembro de 2021, o Esquadrão Pelicano completará 64 anos. Saiba mais sobre este destacado núcleo da Força Aérea Brasileira especializado em busca e salvamento.
Boa leitura.
Bom domingo!

2º/10º GAV completará 64 anos em buscas e salvamentos

O Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) completará amanhã, segunda-feira, 06 de dezembro de 2021, 64 anos de existência. O Esquadrão Pelicano é o responsável pelas buscas e salvamentos de aeronaves e embarcações desaparecidas em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos. Os "pelicanos", como são chamados os militares que servem no esquadrão, já participaram de importantes missões no país, realizando o salvamento de milhares de pessoas. O esquadrão também participa de campanhas de vacinação e faz o transporte de pacientes em estado grave para centros de maior recurso médico, além de ajudar a população ribeirinha do Pantanal (MS), transportando alimentos e medicamentos para as pessoas isoladas.


Entre as missões de destaque nacional estão as buscas aos 218 passageiros do Airbus da Air France, em junho de 2009, quando os pelicanos foram os primeiros a decolar para o local da tragédia, e o resgate aos corpos dos 154 passageiros do voo 1907 da Gol, episódio no qual os militares de Campo Grande (MS) também foram os primeiros a chegar. Na missão do voo 1907, os pelicanos permaneceram mais de 40 dias no local do acidente.

Esquadrão Pelicano: "Para que outros possam viver"
A simbologia em torno do pelicano é uma história de dedicação e abnegação. A ave costuma sofrer de uma doença que deixa uma mancha vermelha em seu peito. A partir daí surgiu uma lenda medieval em que, ao perceber que seus filhotes estão famintos e que não há nada para alimentá-los, a ave bica o próprio peito, tirando de lá alimento necessário para a sobrevivência deles. Deste tipo de atitude, surgiu o lema e ideal de vida dos integrantes do Esquadrão Pelicano: “Para que outros possam viver”, remetendo ao fato de estarem sempre prontos para ajudar, nem que para isso seja necessário doar do próprio sangue.


O Esquadrão Pelicano foi criado no dia 6 de dezembro de 1957 na Base aérea de Cumbica, em São Paulo (SP). As primeiras aeronaves a serem entregues foram os helicópteros H-19D que chegaram desmontados ao Galeão em fevereiro de 1958. Lá mesmo, uma equipe do Esquadrão Pelicano dirigida pelos tenentes Lemar Gonçalves e José Mariotto Ferreira iniciou os trabalhos de montagem e testes em um hangar junto ao prédio do Comando. Lemar, que atuou como Coordenador Geral do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, contou aos nossos jovens que o primeiro helicóptero chegou a Cumbica no início de março de 1958. Como na ocasião o hangar e o pátio já estavam desimpedidos e prontos para a ocupação, foi possível iniciar imediatamente as operações, mantendo uma tripulação em alerta SAR vinte e quatro horas por dia. Na foto, abaixo, um dos H-19D pioneiros do Esquadrão Pelicano.


Em 1972, o Esquadrão Pelicano foi transferido para a Base Aérea de Florianópolis (SC) e, em 20 de outubro de 1980, mudou-se para a Base Aérea de Campo Grande (MS), sua atual sede. Responsável por buscas e resgates em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos, os pelicanos chegam às mais distantes localidades brasileiras em um espaço de tempo reduzido, devido a localização estratégica do estado do Mato Grosso do Sul, na região central do País. É este esquadrão que responde ao Alerta SAR (Search and Rescue) Brasil. O Esquadrão Pelicano age como forma de suporte a todas as operações da Força Aérea Brasileira, bem como resgatando aeronaves civis, militares, navios e embarcações. O efetivo conta com aviões e helicópteros equipados para atender a qualquer situação de emergência na terra ou no mar. Mecânicos, observadores e pilotos, entre outros profissionais, estão prontos para decolar a qualquer momento. Os Pelicanos mantêm por 24 horas, durante todo o ano, uma equipe de prontidão.


O Pelicano também participa de ações de misericórdia. São feitas missões de socorro, remoções de emergência de pacientes em estado grave para centros de maiores recursos médicos, apoios em caso de catástrofes naturais, como enchentes e incêndios. Também atuam em várias campanhas sociais, buscando sempre apoiar a população civil. A vantagem está na versatilidade dos profissionais que, após intenso treinamento, estão aptos para chegar a lugares de difícil acesso.

Fontes: FAB e Blog do NINJA

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sábado, 4 de dezembro de 2021

Carreiras na Aviação

CIAAR forma 117 novos oficiais para a Força Aérea
Após muito estudo, abnegação e disciplina, chegou ao fim mais uma jornada para duas turmas do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), Organização Militar da Força Aérea Brasileira (FAB), localizada em Lagoa Santa (MG). Os 117 alunos do Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE) de 2020 e do Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) 2021 tornaram-se, no dia 02 de dezembro de 2021, Oficiais da FAB. A cerimônia foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e prestigiada por Oficiais-Generais da FAB e Oficiais da Marinha, do Exército, dentre outras autoridades civis.

Em seu discurso, o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior parabenizou os novos Oficiais e destacou a importância do aperfeiçoamento contínuo do efetivo. “Continuem estudando e se aperfeiçoando, pois dessa forma garantirão uma jornada virtuosa rumo ao futuro e preguem seus conhecimentos técnicos e aptidões de trabalho para atuarem nos 22 milhões de quilômetros quadrados sob nossa responsabilidade, tornando nossas asas ainda mais fortes”, declarou.

Novos líderes
Entregando o Prêmio Força Aérea Brasileira aos primeiros colocados das duas turmas, o Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, falou sobre meritocracia e determinação. "A gente fica muito feliz em entregar para a Força Aérea Brasileira 117 novos Oficiais, novos líderes. É uma oportunidade que todos têm e a meritocracia é o fator primordial para que as pessoas possam ter a oportunidade de fazer os cursos e lograr seus caminhos como Oficiais e exemplo para o efetivo da FAB", disse.

Tanto esforço e determinação para se superar, pessoal e profissionalmente, fizeram a primeira colocada da Turma Kairos, Tenente Aline Maria Moreno, ser agraciada com a Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo. “Estou muito emocionada, mas primeiramente quero dizer que sou grata a Deus e estou honrada de ocupar este lugar. A carreira militar é cheia de desafios e aqui não foi diferente. Tenho certeza que ainda tenho muito o que aprender para contribuir no cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira”, disse. O momento mais marcante, no entanto, aconteceu com a entrega de espadas. O Tenente Ronaldo Figueiredo de Oliveira, da Turma Arcanjo, garantiu que a sensação de receber o símbolo do oficialato nas Forças Armadas foi mais uma conquista e que seguirá motivado para alçar novos voos. “Não tenho nem palavras para dizer. Entrei como recruta e cheguei ao máximo que poderia alcançar. Sou o militar das oportunidades que a FAB me deu. Agora, neste novo desafio, estou motivado a estudar mais e empenhar mais”, concluiu.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Aviação do Exército

Alunos da Aviação do Exército recebem instrução sobre os feitos do Brasil na Segunda Guerra e saúdam a memória dos heróis da FEB


Um programa didático e cultural foi realizado ontem, 02 de dezembro de 2021, em Taubaté (SP), organizado pelo Espaço Cultural da Aviação do Exército e dirigido para alunos do curso de formação de sargentos temporários do CAvEx. A atividade foi desenvolvida no Mausoléu da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no cemitério municipal, onde jazem soldados heróis brasileiros que lutaram contra o nazismo e o fascismo, em terras italianas, durante a Segunda Guerra Mundial.

O subtenente Fábio César Assunção proferiu uma palestra com informações da estrutura do Exército Brasileiro, desde 1918 até sua adaptação ao modelo organizacional americano, com integração às tropas aliadas em 1944. Contou aos alunos como foram os fatos anteriores que determinaram a entrada do Brasil no conflito e a forma vitoriosa como os soldados brasileiros lutaram suas batalhas nas geladas montanhas dos Apeninos e no vale do Rio Pó, obtendo a rendição de expressivo contingente de forças inimigas.

O sargento e historiador Antonio Carlos Barbosa falou da importância do conhecimento do esforço pela conquista da liberdade pelos nossos antepassados e leu uma declaração deixada pelo cabo João Rosa da Silva, do 6º Regimento de Infantaria, contando como foi a viagem, de 2 a 16 de julho de 1944, no navio de transporte de tropas General Mann e a chegada do primeiro escalão da FEB no porto de Nápoles.

O evento conduzido pelo chefe do Espaço Cultural da Aviação do Exército, coronel Antonio Geraldo Rodrigues, terminou com ênfase aos fatos históricos em favor da liberdade entre os povos, execução do toque de silêncio e saudação com continência em honra à memória dos heróis da FEB.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Carreiras na Aviação

EEAR forma novos especialistas para a Força Aérea
A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) realizou, no dia 26 de novembro de 2021, em Guaratinguetá (SP), solenidade militar alusiva à formatura da 253ª Turma do Curso de Formação de Sargentos (CFS) - Turma Tupã. Prestigiaram a cerimônia o Presidente da República, Jair Bolsonaro; o Ministro da Defesa Walter Souza Braga Netto; o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, dentre outras autoridades. O evento marcou a promoção de 207 militares à graduação de Terceiro-Sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), e mais quatro militares estrangeiros, sendo dois da Bolívia e dois do Paraguai.

A turma de formandos foi composta por 64 mulheres e 143 homens especialistas nas áreas de Controle de Tráfego Aéreo (BCT), Mecânica de Aeronaves (BMA), Equipamento de Voo (BEV), Material Bélico (BMB) e Guarda e Segurança (SGS), que atuarão, no Brasil, em Organizações Militares do Comando da Aeronáutica. Conhecida como o “Berço dos Especialistas”, a EEAR é o maior complexo de ensino técnico-militar da América do Sul e tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de graduados da Aeronáutica, oferecendo diferentes áreas profissionais para o cumprimento da missão da FAB.

Presidente Bolsonaro
Conhecida como o “Berço dos Especialistas”, a EEAR é o maior complexo de ensino técnico-militar da América do Sul e tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de graduados da Aeronáutica, oferecendo diferentes áreas profissionais para o cumprimento da missão da FAB. Durante a solenidade, o Presidente Jair Bolsonaro foi homenageado com a "Ordem do Especialista Grau Engrenagem Honorário" pelo Comandante da Escola. Por fim, a tropa desfilou ao som da Canção do Especialista, letra do Suboficial George Aires Borges e Música do Capitão Músico João do Nascimento.

Fonte: FAB

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Santos Dumont

Umirim (CE) inaugura Biblioteca Museu Santos Dumont
O Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Alberto Santos-Dumont, foi homenageado por meio da criação da Biblioteca Museu Santos Dumont, localizada na cidade de Umirim (CE). A unidade, que é administrada pela Prefeitura da Cidade, foi entregue em um espaço reformado, ampliado e modernizado, durante cerimônia realizada no dia 13 de novembro. O evento contou com a presença do Comandante da Base Aérea de Fortaleza, Coronel Aviador Fábio Leandro Alves dos Santos; e do prefeito de Umirim, Felipe Uchôa; dentre outras autoridades civis e militares.

Foram inauguradas salas em homenagem às personalidades da Forças de Segurança do Estado e da Força Aérea Brasileira (FAB). “Esse é um lugar de pesquisa e construção do conhecimento com uma programação cultural e educativa que contempla a região”, destacou o Coronel da Reserva Darley, Coordenador da Ciopaer. A Biblioteca, que também é Museu, homenageia três militares da FAB, o Marechal do Ar Casimiro Montenegro (criador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica), o Tenente-Coronel Aviador Wellington Rezende (do Grupo de Transporte Especial), e o Major Aviador Everton Braga Corteletti (ex-membro da Esquadrilha da Fumaça). A ideia da homenagem partiu do piloto Fabio Uchoa. “O meu intuito é motivar, inspirar, incentivar e despertar vocações nas áreas de aviação, educação, ciências e tecnologia, fomentando ainda mais a imagem da Força Aérea Brasileira em Umirim e região”, contou.

Memorial
Além de difundir a cultura e o conhecimento, o novo equipamento abriga espaços de leitura para receber visitantes de todos os 184 municípios cearenses. Como parte do acervo do memorial, as famílias doaram objetos pessoais dos homenageados para fazer parte do acervo do museu. O atendimento ao público no espaço abriga, de forma permanente, vídeos e um acervo especial com as histórias dos aviadores e de oficiais da cidade, que foram contemplados dando seus nomes às salas da biblioteca.

Serviço
Biblioteca Museu Santos Dumont de Umirim
Horário de funcionamento: das 8 às 11h e das 14 às 17h, de segunda a sexta-feira.
Endereço: Travessa Pinto Fernandes, S/N, Centro
Umirim/CE.

Fonte: FAB

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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Busca e Salvamento

Navio e helicóptero da Marinha do Brasil resgatam tripulante doente em alto-mar
O Salvamar Sueste, estrutura orgânica responsável por Operações de Busca e Salvamento (SAR) na área do Comando do 1º Distrito Naval recebeu, no dia 21 de novembro de 2021, o contato do MRCC Madrid (Centro de Coordenação de Resgate Marítimo de Madrid) solicitando a evacuação médica de um tripulante da embarcação pesqueira “FV Playa de Cuebas”, de bandeira de Espanhola,que sentia fortes dores abdominais. A Fragata Independência (F 44), Navio de Serviço da Esquadra, foi acionada e navegou ao encontro da embarcação que estava, inicialmente, a 1003 milhas náuticas (cerca de 1.857 quilômetros) a leste da cidade do Rio de Janeiro.

Aproximação e resgate
Após dois dias de navegação, a Fragata Independência se aproximou do pesqueiro, a uma distância favorável para o lançamento da Aeronave de Serviço da Esquadra (ANSE), um helicóptero Wild Lynx AH-11B, pertencente ao 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), que realizou o resgate do tripulante. Na manhã do dia 25 de novembro de 2021, com o Navio estando pouco mais de 30 milhas náuticas da costa do Rio de Janeiro (aproximadamente 55 quilômetros), a aeronave decolou novamente, transportando o enfermo para Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ), onde uma ambulância estava de prontidão para encaminhar o tripulante para um hospital.

Fonte: Marinha do Brasil

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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Aviação Naval

Marinha recebe versão especial do helicóptero H225M
A Marinha do Brasil recebeu da empresa Helibras, em 19 de novembro de 2021, a primeira aeronave Super Cougar na versão AH-15B. Ela recebeu a matrícula N-4101 e é a décima segunda aeronave H225M a ser incorporada à frota da Aviação Naval, no escopo do Projeto “H-XBR”.

Versão especial
A versão AH-15B foi especialmente desenvolvida para a Marinha, sendo a mais complexa entre as aeronaves H225M. Este helicóptero dispõe de sistemas embarcados de última geração, incluindo a capacidade de lançar mísseis Exocet AM39 B2M2, sistema “CHAFF & FLARE”, radar tático APS-143 e equipamento FLIR Star Safire III, todos integrados ao sistema de gerenciamento de dados táticos de missão (NTDMS).

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domingo, 28 de novembro de 2021

Especial de Domingo

Mais um texto selecionado do excelente blog Cultura Aeronáutica, do Professor Jonas Liasch, que trabalha no setor de aviação desde 1994.
Boa leitura.
Bom domingo!

St. Cloud: o primeiro hangar do mundo
Na virada do Século XIX para o Século XX, o Aeroclube da França mantinha uma aeroestação no bairro de St. Cloud, em Paris. Essa aeroestação ficava na hoje denominada Avenue du Maréchal Jean de Lattre de Tassigny, entre as avenidas Clodoald e Longchamps. Esse local era a base de lançamento de balões dos sócios do Aeroclube, e era sempre muito movimentado, exceto durante os meses do inverno.
O primeiro hangar do mundo em St. Cloud
O Aeroclube da França foi fundado em 1898 e já contava com cerca de 400 membros em 1900. Santos-Dumont foi um dos seus fundadores e fazia parte do primeiro Comitê de Direção, integrado também por Henry de La Valx, Gustave Eiffel, Ernest Archdeacon e Paul Tissandier, entre vários outros. O Aeroclube era presidido pelo Conde Albert de Dion, que também havia fundado o Automóvel Clube da França alguns anos antes.
Aeroestação de St. Cloud 1899
O Aeroclube da França comprou o terreno em St. Cloud, o que permitiu aos seus sócios dispor de um espaço exclusivo para o lançamento dos balões, até então lançados de parques públicos de Paris, como o Jardim de Aclimação.
Localização do hangar e da Aeroestação de St. Cloud (foto: Luiz Pagano)
A personalidade prática e irrequieta de Santos-Dumont, no entanto, logo se fartou dos complicados e procedimentos de lançamento de balões. A cada voo, era necessário produzir o gás hidrogênio, estender cuidadosamente o invólucro do balão e enchê-lo para voar. Depois, era preciso esvaziar o balão e dobrá-lo novamente, já que não havia como mantê-lo cheio para outros voos, pois ficava exposto às intempéries. O hidrogênio era desperdiçado. Santos-Dumont logo pensou, então, em construir um abrigo para os balões já inflados para evitar todo esse trabalho e desperdício de gás. Obteve autorização do Aeroclube para construir um grande galpão em madeira na Aeroestação de St. Cloud. Estava nascendo o primeiro hangar de aeronaves da história.
O hangar de St. Cloud (foto: Luiz Pagano)
O termo "hangar" veio do inglês hangar, que originalmente significava "depósito de veículos de tração animal", e a palavra tem provável origem holandesa, uma modificação de ham-gaerd, que significa "galpão ao lado da casa". Santos-Dumont concluiu a construção do seu hangar em junho de 1900. Era um grande galpão de madeira, de 30 metros de comprimento, 11 metros de altura e 7 metros de largura na base, excluindo os suportes das duas portas corrediças, uma grande novidade criada pelo inventor brasileiro.
Interior do hangar de St. Cloud (foto: Luiz Pagano)
Portas corrediças eram inexistentes à época. Os construtores do hangar de Santos-Dumont consideravam tal ideia impraticável, e duvidavam que funcionasse, mas o inventor apoiou a porta em grandes rolamentos, que corriam sobre trilhos acima e abaixo, e seu funcionamento era tão suave que até uma criança conseguia abri-la sem fazer grande esforço. A porta era voltada para o lado sul do hangar. O terreno em frente não era plano, tinha um forte declive para o lado leste, em direção ao vale do Rio Sena.
O dirigível nº 6 no hangar de St. Cloud
Um pequeno anexo do hangar continha barris de ácido sulfúrico e uma caixa de limalha de ferro. O ferro reagia com o ácido, produzindo o hidrogênio, que era canalizado para o interior do hangar e para os balões por uma mangueira. O primeiro dirigível de Santos-Dumont a ser montado e experimentado no hangar foi o nº 4. Os dirigíveis nº 5, nº 6 e nº 7 também foram construídos lá, mas Santos-Dumont logo concluiu que o hangar de St. Cloud não era mais adequado. Novas construções foram feitas nas proximidades, inclusive uma fábrica de balões do empresário Henri Deutsch de La Meurthe, tornando o lugar um tanto perigoso para manobrar dirigíveis.
O hangar de Neuilly, que substituiu o pioneiro de St. Cloud
Santos-Dumont construiu um novo hangar em Neuilly, relativamente próximo dali, e que foi inaugurado na primavera de 1903. O dirigível nº 7, embora tivesse sido construído em St. Cloud, foi montado já em Neuilly, e Santos-Dumont não usou mais seu hangar pioneiro, que teve, então, vida muito curta. Não se sabe qual foi o destino que o Aeroclube da França deu ao hangar, pois a Aeroestação de St. Cloud também logo deixou de existir.
Monumento a Santos-Dumont em St. Cloud
Em St. Cloud, o Aeroclube da França mandou fundir uma estátua em bronze, representando o Ícaro da mitologia grega, em homenagem a Santos-Dumont. Tal monumento foi colocado em uma pequena praça redonda, próxima à antiga Aeroestação de St. Cloud, e foi inaugurada em 19 de outubro de 1913. Em sua base, está escrito: "Ce monument a eté éleve par L' Aero Club de France pour commemorer le experiénces de Santos-Dumont, pionnier de la locomotion aérienne." (Este monumento foi erigido pelo Aeroclube da França para comemorar as experiências de Santos-Dumont, pioneiro da locomoção aérea).
Santos-Dumont posando junto ao monumento original em St. Cloud
Infelizmente, durante a ocupação nazista de Paris, durante a Segunda Guerra Mundial, a estátua original foi removida pelos alemães e destruída para reciclar o bronze, para finalidades militares.
Na década de 1920, o local antes ocupado pela Aeroestação de St. Cloud e pelo hangar pioneiro de Santos-Dumont (à esquerda da foto) já estava ocupado por casas
Uma réplica, aproximadamente igual à original, foi recolocada no local, por brasileiros, em 1952 e está lá até hoje. A simples praça que a envolve é denominada Praça Santos Dumont, e está na confluência das Avenue de Longchamp, Avenue du Maréchal Jean de Lattre de Tassigny, Avenue Duval Le Camus, Avenue Romand e Avenue de Suresnes. Nada mais resta da Aeroestação de St. Cloud além dessa praça e de seu monumento. No lugar onde existiu o pioneiro hangar de Santos-Dumont, foram construídas casas elegantes.
Nesse endereço, na Avenue du Maréchal De Lattre de Tassigny, ficava o primeiro hangar de aeronaves da história.

Fonte: Cultura Aeronáutica, por Jonas Liasch

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