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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 16 de novembro de 2024

Aviação em Ilhabela

O Antigo Campo de Aviação de Ilhabela

Edson Souza / Arquivo Ilhabela®

Atualmente conhecido como o “antigo campo de aviação de Ilhabela”, o local foi uma das principais áreas em 1932, devido à Revolução Constitucionalista. Situado no bairro do Pequeá, depois do bairro do Engenho d’Água quase no centro, muitos fatores históricos que influenciaram a história de Ilhabela, e a história política do Brasil aconteceram nessa pequena localidade.    No ano de 1930, foi realizada a última eleição da República Velha para a escolha de um candidato à Presidência da República. Os paulistas indicaram Júlio Prestes e o Estado de Minas Gerais indicou Getúlio Vargas para concorrer ao cargo. Júlio Prestes obteve a vitória no campo eleitoral, mas, devido o ato ilegal do “Golpe de Estado”, os paulistas perderam o posto para Getúlio Vargas, que acabou assumindo a liderança do chamado “Governo Provisório”.   O Estado de São Paulo tentou politicamente, em 1932, afastar Getúlio Vargas do cargo, época em que o próprio Estado lutava contra a crise do café, um dos fatos que levou Ilhabela a perder sua condição de município em 1934 e tornar- se distrito de São Sebastião. Isto se deu devido à insuficiência de moradores causada pela crise cafeeira destas épocas. O café também era uma das principais fontes econômicas da Ilha. Com a crise, o rendimento econômico da ilha caiu a tal ponto, que a administração não teve como pagar seus impostos. Deste modo, Ilhabela perdeu sua independência financeira recebendo ajuda do governo. Mas recuperou mais tarde, sua condição de município.   São Paulo estava destinado a afastar Getúlio Vargas do poder para reconquistar o título de autonomia Estadual, gerando uma guerra. Na Revolução de 1932, os paulistas investiram em aeronaves de modelo Potez 25 TOE para bombardear o inimigo. Porém, Getúlio Vargas possuía muitos aliados, e passou a contar com o apoio da Marinha. Nessa época foram construídas duas espécies de flutuantes de pouso próximos à área no bairro do Pequeá em Villa Bella (Ilhabela), considerado um local estratégico para fundear as aeronaves para usá-las contra o inimigo.   Da base secreta em Villa Bella, as aeronaves partiam para realizar o reconhecimento das áreas tomadas pelos paulistas, cuja entrada do porto de Santos foi uma delas.   A Marinha, por sua vez, contribuiu com o Governo de Getúlio Vargas, enviando três hidroaviões de apoio para proteger o litoral norte. Estes três aviões ficaram atracados nos flutuantes do Pequeá em Villa Bella, voltados para o Canal de São Sebastião. Alguns aviões mais avançados na época foram inseridos no plano de proteção e bombardeio pela Marinha, mas os flutuantes da localidade não eram firmes o bastante para suportar os novos modelos com trem de pouso. Então o governo decidiu alargar uma pequena área no Pequeá para pouso ao lado da praia, próximo ao morro, criando uma pista, esta que atualmente é apontada como o antigo campo de aviação em Ilhabela.   A pista de pouso em Ilhabela foi concretizada em julho de 1932, e era utilizada como “garagem” para os aviões. No local pernoitavam vários modelos aéreos da Marinha como, os S-55 e D.H. 60 T, que saiam em missões de bombardeio. Algumas acabaram afundando no canal de Toque-Toque. A ditadura de Getúlio Vargas influenciou no histórico de Ilhabela até 1940 alterando o nome da cidade de “Villa Bella” para “Formosa”. Com o fim da revolução, a pista de pouso criada em Villa Bella ficou esquecida e encoberta pelo matagal.   Posteriormente, nas areias da Praia do Perequê, o diretor da empresa SKF Rolamentos (fundada em 1907), Sven Cecil Werner Urban, realizava pousos nesta área com um modelo de pequeno porte quando vinha a cidade. Sven era também proprietário da Fazenda Cocaia em Villa Bella (Ilhabela). Sempre quando viajava com seu pequeno avião, sobrevoava a fazenda na ilha para que os empregados soubessem de sua chegada, então, pousava nas areias da Praia do Perequê. Com a ajuda dos caiçaras locais, o avião era empurrado para dentro de um rancho e um dos funcionários da fazenda apanhava o proprietário de Charrete.
A Fazenda da Cocaia do Sven produzia cachaça, considerada uma das melhores, e no rótulo havia uma grafia do pequeno avião pelo qual ele realizava suas vindas a Villa Bella.   Quando Benedito Carlos de Oliveira assumiu a Prefeitura de Ilhabela, em 1948, investiu na reurbanização da antiga pista de pouso criada pelo governo de Getúlio Vargas no bairro do Pequeá, cujo local ficou conhecido como “Aeródromo Sven Cecil Werner Urban”, que passou a ser o Campo de Aviação de Ilhabela.
Com o tempo, neste local foram realizados os principais shows e eventos da cidade, como o Festival do Camarão, o aniversário da cidade, comemorado no dia 3 de setembro, e o Carnaval, eventos hoje realizados no centro, tal como os shows, que agora são realizados na Praça de eventos do antigo Campo do Galera, no bairro da Água Branca. O atual ‘Campo de Aviação’ hoje, é uma área residencial, como praça, parquinho e campos para pratica de esportes, além de abrigar a sede da Escola de Vela de Ilhabela “Lars Grael”.

Fonte: Edson Souza / Arquivo Ilhabela®

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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com notícias da CRUZEX 2024
Nesta sexta-feira (15/11), o FAB em Destaque é especial! Diretamente da Base Aérea de Natal (BANT), a revista semanal da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe todas as notícias sobre o maior exercício de guerra simulada da América Latina, a CRUZEX 2024, que ocorreu em solo e ar potiguares entre os dias 3 e 15 de novembro.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Sentando a Pua!

Confira mais um texto selecionado do excelente Sentando a Pua!, que preserva e divulga a História da Aviação Militar Brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Histórias dos Veteranos
Alfaiate Bom 

A pedido do Comandante da Base, o Comandante Nero Moura ordenou a formatura dos "enlisted man" (soldados e cabos), no pátio em frente ao comando. Todos estavam vestindo o uniforme de gabardine que a FAB havia mandado confeccionar na Alfaiataria Guanabara, localizada na Rua da Carioca, Rio de Janeiro. Foi o maior vexame. Os uniformes estavam sem as etiquetas com os nomes de cada um, o que provocou a maior mistura.

Tinha jaqueta sem fechar, mangas curtas ou compridas demais, calças a la JECA TATU e outras gracinhas que provocaram risadas dos ianques e espanto dos brazilians boys.

O Comandante Nero Moura, em comum acordo com o Comandante da Base, ordenou fora de forma e recolher os Uniformes ao almoxarifado do Grupo. Em seguida, recebemos uniforme americano completo, incluindo agasalhos para frio.

Além disso, recebemos ordens do comando para recolhermos ao almoxarifado, todas as peças de uniforme que foram adquiridas por cada um, tais como: camisas e calças caqui de tropical, Jaquetas de couro, sapatos de Verniz e que não faziam parte da relação oficial.

Foram todas as peças etiquetadas com o nome e o número de cada um, embaladas em caixotes que seriam remetidos para o Brasil e posteriormente devolvidas, O QUE INFELIZMENTE NÃO ACONTECEU!!! 



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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Embraer

Embraer participa do Air Show China 2024 focada na colaboração com a cadeia de suprimentos
A Embraer participa do Airshow China 2024, que ocorre em Zhuhai, de 12 a 14 de novembro. A Companhia aborda suas perspectivas de mercado local (Market Outlook, em inglês) concentrando-se em oportunidades de colaboração com a cadeia de suprimentos na China. “Estamos entusiasmados em retornar ao Zhuhai Airshow. A Embraer participa do evento desde a terceira edição, em 2000. Estivemos presentes em todas as 12 edições do evento desde então”, afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. “Buscamos constantemente maneiras de promover a cooperação na China, ao oferecer aeronaves que aperfeiçoam o serviço aéreo no país, conectando grandes cidades e centros regionais para satisfazer a uma demanda crescente por viagens aéreas. O Zhuhai Airshow é uma ótima plataforma para nos encontrarmos com clientes, parceiros e stakeholders de toda a região.” Nos últimos 50 anos, o Brasil e a China desenvolveram uma relação diplomática forte e estratégica, incluindo laços importantes no setor da aviação. Com o objetivo de aprofundar a colaboração com o setor aeronáutico chinês, a empresa realizará o evento ‘Embraer Supplier Day no dia 14 de novembro, no Hall 6 do Zhuhai Airshow, às 10h, na Sala 216. As inscrições para o evento podem ser feitas no estande da Embraer, localizado no H4B1. A companhia também apresentará as suas perspectivas para os mercados de aviação comercial e de carga aérea por meio do Market Outlook. As perspectivas sobre o mercado chinês serão apresentadas em coletiva de imprensa, às 14h do dia 13/11, no Hall 6 do Zhuhai Airshow, Sala 216. O Market Outlook destacará a importância crescente da flexibilidade das frotas e do papel dos narrowbodies de menor porte na ampliação da conectividade na China. As perspectivas também incluem análises do mercado para aeronaves de carga e elenca as novas oportunidades para cargueiros de menor porte, resultantes do crescimento contínuo de comércio online e de uma demanda cada vez maior por serviços aéreos logísticos mais rápidos e mais eficientes. A Embraer também exibirá uma série de aprimoramentos novos e significativos para a família de aeronaves E-Jets E2, incluindo o primeiro Sistema de Decolagem Aprimorada (E2TS, na sigla em inglês), com desempenho aperfeiçoado no uso de combustível, alcance estendido, melhoria do tempo de asa do motor, e otimizações da cabine. A Embraer tem apresentado progresso na China com o E190-E2 e o E195-E2, ambos certificados pela CAAC (Administração de Aviação Civil da China, na sigla em inglês). A Embraer também estabeleceu um sistema amplo de serviço e suporte pós-venda para a frota de E-Jets no país, incluindo centros de manutenção autorizados, armazéns de peças e uma rede completa de treinamento de pilotos. Isso estabeleceu bases sólidas para a nova geração da família E2 operar na China.

Fonte: Embraer

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terça-feira, 12 de novembro de 2024

CRUZEX 2024

Controladores de tráfego aéreo garantem coordenação e segurança nas operações da CRUZEX 2024
No coração das operações aéreas da CRUZEX 2024, os Controladores de Tráfego Aéreo desempenham um papel fundamental para a coordenação e segurança nas missões de treinamento. Durante o Exercício, realizado na Base Aérea de Natal (BANT), esses profissionais estão à frente de atividades essenciais para garantir que todas as aeronaves operem de forma eficiente e coordenada no maior evento de simulação de combate aéreo da América Latina. Um dos principais desafios para os controladores é a complexa integração dos voos de várias Forças Armadas nacionais e estrangeiras, o que envolve uma série de etapas planejadas com precisão. Antes de iniciar o Exercício, foi realizado um treinamento especializado com controladores da Torre (TWR), Aproximação (APP) e Centro de Operações Militares (COpM) para conhecimento dos cenários simulados e desenvolvimento de táticas de resposta rápida a situações de alta complexidade. A CRUZEX 2024 conta com a instalação de avançados sistemas de comunicação e vigilância, que são operados e supervisionados pelos controladores para minimizar qualquer impacto ou interrupção nas operações aéreas da região. Esses sistemas permitem que eles acompanhem cada movimento das aeronaves, promovendo o controle do espaço aéreo com precisão e segurança. De acordo com o Chefe do Terceiro Centro de Operações Militares (COpM3), Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcio Luiz Melo Bonin, durante os voos de combate e treinamento em áreas como São Gonçalo do Amarante (RN) e Mossoró (RN), os controladores também exercem um papel vital no monitoramento dos cenários de combate além do alcance visual (BVR – Beyond Visual Range). Participando de briefings e debriefings diários, esses profissionais ajudam a revisar táticas e estratégias, contribuindo para o aprendizado constante das equipes envolvidas. “Na CRUZEX, os controladores de Torre, Aproximação e Controle de Operações Aéreas Militares gerenciam o tráfego aéreo, assegurando decolagens, pousos e rotas seguras tanto para as aeronaves regulares, que continuam operando pelo país, quanto para as aeronaves participantes do Exercício. Em paralelo, os controladores de Defesa Aérea especializados em combate além do alcance visual fornecem informações estratégicas aos pilotos, monitorando o espaço aéreo e orientando as aeronaves em tempo real durante as missões. Essa integração entre o controle de tráfego aéreo e a defesa aérea é essencial para o êxito da CRUZEX, garantindo operações coordenadas de forma ágil, ordenada e segura em um ambiente multinacional e complexo“, destacou.

Fontes: FAB e AEROIN / Juliano Gianotto (O AEROIN está presente no exercício na Base Aérea de Natal, trazendo informações e imagens aos leitores. Para conferir todas as notícias sobre a CRUZEX 2024, clique aqui e também aqui).

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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Voos da Maria Angélica

DÉCINHO, O PILOTO
Décinho - primeiro à direita / Zangado - segundo à direita

Maria Angélica de Moura Miranda*

O piloto Henderson Alves das Chagas (Décinho), natural de São Sebastião (SP), viveu intensamente a vida política de São Sebastião durante os anos do regime militar. Era vereador, foi preso e ficou incomunicável por 11 dias. A família não sabia se estava vivo ou morto.

Durante o período que ficou preso, primeiro pensavam que ele era analfabeto, foi interrogado e considerado comunista. Depois descobriram através do RG expedido pela Aeronáutica, que ele era AVIADOR e ameaçaram retirar a licença se ele não renunciasse ao cargo de vereador.

Em 1969 renunciou o cargo de vereador, e foi trabalhar em São Paulo na Empresa Servencin Taxi Aéreo, transportando malotes em voos noturnos para Brasília e Porto Alegre. Porém, a sua esposa Diva  não se acostumou por lá e resolveram voltar para São Sebastião com os filhos.

Nessa época ele ainda ficou inconformado por abandonar a aviação e comprou uma passagem de ônibus para voltar para São Paulo, mas não conseguiu embarcar. Depois ficou sabendo que o a aeronave que ele ia pilotar sofreu uma pane e espatifou-se no solo. Só aí entendeu que seu destino era por aqui mesmo. Voltou a se candidatar a vereador, se reelegeu, e foi também Presidente da Câmara.

Mas a história que vou contar não é sobre a vida política é um acontecimento que ficou na memória do seu amigo de infância o Luiz Leite Santana (Zangado), que também foi vereador participou da vida política de São Sebastião, e contava essa história como uma proeza do tempo que eles eram jovens. O Zangado faleceu em 2022.

Presto aqui esta homenagem à esses dois inesquecíveis Caiçaras que tive o privilégio de conhecer e conviver. Num sábado ensolarado de 1959, às 8 horas, partiram do Aeroclube de Santos, da Praia Grande: Zangado e Décinho, rumo à São Sebastião. Décinho vinha confiante e faceiro no comando do Teco-Teco, e Zangado tenso e tímido pois voava pela primeira vez. Deram rasantes em Juquey, Boiçucanga, Maresias, na frente da cidade e até no bairro de São Francisco se exibindo e matando a saudades da terra natal.

Desceram no Campo de Aviação que havia perto do cemitério onde pousavam aviões de pequeno porte. A descida foi tranquila provando a competência do piloto. Deixaram o avião estacionado e amarrado como manda o protocolo de segurança, e foram visitar a família e amigos pois a ideia era voltar às 15 horas, no máximo, pois não podiam anoitecer na viagem. Na hora prevista levantaram voo.

A tarde estava bonita, céu e mar azul, deram mais uns rasantes e subiram a 600 metros de altura, em direção à Praia Grande.

Passando a Ilha de Montão de Trigo, Zangado percebeu que a rotação do motor caia e o avião começava perder altura. Mais tarde Décinho avisa:

Zangado o motor parou, vamos cair!

Tentando chegar à Base Aérea de Santos, observaram um rio e um bananal. Zangado falou:

Prefiro que seja no rio, a gente nada e tudo bem!

Décinho recusou a ideia de descer no rio, achou que podiam capotar, bater a cabeça e desmaiar. Zangado rezava e pedia para não ficar inválido, só tinha 23 anos e pediu pra morrer em vez de ficar numa cadeira de rodas.

Nesse momento Décinho demonstra mais uma vez sua perícia, o avião caiu no meio do bananal a 90 km por hora, ficou de ponta cabeça, o impacto foi muito forte.

Zangado ficou preso no cinto de segurança e Décinho parecia desmaiado. De repente, Décinho quebra o silêncio e pergunta se está tudo bem. Os dois descem do avião se olham e não estão com nenhum aranhão. O avião virou um monte de ferro e lona retorcido. Parecia milagre!

Desceram pelo bananal e acharam uns trilhos onde os vagões carregavam as bananas para levar ao chatão na beira do rio. Décinho ainda voltou, fechou a gasolina que havia esquecido e seguiram os dormentes para tentar sair do local.

Depois de uma hora e meia de caminhada chegaram à periferia de Itapema, caminharam ainda e já quase noite, ao longe avistaram um aglomerado de pessoas, era um botequim. Essa foi a primeira parada depois do acidente, beberam cerveja gelada, comemoraram com as pessoas do local e depois seguiram para a Base Aérea de Santos para comunicar o acontecido e tomar providências.

Segundo eles, esse acontecimento não foi pior, graças as orações dos seus parentes que os acompanharam na decolagem do avião em São Sebastião.

Hoje Décinho está em casa, de repouso, ficou internado por causa de uma pneumonia e se recupera junto de seus familiares.

*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista, em São Sebastião (SP).

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domingo, 10 de novembro de 2024

Especial de Domingo

No texto de Maria Angélica de Moura Miranda o registro de uma passagem do Zeppelin sobre o litoral norte paulista. Ao final, pesquisa feita por voluntários do NINJA e do ESCAU (Núcleo Infantojuvenil de Aviação e Espaço Cultural Aeronáutico de Ubatuba).
Boa leitura.
Bom domingo!

Do outro mundo

Maria Angélica de Moura Miranda*

Era mais uma madrugada de pescaria. João, com quase 12 anos, seguia junto com seu pai e mais dois conhecidos numa canoa grande [em São Sebastião, litoral de São Paulo].

Saíram do bairro de São Francisco, atravessaram o canal, fizeram o contorno da Ponta das Canas e aí sim, seguiram mar aberto em direção à Ilha de Búzios.

Quando o dia começou clarear, um ponto se destacou no céu e veio lentamente se aproximando. Diante do tamanho do objeto, o pai de João foi taxativo: recolheram a rede e seguiram para aportar em Búzios. 

Chegando lá, juntaram-se a outros homens e ficaram observando, encantados, aquele objeto grandioso, que seguiu em silêncio rumo ao canal de São Sebastião.

Depois da pescaria voltaram para São Francisco e o comentário era geral, sobre o que passou voando no canal.

No dia seguinte: fim do mistério. Chegou a notícia de Santos. Aquilo era um Zeppelin, que, em visita ao Brasil, fez o trajeto Rio-Santos e acreditem: passou voando no canal de São Sebastião.

Ainda hoje, Seu João e outros caiçaras estão aí bem fortes, para contar esta história cheios de emoção. 

*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista, em São Sebastião (SP).

Publicação: originalmente por O Guaruçá (www.ubaweb.com), em 27 de maio de 2010.

Os balões Zeppelin no Brasil
A passagem de um imenso dirigível rígido por São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba e Santos, como o fato narrado na crônica "Do outro mundo", de Maria Angélica de Moura Miranda, remete à época em que uma aeronave mais leve que o ar era o meio de transporte mais rápido entre a Europa e a América. 

O fato da crônica pode ter ocorrido em uma das três oportunidades: 1936, pelo Hindenburg; 1933 pelo Graf Zeppelin; ou 1934, também pelo Graf.

Os dirigíveis, vindos de Friedrichshafen, na Alemanha, cruzavam o Oceano e chegavam em Recife, donde tomavam o rumo sul até o Rio de Janeiro, pousando inicialmente nos Afonsos e, depois, em Santa Cruz. Lá, até hoje (2024), existe o grande hangar dos balões, porém, agora, abrigando aviões da Base Aérea de Santa Cruz.
Foi o primeiro e único hangar construído no Hemisfério Sul, especialmente para os dirigíveis que traziam, desde a Europa, passageiros, correio e carga para a América do Sul.

1936 - Hindenburg
No ano de 1936, o dirigível Hindenburg, matriculado como D-LZ129, voou desde o Rio de Janeiro, até Santa Catarina, para visitar cidades do sul do Brasil colonizadas por alemães. Desta forma, o balão foi visto sobrevoando São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Brusque, Criciúma e Blumenau, entre outras localidades.

Nesta vez, entre as nove viagens do Hindenburg ao Brasil, no dia 30 de novembro de 1936, o então moderno transatlântico aéreo, navegando seguindo o litoral teria sido visto em São Sebastião (SP), ao fim da tarde. Este detalhe, quanto ao horário, pode significar que não foi nesta oportunidade o ocorrido descrito na crônica, já que menciona terem os pescadores visto a aeronave no clarear do dia.

Passou por Santos às 18 e por volta das 19 horas atingia a vertical da capital paulista. Depois rumou para Itanhaém, onde foi observado depois das 20 horas, e para Paranaguá (PR), notado aproximadamente às 21h45.

O Hindenburg media 245 metros de comprimento. Comparativamente, um Boeing 747 tem 70,7 metros. Poucos meses depois dessa viagem, no dia 6 de maio de 1937, o Hindenburg procedente da Alemanha, teve um incêndio, quando se preparava para pousar em Lakehurst, Nova Jersey, nos Estados Unidos.

O acidente destruiu o aparelho e, em consequência, esse tipo de transporte com balões cheios de hidrogênio foi descartado, desde então.

Foi construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. Detém o título de maior aeronave a voar. Fez 63 voos durante seus 14 meses de operação.

1933 – Graf Zeppelin
Uma outra possibilidade para datar o relato da crônica foi em 1933.

Na manhã do dia 11 de maio daquele ano, o D-LZ127 Graf Zeppelin, construído antes do Hindenburg, afastou-se do ponto de atracação no Rio de Janeiro e se deslocou para a costa paulista, evitando área de condições meteorológicas adversas, enquanto aguardava a dissipação de nevoeiro no ponto de pouso no Rio.

Há registros que o dirigível sobrevoou as praias de Santos e São Vicente, a partir das 10h40. Às 11h35 rumou para São Paulo e 55 minutos depois estava de volta a Santos, aproando, finalmente, o Rio de Janeiro.

1934 – Graf Zeppelin Rio-Buenos Aires
Outra possibilidade de um dirigível ter sido visto no canal de São Sebastião, no episódio narrado na crônica de Maria Angélica, foi durante um deslocamento experimental, em junho de 1934, do Graf Zeppelin LZ127.

Fazia um voo de teste da rota Rio-Buenos Aires. No dia 29 de junho de 1934, já no Rio Grande do Sul, passou pelo Vale dos Sinos, impressionando as populações das cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Depois sobrevoou a capital gaúcha, Porto Alegre, e seguiu para a Argentina, na única vez em que esteve em Buenos Aires.

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sábado, 9 de novembro de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 01 a 07/11
O FAB em Destaque desta semana apresenta as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) referentes ao período de 01 a 07 de novembro. Nesta edição, você acompanha o décimo voo da Operação "Raízes do Cedro", que já repatriou 2.072 brasileiros e 24 animais de estimação em apenas um mês, o 2° Encontro de Gestores da Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA) que ocorreu no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG). E claro, você confere ainda, as atividades do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024, que ocorre na Base Aérea de Natal desde dia 03/11.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Aeroportos

Avião do Chico Bento parte do Rio de Janeiro levando o Papai Noel a uma ação especial em São José dos Campos
A concessionária SJK Airport informa que o Aeroporto Internacional de São José dos Campos (SP) recebeu, na noite da quarta-feira, 6/11/2024, a aeronave Boeing 737-800 da GOL Linhas Aéreas adesivada com o personagem Chico Bento, marcando o anúncio oficial do Natal dos Sonhos no Parque Capivari, em Campos do Jordão (SP). O Parque terá decoração temática da Turma da Mônica nesta temporada de fim de ano, com lançamento oficial hoje, sexta-feira, 8 de novembro. A ação, que é uma parceria entre o SJK Airport, a GOL, o Consórcio Aproveite Campos do Jordão, o Parque Capivari e a Pássaro Marron, contou com a presença do Papai Noel para simbolizar o início das comemorações de final de ano. O evento simbólico também visa promover o SJK Airport como o aeroporto oficial para quem visita Campos do Jordão, oferecendo voos diretos para o Rio de Janeiro e conexão com mais 20 destinos.
No lounge de Campos do Jordão, que recebeu uma decoração natalina especial da decoradora Luxor Locações em parceria com o Consórcio Aproveite Campos do Jordão, os turistas poderão conhecer mais sobre os atrativos da cidade mais alta do Brasil.
O diretor do Consórcio Aproveite Campos do Jordão, Rafael Marcandali, destacou o compromisso com a criação de uma experiência envolvente para os visitantes que chegam à região durante a temporada de Natal: “Queremos oferecer aos turistas que desembarcam no SJK uma experiência de imersão no clima natalino jordanense já desde a chegada. A decoração no lounge de Campos do Jordão, cuidadosamente planejada, é apenas o primeiro contato com o que preparamos para esta temporada. Os visitantes podem esperar uma programação repleta de atrações para todas as idades. Nosso objetivo é garantir que cada detalhe contribua para momentos memoráveis e que Campos do Jordão se consolide como um destino de referência para o Natal.”
Ronei Glanzmann, diretor comercial do SJK Airport, também ressaltou a importância da ação para fortalecer a imagem do aeroporto como ponto de acesso privilegiado para Campos do Jordão também no fim do ano e temporada de férias de verão: “A chegada simbólica da aeronave temática do Chico Bento foi um marco para o SJK Airport, reforçando nossa posição como aeroporto oficial para quem quer explorar Campos do Jordão. Queremos nos firmar como uma porta de entrada para a cidade mais alta do Brasil oferecendo um contato inicial encantador”.

Fonte: AEROIN / Murilo Basseto com informações da SJK Airport

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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Notaer

Nova edição do Jornal Notaer está no ar!

Comemoramos o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira, marcados pela contribuição de Alberto Santos Dumont e pela constante evolução da aviação militar brasileira.

Nesta edição do Notaer, destacamos as principais festividades e eventos de outubro, um mês de grande relevância para a Força Aérea Brasileira (FAB). Celebramos o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira, que homenageiam a contribuição de Alberto Santos Dumont e a contínua evolução da aviação militar no país. Em relação ao Dia Mundial do Controlador de Tráfego Aéreo, enfatizamos o elevado padrão de treinamento desses profissionais, aprimorado pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), que garante a segurança nos céus. Também comemoramos os 120 anos de nascimento do Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho e o Dia da Engenharia da Aeronáutica, sublinhando a importância desse pioneiro e o papel fundamental da engenharia na infraestrutura e inovação da FAB. Essas e outras notícias você confere aqui.

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Scarlet

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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Ponte Aérea Rio - São Paulo


ENCANTAMENTO


Maria Angélica de Moura Miranda*

A Ponte Aérea Rio-São Paulo começou em 1959, naquela época os caiçaras do Litoral Norte, observavam atentos as luzes do avião que vinha do mar e seguia para a montanha.

Certa vez, seu Nelson Santos, Manecão e outros sebastianenses saíram para uma caçada. Foram de madrugada para a estrada da Enseada, que hoje é usada para chegar na estação intermediária da Petrobras, em Rio Pardo.

Entraram pela mata e, depois de algum tempo, seu Nelson percebeu que estava perdido. Como era um atleta, jogava bola, nadava e fazia pesca submarina, resolveu que continuaria andando até sair na praia. 

Depois de um tempo o pessoal que o acompanhava na caçada percebeu que ele estava perdido, chamaram, deram tiro pra cima, e nada de seu Nelson dar sinal.

Voltaram para o Centro de São Sebastião preocupados, tinham que reunir um grupo maior para fazer as buscas, ninguém tinha coragem de falar para a dona Wilma, eles eram recém-casados.

Seu Nelson seguia na mata, acendia uma fogueira, comia alguma coisa e continuava a caminhada que já durava um dia e parte da noite. Até que em certo momento ao parar para descansar, viu o avião da Ponte Aérea Rio-São Paulo e percebeu que estava caminhando na direção errada, seguia para dentro da mata em vez de seguir para o mar.

Com essa referência mudou o rumo da caminhada e foi sair na Praia de Camburi, há 54 km de onde entrou na mata, eu não disse que era um atleta?

Desceu na estrada São Sebastião/Santos, pediu socorro para o motorista do primeiro ônibus que passou, parou em Boiçucanga onde foi socorrido, comeu, descansou e voltou para o Centro da cidade.

Até hoje, apesar das luzes, a passagem desse avião desperta encantamento, principalmente se for um dia de sol, ele deixa um rastro de nuvens no céu e tem sido inspiração para poetas. O Domingos Santos, de Ubatuba, e o Felipe Riela, de São Sebastião, já escreveram sobre ele. Vejam os versos!

Ver o que não existe
(de Domingos Santos)

Tem dias que consigo ver
a ponte aérea Rio-São Paulo,
mas tem que ser em dias azuis,
com umidade suficiente nos ares
para o motor dos aviões deixar
um rabicho de vapor para trás.
Tem dias que consigo ver
uma coisa que não existe.

Hoje
(de Felipe Riela)

Ao fim da tarde,
debruçado na janela do escritório
vi um avião rasgando o céu.
Disse para mim mesmo
que era um disco voador,
só pra me alegrar mais.
Quantas camadas do véu?

Publicação: originalmente por O Guaruçá (www.ubaweb.com), em 09/04/2019.

*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista em São Sebastião (SP). É pesquisadora de literatura do Litoral Norte Paulista.

NR: O que é a Ponte Aérea
A Ponte Aérea Rio-São Paulo foi originalmente um acordo firmado em 5 de julho de 1959, pelas empresas Varig, Cruzeiro do Sul e VASP, ligando os aeroportos Santos Dumont e Congonhas. A partir de 1975 e até 1992, o serviço, embora com o resultado dividido entre as companhias, era operado exclusivamente com os aviões Lockheed Electra II e tripulantes da Varig. Os Electra se transformaram na imagem representativa da Ponte Aérea.
Em 2024, a rota é operada de maneira independente pelas empresas LATAM, Gol e Azul, com mais de 120 voos diários partindo das duas cidades, em média a cada 15 minutos, entre 6h10 até por volta das 21h30.

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

CRUZEX 2024

FAB inicia Exercício Cruzeiro do Sul


Treinamento militar é realizado até o dia 15 de novembro na Base Aérea de Natal (BANT)

A Força Aérea Brasileira (FAB) deu início, no último domingo (3/11), na Base Aérea de Natal (BANT), às atividades do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024. A abertura ocorreu com o apronto inicial, no qual o Diretor do treinamento, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende ministrou briefing sobre as diretrizes e determinações que serão seguidas. Com uma combinação de destreza operacional e coordenação entre diversas unidades militares, o treinamento, que ocorre até o dia 15 de novembro, reúne 16 países, mais de 3.500 militares e cerca de 100 aeronaves com o objetivo de aprimorar táticas conjuntas e adestramento técnico das Forças Armadas. A CRUZEX 2024, concebida pelo Comando de Preparo (COMPREP), visa ao amadurecimento doutrinário e à identificação de oportunidades de aperfeiçoamento no processo de preparo das Unidades Aéreas (UAe) e Unidades Aeronáuticas (UAer). Durante o exercício, os participantes enfrentarão uma situação hipotética de Guerra Regular, Regional e Limitada, focando, assim, no cumprimento de ações de Força Aérea. De acordo com o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, a CRUZEX é um treinamento fundamental para a Força Aérea Brasileira (FAB), que tem como base o preparo de tripulações, sobretudo com a chegada de novas aeronaves e tecnologias. "O Exercício é uma oportunidade de estreitar os laços com as nações-amigas participantes e de colaborar com o treinamento de outros países. O próprio planejamento logístico que foi executado já é um treinamento para nós, uma vez que lidamos com o desafio de unir esquadrões e equipes diferentes, durante um período de tempo, na Base Aérea de Natal. Nesse sentido, envolvemos todos os Órgãos de Direção Setorial para coordenarmos o necessário para a execução da CRUZEX, desde o envio de aviões e equipamentos até o apoio para a alimentação dos nossos participantes e, com certeza, teremos muitas lições aprendidas ao final desse processo”, relatou o Oficial-General.

Você sabe o que é Guerra Regular, Regional e Limitada?
A Guerra Regular, também chamada de guerra convencional, caracteriza-se pelo confronto direto entre forças militares convencionais de dois ou mais Estados, geralmente envolve exércitos formalmente organizados, com divisões claras. A Guerra Regular também é o tipo de conflito mais provável em disputas territoriais ou políticas entre países com forças armadas tradicionais. Já a Guerra Regional envolve disputas que, embora possam ter impactos internacionais, estão confinadas a uma região ou área geográfica específica.
E a Guerra Limitada refere-se a conflitos em que o uso da força militar é restringido de maneira deliberada, na qual as partes envolvidas estabelecem limites claros. Esses conflitos tendem a ser mais focados, como em intervenções específicas, operações militares localizadas, ou ataques de precisão com armamentos inteligentes.

A CRUZEX 2024
O exercício será dividido em três etapas: a primeira, chamada FAM (Familiarization), consistirá em voos de familiarização na região, permitindo que as tripulações se adaptem à Área de Operações; a segunda, FIT (Forces Integration Training), promoverá a integração entre as diversas Forças Aéreas participantes; e a última etapa envolverá voos em cenários pré-planejados e com diversas aeronaves, conhecidos como Composite Air Operations (COMAO) ou Missões Aéreas Compostas. Sob direção do Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, a CRUZEX 2024 tem o objetivo de manter a atualização das táticas, técnicas e procedimentos em missões aéreas compostas, preparando nossas Forças para cenários de guerra convencional e enfrentando desafios complexos. “Além disso, reforço a importância do exercício na contribuição para a ordem e a paz mundial, além da manutenção da soberania e integridade territorial do Brasil”, enfatizou. Com um foco especial em defesa cibernética, defesa antiaérea e controle satelital, a CRUZEX 2024 promete ser um marco na preparação e integração das Forças Armadas do Brasil e de seus aliados, fortalecendo a capacidade operacional das Forças Armadas brasileiras, além de promover a cooperação internacional, essencial em tempos de crise e operações militares complexas.

Novidades para a edição de 2024
Uma das principais novidades é a introdução da CRUZEX Cyber, uma simulação cibernética projetada para melhorar a segurança dos sistemas críticos que sustentam as operações aeroespaciais. A simulação adota um modelo de Capture The Flag (CTF), no qual as forças participantes serão desafiadas a proteger e atacar sistemas virtuais. Essa abordagem reflete a crescente importância da guerra cibernética no contexto militar contemporâneo, capacitando as Forças Armadas a lidar com ameaças emergentes nesse domínio. Além das inovações cibernéticas, a FAB estará representada por uma frota diversificada de aeronaves, incluindo os modernos caças F-39 Gripen – que participam, pela primeira vez, de um exercício militar –, F5EM, A-1AM e A-29B, além dos aviões de transporte C-99, C-105/SC-105 Amazonas, KC-390 Millennium e E-99M e, ainda, helicópteros H-36 Caracal. A Marinha do Brasil também estará presente com o caça A4. Neste sentido, o Diretor da CRUZEX 2024, Brigadeiro do Ar Rezende, comenta sobre a relevância dessas inovações para a capacitação das Forças Armadas brasileiras e seus aliados, bem como para a cooperação internacional em tempos de incerteza. "A introdução do domínio cibernético e a diversidade de aeronaves nos permitem fortalecer nossas capacidades e garantir que estamos preparados para os desafios atuais e futuros", conclui.

Participação internacional
O exercício contará com a participação de diversas nações parceiras, incluindo Estados Unidos, Argentina e Chile, que contribuirão com suas próprias aeronaves de combate e reabastecimento, como F-15, KC-130 e F-16. Essa colaboração internacional enfatiza a importância da cooperação militar em um mundo onde as ameaças são cada vez mais complexas. O Comandante da Agrupação da Força Aérea do Chile, General de Brigada Aérea Nelson Pardo Ocaranza, que participa da CRUZEX 2024, destaca a importância do exercício e também os desafios que ele implica para sua Força. “Devido à magnitude da estrutura e dos meios participantes da CRUZEX, este exercício permite que a Força Aérea do Chile fortaleça a interoperabilidade com as demais forças aéreas participantes. Ele fortalece nossa prontidão operacional, enriquecendo o intercâmbio de conhecimentos e experiências no uso do poder aéreo em um cenário multidomínio, tudo sob a metodologia de planejamento da OTAN. Sem dúvida, a CRUZEX é uma oportunidade que reforça os laços entre as forças participantes, validando a importância da criação de espaços operacionais para um propósito comum”, conclui. Acesse o site oficial da Cruzex 2024 e confira todas as novidades do maior exercício multinacional da América Latina.

Fonte: FAB

Fotos: Suboficial Johnson, Sargento Müller Marin, Sargento Mônica/ CECOMSAER

Vídeo: Sargento André Souza, Sargento Neris, Sargento Lucas/ CECOMSAER

Ninja-Brasil: versão para a web

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Efemérides Aeronáuticas - Novembro




Efemérides - Novembro
 INCAER
Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica


1724
Faleceu Bartolomeu Lourenço de Gusmão, com a idade de 39 anos. O óbito ocorreu no Hospital da Misericórdia, na cidade de Toledo, Espanha.(19 de novembro)

1855
Foi realizada a primeira ascensão aerostática no Brasil. O balão subiu no Campo de Santana, atual Praça da República, no Rio de janeiro, às 17:30h, pousando na água da Baía de Guanabara. (11 de novembro)

1866
Foi encaminhada uma correspondência ao Ministro da Guerra, pelo Comandante Militar do Pessoal e Material do Brasil, em Montevidéu, Brigadeiro Antônio Nunes de Aguiar, assinalando a passagem naquela cidade do fabricante do aerostato, o francês Louis Desiré Doyen, rumo ao Teatro de Operações. (30 de novembro) 

1881
Júlio César Ribeiro foi admitido como membro da Sociedade Francesa de Navegação Aérea. (8 de novembro)

O inventor brasileiro Júlio César de Souza realizou em Paris a primeira experiência com o seu “balão planador”, ao qual denominou de “Victória” (11 de novembro).

Júlio César Ribeiro realizou a segunda experiência com o seu balão dirigível “Vitória”, em Paris, perante algumas autoridades e grande quantidade de pessoas, estando presente o Encarregado dos Negócios do Brasil na França, Sr. Araújo. (12 de novembro).

1884
Na sessão realizada no Instituto Politécnico do Brasil, foi discutido o requerimento apresentado por Júlio César, onde foi solicitado o parecer da mencionada agremiação “com relação à prioridade do sistema de balões Júlio César, tendo em vista a construção do balão dirigível La France”, dos franceses Renard e Krebs. (04 de novembro)

1891
Santos Dumont, em companhia de seu pai, na véspera de partir de regresso ao Brasil viu, pela primeira vez, no Palácio da Indústria, em Paris, um “motor a petróleo” funcionando com apenas 1 HP de potência, compacto e muito mais leve que todos os que conhecia de perto. A presença dessa máquina deixou-o estático e entusiasmado, chegando a pedir ao pai para estudar em Paris.(mês de novembro)

1899
Santos Dumont fez o primeiro ensaio com seu balão dirigível “Nº 03”, alçando voo do Parque de Aerostação de Vaugirard. Nessa ocasião, ele contornou a Torre Eiffel pela primeira vez.(13 de novembro)

Santos Dumont iniciou a construção de um hangar, o primeiro que se conhece. (16 de novembro)

Santos Dumont realizou uma ascensão com o dirigível “Nº 03”, pousando em Ivry. (20 de novembro)

1901
Foi realizada uma sessão solene no Instituto de Ciências, presidida por Santos Dumont, ocasião em que Emmanuel Aimé, secretário do Aeroclube da França, pronunciou uma conferência sobre “A navegação aérea no Século XX”, detendo-se nas experiências do aeronauta brasileiro. (1º de novembro)

A Comissão Científica do Aeroclube da França, reunida na Sociedade da Aclimatação, a Rua de Lille, sob a presidência do Príncipe Roland Bonaparte, decidiu outorgar o “Prêmio Deutsch” a Santos Dumont. (04 de novembro)

O Sr. Deutsch de La Meurthe, patrono da competição, encaminhou ao presidente do Aeroclube da França, o cheque de 100.000 francos correspondente ao prêmio conquistado por Santos Dumont, a fim de ser a ele entregue. (05 de novembro)

O Chefe de Polícia de Paris, Sr. Léoine, publicou as instruções para os pobres de Paris recuperarem, gratuitamente, os seus bens penhorados, aproveitando o donativo feito por Santos Dumont. (13 de novembro) 

Foi sancionada a lei, pelo Presidente da República (Manoel Ferras de Campos Sales), concedendo a Santos Dumont um prêmio no valor de 100 contos de reis. (15 de novembro)

Augusto Severo, sua esposa Natália e Henri Lachambre realizaram um voo em balão livre, em Paris. (18 de novembro)

1906
''The Illustrated London News'' publicou com destaque: “O primeiro voo de um aparelho mais pesado que o ar: Santos Dumont conquista o Prêmio Archdeacon”. Uma fotografia comprovando o memorável voo foi estampada. (03 de novembro)

Ao realizar um voo a bordo do aeroplano 14 Bis no Campo de Bagatelle em Paris, que percorreu 220 metros em 22 segundos e 1/5, Santos Dumont ganhou o prêmio de 1.500 francos estabelecido pelo Aeroclube da França (12 de novembro)

1907
Foi realizada a primeira experiência, em Paris, de Santos Dumont com o seu aeroplano Nº 19 que foi batizado de “Demoiselle”. Ele foi um dos aviões mais populares construídos por Santos Dumont. Entre os anos de 1907 a 1909 foram construídos vários modelos do “Demoiselle”, os quais foram numerados de maneira diferente (Nº 19, Nº 20 e Nº 21). (15 de novembro)

No Campo de Bagatelle, após um voo de 150 metros, a hélice do “Demoiselle Nº 19” partiu- se, projetando-se a 120 metros de distância. (21 de novembro)

1912
O Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República, autorizou ao Ministro da Justiça a cessão do terreno para uso do Aeroclube Brasileiro, sendo escolhida a antiga Fazenda dos Afonsos, uma área de 725.000m², pela seguinte comissão: General Henrique Martins, Ten Ex Ricardo João Kirk e aviador Edmond Plauchut. (mês de novembro)

1914
Foi realizado o primeiro voo do “Alvear”, pilotado pelo argentino Ambrósio Caragiolla, no Campo dos Afonsos, e assistido por uma comissão do Aeroclube Brasileiro composta de Jorge Moller e Estelita Werner. (14 de novembro)

1916
A flotilha de hidroaviões Curtiss, adquiridos para a Escola de Aviação Naval, foi oficialmente incorporada à Esquadra (Aviso nº 3.865, do Ministro da Marinha).(03 de novembro)

1917
Santos Dumont encaminhou uma carta ao Presidente da República Wenceslau Braz, tecendo considerações sobre o desenvolvimento da Aviação Militar e da Aviação Naval no Brasil, principalmente acerca da “criação de um corpo de aviadores no Exército e na Marinha e lembrando as necessidades de serem construídos campos de pouso para as escolas de aeronáutica”. (16 de novembro)

A sede da Escola de Aviação Naval foi transferida da Ilha do Rijo (antigo Arsenal de Marinha na Praça Mauá), para a Ilha das Enxadas, ambas na Baía de Guanabara (Aviso nº 4.455, do Ministro da Marinha).(28 de novembro)

1918
Na presença do Ministro da Guerra, Marechal Caetano de Faria, foi realizado, no Campo dos Afonsos, o voo oficial do avião biplano “Alagoas” construído no Brasil pelo Capitão do Exército Marcos Evangelista da Costa Villela Júnior. O avião pilotado pelo Tenente do Exército Raul Vieira de Mello era equipado com um motor “Luckt” de 80 H.P. (11 de novembro)

Chegaram ao Rio de Janeiro os primeiros membros da Missão Militar Francesa, contratada pelo Exército Brasileiro para organizar a Escola de Aviação Militar. (11 de novembro)

O Ministro da Guerra, General Alberto Cardoso de Aguiar, expediu o Aviso nº 1.463 ao Departamento do Pessoal informando que “o Serviço de Aviação Militar passaria a subordinar-se ao Estado-Maior do Exército e que deveria ser organizado com urgência o Regulamento da Escola de Aviação, em comum acordo com a Missão Militar Francesa no Brasil, a qual caberia a direção técnica da mencionada Escola”. (21 de novembro) 

1922
Foram concluídas, no Campo dos Afonsos, as obras do Quartel da Cia. de Aviação, proporcionando instalações condignas ao pessoal da Escola de Aviação Militar, que até então ocupava diversas casas particulares alugadas na Vila Marechal Hermes, desde sua criação, em 1919. (mês de novembro)

1923
Foi criada a Defesa Aérea do Litoral, a qual ficaram subordinadas a Escola de Aviação Naval e os Centros de Aviação Naval (Rio de Janeiro, Santos e Florianópolis), de acordo com o Decreto nº 15.847. (18 de novembro)

1924
Foi desativada a Diretoria de Aeronáutica da Marinha, através do Decreto nº 16.683, pois foi tornada sem efeito a sua regulamentação (que tinha sido estabelecida pelo Decreto nº 16.600, de 17 de setembro de 1924), extinguindo-se, afinal, quando o Aviso nº 5.252, de 30 de dezembro de 1924, deu instruções para a execução da transferência definitiva ao Estado-Maior dos órgãos que ela estavam apensos: a Escola de Aviação Naval e os Centros de Aviação do Rio de Janeiro, Santos e Florianópolis. (26 de novembro)

Chegou ao Rio de Janeiro, a Missão Latécoère, que logo entrou em contato com representantes do Governo Brasileiro, com o objetivo de conseguir autorização para estender a linha aérea que, começando em Toulose, França, iria até Buenos Aires passando, portanto, por território brasileiro. (mês de novembro)

#A empresa que assim planejava operar na América do Sul, era as “Lignes Aériennes Latécoère”, fundada por Pierre Latécoère. Dois diretores da referida empresa (um dos quais era o Príncipe Murat) faziam parte dessa Missão, que incluía ainda três aviões biplanos Breguet, com respectivos pilotos e mecânicos.

1925
Ocorreu o primeiro salto com paraquedas, executado por um brasileiro. De um avião pilotado pelo norte-americano Orton William Hoover, saltou sobre o Campo de Marte, em São Paulo, o Tenente da Força Pública Antônio Pereira Lima (diplomado como piloto aviador na 1ª Turma da Esquadrilha de Aviação da Força Pública de São Paulo). (1º de novembro)

1926
Foram aprovados os seguintes documentos: Regulamentos de Luzes e Sinais, Regras Gerais de Circulação Aérea e regras Especiais de Circulação Aérea sobre os Aeródromos e suas vizinhanças (Portaria s/nº, do MVOP). (12 de novembro)

Viajou para a Alemanha, Otto Ernst Meyer-Labastille, na qualidade de representante dos acionistas que pretendiam construir a Viação Aérea Rio Grandense, a fim de conseguir aeronaves e tripulantes que permitissem à futura empresa iniciar suas atividades. (mês de novembro)

O avião escolhido foi o hidroavião Dornier Wal “Atlântico” (que viria receber a matrícula P-BAAA), equipado com dois motores Rolls-Royce, com potência total de 360 HP, velocidade máxima de 180 quilômetros por hora e capacidade para 10 passageiros

1929
A VARIG adquiriu dois aviões do tipo Klemm L-25, monoplanos, da Empresa de Transportes Aéreos – ETA, e que receberam as matriculas PP-VAA e PP-VAB.(16 de novembro)

Foi diplomada a 2ª Turma de Pilotos Aviadores, com alunos procedentes do círculo de praças, da Escola de Aviação Militar: Cabos Bianor Fadul, Severiano Primo da Fonseca Lins, João Urupukina, Gilberto de Almeida, Dagoberto Nery Hayne, Rubens Borges Correa, Dácio Borges e Alexandre Zaphyrios Bersou. (19 de novembro)

1930
Passou a ser reconhecida pela denominação de Panair do Brasil S.A., conforme resolução aprovada em assembleia geral extraordinária realizada em 1º de outubro do mesmo ano, a Sociedade Anônima Nyrba do Brasil (Decreto nº 19.417). (21 de novembro)

Foi diplomada a 4ª Turma de Aspirantes a Oficial da Arma de Aviação do Exército: Oswaldo Balloussier, José Vicente de Faria Lima, Miguel Lampert, Teófilo Otoni de Mendonça, Manoel de Oliveira, Ruy Presser Bello, João Mendes da Silva, Nero Moura, Lauro Aguirre Horta Barbosa, Anysio Botelho, Geraldo Guia de Aquino, Sócrates Gonçalves da Silva, José da Silva Ribeiro Sobrinho, Carlos Cyro de Miranda Corrêa (confirmado no posto de 2º Ten), Armando Serra de Menezes, Rube Canabarro Lucas, José Moutinho dos Reis, Alcides Moitinho Neiva, Oriswaldo de Castro Veloso, Mário de Oliveira e Silva, Newton Barbosa Sampaio, Moacyr Valporto de Sá, Jocelyn Barreto Brasil Lima, João Ribeiro da Silva, Salvador Rosés Lizarralde e Vicente Cavalcante de Aragão. (22 de novembro)

Foram escalados três aviões Potez-25 T.O.E. para operarem no Campo de Marte/SP, tripulados pelos seguintes militares da Arma de Aviação do Exército: Capitão Álvaro Assumpção D'Ávila, Capitão Antônio Alberto Barcelos, 1º Tenente Altamiro O'reilly de Souza, 2º Tenente Armando Perdigão, 2º Tenente Joaquim Tavares Libânio e 2º Tenente João de Oliveira. (mês de novembro)

Com os referidos oficiais, e alguns sargentos mecânicos e outras praças enviadas ao Campo de Marte, foi constituído um Destacamento de Aviação de São Paulo.

1931
O Capitão Henrique Raymundo Dyott Fontenelle e o Tenente Antônio Lemos Cunha, ambos da Aviação Militar, em voo a bordo do Avião Consolidated Commodore P-BDAH, da Panair do Brasil, rumo a Buenos Aires, congratularam-se com a Diretoria da Panair, ao transporem as fronteiras brasileiras, “pela patriótica iniciativa da inauguração da primeira linha aérea nacional para o estrangeiro”. (03 de novembro)

O termo “Comandante” passou a ser usado oficialmente pela Panair do Brasil, em substituição à designação “Piloto”. (13 de novembro)

Foi diplomada a 4ª Turma de Sargentos Pilotos da Escola de Aviação Militar: Custódio Netto Júnior, José João Aldrighi, Cid Sebastião da França Brugger, Pedro Luiz Jobim Laemertz e Gaspar Weber. (20 de novembro)

O Governo do Brasil promulgou a Convenção de Varsóvia (12 de outubro de 1929), para unificação de certas regras relativas ao transporte aéreo internacional (Decreto 20.704). (24 de novembro)

Franz Ronza, um dos fundadores do Clube Paulista de Planadores “realizou o 2º voo em planador no Brasil e o 3º na América do Sul”, segundo o livro de Raul Leme Monteiro “25 anos a serviço da Aviação”. (29 de novembro)

1932
Ocorreu o primeiro voo em autogiro no Brasil, no aparelho de propriedade do industrial Antônio Lartigau Seabra, sendo piloto o Tenente Francisco de Assis Corrêa de Mello, da Aviação Militar. (09 de novembro) 

Foram criadas as Divisões de Patrulha, Observações, Treinamento e de Instrução na Aviação Naval (Aviso nº 2.894). (10 de novembro)

Foram criadas as Bases de Aviação Naval em Porto Alegre e Ladário (Decreto nº 22.072). (10 de novembro)

Os Avisos nº 2.895 e nº 2.897 reorganizaram os meios aéreos da Aviação Naval. (10 de novembro)

Defesa Aérea do Litoral:
1ª DC-6 Boeing F4B4, “1932”, Rio de Janeiro;
2ª DO- 6 Vought V-66 B, Rio de Janeiro;
1ª DEB – 5 Gordon, Ladário;
2ª DEB – 5 Gordon, Porto Alegre;
e 3ª DEB – 5 Gordon, Santa Catarina.

Força Aérea da Esquadra:
1ª DP – 5 Savoia S-55 e 2 Martin, PM, Rio de Janeiro;
1ª DO – 4 Vought 02U-2 e 2 Vought V-66B, Rio de Janeiro;
1ª Div Trein – 8 Waco CSO, Rio de Janeiro (Centro Av Nav Rio);
e 1ª Div Inst – Moths (DH-60 T e Fox Moth), Rio de Janeiro (Esc Av Naval).

Foi diplomada a 5ª Turma de Sargentos Pilotos da Escola de Aviação Militar: Wilibaldo Félix Hotte, Clóvis Roldão de Oliveira Barros, Ferdinando Limongi, José Pontes Pinto de Mendonça e Waldemar Ratki. (16 de novembro)

1933
Foram estabelecidas novas instruções para matrículas dos aviões, com a eliminação de letras nos pertencentes aos Regimentos de Aviação, e com a permanência da letra “K” nas aeronaves da Escola de Aviação Militar. (17 de novembro)

Foram aprovadas pelo Diretor de Aviação Militar, General Eurico Gaspar Dutra, as “Prescrições a serem seguidas pelos pilotos do Correio Aéreo Militar”, elaboradas pelo Tenente José Vicente Faria Lima, Comandante da Esquadrilha de Treinamento do 1º Regimento de Aviação, à qual estava afeto o serviço do Correio Aéreo Militar. (30 de novembro)

1934
Foi criado o Destacamento de Aviação de Fortaleza, tendo assumido como seu primeiro Comandante, o 1º Ten Gonçalo de Paiva Cavalcanti. (mês de novembro)

1935
Ocorreu a apresentação pioneira da Banda de Música da Escola de Aviação Militar, na Feira Internacional de Amostras, no Rio de Janeiro, ocasião em que foi ouvido, também pela primeira vez, o “Hino dos Aviadores” (Letra do Capitão Armando Serra de Menezes e música do Tenente João Nascimento).(13 de novembro) 

1936
Foi fundado o Aeroclube de Santos/SP, cuja escola de pilotagem começou a funcionar somente em outubro de 1940. (1º de novembro)

Foi fundado o Aeroclube de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte/MG, por um grupo de entusiastas da aviação, destacando-se Gerson Sabino, Antônio Mourão Guimarães, Eurico Pascoal, Watson Mesquita, Nélio Gonçalves e os militares Almirante Virginius Brito de Lamare (da Aviação Naval), Major Paulo Penido e Suboficial Mário Láper. (mês de novembro)

1937
Foi diplomada mais uma turma de aviadores militares (Exército): Hélio Silveira (2º Tenente), Newton Lagares Silva, Faber Cintra, Décio de Mesquita Moura Ferreira, Maurício José de Assis Jatahy, Edy Espínola do Nascimento, Orlando Rizental, Deoclécio Lima de Siqueira, José Maria Soares Lavrador, Luiz Gomes Ribeiro, Aníbal Amazonas Rabello, Raymundo Nonato de Rêgo Barros, João Camarão Telles Ribeiro, Cyrano de Andrade Souza, Miguel Guerra Simões, Dagoberto Pinto Pacca, Gil Miró Mendes de Moraes, Ademar Lyrio, Príamo Ferreira de Souza, Gilberto de Aquino, Délio Jardim de Mattos e Mário Calmon Eppinghaus. (22 de novembro)

1938
O Presidente Getúlio Dornelles Vargas inaugurou a nova Estação de Hidroaviões do Aeroporto Santos Dumont; tendo sido recebido à porta do edifício pelo Ministro Mendonça Lima, do Ministério de Viação e Obras Públicas, sob os acordes do Hino Nacional. Atualmente este edifício é a sede do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER). (1º de novembro)

1939
Foi fundado o Aeroclube de Franca / SP. (10 de novembro)

Foram aprovadas as instruções para a Matrícula Profissional da Aeronáutica Civil (Portaria nº 170/DAC/MVOP). (11 de novembro)

Na Feira de Amostras do Rio de Janeiro, foi inaugurada uma torre de 70 metros de altura, destinada a saltos de paraquedas. (15 de novembro)

O equipamento pertencia à equipe de demonstração de paraquedismo sob a direção de René Coutrin, o qual “pretendia ensinar aos cariocas a se lançarem da torre”, conforme assinalou a imprensa local.

Comemorando o cinquentenário da Proclamação da República do Brasil, pousou no Campo dos Afonsos, uma esquadrilha de 07 aeronaves “Fortalezas Voadoras” B-17, pertencentes ao 49º Esquadrão de Bombardeio da US Army. A esquadrilha achava-se sob o comando do Major General Delos C. Emmons, o qual fez entrega ao Presidente Getúlio Vargas de uma mensagem do Presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt. (15 de novembro)

O Presidente da República Getúlio Vargas, o Ministro da Guerra General Eurico Gaspar Dutra e o Chefe do Estado-Maior do Exército General Góes Monteiro, realizaram um voo de 50 minutos a bordo de um dos B-17, do Exército dos Estados Unidos, que chegaram ao Rio de Janeiro no dia 15 do mesmo mês. (21 de novembro) 

1941
Foi organizado o Corpo de Oficiais da Aeronáutica com os seus vários Quadros (Decreto-Lei no 3.810). (10 de novembro)

Foi computado o tempo de voo dos militares da FAB, em aviões dos aeroclubes, como se fossem em missões de guerra. (11 de novembro)

Foram fixados os efetivos do Quadro de Oficiais Aviadores (Decreto-Lei no 3.836). (18 de novembro)

O Ministério da Aeronáutica abriu o crédito especial para a compra de 50 aviões “Fairchild M-62” equipados com motor Ranger (Decreto-lei no 3.834). (18 de novembro)

1942
A Base Aérea de Salvador foi criada (Decreto-Lei no 4.916) (05 de novembro)

Ficam criados para instalação imediata os seguintes Corpos de Base Aérea, por meio do Decreto-lei nº 4.915. (05 de novembro)

• 9º C.B. Ae., com sede em Natal (Rio Grande do Norte);
• 10º C.B. Ae., com sede em Recife (Pernambuco);
• 11º C.B. Ae., com sede em Salvador (Baía);
• 12º C.B. Ae., com sede no Rio de Janeiro (Galeão);
• 13º C.B. Ae., com sede em Santos (São Paulo); e
• 14º C.B. Ae., com sede em Florianópolis (Santa Catarina).

A Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga (FAYS) é uma organização militar, subordinada diretamente ao comando da Academia da Força Aérea (AFA). A sua história começou, quando o então Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, no ofício n.º G/213, fazia uma exposição de motivos ao Presidente da República Getúlio Vargas sobre a necessidade de um novo local para implantação de uma nova e definitiva sede da Escola de Aeronáutica. (07 de novembro)

Uma área a leste da cidade de Pirassununga, em São Paulo, ficou estabelecida, como local da nova sede de Escola de Aeronáutica a ser construída. (Decreto-lei no 4.968). (18 de novembro)

1943
A Ordem do Mérito Aeronáutico foi criada (Decreto-Lei n.o 5.961). (01 de novembro)

Foi criado o Centro de Instrução Pré-Aeronáutica (C. I. P. Aer.), por meio da Portaria nº 198, com sede no Campo dos Afonsos, com a finalidade de selecionar e preparar os candidatos à matrícula no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (C.P.O. R. Aer.), e nos cursos em Escolas de Aviação das Forças Aéreas dos Estados Unidos. (4 de novembro)

Foi aprovado o termo de ajuste, assinado a 29 de setembro do corrente ano, pelo Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica, em nome do Governo do Brasil, e pelo cidadão norte americano John Paul Riddle, para a cessão, organização e manutenção de uma Escola Técnica de Aviação, no Estado de São Paulo, nos moldes da Embry Reddle School of Aviation, existente na cidade de Miami, Estado da Flórida, Estados Unidos.(Decreto-lei nº 5.983) (10 de novembro)

1944
O Brigadeiro Nero Moura (1910-1994), foi Comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça que lutou na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ao lado dos aliados. Registrou em sua caderneta de voo o período em que esteve no teatro de operações, descrevendo sobre o tipo de avião usado, altitude, número de aterrissagens, tempo de serviço e natureza do serviço. (mês de novembro)

Na sua primeira missão de guerra, a aeronave de caça do 2º Tenente Aviador John Richardson Cordeiro e Silva, um P-47 Thunderbolt, foi abatida pelo fogo da artilharia antiaérea alemã, no regresso de uma missão de combate no norte da Itália. (06 de novembro)

O 1° Grupo de Aviação de Caça realizou sua primeira missão como Unidade Aérea independente, constituindo a primeira Esquadrilha de P-47 composta exclusivamente por pilotos brasileiros, comprometidos em defender os interesses da Pátria na Segunda Guerra Mundial, na campanha da FAB na Itália.

Comemora-se nessa data, o Dia do Material Bélico da Aeronáutica. (11 de novembro)

Fica criada a carreira de Dentista no Quadro Permanente do Ministério da Aeronáutica, pelo Decreto-lei nº 7.078. (24 de novembro)

1945
Após visita do então Tenente Coronel Casimiro Montenegro Filho, as Bases Aéreas Americanas e ao Massachussets Institute of Technology (MIT), foi criado o “Plano Smith”, assim chamado por ter sido concebido pelo Prof. Richard H. Smith, do Departamento de Engenharia Aeronáutica do MIT. O “Plano Smith” estabelecia a criação de um Centro Técnico que seria constituído por dois institutos coordenados e tecnicamente autônomos – um para o ensino técnico superior e outro para pesquisa e cooperação com a indústria de construção aeronáutica, com a aviação militar e com a aviação comercial. Ainda segundo a concepção do Plano, quando nos laboratórios houvesse produtos com potencial de comercialização, seriam fundadas empresas. Foi então estabelecida a escola de engenharia aeronáutica no Brasil (o Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA). (mês de novembro)

1953
O Estandarte da Escola de Especialistas de Aeronáutica foi criado (Decreto no 34.622). (16 de novembro). 

1954
Foram incluídas na Reserva de 3ª Categoria da Força Aérea Brasileira, nos termos do artigo 1º da Lei no 438 de 18 de outubro de 1948, os portadores de licença de piloto, de navegador, de mecânico de voo, de rádio operador de voo e de mecânico de manutenção concedida pela Diretoria da Aeronáutica Civil (Lei no 2.336). (19 de novembro)

1957
A aeronave P-47 deixa de voar definitivamente na FAB. (30 de novembro)

1965
Foi criado o Centro de Processamento de Dados (CPD-BR), a primeira iniciativa do Ministério da Aeronáutica para a criação de um órgão que se preocupasse com processamento de dados, que incumbia a Inspetoria Geral da Aeronáutica dos estudos para a criação de um Centro de Computação Eletrônica da Aeronáutica. (08 de novembro)

1971
Foi criado através do Decreto nº 69.565, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). (19 de novembro)

Chegada dos AT-26 Xavante na Base Aérea de Santa Cruz/RJ. Os cinco primeiros, incluindo o FAB 4462, chegaram com os pilotos que fizeram o curso inicial na EMBRAER. (19 de novembro)

1978
Criado o 3º/10º Grupo de Aviação (Esquadrão Centauro), na Base Aérea de Santa Maria/RS. (10 de novembro) 1982 O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), organização subordinada ao DECEA, prevista pelo Decreto nº 87.758, é a unidade responsável pelo controle e gerenciamento do espaço aéreo da Região Sul e adjacências. Presta serviços de gerenciamento de tráfego aéreo, defesa aérea, informações aeronáuticas, meteorologia aeronáutica, telecomunicações aeronáuticas e busca e salvamento. (01 de novembro)

1984
Santos Dumont tornou-se Patrono da Aeronáutica Brasileira, por suas contribuições à locomoção aérea mundial onde se destaca seu grande feito de haver sido o primeiro aviador mundial a voar com uma máquina mais pesada que o ar, o avião 14 BIS. (04 de novembro)

O Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont foi proclamado Patrono da Aeronáutica Brasileira, como consta no Art. 1º, da Lei 7.243, constando também no Art. 2º, a proclamação do Marechal do Ar Eduardo Gomes como Patrono da Força Aérea Brasileira, e ainda no Art. 3º da mesma lei, foi instituída a "Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo", destinada a incentivar a aplicação nos estudos e na instrução, premiar e dar relevo ao mérito intelectual de oficiais e praças do Ministério da Aeronáutica que venham a distinguir-se nas atividades escolares. (06 de novembro)

1988
Criado o Núcleo do 1º/16º Grupo de Aviação, na Base Aérea de Santa Cruz/RJ, pela Portaria R-535/GM3. (07 de novembro)

O Centro de Informática e Estatística (CINFE) foi transformado em Diretoria de Informática e Estatística (DIRINFE) sendo sua sede transferida de Brasília para o Rio de Janeiro. (mês de novembro)

* A justificativa principal para a citada transferência, foi de que todas as diretorias e seus respectivos computadores estavam sediadas no Rio de Janeiro, com exceção da DIRINFE.

2003
Foi inaugurado em Pianoro, Itália, no distrito de Livergnano, uma placa em homenagem ao 2º Tenente Aviador John Richardson Cordeiro e Silva, primeiro piloto da FAB abatido em combate, e aos demais integrantes da Força Aérea Brasileira que estiveram lutando na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. A placa foi anexada ao monumento já existente em homenagem aos que morreram combatendo os nazifascistas na guerra. (09 de novembro)

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