O prazer em construir objetos e paixão pela aviação fizeram com que o estudante Eber Calebe optasse pela graduação em engenharia aeroespacial. O aluno do oitavo semestre da Universidade Federal do ABC (UFABC) conta que atualmente faz pesquisa patrocinada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), por meio do programa Uniespaço. O objetivo é integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae).
"Estou desenvolvendo um motor de foguete acadêmico de baixa emissão. Ele utiliza álcool, um combustível verde, como um dos propulsantes e tem a água como como subproduto da combustão."
Calebe conta que a rotina de pesquisa se mistura com as aulas. "No laboratório, coloco em prática o que aprendo na sala de aula e posso relacionar os conhecimentos teóricos com o desenvolvimento da pesquisa. Gosto de saber que meus colegas e eu somos a mão de obra futura para o desenvolvimento aeroespacial brasileiro", afirma.
Segundo o coordenador da graduação da UFABC, Annibal Hetem Junior, a formação pode ter três aplicações: aeronáutica, satélites e lançadores de satélites. "O objetivo do curso é oferecer conhecimento nessas áreas, que se sobrepõem muito ao longo dos anos. Os egressos acabam sendo especialistas nas três." O curso da UFABC existe há sete anos e é o mais antigo do País. "O ITA já possuía o curso de aeronáutica e implantou o aeroespacial, assim como a UNB."
Fonte: www.estadao.com.br