O astronauta Marcos Pontes, o único brasileiro a ir para o espaço, comentou ao portal eletrônico UOL alguma imprecisões do filme Gravidade, comparando a parte real com a ficcional. Ele conta que o acidente que acontece no filme - partes de um satélite destruído atingem os astronautas que ficam à deriva no espaço - poderia acontecer na vida real, mas que os procedimentos adotados seriam bem diferentes. O filme Apolo 13 é apontado pelo astronauta como mais preciso em questões técnicas.
Para começar, o processo de acoplamento e desacoplamento de naves demora horas, mas no filme se passa em minutos. "Tem que checar milhões de coisas para o procedimento. E a parte mecânica mesmo, para soltar, é mais extenso do que mostrado ali", explica. Depois, os astronautas presos à estrutura da Estação para o conserto seguem o que aconteceria na realidade - inclusive o suporte para pés usado pela personagem de Sandra Bullock. Mas o outro astronauta, que estava voando ao redor é totalmente ficcional. "Não há ali a preocupação de ficar preso à estrutura da estação, uma preocupação que temos a todo momento. Você não se desconecta a não ser em situações controladas. E sempre com dois cabos retrateis, um de cada lado da cintura. É o protocolo", conta.
O filme
Imagine-se a 600 km da Terra, onde tudo é silencioso e vazio, sem oxigênio ou gravidade. A experiência pode parecer extraordinária, até que você amplie a imagem e se veja à deriva nessa imensidão, sem perspectiva de retorno.
Essa é a sensação que norteia “Gravidade”, filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón (de “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”) que estreia nos cinemas, estrelado por Sandra Bullock e George Clooney.
Nas primeiras cenas do filme, a doutora Ryan Stone (Bullock) e o veterano Matt Kowalsky (Clooney) se encontram no espaço, em situações opostas: experiente em missões do tipo, ele está prestes a se aposentar. Já ela, faz a sua primeira viagem extraterrena.
Fora da nave, os diálogos divertidos entre eles e o comandante que os auxilia de uma base na Terra logo são interrompidos pelo anúncio de uma tragédia: destroços de um satélite que a Rússia acaba de explodir se aproximam.
Fontes: www.uol.com.br e www.ovale.com.br