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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 14 de março de 2023

Escudo Yanomami 2023

Avião com radares 'nas costas' caça voos escondidos para proteger yanomamis
R-99 e E-99:
Aeronaves integram a aviação de Inteligência,
Vigilância e Reconhecimento da Aeronáutica
A FAB (Força Aérea Brasileira) está utilizando aviões especiais na . Os modelos em questão são as aeronaves E-99 e R-99, pertencentes à aviação de inteligência, vigilância e reconhecimento da Aeronáutica. Dotados de diversos sensores, radares e equipamentos para monitorar áreas de interesse, esses aviões passam por modificações em suas estruturas para comportar tais sistemas. Os dois modelos têm como base o jato regional Embraer 145, e partem da Base Aérea de Boa Vista, em Roraima, para cumprirem as missões.

E-99
E-99: Avião da FAB possui radar acima da fuselagem
Os aviões E-99 são usados em operações de controle e defesa do espaço aéreo nacional para monitorar ameaças em tempo real. Uma característica marcante dessas aeronaves é a antena acima do corpo, que parece a alça de uma mala ou uma prancha de madeira. Essa antena faz parte de um sistema que consegue detectar alvos aéreos, como aviões que voam baixo para evitar radares em terra. As informações são transmitidas em tempo real para os centros de controle em solo. Devido à curvatura do planeta, os radares em solo nem sempre conseguem detectar aeronaves que voam próximas ao chão, como é o caso dos aviões e helicópteros de garimpeiros e traficantes, por exemplo. Com o sistema embarcado no E-99, quanto mais alto ele voa, mais longe consegue detectar esses voos irregulares.

R-99
R-99, utilizado em missões de reconhecimento da FAB,
possui em sua 'barriga' equipamentos para gerar imagens
Os aviões R-99 têm como missão principal realizar reconhecimento aéreo, mapeando as regiões sobrevoadas por meio de câmeras, sensores e radares a bordo. Sua atuação permite identificar possíveis alvos de interesse, como acampamentos de garimpeiros, áreas de queimadas, zonas de desmatamento, entre outros. Esse trabalho ainda auxilia os órgãos de fiscalização ambiental na atuação na região sobrevoada. Os equipamentos a bordo e os radares permitem a captura de imagens ópticas, multiespectrais e infravermelhas. Assim, mesmo algo que não seja visível a olho nu, como um acampamento dentro da vegetação, pode ser identificado devido à tecnologia utilizada. Esse avião pode ficar até cerca de oito horas em voo. Geralmente, podem voar quatro operadores dos sistemas de radar, quatro militares para revezamento na ação, além dos dois pilotos.

Fichas técnicas

E-99
Envergadura (distância de ponta a ponta da asa): 21 metros
Comprimento: 29,9 metros
Peso máximo de decolagem: 24 toneladas
Velocidade máxima: 955 km/h
Altitude máxima de voo: 9,1 km de altitude

R-99
Envergadura (distância de ponta a ponta da asa): 20 metros
Comprimento: 29,9 metros
Peso máximo de decolagem: 23,4 toneladas
Velocidade máxima: 955 km/h
Altitude máxima de voo: 11,3 km de altitude

Operação Escudo Yanomami 2023
Imagens geradas pelo R-99 da FAB:
Aeronave de reconhecimento identifica áreas de possível atividade ilegal
A operação deflagrada pelo governo federal em janeiro deste ano criou áreas de restrição de tráfego aéreo, chamadas de Zida (Zona de Identificação de Defesa Aérea). Nesses locais, apenas com estrita autorização é permitido voar. Atualmente, o espaço aéreo da região está parcialmente aberto para a saída de garimpeiros da região. A partir de 6 de abril, ele será novamente fechado para coibir a logística das atividades criminosas.

Fonte: Alexandre Saconi / Todos a Bordo - UOL

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