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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 17 de julho de 2022

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, tradicionalmente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


O 14 bis

Foi apenas em 1905 que Santos Dumont passou a se preocupar com o mais pesado que o ar, após observar um voo realizado pelo francês Gabriel Voisin em seu novo planador, percebendo que dali em diante o futuro da aviação estaria ligado ao aeroplano.

Assim, em julho de 1906, Santos Dumont fez as primeiras experiências para verificar a estabilidade e o equilíbrio de um biplano formado por seis células de Lawrence Hargrave, com asas em forma de diedro.
 

Animado com os resultados, partiu para experiências com o biplano suspenso no Dirigível Nº14, daí o nome 14bis pelo qual passou a ser chamado. Dessa forma, a manutenção no ar passava a ser dada pelo balão e, a direção, pelo biplano.
 
Com o balão, portanto, queria reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade. Santos Dumont retirou o balão, atitude que o levaria a duplicar a potência do motor.

Prudente, resolveu simular um voo com o 14bis, suspendendo o aeroplano em cabo de aço e o fazendo deslizar com o auxílio de um jumento que puxava o aparelho. Seu objetivo era sentir o equilíbrio de sua máquina.

Aqui vemos mais um feito original do aeronauta; construiu aquilo que pode-se chamar de primeiro simulador de voo da história.
 

Depois, decidido a fazer os testes definitivos, recebeu autorização para usar os gramados do Campo de Bagatelle, em Paris.

O 14bis não necessitava de veículo auxiliar. Desta vez Santos Dumont estava disposto a se elevar do solo contando somente com o seu avião. Essa invenção, que o deixou famoso em todo mundo, possuía 11,20m de envergadura, 9,68m de comprimento, e 3,40m de altura. A superfície total era de 79,60m².

Os lemes de direção e profundidade foram colocados à frente da aeronave, numa concepção contrária a de hoje, isto é, as asas do 14bis ficam atrás, com o motor, enquanto a "cauda" situava-se a frente, ou seja, o conjunto em forma de "T",sendo que a cauda desse "T" constituía a parte da frente do aparelho.
 

Na conjunção dos braços encontrava-se o motor. Inicialmente, o 14bis apresentava trem de pouso com 3 rodas; posteriormente, Santos Dumont retirou a roda traseira. Essas eram simples rodas de bicicletas, distantes, entre elas, apenas 70cm.

O motor a gasolina do tipo "Antoinette", construído por Leon Levavasseur, era em "V" com 8 cilindros (4 de cada lado) e tinha inicialmente uma potência de 24 HP funcionando a um regime de 1000 rpm(rotações por minuto).
 
O leme dianteiro, todo em seda japonesa, movimentava-se em todas as direções, tendo 3m de largura por 2m de comprimento e 1,50m de altura.
 
Os franceses apelidaram aquele estranho aparelho de "Oiseau de Proie" (ave de rapina), ou "Canard", devido a semelhança com um pato. Os ingleses denominavam-no como "Bird of Prey".

Prêmios Archdeacon e Aeroclube da França

O famoso advogado francês Ernest Archdeacon, nascido em Paris, filho de pais irlandeses e membro do Aero Clube da França, decidiu premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 25 metros em um voo nivelado.
 
Ofereceu, para tanto, uma taça e um prêmio de três mil francos para o piloto que alcançasse o feito elevando-se por seus próprios meios. Os experimentos eram marcados com antecedência, para evitar quaisquer benefícios deste ou daquele aeronauta. Os americanos irmãos Wright não se apresentaram para concorrer.
 
Nesta ocasião, Santos Dumont encontrava-se na última etapa das experiências com o 14bis. Era o momento para tentar a conquista do prêmio.
 
A 21 de agosto de 1906, Santos Dumont realizou a primeira tentativa de voo; mal-sucedida, dada a pouca potência do motor do 14bis.
 
No dia 13 de setembro, Santos Dumont realizou o primeiro voo, de 7 ou 13 metros (segundo diferentes versões), que culminou com um pouso violento, no qual a hélice e o trem de pouso foram danificados.
 
Com um motor de 50 HP, emprestado do futuro construtor de aviões Louis Bréguet, reequipou o 14bis. Assim, a hélice passou a girar em regime pleno, a 1500 rpm. Também para proporcionar melhor rendimento à aeronave, diminuiu-se o peso posterior em cerca de 40 kg.

Com esse avião, Santos Dumont conseguiu realizar, em 23 de Outubro de 1906, o primeiro "voo mecânico" do mundo, devidamente homologado, alcançando a distância de 60m, em voo nivelado a uma altura que variava entre 2m e 3m com duração de 7 segundos.Com esse feito, Santos Dumont arrebatou os 3.000 francos do prêmio Archdeacon.
 

Portanto, Santos Dumont havia resolvido o problema do voo num aparelho mais pesado que o ar: o 14bis realizou uma corrida sobre o Campo de Bagatelle, desprendeu do solo, voando em linha reta e pousando em seguida, sem qualquer avaria.

Somente não voara um percurso maior, por que a grande multidão, que afluíra ao Campo para assistir a este grande evento, correra em direção ao 14bis, como que extasiada por aquele verdadeiro milagre que acabava de acontecer. Além disso, Santos Dumont, descrevendo em 1918, chegou a declarar "Não mantive mais tempo no ar, não por culpa da máquina, mas exclusivamente minha, que perdi a direção".

A 12 de novembro de 1906 o 14bis surgiu exibindo uma novidade: os "ailerons", pequenas superfícies móveis colocadas nas asas e com o propósito de manter o equilíbrio horizontal do avião. Estava pronto para disputar outro prêmio, instituído pelo aeroclube francês, que concederia 1.500 francos para quem voasse 100 metros.
 

Santos Dumont melhorou ainda mais a performance do 14bis e a sua habilidade em pilotá-lo, ao realizar vários voos sempre aumentando a distância percorrida.

Como ficava com as duas mãos ocupadas nos diversos comandos do avião, Santos Dumont costurou um "T" de madeira em seu paletó de onde partiam argolas finas ligadas aos cabos de comando que atuavam nos "ailerons". Inclinando o ombro para a direita ele podia comandar o "aileron" esquerdo, e vice-versa, reagindo ambas as superfícies, de maneira coordenada, de acordo com a inclinação do corpo do aviador.
 
Neste dia, 12 de novembro de 1906, além de Dumont, estava competindo o francês Louis Bleriot.
 
A primeira tentativa foi de Bleriot, porém sua aeronave não conseguiu voar. Talvez tenha até esboçado algum salto, mas todos viram que a aeronave de Bleriot não voou. Deve-se registrar que Bleriot era um competidor tão talentoso quanto Santos Dumont.
 
Os dois eram amigos e existia o respeito e a competição sadia. Talvez se sua aeronave conseguise ultrapassar os 60 metros de distância e altura superior a 1 metro, Bleriot teria sido de fato o primeiro a voar.
 
Porém a História registra o feito de Santos Dumont: 2 tentativas iniciais não ultrapassaram a marca de 23 de outubro. Nota: a aeronave conseguiu livrar o solo, porém isto não bastava para a comissão julgadora. As experiências tinham que passar pelo crivo dos julgadores e regras. Não estava envolvido apenas livrar o solo, planar, movimento balístico ou coisas semelhantes. O equipamento deveria voar no sentido estrito da palavra.
 
Naquela segunda-feira, ao cair da tarde, ele conseguiu voar 220m, a 6m de altura do solo, em 21,2 segundos a uma velocidade média de 41 Km/h.

Conquistara, portanto, o outro prêmio, oferecido pelo Aeroclube de França, conferido "ao primeiro aeroplano que, levantando-se por si só, fizesse um percurso de 100m com desnivelamento máximo de 10%".Desta forma, em 12 de novembro de 1906, bateu seu recorde de 23 de Outubro.
 

A multidão envolveu o 14bis e Santos Dumont saiu carregado em triunfo pelo povo que acorrera ao Campo de Bagatelle. Toda a imprensa mundial noticiou os dois grandes feitos do nosso brasileiro.

Esse marcante acontecimento também repercutiu intensamente no continente americano, em especial no Brasil.
 
O destino reservara a um brasileiro o registro público e a honra de ter sido o primeiro a conseguir voar em um aparelho mais pesado que o ar: o avião.


Fontes: Cabangu e Wikipédia

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sábado, 16 de julho de 2022

Datas Especiais

16 de julho:
Dia do Veterano da FAB
O Dia do Veterano da Força Aérea Brasileira é comemorado anualmente no dia 16 de julho. A data é emblemática para a FAB, pois marca o retorno, em 16 de julho de 1945, dos Veteranos que lutaram na II Guerra Mundial, nos campos e céus da Itália, contra forças nazistas e fascistas, visando a garantia da liberdade.
O dia foi escolhido, segundo a portaria de fevereiro de 2020 que o criou, “não apenas para homenagear aqueles que atuaram durante a 2° Guerra Mundial, mas também para reconhecer a contribuição de todos os integrantes da FAB que deixaram o serviço ativo, desde a sua criação [em 1941] até os dias atuais”

Reconhecimento
A comemoração do Dia do Veterano da FAB visa reconhecer homens e mulheres que vestiram o azul-aeronáutico - ou os antigos uniformes na cor azul baratéia ou cáqui - com honra e dedicação, de modo a valorizar os profissionais que labutaram em prol do engrandecimento do Brasil como Nação soberana e da FAB ao longo de sua história.
O termo “Veterano”, por sua vez, é comumente utilizado para designar alguém experiente, especificamente no meio militar, uma pessoa que serviu por muitos anos nas Forças Armadas. A palavra também tem a conotação de uma pessoa experiente ou de notório saber. Tais homens e mulheres colocaram em evidência o Patriotismo, a Disciplina, o Comprometimento, o Profissionalismo e a Integridade, que se tornaram princípios que norteiam a Instituição.

2022: sem o Encontro na EEAR
O tradicional Encontro Anual de Veteranos Especialistas da Força Aérea Brasileira não será realizado no ano de 2022, a exemplo do que ocorreu nos dois últimos anos, por causa da incidência do Coronavírus. A decisão foi tomada no dia 18 de janeiro de 2022, em reunião do antigo aluno e atual comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues, e representantes da entidade promotora do evento, a AMIGA (Associação dos Militares Inativos de Guaratinguetá e Adjacências) O evento na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), costuma reunir, no mês de julho, milhares de antigos alunos do maior complexo de ensino técnico de aeronáutica da América do Sul. Os veteranos, na celebração anual, interrompida entre 2020 e 2022, devido à pandemia da Covid-19, que poderá ser retomada em 2023, chegam à "Escola" vindos de todos os estados brasileiros para um congraçamento, rever os amigos, almoçar e desfilar no pátio onde, jovens ainda, participavam das paradas e desfiles durante o período de formação, há 40, 50, 60 anos.

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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Espaço

Satélite desenvolvido no ITA é enviado à NASA, para lançamento
O satélite SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task), desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pela NASA, pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) e por universidades americanas, foi aprovado pela NASA e pela Agência Espacial Brasileira (AEB) na revisão de pré-embarque. O procedimento foi realizado no dia 01/07/22, no Laboratório de Integração (LIT) do INPE. O cumprimento da etapa foi necessário para a liberação e o envio a Houston (Texas), realizado no dia 04 de julho de 2022, onde aguardará o embarque para a Base de Walloups (Virgínia) e o lançamento com destino à Estação Espacial Internacional (ISS - International Space Station). Da ISS, o satélite será lançado para sua posição de observação no espaço.

CubeSat
O satélite, desenvolvido pela Organização Militar da Força Aérea Brasileira (FAB), é um CubeSat 6U para pesquisas científicas na ionosfera. Isso quer dizer que são satélites miniaturizados (nanossatélites) formados por unidades de cubos com 10 cm de lado, sendo cada unidade com o valor de 1U (do inglês Rack Unit, equivalendo a 1,75 polegada ou 44,45 mm). Alguns destes nanossatélites, como o SPORT, estão na vanguarda do conhecimento, sendo capazes de realizar certas funções que grandes satélites realizam, porém a um custo bem mais baixo, o que os torna bastante atrativos para a aplicação em pesquisa espacial.

Ionosfera
O SPORT tem a missão de monitorar a ionosfera (camada superior da atmosfera), coletando dados para o estudo dos efeitos das tempestades solares, que ocasionam perturbações em atividades da sociedade atual, tais como a interrupção do sinal GPS, o black-out de comunicações, interrupção na transmissão de energia e muitos outros.

Fonte: FAB, em 13/07/22

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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Aviação Naval

Marinha ativa esquadrão de aeronaves remotamente pilotadas
A Marinha do Brasil realizou, dia cinco de julho de 2022, em São Pedro da Aldeia (RJ) a cerimônia de Ativação do 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (EsqdQE-1). A nova Organização Militar, subordinada ao Comando da Força Aeronaval, tem o propósito de contribuir com o processo decisório de planejamento e emprego do Poder Naval, por meio da utilização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), popularmente chamadas de drones.

ScanEagle
A criação do EsqdQE-1 marca a história da Aviação Naval e trará significativo aumento na capacidade operacional dos navios da força naval, durante missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. O Esquadrão possui seis modelos de aeronave ScanEagle, além de lançadores e recolhedores para operação terrestre e embarcada. Operarão, no período diurno e noturno, em atividades de controle naval do tráfego, inspeção naval, prevenção de ilícitos, pirataria, terrorismo, monitoramento de desastres e operação de socorro e salvaguarda da vida humana no mar.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Informações Aeronáuticas

Brasil testa integração com a Europa de avisos aos aeronavegantes
Foram apresentados, dia 30 de junho de 2022, os resultados dos Testes de Aceitação em Fábrica (FAT) da integração do Sistema AIM-BR (Gerenciamento de Informações Aeronáuticas do Brasil) com o Banco de Dados Europeu de Serviços de Informações Aeronáuticas (INO EAD - International NOTAM Operations European AIS Database), realizados com sucesso pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) no período de 30 de maio a 3 de junho de 2022, na sede da IDS Air Nav, em Roma (Itália). Essa integração é fruto do Programa DECEA-EUROCONTROL e permite que o sistema CRONOS de emissão de NOTAM realize transmissões automáticas para o Brasil e para o continente Europeu. Esse serviço otimiza os processos tradicionais com tecnologias atuais, objetivando atingir o mais alto nível de automação dos sistemas de informação aeronáutica, conforme as orientações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).

Avisos aos pilotos
O Notam, ou “Aviso aos Aeronavegantes”, é um serviço prestado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), e consiste em informar à comunidade aeronáutica mundial sobre qualquer modificação na infraestrutura aeronáutica (aeroportos e navegação aérea), na organização do espaço aéreo, nos mapas e cartas aeronáuticas ou eventuais situações de atenção à navegação aérea. Na próxima fase do projeto, está prevista a migração dos testes para o ambiente de produção do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA).

Fonte: DECEA

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terça-feira, 12 de julho de 2022

Espaço

NASA apresenta a primeira imagem gerada pelo telescópio Webb
A primeira imagem colorida do Telescópio Espacial James Webb foi revelada na Casa Branca no dia 11 de julho de 2022, anunciando o início das operações científicas do observatório espacial mais poderoso do mundo. A NASA planeja, ainda, liberar imagens adicionais de “primeira luz”. “Esta fatia do vasto universo cobre um pedaço de céu aproximadamente do tamanho de um grão de areia mantido à distância de um braço por alguém no chão”, disse a NASA, acrescentando que a imagem, que mostra o aglomerado de galáxias SMACS 0723, como apareceu 4,6 bilhões de anos atrás, compreende “Milhares de galáxias – incluindo os objetos mais fracos já observados no infravermelho”. As fotos são projetadas para mostrar a capacidade do Webb de capturar a luz da primeira geração de estrelas e galáxias; mapear os detalhes da evolução estelar, desde o nascimento das estrelas até a morte por supernova; e estudar a composição química de atmosferas de exoplanetas.

Telescópio Hubble
Nos últimos 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble tornou-se um dos instrumentos mais emblemáticos da história astronômica, ajudando os astrônomos a determinar a idade do universo, confirmando a presença de buracos negros supermassivos, capturando as visões mais profundas do cosmos já coletadas e fornecendo imagens de classe fly-by de planetas no sistema solar da Terra.

A vez do telescópio Webb
Mas o Webb, operando a apenas alguns graus acima do zero absoluto atrás de um guarda-sol do tamanho de uma quadra de tênis, promete ampliar ainda mais os limites do conhecimento humano com um espelho primário segmentado de 6,4 metros de largura capaz de detectar o infravermelho fraco e luz da época em que as estrelas começaram a “ligar” na sequência do Big Bang. Lançado no dia de Natal de 2021 , o Webb está posicionado em uma órbita gravitacionalmente estável a quase 1 milhão de milhas da Terra. Nos últimos seis meses, engenheiros e cientistas trabalharam em uma série complexa de implantações, ativações e verificações, ajustando o foco do telescópio e otimizando o desempenho de seus quatro instrumentos científicos. As imagens iniciais divulgadas selecionadas por uma equipe internacional de astrônomos, vão “demonstrar ao mundo que o Webb está, de fato, pronto para a ciência, e que produz resultados excelentes e espetaculares”, disse Klaus Pontoppidan, cientista do Space Telescope Science Institute. “E também é para destacar a amplitude, a amplitude absoluta da ciência que pode ser feita com o Webb e destacar todos os quatro instrumentos científicos”, acrescentou. “E por último, mas não menos importante, para celebrar o início das operações científicas normais”.

Fonte: Gazeta Brasil, em 11/07/2022

Saiba mais: Blog do NINJA de 28/12/2021 (Clique aqui)  e de 12/04/2017 (Acesse aqui). 

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segunda-feira, 11 de julho de 2022

FAB em Destaque

Destaques da FAB com notícias ente 1 e 7/7/22
A edição da revista eletrônica FAB EM DESTAQUE, de 08 de julho de 2022, traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), no período de 01 a 07 de julho. Entre elas, o primeiro lançamento de carga, na Antártica, pela aeronave KC-390, a inauguração do novo prédio do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) - Esquadrão Jaguar na Base Aérea de Anápolis (BAAN) e o dia do bombeiro militar.

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domingo, 10 de julho de 2022

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. Neste sétimo mês do ano, tradicionalmente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


OS DIRIGÍVEIS DE SANTOS DUMONT


Até o mês de julho de 1901, Santos Dumont era conhecido apenas nos círculos aeronáuticos de Paris. Nos dias 12 e 13 daquele mês, ele circundou a torre Eiffel na presença de uma multidão, pilotando o seu dirigível nº 5. A partir daí, Santos Dumont passou a ser reconhecido pela imprensa mundial.

A dirigibilidade dos balões
Quando Santos Dumont cogitou colocar um motor a explosão pendurado em um balão de hidrogênio, duas opiniões o levaram a tomar providências. Disseram que a trepidação do motor iria romper os cabos de sustentação. Ele, cuidadosamente, pendurou o seu triciclo em uma árvore para verificar como se comportava o conjunto e funcionou até melhor. Disseram que tudo iria explodir. Ele aumentou as cordas de sustentação, afastando o motor do invólucro, virou o cano de escapamento para baixo e colocou as válvulas de hidrogênio na extremidade bem atrás.

Na primeira tentativa de decolagem chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam. Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento conforme sua concepção.


Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade um balão evoluiu no espaço propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou sua criação nos dirigíveis 2 e 3.

O Nº2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 Kg, o qual girava uma hélice a 1200 rpm, deslocando-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava!


Com o Nº3(foto acima), Dumont afastava-se da forma cilíndrica das aeronaves Nº1 e Nº2 e adotava uma forma mais esférica, tentando, pelo próprio desenho do aparelho, evitar a perda de forma do balão no ar, causa dos acidentes com seus dois primeiros dirigíveis. O Nº4 trazia algumas inovações, entre elas a disposição da hélice na proa da aeronave e a exclusão da barquinha pelo selim de uma bicicleta. Dotado de um motor de quatro cavalos, o Nº4 realizou diversos voos sem problemas.

Os sucessos das experiências daquele pequeno brasileiro, levaram o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900 a oferecer um prêmio de 50.000 francos a quem, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1903, partindo e retornando do campo de Saint Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso, sem auxílio de terra contornasse a Torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos.


A distância de ida e volta equivalia a 30 quilômetros. A conquista desse prêmio seria avaliada por uma comissão formada por membros do Aero Clube da França. Fez experiências com o número 4; tentou por duas vezes vencer o prêmio com o N°5.

Em 27 de agosto de 1901, após a tentativa de vencer o prêmio, sofreu um grave acidente com seu dirigível N°5. Houve perda de gás, e o envólucro começou a murchar rapidamente. Ao perceber a gravidade da situação, Santos-Dumont se amarrou à "nacele"(cesto).A cauda desceu muito e se rasgou numa chaminé, provocando uma explosão no ar.


Por instantes ele permaneceu desacordado, e quando voltou a si estava pendurado no alto do Hotel Trocadero. Escalou rapidamente o cordame do dirigível, e auxiliado pelos bombeiros ainda conseguiu recuperar o motor do aparelho.Mais tarde foi intimado pela proprietária do Hotel Trocadero a pagar 150 francos pelos estragos causados por ocasião do acidente.

Em 19 de outubro de 1901, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o N°5) às 14h42min, Santos Dumont partiu com seu dirigível Nº6, com 33 metros de comprimento e 622 metros cúbicos, para circundar a torre Eiffel; após 29min30s o Nº6 encontrava-se sobre o ponto de partida.



Finalmente vence o Prêmio Deutsch. Com esse feito Santos Dumont provou que o Homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares.

Cabe ainda ressaltar que o aeronauta doou integralmente seu prêmio; metade (25.000 francos) aos pobres de Paris, auxiliando-os na quitação de suas dívidas em casas de penhores, e devolvendo-lhes suas ferramentas de trabalho e instrumentos musicais. A outra metade destinou aos seus mecânicos e colaboradores. No dia da prova em que conseguiu realizar o percurso e ganhar o prêmio, Paris estava sob mau tempo, o que retirou visibilidade para fotos de longa distância. Santos Dumont fez então com que os cartões postais do feito saíssem com a foto do Nº5.

Em 1902, Dumont iniciou a construção de um novo dirigível, o Nº 7. Projetado para enfrentar a questão da velocidade, o Nº 7 era movido por um motor Clément de 70 cavalos, que acionava duas hélices de cinco metros de diâmetro, uma à proa e uma à ré. O inventor acreditava alcançar 80 quilômetros por hora com o aparelho, o que, segundo ele, permitiria o uso cotidiano dos balões, uma vez que ele estimava uma velocidade dos ventos de no máximo 50 quilômetros por hora. O Nº7 contava com 1.257 metros cúbicos de hidrogênio e o motor era refrigerado a água.

Pulou o N°8 por superstição(quase morreu no mês de Agosto!).

O Nº9 era um pequeno dirigível com 270 metros cúbicos, acionado por um motor de apenas três cavalos, de formato oval, muito estável. Com o Nº9 Dumont realizava evoluções frequentes sobre Paris.

Descia em avenidas, fixava seu dirigível e sentava-se tranquilamente em algum café, buscando demonstrar a exequibilidade do dirigível como meio de transporte. Dumont sentia tanta confiança no aparelho Nº 9 que, em certa ocasião, levou como passageiro o menino Clarkson Potter, e ainda foi neste dirigível que permitiu que outra pessoa dirigisse seu veículo aéreo, a cubana Aida de Acosta, a primeira mulher a pilotar uma aeronave no mundo, que sem nenhuma experiência prévia voou sozinha com o engenho.

Dumont costumava chamar o aparelho Nº7 de “balão de corrida” e o Nº9 de “balão de passeio”(La Balladeuse-A Passeadeira). 

Outros dirigíveis também chamaram a atenção. O N°14 foi utilizado para testar o seu famoso 14Bis. 
O Nº10, conhecido como "ônibus", era um grande aparelho de 200 metros cúbicos de hidrogênio, que poderia levar quatro ou cinco passageiros em cada barquinha, num total de 20 pessoas.



Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro “ônibus aéreo do futuro”.

Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada militar de 14 de julho, data nacional francesa em comemoração ao 114º aniversário da Queda da Bastilha. Santos Dumont realizou evoluções e parou com seu dirigível Nº9 em frente ao palanque das autoridades e saudou o Presidente da República da França com uma salva de 21 tiros dados com seu revólver. Este é considerado o primeiro desfile aéreo em uma parada militar da história. 

Logo depois, Dumont escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração e os seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra,exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão desmontado, atingir um determinado ponto, montar o dirigível e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado.

Santos Dumont acreditava que, durante uma fase inicial, o emprego dos dirigíveis seria, fundamentalmente, de natureza militar. Em 1902, ele afirma que “ainda por algum tempo o dirigível terá seu melhor aproveitamento para operações bélicas, mas em seguida se desenvolverão aplicações mercantis”.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis foram efetivamente utilizados, tendo sido abatidos trinta e dois desses aparelhos. Em 19 de outubro de 1917, uma esquadrilha composta de onze deles rumou para a Inglaterra com a missão de bombardear cidades. Cinco deles foram abatidos pelos ingleses, e os demais voltaram a seus hangares na Alemanha.

O pacto de rendição da Alemanha determinou a entrega de vários aparelhos à França, Inglaterra, Estados Unidos e Bélgica, e proibiu que a Alemanha fabricasse novos dirigíveis. A Primeira Guerra assinala a passagem de uma fase experimental e pioneira, para uma de uso militar sistemático de aeronaves. Depois da guerra, os dirigíveis vieram a ser utilizados em transporte de passageiros à longa distância.

Em 1903, Dumont regressou ao Brasil. Foi recebido com todas as honras.Era uma figura extremamente popular, mas sua estada no país foi breve e logo retornava à Europa, escrevendo então seu primeiro livro, DANS L'AIR, publicado na França e logo vertido para o inglês e publicado na Inglaterra.


Fontes: Cabangu e Vencendo o Azul

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sábado, 9 de julho de 2022

FAB e UFSM

FAB doa aviões para estudos na Universidade de Santa Maria
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) receberá um caça AMX A-1 e um EMB-110, conhecido como Bandeirante, da Força Aérea Brasileira (FAB) para uso dos estudantes. Os alunos, sobretudo os das Engenharias Aeroespacial e de Telecomunicações, poderão desmontar, montar e entender o funcionamento dos aviões. Nesse momento, é feito um hangar para abrigar todas essas doações na UFSM. Com um custo estimado de R$ 2,6 milhões, a construção do hangar começou em janeiro. Como isso, a expectativa é que outros cursos também aproveitem o espaço para aulas, além de atividades de pesquisa e extensão que podem acontecer no local.

Hangar
O prédio terá aproximadamente 40 metros de comprimento por 25 metros de largura, e altura de seis metros. Ele terá uma porta de 20 metros de comprimento para que os aviões possam entrar e sair sem remover as asas. A universidade também solicitou para a FAB algumas toneladas de peças e partes de aviões que tiveram como destino o descarte no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo. Esse pedido inclui a doação de motores, asas, empenagens, trens de pouso, instrumentos de cabine, caixas-pretas, antenas, sensores, radares, computadores de bordo, transponderes e sistemas de navegação, controle e freio, entre várias outras peças desativadas. Além das aeronaves, o hangar também abrigará equipamentos e terá sala de aula, banheiros, oficina e um túnel de vento.

Os aviões
Embora sejam aeronaves com características distintas uma da outra, tanto o AMX A-1 quanto o Bandeirante são aviões históricos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O primeiro é fruto de um projeto de cooperação com as empresas italianas Aeritalia e Aermacchi, tendo voado pela primeira vez em 1984. Com velocidade máxima estimada em 1.030 km/h, é um caça destinado ao combate aéreo, ataque ao solo e reconhecimento. No caso da aeronave doada para a UFSM, a sua matrícula na FAB é 5655. Também conhecido pela sigla EMB-110, o Bandeirante é um dos aviões mais importantes da história da aviação brasileira, por ser a primeira aeronave fabricada pela Embraer. O projeto do avião bimotor turboélice começou com a Força Aérea Brasileira, no atual DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), antes mesmo da criação da Embraer, que foi fundada em 1969, . O voo inaugural foi em 1972, e a primeira entrega de Bandeirante para a FAB foi no ano seguinte. Até 1991, quando a Embraer encerrou a sua fabricação, foram produzidos 498 aviões Bandeirante, em diferentes versões, vendidas para vários países, para uso tanto civil como militar. A doação pela FAB ocorreu porque as aeronaves, foram desativadas. Além dos aviões, a instituição também receberá motores, asas e fuselagens inservíveis para voo.

Fonte: Poder Aéreo, em 07/07/2022, com informações de GZH.

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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Aeroportos

Número de aeroportos privatizados chegará a 50 em 2022
O secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, informou que o governo federal espera chegar ao fim de 2022 com 50 terminais aeroportuários concedidos para administração da iniciativa privada. Se a previsão for concretizada, serão contratados R$ 18 bilhões em investimentos privados. A informação foi dada durante a apresentação do balanço de 2022 do Ministério de Infraestrutura em uma cerimônia em Brasília.

Congonhas e outros
Nos dois últimos anos, foram transferidos para iniciativa privada 34 aeroportos, entre os quais estão os terminais de Recife; Vitória; Curitiba; Manaus e Goiânia. Segundo Glanzmann, os próximos leilões já têm data. Além do pregão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o segundo mais movimentado do país, no dia 18 de agosto de 2022, estão marcados os de mais 14 terminais. Também está prevista para 2022 a relicitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Por enquanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aguarda a liberação do Tribunal de Contas da União (TCU), para publicação do edital e agendamento do leilão.

Rio em 2023
No Rio de Janeiro, o leilão do aeroporto de Santos Dumont e a relicitação do Galeão ficaram para 2023. O plano original era que a licitação do Santos Dumont fosse feita junto com a do aeroporto de Congonhas, mas sem o apoio do governo do Rio de Janeiro, não foi possível.

Fonte: Jornal da Cidade Online, em 03/07/22

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quinta-feira, 7 de julho de 2022

KC-390 Millennium

Pela primeira vez, um KC-390 levou suprimentos para brasileiros no continente antártico
Há quatro décadas, o Brasil faz parte do grupo de países signatários do Tratado Antártico, um acordo que possibilita pesquisas científicas na região do continente antártico. Desde a criação, por meio do apoio aéreo, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem contribuído, para viabilizar a presença do Brasil, uma vez que as características geográficas e o clima extremo dificultam o acesso ao continente e a entrega de suprimentos para a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Pela primeira vez, o KC-390 Millennium da FAB, aeronave operada pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1°GT) - Esquadrão Gordo, realizou o lançamento de carga.

FAB na Estação Antártica
O Esquadrão Gordo, Unidade responsável por essa missão, transporta cargas, víveres, equipamentos, roupas e cartas para a estação. Isso ocorre em até dez viagens por ano. E, desde o início, somente o C-130 Hércules, uma das aeronaves da FAB, tinha condições de operar durante todo o ano na Antártica. A Chefe da seção de operações do Esquadrão Gordo, Major Joyce de Souza da Conceição, comenta a nova fase operacional, com o C-130 Hércules sendo substituído pelo KC-390 Millennium, nas missões futuras no Continente Antártico. “O cumprimento dessa missão hoje representa um marco para a FAB, um momento histórico para o Esquadrão. A aeronave C-130, durante 39 anos, cumpriu com excelência o programa antártico brasileiro e, no dia de hoje, cada integrante que faz parte dessa história pode sentir-se orgulhoso ao ver refletido no que foi feito o seu legado de abnegação, dedicação, profissionalismo”, relata a piloto. A missão, a bordo desta aeronave nova e moderna que integra a frota da FAB há três anos, teve início com a decolagem da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ) no dia 30/06/2022 às 8h23 (horário de Brasília) rumo a Estação Antártica, para apoiar a Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

Esquadrão Gordo na missão
O Esquadrão Gordo, responsável pela Missão de Ressuprimento Aéreo, utilizou o método CDS, (do inglês Container Delivery System), com o lançamento da carga acondicionada em oitos pacotes. Aproximadamente 2.000 quilos de suprimentos materiais foram enviados para os integrantes da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). O KC-390 está sendo colocado à prova para poder lançar cargas pelo CDS na Baía do Almirantado. “Na região, os ventos giram em torno de 100 km/h, isso é um desafio tanto para a tripulação, quanto para o aparelho de pontaria, que precisa posicionar a aeronave na condição de lançamento, sem margem de erro, permitindo, assim, que o sistema faça o calculo correto, prevendo o lançamento da carga na zona estabelecida pela Marinha do Brasil. Nesse sentido, salienta-se que a altura do lançamento é em torno de 200 metros (600 pés) em uma velocidade de 150 nós, cerca de 270 Km/h”, explica o Comandante da Missão, Major Flávio Diniz Pereira.

FAB e Marinha
Para o sucesso da missão, uma série de requisitos precisam ser checados. Dessa forma, em um ambiente totalmente diferente e diante de todo o desafio, diversos profissionais estiveram envolvidos. O Chefe da Estação Antártica Comandante Ferraz, Capitão de Fragata Alessandro Domingos Gurski , destacou a importância da chegada dos suprimentos, levados pela FAB. “As maiores limitações na Estação são o afastamento da família e nossa alimentação. A primeira, a gente consegue suprir com ligações, já a segunda, temos a limitação de alimentos frescos, frutas e verduras, mas isso é possível com a ajuda da Força Aérea Brasileira, nos voos de inverno. No verão, recebemos a ajuda dos navios da Marinha do Brasil, vindos de Punta Arenas. Assim conseguimos superar as dificuldades sem muitos problemas”, conta o militar.

Profissionais de lançamento
Neste processo, também há o envolvimento do Mestre de Cargas. Para o Sargento Daniel Carvalho Peixoto de Barros, que atua como Loadmaster no Esquadrão Gordo, a responsabilidade para o cumprimento da missão é grande. “Um lançamento de carga a 200 metros do solo requer muita atenção dos tripulantes, principalmente dos Loadmasters, apesar de ser uma carga leve. A partir do momento que abre a porta de carga e rampa, para o lançamento, a atenção tem que estar 100% no que vai acontecer. Aos tempos e movimentos, cada luz tem um procedimento e temos que estar muito atentos a isso; luz vermelha, luz amarela e, principalmente, luz verde, que é o momento em que a carga é solta, quando esperamos que tudo aconteça da melhor forma possível”, explica. Outra profissional que integrou a missão foi a Instrutora Mecânica do KC-390 do 1°/1° GT, Sargento Ivy Amaral da Costa. Para ela, integrar o grupo como a primeira mulher a estar, pela primeira vez, a bordo do novo avião de transporte da FAB no Continente Artártico, foi uma satisfação pessoal e profissional. “A aeronave no clima frio precisa de alguns cuidados, como remoção e estoque de alguns componentes para que se possa ter confiabilidade de que, nas próximas operações, esses equipamentos irão funcionar. Ser a primeira mulher instrutora mecânica é motivo de honra. Agradeço a confiança dos meus superiores para atingir essa meta, abrindo, com isso, as portas para as próximas que virão”, finaliza.

Estação Comandante Ferraz
A EACF é uma base antártica pertencente ao Brasil e está localizada na Ilha do Rei George, cerca de 130 quilômetros da Península Antártica, na baía do Almirantado, sendo considerada uma das maiores estações de pesquisa da Antártica. A estrutura conta com 17 laboratórios para o estudo de várias áreas como: medicina, química, microbiologia, oceanografia e meteorologia. No inverno, período em que o mar está congelado, o acesso torna-se ainda mais difícil, sendo necessário realizar lançamento aéreo de cargas para possibilitar o abastecimento de medicamentos, equipamentos e mantimentos que suprem a EACF. A base antártica, mantida pela Marinha do Brasil (MB), desenvolve diversos estudos, denotando a prioridade do PROANTAR para as atividades científicas.

Fotos: Sargento Müller (do Cecomsaer) e Capitão de Fragata Gurski (da EACF)

Fonte: FAB, em 04/07/2022

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Tecnologia

Jato E195-E2 da Embraer faz teste com combustível sustentável
A Embraer e a Pratt & Whitney realizaram um teste bem-sucedido com motores GTF na aeronave E195-E2 utilizando 100% de combustível sustentável de aviação (da sigla SAF em inglês, Sustainable Aviation Fuel). O teste, realizado com um motor utilizando 100% de SAF, comprovou que os motores GTF e a família de E-Jets E2 podem voar com ambos os motores com blends de até 100% SAF, sem comprometer a segurança ou a performance. A aeronave completou dois dias de testes em solo no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale, resultando em 70 minutos de testes de voo no Aeroporto Regional de Vero Beach, na Flórida. “O E2 já é a aeronave de corredor único mais eficiente atualmente no mercado, que economiza até 25% de emissões de CO2 quando comparado com as gerações anteriores da aeronave. A redução das emissões pode chegar a 85% ao utilizar 100% de SAF. A substituição de aeronaves antigas por produtos de nova geração e a utilização de SAF na produção são as duas ações mais efetivas na aviação comercial para alcançar uma redução significativa das emissões”, afirmou Rodrigo Silva e Souza, Vice-Presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Embraer Aviação Comercial. “Embraer e Pratt & Whitney na vanguarda da indústria com produtos que são mais eficientes para nossos clientes e mais sustentáveis para a nossa sociedade. Esse teste demonstra que o E2 está pronto para a certificação e operação 100% SAF uma vez que a indústria finalize a padronização dos combustíveis”, completou. 

Atualmente 50%
No momento, os motores Pratt & Whitney e as aeronaves Embraer estão certificadas para operar com uma mistura de até 50% de SAF adicionado ao querosene Jet A/A1, de acordo com as determinações da ASTM International. Especificações futuras permitirão misturas de até 100% de SAF para maximizar o potencial na redução das emissões do uso de combustível derivado de matérias-primas sustentáveis e não fósseis. O SAF usado pela Embraer e pela Pratt & Whitney foi 100% SPK de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados (HEFA-SPK), adquirido da World Energy. HEFA-SPK é um tipo específico de matéria-prima renovável hidrotratada usada na aviação e é considerada uma das principais alternativas de substituição do combustível convencional para aviação pela Commercial Aviation Alternative Fuels Initiative (CAAFI), devido à sustentabilidade de sua matéria-prima.

Fonte: Embraer, em 30/06/2022

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terça-feira, 5 de julho de 2022

Aviação Agrícola

Embraer promoveu encontro de operadores do avião agrícola Ipanema
A Embraer realizou em Botucatu (SP), dia 28 de junho de 2022, um encontro de operadores do avião agrícola Ipanema. O evento reuniu produtores rurais, proprietários de aeronaves, prestadores de serviço aeroagrícola, representantes de oficinas homologadas, revendas de peças e pilotos. Além da troca de experiências, boas práticas e debates sobre o atual momento do setor de aviação agrícola no país, o encontro também proporcionou a oportunidade de acompanhar de perto o processo de manufatura das aeronaves Embraer, incluindo o avião Ipanema, bem como as atualizações tecnológicas que estão sendo implantadas no produto, que está em sua quinta geração.

Etanol
Movido a etanol desde 2005, o Ipanema se tornou o primeiro avião da Embraer certificado e produzido em série para voar com energia renovável, liderando uma ampla frente de atuação histórica da companhia em pesquisas e utilização de biocombustíveis na aviação.

Produção
O Ipanema participa em 60% do mercado de aviação agrícola nacional, isto é, com mais de 1.500 aeronaves produzidas e entregues. Em 2023, a aeronave EMB-203 Ipanema, o modelo mais recente da aviação agrícola da Embraer, terá novidades como conectividade USB, nova geração de caixa de manetes e bomba mecânica de combustível, opção de encosto da cadeira, novo sistema de portas, opções de magnetos, pintura em poliéster e novos benefícios de manutenção simplificada da asa, que também poderá ser adotada pela frota atual de aeronaves Ipanema em operação.

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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Defesa Aérea

FAB intercepta aeronave com carga ilícita
A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, por volta das 12h36 (horário de Brasília) de domingo, 3 de julho de 2022, no Estado do Mato Grosso do Sul, uma aeronave de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano foram empregadas para monitorar e interceptar o avião. Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico. Porém, o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, sendo realizados os procedimentos de tiro de detenção.

Tiro de detenção
Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não possuia plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira do Mato Grosso do Sul, fez pouso forçado no Estado de São Paulo, entre as cidades de Jales e Pontalinda. A partir de então, a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). Duas pessoas se evadiram antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados em torno de 500 quilos de pasta base de cocaína. De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os operadores de radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com órgãos de controle de tráfego aéreo, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil. A FAB trabalha diuturnamente na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. Essa ação demonstra que o Sistema de Defesa Aérea do Brasil atua de forma permanente, 24 horas por dia, para garantir a soberania do País.

Fonte: FAB

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FAB em Destaque

Mídia eletrônica da FAB faz resenha de fatos entre 24 e 30/06/22
A edição da revista eletrônica FAB EM DESTAQUE, publicada em 01 de julho de 2022, traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), de 24 a 30/06/22. Entre elas, a conquista do ouro, pelo Sargento Marcus Vinicius D'Almeida na Terceira Etapa da Copa do Mundo de Tiro com Arco em Paris, na França e o ingresso de 70 novos militares no Programa Atletas de Alto Rendimento. Publica também os assuntos que mais repercutiram nas redes sociais da FAB no mês de junho de 2022 e o vídeo em comemoração ao Dia da Aviação de Reconhecimento.

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domingo, 3 de julho de 2022

Especial de Domingo

Julho deu e tirou do mundo (20/7/1873 - 23/7/1932) o gênio Alberto Santos Dumont. No sétimo mês do ano, tradicionalmente, dedicamos os Especiais de Domingo à memória deste querido brasileiro.
Boa leitura.
Bom domingo!


Brasil - O primeiro balão de Santos-Dumont
Em 4 de julho de 1898 sobe um balão, no Jardim da Aclimatação, elevando aos céus de Paris as cores verde-amarelo em uma flâmula desfraldada.
Ela pendia do Balão BRASIL, o primeiro engenho concebido pelo brasileiro Alberto Santos-Dumont, o gênio que entregou a humanidade a terceira dimensão do espaço. Nessa época os balões variavam de 500 a 2000 metros cúbicos de capacidade, onde o menor até então era de 250 m³.
Por isso, grande foi o espanto dos construtores quando Santos-Dumont encomendou um de 100 m³, o que a princípio não foi aceito, alegando-se que não subiria. Ele informou que seria o balonista e seu peso não passava de 50 kg.


Para a confecção do invólucro, ao invés da seda chinesa usaria a japonesa, muito mais leve. Nas oficinas houve reação ao seu projeto. Supondo que o material não fosse resistente argumentaram que um balão de 100 metros cúbicos devia ser, além do mais, muito mais sensível aos movimentos do aeronauta na barquinha do que um grande balão de dimensões "normais".
Nada deteve o futuro inventor, que pressentia os fenômenos de aerostação com a sua aguda sensibilidade aeronáutica.E replicou aos construtores: "Pode-se aumentar o comprimento das cordas de suspensão da barquinha". E encerrou o assunto.
O argumento de que era fraca a seda do Japão foi posto abaixo com a prova científica. Diz ele:

"Ensaiamo-la (a seda) ao dinamômetro e o resultado foi surpreendente. Ao passo que a seda da China suporta uma tensão de 1.000 quilos por metro linear, a delgada seda japonesa suportou uma tensão de 700 quilos; quer dizer que provou ser 30 vezes mais resistente que o necessário em virtude da teoria das tensões. Caso extraordinário, se considerarmos que ela pesa somente 30 gramas por metro quadrado!"

As condições de peso de Santos-Dumont auxiliaram-no nas experiências e o BRASIL subiu aos ares, inaugurando uma novidade nas construções dos balões esféricos. As suas excelências foram expostas pelo seu próprio inventor:

"O BRASIL era muito manejável no ar e muito dócil. Era, além do mais, fácil de embalar após a descida: foi com razão que espalharam que eu o carregava numa maleta".

Características do Balão Brasil na 1ª ascensão:

Dimensões: 113 m³ com diâmetro de 6 m
(outros balões variavam de 500 a 2000 m³)

Rede feita de cordas musicais totalizando 1,8 kg
(outros balões: 50 Kg)

Barquinha de Vime com 6kg
(contra aproximadamente 30kg em outros balões)

Ascensões registradas:

1898 - 4 julho - A partir do Jardim da Aclimatação
1899 - 29 junho - Do Jardim das Tuilleries à Sevran

Foi dessa maneira que Santos-Dumont estreou na aeronáutica: revolucionando a construção dos aeróstatos, quebrando as praxes até então em vigor. A sua vida de aeronauta, daí por diante, será uma sucessão de vitórias contra os obstáculos de toda a sorte: contra a incredulidade, a indiferença, o comodismo e a inércia dos que duvidaram que o homem podia conquistar o espaço.

O BRASIL foi um símbolo; uma pequena representação das suas lutas futuras. Todas se enquadrariam dentro desse espírito que presidiu à construção do seu primeiro balão: audácia, convicção, perseverança, coragem e intuição especial dos problemas aeronáuticos.


O MEU PRIMEIRO BALÃO

O MENOR

O MAIS LINDO

O ÚNICO QUE TEVE UM NOME:

"BRASIL"

Santos-Dumont  1898

Fonte: Cabangu

Visite: www.santosdumontvida.blogspot.com 

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sábado, 2 de julho de 2022

Tráfego Aéreo

NAV Brasil completa um ano de atividades
Com resultado positivo e proporcionando dividendos para a União, a NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea, (NAV Brasil) completou um ano de criação. Constituída em junho de 2021, a partir de uma cisão parcial da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da qual recebeu o acervo e pessoal afetos à prestação de Serviços de Navegação Aérea, a NAV Brasil tem como objeto social implementar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea que lhe for atribuída pelo Comandante da Aeronáutica.

Balanço positivo
A empresa foi criada sob a condição sine qua non de se estabelecer como “Não Dependente” de recursos do Tesouro Nacional e concluiu o ano de 2021 com balanço positivo, prevendo repetir o feito ao fechamento do primeiro semestre de 2022. Conta, em julho de 2022, com cerca de 1.640 empregados, distribuídos em 44 localidades, nas quais presta Serviços de Navegação Aérea, por meio de Torres de Controle, como as dos aeroportos de Guarulhos, Santos Dumont, Vitória, Goiânia e Campinas, ou de Estações de Radiocomunicação, como as dos aeroportos de Bagé, Campina Grande, Ponta Porã e Montes Claros, o que representa cerca de 12% do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (aproximadamente 85% estão a cargo do Comando da Aeronáutica, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA).

Eficiência e segurança
Para o Presidente da empresa, Major-Brigadeiro do Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho, a NAV Brasil demonstra potencial de desenvolvimento para os próximos anos. “Levando em conta o profissionalismo e a eficiência demostrados pela equipe nesse primeiro ano, acredito que continuaremos a evoluir em ritmo cada vez mais intenso. Tenho certeza de que, além da qualidade, eficiência e segurança dos serviços que provê a sociedade, a NAV Brasil também será reconhecida por sua vocação à modernidade, por sua governança e transparência”, pontuou.

Saiba mais: Blog do NINJA de 28/12/2020 (Clique aqui)  ; de 27/09/2019 (Acesse aqui)  ; e de 22/12/2018 (Veja aqui

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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Aviação Naval

Base Aeronaval em São Pedro da Aldeia recebe visita do COMAE
O Comandante da Força Aeronaval, Contra-Almirante Augusto José da Silva Fonseca Junior, recebeu, no dia 23 de junho de 2022, a visita do Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues e sua comitiva. A comitiva conheceu as instalações do Simulador de SH-16, no Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante José Maria do Amaral Oliveira (CIAAN), bem como as instalações do 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (EsqdVF-1). Na ocasião, o Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo teve a oportunidade de participar de um voo de adestramento de ataque a navio, no assento traseiro do AF-1C. O propósito da visita foi conhecer as atividades realizadas pela Aviação Naval, a fim de estreitar laços institucionais, bem como ampliar a interoperabilidade entre as Forças, possibilitando a troca de experiências.

Fonte: Marinha do Brasil

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