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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico

Portugueses visitam o CGNA, em agenda dos 100 anos do 1° voo Lisboa - Rio
O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e sediada no Rio de Janeiro (RJ), recebeu, no dia 23 de junho de 2022, a visita da Comissão Aeronaval ao Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro.
A comitiva de militares portugueses, que estava acompanhada pelo Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, foi recebida pelo Chefe do Subdepartamento de Administração do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, e pelo Chefe do CGNA, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Franklin Rodrigues.

Sacadura Cabral e Gago Coutinho
A Comissão Aeronaval Portuguesa reúne militares da Marinha e da Força Aérea Portuguesa e foi especialmente criada para a celebração do centenário do que foi a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, empreendida, entre 30 de março e 17 de junho de 1922, pelos comandantes portugueses Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho.

Visita
Na primeira parte da visita, o Tenente-Coronel Franklin fez uma apresentação na qual destacou o histórico do CGNA, sua evolução e missão: “permitir, a partir das intenções de voo, a harmonização do gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea”. Outra ação apresentada pelo comandante do CGNA foi o “plano de retomada covid-19”, que contou com a criação de 44 rotas diretas entre pares de cidades para conectar o último procedimento de saída (SID) do aeroporto de origem ao primeiro ponto do procedimento de chegada (STAR) do aeroporto de destino.

Gerenciamento do tráfego aéreo
Após a exposição, a comitiva visitou as instalações do CGNA e o salão operacional. O Comandante da Esquadrilha de Helicópteros portuguesa, Capitão de Fragata Hugo Miguel Batista Cabral, percebeu uma grande preocupação do Brasil em ter um bom gerenciamento do tráfego aéreo, com potencial de expansão para se constituir como um órgão de gestão na América do Sul. “Fiquei impressionado com a forma como tratam os dados, as pessoas envolvidas e o resultado do trabalho, que permite a otimização de todo o tráfego aéreo no Brasil. Após a pandemia, o CGNA está a aumentar o transporte aéreo, que é muito mais eficiente do que o transporte terrestre, em um país com a dimensão continental do Brasil, a atividade é essencial para impulsionar e dinamizar a economia do país”, opinou. O Vice-Almirante Antônio Manuel de Carvalho Coelho Cândido, Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, disse que apesar do tema ser mais do interesse da Força Aérea, não deixa de ser também para a Marinha. “A forma como está organizado o centro de gerenciamento, como olham para o universo estratégico, o nível operacional e as questões táticas e a pós-análise através de Business Intelligence mostram que o Brasil está na linha da frente nestas matérias”, pontuou o Vice-Almirante português. O Presidente da Comissão Histórico Cultural da Força Aérea, Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, destacou a satisfação do grupo, que veio para o Brasil com a missão de divulgar e partilhar com a Marinha do Brasil e com a Força Aérea Brasileira as comemorações do Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico. O oficial falou ainda sobre o orgulho dos portugueses em perceber que o Brasil se preocupa sistematicamente com a melhoria dos processos e que, mesmo diante de desafios extraordinários, consegue superar com segurança e empenho o trabalho que é realizado.

Centenário da 1ª Travessia Aérea do Atlântico
A comemoração refere-se à primeira travessia aérea no Atlântico Sul, em uma viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro, realizada por dois oficiais da Marinha portuguesa, os comandantes Artur Sacadura Cabral e Carlos Gago Coutinho. A bordo do hidroavião “Lusitânia”, o deslocamento aconteceu entre os dias 30 de março e 17 de junho de 1922.
Para o percurso foram utilizadas três aeronaves e percorridas 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos sobre o Oceano Atlântico. O feito aeronáutico é visto pelos portugueses como uma importante colaboração de Portugal para o desenvolvimento da segurança na navegação aérea em todo o mundo.

Fonte: DECEA

Mais sobre a Travessia: Blog do NINJA de 19/06/2022. (Clique aqui

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