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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Centenário do 1º pouso de avião em Ubatuba

Evento lembra proximidade dos 100 anos do 1º pouso de avião em Ubatuba


O início do ano que leva ao Centenário do Primeiro Pouso de Avião em Ubatuba foi lembrado, na noite do dia 14 de setembro de 2021, durante evento no Colégio Dominique, em Ubatuba (SP). O Café Voador foi promovido pelo Núcleo Infantojuvenil de Aviação – NINJA e reuniu entusiastas da atividade aérea.


Foram abordados temas como uma eventual comemoração dos 100 anos do primeiro pouso de uma aeronave na cidade, apresentação de itens incorporados ao Espaço Cultural Aeronáutico de Ubatuba e memória dos eventos anteriormente realizados por voluntários do NINJA.

Centenário
Os diálogos sobre uma possível programação alusiva ao primeiro pouso de aeronave em Ubatuba, evento que completa 100 anos no dia 14 de setembro de 2022, concluíram que a atividade de interesses cultural, turístico e histórico somente será viabilizada se houver engajamento da administração pública e de entidades privadas, notadamente dos setores cultural e turístico, haja vista demandas externas não comportadas pelas ações voluntárias dos colaboradores do NINJA. A oportunidade ímpar e inadiável refere-se à extensa viagem aérea realizada, em 1922, por aeronaves da aviação do Exército do Chile, atualmente Força Aérea Chilena, cruzando espaços do país de origem, Argentina, Uruguai e Brasil, a fim de comemorar com um reide o então centenário da independência da nação brasileira. Saindo de Santiago, duas aeronaves traziam uma mensagem do presidente chileno, Arturo Alessandri, ao presidente brasileiro, Epitácio Pessoa. Por questões técnicas, uma aeronave ficou em Castellanos, na Argentina. A segunda, de número 92 e batizada de El Ferroviario, seguiu a travessia ingressando no espaço nacional com aterrissagens em Pelotas, Porto Alegre, Torres, Florianópolis, Santos e Ubatuba.


Pilotada pelo capitão Diego Aracena Aguilar, acompanhado do mecânico Arturo Ricardo Seabrook, o avião, com destino ao Rio de Janeiro, pousou em Ubatuba, na orla da praia do Itaguá, no dia 14 de setembro de 1922, fato que se constituiu na primeira vez em que uma aeronave aterrissou na cidade. Uma pane fez com que o avião ficasse no local e os tripulantes foram levados a Capital pelo navio “Amazonas” da Marinha do Brasil. Dias depois, em 25 de setembro, para terminar o reide aéreo Santiago-Rio de Janeiro, o capitão Diego Aracena foi conduzido até a vertical de Ubatuba pelo hidroavião Curtiss HS2L número 11 da Aviação Naval do Brasil, onde assumiu o comando e seguiu para a conclusão da sua planejada navegação, com 38 horas de voo e 12 pousos. O avião El Ferroviario deixou Ubatuba no dia 6 de outubro de 1922, levado para o Rio, a bordo do contratorpedeiro “Halagoas”, da Marinha do Brasil.

Espaço Cultural Aeronáutico

Durante o Café Voador, os participantes viram as recentes incorporações ao Espaço Cultural Aeronáutico de Ubatuba, no Colégio Dominique: uma instalação formada por pintura artística de Eduardo Leite em painel integrado com a estrutura básica da aeronave experimental KR-1 doada por Krysia Maria da Costa Cunha; a figuração de um foguete; o painel interativo retratando um avião para ser brinquedo e objeto de atividades interativas com crianças; o mockup (modelo em tamanho natural) de um helicóptero para ser brinquedo e ajuda em atividades lúdicas e instrução para crianças e jovens.


O exemplar dá utilidade à cabine de um avião desativado PA-23 Apache (PA-23-160), fabricado pela Piper Aircraft, Estados Unidos, em 1959, matrícula N10F, número de série 23-1697, desativado dia 13/08/2010, pelo Aeroclube de São José dos Campos, SP, onde voava com a matrícula PT-BFA. A cabine foi doação da Starcraft, oficina de manutenção de aeronaves.


As soluções técnicas para construir o mockup foram realizadas pelos voluntários Cesar Rodrigues, Jorge Rosa da Silva, Celso de Almeida e Celso de Almeida Júnior, entre outros.
 

Integram, ainda, o acervo do Espaço Cultural Aeronáutico de Ubatuba, uma aeronave experimental Teenie Two pintada no padrão de cores da Esquadrilha da Fumaça na época, até 1976, em que empregava aeronaves T-Meia; fotografias e livros; maquetes do Balão e do Aviplano do pioneiro da aviação e ubatubense Gastão Madeira; maquetes do 14-bis e do Demoisele, aeronaves construídas por Santos Dumont; e aeromodelos.

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