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terça-feira, 16 de novembro de 2021

História

Iphan classifica como patrimônio histórico dois aviões Catalina
Parte da defesa brasileira durante a 2ª Guerra Mundial, um avião modelo Catalina, situado na Base Aérea de Belém (PA), foi tombado, no dia 10 de novembro de 2021, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A decisão foi tomada durante a 98ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que também tombou outra aeronave desse mesmo modelo, matrícula FAB 6527, situada no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro (RJ). Durante a reunião, a equipe do Iphan ressaltou a importância histórica, tecnológica e cultural dos modelos. "Hidroaviões que são marcas do início da aviação na região amazônica", informou o Iphan. 

História do avião Catalina
Avião de reconhecimento, bombardeiro, caça antissubmarino, de transporte e socorro marítimo, o modelo Catalina tem sua história diretamente associada à 2ª Guerra Mundial. Criado em 1936, pela Consolidated Vutee Aircraft Co., foi o hidroavião mais produzido, totalizando 3.290 unidades fabricadas nos Estados Unidos, Canadá e União Soviética. Com o acirramento do conflito mundial, unidades do Catalina incorporadas à Real Força Aérea da Grã-Bretanha estiveram em combate na Europa Oriental. Em 1943, as primeiras unidades do Catalina foram entregues à Força Aérea Brasileira (FAB) como parte de acordos firmados entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. Das sete primeiras unidades enviadas, uma ficou baseada em Florianópolis (SC), três no Rio de Janeiro (RJ) e três em Belém (PA). À época, o Catalina foi utilizado no patrulhamento da costa brasileira, então sob ataque alemão. Em 31 de julho de 1943, um dos Catalinas entrou em combate e afundou o submarino alemão U-199 nas proximidades da costa carioca. Ao término do conflito, esses modelos passaram a ter usos diversos, incluindo operações de busca e salvamento. Na região amazônica, teve papel destacado devido às características técnicas da aeronave, que se adequava às condições geográficas da bacia amazônica e à ausência de aeroportos. A aeronave PBY-6A, na FAB codificada como C-10, que se encontra na Base Aérea de Belém, equipou a Força Aérea e também foi utilizada pela Companhia Cruzeiro. Popularmente conhecidos como Cat ou Pata Choca, o Catalina esteve em todos os mares, em tempos de guerra e paz.

Fonte: Portal O Liberal, via FAB

Fotos: FAB

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