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terça-feira, 23 de março de 2021

Espaço

Brasil coloca mais um nanossatélite em órbita
O nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2 foi lançado com sucesso na madrugada do dia 22 de março de 2021, a bordo do foguete russo Soyuz-2. O equipamento, de 1,72 quilograma, foi colocado em sua órbita nominal após a decolagem a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Em órbita
O equipamento brasileiro se encontra em órbita baixa terrestre (LEO) para, entre outros objetivos, estudar e monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre, a intensidade do campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro. "Momento muito importante que não só traz a tecnologia, mas também essa agregação de valor com participação da universidade, de professores, alunos. Nós precisamos ter uma renovação de quadros, motivar jovens para trabalhar no setor espacial. Eu faço questão sempre de ressaltar esse ponto da participação da universidade dentro do Programa Espacial porque é de lá que vem a maior parte das pesquisas realizadas no país", ressaltou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes. O ministro destacou que o MCTI tem trabalhado para valorizar cada vez mais o programa espacial brasileiro. "Tanto o Centro Espacial de Alcântara quanto a produção e desenvolvimento de satélites e outras cargas úteis, foguetes, foguetes lançadores, aplicações no espaço e toda a parte de regulação no espaço. Tudo isso tem sido modernizado na nossa gestão. É um upgrade do programa espacial que, apesar das limitações orçamentárias, tem sido levado a cabo graças à dedicação de tantos profissionais que trabalham em conjunto com o MCTI como a AEB, o INPE, a Força Aérea Brasileira, dentre outros parceiros", afirmou. O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao MCTI, Carlos Moura, destacou o trabalho em conjunto e a participação da academia. "É a concretização de um trabalho de muitas pessoas desde estudantes de graduação, pós-graduação, professores, institutos de ciência e tecnologia num ramo que tem crescido cada vez mais que é o dos nanossatélites. A AEB tem como um dos seus objetivos além de apoio às iniciativas de capacitação para o setor espacial também o apoio a iniciativas de ciências", declarou. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI, Clezio de Nardin explicou qual o papel do INPE/MCTI nesta empreitada. "Essa classe de nanossatélites é fundamental. A AEB já possui tradição de apoiar pequenos satélites e agora o INPE também se engaja nesta iniciativa mundial pela redução do tamanho dos satélites, começando pelos cubesats como porta de entrada para os grandes satélites para atender as demandas nacionais".

Universidade de Santa Maria
"É um prazer participar de um evento tão importante para a nossa universidade, para o país, para nossos professores, pesquisadores, estudantes e todos os responsáveis pela realização deste projeto. É o segundo nanossatélite que a UFSM participa e temos muito orgulho de fazer parte de um projeto como esse", destacou o reitor Paulo Burmann, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), parceira no NanosatC-Br2.

Sobre o NanoSatC-Br2
O lançamento de nanossatélite é parte do projeto de desenvolvimento de missões espaciais com foco científico, tecnológico e educacional apoiados pelo MCTI e parceiros. Os satélites padrão CubeSat são plataformas padronizadas mais baratas e acessíveis e de rápido desenvolvimento. Suas aplicações no Brasil têm sido, principalmente, com foco em pesquisas e capacitação de recursos humanos e operacionais e, o NanosatC-Br2, posicionará o Brasil à frente na discussão sobre importantes questões das pesquisas relacionadas ao Geoespaço, Aeronomia, Geofísica Espacial e de Engenharias e Tecnologias Espaciais. O NanoSatC-Br2 é o segundo nanossatélite científico universitário brasileiro, proposto no âmbito do Programa NanoSatC-Br, que consiste em uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira - AEB/MCTI o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE/MCTI, ambas instituições vinculadas ao MCTI, e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul. O programa é voltado para a integração e formação de professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e tecnologistas em projetos de pesquisa espacial e áreas afins, como o desenvolvimento de engenharias, tecnologias espaciais, ciências da computação e espaciais, promovendo a preparação de uma nova geração de profissionais, pesquisadores e promotores do conhecimento sobre o assunto.

Fonte: INPE

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