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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 9 de maio de 2015

Concurso para a Aeronáutica

Aeronáutica seleciona civis em diversos níveis escolares
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica, divulgou, no Diário Oficial da União de 05/05/2015, o edital do processo seletivo simplificado para a seleção de servidores civis temporários. Eles comporão cadastro de reserva em diversos cargos de todos os níveis de escolaridade. As inscrições deverão ser feitas de 20 de maio a 12 de junho de 2015, por meio do preenchimento e entrega do formulário disponível no edital nos Destacamentos de Apoio ou na sede da COMARA, em Belém (PA). Os selecionados trabalharão em projetos e obras de desenvolvimento de infraestrutura aeroportuária nas seguintes cidades:

Santa Rosa do Púrus (AC)
Rio Branco (AC)
Salvador (BA)
Moura (AM)
Estirão do Equador (AM)
Eirunepé (AM)
Yauaretê (AM)
Tunuí Cachoeira (AM)
Humaitá (AM)
Surucucu (RR)
São Gabriel da Cachoeira (AM)
Tabatinga (AM)
Itacoatiara (AM)
Manaus (AM)
Jacareacanga (PA)
Monte Alegre (PA) 
Belém (PA)

Para candidatos que possuem nível fundamental são oferecidas funções como auxiliar de cozinha, auxiliar de limpeza, auxiliar de manutenção predial e pintor de automóveis.

Quem tem nível médio pode se candidatar a cargos nas áreas de almoxarife, apontador de obras, assistente administrativo, laboratorista de solos, programador de sistemas de informação, entre outras. 

Já para os candidatos com formação em nível superior, as vagas destinam-se a diversos cargos, entre eles, administrador, analista de sistemas e arquiteto.

A seleção consta de análise de documentos e avaliação de saúde para classificação dos candidatos. Os resultados serão divulgados no dia 14 de julho e os salários variam entre R$ 790,00 e R$ 2.700,00.

Endereços:

Destacamento de Apoio à COMARA em Manaus (AM):
Auditório do SERMOB - Av. Rodrigo Otávio s/nº, bairro Crespo

Destacamento de Apoio à COMARA em Tabatinga (AM):
Rua AT - 16, nº 1249, bairro COMARA

Destacamento de Apoio à COMARA em São Gabriel da Cachoeira (AM):
Av. Castelo Branco, nº 633, bairro Fortaleza

Destacamento de Apoio à COMARA em Moura (AM):
Rua Principal, s/nº, Vila de Moura

Destacamento de Engenharia da COMARA em Yauaretê (AM):
Rua Projetada, nº 120, bairro Centro

Sede da COMARA em Belém (PA)
Av. Pedro Álvares Cabral, nº 7115, bairro Marambaia.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Navegação Aérea

Plano prevê desativação dos radiofaróis NDB
O planejamento de desativação das estações de NDB tem como meta a transição da navegação dependente de equipamentos e sistemas de navegação convencionais para a utilização do conceito de sistema baseado em performance e no uso dos sensores do sistema global de navegação por satélites no espaço aéreo brasileiro. A nova concepção de voos está contida no conceito CNS-ATM (Comunicação, Navegação,Vigilância e Gerenciamento de Tráfego Aéreo). NDB é a sigla para radiofarol não direcional (Non-Directional Beacon). O NDB é um radiotransmissor em frequências médias que emite sinais em todas as direções. Permite que as aeronaves o localizem geograficamente e empreguem seus sinais para orientação em rotas e em procedimentos de aproximação para pouso. Um dos grandes benefícios associados ao sistema CNS a bordo das aeronaves é a redução do custo de implantação, operação e manutenção da infraestrutura de navegação aérea. O Plano de Desativação Gradual das Estações de NDB no Brasil está de acordo com a Concepção Operacional ATM Nacional, que orienta o estabelecimento da estratégia de evolução das capacidades do SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro), de forma ordenada, segura, oportuna e alinhada ao Conceito Operacional ATM Global da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional). O plano de desativação dos radiofaróis do tipo NDB no Brasil começou em 2014 e prossegue até 2020. O NDB UBT, frequência 295 Khz, localizado em Ubatuba (SP), sede do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação, tem previsão de ser desativado em janeiro de 2020. O cronograma e critérios do plano constam na Circular de informação Aeronáutica AIC 3/13 publicada pelo DECEA, disponível em www.aisweb.aer.mil.br

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Helibras

O primeiro helicóptero apto a reabastecimento em voo na AL
A Helibras apresentou o primeiro helicóptero na América Latina a contar com sistema de reabastecimento em voo (REVO). A aeronave é a mais recente unidade do H225M, fabricada na linha de montagem da empresa em Itajubá (MG) no âmbito do Programa H-XBR. O helicóptero é uma unidade destinada à FAB e o mecanismo foi integrado no Brasil por engenheiros e técnicos da Helibras, permitindo que a aeronave possa ser abastecida por um avião durante uma missão, sem a necessidade de pousar ou interromper uma atividade. Além desse sistema, o helicóptero recebeu no país a integração de sistemas como o de contramedidas eletrônicas, um dos principais itens desenvolvidos na empresa, que é um mecanismo de autoproteção para a aeronave, além de sistema de comunicação criptografada entre forças de resgate e refugiados, o equipamento FLIR com câmera infravermelha e detector a laser para rastrear alvos, e sistema de gravação de vídeo e voz do helicóptero. O H225M também permite operação com óculos de visão noturna, possui blindagem reforçada, guincho duplo, gancho para carga externa, previsão para instalação de duas metralhadoras 7.62, além de componentes de rapel e avançados sistemas de navegação e comunicação. Os avanços no programa H-XBR foram reconhecidos pela COPAC – Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, que emitiu novas cartas de crédito pelo cumprimento das etapas de Projetos de Cooperação Industrial (ICP) pela empresa, como a transferência de informações CRM para o suporte técnico nacional e a auditoria realizada conforme previsto pelo contrato.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Incaer



Efemérides Aeronáuticas - Maio

1899 - Santos-Dumont realizou, no Jardim da Aclimatação em Paris, a primeira experiência com o seu balão dirigpivel nº 2. Com a mesma forma e comprimento do nº 1, tinha, no entanto, o seu diâmetro maior - o que elevou o seu volume para 2003 m³ - e o motor mais possante - potência de 4,5 cavalos vapor (11 de maio).

1902 - Faleceram, em Paris, o inventor brasileiro Augusto Severo e seu mecânico Georges Sachet, no desastre aéreo com o balão dirigível "Pax", de invenção de Augusto Severo (12 de maio).

1905 - O aeronauta português Guilherme Magalhães Costa realizou no Rio de Janeiro uma ascensão aerostática com o seu balão livre "Portugal", de 1.058 m³, levando na sua companhia o fotógrafo Paulino Botelho da "Gazeta de Notícias" (7 de maio).

1908 - Faleceu em Realengo, Rio de Janeiro, o 1º Tenente de Cavalaria Juventino Fernandes da Fonseca, no acidente com o balão aerostático que ele pilotava e que tinha sido adquirido pelo Exército Brasileiro. O Tenente Juventino foi o primeiro aeronauta das forças Armadas (20 de maio). 

1912 - Organizada pelo jornal "A Noite", foi realizada no Rio de Janeiro a primeira "Semana de Aviação", com a presença dos aviadores franceses Roland Garros, Barrier e Audemar e do italiano Ernesto Darioli. O prêmio instituído pelo jornal foi ganho pelo aviador francês Roland Garros.

1914 - Realizou-se, no Rio de Janeiro, uma prova de velocidade para aviões, com a participação do aviador brasileiro Ricardo Kirk. Pilotando um monoplano Morane Saulnier, Kirk sagrou-se campeão (24 de maio).

1920 - Foi realizada a primeira experiência, em vôo, do avião "Rio de Janeiro", construído no Brasil nas oficinas "Lages Irmãos". O avião, que era um monomotor sesquiplano, foi pilotado durante as experiências pelo aviador da Missão Francesa, Capitão Etienne Lafay (18 de maio).

1922 - O avião bimotor "Independência", construído no Brasil, nas oficinas Henrique Lage, na Ilha do Viana, realizou seu primeiro voo no Campo dos Afonsos.

1929 - Foi autorizada a funcionar no Brasil a empresa aérea Pan American Airways (Decreto nº 18.768). A Pan American adquiriu a Empresa de Transportes Aéreos, brasileira (28 de maio).

1930 - Chegada em Natal, vindo de São Luiz do Senegal, do aviador francês Jean Mermoz, pilotando um avião monomotor Latècoère 28, depois de ter realizado, em 21 horas, o primeiro vôo comercial com travessia do Atlântico Sul sem escalas (13 de maio).

1931 - Criação do Grupo Misto de Aviação, com sede no Campo dos Afonsos (Decreto nº 20.030). Esta foi a primeira Unidade Aérea da Aviação Militar, após a criação da Arma de Aviação (21 de maio).

1941 - As "Forças Aéreas Nacionais", criadas em 20 de janeiro receberam a nova designação de "Força Aérea Brasileira", pelo Decreto nº 3.323 (22 de maio).

1942 - Foi executado o primeiro ataque a um submarino inimigo feito por avião da Força Aérea Brasileira. Uma aeronave B-25 "Michell" atacou o submarino entre o Arquipélago de Fernando de Noronha e as ilhas Rocas (22 de maio).

1945 - Foi declarado de utilidade pública, para desapropriação, o ex-Hospital Itapagipe, transformado no Hospital Central da Aeronáutica, pelo Decreto nº 18.370 (28 de maio).

1957 - Criação da "Medalha Prêmio Força Aérea Brasileira" pelo Decreto nº 41.639, para galardoar os militares da FAB que se distingam por estudos sobre temas técnico-profissionais (31 de maio). 

Fonte: Incaer

terça-feira, 5 de maio de 2015

Museus

Museu TAM tem acervo com mais de 100 aeronaves
Com mais de 100 aeronaves em seu acervo, o Museu TAM conta inclusive com aeronaves de destaque na Segunda Guerra Mundial, como o inglês Spitfire Mk.IX e o norte-americano P-47 Thunderbolt, utilizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Todos são modelos reais, utilizados durante o conflito. O acervo vai além dos modelos de guerra. O Savoia-Marchetti SM-55 Jahú, por exemplo, está lá por sua história. Ele é um hidroavião monoplano da década de 1920 que foi escolhido pelo comandante João Ribeiro de Barros para atravessar o Atlântico Sul em abril de 1927. Desde 2002, o Jahú está tombado como patrimônio histórico de São Paulo.
O Lockheed L-049 Constellation é outro avião com uma trajetória curiosa. Essa aeronave, que hoje está estampada com as cores e o logo da Panair, ficou abandonada por 34 anos no Paraguai. Durante esse período, chegou a ter até um restaurante funcionando em seu interior. Ela foi doada à TAM pelo governo paraguaio em 2000 e chegou a São Carlos (SP) desmontada em seis carretas. Uma raridade exposta no museu é um Miles M.2H Hawk, da década de 1930. Existem apenas seis aeronaves desse modelo no mundo e a que está em São Carlos é a única ainda capaz de voar. Foi totalmente restaurada e levou mais de quatro anos para ficar pronta. Mais da metade das aeronaves do acervo ainda pode decolar, entre elas o Spitfire, que chegou ao Museu voando. O Corsair em exposição é o mais antigo do mundo e o único da sua versão ainda em condições de voo. Cinco aeronaves estão expostas em dioramas, cenários que remetem às situações reais em que as aeronaves operavam. Vegetação, solo e objetos ajudam a compor a atmosfera lúdica. Uma delas é o Cessna 140. A história deste avião foi relatada no livro Diário da Morte – A Tragédia do Cessna 140, de Walter Dias, sobre a morte do piloto Milton Verdi, que fez um pouso forçado em uma clareira da floresta boliviana nos anos 1960. Ele sobreviveu 70 dias no local, mas morreu de sede e fome antes que o socorro chegasse. Durante esse tempo, até o seu último dia, ele escreveu um diário que deu origem ao livro. Pintado com as cores da TAM, também está em exposição um Bandeirante, avião desenvolvido no então Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A Embraer, hoje terceira maior fabricante de aeronaves no mundo, foi criada para colocar o Bandeirante no mercado. A frota da TAM incluiu onze aeronaves deste modelo entre as décadas de 70 e 90.

Exposição na capital: uma proposta
Como o museu não é de fácil acesso a muitos interessados pela distância da região metropolitana, uma proposta começou a ganhar corpo: a transferência para a capital do estado, São Paulo. A ideia seria levar as aeronaves históricas para uma área do Comando da Aeronáutica na região do Campo de Marte, zona norte da cidade, e acrescentar ainda outras raridades da Fundação Santos Dumont, Polícia Militar do Estado de São Paulo e outras instituições ligadas à aviação. De acordo com o Comandante do Quarto Comando Aéreo Regional (IV COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, o projeto está no início e já conta com a participação efetiva do Museu da TAM e da Fundação Santos Dumont, que vão ceder seus acervos. “Nossa ideia é trazer para a maior cidade do país toda a riqueza da aviação brasileira, além de preservar e resgatar a história aeronáutica”, afirmou. Em janeiro de 2015, o IV COMAR reuniu empresários e representantes de instituições públicas e privadas para debater o tema. A reunião contou com a participação do Comandante João Francisco Amaro, Presidente do Museu TAM, que explicou a necessidade de transferência do acervo de mais de noventa aeronaves em exposição em São Carlos. Segundo ele, a mudança para São Paulo aumentaria o número de visitantes, além de ampliar o espaço destinado às aeronaves expostas. Instituições como a Infraero, Polícia Militar, Associação Brasileira de Aviação Geral e Helibras também apoiam a iniciativa. “É uma grande solução cultural que vai gerar emprego e renda, além de valorizar a região que tem tudo a ver com aviação”, disse o superintendente regional da Infraero, Willer Larry Furtado. Ele lembrou que a área do Campo de Marte foi a primeira infraestrutura aeroportuária de São Paulo, nos anos 20, e hoje abriga mais de 40 hangares, além de sediar o tradicional Aeroclube de São Paulo e o Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar, o Águia.

Museu TAM
Localização: Em São Carlos, a 250 km de São Paulo.
Fica no Distrito de Água Vermelha, no km 249,5 da rodovia SP-318, que liga São Carlos a Ribeirão Preto.
Telefone: (16) 3306-2020
Horário de funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h (entrada autorizada até as 15h) 
Ingressos: R$ 25, com meia entrada de R$ 12,50 para estudantes, professores da rede pública de ensino (com documento comprobatório) e idosos de 60 a 65 anos.
Idosos a partir de 65 anos e crianças até 6 anos não pagam.

domingo, 3 de maio de 2015

Especial de Domingo

Do Aviões e Músicas selecionamos o conteúdo de hoje. No texto de Alexandre Conrado, uma bela retrospectiva para os nossos Ninjas e aos amigos do blog.
Boa leitura.
Bom domingo!

Os primeiros Boeings de cada tipo no Brasil
A presença da Boeing nos céus brasileiros foi tal nas últimas décadas que se tornou sinônimo de avião, inclusive com gafes jornalísticas como por exemplo no enterro do Cmte.Rolim: um “Boeing da TAM” fez passagem baixa no cemitério (o detalhe é que na época deste evento trágico a TAM só operava Airbus). Fico chateado mesmo é quando leio “Boing”… mas de onde vieram os Boeings? Eles estão no Brasil já há bastante tempo, tivemos por exemplo um Boeing 247 em uma empresa aérea chamada Viação Aérea Bahiana que voava de Salvador para Aracajú e Ilhéus. Este artigo porém focará nos primeiros 7×7 do Brasil, vamos conhecê-los?

BOEING 707
Boeing 707
O quadrimotor que revolucionou o transporte intercontinental chegou ao Brasil pela VARIG, quando recebeu o PP-VJA que foi um Boeing 707-441, recebido pela empresa em 17 de Junho de 1960 e voou até Outubro de 1979. O 707 voou no Brasil por décadas até sair da cena cargueira em 2008 pela BETA Cargo.

BOEING 727
O Boeing 727 foi ícone do transporte doméstico no final dos anos 70/80, operado por todas as 4 empresas da época. O primeiro modelo foi o 727-100 que tem uma história curiosa: A VASP comprou 4 727-100, mas no desenvolver da história optou por trocar por um número igual de 737-200 que atenderiam melhor aos interesses da empresa, coube a VARIG ficar com os aviões, no entanto a CRUZEIRO também encomendou e receberia primeiro, mas uma série de eventos na saudosa empresa azul-turquesa fez com que a VARIG recebesse o avião e o colocasse em serviço. O primeiro 727-100 do Brasil foi o PP-VLD recebido em 23 de Outubro de 1970 – boa data não? – e ficou até o fim de sua vida operacional na VARIG sendo transformado inclusive em cargueiro. A operação do 727-100 foi intensa, com a TRANSBRASIL padronizando sua frota no tipo durante 70 e começo de 80. Já a VASP acabou retomando a vanguarda e foi então a pioneira do 727-200 quando recebeu o PP-SNE em 19 de Abril de 1977. A história dos 727 no Brasil terminou com a versão -100 e -200 sendo operadas pela VARIGLOG ao longo da primeira década deste século.

BOEING 737
Tipo mais comum de avião em nossos céus, praticamente todas suas versões voaram no Brasil, exceto os -100, -600 e -900. A VASP foi a pioneira em 737-200 e -300. O primeiro 737-200 do Brasil foi o PP-SMA que chegou em 18 de Julho de 1969; apenas em 1974 a VARIG receberia os seus e, em 1975, a CRUZEIRO. O avião teve sucesso tal no país que até a FAB o utilizou. Já em 18 de Abril de 1986 chegava o PP-SNS para a VASP era o primeiro 737-300 do país, seguido logo depois por outros na VASP e na TRANSBRASIL (primeiro nesta foi o PT-TEA). A versão alongada, 737-400 estreou no país em 1989 ao dia 23 de Junho de 1989 com o prefixo PT-TEL e sua cauda coloridíssima pela TRANSBRASIL. Fechando a família “classic” como são conhecidos os -300/-400/-500 coube a Rio-Sul em 23 de Outubro de 1992 receber o 737-500 PT-SLN, novo de fábrica, na época batizado de Boeing 737-500 Regional por marketing e foi o cavalo de batalha da disputa entre Rio-Sul e TAM (737-500 vs Fokker 100) na aviação regional nos anos 90. A Boeing desenvolveu a família NG, Next Generation, composta pelas versões -600, -700 e -800 inicialmente, o -600 sucedia o -500, o -700 o -300 e o -800 o -400, posteriormente veio o -900 e agora já teremos a MAX. Os Boeing 737-700 desembarcaram na America Latina na Argentina, quando a LAPA recebeu o LV-YYC, até então exceto a versão -100, todos primeiros operadores no continente tinham sido Brasileiros. Mas a VARIG recebeu o PP-VQA em 25 de Novembro de 1998 e operou algumas unidades deste avião, cuja imagem é diretamente associada a GOL maior operador de 737NG do Brasil. Já o 737-800 chegou pela VARIG também em 10 de Setembro de 2001 quando o PP-VSA, serial 30571 pousou em Porto Alegre. Este avião se apegou ao Brasil e quando saiu da VARIG foi para a GOL em 2007 como PR-GIP e voou lá até 23 de Janeiro de 2015 quando foi embora da empresa laranja. Não tivemos 737-900 no Brasil, a GOL (que teve seu primeiro 737-700 PR-GOL e primeiro -800 como PR-GOJ) não optou por esta aeronave e nenhum outro operador se interessou até o momento, quando vemos Airbus A321 voando por aqui, me questiono o porquê disso.

BOEING 747
O Jumbo dispensa apresentações. Chegou ao Brasil na versão -200 pela VARIG como PP-VNA em 30 de Janeiro de 1981, voou pela primeira vez nas cores da extinta empresa gaúcha em 12 de Fevereiro de 1981 em voo especial na rota BSB-CGR com o presidente João Figueiredo a bordo e seguiu CGR-POA-GIG. Seu primeiro serviço internacional foi no mesmo dia como VARIG 860 GIG-JFK. Ficou no Brasil até 1996 quando foi para a Cathay Pacific (em 1993/1994 voou com matricula Brasileira arrendado para a Aerolineas Argentinas). A VARIG trouxe a versão -300 em 10 de Dezembro de 1985 quando recebeu o PP-VNH, este avião voou até 2000 na empresa, inclusive foi o primeiro jumbo a ter a nova pintura (barriga azul em 1996) e fez passagem baixa no Santos-Dumont (SDU/SBRJ), foi também o último 747 da VARIG. A versão -400 também voou por aqui sendo o primeiro o PP-VPI recebido pela VARIG em 07 de Setembro de 1991, os -400 duraram pouco tempo voaram de 1991 até 1994 pela VARIG que teve no total 3 unidades do maior jumbo até então na época. Não tivemos 747-100 e nem 747-8i. O avião voou apenas na VARIG, mas a TRANSBRASIL quase trouxe uma versão cargueira, o que não se concretizou.

BOEING 757
O Boeing 757 teve vida curta no Brasil, quis assim a história. Foi encomendado pela TRANSBRASIL junto com os 767-200 em 1983, mas não teve nenhuma unidade recebida por esta empresa, acabou a VARIG no seu momento de crise adotando uma frota de 757 para recompor seus serviços em 2004, precisamente em 4 de Setembro daquele ano a empresa gaúcha recebeu o PP-VTQ, um dos 4 oriundos da Ibéria, voaram 2 anos até em 2006 saírem da empresa. O avião teve unidades cargueiras voando pela VARIGLOG e também a OceanAir teve um exemplar com winglets voando passageiros, o PR-ONF.

BOEING 767
A resposta da Boeing ao Airbus A300 chegou ao Brasil justamente pela primeira empresa a se interessar por Airbus no país: TRANSBRASIL. Em 23 de Junho de 1983 o PT-TAA com asa e detalhes em Azul chegou a Congonhas, isso mesmo em Congonhas, e compôs a frota da TRANSBRASIL até o seu fim, tendo sido desmanchado em Brasilia recentemente. O PT-TAA era da versão -200, a versão -300 voou no Brasil e teve como sua primeira operadora a VARIG que recebeu o PP-VOI em 21 de Dezembro de 1989 que voou na empresa até 2007 quando saiu da companhia. A VARIG e TRANSBRASIL operaram o 767-200/300 em grande número sendo as principais operadoras, atualmente o -300 segue escrevendo sua história no Brasil pela TAM que recebeu inclusive aviões bem novos ex-LAN. Sua versão maior, o -400, não foi operado por nenhuma empresa Brasileira.

BOEING 777
Ah, o T7, nem falo deste avião, ele tira o fôlego, não tem o charme e mística do 747, mas tem uma nacele de motor que é simplesmente o diâmetro de um 737! Pois bem, este gigante seria lançado no Brasil pela TRANSBRASIL que reservou inclusive a matrícula PT-TGA para ele, de acordo com Omar Fontana o TG era de THE GIANT, mas acabou foi a VARIG recebendo o avião em 02 de Novembro de 2001 com matricula PP-VRA, batizado Otto Meyer, fundador daquela empresa. Poucos sabem mas a VASP teria 777 para substituir MD11, mas o avião não veio (assim como tantos outros prometidos pela VASP na Era Canhedo). Já a TAM trouxe a versão -300 do T7, com o PT-MUA recebido em 17 de Agosto de 2008.

BOEING 787
Bom, o 787 por aqui não há ainda, tivemos até encomenda da OceanAir, mas transferido para a Avianca Colombia. Comentou-se em TAM, GOL, VARIG (a da GOL) tendo este avião e até a Azul foi cogitada, mas o moderníssimo 787 não deu as caras pelo Brasil com bandeira do país e sinceramente não vejo possibilidade disso em futuro próximo. O Brasil teve praticamente todos os Boeings da era 7×7, exceto o 717 (que os fãs mais “fanáticos” dizem não ser um Boeing, afinal era o MD95). Não tivemos todas as versões como por exemplo não houve 737-100/600/900, 757-300 e outros citados, enfim, Boeing no Brasil é sinônimo de avião, hoje (Abril de 2015) no país operam quase 200 Boeings desde o 727-200 cargo até o 777-300 paxs na TAM. São quase 150 737NG voando pela GOL, 11 clássicos 727-200F na RIO e TOTAL. Uma pátria que tem como sinônimo de avião: BOEING!

Sobre o autor: Alexandre Conrado, Piauiense, amando e pesquisando aviação comercial desde 1982, dedicando-se profissionalmente em Aeroportos e Manutenção há 14 anos. É apaixonado por hélices, poucos jatos e música eletrônica. Consultor na ACW Consultoria em Aviação e Hotelaria.

sábado, 2 de maio de 2015

Biblioteca Ninja

Como Desenhar Aviões - Passo a Passo
O livro apresenta 20 modelos com as principais características dessas máquinas voadoras, ensinando a desenhar passo a passo, do esboço inicial ao último detalhe da arte final. Contém dezenas de dicas úteis que os profissionais da ilustração costumam aplicar em seus trabalhos.

Título: Como Desenhar Aviões - Passo a Passo
Autor: Vários
Editora: Könemann
Edição: 1ª
Ano: 2014
Especificações: Brochura | 192 páginas
ISBN: 978-38-6407-468-4
Peso: 440g
Dimensões: 195mm x 160mm

sexta-feira, 1 de maio de 2015

1º de Maio

No primeiro de Maio, dia do Trabalhador, reproduzimos para reflexão texto de Ozires Silva, engenheiro aeronáutico e fundador da Embraer.

Uma decolagem para o futuro
Na década de 40, Stephan Zweig escreveu o livro “Brasil, o País do Futuro”, de grande repercussão. Esperávamos que o futuro, preconizado pelo autor, estivesse próximo e que conseguiríamos materializá-lo. Os anos se passaram, em sequência de crises e de dificuldades. Chegamos aos novos século e milênio, com a população brasileira registrando nas últimas décadas quase nada de progresso, desenvolvimento e qualidade de vida. Sob o descompasso entre as demandas sociais e as possibilidades de cobrir seus custos permanecemos atrelados ao estigma do subdesenvolvimento, em que pesem algumas notáveis exceções, justamente para demonstrar que somos um povo capaz. 

Vivemos num país com todos os requisitos viáveis para o sucesso. No entanto, nosso desempenho econômico de longe tem estado abaixo do mínimo indispensável para contingente de quase 200 milhões de habitantes. Em 1994, nossas autoridades maiores conceberam uma ideia realmente valiosa: o Plano Real, magistralmente orquestrado e brilhantemente implantado. Foi proclamado que, afastado o iníquo imposto de inflação vergonhosa, pelo menos 30% da população passaria a produzir, ganhar e consumir. Entretanto, a partir do momento em que isto se tornou realidade e os primeiros números do crescimento surgiram, vozes antigas, sob o pretexto do perigo de retorno aos detestados índices de inflação do passado, conseguiram implementar medidas de restrições econômicas que nos trancaram no mar da recessão e da estagnação. E assim, diante de uma extraordinária perspectiva de mudanças, voltamos a um passado não desejado, aonde estamos desde então.

Nasceu novo milênio e novo século que mostraram-se difíceis, com crises mundiais e com algo que jamais se pensou anteriormente: o uso dos pacíficos aviões comerciais como armas do terror, desencadeando crise sem precedentes, atingindo praticamente todos os países e setores econômicos. Tudo isto foi ruim, mas não deveríamos ter sucumbido aos tradicionais maus costumes de buscar nas dificuldades dos outros justificativas para nos afastarmos da trilha do crescimento e do sucesso. Cabe a pergunta: o que fazer? O principal objetivo das nações deve ser o de proporcionar crescentes padrões de vida aos seus cidadãos. A questão fundamental do “por que não crescemos e competimos mundialmente o suficiente e o que nos impede?”, deveria martelar continuamente nossas cabeças. 

Olhando para a frente vem a luta, já ganha por outras populações, de colocar como prioridade nacional crescimento econômico e trabalhar duramente para que ele se torne realidade. Parece fundamental afastamento das variáveis econômicas sob ótica única dos interesses financeiros. Taxas de juros, acesso ao crédito, política tributária, leis e regulamentos, muito além de visar o equilíbrio das contas públicas deveriam estar a serviço da política do desenvolvimento da nação. O importante é ter povo rico, produtivo e agora num mundo global, competitivo e vencedor. Hoje, a competição mundial ocorre entre países e não mais somente entre empresas ou organizações. Assim, a competitividade nacional deve ganhar foros de política permanente, sob ótica de prioridade maior para nos transformar em ganhadores e superavitários permanentes no comércio nacional e internacional.

A cultura e os valores nacionais, incutidos nos programas educacionais desde os primeiros tempos da vida de cada cidadão, deveriam ser os elementos básicos para a consolidação da nacionalidade, do nosso perfil como povo e como cidadãos, todos essencialmente empreendedores, cada qual no seu campo. Os insucessos do passado nos obrigam a buscar novos paradigmas de comportamento, de decisão, de participação e tentar compreender, com humildade, que o mundo mudou. Precisamos aceitar mudanças que realmente mudem, de cultura e de atitude, lembrando que não mais é possível manter mesmo quadro de marginalizados da sociedade nacional. Duas décadas de pouco crescimento já afetaram negativamente em demasia a vida de milhões de brasileiros. Uma terceira seria não aceitável.

Texto: OZIRES SILVA

Fonte: O VALE

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Concurso AFA

Academia da Força Aérea abre inscrição para Oficial Aviador, Intendente e de Infantaria
Os candidatos aprovados em todas as etapas terão auxílio financeiro, direito à moradia, alimentação e plano de saúde

Você está preparado para começar sua carreira militar? A Academia da Força Aérea (AFA) está com um novo concurso aberto para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. As inscrições podem ser feitas via internet no período de 28 de abril a 18 de maio de 2015. São oferecidas 58 vagas para a especialidade de Aviação, 25 para Intendência e 15 para Infantaria. O jovem interessado em participar do processo seletivo não pode ter menos de 17 anos e nem completar 23 anos de idade até 31 de dezembro de 2016. A taxa de inscrição é de R$ 70,00. O processo seletivo é composto por provas escritas (Português, Física, Matemática, Inglês e Redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de aptidão à pilotagem militar (somente para os candidatos que optarem pela especialidade de aviação e obtiverem a menção “APTO” na inspeção de saúde e no exame de aptidão psicológica), teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 26 de julho de 2015 nas seguintes localidades: Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Barbacena (MG), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Pirassununga (SP), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), durante quatro anos. Na AFA, eles serão considerados Cadetes da Aeronáutica, receberão auxílio financeiro, terão direito à moradia, alimentação e plano de saúde. Após a conclusão do curso com aproveitamento o aluno será nomeado Aspirante a Oficial. A remuneração inicial do aspirante é de R$ 7.027,50. Para obter mais informações, consulte o edital em: www.fab.mil.br

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Embraer

Características do cargueiro KC-390
A Embraer lança filme de divulgação das diversas características e finalidades do KC-390. Os requisitos do cargueiro foram estabelecidos pela Força Aérea Brasileira e é o maior avião já produzido no Brasil. Estão em andamento os testes com o protótipo, que proporcionará a primeira certificação da aeronave.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Datas Especiais

28 de Abril:
Dia da Travessia do Atlântico
O Governo do Estado de São Paulo, através da Lei Estadual nº 9.933/98, instituiu a data como comemorativa ao feito da primeira travessia do Oceano Atlântico, que foi realizada por brasileiros. Mas muitos não têm, sequer, ideia do que se trata esta comemoração. Há 88 anos os brasileiros entravam para a História por serem os primeiros das três Américas a realizarem a travessia do Oceano Atlântico dispondo de apenas uma aeronave. E esta travessia foi realizada a bordo do “JAHÚ”. 23 dias após os brasileiros, o norte-americano Charles Augustus Lindbergh, fez um voo de Nova York a Paris e até hoje é admirado e cultuado como pioneiro neste tipo de travessia. E os brasileiros? Caso semelhante ao de Santos Dumont e os irmãos Wright. Infelizmente nosso povo esquece rápido nossa História e não cultua nossos heróis.
Temos sempre que avivar a nossa História e não apenas admirar os heróis e histórias dos outros. Estou escrevendo um livro contando desde os primeiros esboços do avião Savoia Marchetti S-55 para mostrar o “JAHÚ” desde quando era "Alcione" e tentou a travessia com o Conde Eugenio Casagrande, mas sofreu um acidente e ficou semi-afundado em Casablanca, até a sua mais recente restauração pela Helipark e onde está exposto no Museu TAM em São Carlos – SP. Esta data é importante para que as gerações futuras tenham a memória de nossos heróis do passado.

Texto: Alexandre Ricardo

Saiba mais: Blog do NINJA dos dias 31/08/2014   e 24/08/2014

Embraer

Embraer busca novo mercado

Unidade voltada para Defesa e Segurança quer desenvolver veículo lançador, novos satélites e avançar na área espacial

A Embraer Defesa & Segurança estuda ampliar sua presença no programa espacial brasileiro e inclui a possibilidade de explorar projetos na área de foguetes. A meta, segundo o presidente da unidade, Jackson Schneider, é ter uma empresa integradora na área espacial. “Isso pode incluir desenvolvimento de veículo lançador e de novos satélites”. A empresa iniciou seus negócios na área espacial em 2013 com o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, no qual é responsável pela gestão dos fornecedores e do lançador, além da integração dos sistemas. O satélite é produzido pela empresa francesa Thales Alenia Space e o lançamento será feito pela Arianespace, no segundo semestre de 2016. O custo total do projeto é de R$ 1,3 bilhão. Em 10 de março deste ano, a Thales inaugurou em parceria com a Omnisys um Centro Tecnológico para Espaço e Defesa, em São José dos Campos-SP. 

Rompimento
Para o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, a decisão do governo federal de romper o acordo com a Ucrânia para o lançamento do foguete Cyclone-4, do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, abrirá outras perspectivas para o programa espacial brasileiro. “A Embraer tem demonstrado interesse no nosso VLM (Veículo Lançador de Microssatélites)”, disse o comandante, em nota.

Foguete
O projeto do VLM é prioritário no programa espacial brasileiro. O foguete é desenvolvido em parceria com o Centro Espacial Alemão e prevê a participação da indústria nacional desde as primeiras fases de concepção. Segundo estudos já feitos por especialistas, o VLM tem potencial de mercado promissor, tendo em vista que ainda não existe nenhum outro foguete dedicado para atender a essa faixa de mercado (cargas úteis de 120 a 150 quilos). “Estamos interessados em avançar na área espacial, o que abre espaço para atuarmos junto aos principais participantes desse processo”, afirma Schneider, por meio de nota.

Ipanema
A Embraer mostrará na 22ª edição da Agrishow, feira em Ribeirão Preto (SP), o novo avião agrícola, o Ipanema 203, que é maior do que a versão anterior, com 1.360 unidades vendidas. A unidade pré-série do novo Ipanema 203 realizou seu primeiro voo no último dia 16 de abril.

Fonte: O Vale

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Concurso para Sargento da FAB

Aeronáutica tem 283 vagas para cursos na EEAR
As inscrições podem ser feitas até o dia 19 de maio

Estão abertas as inscrições para o concurso ao Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS-B 2016). As inscrições devem ser feitas até o dia 19 de maio de 2015 no site www.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60,00. Este ano ocorrerão dois concursos para o CFS-B: um no primeiro semestre e outro no segundo semestre. O edital, lançado nesta semana, disponibiliza 283 vagas para 14 especialidades. Os aprovados no concurso começarão as aulas no dia 10 de janeiro de 2016. Para participar do exame o candidato não pode ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2016 (conforme alínea “h”, inciso V, Art. 20 da Lei nº 12.464). Os interessados devem possuir ensino médio completo, entre outros requisitos estabelecidos no edital. O processo seletivo é composto de provas escritas (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Física), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas serão realizadas no dia 12 de julho de 2015 nas seguintes cidades: Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM) e Porto Velho (RO). Se aprovado em todas as etapas, o candidato fará o curso na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), durante dois anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será nomeado Terceiro-Sargento e receberá um salário inicial bruto de R$ 3.686,25.

Quadro de Vagas

OPÇÃO 01 – AERONAVEGANTES
SOMENTE SEXO MASCULINO
1.
BMA - Mecânica de Aeronaves
45
2.
BMB - Material Bélico
11

OPÇÃO 02 – AERONAVEGANTES
AMBOS OS SEXOS
3.
BCO – Comunicações
11

OPÇÃO 03 - NÃO-AERONAVEGANTES
SOMENTE SEXO MASCULINO
4.
SGS - Guarda e Segurança
22

OPÇÃO 04 - NÃO-AERONAVEGANTES
AMBOS OS SEXOS
5.
BEV - Equipamento de Voo
4
6.
BMT – Meteorologia
7
7.
BSP – Suprimento
11
8.
SAI – Infor. Aeronáuticas
10
9.
SDE – Desenho
6
10.
BEP - Estrutura e Pintura
9
11.
SEM – Eletromecânica
6
12.
SML – Metalurgia
4
13.
SBO – Bombeiro
9

OPÇÃO 05 - CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO
AMBOS OS SEXOS
14.
BCT –Contr. de Tráf. Aéreo
128

Saiba mais: www.fab.mil.br 

Outros concursos para a Aeronáutica: Veja blog do NINJA de 23/04/2015

domingo, 26 de abril de 2015

Especial de Domingo

O único aviador brasileiro veterano da Segunda Guerra Mundial ainda vivo, aos 95 anos, o Major John Buyers concedeu entrevista, em dezembro de 2013, no Museu do Segundo Comando Aéreo Regional, no Recife (PE), reproduzida, em 2015, pela Agência Força Aérea, em comemoração aos 70 anos da vitória brasileira pelo Primeiro Grupo de Caça nos céus da Europa, na luta contra o nazifascismo.
Boa leitura.
Bom domingo!

Heróis Brasileiros


Um mineiro é o último aviador herói brasileiro da Segunda Grande Guerra

Nascido em Minas Gerais, mas filho de norte-americanos, o Major John Buyers participou da Segunda Guerra Mundial como oficial da Aviação do Exército dos Estados Unidos (USAAF). Por falar português fluentemente, foi designado para atuar como oficial de ligação entre o Comando dos EUA e o 1° Grupo de Aviação de Caça, o esquadrão de combate da Força Aérea Brasileira que se tornou o único da América Latina a participar da guerra na Europa, entre 1944 e 1945. Sua função seria apenas burocrática, mas ele foi voluntário para voar 21 missões de combate ao lado dos seus colegas da FAB. Duas delas aconteceram no dia 22 de abril de 1945, lembrado até hoje como o Dia da Aviação de Caça. Aos 95 anos, o Major John Buyers é o único aviador brasileiro veterano da Segunda Guerra Mundial ainda vivo. Em entrevista concedida em dezembro de 2013 no Museu do Segundo Comando Aéreo Regional, no Recife (PE), ele brinca: "sou o viúvo!". John Buyers lembra das missões nos caças P-47 Thunderbolt e da vida ao lado dos pilotos brasileiros. Mas o oficial americano não se refere a “eles”: apesar de ter passado o conflito em um uniforme dos EUA, o veterano não hesita em se referir aos brasileiros como “nós”. Confira abaixo a íntegra da entrevista:

É verdade que o senhor conheceu Santos Dumont?
Conheci. Meu Deus, como é que eu vou contar? Ele morava em Petrópolis e eu fui procurá-lo lá. Encontrei, conversei com ele um bocado. Recebeu-me muito bem. Foi uma aventura pra mim porque ele já era um homem velhinho. Não me conhecia, nunca me viu mais gordo. Aí então eu meti a cara e fui lá conversar com ele (risos). Mas foi muito bom. Não esqueço nunca a palestra que eu tive com ele. Eu tenho certeza que ele não se esqueceu de mim não. Eu não pilotava avião não, mas eu era maluco por aviação.

E a Carmem Miranda também?
Eu conheci Carmem. Ela estava passando e eu disse: “Ô Carmem, não quer tirar uma fotografia comigo não?”. E ela disse: “Vem cá, meu bem”. Aí chegou lá, me abraçou, e ela foi embora. Nunca mais vi. (risos).


Mas daquele tempo, sua maior lembrança é a participação na Segunda Guerra Mundial, não é?
Nem pergunta, porque foi uma época da minha vida que eu nunca, mas nunca vou esquecer. Porque fomos a uma guerra e foi matança pra aqui, matança pra ali... E o Brasil fez bonito, viu? O Brasil fez bonito na campanha lá. E eu tenho muito orgulho do meu grupo de caça. (lágrimas).

É verdade que inicialmente os americanos não acreditavam muito que o Brasil conseguiria ter um grupo de aviação de caça na guerra?
Eu penso que eles achavam que o Brasil talvez não pudesse, mas foi insistido. E o americano estava querendo pegar o Brasil pelo pé (risos) para ser um bom companheiro para ele. Então ele deu tudo, tudo o possível para esse Grupo de Caça. O americano deu de graça para nós, de graça. E nós fizemos bonito, muito bonito. Nunca pensaram que nós íamos conseguir isso.

O senhor era o Oficial de Ligação. Não tinha qualquer obrigação em voar missões de combate. Mesmo assim, voou 21 vezes ao lado dos brasileiros. Por que isso? Por que arriscou a própria vida mesmo sem precisar?
Eu estava em uma guerra. Eu queria participar da guerra. E eu estava com o grupo de caça… (sorriso) E eu pedi, eu entrava na frente. Mas levei muito tiro. Levei muito tiro. Meu avião voltou várias e várias vezes com buracos. Mas a gente foi pra frente.

Durante a guerra o senhor tinha 24, 25 anos. O que leva um jovem a querer participar da guerra?
É a aventura. Não tem nem dúvida. Foi uma aventura mesmo que nós tivemos lá. Mas nós corríamos o risco. Uns não conseguiram. Morreram, tiveram que saltar de paraquedas, foram parar em campo de prisioneiros. Outros ficaram escondidos lá no meio do mato até que terminasse a guerra. Então tem de tudo.

É verdade que o Tenente-Coronel Nero Moura estava preocupado com um “excesso de coragem” dos pilotos brasileiros?
Estava. Às vezes estavam exagerando um pouco. Mas isso é coisa da mocidade. Você tem um aviãozão cheio de metralhadoras e você não vai fazer nada contra o inimigo? Eles metiam mesmo pra frente para ganhar a guerra e ganhar experiência para o Brasil.

O senhor lembra das suas missões?
Lembro. A gente não esquece. Não sei como eu posso dizer para você. Eu tive sorte. Eu levei muito tiro, mas nenhum deles foi fatal. Não tive que saltar de paraquedas. E eu tenho muito orgulho do primeiro grupo de caça. Porque eles fizeram bonito. Ninguém pensava que o Brasil ia fazer o que fizemos. Mas eu procurava orientar também os pilotos brasileiros para eles não se exporem demais. Eu conversei com os pilotos americanos que estavam lá e eles me explicaram coisas, como fazia, como era e tal, e passava isso para o pessoal brasileiro.

O 1° Grupo de Caça voava o P-47, o “trator voador”. Dava confiança voar aquela aeronave em combate?
Ah, dava! Por que não? Ele era muito maneável. Foi um avião extraordinário. E nós tivemos muita sorte. Tem isso também. Eu acho que dos pilotos eu sou o último, não tem mais nenhum brasileiro. Eu sou o viúvo (risos).

Mais que colegas, amigos de muitos anos?
Ah sim. Isso você não consegue tirar da cabeça nem do coração.

Nero Moura foi um amigo em especial?
Sim, senhor. Um grande amigo e não esqueço nunca do Nero Moura. Eu, às vezes.... Não tem mais nenhum deles vivo. Todos já morreram. Eu sou o último. (choro) Eu perdi muitos amigos. Mas eu ganhei muitos.

Olhando essa maquete atrás do senhor a gente lembra que o Grupo de Caça precisou enfrentar chuva, lama, neve... Qual era o segredo para, mesmo assim, conseguir cumprir tantas missões? 
Eram os mecânicos. Os mecânicos foram muito bons. Foram muito bons mesmo. Eu não me lembro de nenhuma missão que tivesse voltado por um problema qualquer no motor ou falha do mecânico. Não existiu. Eles sabiam e eles queriam que nós fossemos e voltássemos. Era um encaixamento ali que eu não sei explicar, mas nós dependíamos dos mecânicos e os mecânicos dependiam de nós.


Depois de cumprir as missões, como era dormir no fim do dia?
Todo mundo dormia com sossego. Dormia com sossego e com o orgulho do que tinha feito naquele dia. É uma coisa que a gente não sabe explicar (sorriso).

Havia medo, também?
Medo? (risos) O cabelo ficava arrepiado, mas a gente ia mesmo. Ninguém ia voltar sem fazer a missão que tinha saído para fazer. Agora, tem uma vantagem, nossos pilotos eram de primeira. E nós tivemos um treinamento muito bom.

Além de dormir, o que dava para fazer para tentar relaxar?
Escrever cartas para casa. Eu escrevia para meu pai porque ele estava preocupado. Eu procurava mandar uma carta de dois em dois dias porque chegava lá e ele sabia que tava tudo bem. E assim eram os outros também.

O senhor contava tudo nas cartas ou procurava só deixar o seu pai mais tranquilo?
Não contava que levei tiro aqui, levei tiro ali. Escrevia uma carta de saudades. Muitos arranjaram namoradas lá, também, né?

E quem fazia mais sucesso, o brasileiro ou o americano?
Eu não sei dizer a você porque eu não fui procurar isso. Cada um fizesse como quisesse! É coisa lá deles mesmo. Eu tinha uma namorada aqui e eu escrevia carta para ela.

O 1° Grupo de Aviação de Caça combateu na Itália de outubro de 1944 até maio de 1945, no fim da guerra. Os pilotos que chegaram no início ficaram até o final, sem substituição. Tivemos pilotos com 80, 90 e até 100 missões. Ninguém pediu para ir embora?
Não. Isso não existiu. Nós estávamos orgulhosos daquilo que nós estávamos fazendo. E nós sabíamos que tínhamos que voltar para o Brasil, e de cabeça erguida. Não tivemos nenhum que fizesse uma missão e depois dissesse "não vou mais". Isso não existiu. Ele ia a primeira, e queria a segunda, a terceira, a quarta (risos).

Quando o senhor estava em uma missão, o que passava pela cabeça?
Cai fora pra não ser abatido!!! (risos).

Que tipo de alvo o senhor atacou?
Tudo o que você pode imaginar. Eu peguei vários. O inimigo precisava de munição. Então a gente procurava descobrir onde estava a munição dele e atacava aquele negócio. Eles ficavam sem meios de lutar. O alemão era bom mesmo. Mas houve um período em que eles estavam ficando sem munição. Então eles escondiam e nós descobrimos onde é que estava. A gente ia lá, metralhava e bum, explodia aquela porcaria. Eles que se danassem! Também tem outra coisa: eles pegaram tudo que tinham e botavam ali, às vezes, sem um treinamento muito bom. Então nós tivemos essa vantagem. Nós tivemos um preparo muito bom.

O senhor pensava sobre o inimigo? Sobre aqueles homens que combatiam pelo outro lado? 
Aquilo é uma guerra. Eles estavam lá para matar a gente e a gente estava lá para matar eles. É isso aí, né? Quanto mais inimigos você pudesse acabar...

Por outro lado, como era quando um brasileiro não voltava de uma missão?
O que é que podia fazer? O que é que a gente podia fazer? (silêncio) Nós chorávamos. Guerra é guerra. E a gente procurava não fazer o mesmo erro que ele fez. Às vezes era um erro que ele fez. A gente não fazia a missão do mesmo jeito que ele fez, aquele ataque. Mas nós tínhamos uma tropa muito boa. Éramos muito jovens e inventávamos ataques (risos). Nós atacávamos dessa altura do chão (eleva o braço na altura do ombro) e ele não tinha mais como procurar.

E como foi a alegria quando o Tenente Danilo Moura voltou depois de fugir durante 30 dias depois de ter sido abatido?
Ah! Ninguém dormiu naquela noite. Foi uma brincadeira tão grande. A gente se abraçava, rolava no chão (risos) (silêncio) (lágrimas). É isso a vida, né? A vida é assim. Mas você não sabe a história toda do Danilo. O Nero não tinha escrito para a família dele dizendo que o Danilo tinha sido abatido. Ele disse: “O que é que eu vou dizer? É meu irmão mais moço. E os meus pais vão ficar muito tristes”. Aí então eu disse: “Ô Nero, espera mais um pouquinho. Que diferença vai fazer? Se você escrever hoje, ou amanhã, ou depois de amanhã. Não faz diferença nenhuma. O fato é que nós não sabemos onde o Danilo está”.


O 1° Grupo de Aviação de Caça recebeu a Presidential Unit Citation, um reconhecimento direto da Presidência dos Estados Unidos. O que os brasileiros fizeram de especial?
Isso tem duas coisas. Uma é que o Brasil merecia. A outra é que os Estados Unidos não querem brigar com o Brasil de jeito nenhum, por nada. Nós somos grandes amigos. Os americanos são grandes amigos do Brasil. E até hoje, até hoje, os americanos falam sobre essa atuação do Primeiro Grupo de Caça, nosso brasileiro, e eles são muito agradecidos pelo trabalho que nós fizemos. O Brasil foi uma coisa que eles nunca pensaram que iria ser. O que é que o Brasil era? O Brasil era uma porcaria. Pilotos brasileiros fizeram um sucesso, eles mostraram que os brasileiros não são uns porcarias, uns m... qualquer.

Como é que foi quando o senhor soube que a guerra havia acabado?
(sorriso) Sabe que eu não me lembro? Foi uma festança danada. A gente atirava com o revólver pra cima. Bum bum bum pá pá pá rá rá. Fazia barulho, fazia muito barulho (risos).

O senhor voou B-17, B-25, T-6, P-47... Que aeronaves o senhor voou na guerra?
Pilotava. Mas na guerra, só o P-47.

Mas havia também um B-25 para missões de apoio, não? O senhor teria se afeiçoado muito a esse avião...
Desert Lil’ [Havia o costume, na época, de batizar as aeronaves com apelidos. Desert Lil’ era o nome do B-25 que cumpria missões de apoio para o 1° Grupo de Aviação de Caça]. Aquele era meu avião. Ninguém voava com ele.

Por que ele era bom?
Não! É porque eu não podia arrumar outro! Se um cara quebrasse o avião a gente não tinha outro.

Foi seu avião preferido?
Todo avião que você consegue pousar e não quebrar, é bom! (risos) O avião foi ótimo!

O que o senhor fez depois da guerra?
Me casei e fui trabalhar na usina de açúcar do meu sogro.

E sentia falta da guerra? A guerra deixa saudades?
Eu tenho lembranças boas, vamos assim dizer, porque eu consegui escapar. Não fui atingido de uma forma a ser ferido, nada disso. E quando eu voltei para o Brasil eu já escrevia para uma menina, aí eu me casei com ela.

Parou de voar?
Praticamente. Eu fiz muito correio aqui no Brasil. Fiz todo Brasil, tudo, tudo, tudo quanto era aeroporto por aqui. Depois plantei árvore. Plantei muita árvore. Hoje na minha idade não dá mais, eu olho para uma árvore e sei que a plantei, não sei quantos anos atrás, mas plantei.


E o senhor é feliz?
Sim! Felicíssimo. Porque estou vivo, tem umas mulheres maravilhosas aqui: a minha esposa e a minha filha. Eu sou um homem feliz. Há muitos anos eu fui ao Vaticano. Fui na Capela Sistina. E eles estavam ordenando oitocentas pessoas lá. E eu tinha ido só para ver. Aí eu tinha levado uma garrafa de guaraná para se tivesse sede. E eu dei essa garrafa de guaraná para o chefe deles, e ele veio e me batizou lá na Capela Sistina. Eu sigo o batismo daquele dia. Não vou nem para cá nem para lá, é aquele batismo. Sou feliz.

E qual o segredo para essa felicidade?
É você saber viver e obedecendo as leis de Deus que vai dar certo.

E para a saúde? Como manter a saúde até hoje?
Regular hours in clean living [vida regrada e sem excessos]. Se você seguir isso, você vai viver muitos anos.