Empresa brasileira apresenta o primeiro drone 100% nacional movido a jato
Uma nova empresa brasileira acaba de revelar o primeiro drone feito no país movido a jato, fazendo história na indústria aeronáutica. A Nest Design Aerospace revelou, neste final de semana (29/03/2025), antecipando-se à feira de defesa LAAD, a aeronave ATD-150, que é um drone movido a jato feito completamente no Brasil.
Os detalhes específicos ainda serão divulgados, mas a aeronave já está próxima de realizar os primeiros testes em voo.
O objetivo é que o produto seja comercializado para as forças armadas brasileiras e estrangeiras, visando o mercado de aeronaves não tripuladas de pequeno porte, porém velozes, possivelmente carregando armamentos de precisão, além de sensores e câmeras.
Atualmente, apenas algumas empresas brasileiras produzem drones de uso militar, mas sempre com propulsão por hélice e motor a pistão, o que, apesar de ser uma solução mais barata e simples, limita o alcance da aeronave e a altitude de operação.
Isso faz com que esses drones sejam ferramentas de uso mais próximo ao inimigo e operem a partir de posições bem próximas da linha de frente.
A história das atividades dos sargentos da Força Aérea Brasileira está ligada à Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), criada em 25 de março de 1941. Sediada em Guaratinguetá (SP), desde 1950, o maior complexo de ensino técnico de aviação da América do Sul passou a abrigar, desde o dia 25 de março de 2025, o Memorial do Especialista. É um espaço cultural homenageando a história da EEAR, unidade formadora de, até 2024, cerca de 70 mil sargentos. A formação desses profissionais de aviação é rigorosa, contemplando no processo ensino-aprendizagem instrução militar, cívica e intelectual. Ao fim do curso, os concluintes são declarados na graduação de Terceiro Sargento e ascendem na carreira até Suboficial. Podem, mediante seleção em concursos internos, para cursos específicos, chegarem ao oficialato até o posto de Coronel.
Boa leitura.
Bom domingo!
Um Memorial para a história da Escola de Especialistas de Aeronáutica
Um espaço cultural, em Guaratinguetá (SP), denominado Memorial do Especialista, é um ponto de atração na Escola de Especialistas de Aeronáutica, para perenizar as realizações da organização e dos seus formandos. O acervo, distribuído em duas salas, é composto de painéis, fotografias, documentos, objetos e fardamentos.
Com isso, visa divulgar a história da EEAR e valorizar o trabalho dos homens e mulheres Especialistas, atuantes em todos os setores do Comando da Aeronáutica.
A cerimônia de inauguração teve, entre outras autoridades, a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar, Marcelo Kanitz Damasceno. “A criação deste memorial eterniza o mais elevado respeito e a sincera gratidão àqueles que, ao longo de mais de oito décadas, têm garantido, com disciplina, dedicação e coragem, o cumprimento da nossa missão: unir pessoas e regiões, assegurar a navegação aérea e, sobretudo, defender o Brasil”, disse o comandante.
Antigos alunos no comando da EEAR
Na solenidade esteve presente o Major-Brigadeiro Soares, Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues. Ele é um dos três antigos alunos da EEAR que chegaram a ser designados como comandantes da escola, a mesma na qual iniciaram suas carreiras. Eles chegaram ao generalato, após, por concurso, ingressarem na Academia da Força Aérea e tornarem-se oficiais aviadores. O outro antigo aluno é seu irmão, Brigadeiro Mioni, Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues. E o primeiro deles é o Major-Brigadeiro Walacir Cheriegate. Soares e Mioni foram sargentos especialistas em Controle de Tráfego Aéreo; Walacir foi sargento especialista em Desenho.
“A concepção do Memorial pode ser sintetizada como valorização de todos os Especialistas da Força Aérea, quer sejam da ativa ou veteranos, que são como a alma viva da engrenagem que permite à FAB cumprir sua nobre missão de Defender a Pátria, mantendo a soberania do espaço aéreo e integrando o território nacional”, disse o Major-Brigadeiro Walacir.
Linha do tempo
A exposição permanente apresenta a história da Escola, numa linha do tempo, evidenciando o trabalho dos especialistas de aeronáutica em atribuições para o cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira. Com o material exposto, é possível conhecer as características da carreira militar na Aeronáutica, que se inicia na EEAR com a matrícula do aluno selecionado em concurso público. Os painéis esclarecem as várias especialidades disponíveis no Curso de Formação de Sargentos (CFS) e no Estágio de Adaptação à Graduação de Sargentos (EAGS).
Os especialistas trabalham em funções vitais para a manutenção da segurança e da defesa aérea do Brasil, atuando para a operacionalidade da Força Aérea Brasileira e para o sucesso das atividades intelectuais e tecnológicas nas organizações do Comando da Aeronáutica.
Saiba mais: Blog do NINJA de 28/07/2021. (Clique aqui)
Revista eletrônica da FAB com as notícias de 21 a 27/3
O FAB em Destaque desta semana traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 21 a 27 de março. Esta edição destaca a operação conjunta entre a Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil no transporte inédito da viatura ASTROS II com o míssil MANSUP acoplado, as celebrações em homenagem ao Dia do Especialista de Aeronáutica, realizadas na Escola de Especialista de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP) e o encerramento do Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento EXOP IVR 2025, que foi realizado na Base Aérea de Santa Maria, entre os dias 10 e 24 de março.
Em 1978, quando comecei a trabalhar na Embraer, logo
encontrei o engenheiro Fernando Caldeira, amigo de infância de
São Sebastião (SP).
Sua mãe dona Zayda, dona da Pedreira Krafer,
era muita amiga da minha família; meu tio Raul Puertas trabalhou
com ela muitos anos.
Um tempo depois fiquei sabendo que alguns engenheiros da
Embraer foram em visita à Alemanha para apresentar os nossos
projetos.
Nessa viagem, o Fernando recebeu uma proposta para
ficar trabalhando naquele país.
No fim do mesmo ano encontrei o
Fernando numa farmácia em São Sebastião e perguntei sobre isso,
ele me contou o caso em detalhes, rimos muito!!
Mais tarde, fiquei sabendo que ele havia criado uma firma
chamada AMIX – Integração de Sistemas, que fornecia peças e
equipamentos para o avião AMX, que estava sendo construído na
Embraer, através de um consórcio internacional que envolvia
também outras empresas.
Para mim foi uma alegria saber que ele
já estava em outro estágio da carreira.
Porém, no dia 9 de julho de 1997, São Sebastião ficou de luto,
o avião Fokker 100 da TAM, que havia decolado de São José dos
Campos para São Paulo, sofreu uma explosão e despressurização
repentina, abrindo um rombo na fuselagem.
O Fernando Caldeira,
aos 38 anos, que estava no voo, foi projetado para fora do avião e
caiu numa velocidade de 100 metros por segundo, de uma altura de 2.400 metros.
O avião prefixo PT-WHK, fez depois um pouso forçado de
emergência no aeroporto de Congonhas, dez minutos após a
explosão.
O piloto Humberto Angel Ascarel, os 4 tripulantes e os 54
passageiros sobreviveram; nove pessoas ficaram feridas.
O corpo de Fernando Caldeira foi encontrado numa fazenda
de Suzano, pela agricultora Maria Aparecida da Costa, que
acompanhou a queda.
No impacto seu corpo abriu um sulco na
terra de um metro de profundidade.
Durante um tempo a investigação tratou o caso como
atentado, mas até hoje, não se sabe ao certo o que aconteceu.
Um
homem que também embarcou em São José dos Campos, foi acusado de ter
colocado uma bomba no avião, mas morreu logo depois de maneira
trágica.
Os pais do Fernando Caldeira, sofreram muito com essa tragédia e morreram sem ver o caso resolvido.
*A autora: Maria Angélica de Moura Miranda é escritora e jornalista, em São Sebastião (SP).
Saab destaca o sucesso do caça Gripen e reforça portfólio no Brasil em feira de defesa
Durante a 15ª edição da LAAD, a maior feira de Defesa e Segurança da América Latina, a Saab está destacando seu compromisso com o Brasil e ampliando sua oferta de soluções tecnológicas. Entre os principais produtos que a empresa apresenta estão o RBS 70 NG, o radar Giraffe 1X, o sistema de defesa antiaérea móvel MSHORAD e o caça Gripen E.
A Saab tem uma parceria estratégica com o Brasil desde os anos 80, fornecendo sistemas e tecnologias para as Forças Armadas e o mercado civil. Desde 2015, a empresa tem colaborado com a base industrial de defesa do país e com a Força Aérea Brasileira (FAB) no desenvolvimento e produção do caça F-39 Gripen.
Peter Dölling, diretor-geral da Saab Brasil, ressaltou: “O Brasil é uma prioridade estratégica para a Saab. O Programa Gripen celebra uma década de transferência de tecnologia e reforça nosso compromisso de longo prazo com o país. Além do Gripen, vemos oportunidades significativas para ampliar nossa presença, oferecendo soluções tecnológicas avançadas para os setores de defesa e civil.”
Na feira, a Saab apresentará um portfólio robusto, que inclui:
RBS 70 NG: Sistema de defesa antiaérea adquirido pelo Exército Brasileiro.
Radar Giraffe 1X: Um radar de vigilância multimissão, capaz de detectar, rastrear e classificar ameaças.
MSHORAD (Mobile Short-Range Air Defence): Sistema de defesa antiaérea móvel que combina o RBS 70 NG, a unidade de radar Giraffe 1X e um sistema de comunicação de Comando e Controle (C2) para coordenar operações.
Uma novidade na LAAD deste ano é a apresentação da Bomba de Pequeno Diâmetro Lançada do Solo (GLSDB), uma munição de precisão de longo alcance desenvolvida em parceria com a Boeing. A GLSDB combina a Bomba de Pequeno Diâmetro com um sistema de lançamento terrestre, proporcionando flexibilidade e eficácia excepcionais em distâncias superiores a 150 quilômetros.
Além dessas inovações, o estande da Saab contará com um simulador de voo do caça Gripen, onde os convidados poderão vivenciar missões de defesa e experimentar a sensação de pilotar a mais recente aeronave da Força Aérea Brasileira. Também haverá um modelo em escala do Gripen exposto.
Na última segunda-feira, 24/03/2025, soubemos mais sobre a coragem, a força e a resistência das mulheres que fizeram história, em inspiradora conversa com o Escritor Ulisses Vakirtzis. Confira em mais um vídeo do Sentando a Pua!, site que desde 2000 vem difundindo na internet a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Os Especialistas representam mais de 31% do efetivo total da FAB
No dia 25 de março, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebra o Dia do Especialista de Aeronáutica, uma data dedicada aos profissionais que atuam em diversas áreas, como manutenção de aeronaves, saúde, controle de tráfego aéreo, segurança, comunicações e muitas outras funções essenciais para a FAB, garantindo o perfeito funcionamento dessa engrenagem chamada Força Aérea.
A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), conhecida como “Berço dos Especialistas”, há 84 anos supre a necessidade da FAB na formação de Sargentos. A instituição tem essa missão desde 1941, inicialmente na Ponta do Galeão, depois como a Escola Técnica de Aviação, em São Paulo, a partir de 1943, e, finalmente, com a unificação das duas instituições em 1950, na nova sede em Guaratinguetá. Desde sua criação, no mesmo ano que o Ministério da Aeronáutica, a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) tem sido o centro de formação de Sargentos Especialistas da FAB, consolidando-se como a maior referência em ensino técnico-militar e responsável pela formação de quase 70 mil militares ao longo de sua história.
O Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, fala sobre a importância do Especialista para a FAB e a formação na Escola, contando uma parte da sua experiência com os Sargentos ao longo dos seus 36 anos na Força Aérea. “Desde o exame de saúde para admissão, com especialistas da FAB medindo pressão, coletando sangue e avaliando pulmões, até a formação na Escola Preparatória de Cadetes do Ar e na Academia da Força Aérea, cada etapa da jornada militar foi marcada pelo trabalho essencial dos Especialistas. Na aviação, desde a preparação das aeronaves, abastecimento e manutenção até a segurança dos voos, profissionais como Mecânico de Aeronaves, Suprimento, Controle de Tráfego Aéreo, Comunicações e Serviço de Elétrica garantiram a operacionalidade. No curso de emprego armado, o apoio técnico do Material Bélico, Serviço de Cartografia e Serviço de Desenho foi fundamental. Eventos solenes sempre contaram com o Serviço de Músico, enquanto o Serviço de Administração cuidava da administração. Em cada missão, o Sargento faz acontecer. Com disciplina, amor pela profissão e coragem para enfrentar os desafios, em cada missão, o Especialista provou ser indispensável. Seu papel é essencial ontem, hoje e sempre”, ressalta o Oficial-General.
Conheça mais sobre a rotina e a carreira dos Especialistas da Aeronáutica
Todos os anos, a EEAR abre oportunidades para jovens ingressarem em uma das 28 especialidades oferecidas, que abrangem áreas como Administração, Apoio Logístico, Proteção ao Voo, Música, Guarda e Segurança, Saúde, entre outras. A concorrência para ingressar na Escola é acirrada, com candidatos de todas as regiões do Brasil disputando cada vaga. Em 2013, por exemplo, o Curso de Formação de Sargentos (CFS) registrou uma concorrência de 45 candidatos por vaga.
Os alunos que ingressam na EEAR passam por uma formação rigorosa, que inclui instrução militar, cívica e intelectual. Após a conclusão do curso, eles são promovidos à Graduação de Terceiro Sargento e, a cada sete anos, podem ascender na carreira até alcançar o posto de Suboficial.
A Importância dos Especialistas na FAB
Os Especialistas representam mais de 31% do efetivo total da FAB. Esses militares desempenham funções essenciais para a operacionalidade e a eficiência da Força Aérea. Seja na manutenção de aeronaves, na segurança aérea ou de instalações, no cuidado com saúde ou em qualquer outra especialidade, cada profissional contribui para que a FAB possa cumprir sua missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria.
Graduado-Master: o elo forte do Comando
A função Graduado-Master foi implantada por meio da Portaria nº 1.389/GC3, de 10 de setembro de 2018, sendo um marco histórico, uma vez que graduados, de diversas especialidades, passaram a assessorar e auxiliar os Comandantes nos assuntos relacionados às praças, tornando-se elos vitais, como difusores e catalisadores das ordens emanadas da alta administração do COMAER. A função Graduado-Master tem como principais objetivos: a participação das praças auxiliando a alta administração, prestando assessoramento nas questões relativas à disciplina, à moral, à carreira, à motivação, ao bem-estar, à satisfação profissional e ao apoio à família militar, no círculo das praças; proporcionar o aperfeiçoamento contínuo da gestão das Guarnições de Aeronáutica (GUARNAE) e de sua operacionalidade; fortalecer a coesão entre os integrantes da GUARNAE, estimulando o espírito de corpo e os padrões de disciplina; reconhecer a praça que se destaca pelo seu desempenho profissional e conduta pessoal; incrementar capacidades cognitivas à carreira do graduado; e apresentar oportunidades, motivar e manter recursos humanos adequados às necessidades da FAB. A função Graduado-Master é exercida por Suboficial com destacada liderança, reconhecida competência profissional e ilibada conduta pessoal, critérios necessários ao militar que estiver no exercício dela e verificados por meio de rigoroso processo de seleção.
“Ser Especialista da Aeronáutica é muito mais do que exercer uma função; é carregar a responsabilidade de fazer a Força Aérea Brasileira acontecer todos os dias. Para mim, essa data é um momento de reconhecimento e orgulho, pois evidencia a importância do trabalho de cada Especialista, em cada área de atuação, na construção de uma Força Aérea moderna, eficiente e Sempre Presente. É uma honra fazer parte dessa história”, declarou o Graduado-Master da Guarnição de Aeronáutica de Brasília (GUARNAE-BR), Suboficial Especialista em Suprimento Técnico, Roberto Moraes Ramos.
Histórias de Dedicação e Compromisso
Aos 20 anos, a Aluna Nicole Mel Santos Silva tornou-se a mais nova militar de sua família, onde pais, avós, tios e primos já seguiram a carreira nas Forças Armadas. Após dois anos de intensa dedicação e superação de diversas reprovações, ela conquistou sua farda e hoje é Aluna da primeira série da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). “O apoio da minha família foi essencial para enfrentar os desafios e tornar realidade o sonho de servir à Força Aérea Brasileira”, disse a futura Especialista em Controle de Tráfego Aéreo.
A Aluna Andressa Santos iniciou sua jornada no esporte como atleta de vôlei, mas, ao chegar ao Ensino Médio, viu que seu caminho profissional seria outro. Com a mesma disciplina do esporte, dedicou-se à gestão cultural e patrimonial, trabalhou com visitas técnicas em museus e estudou para ser tatuadora. Durante a pandemia, começou a pesquisar novas carreiras e se inspirou pelo militarismo, influenciada pela trajetória de seu pai na FAB. Após quatro anos de esforços, ingressou na EEAR como Especialista em Estrutura, Pintura e Manipulação de Plásticos (BEP). Além dos estudos, voltou às quadras representando a FAB no Encontro Esportivo das Escolas de Formação de Sargentos (ESAER XIV). Agora, na quarta série, ela celebra sua trajetória na Aeronáutica, onde reencontrou sua paixão pelo esporte e consolidou sua vocação profissional. “Aqui na EEAR reconquistei meu amor pelo esporte e me reencontrei da melhor forma possível. Descobri, então, que eu realmente me identifico com a especialidade que escolhi e, sobretudo, com a carreira militar”, concluiu.
"Celebrado em 25 de março, o Dia do Especialista de Aeronáutica homenageia os Sargentos formados na Escola de Especialistas de Aeronáutica, que desempenham funções essenciais na manutenção e operação de equipamentos e sistemas. A EEAR se dedica à formação técnica e militar desses profissionais, combinando conhecimento teórico, atividades práticas e valores como disciplina, ética e liderança. A data simboliza o reconhecimento da excelência, do compromisso e da importância desses especialistas na defesa do espaço aéreo brasileiro e na segurança nacional", resumiu o Subcomandante do Corpo de Alunos da EEAR, Tenente-Coronel Especialista em Comunicações Carlos Rogerio de Sousa Brizon.
Documentário destaca legado do Marechal Casimiro Montenegro Filho
Programa especial produzido pela Rede Vanguarda, afiliada da TV Globo, conta a trajetória de um visionário que sonhou com o futuro da aeronáutica no Brasil
A trajetória visionária do Marechal Casimiro Montenegro Filho ganhou destaque no programa jornalístico "O Céu Não é o Limite - A História do Marechal Montenegro” - produzido pela Rede Vanguarda. O documentário narra como sua genialidade e determinação foram fundamentais para a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), instituições que transformaram a engenharia aeronáutica no Brasil.
A produção revisita os passos do Marechal desde os 19 anos, quando deixou sua cidade natal rumo ao Rio de Janeiro (RJ) com o sonho de ser piloto. No entanto, sua visão foi além da aviação militar: ele idealizou o Correio Aéreo Nacional (CAN), conectando o país por meio do transporte aéreo, e teve papel essencial na criação de instituições que formaram gerações de engenharia.
Exibido no dia 22/03 pela Rede Vanguarda, afiliada da TV Globo em São José dos Campos (SP), o programa apresentou o repórter Pedro Melo e o cinegrafista Peterson Grecco durante as gravações realizadas na Guarnição de Aeronáutica de São José dos Campos (GUARNAE-SJ) e seus Institutos.
Pedro Melo, responsável pela reportagem, ressaltou o trabalho necessário para produzir o documentário.
"Foram cinco meses mergulhados em biografias, arquivos, fotos e registros históricos, além de entrevistas que revelaram histórias pouco conhecidas. Sou extremamente grato ao apoio da FAB, do DCTA e do ITA por viabilizarem essa homenagem a um dos maiores brasileiros da história. Casimiro Montenegro Filho relata suas conquistas com o país e deixou um legado que continuará a impactar o futuro da aviação e da ciência no Brasil", destacou o jornalista.
Assista ao documentário, clicando aqui.
Reparo inédito é realizado no PAMA-SP durante Inspeção de Nível Parque
O Northrop F-5 Tiger II é um caça tático
projetado para combate ar-ar e ataque ar-solo,
operando na FAB desde 1975
A aeronave F-5FM FAB 4808 foi entregue ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), no dia 10/03/2025 na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro (RJ), após passar por um detalhado e inédito serviço de reparo no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP).
A aeronave ingressou no PAMA-SP em 27 de abril de 2022 para a realização da Inspeção de Nível Parque Programada (INPP). Em operação na FAB desde 1982, o FAB 4808 acumula 4.900 horas de voo e passou por sua quarta inspeção de 1.200 horas.
Durante a manutenção, a equipe de Ensaios Não Destrutivos (NDI) identificou trincas em quatro longarinas próximas ao cockpit, demandando reparos estruturais altamente complexos. A substituição dessas peças exige elevado nível técnico, envolvendo conhecimentos em Engenharia, Desenho Técnico, Usinagem, Manutenção Estrutural, Metrologia e Inspetoria. Apenas centros de manutenção com expertise e infraestrutura adequadas são aptos a realizar esse tipo de reparo.
Desafio Técnico e Solução Inovadora
Diante da complexidade do problema, a equipe do PAMA-SP desenvolveu um processo inovador para a substituição das longarinas. O serviço exigiu dedicação extrema, pois a troca simultânea poderia comprometer a estrutura da aeronave. Entre os desafios estavam a dificuldade de acesso às peças, o risco de danificar outros componentes, a necessidade de usinagem precisa e o uso de um torno CNC (Computer Numeric Control) moderno para garantir a fabricação das novas longarinas com especificações idênticas às originais.
A Seção de Desenho Técnico, subordinada à Subdivisão de Engenharia (TENG) do PAMA-SP, elaborou os desenhos de fabricação utilizando medição tridimensional para capturar as dimensões exatas da peça original. A análise da liga metálica permitiu identificar o tipo Longarina fabricada no PAMASP (esquerda) e longarina original removida (direita) de alumínio e o tratamento térmico adequado. Concluído o projeto, a Seção de Usinagem conduziu a fabricação das novas longarinas, empregando um centro de usinagem automatizado, capaz de realizar operações de desbaste, fresamento, furação e mandrilamento com alta precisão.
Como as longarinas estão localizadas em uma área pressurizada, todos os rebites de fixação foram selados para evitar vazamentos de ar. Após a instalação, um teodolito foi utilizado para medir o alinhamento da aeronave, garantindo a simetria e o desempenho ideal em voo.
Reconhecimento e Impacto
A substituição das longarinas estruturais do caça F-5 foi realizada com sucesso pela primeira vez no PAMA-SP, reforçando sua capacidade de enfrentar desafios estruturais complexos. O trabalho minucioso, aliado à expertise da equipe e ao uso de tecnologia, garantiu a segurança e a operacionalidade da aeronave.
"O intenso e minucioso trabalho de troca das longarinas da ANV 4808 exigiu o conhecimento da Technical Order (TO) pelos militares mais experientes e impulsionou o aperfeiçoamento técnico dos mais novos. O envolvimento da equipe foi total, dada a necessidade de disponibilizar uma aeronave biplace para a Força Aérea Brasileira", afirmou o encarregado da Subdivisão de Oficinas (TOFI) do PAMA-SP, Mecânico de Manutenção Aeronáutica Reinaldo Ribeiro da Silva. "O inédito reparo estrutural que trouxe o F-5FM 4808 de volta aos ares comprova a capacidade do PAMASP em executar serviços complexos com excelência, exigindo inclusive nível fabril na fabricação de peças aeronáuticas. A entrega dessa aeronave simboliza o profissionalismo dos homens e mulheres do PAMA-SP e reforça nosso compromisso com a missão da Força Aérea Brasileira", destacou o Diretor do PAMA-SP, Coronel Aviador Wagner Takemi Motoyama
O Legado do F-5 Tiger II
O Northrop F-5 Tiger II é um caça tático projetado para combate ar-ar e ataque ar-solo, operando na FAB desde 1975. A versão biplace é essencial para a instrução de novos pilotos de caça. O "Tigre" consolidou-se como um pilar da aviação de caça da FAB, contribuindo para o desenvolvimento de táticas e procedimentos de combate.
Após meses de dedicação, a aeronave foi devolvida ao 1º GAVCA em um momento emblemático: o mês que marca os 50 anos da chegada dos primeiros F-5 à FAB. Pilotado pelo Major Aviador Fábio Guimarães de Mello Júnior, o FAB 4808 decolou da Base Aérea de São Paulo (BASP) às 15h15 e pousou na BASC às 15h55, pronto para cumprir sua missão.
O Dia da Aviação do Exército comemora-se neste 23 de março, dia do nascimento, em 1874, do patrono da Aviação do Exército, Capitão Ricardo Kirk.
A solenidade alusiva à data foi realizada na manhã de sexta-feira, dia 21 de março de 2025, na sede do Comando da Aviação do Exército, em Taubaté (SP). A comemoração teve formatura militar, concessão de medalhas do Mérito Aviação do Exército, desfile da tropa e sobrevoo de uma esquadrilha de helicópteros.
Leia, a seguir, artigo do Centro de Comunicação do Exército descrevendo fatos históricos desde o nascimento do patrono, até os dias atuais, quando a Força Terrestre incorpora aeronaves remotamente pilotadas.
Boa leitura.
Bom domingo!
Guerra do Contestado
"No céu do Contestado, onde começou a História da Aviação Militar Brasileira, não se ouve mais o ronco dos motores aeroplanos Morane Saulnier, mas fica no imaginário um verdadeiro ballet do vaivém dos aviões que cruzavam os ares, deixando um rastro de um apaixonado pelas loucas máquinas voadoras que cortavam o ar, com mil movimentos e desenhavam um espetáculo ímpar de manobras aéreas, carimbando para sempre, com a vida, a luta pela paz”. O texto do professor e historiador Aluizio Witiuk está exposto atualmente na Praça Capitão Ricardo João Kirk na cidade de Porto União, no estado de Santa Catarina.
A cidade, localizada na fronteira com o estado do Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos conflitos internos da história do Brasil, a Guerra do Contestado, ocorrida entre os anos de 1912 e 1916. Foi nessa ocasião que o Exército Brasileiro empregou, pela primeira vez, aviões no teatro de operações, feito este que se constituiu em um marco histórico. O ineditismo da utilização dos meios aéreos foi liderado pelo então 1º Ten Ricardo Kirk, atendendo à solicitação do comandante das forças legais, General Setembrino de Carvalho. Naquela época, o tenente já era considerado referência dentro da Força no tocante às atividades aeronáuticas.
Capitão Kirk
Nascido em 23 de março de 1874, Ricardo Kirk sentou praça em 1891 e cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, sendo promovido ao posto de alferes da Arma de Cavalaria em 1894. Em 1912, realizou o curso de pilotagem na École d’Aviation d’Etampes, na França, conquistando o brevê internacional nº 1089 e tornou-se o primeiro piloto aviador militar do Exército Brasileiro. Ao retornar ao Brasil, o 1º Ten Ricardo Kirk foi designado Diretor da Escola de Aviação do Aeroclube Brasileiro e, posteriormente, instrutor da recém-criada Companhia Aeronáutica, embrião da Aviação Militar. No início de 1915, quando o Exército Brasileiro decidiu lançar mão dos vetores aéreos no Contestado, coube a ele o comando do Destacamento de Aviação, iniciando a concentração estratégica dos meios aéreos e as primeiras atividades operacionais.
Em 1º de março de 1915, após valiosa contribuição no conflito, o aviador levantou voo uma última vez. Em uma missão de reconhecimento com bombardeio no reduto de Santa Maria, o 1º Ten Ricardo Kirk encontrou o cenário aéreo em condições climáticas severas e com baixíssima visibilidade. Durante o voo, colidiu com um alto pinheiro, o que causou a queda da aeronave e a morte do herói do Exército Brasileiro. Menos de um mês após o seu falecimento, o militar foi promovido “post mortem” ao posto de Capitão e, em 2021, foi eternizado como Patrono da Aviação do Exército.
Recriação da Aviação do Exército
Os feitos do Capitão Ricardo Kirk durante a Guerra do Contestado não se extinguiram com sua morte ou com o fim do conflito, dado que ecoam até os dias de hoje, inspirando os militares que dão continuidade ao seu trabalho na Aviação do Exército. Esta desempenha um papel fundamental no apoio às operações militares, proporcionando aeromobilidade à Força Terrestre em todo o Território Nacional. Atuando em todas as funções de combate, seja em operações de guerra ou de não guerra, a Aviação do Exército possibilita intervir nos domínios aéreo, terrestre e eletromagnético, contribuindo para a convergência de esforços do escalão enquadrante.
Desde a sua recriação em 1986, a Aviação do Exército tem sido ampla e eficazmente empregada em todas as operações do Exército Brasileiro. Seja defendendo nossas fronteiras contra grupos paramilitares durante a Operação Traíra (1993) ou, periodicamente, coibindo o tráfico de ilícitos nas Operações Ágata; seja garantindo a mobilidade e a flexibilidade das tropas terrestres durante os Grandes Eventos, tais como as Olimpíadas Rio 2016; ou proporcionando melhores condições de comando e controle nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem, a exemplo da Intervenção Federal no Rio de Janeiro (2018); ou ainda sendo a mão amiga do Exército Brasileiro durante as calamidades públicas, como nas Operações São Sebastião (2023) e Taquari (2024), não se pode imaginar o emprego real da Força Terrestre sem o componente aéreo proporcionado pela Aviação do Exército.
Unidades
O atual desdobramento da Aviação do Exército possibilita atender às estratégias da dissuasão e da presença. No Forte Ricardo Kirk, em Taubaté (SP), estão sediados o Comando de Aviação do Exército (CAvEx), os 1º e 2º Batalhões de Aviação do Exército (BAvEx), o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército (Btl Mnt Sup Av Ex), a Base de Aviação de Taubaté (Ba Av Taubaté) e a Companhia de Comunicações de Aviação do Exército (Cia Com Av Ex). Em Campo Grande (MS), subordinado ao Comando Militar do Oeste, encontra-se o 3º BAvEx. No norte do País, encontram-se o 4º BAvEx, em Manaus (AM), subordinado ao Comando Militar da Amazônia, e o Destacamento de Aviação do Exército do Comando Militar do Norte (Dst Av Ex/CMN), mais recente organização militar do Sistema Aviação do Exército. Em Brasília (DF), a Chefia de Missões de Paz e Aviação do Comando de Operações Terrestre, como órgão central do sistema Av Ex, coordena o emprego e a segurança de voo das unidades aéreas; ainda na Capital Federal, a Chefia de Material de Aviação do Exército, órgão do Comando Logístico, se ocupa da sustentabilidade logística dos meios aeronáuticos do Exército. Dessa forma, a Aviação do Exército se faz presente nos mais variados ambientes operacionais, contribuindo para a prontidão da Força Terrestre.
Recursos Humanos Especializados
Para isso, a formação e a especialização dos recursos humanos são uma prioridade para a manutenção dos elevados níveis de operacionalidade da Aviação do Exército. Inspirado no pioneirismo e na audácia de Ricardo Kirk, o CIAvEx desempenha um papel fundamental na qualificação de pilotos, gerentes, observadores aéreos, mecânicos de voo, inspetores e demais especialistas do sistema aviação, e isso ocorre tanto no nível técnico quanto no tático, por intermédio de instruções teóricas, práticas e simuladas. A alta especialização requerida dos diversos operadores da Aviação do Exército é possibilitada pelo largo emprego de dispositivos de simulação, quer sejam de voo ou de apoio ao voo, contribuindo com o incremento da segurança de voo e possibilitando maior eficiência quanto aos recursos utilizados.
Aeronaves
A constante evolução tecnológica é uma premissa para o judicioso emprego dos vetores aéreos. Nesse sentido, a recente conclusão do projeto de modernização das aeronaves HA-1A Fennec AvEx e HM-1A Pantera K2 reforça o compromisso do Exército Brasileiro em garantir meios aéreos seguros e capacitados para atuar em todo o espectro dos conflitos, tanto durante o dia quanto à noite. Ainda, a conclusão da implantação da aeronave HM-4 Jaguar e a aquisição de novos helicópteros HM-2A Blackhawk permitirão um incremento da capacidade dissuasória e da aeromobilidade à Força Terrestre. No mesmo sentido, a incorporação dos sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (SARP) vem descortinando novas possibilidades de atuação da Aviação do Exército, particularmente nas funções de combate inteligência e fogos.
Aeromobilidade
Por meio dessa combinação de tecnologia, recursos humanos altamente qualificados e presença estratégica, a Aviação do Exército reafirma seu papel indispensável nas operações militares e no apoio à sociedade brasileira, especialmente em regiões remotas onde sua atuação faz toda a diferença. Proporcionar aeromobilidade, aumentando o poder de combate da Força Terrestre em diferentes situações é sua missão precípua e vem sendo triunfalmente cumprida.
Assim, no dia em que se comemora a Aviação do Exército, relembram-se os feitos heroicos do seu patrono, o Cap Ricardo Kirk que, cumprindo com o sagrado juramento, sacrificou sua vida em defesa da Pátria. Ainda, enaltece-se o árduo trabalho empreendido diuturnamente pelos legítimos herdeiros de seu legado, os integrantes da Aviação do Exército, que buscam levar adiante a dedicação, a abnegação e o pioneirismo de seu patrono nos mais longínquos rincões do Brasil.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército, em 20/03/2025.
Revista eletrônica da FAB com as notícias de 14 a 20/3
O FAB em Destaque desta semana traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) entre os dias 14 e 20 de março, entre elas os últimos dias de inscrições para o Curso Preparatório de Cadetes do Ar, a live sobre o início da caminhada de quem sonha em ser Piloto Militar.
A revista digital traz ainda a nova identidade visual da FAB para 2025, a Base Aérea de Florianópolis passa a ser subordinada ao DECEA e a primeira Reunião dos Comandantes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (RECOSCEA).
Últimos dias de inscrições para o Curso Preparatório de Cadetes do Ar
As inscrições terminam no dia 26/03/2025
A Força Aérea Brasileira (FAB) está com inscrições abertas para o Exame de Admissão ao Curso Preparatório de Cadetes do Ar do ano de 2026 (CPCAR/2026) até o dia 26/03/2025. Para se inscrever basta acessar o site. A taxa de inscrição é de R$ 100,00.
As 150 vagas são destinadas a candidatos de ambos os sexos. Para ser matriculado no curso, o candidato deve cumprir todas as exigências previstas nas Instruções Específicas do Exame, não ter menos de 14 anos e nem completar 19 anos de idade até 31 de dezembro de 2026, e ter concluído, na data da Concentração Final do Exame, o Ensino Fundamental do Sistema Nacional de Ensino.
O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, matemática, língua inglesa e redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, procedimento de heteroidentificação complementar (para candidatos que optarem por concorrer às vagas reservadas aos negros) e validação documental.
As provas escritas ocorrerão no dia 22/06/2025. Os aprovados em todas as etapas do processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA), deverão se apresentar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), no dia 10/01/2026, para habilitação à matrícula no curso que tem duração de três anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno fará jus aos certificados de conclusão do Ensino Médio e do próprio CPCAR e poderá concorrer ao número de vagas previsto à matrícula no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea (AFA). Para obter mais informações, consulte o edital.
Embraer expõe avião agrícola Ipanema 203 no Show Safra Mato Grosso
A Embraer, vai expor durante o Show Safra Mato Grosso, evento que acontece entre os dias 24 e 28 de março, em Lucas de Rio Verde (MT), a aeronave líder em vendas no mercado de aviação agrícola no Brasil, o Ipanema 203.
“A região do Mato Grosso é a maior produtora de grãos do país, com culturas estratégicas como soja, milho e algodão, commodities importantes e que demandam alta eficiência e produtividade. O Ipanema 203 movido a etanol é um forte aliado na otimização destes resultados com base nas necessidades de cada cultura”, afirma Sany Onofre, líder da Aviação Agrícola da Embraer.
Equivalente a quatro pulverizadores terrestres aplicando ao mesmo tempo, o Ipanema 203 movido a etanol chega a pulverizar mais de 200 hectares por hora, entregando uma aplicação regular em velocidade constante, sem amassamentos de solo ou disseminação de pragas por contato, gerando um resultado para o campo de 5 a 15 sacas a mais por hectare. É uma aeronave completa, que alia tecnologia, tradição, alta produtividade e baixo custo operacional. “O setor agrícola é um dos principais mercados do País e estamos prontos para ajudarmos nossos clientes e operadores a impulsionarem seus negócios”, destaca Sany.
De acordo com a organização do evento, a previsão é que mais de 150 mil pessoas visitem esta edição, que conta com a presença de 525 expositores e conta com uma pista de pouso e decolagem dentro do parque.
Nesse vídeo, Fernando De Borthole mostra como um avião é estruturado e quais são as peças que formam sua estrutura.
O piloto Fernando De Borthole criou o Aero - Por Trás da Aviação onde apresenta os bastidores e curiosidades do tema, com uma linguagem bastante didática, leve e descontraída, o que tornou os nossos NINJAS fãs do Fernando, do portal e do canal. Visite!
Confira mais um texto selecionado do excelente Sentando a Pua!, que preserva e divulga a História da Aviação Militar Brasileira na Segunda Guerra Mundial.
Histórias dos Veteranos
Histórias do Silveira
A Erva do Felipetto
Durante o deslocamento dos praças do 1º Grupo de Caça para o treinamento no Panamá e EUA, houve um incidente curioso com o Sargento Felipetto . Ao desembarcar em Miami, o Felipetto, como todo bom gaúcho, trouxe consigo um saco pequeno cheio de erva-mate, uma cuia com uma bombinha de prata e uma chaleira elétrica.
O americano encarregado da fiscalização separou o Felipetto dos demais dizendo que ele estava conduzindo maconha. Como ele não sabia falar inglês, expliquei para o funcionário que aquilo era um tipo de chá, mas o americano não acreditou. Felipetto, aborrecido, ameaçou fazer o chá ali mesmo, beber e dar para o americano provar. O americano chamou então o inspetor-chefe para resolver o assunto. Novamente expliquei tudo e só então, depois de um bom papo brasileiro, liberaram o Felipetto e seu material.
Racismo no Panamá
Houve um incidente desagradável numa piscina da base americana de Albrook Field no Panamá: os americanos se retiraram da piscina tão logo um suboficial brasileiro negro mergulhou nela. O fato chegou aos ouvidos de nosso comandante, Nero Moura , que então reuniu-se com o comandante da base americana e juntos consensaram que haveria um horário exclusivo para os praças brasileiros usarem a piscina.
"Portunhol" Quase Acaba em Pancadaria
No restaurante da base de Albrook Filed no Panamá um colega pediu à garçonete, num invejável portunhol, se ela poderia trazer uma colher: "Puede me 'tracer' una colher?". O nosso poliglota não sabia é que para os ouvidos da garçonete, aquela frase lhe soou como um tremendo assédio sexual, já que a palavra colher foi confundida com o verbo culear, que em espanhol quer dizer praticar sexo anal ou simplesmente sexo.
A garçonete indignada chamou imediatamente o gerente e lhe contou o que o brasileiro havia dito. O gerente já chegou querendo partir para as vias de fato. Eu, que estava ao lado do nosso poliglota, prontamente pus-me a explicar que a palavra colher em português era usada para denominar um talher (em espanhol a palavra usada é cuchara), e que não houve intenção alguma por parte do nosso colega, em desrespeitar a moça.
Após as explicações, todos ficaram mais calmos, e a paz voltou a reinar no restaurante.
Tem Japonês no Samba
Durante o período de treinamento em Aguadulce, Panamá, fui designado para trabalhar na torre de controle por saber falar inglês. Isto aconteceu porque os nossos pilotos estavam fazendo missões de defesa Canal do Panamá e havia uma certa dificuldade de comunicação entre a torre e os nossos pilotos por conta da língua.
Certo dia, ouvimos pelo canal de rádio dos aviões alguém cantando uma canção de carnaval da época. Para os norte-americanos aquilo literalmente parecia japonês. A esta altura os controladores americanos já estavam desesperados e tomando as primeiras providências para o "ataque japonês"!
Foi então que eu intervi e lhes disse que eram simplesmente um piloto brasileiro de P-40 cantando "O que é que a baiana tem...."
O Urso Gaúcho
Na base de Suffolk houve uma grande confusão. Tudo começou quando o Sargento Felipetto arrumou uma fantasia de urso e resolveu assustar os companheiros que dormiam placidamente em suas barracas de lona. Ao acordar assustado, o Sargento Carlos Ferreira da Silva saiu gritando e acordou a todos no acampamento.
Por sua vez, o Sargento Estrela, que era encarregado dos problemas de guerra química, detonou durante a confusão uma bomba de efeito moral, que todavia acabou provocando um incêndio. Ele, ao ser chamado a atenção, declarou que pensou tratar-se de um exercício.
O Barbeiro de Nova York
Uma vez, perto de Nova York, eu e o Sargento Monclar alugamos um automóvel. Ao cruzar uma autoestrada, o sinal estava vermelho para nós, porém o guarda mandou que prosseguíssemos. Como fiquei em dúvida sobre o que fazer, acabei demorando a realizar a manobra e quando entrei na autoestrada vi um carro na preferencial se aproximando velozmente. Pensei que ia nos pegar em cheio, me apavorei e acabei pulando do carro e o deixei abandonado à sua própria sorte. O carro que vinha na preferencial conseguiu frear violentamente, deixando seu motorista e o guarda extremamente irritados conosco.
Histórias gentilmente cedidas pelo Veterano Vicente Silveira
Aérea celebra Lorena Fandiño como primeira comandante do jato Embraer ERJ-145 na Colômbia
A SATENA, companhia aérea colombiana, alcançou um marco significativo ao nomear a Major Lorena Fandiño como a única mulher a comandar um Embraer ERJ-145 na empresa. Sua trajetória notável na aviação militar e sua liderança consolidaram Fandiño como uma referência fundamental para as novas gerações de mulheres no setor aeronáutico.
Natural de Zipaquirá, Fandiño construiu uma carreira exemplar na Força Aeroespacial Colombiana, acumulando mais de 15 anos de experiência em diversas aeronaves, incluindo operações com aviões de combate e transporte.
Fandiño fez história ao se tornar a primeira mulher a pilotar o A-29 Super Tucano e o Texan T-6, além de atuar como instrutora na formação de novos pilotos. Agora, na sua nova função na SATENA, ela assume o desafio de liderar o Embraer ERJ-145, uma aeronave vital para a conectividade regional na Colômbia.
“Essa conquista não é apenas um reconhecimento do meu esforço e dedicação, mas também uma mensagem clara para todas as mulheres que sonham em voar. A aviação não tem gênero; requer apenas disciplina, perseverança e paixão”, declarou a Major Fandiño, enfatizando a importância da igualdade no setor.
Desde sua formação na Escola de Aviação Militar, a Major Lorena Fandiño, conhecida pelo indicativo “Linx”, destacou-se como uma aviadora excepcional na Força Aeroespacial Colombiana (FAC). Sua atuação em aeronaves de combate e seu papel como instrutora a prepararam adequadamente para a nova função na aviação comercial.
O Major-General Óscar Zuluaga Castaño, presidente da SATENA, também comentou sobre a importância dessa nomeação, afirmando que a inclusão de mulheres na aviação continua a promover marcos significativos na Colômbia.
“A nomeação da Major Fandiño como comandante do Embraer 145 representa um passo à frente na igualdade de gênero no setor aeronáutico e nos motiva a continuar promovendo oportunidades para o talento feminino na indústria”, disse ele.
O "Blog do NINJA" procura destacar pioneiros brasileiros, semeadores de pensamentos, que muito contribuíram para o avanço da ciência aeronáutica. Com esta intenção, publicamos novamente conteúdo sobre o paraense Júlio Cézar Ribeiro de Souza.
Boa leitura.
Bom domingo!
Júlio Cézar Ribeiro de Souza
Júlio Cézar Ribeiro de Souza é o autor da primeira tentativa de desenvolver um projeto de um dirigível no Brasil.
Nascido em 13 de junho de 1843, na Vila São José do Acará, província do Pará, Júlio Cesar matriculou-se aos 19 anos de idade, em 1862, na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
Em 1875, iniciou seus estudos aeronáuticos, impressionado com o voo planado das grandes aves aquáticas da Amazônia.
Interessado por dirigíveis, mas sem recursos, o inventor tomou certo dia o vapor costeiro, “silenciando o seu destino, e duas semanas mais tarde desembarcava no Cais Pharoux, sem rufor de tambor e sem conhecer pessoa alguma na populosa capital do Império, trazendo apenas no bolso uma carta de recomendação para o senador Candido Mendes".
Numa manhã de fevereiro de 1881, o Barão de Tefé, diretor geral da Repartição de Hidrografia, oficial da Marinha e homem de grande reputação cientifica na Corte, recebeu uma inesperada visita do senador Candido Mendes, acompanhado "por um cavalheiro de mediana estatura, barbicha preta bigode caído, rosto encovado, tez macilenta, cabelos lisos em certa desordem, enfim, um tipo provinciano".
Júlio Cézar Ribeiro de Souza
Candido Mendes pede que Teffé patrocine Júlio Cesar no círculo do Instituto Politécnico. Teffé deteve-se então na leitura das 86 páginas manuscritas da memória sobre navegação aérea redigida pelo inventor e, bem impressionado com os argumentos alinhavados por este, resolveu mergulhar na bibliografia aeronáutica publicada na Europa.
Depois de cerca de um mês de leituras, Teffé estava convencido de que estava diante de um trabalho significativo e, dessa forma, conseguiu que o Instituto Politécnico se reunisse para apreciar uma exposição de Júlio Cesar sobre seu sistema de navegação aérea.
O Instituto Politécnico do Rio de Janeiro congregava engenheiros e cientistas, professores e políticos, funcionando como uma academia. Seu campo de interesse era muito abrangente, contando com diversas comissões técnicas, como as de metalurgia, máquinas, arquitetura naval, obras hidráulicas, estradas de ferro, estradas de rodagem e outras.
O Instituto representava uma referência técnica da época, e congregava os grandes nomes da engenharia do país. manifestando-se sobre assuntos tão diversos quanto a seca do Nordeste, o problema do saneamento básico do Rio de Janeiro ou a resistência de tijolos fabricados no país.
Júlio Cézar apresentou sua "Memória sobre navegação aérea" ao Instituto Politécnico em março de 1881. Nela, o inventor paraense se situava entre os partidários dos aparelhos mais leves do que o ar.
Manuscrito de Júlio Cézar Ribeiro de Souza contendo estudos aeronáuticos próprios.
Ele acreditava que um aparelho mais pesado do que o ar somente seria viável quando o peso do motor pudesse ser reduzido radicalmente em relação ao empuxo.
O tempo confirmou plenamente essa opinião: vinte e cinco anos mais tarde, Santos Dumont fez voar um aparelho mais pesado do que o ar graças precisamente à evolução do motor a explosão.
O Instituto Politécnico aprovou então uma moção manifestando ao Governo Imperial a conveniência de auxiliar o inventor. Graças a ela o inventor conseguiu uma doação de 20 contos de réis da Assembléia Provincial do Pará.
Com esse dinheiro, seguiu para Paris, onde encomendou seu primeiro balão à Casa Lachambre, batizando-o com o nome de sua esposa: Vitória.
Desenho explicativo do pedido de patente do dirigível Vitória,
de Júlio César Ribeiro de Souza, datado de 1881
Em 8 de novembro do mesmo ano, Lachambre lavrou uma ata, atestando o primeiro voo do dirigível Vitória. Teria cinco metros de comprimento, a forma de um dirigível, dispondo de leme de direção mas sem propulsores. Tratava-se de um balão com certa dirigibilidade.
Em 12 de novembro, Júlio Cesar teria realizado uma nova experiência, mas apenas oito dias mais tarde voltou ao Pará, sem recursos, mas decidido a realizar uma ascensão em seu estado natal.
Logo depois, em dezembro, ele tentou realizar um voo no Pará, mas sem sucesso: por falta de recursos para trazer as asas e o leme de direção de seu balão, havia deixado-os na França, além de elementos necessários para a produção de hidrogênio.
Em março do ano seguinte, Júlio Cesar voltou ao Rio de Janeiro, para uma nova tentativa de ascensão, fracassada pelos mesmos motivos daquelas realizadas no Pará.
Ainda assim o Barão de Teffé conseguiu do Parlamento uma verba de 40 contos de réis para custear a construção de um segundo balão. Com o apoio renovado do Instituto Politécnico, o inventor seguiu para Paris pela segunda vez, onde construiu o balão Santa Maria de Belém.
No entanto, tão logo o balão ficou pronto,o inventor voltou para Belém do Pará, onde improvisou baterias para a produção de hidrogênio. O resultado se revelaria desastroso: em 12 de julho de 1884 a explosão de uma das baterias inutilizaria o balão.
Apesar de tudo, Júlio César conseguiu a aprovação pela Assembleia Provincial de um novo auxílio de 20 contos de réis, para custear a realização de uma terceira e última experiência em Paris, onde teria voado o dirigível denominado Cruzeiro, em 1886.
Logo depois o inventor voltou ao Pará, falecendo em 14 de outubro de 1887, na mais completa penúria, destino comum de muitos inventores brasileiros do século XIX.
Obs.: A Lei nº 12.228, de 13/4/2010, denominou o principal aeroporto de Belém como "Aeroporto Internacional de Belém / Val-de-Cans / Júlio Cézar Ribeiro".