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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Indústria Aeronáutica

Brasil ganha nova fábrica de aviões a hélice austríacos
A Diamond Aircraft Industries divulgou em seus canais oficiais a ampliação de parceria com Aeromot e FBR Aviation, para a montagem da aeronave Diamond DA62 em solo brasileiro. A Aeromot se disse orgulhosa da abertura de uma nova etapa do acordo com a Diamond Aircraft, parceria de grande importância estabelecida em 2016, quando a empresa se tornou a Distribuidora Oficial e Centro de Serviços Autorizados da fabricante no Brasil. “Esse ano, a história da aviação brasileira ganha um novo capítulo, que se inicia com a expansão do acordo entre as empresas para a realização da montagem nacional da aeronave Diamond DA62, modelo à pistão de maior demanda no país, já com previsão de entrega dos primeiros modelos construídos no país para 2025”, dizia a empresa gaúcha em nota à imprensa. O DA62 é um bimotor a pistão de até 7 lugares que utiliza combustível de jato (JET-A1) e possui um consumo equiparado ao de um modelo monomotor, sendo mais econômico e sustentável que outras marcas. A aeronave, além de extremamente segura, possui um excelente custo benefício com aviônica ultramoderna, performance de voo excepcional e baixo custo operacional, atributos que fazem do Diamond DA62 o líder em seu segmento no Brasil. Hoje, a Diamond Aircraft é o único fabricante da aviação geral com instalações de produção em três continentes – Europa, América e Ásia. A iniciativa para a produção do DA62 junto a Aeromot e FBR Aviation, busca ampliar a presença da Diamond na América Latina, apoiando não apenas na fabricação de aeronaves, vendas e suporte técnico, mas também o crescimento de toda a indústria aeroespacial. A produção licenciada das aeronaves Diamond no Brasil está diretamente ligada ao CTAero – Centro Tecnológico Aeromot, projeto do plano de expansão da empresa que terá aeroporto industrial com pista 1800 metros e será núcleo da produção nacional do DA62. O complexo CTAero também será um Hub de desenvolvimento de engenharia e tecnologias aeronáuticas e de defesa, soluções mobilidade aérea e indústria para fabricação de aeronaves, peças e componentes. A aliança entre as empresas representa uma conquista importante para aviação brasileira e marca a retomada da fabricação de aeronaves leves certificadas no país, contribuindo para geração de empregos e reforçando a indústria aeronáutica e de defesa da região com novas tecnologias inovadoras.

Fonte: Carlos Martins / AEROIN

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Embraer

Força Aérea Helênica:
Embraer demonstra as capacidades operacionais da aeronave C-390 Millennium
O Ministério da Defesa Nacional da Grécia anunciou que, no dia 25 de janeiro, foi realizada uma reunião de representantes da Embraer brasileira com o Estado-Maior da Força Aérea Helênica (HAFG) e uma apresentação/atualização das capacidades operacionais da aeronave de transporte C-390 Millennium. O desenvolvimento da aeronave começou em 2009, seu primeiro voo ocorreu em 2015 e entrou em serviço em 2019. Até o momento, foi selecionado pelo Brasil (19 aeronaves), Hungria (duas aeronaves), Holanda (cinco aeronaves) e Portugal (cinco aeronaves). Segundo a Embraer, o C-390 Millennium pode ser modificado, interna e externamente, para se adaptar aos requisitos operacionais do usuário.
Requer uma tripulação de três pessoas. A aeronave pode transportar até 80 soldados totalmente equipados ou 74 macas e oito (8) atendentes ou 66 paraquedistas ou um peso máximo de 26 toneladas de carga. Tem 35,2 metros de comprimento, 35,05 metros de largura e 11,84 metros de altura. O peso máximo de decolagem é de 87 toneladas. É equipado com dois (2) motores IAE V2500-E5. Atinge uma velocidade máxima de 988 quilômetros por hora, com uma velocidade de cruzeiro padrão de 870 quilômetros por hora. A velocidade de estol é de 193 quilômetros por hora.
Com uma carga de 14 toneladas, seu alcance é de 5.820 quilômetros, enquanto com uma carga máxima de 26 toneladas, seu alcance é de 2.110 quilômetros. Sua altitude operacional máxima é de 36.000 pés. Externamente, incorpora três (3) pontos duros.

Fonte: Poder Aéreo / defencereview.gr

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domingo, 29 de janeiro de 2023

Especial de Domingo

Vinte e nove de janeiro é a data comemorativa da criação do Serviço de Aviação Militar, em 1919. Confira esta trajetória no texto a seguir, contribuição do Espaço Cultural Aviação do Exército, sediado em Taubaté-SP.
Boa leitura.
Bom domingo!

AVIAÇÃO MILITAR
1919 a 2023
104 ANOS
Em 1867, ocorreu a primeira utilização de um balão cativo em campanha. As forças comandadas por Caxias o utilizaram durante a Guerra da Tríplice Aliança, no Paraguai. Este vetor era utilizado para reconhecer o terreno e o dispositivo inimigo. Esse período, que avança até a primeira década do século XX, com os trabalhos do Ten Juventino da Fonseca, primeiro aeronauta militar do Brasil, ficou conhecido como o da Aeroestação, a 1ª Fase da Aviação do Exército. A 2ª Fase, com o emprego de aeronaves de asa fixa, começa em 1915, com o feito heroico do Patrono da Aviação do Exército, o Cap Ricardo KIRK, e a primeira missão em combate no Brasil, durante a Campanha do Contestado. Esse período, que se estende até 1941, foi de grande impulsão no uso da 3ª dimensão do campo de batalha, com a criação da Aviação Militar, a implantação do Correio Aéreo Militar e de diversas unidades de aviação no Brasil. Em 1918, a boa relação diplomática com a França e sua saída vitoriosa na Primeira Grande Guerra, resultaram no Contrato da Missão Militar Francesa de Aviação, a “Pequena Missão”. Após todas as tratativas necessárias, o Serviço de Aviação Militar foi criado, conforme o Decreto nº 13.451, em 29 de janeiro de 1919.
A Escola de Aviação Militar (EAvM), unidade pioneira, teve a sua inauguração oficial em 10 de julho do mesmo ano. O local designado para o seu funcionamento inicial foram os 8 (oito) hangares da extinta Escola Brasileira de Aviação (EBA), no Campo dos Afonsos/RJ. A sede da administração e de outras instalações necessárias ficaram localizadas, provisoriamente, na Vila de Marechal Hermes/RJ. No início os aviões de instrução eram modelos franceses, semelhantes aos que foram utilizados no primeiro conflito mundial. Já em 1920, foram graduadas 2 (duas) turmas de aviadores militar. Com a chegada, ao final de 1920, das aeronaves de combate, foi organizado o Curso de Aperfeiçoamento, previsto no Regulamento da EAvM. Esses aviões passaram a constituir a Esquadrilha de Aperfeiçoamento. Em 1922, foi instalada a Seção de Aeronáutica no Estado-Maior do Exército. No mesmo ano foi criado o Grupo de Esquadrilhas de Aviação do Rio Grande do Sul, com os Campos de Aviação do Alegrete e Santa Maria. O período de 1919 a 1926 foi fundamental na consolidação da Aviação Militar, que passou a contar, no Campo dos Afonsos/RJ, de um amplo aeródromo, hangares, quartéis e oficinas.
O pessoal formado nesse período constituiu um importante núcleo de oficiais e sargentos, pilotos aviadores, mecânicos e especialistas. Logo no início de 1927, a Aviação Militar entrou em nova fase de reorganização e desenvolvimento. A Lei nº 5.168, de 13 de janeiro de 1927, criou a Arma de Aviação do Exército, a 5ª Arma, e outras medidas importantes: - A criação da Diretoria de Aviação Militar; - A fixação de efetivos para o Quadro de Oficiais da Arma de Aviação e - A transferência para a nova Arma de diversos militares oriundos de outras armas. Em 1928, foram declarados Aspirantes-a-Oficial, da 5ª Arma, os cadetes da primeira turma de Aviação. Como consequência da Revolução de 1930, foi criado pela Aviação Militar, no Campo de Marte/SP, o Destacamento de Aviação de São Paulo. Essa unidade aérea teve importante papel para as operações do Correio Aéreo Militar e, em 1934, passou a constituir o Núcleo do 2° Regimento de Aviação. Em 1931, foi criado, no Campo dos Afonsos/RJ, o Grupo Misto de Aviação, unidade independente da Escola de Aviação Militar. Dois anos depois, o Grupo se transformou no 1º Regimento de Aviação. No mesmo ano tem início o Correio Aéreo Militar (CAM), que iria trazer repercussões profundas na evolução da Aviação Militar e no desenvolvimento do Brasil. As aeronaves da Aviação Militar cruzaram, de Norte a Sul, as mais remotas regiões do nosso País. Na Revolução de 1932, a Aviação Militar teve o seu verdadeiro batismo de fogo. As missões aéreas realizadas abrangiam o emprego de aviões militares em reconhecimentos, bombardeio horizontal, bombardeio picado com aviões, regulação do tiro de artilharia, permanência no ar para cobertura de áreas, escolta de caça, ligação e lançamento de folhetins. Em 1933, foi estabelecida a reestruturação e a ampliação da Aviação Militar, com a criação de 6 (seis) novas Unidades. Em Santa Maria/RS (3º Regimento de Aviação), em Belo Horizonte/MG (4o Regimento de Aviação), em Curitiba/PR (5º Regimento de Aviação), em Fortaleza/CE (6o Regimento de Aviação), no Mato Grosso (Destacamento de Aviação de Campo Grande); e, em 1936, o 7o Regimento de Aviação, em Belém do Pará. Dentro de um processo de expansão e evolução do Campo dos Afonsos, foram criados o Parque Central de Aviação e o Depósito Central de Aviação. Com visão estratégica e atendendo o projeto de uma nova força armada independente, é criado, em 1941, o Ministério da Aeronáutica e a Força Aérea Brasileira, com a junção de toda a estrutura (pessoal, aeronaves, materiais e bases) da Aviação Naval e Aviação Militar. Terminava a 2ª Fase da Aviação do Exército. Destarte, horando o legado dos pioneiros da Aviação Militar, os integrantes das Asas da Força Terrestre encerraram, na década de quarenta, um ciclo de muitas realizações, com um legado sem precedentes para a Aviação no Brasil e na Força Terrestre.
Neste dia, relembrando a História da Aviação Militar e a Criação do Serviço de Aviação Militar, celebramos a coragem, a determinação e o amor à profissão dos especialistas de aviação de ontem, hoje e sempre.
SALVE A AVIAÇÃO MILITAR!
AVIAÇÃO! BRASIL!

Taubaté/SP 29 de janeiro de 2023

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sábado, 28 de janeiro de 2023

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 20 a 26/01 
O FAB EM DESTAQUE traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB), do período de 20 a 26 de janeiro de 2023. Nesta edição especial, a Tenente Eniele Santos apresenta o programa diretamente da Base Aérea de Boa Vista (BABV), onde a FAB realiza a missão de ajuda humanitária na Região Yanomami. A operação conta com o transporte diário de cargas de alimentos e medicamentos, evacuações aeromédicas, montagem de um Hospital de Campanha (HCAMP), dentre outras ações. Iniciada no domingo (22/01), a missão envolve as aeronaves C-98 Caravan, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e KC-390 Millennium.

Apresentação: Tenente Eniele Santos / CECOMSAER

Edição: Soldado Laube/ CECOMSAER

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Aviação Militar

Hospital de Campanha da Força Aérea para atender indígenas em Roraima será inaugurado hoje
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou ontem, quinta-feira, 26 de janeiro, que está finalizando a montagem de um Hospital de Campanha (HCAMP) ao lado da Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, capital de Roraima. Na segunda-feira (23), uma aeronave KC-390 Millennium da FAB transportou sete módulos do HCAMP, do Rio de Janeiro (RJ) até Boa Vista (RR). A estrutura conta com laboratórios e ambulatórios para a realização de atendimentos emergenciais, consultas, exames e ultrassonografias.
Para o devido atendimento à comunidade indígena, foram enviados como carga aparelho de raio-x; aparelho de ultrassonografia; farmácia e laboratório, que possibilitam a realização de exames laboratoriais; unidade celular de saúde, leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para Unidades de Saúde mais complexas; dentre outros. A unidade móvel visa prestar atendimento a aproximadamente 700 pessoas dos povos da Terra Indígena Yanomami. O HCAMP deve ser inaugurado hoje, sexta-feira (27). “Uma equipe multidisciplinar está fazendo o levantamento das necessidades. O importante é que o atendimento será resolutivo. Por exemplo, as indígenas poderão fazer o preventivo ginecológico e receber o resultado na hora”, enfatiza o Coordenador do HCAMP e o Diretor do Hospital de Aeronáutica de Manaus, Coronel Médico Rodolfo José Seraphico de Souza Siqueira. 
Segundo a Major Médica Juliana Freire Vandesteen, da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), 30 militares, entre graduados e oficiais, integram a equipe do HCAMP em Boa Vista. De acordo com a médica, os atendimentos serão feitos por médicos das especialidades de Clínica Médica, Ortopedia, Cirurgia Geral, Pediatria, Radiologia, Ginecologia, Patologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. No momento, estão ocorrendo atendimentos médicos aos indígenas em Surucucu e em Boa Vista, onde está sendo montado o HCAMP. Enquanto isso, os pacientes em estado mais grave estão sendo evacuados para hospitais de Boa Vista.

Fonte: Murilo Basseto/AEROIN

Imagens: Força Aérea Brasileira

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Videoteca Ninja

MIDWAY - A Batalha do Pacífico
A batalha de Midway ocorreu em junho de 1942, apenas seis meses depois do fatídico ataque japonês a Pearl Harbor. Midway mostra as histórias dramáticas dos homens que lutaram bravamente na batalha, dando suas vidas por sua pátria. O elenco estrelado por Charlton Heston e Henry Fonda é garantia de muita emoção e talento em cena. Imperdível. 

Título no Brasil: Midway - A Batalha do Pacífico 
Título Original: Midway 
País de Origem: EUA 
Duração: 132 minutos 
Ano de Lançamento: 1976 
Elenco: Charlton Heston, Henry Fonda, James Coburn, Glenn Ford 
Direção: Jack Smight

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

DECEA

Campanha Drone Consciente
As normas existentes para o voo de drones levam em consideração a segurança das pessoas. Por isso preveem restrições para salvaguardar regiões densamente povoadas, edificações, áreas de infraestruturas críticas e, entre outras, altitudes onde ocorram operações aéreas. Conheça a legislação dedicada aos voos de drone, disponível no site do DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo.


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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Ajuda Humanitária

FAB envia militares e carga para apoiar populações em território Yanomami

Entre as ações de apoio da Força Aérea Brasileira, estão a montagem de um Hospital de Campanha e o ressuprimento aéreo na região de Surucucu (RR)

Uma aeronave multimissão KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou, segunda-feira (23/01), da Base Aérea do Galeão (BAGL), com destino à Base Aérea de Boa Vista (BABV) para prestar apoio às populações em território Yanomami, na região de Surucucu (RR). Ao todo, 31 militares da FAB e uma carga de 19 toneladas embarcaram rumo à região que enfrenta uma grave crise sanitária, envolvendo problemas de desnutrição, malária e infecção respiratória aguda. Lá, a Aeronáutica, sob a coordenação dos Ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS), vai montar um Hospital de Campanha, onde uma equipe multidisciplinar irá se revezar no atendimento a aproximadamente 700 indígenas, destes 278 pacientes já internados.
Estão compondo a missão, militares médicos das especialidades de Clínica Médica, Ortopedia, Cirurgia Geral, Pediatria, Radiologia, Ginecologia, Patologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Para o devido atendimento à comunidade indígena, foram enviados como carga aparelho de raio-x; aparelho de ultrassonografia; farmácia e laboratório, que possibilitam a realização de exames laboratoriais; unidade celular de saúde, com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para Unidades de Saúde mais complexas; dentre outros.
O Diretor de Saúde da Aeronáutica, Major-Brigadeiro Médico Cloer Vescia Alves, destacou a relevância da missão. "As missões dessa natureza são de caráter extremamente importante para o Sistema de Saúde da Aeronáutica, à medida que a saúde operacional representa uma das missões precípuas, podendo atender às necessidades da sociedade brasileira. É nosso dever ajudar, da melhor forma possível, os mais necessitados e desempenhar o trabalho com máximo profissionalismo", pontuou o Oficial-General.

Apoio Aéreo
Ainda nesta segunda-feira (23/01) uma aeronave C-97 da Força Aérea realizou o transporte, de Brasília (DF) para Boa Vista (RR), de uma comitiva composta por 13 profissionais de saúde do Ministério da Saúde que vai acompanhar de perto a situação da população da região Yanomami. A FAB tem apoiado, também, com o transporte de cestas básicas para a região. Por meio das aeronaves C-98 Caravan e H-60L Black Hawk, já foram transportadas, somente no final de semana, mais de 4 toneladas de alimentos para serem distribuídos na localidade.

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Marayane Ribeiro (23/1/23)

Edição: Agência Força Aérea

Fotos: DIRSA e Tenente Dantoniele (7°/8° GAV)

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Helibras

Governo de Minas vende ações da única fabricante de helicópteros da América Latina por R$ 95 milhões para Airbus

Transação envolvendo a Helibras contou com aval do TCE-MG e faz parte do Programa de Gestão de Portfólio da Codemge

O governo de Minas Gerais vendeu as ações que tinha na Helibras por R$ 95 milhões. A participação do executivo estadual na fabricante de helicópteros foi adquirida pela Airbus Helicopters. A transação ocorreu na última sexta-feira (20/1/23), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Com a aquisição de 15,51% das ações da companhia, a Airbus passa a ser controladora do negócio. A empresa está localizada em Itajubá, no Sul de Minas. Segundo o governo, ela é a única fabricante de helicópteros para uso civil e militar na América Latina. A venda das ações da Helibras faz parte da reavaliação da carteira de ativos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o Programa de Gestão do Portfólio. O procedimento teve autorização do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). De acordo com o governo do estado, o presidente da Airbus, Gilberto Peralta, assumiu o compromisso de manter as operações da Helibras em Itajubá, que concentra 44 empresas do mesmo segmento e, juntas, geram cinco mil empregos diretos. O faturamento é de R$ 1 bilhão por ano.

Fonte: G1

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domingo, 22 de janeiro de 2023

Especial de Domingo

Aniversário de criação do Ministério da Aeronáutica 
O calendário da Aviação Brasileira registra que em 20 de janeiro de 1941, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto 2961, criando o Ministério da Aeronáutica e estabelecendo a fusão das forças aéreas do Exército e da Marinha, que recebeu o nome de Força Aérea Brasileira (Em 10 de junho de 1999 o Ministério da Aeronáutica passou à denominação de Comando da Aeronáutica). Faltavam pilotos, aeronaves, pistas, equipamentos, mão de obra especializada, normas de segurança, indústrias para o setor e pesados investimentos, dentre outros problemas, no momento em que o Ministério da Aeronáutica foi criado. Pelo mundo, a aviação avançava como promissor e revolucionário meio de transporte, além de estratégica ferramenta para a defesa das nações. No Brasil, as áreas correlatas ao setor estavam distribuídas ou sequer existiam ainda. Era preciso recomeçar e repensar o modelo que levaria o país ao seu futuro. Nas palavras do primeiro Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, os desafios eram muitos: “A aviação civil, na época, era mais voltada para a área esportiva em incipientes aeroclubes. Os pilotos comerciais recebiam treinamento dentro das próprias companhias que os empregavam. Era imprescindível despertar o interesse da juventude para a carreira de aviador.” 
A seguir, saiba um pouco mais desta história magnífica.
Boa leitura.
Bom domingo!

Na década de 40, criação do Ministério da Aeronáutica impulsionou a aviação brasileira
Dizia, ainda, Salgado Filho: “Havia um medo generalizado por essa atividade, devido ao número assustador de acidentes aviatórios, a maior parte causada pela imprudência dos pilotos. Reverter esse quadro seria um desafio difícil de ser vencido e dependeria de uma grande campanha de divulgação das vantagens desse meio de transporte e do progresso que a aviação representava”. Naquele momento, a fabricação de aviões de treinamento era incipiente. As empresas existentes não produziam motores e dependiam das importações. Além disso, o número de aviões era insuficiente, faltavam mecânicos e especialistas para a frota. Na aviação militar, Exército e Marinha tinham suas próprias escolas de pilotos, oriundas de diferentes linhas de instrução – uma francesa e outra alemã e inglesa. A ideia de um ministério específico para o setor não era uma novidade. As discussões no Brasil começaram no final dos anos 20 e ganharam força na década seguinte (1935), com o lançamento de uma campanha para a criação do Ministério do Ar, sob a influência de países como a França. Por aqui, persistiam as discussões a respeito de qual instituição lideraria o processo. As atividades correlatas à aviação estavam distribuídas - o Ministério da Viação e Obras Públicas, por exemplo, incluía o Departamento de Aviação Civil (DAC), criado em 1931. Naquele momento, com a criação do novo órgão, Salgado Filho assumiu o Ministério da Aeronáutica brasileira – a aviação civil, a infraestrutura, a indústria nacional do setor e as escolas de formação de mão-de-obra – e do seu braço-armado, a Força Aérea Brasileira (FAB), criada a partir das aviações da Marinha e do Exército que já existiam. A ele, coube a difícil tarefa de edificar o alicerce do poder aéreo brasileiro. Nesse contexto, a Segunda Guerra trouxe ao país um grande incentivo para organizar a sua aviação, sobretudo depois de iniciada a batalha do Atlântico Sul. Com o afundamento de navios brasileiros, a aviação militar teve de assumir o patrulhamento do litoral e, mais tarde, acabou enviada à Itália, para combater com os aliados.

Expansão
Em 1941, a Aeronáutica criou a Diretoria de Rotas com a missão de promover o desenvolvimento da infraestrutura e da segurança da navegação aérea. De 1942 a 1943, mais de cem aviões Fairchild PT-19, um biplace monoplano de asa baixa, foram trazidos em voo dos Estados Unidos para a instrução primária de pilotos brasileiros. Até 1947, 220 foram produzidos na Fábrica do Galeão, dentro do esforço de guerra e pelo crescimento da aviação no país. Na mesma década, a fábrica de aviões de Lagoa Santa (MG) entrou em funcionamento e produziu aeronaves T-6.
A Campanha Nacional de Aviação, liderada pelo Ministério da Aeronáutica, reunia empresários, aeroclubes e o próprio governo para a expansão do setor no país. Por trás das ações, estava o esforço de guerra - ocorreram campanhas de arrecadação em todo o país, de dinheiro, de alumínio para a construção de aviões, de doações de aeronaves. “É preciso que se compreenda que cada avião de treinamento básico adquirido e doado a aeroclubes significa, no mínimo, a formação de três pilotos para a nossa reserva da Aeronáutica. O curso de piloto civil feito nos aeroclubes pode ser considerado o jardim de infância da ciência aviatória. Incentivar a formação de pilotos civis em nosso país significa garantir a formação de pilotos militares da reserva da Aeronáutica. Necessitamos, desesperadamente, nesse momento, de pelo menos dois mil pilotos para se estruturar a defesa do Brasil”, afirmou o ministro. O Ministério da Aeronáutica refundou as escolas de formação, de pilotos e de especialistas, criou normas para evitar a competição predatória entre as empresas aéreas, inaugurou novas fábricas e escolas civis. O Brasil firmou acordos internacionais sobre transporte aéreo com diversos países, como França, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suíça e Grã-Bretanha. O Correio Aéreo Militar, antes realizado pelo Exército (no interior) e pela Marinha (no litoral), é transformado no Correio Aéreo Nacional. De 1942 a 1949, a Companhia de Aeronáutica Paulista produziu 777 aviões “Paulistinhas”, um monoplano de asa alta, que serviu à formação inicial de pilotagem em aeroclubes ao longo da Segunda Guerra.
Alguns desses “Paulistinhas” chegaram a ser exportados. Logo nos dois primeiros anos de existência, o Ministério da Aeronáutica adquiriu 500 aviões de treinamento e os distribuiu para 400 cidades em todo país. Diversas concessões foram fornecidas para a exploração do transporte aéreo no país. No decorrer de 1942, as linhas aéreas ultrapassaram as fronteiras do país, chegando aos países vizinhos, aos Estados Unidos (1943) e à Europa (1946). Ao longo de 1943, a Força Aérea recebeu aeronaves para preparação de seus pilotos, particularmente para o patrulhamento da costa e treinamento de aviadores. O litoral era vigiado por dirigíveis, ou Blimps, que utilizavam radares para a localização de submarinos e que ajudavam em operações de salvamento de náufragos, vítimas dos ataques inimigos. No mesmo ano, a FAB criou sua primeira unidade de caça. Depois de receberem treinamento nos Estados Unidos e no Panamá, os militares brasileiros foram enviados à Itália.
Quando o ministro Salgado Filho deixou a pasta, no final de 1945, existiam 580 aeroportos funcionando no país, a maioria com pistas asfaltadas (70%). A Escola de Aeronáutica dos Afonsos havia quadruplicado a capacidade de formação de pilotos, chegando a 200 alunos. A Escola Técnica de Aviação de São Paulo, importada dos Estados Unidos, chegou a formar 3.500 especialistas. “O Brasil está empenhado em grandes preparativos para tornar-se uma potência aérea independente”, chegou a afirmar o ministro. Com mais investimentos, aeronaves e pilotos, as horas de voo na Escola de Aeronáutica dos Afonsos, no Rio de Janeiro, saltaram de 3,6 mil em 1940 para 25,9 mil em 1943. “Deixei uma frota de cerca 1.500 aviões militares em condições de uso, cerca de 3.000 pilotos treinados e 15 bases aéreas instaladas”, disse o ministro. Na década de 40, o Ministério aprovou regulamento para o Serviço de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, uma atividade voltada para a prevenção de acidentes.
Foi nesse período que a Aeronáutica deu os primeiros passos para a criação de um núcleo de referência em ensino, pesquisa e formação de mão-de-obra qualificada para a aviação, o atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).


ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
ORDEM DO DIA DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA
BRASÍLIA, 20 DE JANEIRO DE 2023

EM MINHA PRIMEIRA ORDEM DO DIA, APÓS ASSUMIR O COMANDO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA, ENALTEÇO O EXÍMIO TRABALHO DE UM DOS GRANDES RESPONSÁVEIS POR EDIFICAR O ALICERCE DO PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO.

NA HISTÓRIA DA AERONÁUTICA NACIONAL, POUCOS HOMENS PÚBLICOS FORAM CHAMADOS A DESEMPENHAR CARGOS DE TANTA RESPONSABILIDADE E IMPORTÂNCIA, COMO O DOUTOR JOAQUIM PEDRO SALGADO FILHO, PRIMEIRO MINISTRO DA AERONÁUTICA.

NASCIDO EM BERÇO MILITAR, NO ANO DE 1888, FILHO DO CORONEL DO EXÉRCITO JOAQUIM PEDRO SALGADO E DA SENHORA MARIA JOSÉ PALMEIRO, SALGADO FILHO REALIZOU, NA CIDADE DE PORTO ALEGRE, SEUS PRIMEIROS ESTUDOS E LÁ DEDICOU GRANDE PARTE DE SUA VIDA A SERVIR AO BRASIL.

HOMEM DE ELEVADA POSTURA ÉTICA E ADMIRÁVEL CAPACIDADE PROFISSIONAL FOI ESCOLHIDO PELO, ENTÃO, PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS PARA LIDERAR A INÉDITA MISSÃO DE UNIFICAR AS ASAS DA AVIAÇÃO NAVAL E DA AVIAÇÃO MILITAR, CRIANDO, EM 20 DE JANEIRO DE 1941, O MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA, MOTIVO PELO QUAL, HOJE, CELEBRAMOS ESTA IMPORTANTE DATA HISTÓRICA.

O ADVENTO DESSE AUSPICIOSO MINISTÉRIO OCORREU EM UM DOS MAIS SOMBRIOS PERÍODOS DA HISTÓRIA, EM PLENO TRANSCORRER DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, COM OS PAÍSES ALIADOS EXERCENDO FORTES PRESSÕES SOBRE O GOVERNO BRASILEIRO, ATÉ ENTÃO EM NEUTRALIDADE, PARA O ENGAJAMENTO NO CONFLITO. 

DIMENSIONAR A MAGNITUDE DA RESPONSABILIDADE ESTRATÉGICA, QUE RECAIU SOBRE OS OMBROS DO PRIMEIRO MINISTRO DA AERONÁUTICA, NÃO É UMA TAREFA FÁCIL, HAJA VISTA QUE, ALÉM DOS ENCARGOS RELACIONADOS À GUERRA, VIU-SE À FRENTE DO DESAFIO DE HARMONIZAR OS SIMULTÂNEOS INTERESSES DA AVIAÇÃO CIVIL, DA INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA E DA INDÚSTRIA AERONÁUTICA, CABENDO A ELE A HERCÚLEA TAREFA DE ORGANIZAR O INCIPIENTE SETOR AÉREO BRASILEIRO.

SALGADO FILHO VIU DE PERTO O BRAÇO-ARMADO DO SEU MINISTÉRIO, A FORÇA AÉREA BRASILEIRA, ENGAJAR-SE EM UMA EXPERIÊNCIA REAL DE COMBATE; EVIDENCIANDO, ASSIM, A RAZÃO DE SUA EXISTÊNCIA, AO DEIXAR REGISTRADO, EM NOSSAS PÁGINAS, O BATISMO DE FOGO NA CAMPANHA DO ATLÂNTICO SUL E NO TEATRO DE OPERAÇÕES DA EUROPA.

CABE RESSALTAR QUE O SUCESSO DA FAB NESSAS CAMPANHAS, INDUBITAVELMENTE, DEVEU-SE, TAMBÉM, AO EMPENHO DE SEUS INTENDENTES.

TODA A LOGÍSTICA DE TRANSPORTE, O PREPARO DAS AERONAVES E, ATÉ MESMO, O ZELO PELO BEM-ESTAR DA TROPA FORAM GARANTIDOS PELA EXCELÊNCIA NO CUMPRIMENTO DAS ATIVIDADES INICIADAS PELO PATRONO DA INTENDÊNCIA DA AERONÁUTICA, TENENTE-BRIGADEIRO JOSÉ EPAMINONDAS DE AQUINO GRANJA. 

ENCERRADOS OS COMBATES, DÉCADAS SE PASSARAM E, DEVIDO À CONTÍNUA E EXITOSA EVOLUÇÃO NO EMPREGO DO SETOR AEROESPACIAL, EM 1999, O MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA PASSOU À DENOMINAÇÃO ATUAL, COMANDO DA AERONÁUTICA, GALGANDO, CADA VEZ MAIS, RELEVÂNCIA NOS CAMPOS CIENTÍFICO, SOCIAL E ECONÔMICO DE NOSSA NAÇÃO.

DESDE O MARCO INICIAL DE SUAS ATIVIDADES, AO LONGO DESSES OITENTA E DOIS ANOS DE EXISTÊNCIA, TESTEMUNHAMOS OS VALOROSOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR HOMENS E MULHERES ABNEGADOS, QUE OFERTARAM A MELHOR DE SUAS CAPACIDADES EM PROL DA AERONÁUTICA BRASILEIRA.

GRAÇAS ÀS SEMENTES PLANTADAS POR PIONEIROS, COMO O MARECHAL DO AR EDUARDO GOMES, PATRONO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA, QUE  TRABALHOU INTENSAMENTE NA CRIAÇÃO DO CORREIO AÉREO NACIONAL,  NOSSOS MEIOS AÉREOS TÊM SE MOSTRADO CAPAZES DE ATENDER ÀS PRINCIPAIS DEMANDAS DO PAÍS. A PRIMEIRA MISSÃO DO KC EM APOIO À OPERAÇÃO ACOLHIDA É UMA PROVA DISSO. 

NOMES COMO O DO MARECHAL DO AR CASIMIRO MONTENEGRO FILHO TAMBÉM FAZEM PARTE DESSA HISTÓRIA E CONTRIBUÍRAM, SOBREMANEIRA, PARA O ENGRANDECIMENTO DA ENGENHARIA DA AERONÁUTICA BRASILEIRA, BEM COMO PARA O DESENVOLVIMENTO DA NOSSA TECNOLOGIA AEROESPACIAL.

SE O INVENTOR DO AVIÃO É BRASILEIRO, POR QUE NÃO PODEMOS CONSTRUIR NOSSOS  AVIÕES?

COM ESSA INDAGAÇÃO DE INFÂNCIA DE OZIRES SILVA, OFICIAL AVIADOR DA FAB, EX-PRESIDENTE E COFUNDADOR DA EMBRAER, UM SONHO FOI TRANSFORMADO EM REALIDADE E, HOJE, TEMOS AVIÕES BRASILEIROS EM MAIS DE 92 PAÍSES, OPERANDO NOS SEIS CONTINENTES DO GLOBO, ALÉM DO CONSAGRADO KC390 MILLENNIUM, COMO A ESPINHA DORSAL DA AVIAÇÃO DE TRANSPORTE MILITAR NO BRASIL, APOIANDO A INTEGRAÇÃO NACIONAL.

E O QUE DIRIA NERO MOURA, O PATRONO DA AVIAÇÃO DE CAÇA, AO VER A CHEGADA DOS MODERNOS CAÇAS MULTIMISSÃO F39 GRIPEN E SUA OPERAÇÃO, A PARTIR DO BERÇO DA DEFESA AÉREA, A BASE AÉREA DE ANÁPOLIS, COLABORANDO, ESTRATEGICAMENTE, PARA AUMENTAR A CAPACIDADE DE DEFESA E DE MANUTENÇÃO DA SOBERANIA DO NOSSO PAÍS.

O FUTURO CHEGOU E COM ELE NOVOS DESAFIOS. ACOMPANHANDO A RÁPIDA EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES AERONÁUTICAS, COMEÇAMOS A CONVIVER COM O SEGMENTO ESPACIAL, PARA ONDE NOSSOS HOLOFOTES COMEÇAM A BRILHAR MAIS INTENSAMENTE. TRATA-SE DE UM NOVO HORIZONTE DE SONHOS, CONHECIMENTOS E EMPREENDEDORISMO CRIATIVO QUE SE DESLINDA DIANTE DE NÓS .

MEUS COMANDADOS,

AO CELEBRARMOS O ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA, POMO-NOS A REFLETIR SOBRE O PASSADO DE REALIZAÇÕES DA AERONÁUTICA BRASILEIRA QUE, INEVITAVELMENTE, FAZ REFULGIR, EM NOSSOS OLHOS, O PIONEIRISMO E A DETERMINAÇÃO DE NOSSOS HERÓIS OS QUAIS NÃO APENAS  TRANSFORMARAM O PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO, COMO SEDIMENTARAM AS BASES INDISPENSÁVEIS PARA A EDIFICAÇÃO DE NOSSOS 82 ANOS DE HISTÓRIA.

TENHAM NAS CONQUISTAS E GLÓRIAS POR ELES LEGADAS O MAIS NOBRE EXEMPLO DE OBSTINAÇÃO. SIRVAM-SE DESSA FONTE PARA INSPIRAREM SUAS AÇÕES E REVIGORAREM O ÂNIMO NAS LIDAS DIÁRIAS, SABENDO QUE A SINERGIA DE ESFORÇOS E A OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS E AOS VALORES MILITARES SÃO CONDIÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA SUPLANTAR OS  DESAFIOS.  

ASSIM, MANIFESTO A MAIS SINCERA GRATIDÃO A CADA UM DOS HOMENS E MULHERES, MILITARES E CIVIS, OS QUAIS, MUITAS VEZES, ANÔNIMOS NAS ATRIBUIÇÕES, DILIGENTEMENTE EXERCIDAS, DÃO VIDA À FORÇA AÉREA, E EXTERNO, PUBLICAMENTE, O QUÃO SINTO-ME HONRADO EM PODER COMANDÁ-LOS.

PARABÉNS, COMANDO DA AERONÁUTICA!

PARABÉNS AOS INTEGRANTES, DE HOJE E DE SEMPRE, PELOS 82 ANOS DE CONTINUADA EXCELÊNCIA PROFISSIONAL!

TENENTE  BRIGADEIRO DO AR MARCELO KANITZ DAMASCENO
COMANDANTE DA AERONÁUTICA

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sábado, 21 de janeiro de 2023

FAB em Destaque

Revista eletrônica com as notícias de 13 a 19/01 na FAB
O FAB em Destaque é um programa que apresenta um resumo semanal das principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB). Confira os destaques de 13 a 19 de janeiro de 2023.

Apresentação: Tenente Eniele Santos / CECOMSAER

Edição: Sargento André Souza e Sargento Rayanne/ CECOMSAER

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Aviões e Músicas

A história de sobrevivência de Danilo Marques Moura após cair com seu P47 em território dominado por alemães
Aviões e Músicas é um canal para descomplicar a aviação e complementar as informações do blog A&M, pilotado pelo Lito Souza.


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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Embraer

Embraer assina contrato com a Vortex Aircraft Services para uso do Beacon

Movimento marca continuidade da expansão nos EUA

A Embraer assinou contrato com a Vortex Aircraft Services para a utilização do Beacon, plataforma de coordenação de manutenção que conecta recursos e profissionais para o retorno mais rápido das aeronaves ao serviço. A empresa tem sede nos Estados Unidos, e é especializada em e eventos de manutenção programada para aeronaves em solo. A Vortex Aircraft Services terá o Beacon como ferramenta para aprimorar a coordenação da manutenção e da capacidade de resposta aos serviços dedicados a aeronaves em solo, simplificando a comunicação em torno de eventos de reparos de todos os tipos de aeronaves. A plataforma será essencial para aumentar a produtividade da equipe e melhorar a eficiência dos processos internos da Vortex, além de promover a melhora na troca de conhecimento e simplificar os fluxos de trabalho. “Por ser uma plataforma agnóstica, o Beacon é o parceiro ideal para a Vortex, já que a empresa presta serviços de manutenção e reparo para um amplo leque de aeronaves com diferentes fabricantes e equipamentos originais. Cada minuto conta na aviação, e o Beacon ajudará a Vortex a melhorar sua eficiência na coordenação de eventos de aeronaves em solo e na manutenção de campo. A plataforma promoverá uma colaboração mais eficaz e manterá os altos padrões de rápida resposta a eventos críticos de manutenção”, afirma Marco Cesarino, Head do Beacon. Com a integração da Vortex em sua plataforma, o Beacon expandirá sua presença no mercado americano de manutenção e reparo, além de colaborar para manter os padrões de excelência da Vortex no serviço para clientes da aviação comercial e privada. “Temos convicção no fortalecimento no tempo de resposta e na qualidade do trabalho para nossos clientes. A plataforma Beacon se alinha com nossa visão de expansão em Charlotte, na Carolina do Norte, um local estratégico para a Vortex e seus clientes. Charlotte é um hub para transportadoras aéreas e para todas as operações que passam pelo sudeste dos Estados Unidos. Ao ingressar no Beacon, tornamos nosso relacionamento com nossos clientes ainda mais dinâmico e damos suporte para que possam continuar voando”, diz Luis Osuna, Diretor de Manutenção da Vortex Aircraft Services.

Texto: Fernando Valduga

Fonte: Cavok, em 18/1/23

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

AMAB

Notas Esparsas
Saint-Exupéry no Rio Grande do Sul
A Associação Memória da Aéropostale no Brasil é uma associação sem fins lucrativos cujo principal objetivo é realizar o inventário dos vestígios materiais e imateriais da antiga companhia de correio aéreo francesa (1918-1933), Latécoère-Aéropostale, nas 11 escalas que foram instaladas na costa brasileira. A AMAB apoia projetos relativos à memória franco-brasileira como exposições, eventos, manifestações culturais sobre o tema dos primórdios da aviação civil.

Visite o canal: AMAB

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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Notaer

Notaer de janeiro destaca passagem de Comando da Aeronáutica 
A edição de janeiro do Jornal Notaer tem como destaque a matéria sobre a Passagem de Comando da Aeronáutica, cuja cerimônia foi presidida pelo novo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. O Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior transmitiu o cargo de Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, no dia 02/01, na Base Aérea de Brasília (BABR). Também comemoramos, em janeiro, o Dia da criação do Ministério da Aeronáutica, que completa 82 anos em 2023. Assim, o leitor pode conferir uma produção textual sobre as contribuições tecnológicas que a instituição trouxe para o país. Ainda nesta edição, temos um conteúdo sobre a incorporação das duas primeiras aeronaves de caça F-39 Gripen ao 1° Grupo de Defesa Aérea (1° GDA) - Esquadrão Jaguar, cuja cerimônia militar foi realizada na Base Aérea de Anápolis (BAAN). Por fim, esta edição comemora a premiação de oito iniciativas da Força Aérea Brasileira (FAB) que receberam o Selo de Modernização do Estado, concedido pelo Governo Federal. Além disso, também é de celebrar o centésimo órgão transportado pelo Esquadrão Guará, selando concretamente a missão da FAB de salvar vidas brasileiras! Confira aqui a edição na íntegra.

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Marize Torres

Edição: Agência Força Aérea

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Magnavem

Projeto de avião nuclear prevê quebrar barreira do som e levar 500 pessoas
Fonte: UOL
Magnavem, conceito de avião supersônico movido a fusão nuclear

O designer espanhol Oscar Viñals desenvolveu um conceito de avião nuclear para até 500 passageiros e que poderia chegar a velocidades supersônicas. Batizado de Magnavem, do latim Magna Avem (Ave Grande), o modelo é bem diferente da maioria dos aviões vistos no dia a dia. Até o momento, ele não está sendo construído de fato por algum fabricante.

Características
- Capacidade para até 500 passageiros.
- Velocidade máxima de 1,5 Mach (1,5 vezes a velocidade do som), chegando a 1.852 km/h.
- Altitude de voo de até 15,4 km.
- Zero emissão de poluentes.
- A aproximação para pouso é feita com os motores desligados para economizar combustível e energia, além de ser mais silencioso.
- As manobras são feitas por meio de bicos direcionáveis dos motores, que se movem para impulsionar a aeronave na direção desejada.
- Na parte inferior ficariam as baterias, reservatórios de hidrogênio e o compartimento de cargas e bagagem. 
- Na parte superior, os passageiros seriam distribuídos em dois andares em três classes de assento: primeira classe, executiva e econômica.

Motorização
- O sistema seria movido com um sistema híbrido de hidrogênio e eletricidade.
- Os motores convencionais seriam substituídos por atuadores de plasma, que controlam o fluxo de ar sobre o corpo do avião, gerando a movimentação necessária.
- Ao todo, seriam quatro desse motores híbridos (hidrogênio e eletricidade).

O autor ainda acredita ser possível que esse sistema, além de não poluir, seja responsável por capturar gás carbônico da atmosfera. Isso ocorreria por meio de um reator de fusão nuclear compacto. Esse tipo de tecnologia já está em desenvolvimento pela norte-americana Lockheed Martin, uma das principais fornecedoras de tecnologia militar e aviões do mundo. Quando atingissem 890 km/h, dois motores especiais do tipo ramjet movidos a hidrogênio fariam a aeronave chegar a velocidades supersônicas. Esse modelo, já foi utilizado em algumas aeronaves, como SR-71 Blackbird, avião de reconhecimento que chegava a uma velocidade de 3.500 km/h, mais de três vezes a do som.

Viabilidade
Divulgado pela primeira vez em 2018, o avião ainda é um conceito e não há previsão para iniciar os voos. Seu autor se ateve a diversas tecnologias que não estão tão distantes da nossa realidade para idealizar o modelo. Viñals diz acreditar que iremos conhecer melhor as características do plasma e dominar seu uso no decorrer dos próximos anos. É um grande desafio, ainda mais para uma aeronave de tamanho similar ao do Airbus A380 e ao do Boeing 747, os maiores aviões de passageiros da atualidade. Entretanto, a partir de conceitos, podem ser feitas provas e se desenvolverem tecnologias que serão utilizadas em outros modelos posteriormente, mesmo que a versão original não saia do papel.

Em conversa com o portal de notícias UOL, o autor diz crer que as tecnologias do Magnavem deverão ser realidade em breve.

A combinação de hidrogênio e energia elétrica em um motor de aeronave para impulsioná-la pelos céus deve ser viável nos próximos anos. O Magnavem poderia ser equipado com esses tipos de motores, além do motor ramjet para atingir velocidades supersônicas...Quem sabe?
Oscar Viñals, designer do Magnavem

- O espanhol diz que já foi procurado por uma empresa dos EUA e o cofundador de uma companhia chinesa que fornece produtos aeroespaciais para diversas partes do mundo.
- Esse contato, entretanto, não foi para construir o modelo, mas para entender que tipo de tecnologia o avião precisaria e como ela seria aplicável.
- A ideia de desenvolver o modelo surgiu de um desafio para elaborar um avião supersônico o mais sustentável possível e que utiliza seu corpo como principal superfície de controle.
- O objetivo também era eliminar o uso de asas ou, como no caso do Magnavem, usar asas bem pequenas. 

Meu interesse por aviões nasceu há quase quinze anos como um desafio pessoal, tentando contribuir com minhas ideias para melhorar e aperfeiçoar os aviões atuais.
Oscar Viñals

Ficha técnica
Magnavem
- Comprimento: 70,4 metros
- Altura: 14,1 metros
- Envergadura (distância lateral): 76,4 metros
- Assentos: 500 ao todo, sendo 42 na primeira classe, 98 na executiva e 360 na econômica
- Velocidade de cruzeiro: 1.852 km/h
- Autonomia: Até 19 mil km
- Peso máximo de decolagem: 590 toneladas

Fonte: Todos a Bordo / UOL

Texto: Alexandre Saconi / UOL (15/01/2023)

Imagem: Oscar Viñals

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domingo, 15 de janeiro de 2023

Especial de Domingo

Voltamos a publicar excelente conteúdo sobre o Syndicato Condor.
Boa leitura.
Bom domingo!

NAS ASAS DO CONDOR
A primeira empresa aérea de origem alemã a operar no Brasil foi o Sindikat Condor, - nacionalizada em 1/12/1927 sob o nome Syndicato Condor Ltda., trocado em 19/8/1941 para Serviços Aéreos Condor Ltda. e em 16/1/1943 para Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda. -, cujo voo experimental foi em novembro de 1926, com um hidroavião alemão Dornier Wal, ligando Buenos Aires ao Rio de Janeiro.

Em janeiro de 1927 foi inaugurada a sua primeira linha regular (Rio de Janeiro-Porto Alegre-Rio de Janeiro), com escalas em Santos, Paranaguá/PR, São Francisco/SC e Florianópolis/SC. Dois anos depois, em 11/1/1929, o terceiro hidroavião da linha, o Bartholomeu de Gusmão (do tipo Dornier Wal, com prefixo P-BADA, que havia chegado ao Brasil em 1927), acidentou-se em Santos, sendo destruído por um incêndio. 

Içamento do Taifun a bordo do navio Westfalen, na costa da África Foto: Lufthansa

A rota bissemanal Rio de Janeiro/Porto Alegre já utilizava o hidroavião trimotor Junkers G-24. Durante a II Guerra Mundial, em 16/1/1943, a empresa (ligada à alemã Lufthansa) foi nacionalizada e passou a se chamar Cruzeiro do Sul, sendo mais tarde incorporada pela Varig. 

Alemanha/Argentina, via Santos
Em 3/2/1934, começou em Stuttgart, na Alemanha um memorável voo que em 66h12 cobriria a rota atlântica até Buenos Aires (13.283 km), passando por Barcelona e Sevilha (Espanha), Vila Cisneros (Sahara Ocidental) e Bathurst (Gâmbia Inglesa), Natal, Recife, Salvador, Caravelas, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis, Porto Alegre, Rio Grande, e ainda por Montevidéu e Buenos Aires.

A bordo do Westfalen, oficial controla a catapulta que lançará o Taifun Foto: Lufthansa

O primeiro voo transoceânico do mundo, em vez de ligar Europa e América do Norte como muitos poderiam supor, foi portanto o T.O.1 da atual Lufthansa (T.O. significando transoceânico). Esse voo foi também a primeira linha aérea postal da História da Aviação. O voo T.O.1/Sul decolou na madrugada de 3/3/1934, com 37,53 kg de correspondência, do aeroporto de Stuttgart. Um avião monomotor (de 600 HP) Henkel HE-70 Blitz, a mais veloz aeronave da época (370 Km/h), tendo como tripulantes o comandante Robert Untucht e o rádio-operador Karl Kirchhoff, dirigiu-se à cidade de Sevilha fazendo escala em Barcelona.

O Taifun, logo após ser catapultado do navio Westphalen em Bathurst,  na costa africana, em direção ao Brasil Foto: Lufthansa

Iniciando o revezamento de aviões, em Sevilha a mala postal foi transferida para o trimotor Junkers JU-52 Zephyr prefixo D-2526, que decolou imediatamente, foi reabastecido em Las Palmas, e seguiu para a Gâmbia Britânica, descendo em Bathurst, no estuário do rio Gâmbia, porto da então colônia britânica. Já estava ancorado ali o navio-catapulta alemão Westfalen, com dois hidroaviões bimotores Dornier Wal DO-18: o Passat (prefixo D-2068) e o Taifun (prefixo D-2399 - D-AKER). Um mensageiro levou a mala postal do aeródromo ao porto, onde foi colocada no porão do Taifun. O navio levantou âncora, rumando para uma posição denominada "Meio do Oceano", no Atlântico Sul. Ao raiar do dia 7 (eram 4 horas da manhã, pelo tempo médio de Greenwich - GMT), o Taifun foi lançado pela catapulta do Westfalen, tendo nos controles o comandante Joaquim Blankenburg, o co-piloto Walter Blume, o mecânico de voo Otto Gruschwitz e o rádio-operador Guenther Fechner.

Vista interna da cabine de comando do Taifun Foto: Lufthansa

O aparelho tinha 23,2 m de envergadura das asas, 18,2 m de comprimento e raio de alcance de 2 mil km, voando a 225 km/hora. Contou o precursor Rudolf Cramer von Clausbruch que na decolagem catapultada, o avião era colocado nos trilhos, a bordo do navio: "Ele era impulsionado por pressão produzida pelas máquinas do navio. A tripulação nos seus lugares dava partida nos motores, verificava as pressões, rotações e temperaturas. Se tudo estava bem, os motores eram atacados até o máximo da potência. Assim eles ficavam quase um minuto. Então o piloto apertava um botão, interruptor elétrico, que disparava o avião no ar. A pressão nas costas era tremenda. O assento tinha umas almofadas grossas para proteger as costas. Assim mesmo eu sofri danos na coluna e fui parar no hospital. Em pouco mais de um segundo a velocidade ia de zero a 150 km/h, pois quando os trilhos acabavam já precisava ter velocidade de voo." Na época, não havia dispositivos automáticos para manter o curso ou altitude de uma aeronave. Mesmo o voo noturno ou voo cego (hoje chamado de voo por instrumentos) estava nos primeiros rudimentos. Toda a tecnologia, aliás, era muito precária, sendo comuns as panes seguidas.

O Taifun, sobre o Oceano Atlântico, recorrendo ao efeito solo Foto: Lufthansa

Os voos eram então realizados manualmente, exigindo horas e horas de extrema concentração e resistência física, principalmente pelo fato de que tais voos transoceânicos se realizavam a poucos metros sobre as ondas (nessas viagens, lançava-se mão de um procedimento, fruto de descoberta do comandante von Clausbruch durante a fase de experiência que antecedeu esse voo inaugural: o efeito solo, hoje conhecido pelo mais inexperiente dos pilotos: o adensamento do ar sob as asas quando uma aeronave voa a baixa altura - uns 10 metros - sobre o mar: com o aumento da densidade do ar, aumenta também a sustentação da aeronave, o que se traduz em ganho de velocidade, maior economia de combustível e, portanto, maior raio de alcance). O voo transcorreu sem incidentes. Otto Gruschwitz subia seguidamente à gôndola que abrigava os dois motores BMW VI-U de 680 HP para conferir seu desempenho. Enquanto isso, Guenther Fechner se mantinha contato, via rádios, com o Westfalen, obtendo pontos fixos de referência com seu radiogoniômetro, através de emissões de navios em qualquer parte do Atlântico, para verificar seguidamente a posição exata do Taifun. Instante de grande emoção foi quando Guenther percebeu, em seus fones, os primeiros sinais, quase inaudíveis, de uma estação de terra ainda muito longínqua, do Syndicato Condor. Eram cerca de 15 horas GMT quando, após 11 horas de voo, o Dedo de Deus - um pico de basalto que é o marco da Ilha Fernando de Noronha - foi avistado. Enquanto o comandante Blankenburg fazia uma curva sobre a ilha, um segundo hidroavião Wal deslizava numa baía protegida das ondas oceânicas: o Monsun, prefixo D-2069, comandado por Rudolf Cramer von Clausbruch que, partindo de Natal, vinha ao encontro do primeiro avião que cruzava o Atlântico Sul, com o intuito de acompanhá-o em seus últimos 400 km de voo até o continente brasileiro. Após 14h10 de voo sobre o mar, o Taifun pousou às 17h05 GMT nas águas calmas do Rio Potengi, em Natal, e 20 minutos depois a viagem prosseguiu rumo ao Sul no PP-CAN Tietê, um pequeno avião Junkers W-34 monomotor de 630 HP, que viajava a 175 Km/h em velocidade de cruzeiro e transportava nos tanques 700 litros de gasolina, suficientes para 5h50 de voo.

O Taifun permaneceu a serviço na Lufthansa de 1931 a 1935 Foto: Lufthansa

Mais 15 latas de 18 litros de gasolina cada uma foram transportadas na cabine de passageiros e o mecânico alemão Hermann Altralth fez um ajuste que permitia à tripulação reabastecer o avião com essas latas em pleno voo, aumentando assim a autonomia do aparelho. Esse detalhe do combustível extra foi responsável por um susto no pessoal de terra do Rio de Janeiro: por desconhecer esse arranjo, e sabendo que o Tietê já tinha ultrapassado bastante sua autonomia máxima de 5h50 e não tinha feito escala para reabastecimento em Vitória/ES, os cariocas imaginavam que o aparelho tivesse feito pouso forçado por pane ou falta de combustível. Porém, 7h45 após a decolagem de Salvador, o aparelho pousou suavemente nas águas próximas ao Caju, na Baía de Guanabara. Conta o piloto catarinense Auderico Silvério dos Santos que o hidroavião partiu em direção ao Recife, tripulado por ele, pelo mecânico Altralth e por Guilherme Mertens (comandante do voo), voando baixo por não dispor de instrumentos e para evitar ventos contrários fortes. Após a entrega da mala postal pernambucana, rumou para Salvador, enfrentando a falta de visibilidade causada pela chuva e pela chegada da noite, passou sobre Maceió e chegou a Salvador às 2h00 GMT, onde pousou numa raia de 600 metros em Itapagipe, iluminada com tochas sobrepostas em pedaços de madeira com cortiça, intercaladas de 50 em 50 metros. Feito o reabastecimento total na capital baiana, o Tietê rumou direto para o Rio de Janeiro, de onde - após o novo reabastecimento - prosseguiu viagem para Santos, onde pousou em 8/2 (às 19h30 GMT) para deixar o correio europeu. Quinze minutos depois, já com a noite chegando, o hidroavião decolou das águas defronte à praia José Menino, em direção à então chuvosa Florianópolis, via Paranaguá, chegando quase seis horas depois à capital catarinense. A viagem prosseguiu para Porto Alegre, Rio Grande, Montevidéu e Buenos Aires, aonde chegou na noite de 9/2/1934, completando em 26h51 sua participação de 4.650 km nesse histórico voo transatlântico. Curiosamente, embora bastante citado na imprensa sulamericana e européia, sendo destacado nas primeiras páginas dos principais jornais argentinos, esse feito não teve qualquer divulgação no Brasil e nem sequer está registrado nos arquivos do Ministério da Aeronáutica.

O Junkers W34/See, PP-CAN Tietê, do Syndicato Condor, e sua tripulação

A viagem T.O.1/Norte começou em território brasileiro com o W-34 Tibagy PP-CAO, tripulado pelo comandante Erler, o mecânico de voo Kleinat e o rádio-operador Pascini. De Natal, o Taifun partiu em 9/2 para o encontro do navio Westfalen na posição Meio do Atlântico, sendo levado para bordo, inspecionado e reabastecido. Partiu catapultado do navio em direção a Bathurst, onde sua mala postal foi transferida para o trimotor JU-52 Zephyr, que em Larache (após escala em Las Palmas) repassou o correio para o Blitz completar a viagem inaugural até Stuttgart, onde aterrissou no dia 12/2, às 14h16 pelo horário GMT. Comentário da Lufthansa: "Completava-se, assim, o voo T.O.1 de ida e volta sem qualquer incidente. E rigorosamente no horário". A partir de então, começaram os voos regulares entre a Alemanha e a América do Sul: a viagem 2/Sul começou em Stuttgart a 17/2, a terceira a 4/3/1934. Entre 30/5 e 6/7, os serviços com aviões foram interrompidos para melhoramentos no aparelho de catapultagem do Westfalen, sendo em parte substituídos pelo dirigível Graf Zeppelin. Naquele ano, a empresa completaria 23 voos semanais. Com bastante lucro (uns 35 mil marcos por voo), apesar dos custos elevados: em 1934, uma carta com até 5 gramas, da Alemanha para a América do Sul, custava 1,75 marco. Cada voo transportava em média 100 kg de cartas (nos anos seguintes, tornaram-se rotina 400 a 500 kg por voo).

Anúncio da Condor-Lufthansa em Santos , em 1938 Imagem: reprodução do jornal santista A Tribuna, edição de 6 de abril de 1938, pág. 16

Cooperação Brasil-Alemanha data de 1808
A cooperação Alemanha-Brasil já era proposta por D. João VI, que em 1820 exortava "aos diversos povos da Alemanha e de outros países" a emigrar para sua colônia predileta. E os alemães começaram a emigrar. Já estavam no Brasil quando da Abertura dos Portos de 1808 e desde então, até 1850, fundaram, além da colônia de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A partir de 1850, foram se instalando em Santa Catarina. Em 1853, a criação da província do Paraná provocou a entrada de novos imigrantes.

Ao todo, de 1884 a 1933, foi registrada a imigração de 154.402 alemães que, com as famílias que aqui constituíram e com os filhos que aqui tiveram, chegaram mesmo a dar, a grandes extensões do país, um perfil turístico e humano bem característico. Desde o início dessa imigração, começou a produção de mercadorias de todos os tipos, principalmente para atender aos colonos (notadamente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul): fábricas de tijolos, serrarias, cervejarias, engenhos de açúcar etc. Tratava-se, em geral, de empresas de pequeno porte, com até 5 empregados.

A falta de infraestrutura não permitiu a ampliação de tais iniciativas, nem sequer o envio de seus produtos para outros Estados. As principais tentativas, ainda sob o reinado de D. João VI - e com o auxílio de técnicos alemães como Varhagen, von Eschwege e Schuech -, de implantar uma indústria siderúrgica nos estados de São Paulo e Minas Gerais, fracassaram devido à debilidade, na época, do mercado consumidor.

A industrialização brasileira começou no ramo têxtil. Iniciou-se a plantação de algodão, e uma indústria têxtil nacional, à base de produção mecanizada, principalmente com tecnologia alemã, passou a desenvolver-se continuamente na segunda metade do século XIX. Enquanto em 1850 existiam apenas cerca de 50 empreendimentos industriais em todo o Brasil, em 1890 já havia 640 fábricas com 35 mil operários, a grande maria localizadas no Sul.

No final do século XIX, o comércio teve, até o início da Primeira Guerra Mundial, expansão nunca antes experimentada. Surgiram grandes casas comerciais, em quase todas as capitais, indicando sua origem alemã. Ao mesmo tempo, ocorreu o boom do café, base financeira para o grande surto de industrialização. O "rei do café" era, até o início da Primeira Guerra, Francisco Schmidt que, começando como simples operário, tornou-se proprietário de 30 fazendas, com 8 milhões de pés de café. O maior exportador de café em Santos, e o segundo no Rio de Janeiro, era a firma Theodor Wille. A partir de 1906, vigorava o Convênio de Taubaté, pelo qual o Governo brasileiro interviria no mercado para comprar os excedentes de forma a manter o equilíbrio entre a oferta e a procura do café. O financiamento destas compras seria feito com empréstimos estrangeiros e a Theodor Wille foi incumbida da realização técnica desse projeto. Contou ela, para isso, com um consórcio de bancos, entre eles o Deutsche Bank.

Em 3 de março de 1916, na então capital (o Rio de Janeiro), foi fundada a União de Firmas Comerciais Teuto-Brasileiras, antecessora da atual Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. No ano seguinte, já contava com 140 membros. Entre as duas Guerras Mundiais, e muito especialmente após 1930, deflagrou-se no Brasil o primeiro grande período de progresso industrial. Número considerável de imigrantes italianos e alemães fundavam empresas pequenas que se desenvolviam constantemente através do reinvestimento constante dos lucros, chegando a se tornar grandes grupos empresariais. Exemplo disso ocorreu especificamente na indústria têxtil: um centro de indústria têxtil surgiu em Santa Catarina, fundada e dirigida por imigrantes alemães, que, com dedicação e persistência, conseguiram figurar entre as mais importantes do Brasil.

É exatamente nesse panorama histórico de desenvolvimento e integração entre brasileiros e alemães que chega ao Brasil, em 1934, a aeronave Taifun, em seu histórico voo transatlântico. A partir de 1950, o país recebeu novo impulso, através de programas governamentais voltados para a dinamização de diversos ramos da indústria: automobilística, naval, mecânica pesada, eletrônica etc., com a expressiva presença da indústria alemã, tanto através de iniciativas próprias como na forma de participações técnicas e financeiras em empresas já existentes, em indústrias de base e de bens de consumo. No final do século XX, a Alemanha figurava como o segundo parceiro mais importante do Brasil.

O hidroavião Atlântico, que passou por Santos em 1927,  a caminho de Porto Alegre, onde daria início à Varig  Foto: Lufthansa

Condor e Varig
O Condor Syndikat, nacionalizado em 1/12/1927 sob o nome Syndicato Condor Ltda., além de abrir caminho para as atividades da Lufthansa na América do Sul, também teve papel decisivo na fundação da companhia aérea brasileira S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense (Varig), em 7/5/1927 - de cujo capital participou com 21%, o valor do avião Dornier Wal Atlântico (prefixo P-BAAA).

Hidroavião Dornier Wal P-BADA Bartholomeu de Gusmão, do Syndicato Condor, incendiou-se em Santos em 11/1/1929

O hidroavião monomotor Dornier Merkur Gaúcho (P-BAAB) foi transferido à Varig em 6/2/1928, e em 10/5 desse ano o Condor propõe sua fusão com a empresa gaúcha, assumindo assim a Varig. Em meados de 1930, retirou-se da sociedade. Mais tarde, já com o nome de Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, teve seu controle assumido pela Fundação Rubem Berta em 22/5/1975. Aliás, tal fundação, controladora da Varig, tem seu nome em homenagem a Ruben Martin Berta, primeiro auxiliar do alemão Otto Ernst Meyer-Labastille (o idealizador e fundador da Varig). Ruben foi empregado no mesmo dia 2/2/1927 do primeiro voo experimental da Varig com o avião Atlântico - que tinha chegado a Porto Alegre dias antes, procedente do Rio de Janeiro (com escalas em Santos, São Francisco do Sul e Florianópolis).

Fonte: www.dornier-wal.com

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