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Voar é um desejo que começa em criança!

terça-feira, 30 de abril de 2024

Embraer

Koppert vai usar aeronave Ipanema da Embraer para certificar pulverização aérea de biodefensivos no Brasil
O avião agrícola EMB-203 Ipanema da Embraer vai realizar uma série de testes para homologar a primeira metodologia de aplicação aérea de defensivos biológicos do Brasil. O projeto pioneiro para promover a sustentabilidade no agronegócio nacional é liderado pela Koppert, líder global no desenvolvimento e produção de bioinsumos para agricultura. A colaboração entre as equipes da Embraer e Koppert vai avaliar aspectos técnicos necessários para a melhor eficiência da pulverização e a segurança dessa prática, com o objetivo de documentar os resultados obtidos. O anúncio foi realizado durante a 29ª edição da Agrishow, a principal feira de tecnologia para o agronegócio da América Latina, que acontece até o dia 3 de maio em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. "A parceria entre a Embraer e a Koppert representa um passo significativo em direção à promoção da sustentabilidade no agronegócio brasileiro", afirma Gustavo Herrmann, Diretor Comercial da Koppert América do Sul. "Estamos entusiasmados com a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes." A padronização da forma de aplicação com base em uma metodologia científica busca assegurar a eficácia dos biodefensivos para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de doenças e pragas nas lavouras, combinando o uso estratégico de tecnologias de monitoramento e pulverização aérea. O uso do Ipanema reforça ainda mais o compromisso com um futuro sustentável da iniciativa, por ser a única aeronave certificada e produzida em série para voar com biocombustível. Movido a etanol, o avião agrícola da Embraer combina tradição, robustez e eficiência para potencializar o uso de organismos ou de substâncias de ocorrência natural. “O agronegócio tem buscado incorporar novas tecnologias para o aumento da segurança alimentar e proteção do meio ambiente, e acreditamos que a colaboração entre Embraer e Koppert poderá contribuir para novos avanços sustentáveis do setor”, disse Sany Onofre, responsável pela produção e comercialização do Ipanema na Embraer.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Airlander 10

Fabricante da grande aeronave Airlander 10 anuncia novo acordo que inclui reserva para seis unidades
A fabricante aeronáutica britânica Hybrid Air Vehicles (HAV) informa um acordo com a Highlands and Islands Transport Partnership (HITRANS) para progredir nos serviços potenciais da aeronave Airlander 10 nas Highlands and Islands (Terras Altas e Ilhas), na Escócia, e melhorar substancialmente o transporte aéreo regional de passageiros e carga. O plano inclui um acordo para desenvolver um business case (caso de negócios) completo para a operação comercial de aeronaves Airlander 10 na região para serviços de passageiros e carga, através de um novo estudo conjunto, uma continuação do conceito anterior e do trabalho de estudo de viabilidade. Esta atividade representa um compromisso adicional significativo da HITRANS na investigação e planejamento de futuros serviços aéreos descarbonizados servindo a Escócia. Para apoiar o potencial de novos serviços na região, a Hybrid Air Vehicles também reservará slots de produção antecipada para seis aeronaves Airlander 10 para a HITRANS. Juntos, com um caso de negócios comprovado e a opção de seis aeronaves Airlander 10, a HITRANS e a Hybrid Air Vehicles poderão identificar um operador comercial para começar a prestar serviços nas Terras Altas e Ilhas da Escócia. A integração do Airlander 10 também apoiará os objetivos da região de transporte aéreo com saldo líquido zero de emissões até 2045. O Airlander 10 é um novo tipo de aeronave com emissões ultrabaixas, capaz de transportar 100 passageiros ou dez toneladas de carga útil, ou uma combinação de ambos, com até 90% menos emissões quando comparado com aeronaves de capacidade similar. Possui características únicas, tais como a sua eficiência inerente e a sua capacidade de decolagem e aterrissagem com infraestruturas limitadas, o que o torna ideal para satisfazer necessidades específicas em geografias remotas e insulares. O anúncio baseia-se num estudo de viabilidade anterior entre a HAV e a HITRANS, através do Ambiente de Teste de Aviação Sustentável (SATE) financiado pelo UKRI, que concluiu que o Airlander 10 pode melhorar substancialmente a prestação de serviços de passageiros e carga com baixas emissões de carbono para a região com investimento mínimo em atualizações de infraestrutura. Ao longo deste início de 2024, a Hybrid Air Vehicles anunciou progressos significativos em direção à produção em grande escala do Airlander 10 e entrada no mercado até o final desta década. Em fevereiro de 2024, anunciou que a Certificação de Tipo havia começado com a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido, que regularia as aeronaves para funções na aviação civil. Em março de 2024, anunciou um local de produção principal em Carcroft Common, em South Yorkshire.

Fonte: AEROIN/Murilo Basseto

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domingo, 28 de abril de 2024

Epecial de Domingo

Da coletânea Ideias em Destaque, publicação do INCAER - Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, selecionamos e voltamos a publicar o texto a seguir, do Maj Brig Ar da Reserva Wilmar Terroso Freitas. 
Boa leitura. 
Bom domingo!

Um voo que passou... 
uma saudade que ficou: 
a última missão do T-6D 1545
Naquela manhã do dia 28 de fevereiro de 1975, decolaram, da Base Aérea de Belém, para uma longa viagem, os NA T-6G FAB 1557 e T-6D FAB 1545, pilotados pelo Tenente-Aviador Jair Kisiolar dos Santos e por mim, tendo, como mecânico, o Segundo-Sargento Isaías. O T-6G do líder possuía instrumentos de comunicações e navegação, mas o T-6D – onde eu voava solo, pois o mecânico estava no avião do líder – tinha apenas um equipamento de comunicação em VHF (Very Hight Frequency), motivo pelo qual eu iria voando na ala do avião líder, como sempre foi comum fazê-lo, tanto em voos de instrução, como no emprego operacional de armamento ar-solo. Seria um voo silencioso, pois eu não tinha um mecânico com quem falar de vez em quando, nem sinais de radionavegação ou broadcasting para sintonizar e ouvir, pela ausência do equipamento de navegação a bordo do 1545. Além disso, aquela não seria uma viagem normal, de rotina: seria uma viagem sem volta, pois as aeronaves NA T-6 Texan estavam sendo desativadas e deveriam ser entregues ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa – MG (PAMA LS), responsável pelo apoio e pelo recolhimento daquele tipo de aeronave. Eram os dois últimos exemplares do Primeiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (1º EMRA) em seu derradeiro voo. Aqueles dois valorosos T-6 (T-meia), agora “aposentados”, voaram por muitos anos, sobre as coxilhas e serras do Rio Grande do Sul, quando estavam no Primeiro Esquadrão de Reconhecimento e Ataque (1º ERA) na Base Aérea de Canoas – RS, até serem transferidos para a Base Aérea de Belém, ao início de 1973, como equipamentos fundadores do 1º EMRA (Esquadrão Falcão). Nos dois últimos anos (1973 e 1974), os T-6 sobrepujavam os naturais ruídos e harmoniosos sons da imensa selva amazônica, com o ronco dos seus possantes motores Pratt & Whitney R-1340-AN1 de nove cilindros radiais, arrefecidos a ar. Para o jovem Tenente, os longos voos, geralmente a baixa altitude, sobre a floresta, tendo, como referência, apenas o sinuoso caminho dos rios, as escassas ilhas e os lugarejos ribeirinhos, geravam uma sensação de liberdade e de poder, reforçados pela solidão da cabine e pela espetacular Amazônia que “desfilava” sob as nossas asas, mostrando-se intocada, imensa e bela. Após decolar na ala e ir para a posição de Ataque Dois¹ , já na proa de Marabá, primeira escala prevista, e ainda sem ter a noção clara de que aquela seria uma missão histórica em minha caderneta de voo, refleti, “com meus botões”, que aquele T-6... 

– não mais se faria ouvir estridente, no ronco do passo mínimo, durante um barril² por fora; 

– não mais abriria passagem, altivo, entre os rosados flamingos das matas de Igapó, ou espantaria os búfalos de Marajó; 

– não mais mergulharia, veloz e certeiro, como um Falcão, sobre o seu alvo, em missões de bombardeio ou de lançamento de foguetes, no estande de Igarapé-Açu³;

– não mais alegraria as populações ribeirinhas com suas evoluções rasantes, às margens do Rio Mar;

– não mais teria, ou seria, um ala fiel, inseparável, como neste derradeiro voo; 

– não mais voaria... estava desativado!  

Cerca de 15.000 unidades de T-6 foram produzidas, em diversas versões, sendo 81 montadas no Brasil pela Fábrica de Aviões de Lagoa Santa – MG, entre 1945 e 1952. Essas aeronaves voaram até 1974, nos Esquadrões e até 1976, na Esquadrilha da Fumaça. O 1º EMRA teve dias gloriosos com o T-6. Jamais esqueceremos as formaturas de quatro aviões nas demonstrações aéreas em Belém. Meus quatro amigos, “vestindo” aquela “máquina” tão conhecida e respeitada por inúmeras gerações de “aviadores à moda antiga”, formavam um time de vibradores e exímios pilotos, que chegou a ser chamado de “Funorte”, uma referência muito elogiosa à Esquadrilha da Fumaça. No seu portfolio, constavam Looping, Barril, Desfolhado, Rasante e evoluções isoladas, com precisão profissional. Desde o início, em Canoas, em 1971, eu estabeleci uma relação de respeito mútuo com o T-6: ele nunca me deu uma pane de motor e eu nunca lhe dei um “cavalo de pau”(4) Após escalas em Marabá – PA, Porto Nacional – TO e Brasília – DF, chegamos ao Parque de Material de Lagoa Santa, em 1º de fevereiro de 1975, para a entrega das aeronaves. Terrificante – um termo forte, mas é o que eu lembro e registrei na ocasião – foi para mim e o seria também para o 1545, se ele tivesse sentimentos, a imagem do estacionamento de aviões recolhidos no Parque. As várias dezenas de “esqueletos” e “mutilados” restos de T-6, estranhamente bem alinhados, como túmulos em um cemitério a campo aberto, deram-me uma visão de solidão e de abandono. Imaginei o 1545 entre eles, no dia seguinte, sem nenhum destaque, “depenado”, destituído de sua imponência, com o seu motor silenciado para sempre... a hélice muda, parada... acredito que o 1545 choraria com tristeza e mágoa... se ele tivesse uma alma. Como eu tenho alma, fiquei muito triste por nós dois. Ao retornar a Belém, verifiquei, na minha caderneta de voo, que meu primeiro voo naquela Base, em 16 de fevereiro de 1973, tinha sido no T-6 1545, o mesmo que pilotaria dois anos depois, em derradeiro voo para nós dois. Naquela ocasião, escrevi o texto que agora torno público. Não mais voaria o FAB 1545; e eu não mais voaria em um NA T-6 Texan.

1 . Situação em que a aeronave mantém sua posição relativa na ala do líder, com o dobro do afastamento, para tornar o voo mais confortável em longos deslocamentos.

2 . Tounneaux Barril: manobra na qual a aeronave gira lentamente no eixo longitudinal, traçando uma trajetória circular em relação ao horizonte natural, com meio círculo acima e outro, abaixo do horizonte. Por fora é a posição na ala quando o líder faz o tounneaux girando para o lado oposto de onde está o ala, que fará uma trajetória ligeiramente maior do que a do líder, demandando um pouco mais de potência do motor do ala. 

3 . Estande concebido, especialmente, para treinamento do 1º EMRA, com trabalho dos oficiais e graduados do seu efetivo.

 4. Situação durante o pouso, em que a aeronave gira sem controle, em torno de um de seus trens de pouso, geralmente, saindo pela lateral da pista. 

Autor: Wilmar Terroso Freitas 

Fonte: Ideias em Destaque - INCAER

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sábado, 27 de abril de 2024

Embraer

Embraer prevê investir R$ 2 bilhões e gerar mais 900 empregos diretos este ano no Brasil
A Embraer anunciou em 26 de abril, durante visita do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva à sede da empresa em São José dos Campos-SP, a previsão de investir cerca de R$ 2 bilhões e contratar mais 900 colaboradores este ano no Brasil. O objetivo é atender ao aumento da produção de aeronaves e ao crescimento futuro previsto com o desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços. O investimento contempla atividade de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, como as que serão utilizadas no eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical), expansão dos serviços aeronáuticos, que inclui conversão de aeronaves de passageiros em cargueiros, defesa e segurança, projetos de aumento de eficiência e ampliação da atividade industrial. “A Embraer está iniciando uma nova fase de crescimento baseada em eficiência e inovação. Estamos focados em capturar todo o nosso potencial nos diversos segmentos em que atuamos rumo a uma aviação mais sustentável”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “E graças às parcerias com o setor público e privado, estamos ampliando vendas, abrindo novos mercados e investido em novas tecnologias, o que possibilita aumento da exportação de produtos de alto valor agregado e a geração de milhares de empregos de alta qualificação no Brasil”. Cerca de 90% das contratações serão realizadas ao longo do ano para o setor de operações, com vagas para mecânicos, eletricistas, fresadores, moldadores, técnicos de manutenção de aeronaves e técnico de qualidade com experiência, bem como oportunidades para trainee de produção, que passam pelo processo de treinamento e capacitação com os mentores internos. Há ainda vagas para engenheiros e outras funções administrativas. No ano passado, a Embraer já havia aumentado a força de trabalho em 1.500 colaboradores e voltou ao patamar de empregos pré-pandemia. Atualmente a companhia tem cerca de 19 mil colaboradores diretos em todo mundo, dos quais 88% atuam no Brasil. A retomada do crescimento da Embraer se materializou em 2023, quando a empresa registrou uma receita total de R$ 26 bilhões e obteve a melhor rentabilidade dos últimos cinco anos. No período foram entregues 181 jatos, volume 13% superior ao ano anterior. Para 2024, a Embraer estima que seja mais um ano de crescimento com a entrega entre 72 e 80 aeronaves comerciais e entre 125 e 135 jatos executivos. A expectativa é de uma geração de receita entre R$ 30 e R$ 32 bilhões. Parte desse crescimento se deve à parceria com a Azul Linhas Aéreas que, neste ano, deve receber 13 jatos E195-E2, aeronave que é referência global em eficiente e sustentabilidade. Um dos modelos das aeronaves da Azul, ainda em fase de produção, foi apresentado e batizado pelo Presidente Lula durante visita à fábrica.

Fonte: Embraer

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 19 a 25 de abril
FAB em Destaque desta sexta-feira (26/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 19 a 25/04. Entre elas, a atuação das Forças de Segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde a FAB prendeu três pessoas que tentavam embarcar com drogas, as celebrações do Dia da Aviação de Caça, comemorado no dia 22/04, além da atuação da FAB, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal que destruíram motores e queimaram acampamentos na terra Indígena Yanomami, em Boa Vista (RR), no âmbito da operação Catrimani II. Nesta edição, você também fica sabendo sobre os dois grandes processos seletivos para Profissionais de Nível Superior em Medicina e Engenharia, para prestação do serviço Militar Temporário, em caráter voluntário, como oficial superior, para o ano de 2024, e as inscrições para o Mestrado Profissional oferecido por meio do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, divulgado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Fonte: FAB

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Comunicação Aeronáutica

O alfabeto fonético internacional
A boa comunicação é algo importante na vida de todos. Em aviação é imprescindível. A comunicação oral entre pilotos e controladores de tráfego aéreo ocorre basicamente por intermédio de um conjunto de frases, denominado de fraseologia. O objetivo da fraseologia é o entendimento mútuo entre controladores e pilotos e reduzir o tempo de emprego da frequência. Dentro da fraseologia há o Alfabeto Fonético Internacional. Nele, cada letra é representada por uma palavra, com a finalidade de evitar confusão de entendimento.

A – Alfa

B – Bravo

C – Charlie

D – Delta

E – Eco

F – Fox (Foxtrot)

G – Golf

H – Hotel

I – Índia

J – Juliéte

K – Kilo

L – Lima

M – Mike

N – November

O – Oscar

P – Papa

Q – Quebec

R – Romeu

S – Sierra

T – Tango

U – Uniforme

V – Victor

W – Whiskey

Y – Yanquee

Z – Zulu

Texto: Compilado a partir de aula no NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação.

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sentando a Pua!

Histórias da Caça Brasileira
Ontem, terça-feira, a conversa foi com o Brigadeiro Mendes que com mais de 4.800 horas de voo, sendo 1.500 na Aviação de Caça Brasileira, trouxe muitas histórias da aviação de caça e dos seus 51 anos de FAB. Confira em mais um vídeo do Sentando a Pua, site que desde 2000 vem difundindo na internet a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial.


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terça-feira, 23 de abril de 2024

Aviação de Caça

FAB celebra o Dia da Aviação de Caça
Há 79 anos, no dia 22 de abril de 1945, os valentes Aviadores do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), realizaram, nos céus da Itália, 44 missões de guerra em um único dia. Em um esforço quase sobre-humano, aquele seleto e reduzido time de pilotos e mecânicos brasileiros estabeleceu essa impressionante marca, a qual não foi suplantada ao longo de toda a campanha da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo, ontem, 22 de abril, foi comemorado o Dia da Aviação de Caça Brasileira.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Datas Especiais

Lições do Grupo de Aviação de Caça
Em 22 de abril de 1945, o norte da Itália foi palco de um momento histórico para nosso país: o Grupo de Aviação de Caça teve seu dia mais bem-sucedido, em termos de missões cumpridas e alvos atingidos, e mostrou ao mundo o valor do povo brasileiro. Hoje, o Brasil comemora mais um Dia da Aviação de Caça e ainda podemos tirar muitas lições dessa singular experiência vivida por nossos compatriotas. A primeira delas é o respeito pelo nosso país. Apesar do número reduzido de pilotos (oito tinham sido mortos, sete haviam caído atrás das linhas inimigas e cinco estavam afastados por motivos de saúde), aqueles que restaram não aceitaram a sugestão da Força Aérea dos Estados Unidos de poupá-los da Ofensiva da Primavera. Disseram ao comandante Nero Moura que queriam se manter operacionais, mesmo que precisassem voar mais de uma missão por dia, pois não fazê-lo mancharia o nome do Brasil. Entre os dias 22 e 25 de abril o Grupo de Aviação de Caça voou 41 missões, quase 10% do total realizado ao longo da Campanha da Itália. O tenente Lara foi o recordista daquele período, com nove missões; outros seis pilotos voaram oito missões, exatas duas por dia. O comandante Nero Moura foi o grande aglutinador do espírito de corpo, presente no 1.º Grupo de Aviação de Caça até os dias de hoje. Não há, entre seus comandados, nenhuma voz que não se refira a ele com respeito e admiração, principalmente pela forma como ele conduziu com retidão e senso de justiça a unidade, não só durante os 18 meses que se passaram desde a criação do Grupo de Caça até o retorno ao Brasil, mas até o dia em que se foi. O eterno comandante do 1.º Grupo de Aviação de Caça forjou uma geração de militares que, infelizmente, foi ofuscada no pós-1964, pois não compactuou com o movimento, e por isto foi perseguida e teve seus direitos cassados. Enquanto o último de seus homens não foi anistiado, Nero Moura recusou-se a participar das festividades alusivas ao Dia da Aviação de Caça, mantendo-se fiel ao espírito de corpo por ele criado e dando exemplo de liderança. Os pilotos e mecânicos brasileiros superaram, em muito, as expectativas da Força Aérea norte-americana, cujo comando achava que o Grupo de Caça viria apenas para ser coadjuvante. Entretanto, com sua experiência adquirida no Correio Aéreo Nacional, os pilotos brasileiros foram fundamentais no apoio ao avanço das tropas terrestres. Os mecânicos eram frequentemente elogiados pelo comando norte-americano pelo porcentual de aviões mantidos em condição de voo, superior ao das unidades norte-americanas. O desempenho da unidade foi tão importante para a Ofensiva da Primavera que o grupo foi agraciado com a Presidential Unit Citation, medalha outorgada a unidades militares por extraordinário heroísmo. Para ser merecedora de tal homenagem, a unidade necessita demonstrar coragem, determinação e espírito de corpo acima do esperado no cumprimento de missão realizada sob condições extremamente difíceis, de maneira a se destacar acima de outras unidades envolvidas em uma mesma campanha militar. O 1.º Grupo de Aviação de Caça brasileiro foi a única unidade aérea estrangeira a receber essa distinção norte-americana. Esses verdadeiros heróis deixaram um legado de ensinamentos que enche os brasileiros de orgulho e que faz refletir, neste momento de comemoração do Dia da Aviação de Caça, sobre como há material humano no Brasil para criarmos uma sociedade melhor.

Texto: Luís Gabriel


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domingo, 21 de abril de 2024

Especial de Domingo

Da série Aviadores que fizeram história, do blog Pery de Serra Negra, selecionamos novamente o conteúdo a seguir, relembrando o aviador Djalma Fontes Cordovil Petit.
Boa leitura.
Bom domingo!

COMANDANTE DJALMA PETIT
Primeira turma de alunos do comandante Petit na Escola de Aviação do Aeroclube do Rio Grande do Norte - 1930

Djalma Fontes Cordovil Petit, nasceu no Rio de Janeiro a 12 de janeiro de 1899. Fez o seu curso de aviador na Escola de Aviação Naval no Rio de Janeiro. Andou pela França fazendo curso de aperfeiçoamento; desse período da sua vida quase nada se encontrou. No livro HISTÓRIA DA AVIAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE – Editora Universitária – Natal – Setembro de 1974, de autoria do Dr. Paulo Pinheiro de Viveiros, consta esta Nota: “Manoel Vasconcelos era professor de Aeronáutica da Escola Naval.Havia chegado da Inglaterra onde fizera estudos de aviação e se diplomara, servindo, no último ano da Primeira Guerra na R.A.F. Logo que retornara em 1919, o Alm. Alexandrino de Alencar lhe confiara a organização técnica da Escola de Aviação Naval; seu primeiro trabalho fora a organização do Regulamento da Escola, em caráter taxativo, que os dois melhores alunos de cada turma, anualmente diplomados, teriam um prêmio de viagem, estagiando na Europa ou nos Estados Unidos. Djalma Petit fora um dos dois primeiros alunos beneficiados e foi servir na célebre Esquadrilha das Cegonhas, com sede em Strasburg, depois de ter cursado a Escola de São Rafael, no sul da França. Regressando ao Brasil, ligou-se à agitação revolucionária da época e, fracassado o movimento, foi preso. Era a célebre revolta Protégenes. Solto, foi orientado por Vasconcelos que o convidou a vir para Natal, livrando-se assim do carregado ambiente carioca e de possíveis perseguições."

Em 1928 na inauguração do Aeroclube do Rio Grande do Norte-Djalma Petit ao lado do Governador do Estado Juvenal Lamartine

O Aeroclube do Rio Grande do Norte, fundado pelo Governador do Estado Dr. Juvenal Lamartine, Fernando Pedroza e seu primo Manoel de Vasconcelos, necessitava urgentemente de um instrutor. O clube já tinha sede própria e pista de pouso e aviões, foi aí que surgiu a oportunidade de Petit vir para Natal, servir ao Governo do Estado com a dupla missão, de também dar aulas na Escola de Voo do Aeroclube. Petit chegou a Natal no dia 31 de março de 1928 já no posto de Capitão-Tenente aviador da Marinha brasileira, tendo sido o primeiro instrutor do Aeroclube do R.G. do Norte. Chegou e foi logo assumindo o cargo de instrutor. Durante a sua permanência nesta capital dinamizou bastante às atividades aéreas, iniciou os preparativos necessários para as aulas que só ocorreriam no ano seguinte. Os aviões (duas unidades, chamados “Blue-bird”) já haviam chegados pelo porto de Recife e Djalma Petit providenciou a vinda deles voando para Natal. A princípio, ficaram estacionados no campo de Parnamirim, Base da Air France. Foi o primeiro piloto a pousar na pista do Aeroclube com um dos dois aviões do Clube. Preparou uma turma de novos pilotos que em fevereiro de 1930 já haviam concluído o curso, composta pelos seguintes aviadores: Fernando Pedroza, Eloi Caldas, Aldo Cariello, Plínio Saraiva, Octávio Lamartine e Edgar Dantas. Este último recém-formado aviador faleceu num acidente aéreo nas comemorações do encerramento do curso.

“O avião é ave familiar nos céus potiguares. A propaganda de Natal, cidade do avião, é feita pelos aviadores. O Ministro Victor Konder (da Viação), chamou-a de ‘cais da Europa’. O Aeroclube tem sua finalidade lógica. Não é um clube de jogo, nem exclusivamente de danças. Visa a divulgação do avião como elemento de aproximação econômica do ligamento diplomático e comercial, de anulador das distâncias. O Aeroclube tem cumprido seu dever social. A sua Escola de Aviação é uma afirmativa moderna”. 
Luis da Câmara Cascudo-Jornal "A Notícia" /Recife-Pe

Djalma Petit colaborou com o Governador do Estado na localização e construção de alguns campos de pouso nos principais municípios, inaugurando a todos. Pilotava os aviões quando o Governador necessitava de visitar alguma localidade, como foi o caso da visita à Fortaleza e Mossoró; fez a missão de resgate de dois pilotos uruguaios que se acidentaram na cidade de Santo Antonio e assim tornou-se o homem de confiança das autoridades estaduais.

Djalma Petit,o observador uruguaio e o comandante Depeker no campo do Aeroclube do Rio Grande do Norte

Petit permaneceu em Natal até a revolução de 30. Foi aí que ele se revelou o revolucionário enrustido que era, sequestrando o único avião do Aeroclube (o outro avião havia se acidentado com Edgar Dantas), voando nele para o Rio de Janeiro, jogando panfletos revolucionários sobre algumas capitais. Confirmou o seu espírito revolucionário que trouxe da França, quando se envolveu com a revolta Protégenes no Rio de Janeiro. O Governo Revolucionário encerrou as atividades aéreas do Aeroclube do Rio Grande do Norte, só retornando em 1942 no período da 2ª Guerra Mundial. Petit, faleceu em São Paulo no dia 24 de abril de 1934, durante uma demonstração de voos acrobáticos, pilotando um avião de caça Boeing 256. Tido como um dos bons aviadores da Marinha brasileira, frequentemente era convidado a participar de “shows’ aéreos em eventos oficiais.


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sábado, 20 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 12 a 18 de abril
O FAB em Destaque desta semana traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 12 a 18 de abril. Entre elas a atualização do aplicativo da FAB, as ações de planejamento do Exercício de Campanha e Logística, Saúde e Intendência Operacional (EXCELSIOR 2024) e o encerramento das inscrições para o concurso da Academia da Força Aérea (AFA). Nesta semana, destaca-se o FABCAST sobre a AFA e também a rotina dos cadetes, a marca de mais de 50 mil atendimentos do HCAMP e a Exposição do F-39 Gripen no Aeroporto Internacional de Brasília.

Fonte: FAB

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

KC-390 Millennium

Uma visita ao cargueiro KC-390
Uma visita ao interior de um jato cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) foi possibilitada, no dia 18 de abril de 2024, no aeroporto de São José dos Campos (SP).
A atividade cultural proporcionada pelo Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), localizado no interior do campus do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, permitiu a servidores do DCTA conhecerem aspectos da aeronave.
O KC-390 Millennium é um avião multimissão fabricado pela Embraer, conforme requisitos operacionais propostos pela FAB.
Tem aplicação tática e logística, podendo ser empregado para transporte de cargas e de tropas, reabastecimento em voo e combate a incêndios florestais. É a maior aeronave militar já produzida no Hemisfério Sul.

Fotos: Roberto Tadeu, palestrante e voluntário no NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação

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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Biblioteca Ninja

BOMBARDEIROS BIMOTORES DA FAB
No mundo do pós-guerra, onde os motores a reação e os conceitos de jatos de ataque ainda estavam se definindo nas doutrinas dos principais países do mundo, a Força Aérea Brasileira desenvolveu e manteve uma equipada força de bombardeiros bimotores, capaz de atuar a qualquer momento nos mais diversos cenários geográficos do Brasil. De fato, a filosofia por trás de tal poderio havia sido adotada na FAB já em 1942, apenas um ano após a sua criação, com a chegada dos primeiros Douglas B-18 Bolo. Com o passar do tempo, mais bombardeiros foram agregados, como os North American B-25 Mitchell, Douglas A-26 Invader, Lockheed B-34 Ventura e outros.

Autor: Aparecido Camazano Alaminio
Ilustrações: Rudnei Dias da Cunha
Editora: C&R Editorial

Uma obra sem paralelo na bibliografia hoje existente, Bombardeiros Bimotores da FAB é um livro indispensável para entusiastas, aficionados, pesquisadores e historiadores da aviação. Conheça a história completa de todos os modelos de bombardeiros bimotores a pistão operados pela FAB, com mais de 75 fotos, listas completas de suas frotas, unidades que os operaram e detalhes de suas vidas em serviço. A obra conta, ainda, com um belíssimo e preciso trabalho de ilustração do também pesquisador aeronáutico Rudnei Dias da Cunha, com 35 perfis coloridos dos North American B-25 Mitchell, Douglas A-26 Invader, Lockheed B-34 Ventura e todos os outros modelos que amadureceram e concretizaram a soberania nacional do Brasil na América Latina. O autor e responsável por todo o trabalho de pesquisa, Aparecido Camazano Alamino, é unanimemente reconhecido como a maior autoridade sobre temas históricos da Força Aérea Brasileira. Coronel-aviador da reserva, há mais de 40 anos trabalha ativamente na recuperação e preservação da história da FAB.


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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Clássicos

P47 Thunderbolt, o avião dos brasileiros na Segunda Guerra
O P47 Thunderbolt foi o avião que equipou o Primeiro Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira que lutou na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Fabricado pela Republic Aviation, o P47 entrou em serviço em 1942, dotado com um motor Pratt&Whitney R-2800-59W Double Wasp radial a pistão com 2.535 hp. A distância entre as pontas das asas (envergadura) era de 12,43 m e tinha de comprimento 11,02 m. Seu armamento eram oito metralhadoras e mais de uma tonelada de bombas e foguetes. Voava até 695 Km/h e podia atingir altitudes acima de 12 mil metros. Foi um dos mais rápidos caças a pistão da Segunda Grande Guerra. O 1ºGAvCa foi formado em 18 de dezembro de 1943, composto por pilotos da FAB, voluntários. Seu Oficial Comandante foi o tenente coronel aviador Nero Moura. O Grupo tinha um efetivo de 350 homens, incluindo 43 pilotos, e foi enviado ao Panamá para ser treinado como unidade de caça pela USAF, uma vez que seus pilotos já tinham experiência de voo. Um de seus pilotos, o segundo tenente aviador Alberto M. Torres havia atuado no afundamento do submarino alemão U-199. O Grupo, em 22 de junho de 44, foi enviado aos EUA para um curso de conversão operacional no Republic P-47D Thunderbolt, avião que iria equipar o Grupo. O 1ºGAvCa embarcou para a Itália em 19 de setembro de 1944, chegando em Livorno no dia 6 de outubro. Passou então a se chamar "1st Brazilian Fighter Squadron - 1st BFS" (Primeiro Esquadrão de Caçadores Brasileiros) e a fazer parte do 350th Fighter Group USAF e a empregar o código nas comunicações via rádio como “Jambock”. Entre os brasileiros o grupo passou a ser chamado de “Senta a Pua”.

Enviado em 2010 por Ícaro Pires Santos

terça-feira, 16 de abril de 2024

Exame de Admissão

Últimos dias de inscrições para Exame de Admissão da Academia da Força Aérea
Para realização de todas as etapas previstas no Exame, o candidato deverá observar o rigoroso cumprimento dos critérios e prazos estabelecidos nas Instruções Específicas

Até o dia 22/04/2024 estão abertas as inscrições para o Exame de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da Aeronáutica do ano de 2025, realizados na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). Para participar do Exame de Admissão o candidato deve ser voluntário, de ambos os sexos (para os Cursos de Formação de Oficiais Aviadores e Intendentes), ou somente do sexo masculino (para o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria da Aeronáutica) e estar ciente de todas as condições previstas no edital. Ainda, o candidato não pode ser menor de 17 (dezessete) anos e nem completar 23 (vinte e três) anos de idade até 31 de dezembro do ano da matrícula no Curso, e ter concluído, na data da Concentração Final do exame, o Ensino Médio, além de outras exigências previstas nas Instruções Específicas. O processo seletivo é composto por Provas Escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática, física e redação), Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Psicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico, Procedimento de Heteroidentificação Complementar (para candidatos que optarem por concorrer às vagas reservadas aos negros) e Validação Documental. Para realização de todas as etapas previstas no Exame, o candidato deverá observar o rigoroso cumprimento dos critérios e prazos estabelecidos nas Instruções Específicas. Acesse as informações e inscreva-se no site.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Embraer

Eve seleciona KAI como fornecedora de pilones do eVTOL
A Eve Air Mobility ("Eve") escolheu a Korea Aerospace Industries Ltd. (KAI), como fornecedora dos pilones para suas aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Os pilones são um componente fundamental da estrutura da aeronave que dão suporte às unidades de energia elétrica e aos seus oito rotores para a decolagem e pouso verticais. "Com seu excelente desempenho em qualidade, tecnologia e negócios, a KAI tem se destacado no fornecimento de componentes de aeroestrutura para uma variedade de aeronaves, incluindo o modelo E-Jet E2 da Embraer", destaca Johann Bordais, CEO da Eve. "Recebemos a KAI com grande entusiasmo em nosso seleto grupo de fornecedores, que irão colaborar conosco desde a fase de prototipagem até a produção das aeronaves". Nas últimas três décadas, a KAI tem sido uma fornecedora fundamental de componentes aeroestruturais de larga escala para fabricantes de aeronaves ao redor do mundo, incluindo o modelo E-Jet E2 da Embraer. Nesse sentido, o acordo representa um marco para a entrada da KAI no mercado de mobilidade aérea avançada (AAM). No ano passado, Goo Young Kang, CEO da KAI, destacou o espaço e a futura mobilidade aérea como principal foco da empresa em sua visão estratégica para 2050. Recentemente, a KAI revelou um investimento expressivo na infraestrutura de produção, com o objetivo de expandir sua participação na indústria de AAM. A KAI é a mais recente adição à lista de fornecedores da Eve para seu eVTOL. Em fevereiro, a Eve selecionou a Aciturri para fornecer os revestimentos e longarinas das asas, além das bordas de ataque e de fuga, e a Crouzet para o controle do piloto. Em janeiro, a Thales foi anunciada como fornecedora de sensores e um computador, enquanto a Honeywell ficará responsável pelos sistemas de orientação, navegação e iluminação externa. A RECARO Aircraft Seating irá equipar o eVTOL com assentos e a FACC fornecerá o estabilizador horizontal e vertical, incluindo o leme e o profundor. No ano passado, a Eve escolheu a Garmin para os aviônicos da aeronave, a Liebherr-Aerospace para os atuadores de controles de voo e a Intergalactic para o sistema de gerenciamento térmico. A empresa também firmou parceria com a Nidec Aerospace LLC, uma joint venture entre a Nidec Corporation e a Embraer, para desenvolver o sistema de propulsão elétrica da aeronave. Além disso, a BAE Systems foi escolhida para fornecer o sistema de armazenamento de energia e a Duc Hélice Propellers para os rotores e hélices. O eVTOL da Eve utiliza uma configuração de decolagem e cruzeiro (Lift + Cruise) com rotores dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem a necessidade de componentes para a transição durante o voo. O conceito mais recente inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que proporcionam redundância de propulsão, garantindo alto desempenho e segurança. Além de oferecer diversas vantagens, como baixo custo operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, foi desenvolvido para oferecer eficiência de empuxo com baixo ruído. No ano passado, a Eve revelou que sua primeira fábrica de eVTOL será estabelecida na cidade de Taubaté, em São Paulo. A empresa iniciou a montagem do primeiro protótipo do eVTOL em escala real, que dará sequência à campanha de testes. O eVTOL da Eve está programado para as primeiras entregas e entrada em serviço em 2026. Paralelamente, a Eve continua desenvolvendo um amplo portfólio de soluções agnósticas, incluindo o Vector, um software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano (Urban ATM) para otimizar e expandir as operações de UAM em todo o mundo.

Fonte: Embraer

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domingo, 14 de abril de 2024

Especial de Domingo

1º CONGRESSO NACIONAL DE AERONÁUTICA
O surgimento de empresas de transporte aéreo no país, desde 1927, bem como o desenvolvimento da aviação desportiva e de turismo, fez com que um número cada vez maior de pessoas fora do campo militar passasse a se interessar pelo crescimento da aviação no Brasil.

Gradativamente, a aviação perdia sua aura romântica, conferida pelo pioneirismo do primeiro quarto do século, e alçava à condição de atividade econômica relevante para o país. O reconhecimento social da aviação se fez acompanhar de sua institucionalização.

Hidroavião Atlântico, do Sindicato Condor,
1ª empresa a transportar passageiros no Brasil, em 1927

Nesse quadro é que, em abril de 1934, realizou-se em São Paulo o 1º Congresso Nacional de Aeronáutica. Iniciativa do Aeroclube de São Paulo, o encontro estendeu-se por uma semana, com o objetivo de delinear uma política de fomento, abrangendo a aviação militar, civil, a pesquisa tecnológica, bem como uma estratégia de implantação da indústria aeronáutica no Brasil.

A sessão inaugural foi presidida pelo secretário de Estado da Viação representando o inventor federal em São Paulo. Na mesa, tomaram assento representantes das diretorias de aviação do Exército e da Marinha, bem como um enviado do Ministério do Ar da França. O diretor do Departamento de Aviação Civil participava dos trabalhos.

O Congresso realizou visitas ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas, onde se desenvolviam pesquisas sobre a aplicação de madeiras nacionais para a construção de aeronaves. O programa era amplo, englobando o debate sobre aviação comercial, militar, desportiva e de turismo, a legislação e regulamentação de voo, a expansão da infra-estrutura aeroportuária e de auxílio à navegação, a história da navegação aérea, o desenvolvimento da pesquisa tecnológica no campo aeronáutico e a viabilidade da instalação da indústria aeronáutica no país.

Dentre as teses apresentadas, três diziam respeito, diretamente, ao problema do desenvolvimento da indústria e da tecnologia aeronáutica no Brasil: "Sugestões sobre o problema da construção de aviões no Brasil", apresentada pelo capitão-de-corveta da Aviação Naval Raymundo Vasconcelos de Aboim; “A construção de aviões e motores no Brasil”, de autoria do tenente-coronel engenheiro Antônio Guedes Muniz e, finalmente, “Emprego de madeiras nacionais na aviação”, elaborada por Francisco Brotero, pesquisador do IPT.

Selo comemorativo: 1º Congresso Nacional de Aeronáutica - 1934

Sobre o trabalho de Guedes Muniz, vale lembrar que, em 1931, ele proferiu uma conferência na Escola Politécnica do Rio de Janeiro apresentando diversas ideias sobre o desenvolvimento da tecnologia nacional no campo aeronáutico. Para ele, não eram os aviões em si que deviam merecer as principais atenções, mas sim saber como se poderia formar engenheiros no Brasil capazes de projetá-los. Muniz propunha que a escola abrigasse um laboratório central de pesquisas aeronáuticas, que teria como objetivo ensaiar materiais e peças. Pensava na constituição do que denominava uma universidade técnica, onde seriam realizados “os ensaios comparativos, as pesquisas científicas, os estudos de longo alcance, como, por exemplo, o da seleção de madeiras de que todos nós falamos, mas que ninguém conhece do ponto de vista de sua aplicação na indústria aeronáutica. Esse laboratório selecionará os aços nacionais, estudarão os cadernos de encargos sob os quais se regerão as indústrias siderúrgicas brasileiras, a estandardização das indústrias mecânicas e tudo o mais”. Para Muniz, competia à escola “preparar o advento da técnica e da ciência aeronáutica entre nós, a fim de que em breve, quando inevitavelmente surgir a primeira usina de aviação, nós não tenhamos de importar do estrangeiro os engenheiros que vão dirigi-la, que irão trabalhar nos gabinetes de estudos, nos ensaios de materiais e nas pesquisas aerodinâmicas”. Essas providências permitiriam “libertar o Brasil dos mercados estrangeiros de aviação”, pois o Brasil não deveria, em aviação, “viver da tutela dos outros povos”.

As ideias defendidas por Guedes Muniz encontravam algum eco junto às cúpulas militares, como se pode depreender do fato de sua tese ter sido publicada em 1934, a mando do então ministro da Guerra, Pedro Aurélio de Góes Monteiro. Muniz iniciava sua tese, evocando o caráter estratégico da indústria aeronáutica: “no quadro de guerra de amanhã é a aviação a arma mais interessante, pela sua mobilidade, pelo seu poder ofensivo, pela sua capacidade de manobra estratégica dentro do próprio território inimigo, destruindo, desde a primeira hora ou mesmo do primeiro minuto de mobilização, as fábricas, as suas comunicações, os seus transportes, quebrando assim, ou pelo menos atenuando, o potencial bélico da nação adversa”.

Triplano britânico utilizado em 1917 na 1ª Guerra Mundial

Ele discutia três possíveis alternativas para a implantação da indústria aeronáutica no Brasil: a primeira delas tendo o Estado à testa do empreendimento, a exemplo da Fábrica Militar de Córdoba, na Argentina. A segunda alternativa consistiria no concurso do capital estrangeiro, e a terceira, na adaptação da indústria nacional à fabricação de aviões.

Em relação a primeira alternativa, Guedes Muniz era enfático: “deve ser imediatamente e energicamente afastada: o Estado ainda é, como sempre foi e assim será eternamente, um péssimo industrial e, no Brasil, um desastradíssimo industrial com intenções políticas ... Não é preciso relembrar os desastres do Lloyd Brasileiro, da Central, de outras estradas de ferro ...”. Uma fábrica militar sob controle estatal seria admissível para Muniz, mas o exemplo da fábrica de Córdoba, na Argentina, o levaria a rejeitar essa solução como onerosa e anti econômica. Para ele, qualquer indústria aeronáutica que se criasse no país deveria ser “obrigatoriamente civil, profundamente civil, exclusivamente civil”.

A vinda do capital estrangeiro, segunda possibilidade, também era descartada por Muniz, sob a argumentação de que a implantação da indústria aeronáutica no país residia menos na existência de uma fábrica para produzir o bem final, e mais na possibilidade de os fabricantes de aeronaves encontrarem uma grande variedade de componentes, sendo produzidos internamente. Dessa maneira, segundo ele, não surtiria efeito a simples vinda de empresas estrangeiras para fabricar aviões, pois elas seriam obrigadas a importar componentes no estrangeiro, criando-se de fato uma “indústria fictícia”, que não poderia ser “mobilizada”, ou que teria de verticalizar ao máximo a produção, o que confrontando-se com a escala diminuta do mercado tornaria o empreendimento economicamente inviável.

Para Muniz, portanto, a questão não se resumia em instalar uma fábrica de aviões, mas também em criar condições para que essa fábrica de aviões pudesse contar com um mercado interno compensador, além de dispor dos componentes e da matéria-prima necessários a produção de aeronaves. A solução estaria na adaptação da indústria nacional à fabricação de aviões, com a importação de algumas máquinas específicas. O mercado aeronáutico seria suplementar para as empresas fornecedoras de componente, mas permitiria a diluição do capital necessário à instalação da indústria aeronáutica no país, viabilizando-a de imediato.

O Tenente-Coronel Muniz procurava demonstrar a exequibilidade de sua proposta, agrupando os componentes de um avião em quatro conjuntos e enumerando indústrias que, no Rio de Janeiro e em São Paulo, poderiam fabricá-los. O primeiro grupo, composto da célula, lemes, trem de aterragem, bequilha, fuselagem, berço do motor e reservatório, abrangia sessenta e setenta por cento do valor do avião, exceto o motor, e poderia vir a ser fabricado pela indústria nacional sem nenhum problema. As células seriam de madeiras e as fuselagens de aço soldado ou de madeira. Muniz acreditava que apenas uma única empresa das que enumerara seria capaz de produzir todos os componentes do primeiro grupo.

O segundo grupo, composto por instrumentos de bordo e navegação, acessórios, freios, amortecedores, cabos, etc., envolvia material altamente especializado. A solução preconizada era a fabricação sob licença, por uma empresa nacional habituada à fabricação de instrumentos de precisão.

O terceiro grupo, formado por hélices, pneumáticos e rodas, também não apresentaria grandes dificuldades no país, e para produzir hélices de aço e de liga de metal leve bastaria importar equipamentos adequados. Quanto aos pneumáticos, rodas e telas, havia empresas habilitadas à fabricação imediata. Por fim, o quarto grupo, constituído por tintas e vernizes, além das colas, também não apresentaria nenhuma dificuldade, uma vez que sua produção não envolvia nenhuma complexidade técnica.

Quanto às matérias-primas, Guedes Muniz defendia o desenvolvimento de tecnologia para o aproveitamento de madeiras nacionais na construção aeronáutica, ao mesmo tempo em que preconizava a implantação no país da indústria de aços especiais e alumínio, que viabilizariam a produção de estruturas metálicas para aeronaves. Muniz lembra a existência de jazidas de bauxita no país e argumenta que o volume das importações já justificava plenamente as inversões necessárias à instalação da indústria de alumínio no Brasil.

Dois anos após o Congresso, o Muniz M7 em fabricação - CNNA

O militar propunha um modelo diferenciado para a produção de propulsores aeronáuticos. Em todo o mundo, argumentava, ao contrário da indústria de aeronaves, a produção de motores para a aviação era altamente verticalizada, o que impunha considerações sobre a economia de escala. Por outro lado, Muniz acreditava que as dificuldades técnicas envolvidas na produção de motores para a aviação recomendavam que se estabelecesse, inicialmente, um contrato de fabricação, sob licença e assistência técnica, com uma grande empresa estrangeira que dispusesse de larga experiência no ramo.

Ele lembrava que o tempo de maturação de um projeto de motor aeronáutico variava entre cinco e sete anos, quando um projeto de aeronave podia ser feito em apenas seis meses. Para ele, a solução consistia na fabricação sob licença, como fora feito na Espanha, cuja indústria de motores de aviação, de automóveis e caminhões para o Exército evoluía paralelamente com sua matriz em Paris. Guedes Muniz entendia que a direção da fábrica deveria estar em mãos brasileiras, mas tecnicamente subordinada à estrangeira escolhida como fonte de tecnologia.

Anos mais tarde, ele viria a ter oportunidade de aplicar exatamente esse modelo, dirigindo a criação e a fase inicial de operação da Fábrica Nacional de Motores - FNM, empresa estatal criada no bojo dos acordos entre o Brasil e os Estados Unidos sobre a cessão de bases militares nas regiões Norte e Nordeste do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.

Primeiro motor aeronáutico fabricado em série no país - FNM

A FNM será instalada para fabricar motores de projeto norte-americano, sob licença e com assistência técnica da indústria Wright, à época uma das maiores fabricantes de motores para aviação dos Estados Unidos.

Concluindo sua tese, Muniz propunha que o Governo Federal subsidiasse as pesquisas sobre madeiras nacionais realizadas pelo IPT, e também que fosse estabelecida um encomenda de trinta aviões de turismo, para doações a Aeroclubes, a serem integralmente construídos no país, constituindo-se sua fabricação num verdadeiro laboratório de pesquisa e formação de recursos humanos. E, por fim, em consonância com o ponto de vista de grande parte da oficialidade da época, propugnava pela criação do ministério do ar, que deveria coordenar todas as atividades relacionadas com a aviação e que, para tanto, deveria ser “poderoso e competente, único e ditatorial, forte e coerente”.

O parecer foi dado por Ary Torres, então diretor do IPT. Torres concordava com as teses defendidas por Muniz, acrescentando a proposta da criação de um curso de engenharia aeronáutica na Capital do país. Propunha, também, a constituição de uma comissão de “técnicos dos ministérios da Guerra, Marinha e Aviação, engenheiros civis especializados, com recursos e poderes para iniciar a fabricação de aviões no país”.

As idéias de Guedes Muniz foram aceitas pelo Congresso, que apelou para que o Conselho de Defesa Nacional promovesse um ensaio de construção aeronáutica no país.

Fonte: Museutec / Vencendo o Azul 

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sábado, 13 de abril de 2024

Embraer

Primeiro Embraer KC-390 da Hungria é recebido com escolta de caças Gripen
A Hungria recepcionou o seu primeiro avião Embraer KC-390, que chegou no país escoltado por caças SAAB JAS-39C Gripen. Falando em uma coletiva de imprensa realizada na base aérea de Kecskemét, o Secretário Húngaro de Política de Defesa, Zsolt Kutnyánszky, disse que as Forças de Defesa da Hungria (HDF) estão passando por um período de transformações e renovações tecnológicas. Ele acrescentou que, graças ao programa de desenvolvimento das forças armadas, as unidades da HDF estão recebendo equipamentos militares de ponta. O secretário de Estado destacou que o policiamento aéreo e a defesa aérea são altamente significativos, portanto a modernização da força aérea é a principal prioridade neste período de desenvolvimento. As Forças de Defesa da Hungria adquiriram duas aeronaves de transporte Embraer KC-390, programadas para chegar à Hungria como sua base no final deste ano e no próximo, respectivamente. Atualmente, uma delas está em Kecskemét por três semanas na última fase do período de testes. Ao falar sobre a nova aeronave de transporte, Zsolt Kutnyánszky disse que ela pode ser configurada para transportar 80 tropas de combate e também acomodar uma Unidade de Terapia Intensiva/Unidade de Transporte de Pacientes com camas. Ela pode transportar até 26 toneladas de carga e é adequada tanto para lançamento aéreo de carga quanto para reabastecimento ar-ar – disse o secretário de Estado, acrescentando que a aeronave de 35 metros de comprimento tem uma velocidade máxima de 800 km/h, e seu teto de serviço pode até atingir 8.000 metros.

Fonte: AEROIN / Carlos Martins

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sexta-feira, 12 de abril de 2024

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 5 a 11 de abril
O FAB em Destaque desta sexta-feira (12/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 5 a 11 de abril. Entre elas, o transporte de cinco órgãos pelo Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA) – Esquadrão Tracajá da cidade de Santarém para Belém, ambas no Estado do Pará; e a abertura do processo seletivo para profissionais de nível superior em caráter temporário para os anos de 2024 e 2025. Nesta semana, destaca-se o Dia do Controlador de Operações Aéreas Militares, que passou a fazer parte do calendário comemorativo da FAB. Além disso, esta edição aborda a ação de interceptação de aeronaves clandestinas, na qual duas aeronaves - oriundas do Paraguai e da Bolívia - foram interceptadas pelas aeronaves A 29- Super Tucano e E-99 da FAB. Por fim, foi destaque essa semana a 5ª Edição do Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento realizado na Base Aérea de Santa Maria (BASM) e a passagem de cargo do Diretor de Saúde da Aeronáutica.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Videoteca Ninja

Tora! Tora! Tora!

Tora! Tora! Tora! (o comando japonês que significa "atacar") é produção de uma equipe mista de cineastas americanos e japoneses que relata os dois lados da inesquecível história de Pearl Harbor com precisão impressionante e ritmo de ação explosivo. Este épico clássico sobre Pearl Harbor, um dos filmes de ação mais espetaculares já produzidos, recria com extremo detalhe o terrível ataque dos japoneses contra os americanos. Vencedor do Oscar de Efeitos Especiais e indicado em mais 4 categorias: Montagem, Direção de Arte, Fotografia e Som.

Direção: Richard Fleischer, Kinji Fukasaku, Toshio Masuda
Roteiro: Larry Forrester (roteiro), Hideo Oguni (roteiro), Ryuzo Kikushima (roteiro), Akira Kurosawa (sequências japonesas), Gordon W. Prange (livro), Ladislas Farago (livro)
Gênero: Ação/Aventura/Guerra
Origem: Estados Unidos/Japão
Duração: 144 minutos
Tipo: Longa-metragem

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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Embraer

Embraer e FAB iniciam estudos para plataformas de missões especiais
A Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciaram o início de estudos colaborativos para identificação de potenciais adaptações de plataformas para missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). As plataformas a serem utilizadas já são operacionais na Força Aérea Brasileira, como o C-390 Millennium. “A Força Aérea Brasileira monitora constantemente sua capacidade de pleno atendimento das missões no contexto atual, ao mesmo tempo que olha para os desafios futuros e a evolução das tecnologias. Estudar a aderência e adaptabilidade de plataformas da Embraer aos desafios futuros das missões IVR é um caminho natural para maximizar comunalidade e autonomia tecnológica”, aponta o Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica. “A Embraer tem um histórico bem-sucedido na adaptação de suas plataformas para diferentes objetivos. Os estudos conjuntos permitirão a ampliação do portfólio de soluções para atendimento das necessidades operacionais em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento da FAB e de potenciais clientes internacionais. Este é mais um passo importante na relação de longo prazo entre Embraer e FAB.”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. O anúncio ocorreu na Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE), contando com a presença de Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança; e do Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica.

Fonte: Embraer

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terça-feira, 9 de abril de 2024

Processo Seletivo

FAB abre processo seletivo para nível superior

Serão diversas oportunidades para atuação em Organizações Militares de várias cidades do território nacional

A Força Aérea Brasileira (FAB) abriu Processo Seletivo para profissionais de nível superior, para prestação do serviço militar voluntário, em caráter temporário, para os anos de 2024/2025. Os selecionados serão lotados em diversas Organizações Militares (OM), sediadas em capitais brasileiras e outras cidades do Território Nacional. As inscrições eletrônicas podem ser realizadas até as 23h59 do dia 25/04. As oportunidades são para as seguintes áreas: Quadro de Oficiais do Reserva de 2ª Classe Convocados do Grupamento Técnico (QOCon Tec), Magistério (QOCon Tec MAG), Grupamento de Segurança e Defesa (QOCon Tec SED), Grupamento de Médicos (QOCon MED) e Grupamento de Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (QOConFDV). Todos os quadros são para Convocação, Incorporação e Cadastramento em Banco de Dados. Os voluntários deverão ter especial atenção em relação aos documentos necessários para a comprovação dos Requisitos Específicos e dos Parâmetros de Qualificação, visando à comprovação das exigências e à pontuação a serem confirmadas na Validação Documental e Avaliação Curricular. Cabe alertar, ainda, sobre a necessidade de apresentação de alguns Exames Médicos. Recomenda-se aos voluntários que se antecipem para a realização dos exames, avaliações, atestados e laudos médicos a serem apresentados na Concentração Inicial, previstos no Aviso de Convocação. Ao serem incorporados, conforme edital, os convocados serão declarados Oficiais e incluídos no Quadro de Oficiais da Reserva de Segunda Classe Convocados. O voluntário, ao ser incorporado para a realização do estágio, fará jus à remuneração mensal e aos demais direitos remuneratórios, que se iniciam na data da incorporação. A seleção dos candidatos será feita conforme o edital do certame, disponibilizado no site oficial do processo seletivo. As etapas para incorporação são: Entrega de Documentos (ED); Validação Documental (VD); Avaliação Curricular (AC); Concentração Inicial (CI); Inspeção de Saúde (INSPSAU); Avaliação Psicológica (AP); Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF); Concentração Final (CF) e Habilitação à Incorporação (HI). As inscrições deverão ser feitas pelo site de Convocação do Pessoal Temporário da Aeronáutica. No site, também será possível realizar o cadastro no Sistema de Convocação do Pessoal Temporário da Aeronáutica, que somente estará disponível dentro do período de inscrições das Convocações. Para mais informações acesse o site.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Pioneiros

THEREZA DE MARZO
THEREZA DE MARZO nasceu na cidade de São Paulo no dia 04 de agosto de 1903. Era filha de Affonso de Marzo e de Maria Riparullo e tinha seis irmãos. Aos 17 anos, chegou à janela de sua casa na Ladeira Dr.Falcão,defronte ao Vale do Anhangabaú e do Viaduto do Chá e, ao erguer os olhos para o céu , avistou um avião. Ficou encantada e decidiu que um dia iria voar também . Ao comunicar sua intenção à família, provocou um grande alvoroço. A maior reação veio da parte de seu pai, um comerciante italiano de Nápoles. A filha deveria pensar em casamento e não em pilotar aviões . THEREZA DE MARZO não se intimidou com os protestos. Foi a pé até o Jardim Paulista, no Aeródromo Brasil, onde dois irmãos italianos ministravam instrução de voo. Ambos gostaram da ideia. Propuseram a ela o preço de 600 mil réis para 10 horas de voo. Como seu pai não lhe daria o dinheiro, THEREZA DE MARZO decidiu rifar sua vitrola. Ninguém foi premiado, pois sobraram dois cartões. Pode assim então sortear mais uma vez, entre os amigos da família. Agora poderia começar as aulas. THEREZA DE MARZO não era vaidosa, exceto com relação a sapatos. Esta preferência, agora, ficaria relegada a um segundo plano. O dinheiro seria somente para pagar suas horas de voo. Começou a aprender a pilotar em março de 1921. Como seus instrutores João e Enrico Robba viajavam muito, os alunos ficavam muito tempo sem aulas. Ao ser apresentada ao piloto e engenheiro-mecânico Fritz Roesler, ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, oriundo de Estrasburgo, pediu a ele que se tornasse seu instrutor . Com as aulas mais frequentes, THEREZA DE MARZO progrediu muito. No dia 17 de Março de 1922, voou sozinha pela 1ª vez. Começara um ano antes, em Março de 1921. Continuou treinando e voando sem o instrutor por mais 4 vezes . No dia 8 do mês seguinte (abril), apresentou-se para o exame. Decolou no avião francês CAUDRON G-3, de 120 HP, de motor rotativo e permaneceu no ar por 40 minutos, executando as manobras. O voo foi perfeito e o pouso com muita técnica e habilidade. A pista era pequena - 150 metros de comprimento por 60 de largura - o que provocou a admiração dos que assistiam a prova. Os examinadores eram o Dr. Luiz Ferreira Guimarães, diretor do Aeroclube do Brasil que foi a São Paulo especialmente para esse fim e os deputados Manoel Lacerda Franco, Amadeu Saraiva e João Robba, além do instrutor Fritz Roesler. THEREZA DE MARZO recebeu o brevê n.º 76 do Aeroclube do Brasil que era filiado à Fédération Aéronautique Internationale.
Foi a PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA A VOAR SOZINHA e a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Recebeu muitas homenagens e foi o centro de atenção da imprensa. Dias depois, efetuou o 1º reide para a cidade de Santos onde sobrevoou a estátua de Bartolomeu de Gusmão. Recepcionou com outros colegas aviadores, os famosos Gago Coutinho e Sacadura Cabral. THEREZA DE MARZO criou as "Tardes de Aviação", nas quais efetuava seus voos com passageiros. Certa tarde, ela e o piloto Átila decolaram do Aeroclube do Ypiranga. Quem comandava o voo era THEREZA DE MARZO. O colega deveria jogar flores sobre os jogadores, ao voarem rasante sobre o Estádio Palestra Itália. Ao colocar a mão para dentro do avião, Átila bateu sem querer na seletora do combustível, fechando-a e parando o motor. THEREZA DE MARZO já escolhia um lugar seguro para pousar quando resolveu tentar mais uma vez mexer no comando da gasolina. Já próxima do chão, sentiu que o motor voltava a funcionar e o voo prosseguiu sem problemas. A aviadora continuou fazendo seus voos durante 4 anos. Possuia um aparelho CAUDRON G-3, que comprara aconselhada por amigos por 8 contos de réis. Batizou-o com o nome de "São Paulo". Mais tarde, adquiriu um "Oriole". Voou cerca de 350 horas, que foram registradas oficialmente, sendo que muitas não foram computadas, pois seu instrutor achou desnecessário. Como na época, stava ficando cada vez mais difícil manter um avião, THEREZA DE MARZO pediu ao Presidente da República, Washington Luiz, uma subvenção para a gasolina e recebeu como resposta:"Não quero contribuir para seu suicídio"! O preconceito contra a mulher sempre esteve presente. A vida estava cara e a aviadora não podia manter seu treinamento. Seu antigo instrutor - Fritz Roesler - havia se apaixonado pela aluna. THEREZA DE MARZO então aceitou a proposta de casamento que ele lhe fizera. Casaram-se em 25 de setembro de 1926, com grande repercussão na sociedade brasileira. Presentes muitas autoridades representativas da época. THEREZA DE MARZO ficou triste quando o marido ciumento não permitiu que voltasse a voar. Ela não tinha dinheiro para pagar a gasolina e ele não queria ajudá-la. Tinha, porém, esperanças de que poderia fazê-lo mudar de idéias depois e assim, conciliaria os dois amores. Embora sempre acompanhasse Fritz Roesler em suas atividades profissionais, não mais voltou a voar como piloto. THEREZA DE MARZO conseguira meios para a construção de um hangar, no Ypiranga, colhendo donativos numa praça em Santos. Em 1923, venderam este hangar e se mudaram para o Campo de Marte . Lá, funcionou a Escola de Pilotagem e o Clube de Planadores, criação de Fritz Roesler. Esse piloto-engenheiro construiu os primeiros planadores EAY-101 (primários e secundários). Projetou e construiu também os primeiros cinco Paulistinhas EAY-201, no Brasil, que chamou de "Ypiranga". O projeto do Ypiranga foi vendido mais tarde para Francisco Pignatari, dono da Companhia Aeronáutica Paulista. Assim, o EAY-201 deu origem ao CAP-4, Paulistinha, de 65 HP, muito usado em instruções primária nos aeroclubes durante muito tempo. Fritz também foi o idealizador da VASP sendo um de seus fundadores (04.11.1933), juntamente com Henrique Santos Dumont e o engenheiro Jorge Corbusier. Recebeu algumas condecorações, assim como sua esposa aviadora. THEREZA DE MARZO viveu casada com Fritz durante 45 anos, quando ele veio a falecer em 1971. THEREZA DE MARZO faleceu em 09/02/1986 e foi enterrada no cemitério do Araçá, na cidade de São Paulo.

Condecorações de THEREZA DE MARZO:
• Medalha de Pioneira da Aeronáutica pela Fundação Santos Dumont São Paulo (1961) • Medalha de Mérito Aeronáutico pelo Ministério da Aeronáutica São Paulo (1976) • Medalha de Ouro Santos Dumont Minas Gerais (1980)

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