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Voar é um desejo que começa em criança!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Fumaça

Demonstração aérea reuniu 5 mil pessoas no aniversário de Porto Ferreira (SP)
Próxima apresentação está agendada para 23 de agosto nos Portões Abertos da Academia da Força Aérea

O Estádio Ferreirão, localizado na cidade paulista de Porto Ferreira (SP), ficou lotado na tarde da última quarta-feira (29/07) para a demonstração área da Esquadrilha da Fumaça. O evento reuniu cerca de 5 mil pessoas na comemoração do aniversário de 119 anos da cidade. Crianças segurando seus aviões de brinquedo, adultos erguendo a câmera de seus celulares, todos ávidos pela chegada das aeronaves A-29 Super Tucano. 

E, às 15h15, os aviões apontaram no céu, arrancando aplausos do público. Muito emocionada com a beleza das acrobacias, a vendedora Vanessa de Oliveira se mostrou surpresa com o presente que a cidade ganhou em seu aniversário. “Nunca imaginei que pudéssemos ter o privilégio de comemorar essa data com as manobras tão bonitas da Fumaça. Valeu muito a pena vir aqui no estádio hoje. Parabéns pelo excelente trabalho dos pilotos”, disse. Após a demonstração, a estudante Amanda Estevão perguntou a um integrante da Esquadrilha quais são as formas de ingresso na Força Aérea Brasileira (FAB). “Tenho 17 anos e estou muito interessada em ser piloto. Já tinha esse desejo desde criança, mas depois de assistir a essa apresentação, fiquei mais animada ainda de seguir a carreira militar”, afirmou a jovem. A próxima demonstração da Esquadrilha da Fumaça será nos Portões Abertos da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). O evento, que será realizado no dia 23 de agosto, tem entrada franca.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Gripen NG

Brasil e Suécia chegam a acordo sobre o projeto Gripen NG
Após as negociações entre os países, o contrato segue agora os trâmites legais para aprovação final no Senado Federal

Brasil e Suécia chegaram a um denominador comum para assinatura do contrato de financiamento do projeto Gripen NG. O acordo sobre as taxas foi conduzido pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, em reunião com representantes da agência de promoção e fomento às exportações do país europeu, a SEK, nesta quarta-feira (29/7/15). Com o fim das negociações entre os países, o contrato segue agora os trâmites legais para aprovação final no Senado Federal. “Conseguimos acordar a taxa da data de assinatura do contrato. Um ganho para os dois países na consolidação dessa parceria estratégica”, afirmou Jaques Wagner.

Sobre o Gripen NG
O Brasil escolheu o Gripen para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) no fim de 2013 e, em 2014, assinou o contrato comercial. A Força Aérea Brasileira receberá 36 aviões de caça Gripen NG da empresa sueca Saab. A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e, a última, em 2024. Mais do que os caças, o projeto Gripen NG é tecnologia. O contrato envolve o treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros na Suécia, apoio logístico e a transferência de tecnologia para indústrias brasileiras. A aquisição das aeronaves trará benefícios que vão além do aumento da capacidade operacional da Força Aérea Brasileira. Por meio de um ambicioso programa de transferência de tecnologia, o Brasil pretende deixar de ser um comprador para se tornar um fornecedor de aeronaves de combate de última geração. O contrato prevê a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares, um modelo criado especialmente para a FAB. A participação do Brasil no desenvolvimento do projeto dará à indústria aeronáutica brasileira acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo os códigos-fonte do Gripen. O programa de transferência de tecnologia incluirá itens como a integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aeronave, entre outros.

Exposição
Em junho, mais de 10 mil brasileiros conheceram um pouco mais sobre o avião que vai renovar a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Uma maquete do Gripen NG foi exposta na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Um dos pilotos que realizou treinamento na Suécia esteve no local. Quando a primeira unidade for entregue, em 2019, o Brasil será o único país do Hemisfério Sul com capacidade para voo de "supercruzeiro". 

Saiba mais: www.fab.mil.br

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Legacy 450

Embraer apresenta jato executivo Legacy 450 pela primeira vez no Brasil
A Embraer exibirá pela primeira vez no Brasil o novo jato executivo Legacy 450 durante a 12ª edição da Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition), principal evento voltado para a aviação executiva da América Latina. A exposição ocorre de 11 a 13 de agosto no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A aeronave da categoria mid-light está em fase final de ensaio em voo e tem entrada no mercado prevista para o quarto trimestre de 2015. Única aeronave da classe a ter tecnologia de controle de voo totalmente digital, conhecida como full fly-by-wire, o Legacy 450 faz parte de uma nova geração de jatos que a Embraer oferece ao mercado de aviação executiva, proporcionando conforto, segurança, eficiência e baixo custo operacional. A Embraer também levará para exposição estática na Labace os jatos executivos Phenom 100E, Phenom 300, Legacy 500 e Legacy 650. “Os ensaios em voo do Legacy 450 têm apresentado resultados que superam as expectativas, demonstrando maturidade e excelente desempenho, como ocorreu com o Legacy 500”, disse Marco Tulio Pellegrini, Presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva. “Os visitantes da Labace vão se surpreender com todo o conforto de uma cabine de 1,83m de altura com piso plano e toda tecnologia que pela primeira vez é oferecida em uma aeronave dessa categoria”. O Legacy 450, que já foi apresentado publicamente em feiras na América do Norte e Europa, compartilha de todos os atributos do Legacy 500, aeronave da categoria midsize certificada no ano passado e que quebrou paradigmas do setor por meio de introdução de sofisticadas tecnologias até então usadas somente em aeronaves maiores. A Embraer oferece ao mercado uma linha completa de jatos executivos que atendem os mais variados requisitos quanto à capacidade de passageiros, desempenho em pistas curtas, alcance, conforto e custo operacional. Este ano, a Companhia completa 10 anos do anúncio da visão de se tornar um dos principais fabricantes desse setor, por meio do desenvolvimento de produtos diferenciados e um suporte ao cliente de excelência. Em 2005, a Embraer apresentou ao mercado os jatos da família Phenom, que precederam o lançamento do Lineage 1000, Legacy 500, Legacy 450 e do Legacy 650, este último, uma evolução do Legacy 600, aeronave que marcou a entrada da Empresa nesse competitivo mercado em 2000.

Sobre o Legacy 450
O Legacy 450 é um jato executivo da categoria mid-light com uma cabine de passageiros de 1,83m de altura e de piso plano, sendo a melhor em sua classe. Quatro poltronas totalmente reclináveis podem ser convertidas em dois leitos para repouso completo em uma altitude de cabine de 1.828m (6.000 pés). O sistema de entretenimento a bordo inclui um sistema de vídeo de alta definição, som surround 5.1 e várias opções de entrada de áudio e vídeo. Sistemas de comunicação de voz e dados também são opções disponíveis. A cabine de passageiros possui também um refreshment center (armários para armazenamento de bebidas, alimentos e outros utensílios) na entrada, um lavabo privativo ao fundo e uma área interna para bagagem de mão. O espaço total para bagagem é o maior na categoria. O Legacy 450 é o primeiro jato executivo de sua categoria equipado com sistema de comandos de voo eletrônico full fly-by-wire, manche lateral de controle (sidestick) e a suíte de aviônicos Rockwell Collins Pro Line Fusion em quatro telas planas LCD de alta resolução, de 15,1 polegadas, completamente digital, além de opções como cartas e mapas eletrônicos Jeppesen e visão sintética. Recursos opcionais incluem o E2VS (Embraer Enhanced Vision System), que contém o HUD (Head-Up Display). O Legacy 450 é equipado com dois modernos motores Honeywell HTF 7500E, de baixo consumo de combustível. Com quatro passageiros e reservas NBAA IFR, o Legacy 450 é capaz de voar sem escalas, de São Paulo a Bogotá (Colômbia) ou de Manaus a Miami (EUA).

Sobre a Embraer Aviação Executiva
A Embraer é uma das maiores fabricantes de jatos executivos do mundo, tendo entrado neste segmento de mercado a partir de 2000, com o lançamento do jato Legacy. A Embraer Aviação Executiva foi constituída em 2005. Seu portfólio, o mais amplo da indústria, é formado pelos jatos Phenom 100E, Phenom 300, Legacy 450, Legacy 500, Legacy 600, Legacy 650 e Lineage 1000E. Completando dez anos de mercado, cerca de 900 jatos executivos da Embraer estão em operação em mais de 60 países. Os clientes são apoiados por uma rede global de 76 centros de serviços, entre próprios e autorizados, e centros de distribuição de peças, complementados por um Contact Center 24/7.

Saiba mais: www.embraerexecutivejets.com.br

terça-feira, 28 de julho de 2015

Segurança de Voo

Reporte de ocorrência entre aeronaves e animais ajuda a prevenir acidentes


Os dados são utilizados para promover ações que tornem as atividades aeronáuticas mais seguras

O Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registrou em 2014 mais de 4 mil incidentes envolvendo animais e aeronaves no Brasil. O registro das ocorrências, reportadas por operadores de aeronaves, aeródromos e controladores de tráfego aéreo, contribui para a avaliação do risco da fauna e norteia as ações de prevenção de acidentes. Estima-se que somente uma em cada quatro colisões com fauna no Brasil seja efetivamente reportada. No Brasil, todas as ocorrências envolvendo aeronaves e animais, como colisão, quase colisão e avistamentos, devem ser reportadas ao CENIPA e os casos são tratados como incidentes aeronáuticos. “O reporte é extremamente importante no gerenciamento do risco da fauna, a fim de diminuir a quantidade de acidentes”, afirma o Chefe da Assessoria de Gerenciamento do Risco da Fauna do CENIPA, Tenente-Coronel Henrique Rubens Balta de Oliveira. As informações reportadas são uma espécie de raio-x do problema em cada aeródromo, porém, devem ser complementadas com dados coletados in loco. O material funciona como guia para que os problemas sejam resolvidos ou minimizados. O CENIPA oferece o serviço para nortear as ações preventivas, que devem ser feitas pelos próprios operadores de aeródromos, de aeronaves, de controle de tráfego aéreo, além dos mecânicos de aeronaves. “Todo o processo de gerenciamento é iniciado tomando por base os dados estatísticos registrados, como em qualquer outro perigo à aviação, deixando clara a importância da participação dos envolvidos com atividades aéreas”, explica o tenente-coronel. Uma aeronave pode estar sujeita a incidentes com aves e animais terrestres, sendo que este último representa maior risco devido à densidade e a massa corporal. Além disso, a aeronave colide com o animal terrestre nas fases críticas de operação, não tendo condição de desviar deste tipo de obstáculo. Uma colisão com capivara, por exemplo, tem severidade relativa 227% mais elevada que uma colisão com urubu-de-cabeça-vermelha. Ou seja, em uma colisão com um animal de cada espécie, na mesma condição de velocidade, a mesma aeronave teria danos duas vezes maiores ao colidir com o animal terrestre.
No caso específico do risco de fauna, as informações servem ainda para que o Comando da Aeronáutica (COMAER) participe do processo de licenciamento ambiental de empreendimentos dentro da Área de Segurança Aeroportuária (ASA) de aeródromos, emitindo o parecer aeronáutico. Este parecer determina se a iniciativa, sob o ponto de vista do setor aéreo, oferece ou não risco à aviação.

Como reportar 
Reportes de eventos de interesse com fauna (Ficha CENIPA 15) podem ser feitos online por meio de aplicativo (IOS) ou pelo site do CENIPA. Nas duas opções, as instruções necessárias ao envio são dadas de maneira interativa ao usuário. Também é possível fazer o download da ficha e enviá-la via e-mail, neste caso, as instruções de preenchimento estão impressas na segunda folha do próprio formulário. Além disso, o CENIPA recebe reportes por correio e fac-símile. Os dados brasileiros são enviados, anualmente, à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) para auxiliar o desenvolvimento e a atualização de ações preventivas. “O CENIPA presta um serviço à sociedade brasileira ao manter este banco de dados disponível, beneficiando profissionais em diversos segmentos, incluindo o regulador do sistema de aviação, o próprio usuário do transporte aéreo e a população, pois aeronaves podem colidir com animais enquanto sobrevoam cidades, vindo a causar graves acidentes aeronáuticos”, afirma o Tenente-Coronel Rubens.

Ações Preventivas
No aeródromo, todas as medidas que reduzam oportunidade de obtenção de água, alimento e abrigo devem ser tomadas para que a quantidade de fauna seja minimizada. Alguns exemplos de medidas incluem o uso de cercas que isolem a área de operação de aeronaves, especialmente eficientes contra animais terrestres; uso de obstáculos em torres de iluminação e cercas, evitando oportunidade de abrigo às aves; uso de pirotécnicos; simulando que há risco para o animal; inseticidas, que reduzem a quantidade de invertebrados que servem de alimento para as aves; uso de redes de exclusão, que impedem o acesso de animais a lagos, rios e valas de drenagem.

Proteção Ambiental
Quase todos os exemplos acima podem ser feitos sem necessidade de autorização ambiental. Entretanto, por vezes, é necessária a aplicação de conhecimento ecológico, em busca de equilíbrio das populações dentro dos aeródromos. Nestes casos, a Resolução 466 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) deve ser utilizada para solicitar à autoridade ambiental competente o Plano de Manejo de Fauna. A Resolução também introduziu a primeira ferramenta de avaliação de risco, oficialmente aprovada no Brasil, que permite quantificar o risco que cada espécie oferece à aviação em cada aeródromo.

Saiba mais: Revista Aerovisão

Fonte: FAB

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Helibras

Helibras recebe visita do Ministro da Defesa e do Governador de MG em Itajubá
A Helibras recebeu nesta sexta-feira (24/7/15), em sua fábrica em Itajubá (MG), a visita do ministro da defesa Jacques Wagner, do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, o comandante da Aeronáutica Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato e suas comitivas. Os visitantes foram recebidos pelo presidente Eduardo Marson e o objetivo do encontro foi verificar o andamento dos programas que a Helibras desenvolve para as Forças Armadas do Brasil, em especial o H-XBR. As comitivas visitaram o Centro de Engenharia da empresa, as linhas de produção dos helicópteros leves, médios e pesados, a linha de manutenção do Pantera e Fennec, além das oficinas de cablagem, pás e conjuntos dinâmicos. Essa foi a primeira visita de Jacques Wagner à Helibras como ministro da Defesa. “Para mim, não foi surpresa, pois já sabia da excelência da Helibras em um setor de alta tecnologia e profissionalismo, desde o projeto até a fabricação final de seus produtos”, disse o ministro que já havia visitado a empresa quando era governador da Bahia. Fernando Pimentel reforçou: “Mais uma vez, saio impressionado com a capacidade tecnológica que temos aqui”, disse o governador de MG.

Fonte: Poder Aéreo

domingo, 26 de julho de 2015

Especial de Domingo

Do Sentando a Pua! - que mantém viva a história da aviação militar brasileira na 2ª Guerra Mundial - selecionamos mais uma das belas Histórias dos Veteranos.
Boa leitura.
Bom domingo!

O Conterrâneo


22 de abril de 1945

- 0830: decolagem de uma esquadrilha
- 0835: decolagem de outra
- 0840: decolagem de mais outra

Para nós outros, pessoal de manutenção, era um dia como outro qualquer, porém uma euforia dominava o todo e deixava transparecer nos semblantes daqueles que manuteniam os aviões do 1º Grupo de Aviação de Caça - Essa euforia nada mais era do que a satisfação do dever cumprido. Os vinte e três aviões existentes no Grupo estavam todos disponíveis. Isso significava que tínhamos afiado todas as facas com que lutariam os nossos pilotos naquele dia.

Os quatro aviões da última esquadrilha que decolara, desapareciam no horizonte, envolvidos pelas nuvens, na direção norte do aeródromo da cidade de Pisa, quando notamos, sentada num caixote, à porta do adaptado Hangar do Grupo, a figura simpática de Virgílio Prediliano de Andrade, que apesar de sua estatura mediana, mais ou menos um metro e setenta centímetros de altura, de rosto oval e bochechas gordas, olhos castanhos escuros e pálpebras grossas, mais parecia uma poita (1) devido a sua rotúndica conformação física.

Arriscamos um "Que é que há" ao aproximarmos do Prediliano, esperando apenas ser retrucado com o clássico, "nada", devido à sisudez que aparentava no momento, e no entanto fomos surpreendidos com um desabafo:

— "Ah... conterrâneo..." - e num gesto com a cabeça, sisudo, olhando firme para a formação de P-47 que desaparecia no horizonte, - complementava o seu pensamento com o conhecidíssimo sotaque arrastado de nordestino cansado:

— ... aqueles "meninos" que lá vão; quem voltará? Quem ficará para sempre? É sempre uma dúvida "conterrâneo".

— Revolta-me, às vezes, ter que cooperar para colocar os aviões no ar, e para que? Para matar esses "meninos"? Para destruir o inimigo?

— "Não, conterrâneo" - replicamos — "a nossa missão é afiar as armas com que os nossos pilotos vão desagravar a honra da Pátria ferida pelo afundamento dos nossos navios indefesos nas costas do Nordeste".

— "Sei perfeitamente, — respondeu Prediliano — Isso são apenas reflexões com meus "botões". 

Assim era o primeiro sargento Virgílio Prediliano de Andrade, chefe da equipe de Manutenção do segundo escalão, o popular "Conterrâneo" - alegre e mandão nas horas de trabalho e sisudo e taciturno quando se afastava da sua equipe como se um estado mórbido de tristeza invadisse lhe a alma.

O tratamento de "Conterrâneo" que endereçava a todos aqueles com quem convivia, apelido pelo qual ficou conhecido, tinha um sabor todo especial na sua concepção — significava "Meu Amigo". E assim, chefiava uma turma heterogênea de Sargentos, Cabos e Soldados de diferentes especialidades — mecânicos de avião, especialistas em motores, células, sistemas hidráulicos e elétricos, hélices, chapas de metais, instrumentistas etc., especialidades essas que conhecia como um verdadeiro mestre. Desde março de 1944, data em que conhecemos o "Conterrâneo", em Aguadulce, no Panamá, até aquele dia, jamais alguém o viu parado, isto é, sem estar fazendo alguma coisa. Era sempre providenciando isso e aquilo, designando turma de trabalho, Inspecionando tudo e, de vez em quando, apesar do seu corpanzil, trepado numa bancada pesquisando uma "pane" ou trocando uma "vela", quando para isso dispunha de uma equipe especializada. O homem não obstante seus quarenta e cinco anos dos quais vinte e seis de vida militar, era de um dinamismo ímpar. As suas funções de Chefe da equipe de manutenção, confundiam-se com a de "Dono do Hangar".

A maior satisfação de uma equipe de hangar é colocar o avião para fora, isto é, dar o avião que lhe foi entregue em "pane", em condições de voar.

Em operações de guerra, essa satisfação, sempre foi redobrada, mesmo porque era mais um avião para levar a destruição ao inimigo, encurtar-lhe a resistência, apressando, assim, a vitória, para o nosso breve retorno ao lar.

20 de abril de 1945. Prediliano foi chamado à presença do oficial de Manutenção, então tenente Flores, que lhe falou:

— "Prediliano, recebemos ordens para dar o máximo nestes próximos dias. Você tem três aviões no hangar. Quando saem?"

— "Hoje, seu tenente, saem dois e amanhã pela manhã; daremos, o outro" — respondeu Prediliano.

— "Muito bem – prosseguiu o tenente – agora, do acordo com as minhas anotações, temos na pista um avião para troca de cilindro e outro para revisão de duzentas horas. Quando então poderemos contar com esses aviões?".Prediliano pensou um pouco e respondeu:

— "Amanhã à tarde entregaremos todos os aviões, inclusive os dois que vêm".

— "Mas, Prediliano" - ponderou o tenente - "o pessoal já será muito "sugado" e qualquer esforço extraordinário poderá trazer graves consequências. Temos aviões bastantes para executar as missões que nos forem pedidas e minha pergunta prende-se, exclusivamente, à previsão para o caso de uma necessidade eventual".

— Oh! não "seu" tenente; eu sei. Nessa questão de pessoal não tenha cuidado. Sei "levá-los" muito bem".

De fato; "Conterrâneo" foi o maior especialista em pessoal que lá vimos. Era um líder por excelência; Sabia mandar. Sabia fazer. Sabia aproveitar o máximo do entusiasmo que dominava aquela plêiade de homens que trabalhava para colocar a jovem Força Aérea Brasileira, quando não em plano superior, mas em igualdade de condições com as veteranas Forças Aéreas Aliadas. O hangar do "Conterrâneo", como se costumava dizer, em qualquer situação e condições - instalado numa barraca de lona, como em Tarquínia, num Hangar destroçado pelos bombardeios nazistas e aproveitado para nosso uso, como no caso de Pisa, ou num Hangar.

Assim, foi que na tarde de 21 de abril "Conterrâneo" - entregou os aviões à pista, limpou e arrumou o hangar e no outro dia, deixando o pessoal da sua equipe de prontidão para qualquer eventualidade, arranjou um caixote e sentou-se à porta do seu hangar. Envolto nos seus pensamentos, não sabia, assim como nós, outros, que aquele iria ser o dia decisivo para a Vitória Aliada nos campos de batalha da Itália e que ele, com a sua modéstia, não só havia contribuído para a causa aliada, mas também, para projetar, no mundo, em definitivo, o valor do aviador brasileiro.

Virgílio Prediliano
Prediliano morreu. Morreu voando. Era o seu desejo. Depois de 26 anos de serviços prestados à aviação militar do seu país, Prediliano transfere-se para a reserva remunerada no posto de segundo-tenente. Vai ter uma vida sossegada junto aos seus entes queridos; esse era o pensamento dos seus amigos. Qual, nada! Aquele homem não era de descanso. Nasceu para trabalhar e trabalhar pela aviação do Brasil. Ingressou na aviação comercial e em pouco mais de quatro anos após a guerra, desaparecia num voo entre Salvador e Vitória o indelével "Conterrâneo" Virgílio Prediliano de Andrade, mecânico de avião da então Aerovias Brasil.

Quinze vinte e dois de Abris são passados desde aquele último em que vimos Prediliano sentado à porta do hangar do 1º Grupo de Aviação de Caça em operações de guerra na Itália e mais de treze anos separam-nos do último contato pessoal. Custa-nos acreditar que ele morreu. Para nós, foi transferido para uma Unidade, bem distante, aonde não se fala de guerra fria, não se vê miséria, não se vê flagelados de guerra quente e só se fala de amor ao próximo, paz e bondade para com a humanidade, - justamente consonância com a índole do "Conterrâneo". Algumas vezes, quando chove e os estrondos do trovão fazem curvar-nos à consciência em reverência ao Todo Poderoso, ocorre-nos uma ideia infantil: comparamos o céu a um grande Hangar e no justo momento em que caem as chuvas, pensamos que São Pedro ordenou uma limpeza geral no céu e "Conterrâneo" está a movimentar as bancadas, as ferramentas, o material, etc., de um lado para outro, para conservá-los, arrumados e limpos, após um dia de trabalho intenso.

Texto escrito pelo Veterano Aloysio Guilherme de Souza em 1960 e gentilmente cedido por ele para o "Sentando a Pua!"

(1)POITA - Corpo pesado que as pequenas embarcações usam para fundear. 

sábado, 25 de julho de 2015

Nascido para Voar

Voar sempre foi um objetivo de vida supremo para Santos-Dumont. Não por acaso, o inventor foi o primeiro aeronauta a conquistar os brevês de balão, dirigível e aeroplano. Recorde alguns dos grandes momentos do “Pai da Aviação” pelos céus do mundo:

Saiba mais: Santos Dumont de próprio punho

sexta-feira, 24 de julho de 2015

AFA

Cadetes participam de olimpíada de História e Cultura Aeronáutica
Pelo segundo ano consecutivo, os cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) participaram da Olimpíada de História Militar e Aeronáutica, promovida pela instituição. A atividade, que aconteceu durante os dias 15 e 16 de julho, reuniu 64 cadetes agrupados em 16 equipes, batizadas com nomes de personagens históricos. Os alunos encararam uma maratona que envolveu uma prova escrita de múltipla escolha, composta por 60 questões, baterias de quiz, apresentação sobre temas relativos à história e um desafio envolvendo charadas e monumentos da própria AFA. Foram respondidas mais de 140 questões que abrangeram assuntos de história militar da Antiguidade até a Idade Contemporânea e tópicos de cultura aeronáutica. O Coronel da reserva Claudio Passos Calaza, que atua na Divisão de Ensino da Academia e é um dos organizadores da Olimpíada, explica que os objetivos da atividade são promover a história entre os cadetes e valorizar esse tipo de conhecimento para a formação dos futuros líderes militar. "A Olimpíada é uma atividade extracurricular que estimula os alunos a buscar leituras complementares e potencializa a autonomia didática na formação dos cadetes", afirma o Coronel Calaza. A equipe campeã, denominada Coronel John Boyd em homenagem ao piloto e estrategista militar norte-americano, venceu na última rodada de perguntas da Olimpíada. O tema versava sobre as causas da derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Segundo o cadete Bunchaft, do 3º Esquadrão, um dos membros da equipe, esse tipo de iniciativa serve como pontapé inicial para que os cadetes procurem aprofundar seus conhecimentos em assuntos importantes e que não se esgotam naquilo que é passado em sala de aula. Ele destaca que o planejamento e o interesse em buscar sempre mais informações foram importantes para o bom desempenho da equipe. "Antes de sairmos para as férias de inverno, elencamos assuntos passíveis de serem cobrados e dividimos os tópicos entre nós. Eu me interesso muito por guerras da história antiga, como a do Peloponeso, e também aquelas do período moderno, pois envolvem aviação", explica o cadete. As equipes que ficaram em 1º, 2º e 3º lugares receberam medalhas e livros didáticos.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Edu Chaves

Edu Chaves e os 101 anos do Reide São Paulo - Rio
O dia 05 de julho de 1914 entrou para a história aeronáutica brasileira e mundial, como o dia em que o insigne Aviador Eduardo Pacheco e Chaves completou, pela primeira vez, a ligação aérea entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O chamado "Reide São Paulo - Rio" foi efetivado em uma aeronave Blériot, equipada com um motor de 80 HP. A decolagem aconteceu às 09h45m, no Campo da Mooca - SP e a aterrissagem se deu às 14h10m, no Campo dos Afonsos - RJ. Antes, fora efetuado pouso intermediário na cidade de Guaratinguetá (SP), com reabastecimento do monomotor. O objetivo da travessia, não obstante o pioneirismo e o legado por ela deixados, era o de participar da "Primeira Reunião Aérea", evento organizado pelo Aero Clube do Brasil, que contara com a presença do Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca e de autoridades da época. Aquela seria a segunda tentativa de translado, visto que a primeira, iniciada em 28 de abril do mesmo ano, havia sido interrompida, na altura de Mangaratiba - RJ, em virtude de pane no motor do Blériot. Corajoso e tenaz, Edu Chaves persistiu, completando o Reide pouco mais de um mês depois. O legado daquele intrépido Piloto ecoa pela eternidade, pois que seu destemor e espírito desbravador serviram e servem de exemplo para milhares de Aviadores, do Brasil e do mundo!
Salve Eduardo Pacheco e Chaves!

Fonte: Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAER

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Heróis Brasileiros

França condecora pilotos brasileiros com a Legião de Honra
"A França é a terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e foi por esses valores que meu pai lutou a vida inteira”. A declaração de Pedro Moreira Lima foi feita durante a entrega da maior condecoração francesa (Comenda da Ordem da Legião de Honra) aos heróis de guerra, Major- Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima e Major-Brigadeiro do Ar José Rebelo Meira de Vasconcelos, representados pelos seus filhos. A cerimônia ocorreu no dia 20 de julho, no Rio de Janeiro (RJ). Ambos os homenageados foram pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) e lutaram com os aliados na Segunda Guerra Mundial contra o nazifacismo na década de 40. Os dois ex-combatentes têm muito em comum.

Na época da guerra, realizaram quase 100 missões a bordo do P-47 Thunderbolt nos céus da Itália e contribuíram para o desenvolvimento da aviação de caça no Brasil. Eles também ajudaram a registrar a história da participação da Força Aérea Brasileira (FAB) na guerra.

O Brigadeiro Rui, por exemplo, escreveu o livro Senta a Pua!, que conta como foi a atuação do 1° GAVCA no conflito. Ambos os homenageados também faleceram em 2013. Segundo a filha do Brigadeiro Meira, Gilda Meira de Vasconcelos, a condecoração representa a veneração que ela tinha pelo pai. Segundo ela, um herói. “Ele falava sempre com bom humor do período da guerra. Ele não era de falar da tristeza. Ele lutou pela liberdade. Isso é o essencial, a gente não vive sem liberdade”, afirma.

Legião de honra
Instituída em 1802 por Napoleão Bonaparte, a condecoração, desde então, é prestada pelo governo francês aos agraciados. O objetivo é recompensar os méritos de militares ou civis em prol da nação francesa. “A legião de honra é a condecoração mais alta na França. Ela é destinada a todas as pessoas que se dedicaram, como os ex-combatentes brasileiros que foram homenageados hoje”, explicou o Cônsul Geral da França no Rio de Janeiro, Brice Roquefeuil, responsável pela entrega da comenda. 

terça-feira, 21 de julho de 2015

GOL - Programa de Estágio

Programa de Estágio Gol 2015, o que é necessário para se candidatar?
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes abriu em 10/07/2015 as inscrições para o Programa de Estágio Gol 2015 que poderão ser realizadas até 09/08/2015. Entre os cursos elegíveis está a graduação em AVIAÇÃO CIVIL.

Pré-Requisitos:
Formação acadêmica prevista para 2º semestre 2016, 1º semestre 2017 ou 2º semestre 2017;
Conhecimentos em inglês a partir do nível intermediário;
Conhecimento como usuário do Pacote Office;
Vontade de fazer a diferença e de “colocar a mão na massa”, apaixonar-se todos os dias pelo que você faz, gostar de ambientes dinâmicos, acreditar que juntas as pessoas podem fazer mais e melhor do que individualmente.

De acordo com as necessidades das vagas disponíveis hoje você deve estar cursando um dos seguintes cursos de graduação para poder participar:
Cursos elegíveis: Administração, Aviação Civil, Comércio Exterior, Economia, Direito, Engenharia (todas), Matemática, Estatística, Psicologia, Turismo, Ciências Contábeis, Publicidade, Relações Internacionais, Marketing, Comunicação, Relações Públicas, Sistemas de Informação, Ciências da Computação.

Quais benefícios oferecidos como parte do pacote de remuneração?
Bolsa-auxílio, Vale Refeição, Vale Transporte, Seguro de Vida, Assistência Médica/Odontológica e…Benefício Viagem!

De forma resumida, como será o seu Programa de Desenvolvimento?
• Integração nas áreas de negócios;
• Encontros periódicos com foco no seu desenvolvimento;
• Avaliação de competências;
• Treinamentos técnicos e comportamentais para seu constante aperfeiçoamento durante o programa.

Onde estão as oportunidades para as vagas do Programa de Estágio?
Locais de Trabalho: São Paulo – SP e Confins – Minas Gerais.

Saiba mais / Candidate-se: Estágios Gol 2015

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Datas Especiais

20 de Julho de 2015:
142º Aniversário de Santos-Dumont

Palavras do comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato:

"Uma grande aspiração só se transforma em um frutífero legado quando sustentada pela dedicação, pela perseverança e pelo foco no propósito almejado.

Foco.

Plenos são os que conseguem, diante das adversidades e das intempéries, com serenidade, manter-se lucidamente focados nos seus objetivos.

Foi, exatamente, com essa atitude privilegiada que o brasileiro - Alberto Santos-Dumont – predestinado a suplantar desafios, superou todos os obstáculos que se apresentaram e jamais se abalou ante as dificuldades e o pessimismo dos céticos do seu tempo.

O jovem mineiro, nascido em 20 de julho de 1873, na fazenda “Cabangu”, dedicou anos de sua vida ao nobre propósito de beneficiar a humanidade e protagonizou uma das façanhas mais importantes da história: elevar às alturas o 14-BIS - o primeiro artefato autopropulsado mais pesado que o ar - conquistando definitivamente o domínio do céu.

Essa magnífica obra certamente transcendeu as expectativas que até mesmo o seu visionário idealizador poderia prever. Mudaria, pois, definitivamente a trajetória do mundo moderno.

Embora protagonista de uma série de memoráveis feitos, demonstrou seu espírito altruísta ao negar-se a patentear suas invenções, ofertando-as ao mundo, com o cristalino entendimento de que o valor do conhecimento reside em compartilhar para ampliar o seu alcance e os benefícios.

Desde então, o que parecia impraticável tornou-se ilimitado.

Comemorar, pois, o aniversário do herói de Cabangu é, sobretudo, enaltecer a lembrança de quem colocou generosamente toda bagagem pessoal e toda a energia de vida em favor da evolução."

Concurso para sargento da FAB

Aeronáutica tem 298 vagas para a Escola de Especialistas
A Aeronáutica lançou, dia 16 de julho de 2015, o edital para o Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica – Turma 2 do ano de 2016. As inscrições começam no dia 30 de julho de 2015 e terminam no dia 24 de agosto de 2015. Para se inscrever basta acessar o site da Escola de Especialistas de aeronáutica. A taxa é de R$ 60,00. Para participar do exame o candidato não pode ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade até 31 de dezembro de 2016 (conforme alínea “h”, inciso V, Art. 20 da Lei nº 12.464). Os interessados devem possuir ensino médio completo, entre outros requisitos estabelecidos no edital. O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, língua inglesa, matemática e física), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. As provas escritas ocorrerão no dia 8 de novembro de 2015. Os aprovados em todas as etapas deste concurso deverão se apresentar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá-SP, no dia 26 de junho de 2016. O curso de formação tem duração de dois anos. Após a sua conclusão com aproveitamento o aluno será nomeado Terceiro-Sargento e receberá um salário inicial bruto de R$ 3.686,25.

QUADRO DE VAGAS

OPÇÃO 01
AERONAVEGANTES - SOMENTE SEXO MASCULINO
1. BMA - Mecânica de Aeronaves: 45
2. BMB - Material Bélico: 11

OPÇÃO 02
AERONAVEGANTES - AMBOS OS SEXOS
3. BCO – Comunicações: 11
4. BFT – Foto-Inteligência: 6

OPÇÃO 03
NÃO-AERONAVEGANTES - SOMENTE SEXO MASCULINO
5. SGS - Guarda e Segurança: 22

OPÇÃO 04
NÃO-AERONAVEGANTES - AMBOS OS SEXOS
6.  BEI – Eletricidade e Instrumentos: 15
7.  BEV - Equipamento de Voo: 4
8.  BMT – Meteorologia: 7
9.  BSP – Suprimento: 11
10. SAI – Informações Aeronáuticas: 10
11. BEP – Estrutura e Pintura: 9
12. SEM – Eletromecânica: 6
13. SML – Metalurgia: 4
14. SBO – Bombeiro: 9

OPÇÃO 05
CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO - AMBOS OS SEXOS
15. BCT – Controle de Tráfego Aéreo: 128

LOCAIS DE REALIZAÇÃO DAS PROVAS:
Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Manaus (AM) e Porto Velho (RO).

Informações sobre o edital: Clique aqui 

Inscrições: www.eear.aer.mil.br

domingo, 19 de julho de 2015

Especial de Domingo

Confira hoje texto e fotos sobre a Expo Asas, realizada em Itajubá, importante cidade do sul de Minas Gerais. A Expo Asas também contribui para divulgar a cultura aeronáutica e despertar vocações profissionais. Parabenizamos os organizadores e apoiadores da iniciativa.
Boa leitura.
Bom domingo!

EXPO ASAS 2015 em Itajubá (MG)

Os alunos do curso de manutenção aeronáutica do Centro de Treinamento da Helibras, fabricante de helicópteros instalada em Itajubá (MG), promoveram ontem, 18 de julho de 2015, a Expo Asas 2015.

Coordenado pelos instrutores Joel Rabelo e Julien Brucker, o evento contou com a visita de centenas de pessoas e as presenças do prefeito Rodrigo Imar Martinez Riera e do vice-prefeito Christian Gonçalves Tiburzio e Silva.

O vice-prefeito Christian, o instrutor Brucker,
o prefeito Rodrigo e o instrutor Joel Rabelo



















Os visitantes da Expo Asas puderam observar e obter explicações a respeito de partes de helicópteros e farto material instrucional.

Itens da exposição como rotor, motor, painel de cabine, material de revestimento e maquetes, por exemplo, são empregados na formação de mantenedores aeronáuticos nas habilitações de célula (estrutura), grupo motopropulsor (motor) e aviônicos (instrumentos).


O Centro de Treinamento da Helibras visa formar mecânicos especializados, para atuação em manutenção aeronáutica, com ênfase em aeronaves de asas rotativas.

A Expo Asas, em sua segunda edição, foi realizada no Museu Wenceslau Braz, no centro de Itajubá.

Texto e Fotos: Redação do NINJA - Núcleo Infantojuvenil de Aviação.

Saiba mais: Centro de Treinamento da Helibras

sábado, 18 de julho de 2015

Esquadrilha da Fumaça

Como ter show da Esquadrilha da Fumaça em sua cidade
Uma das principais dúvidas de quem gostaria de ver a Esquadrilha da Fumaça em sua cidade é de como realizar a solicitação. As demonstrações do EDA são definidas, normalmente, com um mês de antecedência, pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). Para tanto, são levados em consideração diversos critérios de avaliação, como importância do evento no cenário nacional/internacional, público estimado durante a apresentação, possibilidades logísticas, entre outros.

Passo a passo
Para solicitar uma demonstração, é necessário enviar um ofício assinado ao CECOMSAER com antecedência mínima de quatro meses, mencionando nome, endereço, data do evento, telefone para contato e público estimado. Recomenda-se estipular outras datas para a demonstração, tendo em vista uma impossibilidade do atendimento na data solicitada. Após deliberação do Comando da Aeronáutica, o CECOMSAER confirmará junto ao solicitante, com antecedência de 30 dias do evento solicitado, se o pedido foi ou não aprovado. Vale lembrar que as exibições da Esquadrilha da Fumaça são demonstrações públicas, gratuitas e de caráter institucional, não cabendo, portanto, veiculações com propósito comercial ou de propaganda político-partidária.

O ofício deve ser enviado ao:
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
A/C Excelentíssimo Senhor
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Pelos Correios:
Esplanada dos Ministérios, Bloco M – 7º andar
CEP 70.045-900 – Brasília/DF

Por e-mail:
programacao_eda@fab.mil.br

Para confirmação de recebimento:
55 (61) 3966-9699

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Aventura Aérea

Solar Impulse II suspende volta ao mundo até abril de 2016
A equipe do avião Solar Impulse II anunciou, no dia 15 de julho de 2015, que suspenderá até abril de 2016 a tentativa de dar a volta ao mundo que começou em março, devido a um problema de superaquecimento das baterias que demorará meses para ser resolvido. A aeronave ficará até abril no Havaí, onde chegou no dia 3 de julho após um voo de cinco dias sobre o Oceano Pacífico no qual bateu os recordes mundiais de distância e tempo para um avião alimentado por energia solar. "Os danos irreversíveis a certas partes das baterias requeriam consertos que demorarão vários meses. Paralelamente, a equipe de engenharia do Solar Impulse estudará alternativas para estabelecer melhores processos de refrigeração e aquecimento para voos muito longos", informou a equipe da aeronave em seu site oficial. A aeronave, alimentada com mais de 17 mil placas solares, pretende atingir uma meta: percorrer 35 mil quilômetros sem usar uma gota sequer de combustível, para conscientizar sobre o uso de energias limpas em detrimento aos poluentes combustíveis tradicionais. O último voo do avião Solar Impulse II durou 120 horas, um total de cinco dias e cinco noites desde que decolou do Japão até sua chegada ao Havaí, etapa considerada como a mais difícil. A aeronave tinha previsto decolar em breve rumo à cidade de Phoenix, no Estado americano do Arizona, trajeto que agora foi adiado para abril de 2016. As próximas paradas do percurso são uma cidade ainda a ser determinada no centro dos Estados Unidos, depois Nova York, depois um ponto ainda não fixado na Europa ou o norte da África, e por último Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, que foi o ponto de partida da volta ao mundo.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

TRÁFEGO AÉREO

Vídeo registra o deslocamento das aeronaves comerciais no Brasil

Para produzi-lo foi empregado um modelador de espaço aéreo em tempo acelerado



Numa simulação em vídeo desenvolvida pelo Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) é possível conferir, em um minuto, como ocorre o deslocamento das aeronaves comerciais regulares na área de responsabilidade do País, ao longo das 24 horas de um dia típico. Diariamente são registrados cerca de 3,5 mil voos de operações regulares em todo o Brasil, que são os transportes aéreos realizados por companhias aéreas com horário e local de partida previamente autorizados.

Para produzi-lo o ICEA, órgão subordinado ao DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo, responsável pela formação dos controladores de tráfego no País, dentre outras atividades, empregou um modelador de espaço aéreo em tempo acelerado. Um relógio localizado no canto direito superior do vídeo registra as horas do dia referentes aos voos. Com ele é possível confirmar algumas características particulares da dinâmica dos movimentos aéreos em nossos céus.

 Uma delas é o aumento de fluxo de tráfego entre o Brasil e o exterior (sobretudo Europa e América do Norte) ao longo da madrugada, já que a maioria das companhias aéreas que operam nessas rotas opta por chegar a seus destinos no início do dia. Do mesmo modo, amanhecendo, os grandes aviões transatlânticos dão vez a um volume ainda maior de voos domésticos, principalmente no Centro-Sul do País.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Centro de Treinamento Helibras

Alunos da Helibras fazem visita instrucional em unidades do Exército e da Força Aérea
Um grupo de alunos do curso de manutenção aeronáutica do Centro de Treinamento da Helibras, fabricante de helicópteros em Itajubá (MG), participou ontem, 14 de julho de 2015, de visita instrucional em Taubaté e São José dos Campos (SP). Em Taubaté, os alunos estiveram nas oficinas do Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Taubaté (SP), acompanhando processos de manutenção. Em São José dos Campos, o grupo - liderado pelos instrutores Joel Rabelo e Julien Brucker - participou de instrução a bordo de aeronaves da FAB operadas pelo IPEV - Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo, sediado no campus do DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. O grupo visitou, ainda, o Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), onde observou peças que retratam os avanços tecnológicos do Brasil no campo aeroespacial, incluindo os rotores do primeiro helicóptero nacional, o Beija-flor, de rotor rígido, desenvolvido no DCTA, por volta de 1954.

Expo Asas: dia 18/07/2015
No próximo sábado, 18 de julho de 2015, os alunos do Centro de Treinamento Helibras promovem a Expo Asas 2015. Na exposição serão mostradas as etapas de qualificação de mecânicos de aviação nas habilitações Célula, Grupo Motopropulsor e Aviônicos.

Local: Museu Wenceslau Braz.
Avenida dos Ferroviários (sambódromo), bairro Boa Vista.
Itajubá (MG).
Dia: 18 de julho de 2015, sábado.
Horário: das 9 às 14 horas.
Entrada gratuita.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Museus

Recife reabre Museu de Aeronáutica
A 300 metros da praia de Boa Viagem, Recife (PE) tem uma atração turística ideal para quem gosta de aviação e de história. O museu do Segundo Comando Aéreo Regional passou por reforma e foi reaberto ao público no dia 3 de julho de 2015. Os visitantes poderão ver de perto atrações como os caças históricos AT-26 e TF-33, além de uma diorama que mostra como era a Base Aérea do Recife na época da Segunda Guerra Mundial. Com entrada gratuita, o museu está localizado na avenida Armindo Moura, 500, no bairro Boa Viagem. A visitação está aberta de segunda a quinta das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. Às sextas, o horário é das 8h às 12h. Visitas guiadas podem ser agendadas. Além das aeronaves reais, o museu encanta quem gosta de plastimodelismo, as maquetes de aeronaves.

Somente no diorama histórico da Base Aérea do Recife há 16 delas, entre o PV-1 Ventura, o P-40 e o B-18 Bolo, aviões que voavam sobre Recife em 1945. Também há veículos militares e figuras na escala 1:72. Outro diorama recorda um campo de pouso da Força Aérea Brasileira na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Estão lá, em detalhes, as barracas e os aviões P-47. O acervo inclui a Bandeira do Brasil levada por Marcos Pontes ao espaço. Estão lá ainda móveis originais, que mostram o ambiente de trabalho do Marechal Eduardo Gomes no Recife em 1942, época em que ele autorizou o ataque contra qualquer submarino que ameaçasse navios brasileiros. São relíquias que contam capítulos relevantes da história da Aeronáutica e do Brasil. O próprio museu fica em um prédio histórico, construído em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, para servir como quartel-general das forças norte-americanas, responsáveis pelo Atlântico Sul, com uma área de atuação que ia de Belém, no Pará, até Caravelas, na Bahia. Desde 1995 o espaço é dedicado a preservar a memória da aviação civil e militar no Brasil. Há sete exposições permanentes: História da Aviação, Marechal do Ar Eduardo Gomes, Segunda Guerra Mundial, Primeiro do Sexto Grupo de Aviação, Uniformes da Força Aérea Brasileira, Material Bélico e Instrumentos Aeronáuticos. Os visitantes podem conhecer, por exemplo, câmeras utilizadas pelos aviões de reconhecimento, bússolas, manches, bombas, mísseis já lançados no Brasil, espoletas, condecorações, distintivos, equipamentos e instrumentos de voo, macacões utilizados por pilotos e até um painel completo de um avião de combate AT-26 Xavante. Há ainda uma sala específica para mostrar equipamentos já operados no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), também sediado no Recife.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Inspeção em Voo

GEIV terá o Legacy 500 como aeronave-laboratório
O Projeto I-X, um dos projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira (FAB), que prevê o desenvolvimento das novas aeronaves de inspeção em voo, começou, no dia 08 de julho de 2015, a integração do sistema. O jato executivo Embraer Legacy 500 será transformado na nova aeronave-laboratório da FAB. O projeto objetiva o desenvolvimento e aquisição de seis aeronaves para substituir a atual frota do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). A primeira delas, que acaba de entrar em fase de integração, será entregue em maio de 2016. Já a última, em novembro de 2017. Segundo o gerente do projeto, Major Luís Fernando Câmara Ferro, a integração do sistema é a fase mais sensível e mais importante do desenvolvimento e deve durar nove meses. Essa é a primeira vez que será feita a integração de um sistema de inspeção nesse tipo de aeronave, não só no Brasil, mas no mundo. São equipamentos de última geração que, aliados às características do Legacy 500, trarão segurança e conforto à tripulação, além de confiabilidade e precisão aos dados

GEIV
O GEIV é a unidade da FAB, da estrutura do DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo, responsável por medir, aferir e calibrar equipamentos auxiliares à navegação aérea instalados em aeroportos de todo o País. Com precisão e confiabilidade nas inspeções, o maior ganho é da sociedade brasileira, que tem a seu favor equipagens capazes de garantir que todos os percursos aéreos, civis e militares, aconteçam de forma ainda mais segura. As novas aeronaves-laboratório, que vão substituir os atuais IC-95 Bandeirante e Hawker HS-800, trarão diversos ganhos operacionais às tripulações. Foram instaladas mais 14 antenas na parte externa do avião, além das existentes. Será incorporada, além disso, uma câmera a laser que vai permitir à aeronave maior autonomia e independência em relação às equipes de solo. Esse será o único avião do mundo com tecnologia “fly by wire” (comandado eletronicamente) a ser utilizado para inspeção em voo. O papel também será eliminado da cabine: o check list dos pilotos será feito através de um tablet. "Outro aspecto importante que os Legacy 500 trarão para o GEIV é a otimização da inspeção, como a possibilidade de testar mais de um auxílio sem a necessidade de pouso, até mesmo em localidades diferentes", explica o Tenente-Coronel Pinheiro, comandante do Grupo.

Fonte: www.fab.mil.br

domingo, 12 de julho de 2015

Especial de Domingo

Nos domingos de julho de 2011, o blog do NINJA publicou uma série sobre Santos Dumont, já que foi neste mês que o mundo nos deu e tirou (20/7/1873 - 23/7/1932) este querido brasileiro. Reiterando a homenagem, resgatamos hoje uma daquelas publicações, relatando uma importante contribuição deste ser humano genial: a dirigibilidade dos balões.
Boa leitura.
Bom domingo!


OS DIRIGÍVEIS DE SANTOS DUMONT

Até o mês de julho de 1901, Santos Dumont era conhecido apenas nos círculos aeronáuticos de Paris. Nos dias 12 e 13 daquele mês, ele circundou a torre Eiffel na presença de uma multidão, pilotando o seu dirigível nº 5. A partir daí, Santos Dumont passou a ser reconhecido pela imprensa mundial.


A dirigibilidade dos balões
Quando Santos Dumont cogitou colocar um motor a explosão pendurado em um balão de hidrogênio, duas opiniões o levaram a tomar providências. Disseram que a trepidação do motor iria romper os cabos de sustentação. Ele, cuidadosamente, pendurou o seu triciclo em uma árvore para verificar como se comportava o conjunto e funcionou até melhor. Disseram que tudo iria explodir. Ele aumentou as cordas de sustentação, afastando o motor do invólucro, virou o cano de escapamento para baixo e colocou as válvulas de hidrogênio na extremidade bem atrás.

Na primeira tentativa de decolagem chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam. Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento conforme sua concepção.

Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade um balão evoluiu no espaço propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou sua criação nos dirigíveis 2 e 3.


O Nº2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 Kg, o qual girava uma hélice a 1200 rpm, deslocando-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava!

Com o Nº3(foto acima), Dumont afastava-se da forma cilíndrica das aeronaves Nº1 e Nº2 e adotava uma forma mais esférica, tentando, pelo próprio desenho do aparelho, evitar a perda de forma do balão no ar, causa dos acidentes com seus dois primeiros dirigíveis. O Nº4 trazia algumas inovações, entre elas a disposição da hélice na proa da aeronave e a exclusão da barquinha pelo selim de uma bicicleta. Dotado de um motor de quatro cavalos, o Nº4 realizou diversos voos sem problemas.


Os sucessos das experiências daquele pequeno brasileiro, levaram o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900 a oferecer um prêmio de 50.000 francos a quem, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1903, partindo e retornando do campo de Saint Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso, sem auxílio de terra contornasse a Torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos.

A distância de ida e volta equivalia a 30 quilômetros. A conquista desse prêmio seria avaliada por uma comissão formada por membros do Aero Clube da França. Fez experiências com o número 4; tentou por duas vezes vencer o prêmio com o N°5.


Em 27 de agosto de 1901, após a tentativa de vencer o prêmio, sofreu um grave acidente com seu dirigível N°5. Houve perda de gás, e o envólucro começou a murchar rapidamente. Ao perceber a gravidade da situação, Santos-Dumont se amarrou à "nacele"(cesto).A cauda desceu muito e se rasgou numa chaminé, provocando uma explosão no ar.

Por instantes ele permaneceu desacordado, e quando voltou a si estava pendurado no alto do Hotel Trocadero. Escalou rapidamente o cordame do dirigível, e auxiliado pelos bombeiros ainda conseguiu recuperar o motor do aparelho.Mais tarde foi intimado pela proprietária do Hotel Trocadero a pagar 150 francos pelos estragos causados por ocasião do acidente.


Em 19 de outubro de 1901, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o N°5) às 14h42min, Santos Dumont partiu com seu dirigível Nº6, com 33 metros de comprimento e 622 metros cúbicos, para circundar a torre Eiffel; após 29min30s o Nº6 encontrava-se sobre o ponto de partida. Com esse feito Santos Dumont provou que o Homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares. Finalmente vence o Prêmio Deutsch.


Cabe ainda ressaltar que o aeronauta doou integralmente seu prêmio; metade (25.000 francos) aos pobres de Paris, auxiliando-os na quitação de suas dívidas em casas de penhores, e devolvendo-lhes suas ferramentas de trabalho e instrumentos musicais. A outra metade destinou aos seus mecânicos e colaboradores. No dia da prova em que conseguiu realizar o percurso e ganhar o prêmio, Paris estava sob mau tempo, o que retirou visibilidade para fotos de longa distância. Santos Dumont fez então com que os cartões postais do feito saíssem com a foto do Nº5.

Em 1902, Dumont iniciou a construção de um novo dirigível, o Nº 7. Projetado para enfrentar a questão da velocidade, o Nº 7 era movido por um motor Clément de 70 cavalos, que acionava duas hélices de cinco metros de diâmetro, uma à proa e uma à ré. O inventor acreditava alcançar 80 quilômetros por hora com o aparelho, o que, segundo ele, permitiria o uso cotidiano dos balões, uma vez que ele estimava uma velocidade dos ventos de no máximo 50 quilômetros por hora. O Nº7 contava com 1.257 metros cúbicos de hidrogênio e o motor era refrigerado a água.
Pulou o N°8 por superstição(quase morreu no mês de Agosto!).

O Nº9 era um pequeno dirigível com 270 metros cúbicos, acionado por um motor de apenas três cavalos, de formato oval, muito estável. Com o Nº9 Dumont realizava evoluções frequentes sobre Paris.

Descia em avenidas, fixava seu dirigível e sentava-se tranquilamente em algum café, buscando demonstrar a exequibilidade do dirigível como meio de transporte. Dumont sentia tanta confiança no aparelho Nº 9 que, em certa ocasião, levou como passageiro o menino Clarkson Potter, e ainda foi neste dirigível que permitiu que outra pessoa dirigisse seu veículo aéreo, a cubana Aida de Acosta, a primeira mulher a pilotar uma aeronave no mundo, que sem nenhuma experiência prévia voou sozinha com o engenho.

Dumont costumava chamar o aparelho Nº7 de “balão de corrida” e o Nº9 de “balão de passeio”(La Balladeuse-A Passeadeira).
Outros dirigíveis também chamaram a atenção. O N°14 foi utilizado para testar o seu famoso 14Bis.

O Nº10, conhecido como "ônibus", era um grande aparelho de 200 metros cúbicos de hidrogênio, que poderia levar quatro ou cinco passageiros em cada barquinha, num total de 20 pessoas.

Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro “ônibus aéreo do futuro”.

Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada militar de 14 de julho, data nacional francesa em comemoração ao 114º aniversário da Queda da Bastilha. Santos Dumont realizou evoluções e parou com seu dirigível Nº9 em frente ao palanque das autoridades e saudou o Presidente da República da França com uma salva de 21 tiros dados com seu revólver. Este é considerado o primeiro desfile aéreo em uma parada militar da história.
Logo depois, Dumont escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração e os seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra,exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão desmontado, atingir um determinado ponto, montar o dirigível e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado.
Santos Dumont acreditava que, durante uma fase inicial, o emprego dos dirigíveis seria, fundamentalmente, de natureza militar. Em 1902, ele afirma que “ainda por algum tempo o dirigível terá seu melhor aproveitamento para operações bélicas, mas em seguida se desenvolverão aplicações mercantis”.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis foram efetivamente utilizados, tendo sido abatidos trinta e dois desses aparelhos. Em 19 de outubro de 1917, uma esquadrilha composta de onze deles rumou para a Inglaterra com a missão de bombardear cidades. Cinco deles foram abatidos pelos ingleses, e os demais voltaram a seus hangares na Alemanha.

O pacto de rendição da Alemanha determinou a entrega de vários aparelhos à França, Inglaterra, Estados Unidos e Bélgica, e proibiu que a Alemanha fabricasse novos dirigíveis. A Primeira Guerra assinala a passagem de uma fase experimental e pioneira, para uma de uso militar sistemático de aeronaves. Depois da guerra, os dirigíveis vieram a ser utilizados em transporte de passageiros à longa distância.

Em 1903, Dumont regressou ao Brasil. Foi recebido com todas as honras.Era uma figura extremamente popular, mas sua estada no país foi breve e logo retornava à Europa, escrevendo então seu primeiro livro, DANS L'AIR, publicado na França e logo vertido para o inglês e publicado na Inglaterra.


Fontes: Cabangu e Vencendo o Azul

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