Visualizações:

Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Carreiras na Aviação

EEAR forma mais 406 especialistas para a Força Aérea
Uma turma composta por 406 novos sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) se formou na última sexta-feira, 27 de novembro de 2020, na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), sediada em Guaratinguetá (SP). O evento, transmitido ao vivo pela TV Brasil, contou com a presença de familiares e amigos dos formandos e uma comitiva liderada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.

No ato, o Presidente foi homenageado e recebeu uma maquete com a representação do “Especialista de Aeronáutica”, um diploma - conferindo-lhe o título de Aluno Especialista Honorário / Controlador de Tráfego Aéreo - e a cópia da sua ficha de inscrição para o concurso de admissão à EEAR realizado no ano de 1972.

Os 406 novos sargentos especialistas foram designados para servirem à Pátria em várias partes do território nacional, em unidades do Comando da Aeronáutica. Encerraram a solenidade entoando a Canção da Despedida e tendo a tropa assumindo um dispositivo retratando o gládio alado, símbolo da Força Aérea Brasileira.

Imagens: reprodução da TV Brasil

domingo, 29 de novembro de 2020

Especial de Domingo

Hoje, um brinde à participação das mulheres na Força Aérea Brasileira, em texto elaborado por Tenente Raquel Alves, Tenente Cristiane dos Santos e Tenente Flávia Rocha do CECOMSAER/FAB.
Boa leitura.
Bom domingo!

O trabalho das mulheres da Força Aérea Brasileira
As mulheres na FAB atuam como Aviadoras, Intendentes, Controladoras de Tráfego Aéreo, Musicistas, Paraquedistas, Médicas, Advogadas, Historiadoras, Educadoras Físicas, entre outros quadros e atividades. Seja nas aeronaves, nas pistas, nos hangares, nas escolas de formação, nos hospitais, nas torres de controle de tráfego aéreo, nas unidades administrativas, nas coberturas jornalísticas, no esporte, entre outras atividades, as mulheres, militares e civis, estão cada vez mais presentes na Força Aérea Brasileira (FAB). São mais de três décadas que oficiais e graduadas acumulam muitas vitórias e fazem história na Aeronáutica. A presença feminina no âmbito da FAB ocorre desde a Segunda Guerra Mundial, quando, em julho de 1944, seis enfermeiras passaram a integrar o Quadro de Enfermeiras da Reserva da Aeronáutica. Elas atuaram no teatro de operações da Itália, como integrantes do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa).

As pioneiras nos anos 80
O ingresso das mulheres na Força, como parte do efetivo, ocorreu a partir dos anos 80. Na ocasião, viu-se a necessidade de ampliar o contingente e, por isso, foram realizados estudos para a inclusão da mulher como militar na Força. As pesquisas culminaram na criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica (CFRA), que constituíram o Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG). A primeira turma de mulheres ingressou na FAB em 1982. Em 1995, o então Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Mauro José Miranda Gandra, deu início aos trâmites para que as mulheres pudessem, pela primeira vez, ser Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).

1996:
ITA e AFA
Em 1996, ingressaram as primeiras Cadetes Intendentes na AFA, que atingiram o posto de Tenente-Coronel em agosto de 2017. Elas poderão chegar até o posto de Major-Brigadeiro, maior patente deste quadro. O ano de 1996 também foi considerado um marco para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pois contemplou o primeiro concurso aberto às mulheres. De um total de 3.800 inscritos, que disputavam as 120 vagas disponíveis, 530 eram candidatas. O ITA já formou 160 mulheres nesses 20 anos, tendo uma média de 8 graduadas por ano.

1998:
Na EEAR
Na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que abrange os ensinos de nível médio e técnico, as mulheres ingressaram em 1998. Dependendo da especialidade escolhida, elas podem alcançar o posto de Coronel.

2003:
Aviadoras
Também na AFA, em 2003, ingressaram as primeiras Cadetes Aviadoras. Atualmente, elas ocupam o posto de Major. As Aviadoras ocupam funções como pilotos de todas as Aviações da FAB e podem chegar ao posto de Tenente-Brigadeiro, o mais alto na hierarquia da Aeronáutica.

2017:
Mulheres na EPCAR
No ano de 2017, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), passou a admitir mulheres em todos os anos do ensino médio em seu Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR). Após três anos de curso, as concluintes se tornaram Cadetes, ingressando na AFA neste ano.

2020:
A primeira no posto de Brigadeiro
O dia 25 de novembro de 2020 entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela primeira vez, uma militar do corpo feminino da FAB foi promovida ao Posto de Oficial-General. A atual Diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, foi escolhida para promoção ao Posto de Brigadeiro, durante reunião do Alto-Comando da Aeronáutica, realizada em Brasília (DF). Natural de Belo Horizonte (MG), a Brigadeiro Médica Carla Lyrio também alcançou outra posição pioneira: foi a primeira mulher a comandar uma Organização Militar da FAB. No dia 16 de janeiro de 2015, a Oficial assumiu o Comando da Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), no Rio de Janeiro (RJ).

Texto: Tenente Raquel Alves, Tenente Cristiane dos Santos e Tenente Flávia Rocha / CECOMSAER

Fonte: FAB

sábado, 28 de novembro de 2020

Aviação Naval

Navio Atlântico passa à condição de navio-aeródromo
A Marinha do Brasil, pela Portaria nº 328/MB de 12 de novembro de 2020, alterou a denominação do Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) “Atlântico” para Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (NAM “Atlântico”).

Alteração
Segundo a Marinha, tal alteração do tipo de navio deve-se ao fato do NAM Atlântico possuir a capacidade de operar em seu convés de voo (convoo) com aeronaves remotamente pilotadas (RPA) e com aviões turboélice de pouso vertical.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Aeronaves

FAB recebe o último caça F-5 modernizado
A aeronave F-5FM 4810 recém-modernizada pela Embraer foi liberada para operar no Esquadrão Pampa (1º/14º GAV), localizado na Ala 3, em Canoas (RS), após completar o processo de recebimento em Gavião Peixoto (SP). A aeronave F-5 na versão biposto, de matrícula 4810, completou o programa de modernização, sendo esta a última aeronave do projeto F-5FM entregue para a Força Aérea Brasileira (FAB). Durante o processo de recebimento, militares da Subdivisão de Controle do PAMA SP cumpriram inspeções visuais e ensaios de solo, cuja finalidade foi a verificação do correto funcionamento dos sistemas embarcados no ensaio de pista. Posteriormente, a aeronave foi liberada para o voo que foi realizado por um piloto de teste e dois engenheiros do Instituto de Pesquisas e Ensaio em Voo (IPEV).

Frota de F-5 da FAB
Com a finalização dos ensaios previstos, foi possível concluir o processo de recebimento da aeronave e entrega ao Esquadrão Pampa. O translado terrestre foi realizado sob a responsabilidade do PAMA SP até a Base Aérea de São Paulo (BASP). Já no dia 21 de novembro de 2020, a aeronave decolou rumo a ALA 3, em Canoas (RS), sede do Esquadrão. Com a entrega da última das 49 aeronaves modernizadas, toda a frota de F-5 do Brasil passou a contar com aviônicos e armamentos de última geração. Essa tecnologia avançada, associada a uma plataforma aérea confiável e de alta performance, possibilitará uma maior eficiência na missão de defesa do espaço aéreo brasileiro, garantindo a soberania nos céus do Brasil. O F-5 é um caça supersônico ágil, altamente manobrável e confiável, combinando design aerodinâmico avançado e ótima relação empuxo/peso fornecida pelos dois motores J85 fabricados pela General Electric.

Fonte: FAB

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Carreiras na Aviação

A primeira mulher Oficial-General da FAB:
Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins 
O dia 25 de novembro de 2020 entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela primeira vez, uma militar do corpo feminino da FAB foi promovida ao Posto de Oficial-General da FAB. A atual Diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, foi escolhida para promoção ao Posto de Brigadeiro, durante reunião do Alto-Comando da Aeronáutica, realizada em Brasília (DF). Natural de Belo Horizonte (MG), a Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins também alcançou outra posição pioneira: foi a primeira mulher a comandar uma Organização Militar da FAB, no dia 16 de janeiro de 2015, quando a Oficial recebeu o Comando da Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), localizada no Rio de Janeiro (RJ).

Realização profissional
Sobre a nova posição de destaque, a Oficial-General da Força Aérea expressou o significado desse momento: “O Alto-Comando da Aeronáutica escolheu os novos Oficiais-Generais médicos da nossa Instituição e eu tive o privilégio de compor essa honrosa relação, ocupando, ainda, a posição de primeira mulher a ascender a esse cargo”, pontuou. Em outras palavras, é traduzida um pouco da emoção com a conquista: “A alegria pessoal, a honra por ter sido escolhida, a realização profissional e o orgulho de pertencer à Força se misturam em uma explosão de sentimentos”, conta a Brigadeiro Carla Lyrio. Segundo a militar, chegar ao Posto de Brigadeiro trata-se da apresentação de uma nova fase, que trará maiores responsabilidades. “É um encargo para o qual me preparei ao longo de 30 anos de trabalho árduo, com comprometimento e com dedicação”, destaca.

Cumprimento da missão
Como o profissionalismo é um dos Valores do Comando da Aeronáutica, em um importante momento de ascensão, tal componente não poderia ficar de fora. “Compartilho esta conquista com os profissionais que trabalham e que trabalharam comigo nas Organizações Militares onde servi”, agradece a Oficial-General promovida. Sobre o que espera para os próximos anos da sua carreira, a militar pontua que a sua motivação ganhou mais um impulso no cenário da FAB. “Espero contribuir ainda mais para o bom desempenho do Sistema de Saúde e, com isso, fortalecer o sucesso no cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira!”, finaliza.

Carreira
A Brigadeiro Carla Lyrio ingressou na Força Aérea em 1990 e foi promovida ao Posto de Coronel em agosto de 2014. É especialista em Medicina Aeroespacial, Hematologia e Hemoterapia, e possui Pós-Graduação em Vigilância Sanitária e Epidemiológica e em Desenvolvimento Gerencial na Gestão de Serviços de Saúde. Atuou como Médica do 1º/10º GAV - Esquadrão Poker, em Santa Maria (RS); e integrou o corpo clínico do Esquadrão de Saúde da Academia da Força Aérea (AFA), da Base Aérea de Fortaleza, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG).

Fonte: FAB

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Tecnologia

Empresas do Brasil e Estados Unidos se unem para produzir avião elétrico
As empresas Akaer e a Equatorial Sistemas estabeleceram um acordo com a Oxis Energy, a Texas Aircraft e a WEG para, conjuntamente, desenvolver uma versão elétrica da aeronave Colt 100, fabricada pela Texas Aircraft.

Colt 100
O Colt 100 é uma aeronave de quatro lugares de asa alta desenvolvida no Brasil, impulsionada por um motor BRP-Rotax, modelo 912 ULS de 100 HP. Ela é parcialmente produzida em Campinas (SP) e tem a montagem final realizada nos EUA, onde concentra-se um grande mercado para este tipo de aeronave. A aeronave está certificada na categoria Esportiva Leve Especial e tem se mostrado um grande sucesso de vendas.

Versão elétrica
O projeto da nova aeronave elétrica busca utilizar a mesma plataforma do Colt, que terá seu sistema de propulsão substituído por um sistema propulsivo elétrico a ser fornecido pela WEG. A energia será armazenada em um conjunto de baterias modulares que utilizarão células avançadas de Lítio – Enxofre (Li-S). As células de Lítio-Enxofre possuem benefícios devido à sua densidade de energia muito alta e baixo custo de fabricação em grandes volumes. A nova bateria é capaz de atingir a energia específica (Wh/kg) requerida para que a primeira versão elétrica do Colt 100 alcance uma autonomia maior que 90 minutos.

Bateria
As células de bateria a base de Lítio-Enxofre serão fornecidas pela Oxis Energy do Brasil, localizada em Juiz de Fora (MG). A fábrica terá condições de fornecer as células de baterias em escala industrial já em 2021.

Saiba mais: www.akaer.com.br

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Espaço

Agência Espacial Brasileira passa a integrar a Global Spaceport Alliance
A Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), passa a fazer parte da Global Spaceport Alliance (GSA), grupo responsável por discutir questões associadas aos centros de lançamentos espaciais existentes no mundo. A GSA foi formada em 2015 para atender às necessidades do crescente mercado de comércio espacial global e fornece às partes interessadas dos espaçoportos informações para desenvolver, financiar, construir e operar suas instalações e integrá-las à rede global de portos espaciais em desenvolvimento.

Alcântara
O diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da AEB, Paulo Vasconcellos, representou a AEB no evento Commercial Spaceport Summit, realizado entre os dias 10 e 12 de novembro de 2020. O objetivo foi apresentar o Centro Espacial de Alcântara (CEA) e discutir o futuro do mercado de lançamentos espaciais.

Fonte: AEB

Amazônia

Pilotos da FAB treinam para pousar em pistas curtas da Amazônia
Os Esquadrões de Transporte Aéreo Tracajá (1º ETA) e Cobra (7º ETA), localizados, respectivamente, na Ala 9, em Belém (PA), e na Ala 8, em Manaus (AM), concluíram, no dia 10 de novembro de 2020, o Exercício Técnico (EXTEC) Pista Crítica – Fase 2. O treinamento iniciado no dia 4 de novembro, foi sediado no Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira (DESTAE-UA), Organização Militar da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada no extremo norte do Brasil. O Exercício foi um complemento da primeira etapa, realizada em Boa Vista (RR) durante o mês de julho, totalizando mais de 800 treinamentos de pouso curto. Cerca de 60 tripulantes, entre pilotos e mecânicos de voo, receberam instruções e adestramento, de forma a manter a operacionalidade na aeronave C-98 Caravan para pousos e decolagens nas pistas de Bonfim, Normandia, Surucucu, Uiramutã, Maturacá, Querari, Tunuí e Pari-Cachoeira, todas localizadas em Pelotões Especiais de Fronteiras do Exército Brasileiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Tecnologia

Embraer faz parceria com a EDP no projeto de avião elétrico
A Embraer e a EDP, empresa que atua no setor elétrico brasileiro, firmaram parceria, no dia 20 de novembro de 2020, para a pesquisa do avião elétrico. Por meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem portuguesa anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica, que utiliza um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes. O protótipo que já está em desenvolvimento tem o primeiro voo previsto para 2021.

Energia e recarga
O investimento faz parte do acordo de cooperação que as duas empresas assinaram para avançar no conhecimento de tecnologias de armazenamento de energia e recarga de baterias para a aviação – um dos principais desafios do projeto. A parceria permitirá investigar a aplicabilidade de baterias de alta tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de operação.

Saiba mais: Blog do NINJA de 29/08/2019  e de 25/12/2019  

domingo, 22 de novembro de 2020

Especial de Domingo

Sempre é tempo de lembrar de uma das maiores lendas da aviação brasileira. Aquele que por mais tempo voou na Esquadrilha da Fumaça, sinônimo de idealismo e amor à Instituição, o saudoso Coronel Antônio Arthur Braga. Junto com seu T-6, conquistou a admiração de todos e seus voos inspiram, ainda hoje, gerações de pilotos. O NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação - reverencia a memória deste ícone reunindo, no Especial de Domingo de hoje, duas matérias já divulgadas neste blog: a primeira é uma especial publicação do Aeromagia, de 20/10/14. A segunda foi publicada na edição de 21 de abril de 1985, no jornal O Diário, de Ribeirão Preto, a partir de uma entrevista exclusiva durante participação em um show aéreo naquela cidade. Mostramos, também, algumas fotos de nosso T-2M, um avião para estudos utilizados na sede do NINJA, no Colégio Dominique, em Ubatuba-SP, pintado nas cores do antigo padrão da Esquadrilha da Fumaça.
Antônio Arthur Braga nasceu em Cruzeiro, SP, em 03 de fevereiro de 1932 e, aos 71 anos de idade, em 08 de dezembro de 2003, voou para a eternidade.
Boa leitura.
Bom domingo!

Texto Aeromagia:
Na Austrália, uma homenagem à Esquadrilha da Fumaça

Por Raphael Lopes Pinto Brescia
Aeromagia em Clássicos, Velhas Águias, Warbirds, 20/10/14

Toda comunidade possui suas lendas, seus mitos. Na aviação, não é diferente. Cada aeroclube, aeroporto regional, ou cidade do interior possui os seus. No Brasil, alguns (poucos) nomes vencem os bairrismos e divisas regionais e se tornam mitos nacionais. Do Oiapoque ao Chuí, seus feitos e suas histórias são relembrados em papos de hangar. Na comunidade acrobática brasileira, um desses mitos é o Coronel Aviador Antônio Arthur Braga, carinhosamente apelidado de “Chefe” pelos que tiveram o privilégio de sua amizade. O Coronel Braga foi integrante Esquadrilha da Fumaça por dezessete anos, cinco dos quais como comandante. Durante esta trajetória, fez uma parceria de sucesso com o North American T-6, ao ponto dos amigos brincarem que o avião sem ele estaria “indisponível por falta de peça”. Após sua saída da Força Aérea, foi presenteado pelos amigos com um exemplar do T-6, matriculado PT-TRB, aeronave com a qual se apresentou por vários anos em shows aéreos pelo Brasil. Seu T-6 particular ostentava o último esquema de cores utilizado pelos T-6 da Esquadrilha da Fumaça, sendo omitidas as marcações oficiais, cuja utilização no Brasil é restrita a aeronaves militares. As aventuras do Coronel Braga com o TRB renderiam por si só uma reportagem de várias páginas. Esta breve introdução foi somente para familiarizar o leitor com o que vem a seguir. 

Voltemos no tempo três ou quatro anos. Realizando uma pesquisa na internet por uma foto da Esquadrilha da Fumaça na época do T-6, me deparo com duas fotos de excelente qualidade em cores. É raro achar fotos assim daquela época. Abaixo do canopi, o nome do piloto: Major Braga. O avião está com as marcações da Esquadrilha da Fumaça e da FAB, portanto, não é uma foto do PT-TRB, a aeronave pessoal do Coronel Braga. Poderia ser uma aeronave de museu, mas não dei muita importância aos detalhes e continuei a busca por imagens antigas da esquadrilha.


De volta a 2014, primeiro semestre. Em um grupo dedicado à aviação clássica brasileira em uma rede social, uma das fotos ressurge. Agora com um pouco mais de informação, me dou conta que a foto é de um T-6 registrado na Austrália com a matrícula VH-AYO. Surpreendentemente, um T-6 do outro lado do mundo ostenta as marcações completas da nossa Esquadrilha da Fumaça. Após pesquisas de vários usuários, descobre-se que o avião está baseado num aeroporto regional próximo à cidade de Perth, na costa oeste da Austrália. As pesquisas porém não trazem nenhuma informação sobre os motivos que levaram o dono a pintar o avião com as cores da Fumaça. Após alguns dias, o assunto esfria, e cai no esquecimento. Os meses se passam, e uma dessas felizes coincidências da vida me coloca na proa de Perth. Oportunidade única de tentar conhecer a história desse avião! Após muitos emails e alguns telefonemas, consigo os contatos do primeiro dono do avião – que foi o responsável por sua reforma e pintura – e também do dono atual. Dois telefonemas e fica agendada uma visita em um fim de semana. O aeroporto de Jandakot fica a 20km do centro da cidade de Perth. É um movimentado aeroporto regional, dedicado à aviação geral, e que abriga escolas de aviação, hangares particulares e empresas de manutenção. Uma dessas empresas é a primeira parada. A Panama Jacks é uma empresa especializada na manutenção e restauração de aeronaves, com vários clássicos em seu histórico, como Boeing Stearmans, Hawker Sea Fury e North American P-51D Mustang. A empresa é dirigida por Rob Poynton, um simpático senhor que é fã de acrobacia aérea, e que representou a Austrália em dois campeonatos mundiais. Rob foi o responsável pela aquisição e restauração do T-6 VH-AYO. Esse T-6, aliás, foi o primeiro projeto da Panama Jacks, e foi o avião pessoal de Rob por 4 anos, até a venda para o atual dono.


O T-6 VH-AYO é um AT-6C (Harvard Mk2A) produzido pela North American em 1943, com o número de construção c/n 88-13187. Originalmente construído com o serial militar do Estados Unidos 41-33714, foi destinado à Força Aérea Inglesa (RAF) através do programa Lend-Lease, e repassado à Força Aérea Neozelandesa (RNZAF). Iniciou seus serviços em junho de 1943 como aeronave de instrução, sendo convertido na década de 50 para a versão Mk2A*, com sistema elétrico de 24V. Permaneceu na ativa até 1962, quando foi então retirado de serviço. Ficou armazenado por vários anos, até ser comprado pelo senhor Rob Poynton em 1985.


Rob explica que sempre gostou de aeronaves com esquemas de pinturas incomuns, desde que estes esquemas tenham sido de fato operacionais. Após comprar o T-6, ele passou a pesquisar por pinturas de T-6 ao redor do mundo. Em uma dessas buscas, se deparou com o perfil de um T-6 da nossa Esquadrilha da Fumaça em uma revista de aeromodelismo. Decidiu que esta seria a pintura do VH-AYO, após a restauração. Entrou em contato com a embaixada brasileira, e conseguiu autorização para que o avião ostentasse todas as marcações originais: o cocar da FAB, a bolacha da Fumaça, os escritos, etc. Mas o T-6 que Rob havia visto na revista não era um T-6 usual da Fumaça. Era um T-6 ostentando as marcações de um certo Major Aviador Braga, quando ele era líder da Esquadrilha. Rob conseguiu os contatos do Coronel Braga, e obteve dele a autorização para utilizar suas marcações pessoais. Produziu um esquemático e enviou para o Brasil, onde o Coronel Braga fez as correções necessárias para que o avião de Rob fosse o mais fiel possível ao avião original.



O VH-AYO voou pela primeira vez após a restauração em 11 de Julho de 1992, e foi utilizado por Rob em encontros e shows aéreos por vários anos. O avião sempre atraiu a atenção do público, por conta de sua pintura pouco usual.


A Panama Jacks foi crescendo, Rob foi buscando novos projetos, e decidiu então vender o T-6. O comprador acabou sendo um vizinho do aeroporto. O senhor Douglas Brooks – ou Doug, como ele prefere ser chamado – um empresário do ramo de maquinário, acabou se tornando o proprietário do VH-AYO em 1996. Voou com ele por 10 anos e, em suas palavras, “tive minha cota de diversão”. Os negócios acabaram afastando Doug das aeronaves de asa fixa, e hoje ele têm voado apenas helicópteros. Mas o VH-AYO continha guardado em um dos hangares de Jandakot. E essa foi a segunda parada. Doug abre seu hangar e revela o T-6. Empoeirado, é verdade, mas imponente como um T-6 sabe ser. O avião está inteiro. Na gíria aeronáutica, “parou voando”. As inspeções de manutenção estão vencidas, mas o AYO aparenta estar em bom estado. Não parece ser difícil colocá-lo em condições de voo novamente. Encontramos o logbook e verificamos que o último voo foi feito em novembro de 2007. O avião tem 1659 horas totais, provavelmente um dos T-6 menos voados do mundo. Doug abre o canopi e revela que tudo está no mesmo lugar que ele deixou após o último voo, há 7 anos atrás. É tomado por uma onda de saudosismo e revela que ainda se lembra de todos os procedimentos. “Você teve muito trabalho para me encontrar não é? Vejo que esse avião realmente tem um significado para você. É uma pena que ele não esteja voando. Seria um prazer te levar pra um voo”.


Se por um lado foi uma pena o avião não estar voando, por outro foi uma satisfação grande poder saber um pouco de sua história. E conhecendo essa história, percebo que o Coronel Braga realmente era um mito. Não fosse por ele e sua parceria incrível com o T-6, a revista de aeromodelismo não teria reproduzido em suas páginas uma pintura da nossa Esquadrilha da Fumaça. Se não fosse por ele, não teríamos do outro lado do mundo uma pequena lembrança do Brasil.
Fonte: Aeromagia


Na sede do NINJA, "FUMAÇA, JÁ!!!"
O Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA - tem no acervo uma aeronave experimental para dar suporte às atividades pedagógicas proporcionadas em suas oficinas.

O avião Teenie Two Modificado exibe pintura que homenageia a Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira, com o padrão de cores do Esquadrão de Demonstração Aérea, relativo à época, até 1976, em que empregava a aeronave T-Meia.

É utilizado por crianças e jovens como um instrumento para fixação de conteúdos, experiências sensoriais, simulações, diversão e conhecimento, tendo em vista que apresenta aspectos culturais e também é um monumento.


Texto O Diário:
Braga e seu T-6, uma lenda de acrobacias aéreas

Texto: Cesar Rodrigues
Fotos: Ferrari
Jornal O Diário, Ribeirão Preto, 21/04/1985


Na aviação, vários nomes, como o de Alberto Bertelli, viraram lenda. Uma continua despertando a atenção dos mais antigos e o interesse dos mais jovens, que admiram o ofício de voar. Toda vez que ele chega, cresce a expectativa por um instante de demonstração de perícia, habilidade, coragem. É "coronel Braga", como é conhecido Antônio Arthur Braga, 53 anos; oficial da reserva da Força Aérea Brasileira. Mesmo deixando a Aeronáutica, sua fama não caiu. Afinal, ele foi o comandante da Esquadrilha da Fumaça, uma equipe de aviadores que cruzava o Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste, fazendo exibições em grandes cidades ou então numa cidadezinha do interior, pousando em pistas empoeiradas. Neste final de semana ele se exibiu com o seu velho e inseparável T-6 (tê-meia) na festa do Aeroclube de Ribeirão Preto e mostrou que está em forma, enquanto outros compõem a nova "Fumaça", agora equipada com os Tucanos da Embraer.

11 MIL HORAS DE VOO

Braga nasceu em Cruzeiro, uma cidade paulista no médio Vale do Paraíba, em 1932. No ano de 1950 entrou para a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro. Em janeiro de 1960 passava a integrar a Esquadrilha da Fumaça, equipada com os aviões T-6, fabricados na década de 40, nos Estados Unidos. Já em 65, no posto de capitão, assumia o comando da "Fumaça". Paralelamente, fez o curso de bimotor em Natal e foi instrutor de voo por sete anos. "A Esquadrilha da Fumaça é o cartão de visitas da FAB - orgulha-se em dizer - e o melhor veículo de relações públicas. O contato com o povo é muito importante. Das minhas 11 mil horas de voo, 9 mil são com o T-6 da Fumaça, que foi desativada temporariamente em 1977 e agora retoma com o avião Tucano."

PROEZAS

No final do ano passado, a nova Esquadrilha da Fumaça efetuou uma proeza. Com o avião Tucano, monomotor, atravessou o Oceano Atlântico, numa autêntica aventura, e foi fazer acrobacias na Europa, inclusive na Inglaterra, que acaba de fechar contrato de registro na história aeronáutica brasileira. Mas se a nova Fumaça faz proeza, a antiga não deixava por menos. "Em 1971 - recorda Braga - fomos até a Guatemala, em 20 horas de voo e efetuamos várias demonstrações. Também estivemos no Panamá, na Bolívia e na Venezuela. Na Fumaça, além da obrigação normal do piloto, ele tinha que gostar e por isso faziam bem."

"SE NÃO VOO, SONHO COM AVlÃO"

Braga completou 1080 apresentações na Esquadrilha da Fumaça. Em 82, deixou a ativa e com o velho T-6, que acabou desativado na FAB, mas adquirido através de leilão de materiais velhos, continuou voando e fez mais 50 apresentações. E, para dar manutenção à velha máquina, ele conta com a colaboração de especialistas dos Campos dos Afonsos, gente contemporânea desse equipamento. Seu único acidente aconteceu em 2 de fevereiro de 1976. Ele ia de Itú para o Rio e quando chegou sobre Madureira, voando baixo (2 mil pés - 600 metros), um pedaço da hélice partiu. O avião começou a trepidar e ele se desamarrou para saltar de paraquedas. Numa fração de segundos, viu que o avião cairia sobre casas e resolveu tentar pousar em um loteamento, cheio de ondulações. Quando tocou o chão, sem estar amarrado, foi de encontro ao painel, fraturou o nariz e o malar e o avião ficou destroçado. "Quando passo dois meses sem voar - confidencia Braga - passo a sonhar com avião. A Esquadrilha da Fumaça era minha paixão, a outra, o T-6. Não consigo largar dele. Enquanto puder e ele aguentar, ficamos voando”, confidencia Braga, que se "distrai" voando rasante com um avião agrícola, pulverizando lavouras numa fazenda da região de Ribeirão Preto. No final de sua apresentação no domingo passado, no aeroporto Leite Lopes, a observação de um admirador: "Você está igual a vinho. Quanto mais velho, melhor."

sábado, 21 de novembro de 2020

AFA 80 anos

Aviões com pintura especial marcam os 80 anos da Academia da Força Aérea
A Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), realizou, no dia 20 de novembro de 2020, o lançamento das atividades alusivas aos seus 80 anos, com a apresentação da pintura comemorativa em uma aeronave T-25 Universal e em uma aeronave T-27 Tucano, utilizadas na instrução dos Cadetes Aviadores do primeiro e do quarto ano, respectivamente. A atividade marca o início das celebrações das oito décadas da AFA, que ocorrerão efetivamente em 25 de março de 2021. Assim, um dos principais expoentes da AFA, ou seja, suas aeronaves de instrução, atuarão como vetores na divulgação da data magna. Dois tipos diferentes de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) receberam o mesmo estilo de pintura comemorativa. Estiveram presentes o Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Ramiro Kirsch Pinheiro, e Oficiais Superiores que compõem a cadeia de comando das Unidades sediadas na Guarnição de Aeronáutica de Pirassununga (GUARNAE YS).

Pintura
O responsável pelo desenvolvimento da arte da pintura foi o publicitário Carlos Alexandre Gomes Guedes, que fez menção às antigas aeronaves de instrução, com a fuselagem cinza e as asas na cor laranja. Já a empenagem recebeu um toque de modernidade, com a combinação das cores da Bandeira Nacional e um logotipo que faz menção aos 80 anos. No topo do estabilizador vertical aparece uma formação com nove aeronaves, que são todos os tipos utilizados durante a história da instrução aérea na AFA. A pintura das aeronaves foi realizada no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS). Leiautes diferentes, com cores de tintas não usuais que foram pintadas em duas aeronaves distintas, cada uma com suas características singulares, tornaram a atividade desafiadora. “A equipe de pintura do PAMA LS, pela sua vasta experiência, prontamente assumiu a missão, encarando-a como uma inspiração. Utilizamos novos materiais, aprendemos novas técnicas de pintura e otimizamos processos, o que fez com que esta missão, além de grandiosa pelo seu significado, pudesse ser também uma oportunidade de aprendizado e aperfeiçoamento profissional. Todos os esforços realizados pelo nosso efetivo foram em prol da conclusão desta missão com qualidade e trabalho em equipe”, explica a Chefe da Subseção de Pintura do PAMA LS, Tenente Engenheira Química Natalie Cristine Guimarães.

As aeronaves com pintura comemorativa serão inseridas normalmente nas atividades de instrução aérea aos Cadetes Aviadores. “O evento de hoje dá início às comemorações dos 80 anos da AFA, e as pinturas comemorativas em nossas aeronaves ajudarão a divulgar por todo País esta relevante data para o Ninho das Águias”, afirmou o Brigadeiro Ramiro em seu discurso.

Formação: dois bacharelados
A formação dos Cadetes da AFA tem duração de quatro anos. Ao concluir o curso, os jovens recebem diplomas de bacharéis em Administração com ênfase em Administração Pública e bacharéis de acordo com o quadro escolhido: Ciências Aeronáuticas com habilitação em Aviação Militar, para os Oficiais Aviadores; Ciências da Logística com habilitação em Intendência da Aeronáutica, para os Oficiais Intendentes; e Ciências Militares com habilitação em Infantaria da Aeronáutica, para os Oficiais de Infantaria. Os Aviadores são preparados para a pilotagem militar, sendo fomentado o desenvolvimento do espírito combativo; os Intendentes, ao desempenho de atividades administrativas e logísticas das Organizações Militares da FAB; e os de Infantaria para defesa de pessoal e instalações, com foco em operações especiais, emprego de tropa, autodefesa e defesa antiaérea.

Fotos: Sargento Gaedke / AFA

Fonte: FAB

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Aeroportos

Avançam os trâmites para privatizar 22 aeroportos
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, informou, no dia 17 de novembro de 2020, que teve uma reunião final com a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a concessão de 22 aeroportos, sem propostas de determinações ao plenário. Em mensagem no Twitter, o ministro disse que a reunião “mostra o esforço e a maturidade na estruturação dos projetos de concessão e que possibilitará leilão no primeiro semestre de 2021”. Ainda na rede social, Tarcísio acrescentou: “Cabe louvar a atuação do TCU nos processos de desestatização.” E acrescentou: “Temos tido diálogo profissional, contribuições relevantes, engajamento, sugestões de aprimoramentos, ousadia e senso de urgência, que possibilitarão que o maior programa de concessões da história aconteça.”

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Datas Especiais

19 de novembro:
Dia da Bandeira Nacional
Em 19 de novembro é comemorado o Dia da Bandeira Nacional. É um dos símbolos oficiais da Nação, assim como o Brasão da República,  o Hino  Nacional e o  Selo  Nacional.  É costume dizer que o avião conduz mais alto a Bandeira do Brasil. De fato, a maioria das empresas aéreas que fazem voos internacionais, ostenta, nas fuselagens de seus aviões, o desenho da bandeira de seus países-sede. Na prática, a maior altura a que chegou um exemplar desse símbolo nacional foi em março de 2006, quando o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, levou consigo para o espaço uma bandeira do país, exibida a bordo da Estação Espacial Internacional, a 408 quilômetros de altura.

No Brasil, a Bandeira Nacional inspira o atual padrão de pintura das aeronaves A-29 Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça, o Esquadrão de Demonstrações Aéreas da Força Aérea Brasileira.

Em épocas especiais, empresas aéreas, empregam a mesma temática em alguns de seus aviões. Durante shows aéreos também é possível ver apresentações de equipes de paraquedismo, com os saltadores trazendo o pavilhão nacional.


Compromisso
Para os brasileiros que optam por carreiras na aviação militar, tanto na Força Aérea, quanto na Aviação do Exército ou na Aviação Naval, a exemplo dos integrantes de outros setores militares, existe um ritual de passagem no início de suas jornadas, quando fazem um juramento perante a Bandeira Nacional, afirmando dedicarem-se inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade e Instituições, defenderão com o sacrifício da própria vida. Neste ato, um ou uma oficial, na função de porta-bandeira, apresenta o Pavilhão Nacional para o juramento. Enquanto a Bandeira é deslocada para um ponto específico no dispositivo, na Força Aérea, conforme um documento que rege o assunto, o narrador da solenidade proclama: “Aproxima-se, em passo cadenciado de solene ritual cívico, a Bandeira Nacional. Para assumir posição de destaque no ato que daqui a instantes será realizado. O pavilhão nacional encerra, no conteúdo grandioso de sua simbologia, a própria alma da nacionalidade, vibrante e esperançosa em toda a condensação histórica do passado de glória em que nos louvamos e em todo o vislumbre otimista do futuro do Brasil que almejamos”. E arremata solicitando às pessoas presentes: “Concitamos, pois, todos os presentes para que, neste momento, adotem a mais respeitosa atitude reverencial, pois é a própria Nação Brasileira que, representada no magno símbolo, toma o seu lugar de honra frente à tropa”.

Estrelas
A Bandeira Nacional do Brasil foi instituída em 19 de novembro de 1889, pelo Decreto número 4. Os Estados da Federação são representados por estrelas. Projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, foi inspirada na antiga Bandeira do Império desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, sendo que a esfera azul-celeste e a divisa com a inscrição "Ordem e Progresso" está no lugar da Coroa Imperial. Em cumprimento ao Artigo 12 da Lei Nº 5.700, de 1 de setembro e 1971, “a Bandeira Nacional estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda do povo brasileiro”.

Fotos: Esquadrilha da Fumaça e paraquedista (por Anderson Marquini, da Associação dos Veteranos Fuzileiros Navais); Aeronave (Azul Linhas Aéreas).

Porta-Bandeira: Tenente Zilmara Cordeiro (oficial da Força Aérea Brasileira).