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Voar é um desejo que começa em criança!

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Formação

Últimos dias de inscrição para a Pós-Graduação do ITA
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), está com inscrições abertas para os cursos de Mestrado e Doutorado Acadêmico. Os interessados podem se inscrever gratuitamente até o dia 05/05, por meio do site oficial da instituição. As vagas estão distribuídas em seis programas de pós-graduação, com opções de dedicação integral ou parcial. Para participar do processo seletivo, é necessário apresentar documentos como cópia do diploma de graduação ou uma declaração de conclusão de curso — desde que a data final esteja dentro do prazo de matrícula — além de histórico escolar e uma proposta preliminar de pesquisa. A lista completa dos documentos exigidos está disponível no portal do ITA. As candidaturas estão abertas a civis e militares, brasileiros ou estrangeiros. A seleção inclui uma prova de matemática básica, que será aplicada on-line no dia 19/05. O exame contará com 16 questões, todas com enunciado em inglês. Candidatos ao mestrado também realizarão uma avaliação de conhecimentos básicos da língua inglesa. Já os inscritos no doutorado com dedicação integral deverão apresentar, no momento da matrícula, certificados de proficiência no idioma. Os programas com vagas abertas são:

Engenharia Mecânica e Aeronáutica (PG/EAM);
Engenharia Eletrônica e Computação (PG/EEC);
Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica (PG/EIA);
Física (PG/FIS);
Ciências e Tecnologias Espaciais (PG/CTE), em associação com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Instituto de Estudos Avançados (IEAv);
Pesquisa Operacional (PG/PO), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O resultado com os aprovados será divulgado no site do ITA a partir do dia 23/06. “A excelência do ITA na formação de engenheiros se estende à Pós-Graduação, que ao longo dos anos formou milhares de profissionais atuantes em diversos setores da sociedade, em áreas estratégicas ligadas ao setor aeroespacial. Esta é uma excelente oportunidade de aprofundamento profissional por meio da atuação em projetos de pesquisa e desenvolvimento de alto nível, com impacto internacional”, destacou o Pró-Reitor de Pós-Graduação do Instituto, Professor Doutor André Valdetaro Gomes Cavalieri.

Vestibular 2026: datas definidas
O ITA também divulgou o cronograma do processo seletivo para ingresso na graduação em 2026. As inscrições para o vestibular deverão ser realizadas entre os dias 02/06 e 11/07. Candidatos que desejarem solicitar isenção da taxa de inscrição deverão protocolar o pedido entre os dias 23/04 e 19/05, pelo site oficial do vestibular. O resultado dos pedidos de isenção será divulgado no dia 30/05, também pela internet. Assim como em edições anteriores, o vestibular será realizado em duas etapas. A primeira fase acontecerá no domingo, 05/10, das 13h às 18h. A segunda fase será aplicada entre os dias 28 e 31/10, de terça a sexta-feira, das 13h às 17h. O ITA oferece atualmente seis cursos de graduação em Engenharia:

Engenharia Aeronáutica,
Engenharia Eletrônica,
Engenharia Mecânica-Aeronáutica,
Engenharia Civil-Aeronáutica,
Engenharia de Computação e
Engenharia Aeroespacial.

A partir de 2027, dois novos cursos serão implantados no campus de Fortaleza (CE):
Engenharia de Sistemas e Engenharia de Energia.

Fonte: ITA

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Embraer

Embraer leva avião agrícola Ipanema 203 para a Agrishow
A Embraer expõe durante a 30ª Agrishow, evento de 28 de abril a 02 de maio, em Ribeirão Preto (SP), a aeronave pulverizadora líder em vendas no mercado de aviação agrícola no Brasil, o Ipanema 203. Com mais de 180 unidades comercializadas nos últimos três anos, o avião segue na preferência do produtor rural. “A Agrishow, uma das maiores feiras agrícolas no mundo e a maior feira agropecuária do Brasil, é uma ótima oportunidade para os produtores que buscam soluções que entreguem maior produtividade e menor custo para suas culturas. E, na aviação agrícola, o Ipanema 203 movido a etanol é um forte aliado para estas necessidades”, afirma Sany Onofre, líder da Aviação Agrícola da Embraer. Com uma ampla gama de equipamentos opcionais que visam potencializar a produtividade, o Ipanema 203 movido a etanol tem a eficiência equivalente de até quatro pulverizadores terrestres aplicando ao mesmo tempo. A aeronave pulveriza mais de 200 hectares por hora, entregando uma aplicação regular de altíssima qualidade, sem amassar o solo ou disseminar pragas por contato, gerando um resultado para o campo de até 15 sacas a mais por hectare. De acordo com a organização do evento, a Agrishow chega a sua 30ª edição com mais de 800 expositores num espaço de 520 mil metros quadrados, com previsão de mais de 195 mil pessoas visitantes nesta edição.

Fonte: Embraer

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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Datas Especiais

Há 98 anos, a travessia do Atlântico pelo Jahú
Neste 28 de abril de 2025 reproduzimos matéria publicada no jornal Comércio do Jahu, em 2017, que traz entrevista com Cesar Rodrigues da Costa, autor do livro “Vou ali. Já volto: o voo transatlântico do avião Jahú”. A reportagem é de Natalia Gatto Pracucho.


Cesar Rodrigues da Costa é autor da obra “Vou ali. Já volto: o voo transatlântico do avião Jahú”

A primeira travessia em voo do Atlântico Sul por uma tripulação genuinamente brasileira ocorreu em 28 de abril de 1927. O feito foi realizado com a aeronave Jahú, tendo a bordo o comandante jauense João Ribeiro de Barros, o copiloto João Negrão, o navegador Newton Braga e o mecânico Vasco Cinquini. Esta travessia é o tema do livro “Vou ali. Já volto: o voo transatlântico do avião Jahú”, de autoria do jornalista e piloto civil Cesar Rodrigues da Costa.

A obra, didática e voltada para entusiastas de aviação e de história, foi lançada dia 18 de fevereiro de 2017, brindando os 90 anos da travessia na sede do Núcleo Infantojuvenil de Aviação (Ninja), em Ubatuba, no litoral paulista. 

Cesar nunca esteve em Jaú, embora tenha se interessado pelo Município por causa da história do avião. 

O escritor também é autor de “Rumo Verdadeiro: a História da Simulação de Tráfego Aéreo no Brasil” (2010), “Torres de Controle do Brasil” (2013) e “A Aviação em Lorena: Traços Históricos” (2014), entre outras obras.

Comércio do Jahu - Por que decidiu escrever sobre a travessia de João Ribeiro de Barros?

Cesar Rodrigues da Costa - Porque os 90 anos (2017) do voo do avião Jahú é um dos temas a serem abordados nas atividades do Núcleo Infantojuvenil de Aviação (Ninja), apoiado pelo Instituto Salerno-Chieus. Ao ser discutido o assunto preliminarmente, entre os voluntários do núcleo, notou-se uma diversidade de fontes de informação.


Foi aí que nasceu a ideia de reunir as várias citações e facilitar o acesso aos fatos, como mais uma contribuição à preservação da história da espetacular jornada do comandante João Ribeiro de Barros e seus bravos tripulantes do avião Jahú.

Comércio - O que é o Ninja?

Cesar - O Núcleo Infantojuvenil de Aviação (Ninja) é um projeto social em Ubatuba (SP), mantido por voluntários, cujo objetivo é divulgar, gratuitamente, cultura aeronáutica para crianças e jovens, reunindo estudantes de escolas públicas e particulares, despertando vocações, revelando talentos.


A ideia é que aulas de aviação, atividades lúdicas, práticas e teóricas sejam complemento à instrução formal da grade escolar.

Comércio Como será desenvolvido o tema “90 anos do voo do avião Jahú”?

Cesar - O tema ensejará entre os alunos do Ninja, além da apresentação e discussão do livro, concurso de desenhos, palestras, exposição da coleção de objetos sobre a travessia - preparada pelo pesquisador Alexandre Ricardo - e publicações de matérias e entrevistas no blog do núcleo.

Comércio – Qual foi o tempo de pesquisa? Onde encontrou material sobre a travessia de João Ribeiro de Barros?

Cesar - A pesquisa acerca do voo do Jahú vem desde 2014, quando o Ninja promoveu a exposição “Jahú: Influência de uma Época”. A mostra é uma criação de Alexandre Ricardo Baptista, pesquisador e colecionador de itens culturais relativos ao avião e à travessia do Atlântico pelo comandante Ribeiro de Barros.

A partir daí, foram agregadas informações, até dezembro passado, as quais deram origem ao livro. O material sobre o assunto é basicamente composto do próprio avião Jahú, hangarado no, por ora inativo, Museu da TAM, em São Carlos (SP), de referências bibliográficas e do acervo do pesquisador e colecionador de itens sobre o Jahú, Alexandre Ricardo. 

Comércio – De que maneira a obra aborda a travessia?

Cesar - A narrativa da travessia é factual e segue uma linha cronológica. A linguagem é direta, concisa e tende à síntese, a fim de facilitar a apreensão das informações.

É um chamado para que o leitor se interesse pela história da aviação brasileira.

Comércio – Qual a explicação para o título?

Cesar - O jauense João Ribeiro de Barros, ao sair do Brasil em direção à Itália, para adquirir o Savoia-Marchetti S-55, o qual mais tarde seria chamado de Jahú, teria proferido a expressão que se tornou seu lema: “Vou ali. Já volto”, como destacava um jornal da época. O lema era ostentado nos dois botes que formavam a fuselagem do avião.

Com o tempo, as palavras foram apagadas e só foram recuperadas após a restauração do Jahú, já no Museu da TAM, graças ao alerta do pesquisador Alexandre Ricardo, para que os botes voltassem a ter o lema do comandante Ribeiro de Barros.

No lado direito do Jahú está escrito “Vou ali”; no esquerdo, “Já volto”.

Fonte: Comércio do Jahu

Texto: Natalia Gatto Pracucho

Fotos: Blog do NINJA.

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domingo, 27 de abril de 2025

Especial de Domingo

Em agosto de 2014, a sede do NINJA recebeu a exposição "Jahú - Influência de uma época", organizada pelo pesquisador Alexandre Ricardo. Foi mais uma atividade do Núcleo Infantojuvenil de Aviação, empenhado em levar a cultura aeronáutica para crianças e jovens. Confira nas fotos a seguir o entusiasmo da garotada.
Boa leitura.
Bom domingo!

JAHÚ - Influência de uma época
O hidroavião Jahú fez a primeira travessia do Atlântico Sul sem escalas, voando da África (Cabo Verde, cidade Praia) até o Brasil (Fernando de Noronha), no dia 28 de abril de 1927. O voo havia começado seis meses antes em Gênova (Itália) e enfrentou diversos problemas. Depois de Fernando de Noronha, o Jahú foi recebido com festas em Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos até o último pouso na represa de Santo Amaro (Guarapiranga), na cidade de São Paulo, em agosto daquele mesmo ano.

Na exposição "Jahú - Influência de uma época", o pesquisador Alexandre Ricardo retrata a espetacular travessia do Oceano Atlântico com o hidroavião Jahú, em 1927, comandado pelo brasileiro João Ribeiro de Barros.


Mais de 50 itens e curiosidades, além de revistas, filmes e palestras integram a exposição que aconteceu no Colégio Dominique, sede do Núcleo Infantojuvenil de Aviação - NINJA, em Ubatuba-SP.

A promoção foi do Instituto Salerno-Chieus e contou com o apoio cultural da GEASC Auditoria, Aeroclube de Ubatuba, Pousada Manobra e Restaurante Alentejano.

O evento integrou também as comemorações dos 25 anos (2014) da Biblioteca Hans Staden - instituição auxiliar do Colégio Dominique - e para o público infantojuvenil houve sorteio do livro Jahú - Sonho com Asas, de Ivan Jaf, com ilustrações de Ronaldo Barata, da Editora Panda Books.

Enfim, uma atividade cultural para todas as idades. Vale registrar a frase de Alexandre Ricardo, criador da exposição: "Quero deixar uma semente de contribuição com nossa História para que não caia no esquecimento das gerações futuras."

Sem dúvida, uma nobre iniciativa, que permitiu levar a garotada num fascinante voo ao passado.

Saiba mais: Blog do Ninja em 4/5/2014

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sábado, 26 de abril de 2025

Videoteca Ninja

João Ribeiro de Barros
Saiba mais sobre o comandante João Ribeiro de Barros e seu hidroavião Jahú, em conteúdo da UNESP de Araraquara e da USP de Piracicaba, destacando o Museu da cidade de Jaú (SP).

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 18 a 24 de abril
O FAB em Destaque desta sexta-feira (25/04) destaca as comemorações da Reunião da Aviação de Caça realizada na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ). Os eventos realizados valorizam a história, a tradição e o legado que teve início há exatos 80 anos, quando os pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) realizaram 44 missões de guerra em único dia: 22 de abril de 1945. Além disso, os integrantes da Aviação de Caça participaram de palestras e trocas de experiências.

Fonte: FAB

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Conhecimentos Técnicos

Turbina e Motor
Parece até um pouco de utopia, mas falar os termos corretamente ajuda bastante a entender sobre aviação. Por exemplo: aquilo que você vê pendurado nas asas dos aviões NÃO se chama TURBINA. Aquilo é um MOTOR. Turbina é uma peça que fica dentro do motor, logo atrás da câmara de combustão e é responsável por girar os compressores e o fan do motor.

O Boeing 777 tem DOIS motores, e cada motor possui 9 turbinas, 7 de baixa e 2 de alta.

Então, da próxima vez que você ouvir alguém falando que o 747 possui “4 turbinas”, saiba que na realidade o 747 tem 24 turbinas (6 em cada motor). E as quatro "coisas" que ele está vendo embaixo da asa são MOTORES!

Fonte: Lito em www.avioesemusicas.com

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Sentando a Pua!

Histórias de Veteranos da FAB
Na segunda-feira, 21/4/2025, a conversa foi com Jonas Torres, neto do Veterano Torres, piloto com maior número de missões na Campanha da Itália. Confira mais este vídeo do Sentando a Pua, site que desde 2000 vem difundindo na internet a história do Brasil na Segunda Guerra Mundial.


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terça-feira, 22 de abril de 2025

Aviação de Caça

Aviação de Caça da FAB: Força, Raça, Doutrina e Tradição
A Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) completa, em 2025, 80 anos de um feito que marcou a sua história. Nos céus da Itália, em 22 de abril de 1945, o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) realizou a impressionante marca de 44 missões de guerra em um único dia, em um esforço extraordinário: o maior ao longo de toda a campanha da FAB na Segunda Guerra Mundial. São oito décadas de bravura, comprometimento, altruísmo e dedicação à defesa do espaço aéreo nacional. Criada em meio ao cenário da Segunda Guerra Mundial, a Aviação de Caça da FAB tornou-se o pilar da soberania do espaço aéreo nacional. Por meio de preparo e vigília constante, os esquadrões de caça da FAB estão prontos para atuar em diversas situações, que vão desde a interceptação de aeronaves suspeitas, apoio às tropas no solo, reconhecimento estratégico, interdição de objetivos, até missões ofensivas e defensivas em cenários de conflito, regulares ou não. A atuação das tripulações, apoiadas pelas equipes de solo, como especialistas em manutenção, armamentos, controladores de tráfego aéreo, dentro outros, combina tradição, alto grau de preparo e tecnologia de ponta, consolidando o Brasil como referência na América Latina.

Origem de um legado
A história da Aviação de Caça na FAB começou a ser escrita com sangue, suor e coragem durante a Segunda Guerra Mundial. O 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) foi criado em 1943 e, após treinamento no Panamá e nos Estados Unidos, foi enviado ao Teatro de Operações Europeu, mais precisamente na Itália, onde seus pilotos voaram o lendário P-47 Thunderbolt. A atuação desta distinta Unidade foi preponderante para a causa aliada, sobretudo na Ofensiva da Primavera e, pelos seus feitos, a ela foi concecidada a mais alta condecoração das Forças Armadas Americanas: a Presidential Unit Citation, ou Citação Presidencial de Unidade. Além de reconhecimento internacional, seu legado lançou as bases de uma cultura aguerrida e operacional que se mantém viva até hoje.

Esquadrões em prontidão permanente
Atualmente, os 9 esquadrões de Caça da FAB estão espalhados por diferentes regiões estratégicas do país. O Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA – Jaguar), em Anápolis (GO), opera o F-39 Gripen. Atuando com os F-5M Tiger II, o Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAv – Esquadrão Pampa) e o 1º GAVCA também mantém a vigilância do espaço aéreo com essas aeronaves, em Canoas (RS) e Santa Cruz (RJ), respectivamente.
A FAB também conta com os Esquadrões que operam o A-29 Super Tucano: o Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAV – Escorpião), em Boa Vista (RR); o Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAV – Grifo), em Porto Velho (RO); o Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV – Flecha), em Campo Grande (MS); o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV – Joker), em Parnamirim (RN), este responsável pela formação dos novos Pilotos de Caça. Operando aeronaves A-1M em Santa Maria (RS), o Primeiro e o Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV e 3º/10º GAV – Poker e Centauro), são responsáveis pela emprego de armamentos inteligentes, como bombas guiadas por laser, consolidando a doutrina de ataque estratégico, um diferencial tecnológico e dissuasório.

Formação e excelência dos pilotos de caça
A formação de um piloto de caça é rigorosa e exige dedicação máxima. Depois de passar pela Academia da Força Aérea (AFA) e por um rigoroso processo seletivo, o Aspirante-a-Oficial segue para o Curso de Especialização, onde é lapidado e doutrinado a atuar nas diversas missões da Aviação de Caça. É no Esquadrão Joker (2°/5° GAV), na Base Aérea de Natal, que estes futuros Caçadores aprendem a domar o A-29 Super Tucano.

Mais do que combate
Além de elevado preparo teórico e destacada perícia, os pilotos de Caça brasileiros carregam um forte senso de comprometimento, patriotismo e orgulho pela carreira. O profissionalismo desses militares garante que o Brasil mantenha sua capacidade de resposta rápida a qualquer violação do espaço aéreo nacional.

Fonte: FAB

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segunda-feira, 21 de abril de 2025

Eurocontrol

Tráfego aéreo da Europa aumenta 5% no primeiro trimestre de 2025 e alta deve persistir
O tráfego aéreo na Europa, incluindo a bacia do Mediterrâneo, aumentou em 5% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Eurocontrol, a organização responsável pela navegação aérea europeia. O crescimento mais acentuado foi observado no Sudeste Europeu, onde a maioria dos Centros de Controle Regional (CCR) registrou aumentos superiores a 10% em relação a 2024. Essa região enfrentou atrasos significativos na capacidade no verão passado, devido à alta demanda, o que explica o forte aumento deste ano, conforme explica a Eurocontrol. No primeiro trimestre de 2025, o tráfego estava historicamente muito alto, especialmente na área crítica a leste do Adriático, com o CCR em Tirana registrando mais de 80% dos voos em comparação aos níveis pré-pandemia (2019). Skopje e Zagreb apresentaram aumentos de 50% a 60%, enquanto Belgrado e a Macedônia variaram de 35% a 45%. O crescimento no Sul-Oeste da Europa foi impulsionado principalmente pela forte demanda sazonal para as Ilhas Canárias e Marrocos.
Essa tendência continua: as tarifas dos CCRs em Sevilha, Agadir e Casablanca agora aumentaram mais de 25% em relação a 2019. No entanto, os dados da Eurocontrol destacam uma clara e persistente divisão entre o Sul e o Centro/Norte da Europa. Algumas regiões estão crescendo anualmente, mas ainda permanecem abaixo dos níveis de 2019, como os Estados Bálticos, Polônia e Israel. Um caso particular que merece destaque é a diminuição do tráfego no CCR italiano em Brindisi, não devido a uma redução no tráfego, mas à transferência de setores para o CCR em Roma. À medida que o verão se aproxima, espera-se que esse crescimento assimétrico persista. Os CCRs, que já registraram fortes aumentos em 2024, estarão sob pressão novamente no segundo trimestre de 2025, conforme antecipado pela Eurocontrol.

Fonte: AEROIN / Carlos Ferreira

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domingo, 20 de abril de 2025

Especial de Domingo

A participação brasileira na 2ª Guerra Mundial evidenciou o talento, a competência e a coragem dos nossos combatentes. No conteúdo que voltamos a publicar, saiba mais sobre essa importante página de nossa história.
Boa leitura.
Bom domingo!

Senta a Pua!
A história da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra
A Segunda Guerra Mundial já acontecia na Europa quando o Presidente Getúlio Vargas sancionou, em 20 de janeiro de 1941, o decreto-lei nº 2.961, criando o Ministério da Aeronáutica. Joaquim Salgado Filho, designado primeiro Ministro da pasta, buscava, primeiramente, estruturar o setor aéreo no Brasil, aprimorando sistemas de controle do espaço aéreo e fundando aeródromos. Ainda em 1941, foi criada a Diretoria de Rotas com o objetivo de promover o desenvolvimento da infraestrutura e da segurança da navegação aérea. No entanto, ainda em seus primeiros passos - fundando escolas e aeródromos - a Força Aérea Brasileira (FAB) foi obrigada a ingressar em um teatro de operações extracontinental. Nele, a Aviação de Caça brasileira teve seu batismo de fogo – e papel fundamental no cumprimento de missões em solo italiano. Até então, o Brasil adotava uma posição neutra em relação aos embates relacionados à Segunda Guerra. A Declaração do Panamá estabelecia, desde 1939, uma zona de segurança de 300 milhas onde os países americanos se comprometiam a manter a neutralidade – incluindo o litoral do Brasil. Mas tudo mudou quando navios brasileiros começaram a ser atacados durante o episódio que ficou conhecido como a Batalha do Atlântico Sul. Em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu as relações diplomáticas com os países do Eixo, marcando o apoio aos Aliados. Mais tarde foi a vez da Aviação de Caça da FAB entrar no conflito: desta vez, em território italiano, junto aos aliados.

O Brasil na guerra
A declaração de guerra do Brasil aos países do Eixo, em 22 de agosto de 1942, determinou uma mobilização geral. Em 18 de dezembro de 1943, foi criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) e, em 20 de julho de 1944, a Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO). Para comandar as unidades aéreas na Itália, foram designados, respectivamente, o Major Aviador Nero Moura e o Capitão Aviador João Affonso Fabrício Belloc. Ambos chegaram à Europa em outubro de 1944. Assim, em três anos, o Brasil fundou uma Força Aérea, investiu em formação, infraestrutura e aumento do efetivo e, enfim, desembarcou em um cenário de guerra real. O 1º GAVCA saiu do Brasil com 350 homens, incluindo 43 pilotos, e chegou a Livorno integrando o 350th Fighter Group da Força Aérea Americana. Antes disso, o grupo aliado havia realizado a Operação Torch, no Norte da África, e seguiu até a Itália. Além do 1º GAVCA, eram três esquadrões, todos norte-americanos: 345th, 346th e 347th Fighter Squadron. Para eles, o 1º GAVCA, equipado com os P-47 Thunderbolt, era conhecido como “1st Brazilian Fighter Squadron (1st BFS)”, com o código “Jambock”. A partir de sua base, em Tarquínia, na Costa Oeste da Itália, o 1º GAVCA passou a planejar suas próprias operações em 11 de novembro. O Brasil ainda enviou uma equipe de médicos e enfermeiros à Itália, atuando junto ao Esquadrão e no US 12th General Hospital, em Livorno. O símbolo do Grupo foi idealizado a bordo do navio a caminho da Itália. Dos elementos: a moldura auriverde simboliza o Brasil; o céu vermelho, a guerra; o avestruz, o piloto de caça brasileiro, que precisou se adaptar a diferentes alimentos em suas missões; o escudo azul com o Cruzeiro do Sul é o símbolo das Forças Armadas do Brasil; e a arma empunhada pelo avestruz, o poder de fogo do P-47. “Senta a Pua!” é o grito de guerra do 1º GAVCA. Já o Hino da Aviação de Caça foi composto após uma missão bem sucedida na quarta-feira de cinzas de 1945 – o “Carnaval em Veneza”.

FAB e FEB em Monte Castelo
Durante a Guerra, o 1º GAVCA operou como unidade independente, e as missões em fevereiro de 1945, quando os caças da FAB atacaram o inimigo em Monte Castelo, contribuíram para a vitória dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Nos Estados Unidos, os brasileiros haviam sido treinados para operações de caça, mas a Luftwaffe (Força Aérea Alemã) executava poucas missões na região. Logo, o esquadrão atuou como unidade de caça-bombardeiro, em missões de reconhecimento armado e interdição, em suporte às forças terrestres aliadas. O clímax da atuação da Força Aérea Brasileira foi em 22 de abril de 1945, quando uma grande ofensiva dos Jambocks contabilizou 44 decolagens em 11 missões em um único dia. O dia amanheceu nublado. As três esquadrilhas (verde, azul e vermelha) do Grupo levantaram voo a partir das 8h30 com o objetivo de atacar estruturas e veículos próximos a San Benedetto. Uma delas decolou pouco depois em direção ao sul de Mantua, para uma missão de reconhecimento armado - mais de 80 veículos foram destruídos, além de fortes, tanques e balsas. Ao fim do dia, o Grupo acumulou 44 missões individuais e destruiu mais de 100 alvos. 22 de abril de 1945 foi o dia com o maior número de missões de combate despachadas, sendo celebrado até hoje como o Dia da Aviação de Caça. Dois P-47 foram avariados e um abatido e seu piloto capturado pelas forças alemãs.

  GAVCA e ELO
Além do 1º GAVCA, a 1ª ELO apoiou a Artilharia Divisionária (AD) da FEB, realizando missões de observação, ligação, reconhecimento e regulagem de tiro. A 1ª ELO realizou 684 missões em quase 200 dias de operações. Quatro décadas depois, em 1986, os feitos do 1º GAVCA na Itália foram novamente reconhecidos. O Grupo recebeu do Embaixador dos Estados Unidos no Brasil e do Secretário da Força Aérea Americana, a Presidential Unit Citation, comenda concedida pelo governo norte-americano. Além do 1º GAVCA, só duas unidades estrangeiras foram agraciadas com a medalha – ambas da Força Aérea Australiana.

Fotos: Arquivo CENDOC e Sargento Johnson Barros / CECOMSAER

Fonte: FAB

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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Aeronaves

P47 Thunderbolt, o avião dos brasileiros na Segunda Guerra
O P47 Thunderbolt foi o avião que equipou o Primeiro Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira que lutou na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Fabricado pela Republic Aviation, o P47 entrou em serviço em 1942, dotado com um motor Pratt&Whitney R-2800-59W Double Wasp radial a pistão com 2.535 hp. A distância entre as pontas das asas (envergadura) era de 12,43 m e tinha de comprimento 11,02 m. Seu armamento eram oito metralhadoras e mais de uma tonelada de bombas e foguetes. Voava até 695 Km/h e podia atingir altitudes acima de 12 mil metros. Foi um dos mais rápidos caças a pistão da Segunda Grande Guerra. O 1ºGAvCa foi formado em 18 de dezembro de 1943, composto por pilotos da FAB, voluntários. Seu Oficial Comandante foi o tenente coronel aviador Nero Moura. O Grupo tinha um efetivo de 350 homens, incluindo 43 pilotos, e foi enviado ao Panamá para ser treinado como unidade de caça pela USAF, uma vez que seus pilotos já tinham experiência de voo. Um de seus pilotos, o segundo tenente aviador Alberto M. Torres havia atuado no afundamento do submarino alemão U-199. O Grupo, em 22 de junho de 44, foi enviado aos EUA para um curso de conversão operacional no Republic P-47D Thunderbolt, avião que iria equipar o Grupo. O 1ºGAvCa embarcou para a Itália em 19 de setembro de 1944, chegando em Livorno no dia 6 de outubro. Passou então a se chamar "1st Brazilian Fighter Squadron - 1st BFS" (Primeiro Esquadrão de Caçadores Brasileiros) e a fazer parte do 350th Fighter Group USAF e a empregar o código nas comunicações via rádio como “Jambock”. Entre os brasileiros o grupo passou a ser chamado de “Senta a Pua”.

Enviado em 2010 por Ícaro Pires Santos, saudoso voluntário do NINJA.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Pioneiros

GODOFREDO VIDAL
Ações pioneiras e marcantes para a aviação brasileira


No dia 28 de abril de 1938, o Major Aviador Godofredo Vidal, o Tenente Coronel Aviador Vasco Alves Secco e o Primeiro Sargento Telegrafista Jayme Janeiro Rodrigues, na época servindo no 5º Regimento de Aviação, atual CINDACTA II, em Curitiba, oficializaram à União dos Escoteiros do Brasil a criação do primeiro grupo de escoteiros do ar, o Grupo Escoteiro do Ar Tenente Ricardo Kirk.

Alguns anos depois, em 19 de abril de 1944, foi criada a Federação Brasileira de Escoteiros do Ar, a qual congregava todos os grupos que desenvolviam a modalidade que, na época eram muito poucos, restringindo-se aos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Foi tamanha a expansão registrada por essa nova modalidade que, em 26 de julho de 1951, o Brigadeiro Nero Moura, então Ministro da Aeronáutica, reconhecendo seus valiosos objetivos entre eles o de incentivar o interesse dos jovens pela aeronáutica, determinou que todas as unidades da Força Aérea Brasileira dessem total apoio aos Grupos Escoteiros do Ar, o que acontece até os dias presentes.

O fundador do Escotismo do Ar, Major Aviador Godofredo Vidal, nasceu em 3 de outubro de 1895 em Bagé no Rio Grande do Sul. Seu avô, Engenheiro José Maria Vidal, combateu na Guerra do Paraguai e seu pai, o General Alfredo Vidal, foi o fundador do Serviço Geográfico do Exército, tendo sido ainda o introdutor do processo estereo-fotogramétrico no Brasil.

Após cursar o Colégio Militar do Rio de Janeiro, foi mandado pelos pais para estudar Engenharia na Suíça, onde se dedicou por dois anos a estudos e estágios em fábricas europeias. Retornando ao Brasil durante a Primeira Guerra Mundial, matriculou-se na velha Escola do Realengo, da qual saiu em 1921 como Aspirante da Arma da Cavalaria.

Com o entusiasmo da mocidade, dedicou-se ao polo nos primeiros ensaios do Órgão Desportivo do Exército, integrando inclusive, a equipe brasileira desse nobre esporte quando em visita ao Chile. Nos devaneios dos sonhos de novas conquistas, matriculou-se na segunda turma do Curso de Pilotos Observadores da antiga Aviação Militar, então recém criada.

Em 1928, foi nomeado instrutor da Escola de Aviação Militar por indicação da Missão Militar Francesa. Em 1931, juntamente com o então Capitão Archimedes Cordeiro e o Primeiro Tenente Francisco de Assis Corrêa de Mello, partiu em voo de confraternização pelas Américas, em um monomotor bombardeiro Amiot, de fabricação francesa, batizado como "Duque de Caxias".

Este avião era um enorme biplano com entelagem de lona e carlinga descoberta, constituindo-se um desafio à coragem de seus tripulantes. A fatalidade fez com que um defeito mecânico obrigasse a realização de uma aterrissagem forçada entre as cidades de Guaiaquil e Quito, em plena Cordilheira dos Andes. Os tripulantes permaneceram sem contato com a civilização durante três dias até serem socorridos pelos nativos. O Primeiro Tenente Francisco de Assis Corrêa de Mello foi o mais ferido, tendo sofrido extensas fraturas e queimaduras.

Enquanto se convalescia dos ferimentos do acidente com o "Duque de Caxias", o Coronel Aviador Godofredo Vidal matriculou-se no curso livre de pintura da Escola de Belas Artes, tendo pintado na época vários quadros. Incapaz para o voo durante o seu longo tratamento, dedicou-se ao magistério secundário, sendo professor do Instituto Lafayette e do Colégio anglo-americano, ambos no Rio de Janeiro. Dominava com perfeição vários idiomas, falando corretamente alemão, francês, espanhol e inglês, e por isso tinha situação privilegiada entre os seus pares.

Em 1935, Godofredo Vidal idealizou a Semana da Asa que foi viabilizada pela Comissão de Turismo Aéreo do Touring Club do Brasil, a qual presidiu por muitos anos. A ideia era fomentar o “orgulho aeronáutico brasileiro”, numa época em que desenvolviam-se as primeiras iniciativas para produzir aeronaves em série no país.

A data foi escolhida em alusão ao dia do aviador, comemorado em 23 de outubro que, por sua vez, remete ao primeiro voo de um aparelho mais pesado que o ar, o 14 Bis de Santos Dumont. Desde sua criação, a Semana da Asa colaborou sensivelmente para estimular o setor aeronáutico brasileiro.

Foi uma festiva “Semana da Asa” do Aeroclube do Brasil, em Manguinhos, Rio de Janeiro, que praticamente consolidou a ideia do então Ministro da Aeronáutica Salgado Filho de criar a Campanha Nacional de Aviação, contando com o poderoso e entusiástico apoio do grande jornalista Assis Chateaubriand e que resultou na criação de quase três centenas de Aeroclubes por todo o Brasil.

O Coronel Aviador Godofredo Vidal foi também um dos pioneiros do Correio Aéreo Militar, voando com todos os abnegados precursores pelo sistema "Arco e Flecha", na devassa patriótica dos nossos rincões, com os olhos presos às curvas dos rios, aos acidentes planimétricos e, até mesmo, aos dísticos dos telhados das estações das estradas de ferro, como pontos de orientação das rotas de voo.

Em 1934 fundou e organizou o Serviço Meteorológico Militar, instalando-o no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Por seus dotes de cultura e sociabilidade foi indicado para representar o Brasil nos seguintes conclaves internacionais: III Conferência Sul Americana de Meteorologia em 1936 no Rio de Janeiro; Conferência Sul Americana de Radiocomunicações também em 1936 no Rio de Janeiro; e a Conferência Interamericana de Aviação em Lima, no Peru, em 1937.

Em 1941 sofreu um grave acidente aviatório escapando milagrosamente com os demais tripulantes. Foi durante um voo noturno juntamente com o então Tenente Coronel Carlos P. Brasil e o Capitão Rosemiro Menezes. Ao se aproximar do Campo dos Afonsos, na altura de Honório Gurgel, o avião perdeu a hélice mas conseguiu chegar à cabeceira da pista, que estava às escuras.

Com incrível perícia, o piloto, o Capitão Rosemiro Menezes fez a aterrissagem onde todos os tripulantes sobreviveram apesar do avião ficar praticamente destruído. As estatísticas diziam que as chances de sobreviver a um acidente desses era de uma em mil. Por ironia do destino, três meses depois o Capitão Rosemiro morreu de malária, da qual falece um em cada mil doentes.

Em 1942, o Coronel Aviador Godofredo Vidal cursou a Escola do Estado-Maior do Exército, dela saindo para integrar o quadro de instrutores da Escola de Guerra Naval, vindo posteriormente a colaborar para a criação da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, da qual foi o primeiro Subdiretor de Ensino.

Nos Estados Unidos cursou a Escola Superior de Tática Aérea, em Orlando, na Flórida, realizando estágios de instrução na Aviação Naval Americana e na Força Aérea dos Fuzileiros Navais. Ainda durante a II Guerra Mundial participou do patrulhamento aéreo do Atlântico Sul; visitou as principais bases aéreas dos Estados Unidos na Comitiva do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, o Brigadeiro Trompowski; e dirigiu o Curso de Defesa Passiva da Legião Brasileira de Assistência, realizando memoráveis conferências.

Em 1948, no posto de Coronel, Godofredo Vidal transferiu-se para a reserva, sendo posteriormente promovido à Brigadeiro e Major-Brigadeiro. Dedicou-se às radiocomunicações como amador com o indicativo PY-1-AT e participou da direção da entidade Nacional que rege o radioamadorismo, a LABRE.

Na reserva não parou a sua incansável atividade, dedicando-se aos estudos de Geografia e História, escrevendo artigos e monografias e realizando conferências no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Entre seus trabalhos destacam-se os seguintes: "Próceres da Independência da América", "Estudos de Geopolítica", "Batalhas Aero-Navais da Última Guerra", e a tradução do original italiano da obra clássica de Douhet, "O Domínio do Ar".

Exerceu a Vice-Presidência do Instituto de Geografia e História Militar, onde ocupou a cadeira 13, patrocinada por Bartolomeu Lourenço de Gusmão, de quem fez interessante estudo biográfico, ainda inédito.

Integrou também os quadros dirigentes do Instituto Brasileiro de Geopolítica. Foi membro correspondente da Sociedade de Geografia de Lima (Peru) e do Instituto Geográfico Histórico da Bahia. Pertenceu também à Academia Valenciana de Letras.

Dirigiu o Museu Santos Dumont de Petrópolis, instalando-o na casa onde Santos Dumont residira e dera mostras do seu genial talento, inclusive como arquiteto e construtor.

Godofredo Vidal faleceu após curta doença, no dia 8 de dezembro de 1958, deixando viúva D. Beatriz Seidl Vidal, os dois filhos Tenente Coronel de Artilharia do Exército Germano Seidl Vidal, herói da Segunda Guerra Mundial, e o Senhor Hélio Carlos Seidl Vidal.


COMO EU LEVO A VIDA 

 Eu levo a vida no maior desleixo: 

 Quanto mais sofro mais ainda canto 

 Não suplico — não choro — não me queixo. 

 Que importa que ela amargue e doa tanto?

Que adianta blafesmar porque há pesares?

Mais vale neles — procurar encanto!

Amo a flor, amo a lua, o sol e os ares,

Amo a ti — tudo mais rolar eu deixo

E assim, sem ambições particulares,

Eu levo a vida no maior desleixo . . .

Godofredo Vidal

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quarta-feira, 16 de abril de 2025

Embraer

Embraer E190-E2 e E195-E2 recebem Certificação de Tipo na Mongólia
Os jatos E190-E2 e E195-E2, aeronaves de corredor único mais silenciosas e com maior eficiência de combustível do mundo, receberam os certificados de tipo da Autoridade de Aviação Civil da Mongólia. Esse é um marco importante para a introdução da família E-Jets E2 no promissor mercado de aviação da Mongólia. A certificação é resultado de avaliações rigorosas realizadas no país asiático, que se alinham com os padrões globais de aviação já atendidos pelos jatos da Embraer por meio de certificações da FAA (EUA), EASA (Europa), ANAC (Brasil), CAAS (Singapura) e CAAC (China). "Somos gratos à Autoridade de Aviação Civil da Mongólia por sua avaliação diligente e pela confiança nas aeronaves da Embraer", afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. "A certificação abre caminho para mais oportunidades de negócios, à medida que continuamos a expandir nossa presença na Mongólia. O E2 está pronto para ser um ativo estratégico para as companhias aéreas locais, que buscam modernizar suas frotas e expandir suas malhas. Temos grandes expectativas de apoiar o promissor mercado de aviação da Mongólia com nossos jatos inovadores”. A Embraer está presente na Mongólia desde 2018, quando o ERJ 145 entrou em serviço com a Aero Mongolia. Em seguida, a Hunnu Air - maior companhia aérea privada do país - adicionou dois E190s à sua frota, em 2019. A Hunnu Air beneficiou-se da eficiência e da versatilidade dos jatos da Embraer para atender rotas domésticas e internacionais dentro da Mongólia e em seu entorno. Mais recentemente, em 2023, a Hunnu Air lançou voos diretos entre Ulan Bator e Pequim com os E-Jets de sua frota. Esses marcos reforçam a parceria de longa data da Embraer com as companhias aéreas locais, para apoiar o avanço dos recursos da indústria de aviação disponíveis para a Mongólia.

Fonte: Embraer

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terça-feira, 15 de abril de 2025

Olimpíadas

EEAR realiza a 49º Olimpíada do Corpo de Alunos
A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP), realizou entre os dias 07 e 11/04 a 49.ª edição da Olimpíada do Corpo de Alunos (OCA), evento que tem como principal objetivo fortalecer o espírito de corpo e fomentar o trabalho em equipe através da prática desportiva. A competição reuniu alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS) e do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS), que disputaram diversas modalidades, desde atletismo a xadrez, passando por futebol, pentatlo militar e natação. A cerimônia de abertura foi presidida pelo Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, e contou com a presença do Comandante do Corpo de Alunos, Coronel Aviador Gustavo Winckler de Oliveira, além de membros militares e civis da Guarnição de Aeronáutica de Guaratinguetá (GUARNAE-GW). A Aluna Karina de Araújo Resende, do Esquadrão Verde, acendeu a Pira Olímpica, num momento simbólico que remete aos antigos Jogos Olímpicos, marcando oficialmente o início das competições.
Durante cinco dias, os alunos demonstraram dedicação e espírito desportivo em provas como corrida rústica, basquetebol, voleibol, tênis de mesa, judô, entre outras. A Aluna Evelin Cássia da Silva Filgueiras, do Esquadrão Azul, destacou-se ao conquistar ouro na corrida. “Vivenciar a experiência de uma olimpíada é algo indescritível. A EEAR deu-me a oportunidade de me descobrir no desporto e de crescer de formas que nunca imaginei”, partilhou. A edição deste ano foi marcada por importantes avanços, como a estreia do judô feminino e a participação inédita de sete Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) na prova de pentatlo militar, reforçando a integração entre as instituições da Força Aérea Brasileira (FAB).
O grande vencedor da 49.ª OCA foi o Esquadrão Verde, Turma Santos Dumont, que somou a maior pontuação geral. A Aluna Karina de Araújo Resende foi o grande destaque individual, conquistando cinco medalhas de ouro em provas de orientação e contribuindo para a equipe de voleibol feminino. “Cada medalha foi a prova de que o esforço valeu a pena. Sou imensamente grata a Deus, à minha irmã — também militar — e aos meus instrutores, que estiveram sempre ao meu lado”, declarou. O Coronel Aviador Gustavo Winckler sublinhou a relevância da OCA como veículo de transmissão dos valores militares. “Esta olimpíada foi mais do que uma competição — foi a celebração dos princípios que moldam a nossa identidade: coragem, disciplina, superação e espírito de corpo”, afirmou, enaltecendo também o papel da Comissão Desportos da Aeronáutica (CDA) e dos atletas de alto rendimento no evento. O encerramento contou com uma apresentação especial da equipe de Paraquedismo da Força Aérea Brasileira, os Falcões, que trouxeram a nova bandeira da Seção de Educação Física da EEAR, criada pela aluna Thainá Macedo, vencedora de um concurso interno. 
Encerrando a semana de celebrações, o Brigadeiro Joelson exaltou o empenho dos participantes. “Que cada um de vocês, atletas e torcedores, tenha a paz de espírito ao saber que combateu o bom combate e deu o melhor de si. Alguns conquistaram a vitória, outros não, mas o mais importante é ter a certeza de que se entregaram por completo, com dedicação e honra. Parabenizo todos os envolvidos nesta marcante semana de competições’’, disse Oficial-General.

Fonte: EEAR

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Dia das Meninas

Empresa aérea KLM abre suas portas para meninas durante o Dia das Meninas 2025
A KLM informa que recebeu 30 meninas de uma escola primária em sua divisão de Engenharia e Manutenção (E&M). A companhia participou do Girls Day’25 (Dia das Garotas 2025), uma iniciativa nacional da VHTO (organização holandesa de especialistas em meninas/mulheres e ciência/tecnologia), em que várias empresas abrem suas portas para apresentar às jovens garotas a tecnologia, ciência e TI. As meninas tiveram seu primeiro mergulho no mundo dos aviões e uma visão de perto das inovações inteligentes, tecnologia e manutenção feitas por especialistas. Na KLM E&M, a maioria dos colegas técnicos são homens, nomeadamente 91%. A KLM tem o objetivo de mostrar que a tecnologia da aviação não é apenas “para os meninos” e espera inspirar as meninas a seguirem carreiras em tecnologia. As meninas receberam uma visita guiada ao hangar e à oficina de motores, participaram de um quiz e tiveram experiência prática montando um motor de avião impresso em 3D. Danique (11) disse que achou “super divertido”. “Fizemos atividades bem legais, como visitar o hangar e a oficina de motores. Aprendi quanto pesa um motor e muitas outras coisas. A melhor parte foi a oficina de montagem do motor impresso em 3D”, disse Danique. Ashley (11) também ficou impressionada: “A melhor parte foi o tour no Hangar 14, porque tudo lá é realmente grande e alto, muito legal! Aprendi que dá muito trabalho colocar um avião no ar. Se eu não me tornar uma jogadora de futebol profissional, gostaria de trabalhar na KLM”.  Stefanie Boers, que trabalha na KLM E&M e está envolvida no Girls’ Day, disse: “Ao mostrar às meninas, desde cedo, como a tecnologia pode ser incrível, estou convencida de que muitas mais mulheres optarão por ela mais tarde na vida. Sou prova disso. Desde pequena, aprendi com meu pai a consertar o pneu da minha bicicleta e montar móveis. Isso me levou a seguir um estudo técnico, que me trouxe para este cargo na KLM, onde ainda me impressiono diariamente com todas as maravilhas que a tecnologia tem a oferecer”.

Fonte: AEROIN / Murilo Basseto, com informações da KLM

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domingo, 13 de abril de 2025

Especial de Domingo

A primeira piloto na Aviação do Exército
O Exército Brasileiro já conta com a primeira mulher da instituição a ser capacitada como piloto de helicóptero. A gaúcha de Santana do Livramento, tenente Emily Braz, aos 24 anos, entra para a História, ao se brevetar no curso de piloto de aeronave do Centro de Instrução da Aviação do Exército.
Boa leitura.
Bom domingo !

Aviação do Exército forma sua primeira piloto de helicóptero
A Aviação do Exército formou, dia 11 de abril de 2025, a primeira oficial da força terrestre como piloto de aeronave. A tenente Emily Braz é a primeira mulher do Exército a ser brevetada como piloto de helicóptero, ao concluir o curso ministrado pelo CIAvEx- Centro de Instrução da Aviação do Exército, para uma turma de 14 oficiais, sendo dois da Marinha do Brasil. A cerimônia de outorga do brevê foi realizada na sede do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, SP.

Pioneira
A tenente Emily Braz é pioneira na habilitação como piloto da Aviação do Exército. Também faz parte da primeira turma de oficiais femininas formadas na Academia Militar das Agulhas Negras, em 2021. Gaúcha de Santana do Livramento, a oficial de 24 anos de idade disse que o desejo de atuar como piloto de helicópteros surgiu já como aluna da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em 2017. “Esse desejo se reforçou em uma missão de suprimento aéreo, em 2020, quando o piloto perguntou quem gostaria de servir na Aviação. Depois, meu Comandante de Companhia entregou um distintivo de Aviação que esse mesmo piloto lhe deu, pedindo que o devolvesse aqui em Taubaté. Desde então, fiz de tudo para entrar nesse curso”, revelou. A mais nova piloto da Aviação do Exército salienta que o curso de piloto exige bastante em termos de dedicação e esforço, tendo colaborado para desenvolver sua autoconfiança e equilíbrio emocional, características essenciais na pilotagem. Ela espera que seu pioneirismo abra portas para que novas oficiais também busquem essa especialidade. “É uma grande honra e também uma responsabilidade enorme ser a primeira piloto da Aviação do Exército e representar o sonho de tantas mulheres que desejam se tornar pilotos”, comentou Emily Braz.

A formação
O Curso de Piloto de Aeronaves tem a duração de 63 semanas, dividido em diferentes etapas. A seleção dos alunos ocorre com rigorosa seleção psicológica e de saúde. Após uma fase teórica, com instruções como aerodinâmica, controle do espaço aéreo e meteorologia, os alunos passam para a fase prática, com voos reais e em simuladores, desenvolvendo a liderança e a tomada rápida e segura de decisão. Os oficiais realizam Estágio Prático de Pilotagem Básica, Viagem de Navegação Tática, Estágio Prático de Pilotagem Tática, Estágio de Voo por Instrumentos, Estágio de Voo com Óculos de Visão Noturna e o Voo Solo, completando o período de ensino e aprendizagem.


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sábado, 12 de abril de 2025

Aerodinâmica

Forças básicas que atuam no avião
São quatro as forças básicas da aerodinâmica que atuam numa aeronave: sustentação, peso, empuxo e arrasto.

Para um avião voar em linha reta e nivelado o empuxo deve ser igual ao arrasto e a sustentação igual ao peso. Se o empuxo aumentar e superar a força de arrasto, o avião acelera.

Se a sustentação for maior que o peso, o aparelho sobe.

SUSTENTAÇÃO - Sustentação é a força aerodinâmica que mantém um avião no ar. Ela é conseguida, basicamente, pelo vento relativo, provocado pelo movimento da aeronave.

PESO – Peso é a força gravitacional sofrida por um corpo. Dos livros e aulas de Física temos a relação que peso é igual a massa pela aceleração da gravidade (P = m.g). Esta força em um Boeing 747 de 395 toneladas pode ser anulada, se a sustentação for igual ou maior e, em consequência, ele voa.

EMPUXO - O empuxo é uma força aerodinâmica que deve ser criada para que o avião supere o arrasto Os aviões geram empuxo usando hélices, motores a jato ou foguetes.

ARRASTO - O arrasto é uma força de resistência ao movimento de um objeto num fluido, como o ar ou a água. Por exemplo, para reduzir o arrasto, logo após a decolagem, um avião com trem de pouso retrátil o recolhe para dentro da fuselagem.

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

FAB em Destaque

Revista eletrônica da FAB com as notícias de 4 a 10 de abril
O FAB em Destaque desta sexta-feira (11/04) traz as principais notícias da Força Aérea Brasileira (FAB) de 04 a 10 de abril. Esta edição destaca a realização da Reunião Anual dos Controladores de Operações Aéreas Militares (RACOAM) e o lançamento do primeiro episódio do documentário “LINCE: Controlar para Defender”, em comemoração ao Dia do Controlador de Operações Aéreas Militares, ambos realizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). A edição desta semana destaca, ainda, a 1ª Reunião de Gestores da Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA), que tem como objetivo promover orientações e instruções relacionadas ao Programa de Trabalho Anual de 2025, e o intercâmbio internacional realizado pelo Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER) que reuniu especialistas em Operações de Defesa Cibernética das Forças Armadas do Brasil e a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

Fonte: FAB

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