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Voar é um desejo que começa em criança!

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Aviação Naval / Força Aérea

Caças da Marinha e da FAB realizam inédito reabastecimento em voo entre caças 

O mais comum, quando se aborda o tema Reabastecimento em Voo (REVO), é a compreensão de que uma aeronave de grande porte, denominada KC, como exemplo o Hércules KC130, efetue transferência de combustível de seus compartimentos para uma aeronave de caça. No entanto, uma operação inédita no Brasil, realizada em outubro de 2016, consistiu na transferência em voo de combustível de caças AF-1 da Marinha do Brasil para caças F5M da Força Aérea Brasileira. Veja, a seguir, texto da Comunicação Social da Marinha do Brasil. 

No dia 18 de outubro de 2016, em Anápolis (GO), o Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque da Marinha do Brasil (MB), o Primeiro Grupo de Caça e o Primeiro Grupo de Defesa Aérea, ambos da Força Aérea Brasileira (FAB), realizaram uma operação de Reabastecimento em Voo (REVO) entre aeronaves de caça. No treinamento, o objetivo era que as aeronaves AF-1 da MB provessem um apoio aéreo aplicável à tarefa de sustentação ao combate, transferindo combustível para as aeronaves de uma esquadrilha de caças F-5M da FAB e, por conseguinte, ampliando a autonomia/alcance das aeronaves recebedoras. O fato, inédito no Brasil, se deu graças à capacidade de a MB atuar com aeronaves de caça como reabastecedoras, através do POD de reabastecimento Buddy Store (sistema que permite a passagem de combustível de uma aeronave para outra). Conectado à estação central das aeronaves AF-1, o Buddy Store foi projetado para permitir a realização do REVO de maneira rápida e eficaz em operações navais nucleadas em porta-aviões, assim como cumprir as funções de reabastecedor em aeródromos pequenos. Também pode ser empregado no caso de pane de reabastecedor ou em uma possível falta desse tipo de aeronave. O exercício contribuiu para o desenvolvimento e para a otimização do emprego conjunto dos recursos materiais das Forças Armadas, bem como para aumentar o nível de padronização de doutrina e dos procedimentos. A operação demonstra o esforço da MB e da FAB para intercambiarem serviços, sem comprometerem suas funcionalidades e consubstanciando o conceito de interoperabilidade.