
Em dezembro de 2010 começou a história dos caças supersônicos da Força Aérea Brasileira na Amazônia. Juntando-se as Super Tucanos A29, helicópteros e cargueiros que operam na região, uma esquadrilha de aviões F5EM estabeleceu-se como o Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação, na Base Aérea de Manaus. O NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação deseja aos integrantes do 1°/4° Grupo de Aviação, Esquadrão Pacau, sucesso na missão de defesa da Amazônia.

Capaz de atingir mais de 1,6 vezes a velocidade do som e de lançar mísseis que podem destruir alvos além do horizonte, os F-5EM vão fortalecer a defesa do espaço aéreo na Amazônia. "Em trabalho conjunto com o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo, nós estamos trazendo a capacidade de fazermos toda a vigilância do espaço aéreo da região, principalmente no que se refere à parte de defesa aérea, que é a missão primária do Esquadrão", explicou o Tenente-Coronel Fernando Mauro, comandante do 1°/4° GAV, em nota divulgada no endereço eletrônico da FAB. Ele pilotava a primeira aeronave que pousou em Manaus e diz que além de emocionante, o voo de chegada à nova sede do Esquadrão Pacau foi a consolidação de um trabalho. Foi uma preparação muito grande. Até o dia 3 de dezembro de 2010 a unidade cumpria missões com o jato Xavante AT-26, em Natal (Blog do NINJA do dia 05/12/10). Em paralelo, pilotos treinavam no F-5EM e mecânicos recebiam instruções de como fazer a manutenção desses caças.

Defesa na Amazônia

O F-5EM é operado no Brasil desde 1975, mas nesta década passou por um processo de modernização realizado na EMBRAER. As aeronaves receberam novos computadores de bordo, radar, sistemas de auto-defesa e mísseis mais modernos, dentre outras melhorias. Além de Manaus, a Força Aérea Brasileira possui unidades de F-5EM em Canoas (RS) e no Rio de Janeiro.
Além dos F-5EM, a Base Aérea de Manaus também já conta com esquadrões equipados com helicópteros H-60 Blackhawk e aviões C-105 Amazonas, C-97 Brasília e C-98 Caravan. A capital Amazonense também é sede do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV). O órgão controla todos os voos na região setentrional do país e detecta eventuais tráfegos ilícitos que são interceptados pelas aeronaves de caça que patrulham a região.
A Amazônia também é protegida pelos 1°/3° GAV e 2°/3° GAV, baseados respectivamente em Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO). Essas unidades são equipadas com o A-29, um caça turboélice fabricado pela EMBRAER que se destaca pelo perfil de voo ideal para interceptar aviões de baixo desempenho.
Com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro Juniti Saito, foi realizada no dia 15 de dezembro de 2010 a solenidade de ativação do 1°/4° GAV, Esquadrão Pacau, na Base Aérea de Manaus (AM). De acordo com o Major Brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, comandante da aviação de caça da FAB, a transferência do 1°/4° GAV e a sua dotação com novas aeronaves faz parte das ações do Comando da Aeronáutica em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa. "A Estratégia Nacional de Defesa em suas diretrizes contempla a necessidade do aumento do poder dissuasório e da capacidade de vigilância nessa região", afirmou. As aeronaves permanecem agora em alerta permanente na Base Aérea de Manaus.
COMARA completa 54 anos vencendo o desafio amazônico
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) comemorou, em dezembro de 2010, 54 anos como a maior construtora da Região Norte, projetando, construindo, equipando e recuperando aeroportos na Amazônia e, também, realizando obras civis e militares de interesse do Comando da Aeronáutica em quaisquer outras regiões do país. Criada no dia 12 de dezembro de 1956 - originalmente para construir, ampliar e pavimentar 56 pistas nas principais cidades da região amazônica – a Comissão viu sua missão e sua importância serem ampliadas, sendo capaz, hoje, de empreender qualquer obra de engenharia aeronáutica em qualquer lugar do país.
Ao longo dos seus 54 anos, a COMARA realizou 203 obras e desenvolveu um pioneiro e exclusivo conhecimento logístico para vencer as barreiras a serem transpostas para se construir em meio à selva.
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